Aula 04

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLÓGICA DO PIAUÍ – IF-PI

CURSO de ENGENHARIA CIVIL


Disciplina: Estradas

Videoaula 04

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO
PROJETO DE RODOVIAS
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TÓPICOS ABORDADOS
• VELOCIDADE DE PROJETO

• VELOCIDADE DE OPERAÇÃO

• VEÍCULO DE PROJETO

• DEFINIÇÃO DO VEÍCULO DE PROJETO

• DISTÂNCIAS DE VISIBILIDADE

 Distância de visibilidade de parada;

 Distância de visibilidade de ultrapassagem;

• TABELA DE PARÂMETROS GEOMÉTRICOS DE RODOVIAS


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VELOCIDADE DE PROJETO
• Definição: a velocidade de projeto ou velocidade diretriz consiste na
máxima velocidade que um veículo pode manter, em determinado trecho
de rodovia, em condições normais, com segurança e conforto.

Custos de Curvatura
Construção
VELOCIDADE
Condições Condiciona Superelvação
Condiciona DE PROJETO
de relevo
(Vd)
Classe da Distâncias de
Rodovia visibilidade

VELOCIDADE DE OPERAÇÃO
• Definição: a velocidade de operação consiste na velocidade
regulamentada de tráfego da rodovia em condições normais de operação.

 Estudos de capacidade de
Velocidade tráfego da rodovia.
de operação Aplicação
(Vo)  Definição de parâmetros 3
geométricos de segurança.
VELOCIDADE DE PROJETO

• Exemplo: Construção da BR 235, Trecho Gilbués – Santa Filomena

 Mapa de Situação  Características Técnicas

Extensão: 135 km Fonte: DNIT


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VEÍCULO DE PROJETO
• Definição: o veículo de projeto consiste em um veículo padrão, com
dimensões ligeiramente superiores e raios de giro um pouco inferiores aos
dos veículos reais, que abrange todas as características físicas e
operacionais de um dado grupo de veículos semelhantes.

Larg. Veiculo 
largura das pistas e
dos acostamentos

Dist. Entre eixos 


Composição cálculo de
Escolha do superelevação.
do tráfego
que usará a
Condiciona veículo de Condiciona
rodovia projeto (Vp) Comp. Veículo 
capacidade de rodovia
e largura de canteiro
central.

Rel. PBT/Potência 
definição de
declividade máxima
em rampa.
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VEÍCULO DE PROJETO
 Principais tipos de veículos

 Principais dimensões de veículos típicos de projeto (m)

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VEÍCULO DE PROJETO
 Dimensões e Peso permitido pelo CBT (Código de Trânsito Brasileiro)
Legislação: a regulamentação das dimensões e peso dos veículos que
podem trafegar no território brasileiro são definidas pelo CONTRAN
(Resolução CONTRAN nº 882 de 13/12/2021), conforme delegado pelo
CBT (Lei nº 9.503, de 23/09/997).
Resolução CONTRAN nº 210/2006: dimensões e pesos de veículo.

DIMENSÕES PESO

• Largura máxima: 2,6 m


• Peso Bruto Total (PBT):
• Altura máxima: 4,4 m a) Veículos não articulados: 29 t
• Comprimento máximo:
v
b) Veículos com reboque ou semi-
a) Veículos simples: 14 m reboque, exceto caminhões: 39,5t
b) Veículos não articulados: até 15 m c) Veículos articulado com duas
c) Veículos articulados: até 19,8 m ou mais unidades: até 57 t
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VEÍCULO DE PROJETO
 Peso Bruto Total por Eixo (PBT)
Resolução CONTRAN nº 882 de 13/12/2021: dimensões e pesos de veículo.
• Peso bruto por eixo isolado de dois pneumáticos: 6t
• Peso bruto por eixo isolado de quatro pneumáticos: 10t
• Peso bruto por conjunto de dois eixos em tandem: 17t
• Peso bruto por conjunto de dois eixos não em tandem: 15 t
• Peso bruto por conjunto de três eixos em tandem: 25,5 t;

Eixo em tandem Eixo Não tandem

 Sistema de amortecimento independente  Sistema de amortecimento


que busca reduzir impacto sobre pnues. conjunto baseado em feixes de
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molas independentes.
VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Tipo Veículo de Passeio (VP)

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VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Tipo Veículo de Passeio (VP) – Ilustração:

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VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Tipo Comercial Rígido (CO)

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VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Comercial Rígido e Ônibus Urbano (CO) – Ilustração:
Subcategorias – ilustração geral:

Subcategorias – Exemplos/função
Onibus urbano Caminhão rígido

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Função: transporte de passageiros a curta Função: transporte carga a curta e
e média distâncias média distância
VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Comercial Rígido (CO) – Subcategoria ônibus urbano:
Tipos de ônibus urbanos rígidos (não articulados): microônibus, mininibus,
midiônibus, básico, padron
microônibus miniônibus midiônibus

básico padron

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VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Tipo Ônibus de Longo Percurso (O)

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VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Ônibus Rodoviária (O) – Ilustração:

Especificação
geral:

Ônibus Rodoviário

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Função: transporte de passageiros por longas distâncias.
VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Ônibus Rodoviária (O) – Ilustração:
Tipos de ônibus – Rodoviário (padrão construtivo): HD, LD e DD.
HD - High Decker : piso alto LD – Low Driver: posição rebaixada de motorista

Mais bagagem Mais passageiros


DD – Duple Decker: duplo piso de passageiros

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Mais passageiros que o LD
VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Semi-reboque (SR)

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VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Semi-reboque (SR) – subcategorias:
Subcategorias – ilustração geral:
Carga Passageiros

Subcategorias – Exemplos/função
Transporte de carga Transporte de passageiros

Função: transporte de carga de média e Função: transporte urbano de


longas distâncias. passageiros.
VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Semi-reboque (SR) – Subcategoria: Transporte de carga

Especificação
geral:

Tipos de
caminhões:

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VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Semi-reboque (SR) – Subcategoria transporte de passageiros.
Tipos de ônibus urbanos articulados: articulado e biarticulado.
articulado biarticulado
 Ilustração:  Ilustração:

 Características:  Características:
PBT até 36 t

Até 30 m

Mínimo 160
passageiros
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VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Reboque (RE)
• RE – compreende as unidades chamadas de reboques,
representada por veículos comerciais articulados, compostos de
unidade tratora articulada e um reboque.
Gabarito – Raios de giro
Gabarito – Dimensões

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VEÍCULO DE PROJETO
 Veículo Reboque (RE) – Ilustração:

Especificação
geral:

Tipos de
caminhões:

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DEFINIÇÃO DO VEÍCULO DE PROJETO

 Escolha do veículo TIPO:


A escolha do veículo de projeto deve
conciliar o volume predominante
(pesquisas de tráfego) e a geometria dos
maiores veículos por meio de pesquisas
de tráfego (veículo tipo).

IMPORTANTE: Veículos com dimensões


superiores ao Veículo de projeto podem
experimentar condições desfavoráveis
(ex.: lentidão em rampas) de tráfego em
alguns trechos das interseções.
BR-343 X Av. Miguel Rosa, Teresina, PI

IMPORTANTE: No caso do projeto de interseções, dependendo do parâmetro


geométrico a ser dimensionado, as características do veículo devem considerar o
veículo em condição mais desfavorável.

Ex.: Gabarito vertical de alças de descida devem ser dimensionadas pela altura das
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cabines de veículos tipo SR (carretas), embora o veiculo de projeto possa ser o tipo CO.
DEFINIÇÃO DO VEÍCULO DE PROJETO

 Orientações:

● No projeto de rodovias brasileiras costuma-se adotar o veículo tipo CO ou O,


devido a predominância de caminhões leves e ônibus rodoviário nas rodovias.

● O veículo tipo SR é indicado para interseções de vias expressas com vias


arteriais que apresentem volumes expressivos de tráfego, nas que dão
acesso a áreas agroindustriais e grandes centros urbanos.

Interseção em desnível (trevo) – Acesso Oeste à cidade de Fortaleza


Veículo Tipo SR
Fortaleza
BR 222

Canindé

BR 020 24
Fonte: Google Fonte: Google
VEÍCULO DE PROJETO

 Orientações:

● Os veículos SR e RE são indicados para interseções rodoviárias que provêm


acesso a terminais de cargas, centros de abastecimento etc.

Porto do Pecém, Ceará – Cais, Interseção de acesso em nível

Pecém
Piers de atracação
BR 222 CE 422

Sobral

Fonte: Google Fortaleza

Veículo Tipo RE

Fonte: Governo do Estado do Ceará Fonte: Google 25


ESCOLHA DO VEÍCULO DE PROJETO

• Exemplo: Construção da BR 235, Trecho Gilbués – Santa Filomena

 Mapa de Situação  Pesquisa de tráfego

Posto e pesquisa: BR-135/PI, trecho: Bom Jesus/ Gilbués

Veículo de projeto: Tipo O - Ônibus


Rodoviário, opção intermediária entre tipos
CO e SR.

Extensão: 135 km
DISTÂNCIAS DE VISIBILIDADE
 Distância de visibilidade de parada (Dp);
• Definição: a distância de visibilidade de parada consiste na distância
mínima que um motorista médio, dirigindo com velocidade V um veículo
em boas condições de manutenção, trafegando uma rodovia pavimentada
e conservada, necessita para parar com segurança o veículo após avistar
um obstáculo parado na rodovia.
DP Obstáculo
Distância de visibilidade de Parada (Dp)

t PR

D1 D2
Percepção e reação Frenagem
Fórmula Simplificada
Dist. de Percepção e reação  D1 = V * t PR V2
(Movimento a vel. constante) DP = 0,7 *V +
V2 255 * ( f + i )
Dist. de Frenagem D 2 = Considerando:
(Movimento a vel. variada) 2 * g * ( f + i) Dp em metros e Vd em km/h
(Energia cinética=Força atrito) 27
g=9,8m/s2, t PR igual a 2,5 s
DISTÂNCIAS DE VISIBILIDADE
 Relação entre coeficientes de atrito (f), velocidade e condições do pavimento:

 Valores tabelados de Dp em função de velocidade:

• FL  fator de atrito longitudinal;


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• Vmedia  velocidade média (inferior a velocidade diretriz)
DISTÂNCIAS DE VISIBILIDADE DE ULTRAPASSAGEM
 Distância de visibilidade de ultrapassagem (Du);

Veículo 1 (VR)
Veículo 2 (VL)

DU = d1+d2+d3+d4

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DISTÂNCIAS DE VISIBILIDADE DE ULTRAPASSAGEM
 Distância de visibilidade de ultrapassagem;
d1  DISTÂNCIA PERCORRIDA DURANTE A MANOBRA
INICIAL DE PERCEPÇÃO, REAÇÃO E ACELERAÇÃO (m);

d2  DISTÂNCIA PERCORRIDA PELO VEÍCULO QUE


ESTÁ ULTRAPASSANDO, ENQUANTO OCUPA A FAIXA
OPOSTA, ATÉ RETORNAR A SUA FAIXA DE ORIGEM (m);

d4=(2/3)*d2
DISTÂNCIAS DE VISIBILIDADE DE ULTRAPASSAGEM
 Parâmetros para determinação de DU

(Velocidade diretriz – Vd)

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DISTÂNCIAS DE VISIBILIDADE DE ULTRAPASSAGEM

• Exemplo: Construção da BR 235, Trecho Gilbués – Santa Filomena

 Mapa de Situação  Características Técnicas

Extensão: 135 km Fonte: DNIT


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TABELA DE PARÂMETROS GEOMÉTRICOS DE RODOVIAS

Fonte: LEE, S. H. (2002) 33


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLÓGICA DO PIAUÍ – IF-PI
CURSO de ENGENHARIA CIVIL
Disciplina: Estradas

Videoaula 04

Obrigado pela atenção!


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