Anatomia - Encefalo e SN

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Anatomia

Encéfalo e SN
Prof. Raphael Santana
1. Quais são os dois principais hemisférios que compõem o
cérebro humano e quais funções são geralmente
associadas a cada um deles?

2. Qual é a função da substância branca no cérebro e como


ela se diferencia da substância cinzenta em termos de
composição e função?

3. O que são sulcos e giros no cérebro, e qual é a


importância dessas características anatômicas para a
função cerebral?
4. Qual parte do sistema encefálico é responsável pelo
processamento e integração de informações sensoriais,
como tato, visão e audição?

5. Quais são os dois principais tipos de células encontradas


no sistema encefálico, e qual é a função de cada uma delas?

6. O que é a barreira hematoencefálica e qual é sua função


no sistema encefálico?

7. Quais são as principais divisões do tronco encefálico e


quais funções estão associadas a cada uma delas?
8. Como as diferentes áreas do córtex cerebral estão
envolvidas no processamento de informações sensoriais,
motoras e cognitivas?

9. Qual é a função do cerebelo no sistema encefálico e como


ele está envolvido no controle motor?

10. Quais são os principais neurotransmissores envolvidos na


transmissão de sinais no sistema encefálico e qual é o papel
de cada um deles?
O encéfalo é parte integrante do sistema nervoso central. Ele contém três
partes principais: o cérebro, cerebelo e tronco cerebral. O cérebro é a maior
parte do encéfalo. É responsável por funções corporais superiores, como
visão, audição, cognição, emoções, aprendizagem e controle fino do
movimento. O cerebelo fica abaixo do cérebro. Ele regula funções motoras
como equilíbrio, coordenação e fala. O tronco cerebral conecta o cérebro à
medula espinal. Ele controla as funções corporais mais básicas, como
respiração e frequência cardíaca.
O cérebro é o órgão chefe do sistema nervoso central. Ele coordena o
funcionamento dos nossos músculos e membros, bem como os hormônios
que nós liberamos para nos adaptar, crescer e modificar o nosso ambiente.
Ele é composto por várias divisões, chamadas de lobos cerebrais, conforme
a seguir:
Cérebro
Lobo frontal

Localização: corresponde ao osso frontal; Anterior ao lobo parietal (do qual é separado
pelo sulco central) e súpero-anterior ao lobo temporal (do qual é separado pelo sulco
lateral, também chamado de fissura de Sylvius)

Giros:giros frontais superior, médio e inferior, giro pré-central, giro reto, giros orbitais

Função: controle do movimento voluntário, envolvido na atenção, memória de curto-


prazo, motivação, planejamento e fala
Lobo frontal
Sulco central
Sinônimos: Sulco de Rolando,
Sulco lateral
Sinônimos: Fissura de Sylvius
Polo frontal
Giro pré-central
Giro frontal superior
Giro frontal médio
Giro frontal inferior
Lóbulo paracentral
Sulco olfatório
Sulco olfativo
Trato olfatório
Bulbo olfatório
Giro reto
Giros orbitários
Giro frontal inferior
Giro frontal inferior
Parte opercular do giro frontal inferior
Parte triangular do giro frontal inferior
Parte orbital do giro frontal inferior
Área 44 de Brodmann
Área 45 de Brodmann
Lobo temporal:

Localização: corresponde ao osso temporal; ínfero-posterior ao lobo frontal (do


qual é separado pelo sulco lateral ou fissura de Sylvius)

Giros:giros temporais inferior, médio e superior

Função: decodificar as os sinais sensitivas aferentes (visuais e auditivos) em


derivados com significado para a retenção de memória visual e a compreensão da
linguagem
Lobo temporal
Sulco lateral
Sulco parieto-occipital
Incisura pré-occipital
Giro temporal superior
Giro temporal médio
Giro temporal inferior
Área 41 de Brodmann
Área 42 de Brodmann
Área 22 de Brodmann
Lobos parietais:

Localização: corresponde ao osso parietal; superior ao lobo occipital (do qual é


separado pelo sulco parieto-occipital) e posterior ao lobo frontal (do qual é
separado pelo sulco central)

Giros:giro pós-central, lóbulos parietais superior e inferior

Função: integra os estímulos proprioceptivos e mecanoceptivos, envolvido no


processamento da linguagem
Lobo parietal
Sulco central
Sulco parieto-occipital
Incisura pré-occipital
Sulco lateral
Fissura longitudinal do cérebro
Giro pós-central
Área 1 de Brodmann
Área 2 de Brodmann
Área 3 de Brodmann
Lóbulo parietal superior
Lóbulo parietal inferior
Lobo occipital

Localização: corresponde ao osso occipital; posterior ao lobo parietal (do


qual é separado pelo sulco parieto-occipital) e posterior ao lobo temporal

Giros: giros occipitais superior, médio e inferior; giro lingual e cúneo

Função: centro de processamento visual


Lobo occipital
Sulco parieto-occipital
Incisura pré-occipital
Sulco calcarino
Cúneo
Giro lingual
Área 17 de Brodmann
Área 18 de Brodmann
Área 19 de Brodmann
Lobo insular

Localização: profundo, na junção dos lobos frontal, parietal e temporal

Giros: giros longos e curtos

Função: processamento e integração das sensações gustatórias, sensações


viscerais e dolorosas, e funções vestibulares
Lobo insular
Opérculo frontal
Opérculo temporal
Opérculo parietal
Sulco central da ínsula
Giros curtos da ínsula
Giro longo da ínsula
Lobo límbico

Localização: na superfície medial de cada hemisfério, envolvendo o corpo


caloso

Giros: giro paraterminal, giro do cíngulo e giro parahipocampal

Função: modulação de emoções, modulação de funções viscerais e


autonômicas, aprendizagem, memória
Lobo límbico
O cerebelo, ou “pequeno cérebro” é responsável pelo equilíbrio e pela
coordenação. Ele dá fluidez aos nossos movimentos, e se reprograma
através de um sistema que gera novas respostas na dependência dos
estímulos que ele recebe.
Cerebelo
O cerebelo está situado na fossa posterior do crânio, atrás da ponte
(protuberância) cerebral e do bulbo, separado deles pelo quarto
ventrículo. Ele tem um importante papel na coordenação e precisão
das funções motoras, bem como no aprendizado motor. Graças à
função do seu cerebelo, você consegue caminhar sem ter que pensar
em cada passo. Infelizmente, a degeneração cerebelar pode levar a
uma variedade de desordens como dificuldades na marcha, tremores
corporais e desequilíbrio.
A anatomia do cerebelo é formada por dois grandes hemisférios,
unidos pelo vérmis ao centro. Numerosas fissuras transversais dividem
o cerebelo em três lobos (anterior, posterior e flóculo-nodular) e
vários lóbulos. O lobo flóculo-nodular é formado pelo flóculo e pelo
nódulo. O suprimento sanguíneo do cerebelo é feito pelas artérias
cerebelar superior, cerebelar ântero-inferior e cerebelar póstero-
inferior.
O cerebelo está conectado ao tronco cerebral por três pares de pedúnculos
cerebelares: o pedúnculo superior com o mesencéfalo, o pedúnculo médio
com a ponte (protuberância) e o pedúnculo inferior com o bulbo. Conexões
aferentes e eferentes que viajam entre o cerebelo, tronco encefálico e
medula espinhal passam pelos pedúnculos cerebelares. O cerebelo é
formado pelo córtex cerebelar de substância cinzenta, um centro de
substância branca - o corpo medular do cerebelo - e quatro pares de núcleos
intrínsecos. O córtex cerebelar consiste de várias lâminas finas como folhas
de árvores conhecidas como folhas do cerebelo.
O corpo medular do cerebelo é formado de substância branca e tem
um sistema de ramificações complexo e, juntamente com as folhas do
cerebelo que têm a aparência de árvore, tem sido descrito como “arbor
vitae”, a árvore da vida. Os núcleos cerebelares profundos são
denominados fastigial, globoso, emboliforme e denteado.
Giro paraterminal

O giro paraterminal é um pequeno giro que se situa inferiormente ao


rostro do corpo caloso. Acredita-se que este giro esteja envolvido na
depressão
Giro do cíngulo

O giro do cíngulo é uma estrutura em forma de “C” que é dividida em um córtex pré-límbico e
um infralímbico, um córtex cingulado anterior e um córtex retroesplenial. Acredita-se que o giro do
cíngulo tenha um papel importante na percepção da dor neuropática e na nocicepção.
• Os giros parahipocampais podem ser mais bem visualizados na
superfície inferior do lobo temporal do cérebro. Essa área
corresponde a várias áreas de Brodmann, como o córtex
entorrinal (áreas 27 e 28) e as áreas 35, 36, 48 e 49 de Brodmann.
Parte da extremidade anterior do giro parahipocampal projeta-se
medialmente, formando uma estrutura chamada uncus.

• O giro parahipocampal permite um caminho de comunicação entre o


hipocampo e todas as áreas de associação corticais, através das quais
os impulsos aferentes entram no hipocampo.
Giro parahipocampal
Unco
Hipocampo
Tronco encefálico

Como o nome sugere, o tronco cerebral (tronco encefálico) é uma


estrutura situada na base do cérebro que conecta as estruturas
subcorticais com a medula espinhal. Ele está associado com vários
sinais vitais, como o ciclo sono-vigília, consciência e controle
respiratório e cardiovascular. Nele também ficam a maioria dos núcleos
dos nervos cranianos e, através dos tratos neurais, ele facilita a
comunicação entre cérebro, medula espinhal e cerebelo.
O tronco encefálico é formado por três
partes: bulbo, ponte (protuberância) e mesencéfalo.
Ponte
Ponte

Porção basilar - acomoda a artéria basilar, trato corticoespinal, fibras


corticonucleares, núcleos pontinhos

Tegmento pontino - contém a formação reticular pontina, quatro núcleos de


nervos cranianos, tratos espinais ascendentes, locus coeruleus
Bulbo
O bulbo é a porção mais inferior do tronco cerebral, que fica na fossa
posterior do crânio. Ela se continua com a medula espinhal abaixo e
com a ponte cerebral acima.
Da sua face anterior emergem vários nervos cranianos e ali existem
áreas elevadas, chamadas de protuberâncias, formadas por vários
tratos e núcleos que atravessam o bulbo. Elas são a fissura mediana
anterior, pirâmides (trato corticoespinhal), decussação das pirâmides,
olivas (núcleo olivar inferior) e os nervos hipoglosso (NC
XII), glossofaríngeo (NC IX) e vago (NV X).
Anatomia do
tronco cerebral
- vista anterior
O bulbo também tem muitas estruturas anatômicas na sua face
posterior. Isto inclui o sulco medial posterior, fascículos grácil e
cuneiforme, tubérculos grácil e cuneiforme (núcleos respetivos),
tubérculo trigeminal (núcleo espinhal do nervo trigêmeo), funículo
lateral (fibras de substância branca lateral), metade inferior da fossa
romboide (assoalho do quarto ventrículo), e o óbex. O suprimento
arterial do bulbo é feito pelas artérias cerebelares anterior e posterior,
juntamente com a artéria espinhal anterior.
Bulbo

Porção basilar - contém as pirâmides (transmitem o trato corticoespinal),


olivas (transmitem o trato olivocerebelar)

Tegmento bulbar - contém os tubérculos (e tratos) grácil e cuneiforme,


quatro núcleos de nervos cranianos
Ponte Cerebral

Continuando um pouco acima, encontramos a ponte (protuberância).


Ela é a porção central do tronco cerebral interposta entre o bulbo e
o mesencéfalo. As funções da ponte (protuberância) cerebral são
variadas e envolvem sono, respiração, deglutição, audição, controle da
bexiga, equilíbrio e gustação, entre tantas outras funções motoras
Anatomia
do tronco
cerebral e
estruturas
relacionad
as - vista
posterior
A face posterior da ponte (protuberância) cerebral está intimamente
conectada com o quarto ventrículo e o cerebelo. As estruturas
associadas e protuberâncias incluem a metade superior da fossa
rombóide, eminência mediana, sulco mediano posterior, colículo facial
(nervo facial), estrias medulares (fibras do núcleo arqueado), locus
coeruleus (parte da formação reticular) e áreas vestibulares (núcleos
vestibulares). A ponte (protuberância) é suprida pelos ramos pontinos
da artéria basilar.
Mesencéfalo
E por último, mas não menos importante, chegamos à terceira parte do
tronco cerebral, denominada mesencéfalo. É a porção mais superior,
situando-se entre a ponte (protuberância) inferiormente e
o tálamo superiormente. Desempenha um importante papel no
movimento dos olhos, no processamento visual e auditivo, no estado
de alerta e na regulação da temperatura.
Primeiramente, o mesencéfalo é dividido em duas metades pelo
aqueduto cerebral, que o atravessa. A parte anterior é conhecida
como tegmento e a posterior como tecto mesencefálico.
A superfície anterior do mesencéfalo contém dois pedúnculos cerebrais
e o núcleo rubro. Cada pedúnculo contém a substância negra e o crus
cerebri que leva as fibras dos tratos corticoespinhais, as quais são parte
do tracto piramidal. Situada entre os pedúnculos está a fossa
interpeduncular, que contém a substância perfurada posterior, através
da qual as artérias perfurantes, que suprem o mesencéfalo, passam.
O núcleo rubro é uma massa redonda e bastante vascularizada de
substância cinzenta onde os tratos rubros aferentes (corticobulbar,
cerebelo-rubral) e eferentes (rubro-espinhal, rubro-olivar) começam e
terminam, respetivamente. Outras estruturas na superfície anterior do
mesencéfalo incluem os tratos ópticos e a emergência do nervo
oculomotor (NC III). Rodeando o mesencéfalo, encontramos várias
estruturas visíveis na sua face posterior.
As mais proeminente são os corpos quadrigêmeos, que se apresentam
como quatro eminências arredondadas, chamadas de colículos, na
lâmina do teto mesencefálico. Cada colículo superior representa a
estação retransmissora para reflexos visuais, enquanto cada colículo
inferior, localizados inferiormente, funciona como uma estação
retransmissora da via auditiva. Cada colículo correspondente é
separado medialmente pelo frênulo do véu medular superior.
Hipófise
Hipófise
Ventrículo lateral
Terceiro ventrículo
Quarto ventrículo
Diencéfalo
Diencéfalo
O sistema nervoso é uma parte vital e incrivelmente complexa para o
correto funcionamento do corpo humano. Com todas as suas diferentes
partes e conexões este sistema neurológico é cuidadosamente finamente
coordenado. A natureza levou milhares de anos para aperfeiçoar o sistema
nervoso humano através da evolução, até que chegasse ao que conhecemos
hoje, e isto explica a sua complexidade.
O desenvolvimento do sistema nervoso é um dos primeiros a se iniciar no
feto. Uma placa neural simples se dobra para formar a prega
neural (semanas 3-4), que depois forma um tubo. Este tubo é aberto em
ambos os lados, que são denominados neuroporos cranial e caudal. O
neuroporo cranial se fecha no 25º dia, enquanto o fechamento do neuroporo
caudal ocorre três dias depois. A falha no fechamento de qualquer um dos
neuroporos resulta em anomalias do desenvolvimento.
A formação de flexuras no encéfalo é uma etapa crucial no desenvolvimento
do sistema nervoso. Estas são a flexura pontina (entre o metencéfalo e o
mielencéfalo), a flexura cervical (entre o tronco encefálico e a medula
espinhal) e a flexura mesencefálica (que eleva
o mesencéfalo superiormente).
O tubo neural eventualmente se desenvolve formando o encéfalo, e dá
origem às três vesículas primárias - prosencéfalo, mesencéfalo e
rombencéfalo. O prosencéfalo continua para formar duas vesículas
secundárias - telencéfalo e diencéfalo. O telencéfalo forma os hemisférios
cerebrais, os núcleos da base (o núcleo caudado para cognição e os globos
pálidos medial e lateral para controle motor), a amigdala (o detector de
perigo e principal entrada de informações do olfato) e o hipocampo (nosso
principal local de armazenagem de memória episódica e espacial).
O diencéfalo forma o tálamo (o portão de saída para o córtex cerebral), o
subtálamo, o terceiro ventrículo (os dois tálamos "se beijam" cruzando o
terceiro ventrículo) e a glândula pineal (liberação de melotonina e ciclo
sono-vigília).
O mesencéfalo forma o aqueduto cerebral (conecta o terceiro e o quarto
ventrículos), o tecto (teto do mesencéfalo) e o pedúnculo cerebral (conecta o
tronco encefálico ao cérebro). Finalmente, o rombencéfalo forma as
vesículas secundárias chamadas metencéfalo e mielencéfalo.
O metencéfalo forma o cerebelo (o "pequeno cérebro" para coordenação e
fluidez de movimentos) e a ponte (dá origem à ponte e outros núcleos de
nervos cranianos). O mielencéfalo forma o bulbo (controle de centros
respiratórios vitais e nervos cranianos).

Os dois tipos básicos de células que se desenvolvem no sistema


nervoso são as células da glia e os neurônios.
Células gliais
Células gliais
Neurônios
Atividade
Desenho do encéfalo + SN
- Nome das partes
- Sulco
- Giros

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