Peça 08 - Prática - Giselle Rocha Rezende

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Aluna: Giselle Rocha Rezende MAT.

20172101886 – Prática Jurídica IV – Peça 08

MERITÍSSIMO JUIZO DE DIREITO DA xxx VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE


ARARUAMA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ORLANDO PESSOA, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF,


portador do RGI, residente e domiciliado na rua, bairro, cidade/RJ-CEP, endereço
eletrônico, e SUELI PESSOA, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrita no CPF,
portadora do RGI, residente e domiciliada na rua, bairro, cidade/RJ- CEP, por meio
de seu advogado (a) infra-assinado com endereço eletrônico para receber intimação,
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 693
CPC do Código Civil propor

AÇÃO DE REGULARIZAÇÃO DE VISITA AVOENGAS C/C ANTECIPAÇÃO DE


TUTELA DE URGÊNCIA

De GUILHERME PESSOA, menor impúbere, em face de HELENA,


nacionalidade, estado civil, profissão, inscrita no CPF, portadora do RGI, residente e
domiciliada na rua, bairro, cidade/RJ-CEP, endereço eletrônico, pelas razões a
seguir.

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

A requerente solicita a concessão da justiça gratuita, pois é pessoa de pouca


estrutura financeira, não dispondo de valores para arcar com os encargos jurídicos
sem prejudicar o sustento próprio e de seus familiares e, com base nos termos do
artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015, conforme declaração de
hipossuficiência econômica anexa.

I. DOS FATOS

Os requerentes Orlando e Sueli são avós paternos do menor impúbere


Guilherme Pessoa, nascido em 05/11/2013, e sempre mantiveram uma convivência
saudável com a criança.

A genitora (requerida) do menor possui, até o presente momento, tem a


guarda unilateral da criança, pois enfrenta uma batalha judicial com o genitor do
menor.
Ocorre que os requerentes não têm acesso à criança, pois a requerida não
permite que o menor tenha qualquer contato com eles.

A avó, Sueli, presenteou o neto com um celular na esperança manter contato


com o neto, o que foi de pronto proibido pela genitora. Buscou-se também contato

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com o menor pelo celular da babá, mas a genitora ameaçou a babá de demissão
caso houvesse facilitação no contado dos avós com o neto.

Helena, genitora do menor possui conflitos com Orlando e Sueli devido aos
conturbados conflitos decorrentes do divórcio de Anderson, genitor do menor, filho
de Orlando e Sueli. Os avós sofrem muito com esta separação do neto, e ele sente
falta do convívio harmonioso e saudável com os avós.

Deste modo, não restou alternativa se não promover a presente ação, com
finalidade de garantir o melhor interesse da criança.

II. DO DIREITO

Inicialmente, de maneira geral, o legislador assegura o direito aos menores à


convivência familiar, seja no artigo 227 da Constituição Federal de 1988, seja no
ECA, (Lei 8069/90), assegurando no Capítulo III, referente ao direito à convivência
familiar e comunitária, em especial o artigo 25, que conceitua como família natural a
comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.

Além disso, o CEJ através do enunciado 333 estabelece que: “O direito de


visita pode ser estendido aos avós e pessoas com as quais a criança ou adolescente
mantenha vínculo afetivo, atendendo ao seu melhor interesse”.

Os requerentes sempre mantiveram uma convivência saudável com a criança,


desde o nascimento do menor, contudo, devido aos conturbados conflitos
decorrentes do divórcio de Anderson, genitor da criança, ficaram impedidos de
visitar o neto.

Ainda, diante do artigo 1.589, parágrafo único do Código Civil, prevê o direito
dos avós a visitação de seus netos, ficando a critério do juiz estabelecer as visitas,
sempre observando o melhor interesse da criança.

a) Das visitas
Desse modo, com intuito de ampliar e privilegiar a possibilidade de
convivência do menor com a família, desde que isso não acarrete em prejuízos para
o menor, requer a seguinte regularização das visitas avoengas:

1. Ao menos uma vez por mês, os avós paternos passaram um final de


semana com o neto, recolhendo a crianças às 16:00h da sexta e, o
devolvendo ao requerido no domingo às 20:00 horas;
2. Os avós paternos deverão buscar a criança de forma alternada para
passarem com esta a data de seu aniversário e a dos requeridos;
3. Os avós terem direto a 1/3 do período de férias escolares do neto;
4. Os avós têm o interesse de passar as festividades e datas comemorativas
anuais, ainda que seja apenas um dia em caso de feriados prolongados,
recolhendo a criança às 8:00h e devolvendo até às 22:00 horas do mesmo
dia.

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III. DOS PEDIDOS

Ante o exposto, respeitosamente REQUER a Vossa Excelência se digne em:

a) A concessão do benefício da gratuidade da justiça aos requerentes,


nos termos do art. 98 do Código de Processo Civil;

b) Requer que seja concedida a tutela antecipada, de modo que sejam


fixadas a visitação provisória.

c) A citação da requerida para que, querendo, ofereça resposta no prazo


legal, sob pena de sujeitarem-se aos efeitos da revelia;

d) A intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos


do artigo 697 do CPC, para que intervenha no feito até o final;

e) O deferimento da presente ação, para que seja concedida a


regulamentação das visitas avoengas;

f) Requer que seja designada a audiência de mediação.

g) Seja fixada sanção pecuniária, na forma descrita acima, com base no


art. 814 do CPC, no valor de metade do salário mínimo vigente (R$
468,00), na eventualidade de a ré descumprir a decisão que antecipe
os efeitos da tutela ou a sentença de mérito.

h) Que seja a Requerida condenada às custas e honorários advocatícios


e demais cominações de direito.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,


em especial documental, oral e outros que se fizerem necessários.

Dá à causa o valor de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais)

Termos em que, pede deferimento.

Local, data.
Nome da Advogada
Número da OAB

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