TCC Casagrande

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ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS

ACADEMIA REAL MILITAR (1810)

ARIEL DE OLIVEIRA CASAGRANDE

ARTEFATOS EXPLOSIVOS IMPROVISADOS: Procedimentos de identificação,


destruição e neutralização na Arma de Engenharia.

Resende
2018
ARIEL DE OLIVEIRA CASAGRANDE

ARTEFATOS EXPLOSIVOS IMPROVISADOS: Procedimentos de identificação,


destruição e neutralização na Arma de Engenharia.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Academia Militar das
Agulhas Negras como parte dos
requisitos para a Conclusão do Curso
de Bacharel em Ciências Militares, sob
a orientação do TC Helton Andrade.

Resende
2018
ARIEL DE OLIVEIRA CASAGRANDE

ARTEFATOS EXPLOSIVOS IMPROVISADOS: Procedimentos de identificação,


destruição e neutralização na Arma de Engenharia.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Academia Militar das
Agulhas Negras como parte dos
requisitos para a Conclusão do Curso
de Bacharel em Ciências Militares, sob
a orientação do TC ENG Helton
Andrade.

COMISSÃO AVALIADORA

____________________________
Helton Fernandes de Andrade - TC ENG – Orientador

__________________________
(Nome completo, Posto e Arma) – Avaliador

__________________________
(Nome completo, Posto e Arma) - Avaliador

Resende
2018
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, a quem confio, aos meus amigos que
sempre me deram total apoio, à minha família e especialmente a minha filha que sempre me
incentivaram durante a concussão deste trabalho.
AGRADECIMENTOS

Ao TC ENG Helton Andrade meu orientador que me direcionou na confecção deste


TCC, aos meus instrutores do curso de Engenharia e da AMAN que me passaram orientações
especifica para a realização deste TCC.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura1- Partisan em ação de sabotagem.............................................................................19


Figura 2 - Dispositivo de acionamento de descompressão...................................................29
Figura 3 - Dispositivo de acionamento de pressão ..............................................................30
Figura 4 - Dispositivo de acionamento de tração..................................................................30
Figura 5 - Dispositivo de acionamento improvisado acionado por telefone celular.....31
Tabela 1 - Componentes da pólvora negra...........................................................................25
Tabela 2 - Componentes do ANFO......................................................................................25
Tabela 3 - Componentes das emulsões explosivas...............................................................26
Tabela 4- Componentes das lamas explosivas......................................................................26
Tabela 5 - Classificação de granadas de artilharia................................................................33
Tabela 6 - Inscrições contidas nos engenhos........................................................................33
Tabela 7 - Identificação do calibre.......................................................................................35
Tabela 8 – Distancia mínima de segurança..........................................................................35
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RESUMO

CASAGRANDE, Ariel de Oliveira. Artefatos Explosivos Improvisados: Procedimentos de


identificação, destruição e neutralização na Arma de Engenharia. Resende: AMAN,
2018. Monografia.

Este trabalho de conclusão de curso tem por objetivos explanar sobre os


procedimentos de identificação, destruição e neutralização de explosivos improvisados na
Arma de Engenharia escriturados nos manuais distribuídos pelo Exercito Brasileiro. Para isso
se faz necessário apresentar uma evolução histórica da forma como empregavam se os
artefatos explosivos improvisados (improvised explosive device- IED). Analisaremos as
circunstâncias e motivos que levaram o surgimento desta forma de combater evidenciando
vantagens e desvantagens do emprego de artefatos explosivos apresentada pelos manuais do
Exercito Brasileiro.
Através de pesquisa bibliográfica levantamos os conhecimentos necessários para os
trabalhos de desativação de artefatos explosivos bem como instruções de confecção e
instalação de armadilhas improvisadas. Utilizamos o método indutivo buscando adaptar as
problemáticas mais diversificadas relacionadas ao tema para a situação e emprego da Arma de
Engenharia do Exercito Brasileiro. Como resultado observamos que os procedimentos para a
identificação, desativação e destruição dos artefatos atendem parcialmente as necessidades,
pois estão suscintamente apresentados nos manuais disponibilizados pelo Exercito.

Palavras-chave: Artefatos explosivos improvisados. Armadilhas. IED.


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ABSTRACT

CASAGRANDE, Ariel de Oliveira. Artefatos Explosivos Improvisados: Procedimentos de


identificação, destruição e neutralização na Arma de Engenharia. Resende: AMAN,
2018. Monograph.

Elemento obrigatório, com as mesmas características do resumo em língua vernácula. Em


inglês, chama-se Abstract; em espanhol, Resumen. Seguem-se ao resumo as palavras
representativas do conteúdo do trabalho – palavras-chave e/ou descritores, em inglês ou
espanhol, conforme o caso.

Key words: Xxxxxxxx. Xxxxxxxxx. Xxxxxxxxx.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 9

2 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO ........................ 12


2.1 Revisão da literatura e antecedentes do problema ........................ 12
2.2 Referencial metodológico e procedimentos .................................... 14

3 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS ................................... 17


3.1 Historico.... ......................................................................................... 18
3.2 Os Artefatos Explosivos Improvisados (IEDs).............................. 21
3.3 Os principais Dispositivos de Acionamento de Artefatos Explosivos Improvisados
(IEDD).............................................................................................. 28

4 CONCLUSÃO .................................................................................. 38

REFERÊNCIAS ............................................................................... 38
10

1 INTRODUÇÃO

As unidades de engenharia observando os conflitos atuais e as formas que se


desenrolam os combates dedicam-se no desenvolvimento de técnicas, táticas e procedimentos
relacionados à detecção, remoção, neutralização e destruição de artefatos explosivos
improvisados, armadilhas que contenham explosivos improvisados, pois atualmente estão
presentes nos mais diversos conflitos pelo globo terrestre, normalmente são empregadas por
terroristas e tropas irregulares, possíveis ameaças que o Exército Brasileiro pode vir a
combater. Com a preocupação de estar apta para combater qualquer força inimiga e garantir a
soberania e a segurança do Brasil, especificamente a arma de engenharia deve estar apta à
combater e instruir seus soldados e as demais armas sobre os procedimentos relacionados à
explosivos improvisados, visando garantir o cumprimento da missão e a segurança da tropa.
Atualmente, o tema tem despertado interesse, pois, tropas irregulares, grupos
terroristas e grupos armados utilizam frequentemente artefatos explosivos improvisados para
maximizar seu poder de combate, disseminar o medo, afetando o psicológico e o rendimento
das tropas inimigas, para poder fazer frente à superpotências militares. O crescente número de
atentados terroristas pelo mundo evidencia a importância de estudar essa forma de combater,
tática que consegue frear as ações de superpotências militares.
A pesquisa busca abordar o tema sob como ocorreu o estudo e desenvolvimento das
instruções de artefatos explosivos improvisados na arma de engenharia do Exército Brasileiro
desde o inicio de seus estudos até os dias atuais, analisando o nível em que se encontram as
instruções verificando a capacidade de satisfazer as necessidades da Força Terrestre. A
aquisição de novas tecnologias consagra a atual capacidade intelectual e pratica da
Engenharia de fazer frente a essas possíveis ameaças, como robôs remotamente controlados
capazes de analisar, desarmar e destruir os engenhos preparados por forças oponentes.
No primeiro capítulo, procuramos apresentar como surgiu o estudo dessa atividade
referente a explosivos improvisados e suas formas de acionar tais artefatos, descrevendo as
formas de utilização desse conhecimento, posteriormente as melhorias que ocasionaram uma
evolução da doutrina na Arma de engenharia, enumerando as mudanças significativas e seus
benefícios operacionais.
No segundo capitulo, abordaremos termos técnicos referentes a artefatos explosivos,
principais materiais de confecção ressaltando as suas vantagens como facilidade de obtenção,
custo relativamente baixo e fácil confecção além de suas formas de acionamento.
11

No terceiro capitulo, após analisar o desenvolvimento do tema na arma de Engenharia


apresentaremos as atuais medidas de C-IED em que os manuais do Exército Brasileiro se
encontram escriturados, a importância no contexto atual e ainda verificar a necessidade de
continuar desenvolvendo as formas de combater inimigos que utilizam táticas que empreguem
artefatos explosivos improvisados.
12

2 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
Nosso tema de pesquisa insere-se no tipo de pesquisa bibliográfico, delimitando-se no
desenvolvimento e emprego da Engenharia, investigando o surgimento dos artefatos
explosivos improvisados e buscando identificar a principal evolução das Técnicas Táticas e
Procedimentos (TTP) no combate assim como as modificações mais relevantes que
ocorreram. Analisando desta forma a capacidade se de modernizar e se instruir, atingindo
então, a capacidade de resposta necessária para solucionar situações que possam ser
apresentadas.
Em relação ao tipo de pesquisa, utilizaremos também o método indutivo, buscando
situações de emprego da força e ate mesmo de outras tropas em operações em que houve o
envolvimento de artefatos explosivos, e adequando essas particularidades das outras tropas à
arma de Engenharia do Exército Brasileiro e na área de estudo referente ao tema deste
Trabalho de Conclusão de Curso.

2.1 Revisão da literatura e antecedentes do problema

Buscando identificar o que de mais relevante e atualizado tem sido produzido sobre
artefatos explosivos improvisados e demais assuntos que se fazem necessários conhecer para
a perfeita compreensão deste trabalho, pesquisamos alguns manuais do Exército Brasileiro,
como por exemplo: o C 5-1 Emprego de Engenharia, C 5-37 Manual de minas e armadilhas e
Manual escolar: Explosivos e Destruições, artigos científicos estrangeiros, assim como
monografias de apoio ao tema estudado, fotos de documentos e manuais.
Segundo CALL os Improvised Explosive Device (IED) sempre existiram nos
combates, com ou menor frequência de emprego, mas nunca antes visto como vem sendo
empregados no Iraque e Afeganistão. Combates modernos, berço dos principais grupos
terroristas que em suas ações incluem atentados em outros países. Essa ameaça se prova
presente, pois houve grande preocupação e preparação dos órgãos competentes para as
Olímpiadas de 2016.
Analisando essa afirmação de CALL que os IED’s já foram empregados em combates
e guerras anteriores, buscamos em bibliografias e constatamos que haviam sido utilizados na
guerra do Vietnam, 2ª e 1ª Guerra Mundial. Segundo SINGER, relatos de que engenhos
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explosivos eram utilizados até mesmo na Guerra Civil Americana, ou seja, o emprego de tais
artefatos se faz presente há séculos e inclusive em continente americano.
Segundo o Manual C 5-37 Minas e Armadilhas, o Brasil é integrante de protocolos e
convenções de internacionais que ratificam restrições e proibições a empregos de armadilhas,
minas e outros artefatos. Entretanto, verificamos em diversas bibliografias que serão
apresentadas neste trabalho grupos insurgentes e terroristas trabalhando com essas técnicas,
fazendo-se necessário adquirir tais conhecimentos para contribuir na formulação e
desenvolvimento de TTP’s.
Faz-se necessário definirmos alguns conceitos que entendemos como fundamentais
para o desenvolvimento do assunto como o que é um explosivo, amparamo-nos no manual
Escolar Explosivo e Destruições (2009, p. 1), que apresenta o seguinte esclarecimento:

“Explosivos são substâncias químicas ou misturas de substancias


químicas que ao serem convenientemente iniciadas, sofrem uma decomposição
muito rápida e violenta, produzindo grande quantidade de calor (alta temperatura)
formação de gases (normalmente tóxicos), criando, no local, uma zona de alta
pressão, que atua em todas as direções”. (Academia Militar das Agulhas Negras,
Curso de Engenharia, Explosivo e Destruições, Acadêmica, 2009).

Engenhos falhados ou Engenhos Explosivos são, segundo C 5-25, toda munição


atirada por uma boca de fogo, toda granada arremessada ou mina acionada, mas por algum
motivo deixaram de concluir seu encadeamento explosivo. E os artefatos explosivos
improvisados (IED), assim como os artefatos explosivos são confeccionados de forma
improvisada e/ou com material improvisado, não militar adaptado para uma finalidade militar.
A necessidade de ativar esses engenhos, citamos os conceitos de Dispositivo de
acionamento apresentado no manual C 5-37 Minas e Armadilhas que compreendem em
espoletas, escorvas e acionadores. Os dispositivos de acionamento improvisados são
confeccionados de forma improvisada contendo ou não material militar, esses dispositivos
podem acionar material militar (AXO) que nunca foi empregado e (UXO) para material
militar empregado e não detonado, normalmente granadas de artilharia. Outro conceito
fundamental e de o (CIED), são todos os procedimentos e medidas adotadas para (Explosive
Ordnance Disposal - EOD) e contra forças irregulares que empreguem esses artefatos.
14

2.2 REFERENCIAL METODOLÓGICO E PROCEDIMENTOS


2.2.1 Problema

Visando a analisar os conhecimentos previstos em manual, comparando-se o que ele


prescreve com situações de conflito recente, formulou o seguinte problema de pesquisa: Qual
o nível de especialização das unidades de Engenharia do Exercito Brasileiro no combate
moderno onde se faz presente a utilização de artefatos explosivos improvisados?

2.2.2 Hipóteses

Partimos da hipótese de que os dados colhidos durante a pesquisa indicam que ao


longo da historia, Engenhos explosivos sempre foram produzidos e empregados seja em
pequena ou grande escala em combates modernos. A Engenharia do Exército Brasileiro
visando acompanhar o desenvolvimento militar das demais nações e garantir a soberania
nacional vem desenvolvendo os conhecimentos necessários na área de forma a satisfazer as
necessidades.
Logo, trabalhamos com as variáveis: Humana, Doutrina e Tecnológica.
a) Há uma doutrina referente à identificação, neutralização e destruição de artefatos
explosivos prevista em manuais que atenda as necessidades caso seja empregada em
ambiente com artefatos explosivos, não atendendo a essas necessidades podemos
identificar a necessidade de uma padronização das ações a serem realizadas.
b) A tecnologia adquirida e emprega pela Engenharia em ações de identificação,
neutralização e destruição de engenhos explosivos. Identificando a inexistência de avanço
tecnológico na área poderemos propor maior investimento embasado pelo crescente
emprego nos conflitos modernos e a possível necessidade de emprego.

.
15

2.2.3 Objetivos

Nossos objetivos podem ser descritos da seguinte forma:

2.2.4 Objetivo geral

O objetivo geral deste TCC será a explanação do desenvolvimento do adestramento e


emprego dos artefatos explosivos, seus dispositivos de acionamento e a forma que a
engenharia do Exército Brasileiro combate tais ameaças.

2.2.5 Objetivo específico

Serão observados os seguintes objetivos específicos: Histórico visando analisar as


circunstâncias e motivos que levaram o surgimento desta forma de combater; vantagens e
desvantagens do emprego de artefatos explosivos; Destacar os procedimentos de
identificação, remoção e desativação de engenhos explosivos.

2.2.6 Procedimentos de pesquisa

Primeiramente, realizamos uma pesquisa bibliográfica visando rever a literatura que


nos fornecesse base teórica para prosseguirmos na pesquisa. Desse levantamento, destacam-se
os manuais do Exercito Brasileiro relacionados ao emprego de engenharia, manuais de minas
e armadilhas além do manual escolar de explosivos e destruições. Materiais e documentos de
organismos internacionais, incluindo monografias, artigos científicos e reportagens que
serviram como parâmetro de emprego da engenharia contribuindo como base teórica para a
confecção deste Trabalho de Conclusão de Curso.
Apoiado por essa base teórica, passamos através da analise de dados apresentados nas
bibliografias, da consulta de documentos e utilizando processo indutivo a identificar fatores e
características.
Nossa primeira constatação foi que não foram editados até o momento muitos títulos
nacionais sobre o assunto. Quanto à qualidade das fontes encontradas, podemos dizer nossos
manuais de forma geral apresentam um detalhamento e aprofundamento no que se refere às
TTP’s, cabendo aos Destacamentos de Desativação de Artefatos Explosivos um maior
aprofundamento sobre o tema, visto sua finalidade de emprego rápido para estas situações. A
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maioria das normas e conhecimentos foi produzida fora do país por outros exércitos que
vivenciaram com maior intensidade a necessidade de desenvolver material referente a
artefatos explosivos, organismos internacionais norteando as habilitações e capacidades
necessárias para seu emprego efetivo pelas nossas tropas especializadas.
Na analise das bibliografias, efetuamos uma comparação destes para confrontar com
as hipóteses propostas acima. E através das teorias estudadas na revisão da literatura
confrontamos e identificamos as que melhores se adequam para a Engenharia do Exercito
Brasileiro.
Para este Trabalho de Conclusão de Curso, podemos inseri-lo na linha de pesquisa
historia militar, pois foram colhidos dados referentes ao surgimento de artefatos explosivos,
fabricação improvisada ou não, e sobre seus dispositivos de acionamento, elencando algumas
das evoluções táticas mais significativas.
17

3 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS

Na busca por uma resposta ao problema que norteou a pesquisa, chegamos aos
resultados que se seguem.

3.1 Resultados

3.1.1 Histórico

Os manuais distribuídos pelo Exército Brasileiro apresentam um histórico sucinto da


evolução da guerra com minas, um antecedente do que hoje vem a ser o combate com
emprego de artefatos explosivos.

O Manual C 5- 37 Minas e armadilhas (2000, p 1-2), textualmente que:


“Conquanto importantes operações de guerra com minas tenham sido
realizadas através de toda a história militar, a guerra com minas, como a
conhecemos hoje, apresentou-se com importância, pela primeira vez, na 1ª
Batalha de YPRES, durante a 1ª Guerra Mundial. Nessa ocasião os exércitos
alemão e britânico estavam num impasse, com as linhas de batalha imóveis.
Para resolver essa situação, os alemães usaram o velho processo de “minar",
que, como no passado, consistia na escavação de túneis e colocação de
grandes cargas diretamente sob as linhas britânicas. Antes do ataque, as
cargas eram detonadas. O sucesso dessa operação acarretou a sua adoção por
ambos os adversários.”

O trecho do manual apresenta como o que é o marco inicial da guerra com minas que
no decorrer da história, através de evoluções materiais e táticas o emprego de explosivos
improvisados constituirá um dos principais métodos de combate, isso ocorre, pois foi através
dos métodos improvisados de preparação das cargas e detonação das minas para a destruição
de carros de combate que surgem os primeiros dispositivos de acionamento.
Conforme o manual C 5-37 Minas e armadilhas ás evoluções significativas são a
construção de minas terrestres com granadas de artilharia, usadas inicialmente como defesa
contra carros de combate. Os aliados, utilizando de dispositivos de acionamento improvisados
construídos para realizar a detonação quando um carro de combate passasse sobre o engenho,
18

isso veio a constituir as minas Anti Carro (AC). Entretanto, os alemães começaram a
empregar o acionamento elétrico destes engenhos de um ponto de observação (PO) distante.
Hoje com as tecnologias populares é possível fazer um acionamento semelhante utilizando
celulares, nootbooks, e outros aparelhos de comunicação.
As tropas utilizavam minas que eram confeccionadas com granadas de artilharia como
defesa contra os carros de combate, a criatividade e formas de acionar improvisadamente os
artefatos são evidenciados, demonstram um preparo para dispositivos improvisados de
acionamento que futuramente sofreriam uma evolução dando origem a dispositivos
improvisados atuais.
O emprego de IED’s conforme Peter W. Singer se faz presente muito antes da 1ª GM:

“Embora o IED seja algumas vezes descrito como uma nova tecnologia, ele
realmente tem um longo histórico. Navios carregados com explosivos foram usados já
em 1500, enquanto varias bombas e minas foram usadas em nossa própria guerra civil,
como na batalha naval de Mobile Bay e na batalha terrestre de Petersburg”. (Peter W.
Singer, Tradução nossa).

Segundo Peter W. Singer, o próprio nome improvisado faz referencia a algo


confeccionado por não existir algo melhor para a situação vigente, ou seja, um insulto.
Entretanto com as tecnologias populares isso mudou, fez com que o Iraque e Afeganistão
neutralizassem a vantagem esmagadora dos EUA se mostrando eficazes contra alvos militares
mais brandos como Humvees, caminhões e patrulhas a pé, bem como civis, e se tornaram a
arma de assinatura nessas guerras.

Ate mesmo a nova versão IED – cujos penetradores formados de forma


explosiva podem perfurar ate mesmo a blindagem dos veículos resistentes minas das
formas armadas dos Estados Unidos – na verdade remota a Segunda Guerra
Mundial. (Peter W. Singer, tradução nossa)

Sem soma de duvidas a 2ª Guerra Mundial, contribuiu para o desenvolvimento e


emprego de explosivos improvisados, prova disto são as inúmeras referencias citadas no
manual C 5- 37 Minas e Armadilhas que, o vasto emprego das minas terrestres, tanto na
Europa, África como no Pacifico não inviabiliza a possibilidade de terem sido empregados
artefatos explosivos improvisados e armadilhas da forma que conhecemos hoje. Nesse
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contexto destacam-se as ações dos Partisans, grupo paramilitar que realizavam movimentos
de resistência à ocupação alemã, normalmente atividades de sabotagem.

Figura1: Partisan em ação de sabotagem

Figura 1 – Partisan em ação de sabotagem durante a II Guerra Mundial. FONTE: YIVO...,


1943 or 1944.

Durante a guerra do Vietnam houve um grande emprego de minas e armadilhas,


colocadas ao redor das bases de apoio de fogo e acampamentos. Nas áreas abertas, serviram
como agravantes, nas íngremes florestas densas e montanhosas, tornava o deslocamento lento,
fatigante e perigoso, pois 11% das mortes em combate foram resultados do emprego de
armadilhas. (BRASIL, 2000)
No trecho do manual verificamos que o emprego de artefatos explosivos, armadilhas e
minas em geral esta condicionado ao terreno, sem a canalização das tropas por uma via, trilha
ou estrada o emprego deixa de ser compensador. Analisando e copilando essas informações
vão surgindo na época as primeiras TTP’s. (BRASIL, 2000)
Podemos concluir desse trecho que os explosivos improvisados e minas empregadas
na época ocasionavam uma porcentagem significativa de mortes, embora não cite, mas
acreditasse que a porcentagem de feridos tenha um valor semelhante ao número de mortes,
estresse em combate e o medo de acionar alguma armadilha contribuem para os
20

deslocamentos lentos e fatigantes e principalmente perigosos. A situação das minas pelo


mundo devido suas características como o baixo custo, sua vida útil quase infinita e a
economia de mão de obra explicam esse grande emprego nos campos de batalha.
O problema de sua utilização no Oriente Médio e na América Latina, países em que as
minas afetam a população civil e devida sua vida útil quase infinita, mesmo após as
hostilidades, as minas terrestres continuam a causar mortos e feridos, logicamente os IED’s
confeccionados a partir desses materiais militares de vida útil longa venham a apresentar as
mesmas características, como consequência normalmente geral mutilações, e os custos de sua
remoção são extremamente elevados. O mesmo ocorre com IED’s e demais artefatos
explosivos, pois para que seja possível identificar e neutralizar demais artefatos explosivos
existe uma serie de equipamentos e adestramentos das Turmas de Levantamento de Engenho
Falhado e dos Destacamentos de Desativação de Artefatos Explosivos.
Utilizando da tecnologia e dos avanços na área militar, inúmeros equipamentos de
detecção e remoção de artefatos explosivos foram criados, Sistema RAMBS 3, POMINS,
MICLIC e implementos como rolo limpador de minas, arado removedor de minas. Assim
como as viaturas e carros de combates foram contemplados com tecnologias para a detecção,
neutralização e destruição de artefatos explosivos, o combatente recebeu equipamentos para
sua proteção, compostas de Kevlar, compostas de duas partes que protegem seu corpo todo,
bastões de sondagem, detector de minas, sensores e até robôs para neutralização e destruição.
(BRASIL, 2000)
Dentre essas tecnologias o Exército Brasileiro passou a empregar desde os jogos
olímpicos de 2016 os robôs Teodor e Telemax de tecnologia alemã. O Telemax apresenta
características para trabalhos mais ágeis e versáteis e o Teodor trabalhos robustos, constando
com equipamentos de Raios-X, bloqueadores de radio frequência, canhão de disrupção de
água e nucleares (QBRN) e armamento calibre 12 para arrombar portas, equipamentos
essenciais para a identificação, neutralização e destruição de artefatos explosivos e garantir a
segurança das equipes de desativação.

Segundo publicação do Estado Maior Conjunto dos Estados Unidos:


“O IED tornou-se cada vez mais a arma de escolha para terroristas,
insurgentes e organizações criminosas. Entretanto, o uso de IEDs por estes grupos
não é novo. Grupos insurgentes na América do Sul ainda fabricam IEDs em
laboratórios montanhosos, muito parecidos com os seus predecessores dos anos 60.”
(COUNTER-IMPROVISED EXPLOSIVE DEVICE…, 2012, p. I-3, tradução
nossa).
21

O emprego de artefatos explosivos improvisados na América Latina, mais


especificamente no Brasil, onde o Exército Brasileiro tem maior probabilidade de emprego,
pois poderá ser empregado em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ou através de
intervenção federal, são mais comuns quando relacionados a facções criminosas. Atualmente
um dos casos mais recentes ocorreu no Amazonas na cidade de Manaus onde artefatos
estavam nos fundo da casa em um bairro na zona Norte de Manaus, segundo a reportagem a
presentada pelo site de noticias g1, o grupo de manejo de artefatos explosivos desativaram
dois objetos: uma granada de mão e um artefato explosivo improvisado.
A utilização de explosivos improvisados desperta grande interesse devido à
capacidade de utilizar um material explosivo para uma finalidade para qual não foi destinada,
mas que através de criatividade e improvisação que são as principais características e
vantagens torna seu emprego compensador. Assim grupos terroristas, facções criminosas e
insurgentes e até forças regulares ao longo da história estudaram e desenvolveram suas
técnicas, táticas e procedimentos na utilização e proteção.
22

3.1.2 Os Artefatos Explosivos Improvisados (IEDs)

Um artefato explosivo improvisado pode ser definido como um engenho colocado ou


fabricado de uma forma improvisada que contem químicos destrutivos, letais, nocivos,
pirotécnicos ou incendiários, com a finalidade de destruir, incapacitar, embaraçar, ou distrair
o inimigo. Pode incorporar material militar, mas normalmente deriva de componentes não
militares. (NATO, 2008)
Os IED´s são armas táticas, que aplicados em combate podem causar baixas elevadas,
restringir a liberdade de movimentos. São armas baratas, fácil aquisição e relativamente fáceis
de produzir, sendo necessário pouco conhecimento técnico ou especializado. Normalmente
oferecem ao operador dessas armas uma menor exposição ao risco de lutar com as forças
militarmente mais fortes, do que na utilização de armas de fogo direto. (NATO, 2008)
A utilização de engenhos improvisados causa um efeito muito além da destruição,
abala moralmente e psicologicamente as tropas inimigas reduzindo o rendimento em combate.
Para população local, a presença destes artefatos fragiliza a confiança da força e demonstra a
insuficiência das forças governamentais, para conseguirem prevenir a sua utilização e garantir
a segurança.
Devido à sua eficiência, apresentada nos diversos conflitos no Oriente Médio, houve
uma crescente preocupação das forças da NATO quanto à liberdade de movimento e consumo
de material militar. Projetando essas características para o cenário nacional, acreditamos que
as mesmas técnicas, táticas e procedimentos empregados no Oriente Médio possam ser
empregados no Brasil pelas unidades de engenharia, principalmente as especializadas.
(NATO, 2008)
Assim como nos conflitos no Oriente Médio os grupos insurgentes utilizam de
improvisações para fazer frente a superpotências militares, nossos manuais incentivam a
improvisação para acionamento de explosivos, engenhos e armadilhas especificamente.

“As improvisações também são aplicáveis à guerra convencional. Com muito


pouco esforço um soldado pode ser treinado de modo que, sem nenhum
equipamento militar, possa preparar-se para lutar eficientemente com materiais
conseguidos de comerciantes, sucatas e material recuperado”. Manual C 5-37 Minas
e Armadilhas, p. 8-1.
23

Quando falamos no emprego tático, os recursos locais e de artigos padronizados se


revelam importantes no preparo eficaz das armadilhas, devem ser confeccionadas de maneira
simples e variada, camuflados no terreno para se mesclarem com o terreno tornando-se de
difícil detecção e mais mortífera, causando incerteza para o inimigo. (C5 -37 Minas e
Armadilhas, 2000).
Os artefatos explosivos armadilhados podem ser empregados ainda em retiradas com a
mesma finalidade dos campos de minas de inquietação, porem em edifícios, abrigos, estradas,
atalhos, desvios e em torno e obstáculos, pontes, vaus e outras áreas favoráveis ao inimigo,
concluímos que os artefatos explosivos improvisados devem se apresentar mais adequados a
ambientes urbanos enquanto campos minados de inquietação em ambientes rurais. (C 5- 37
Minas e Armadilhas, 2000).
Enumerando as vantagens do emprego dos artefatos explosivos improvisados
destacamos os baixos custos de produção, devido a fácil aquisição em região de conflito, pois
seus componentes podem ser obtidos de material militar abandonado ou não detonado, em
regiões onde não s afaz presente nenhuma espécie de conflito armado os meios de produção
dos IED’s ocorre através de matérias cotidianas como fertilizantes, combustíveis e outros
químicos. O conhecimento técnico ou especializado é pouco exigido para confecção destes
artefatos, ocasionando pouco tempo necessário para as instruções e para sua confecção,
cabendo á quem monta o engenho criatividade e malicia.
Certamente os dispositivos de acionamento não padronizados oferecem maior
dificuldade para as equipes de desativação, pois as armadilhas improvisadas não possuem um
padrão de acionamento o que prejudica a confecção de TTP’s especificas, ou seja, a equipe
destinada a desativação necessita de um preparo mais acentuado e uma rápida capacidade de
avaliação e resposta. Por fim as tecnologias populares introduziram uma nova forma de
acionamento capaz de ser feita por qualquer meio de comunicação. Os IEDS’s oriundos de
material militar, normalmente minas e granadas de artilharia, por possuírem uma vida útil
longa conferem aos artefatos a mesma característica além de não haver a necessidade de
vigilância ou um grande efetivo para o acionamento dependendo logicamente do tipo de
dispositivo adotado.
Das desvantagens podemos citar a falta de um escalão para a distribuição de
suprimentos necessários para a confecção das armadilhas e artefatos, por exemplo, os
materiais explosivos necessários para a cadeia de ativação da carga e peças para os
dispositivos de acionamento ocorrendo da necessidade de buscar os meios. A segurança na
confecção, caso o responsável por montar o engenho não tenha um conhecimento mínimo
24

pode vir a acionar a carga precocemente uma vez que, por não ser padronizada não há uma
diretriz especifica de montagem e manuseio.

Segundo o manual do United States Marine Corps (2013, p. 8), que classifica os
explosivos em três categorias, explosivos militares, comerciais e caseiros.

a) Militares: explosivos fabricados para uso militar, tais como munições, projéteis de
artilharia ou para demolições que contenham explosivos, propulsores, pirotecnia ou material
químico, biológico ou nuclear para uso em operações militares.
b) Comerciais: explosivos produzidos e utilizados para aplicações comerciais ou industriais.
c) Caseiros (homemade - HME): compostos explosivos não padronizados que foram criados a
partir de ingredientes disponíveis.

[...] O explosivo geralmente é improvisado com elementos adquiridos no


comércio ou capturados do inimigo. As minas, munições e qualquer material
semelhante capturados, são desmontados e cada grama de explosivo aproveitada.
Manual C5-37 Minas e armadilhas, p. 8-13.

Cabe ressaltar que para emprego militar os explosivos de ruptura (TNT, PETN,
Dinamite e C4) e os explosivos com alta velocidade de decomposição, devido sua reação
química quase instantânea cuja detonação ocorre acima de 1.000m/s são ideais para trabalhos
de destruição. Caso não seja possível utilizar explosivos de ruptura, pode ser utilizado
qualquer outro tipo de material explosivo ou incendiário visando influenciar
psicologicamente, que os IED’s causam pelo simples fato de detonarem inesperadamente,
satisfaz os grupos insurgentes causando desequilíbrio psicológico, dessa forma com alguns
meios simples e de fácil obtenção é possível confeccionar artefatos explosivos e poder realizar
ações.

Pólvora negra
A Pólvora negra possui a característica de que quanto mais fina mais rápida sua
velocidade de queima, é facilmente encontrada em fogos de artificio e em pedreiras onde
ocorre o desmonte de pedras. O manual de Explosivos e Destruições do Exercito Brasileiro
apresenta dois tipos de pólvora negra de ruptura tipo A “A Blasting Powder” pode conter
salitre e nitrato de potássio e na ruptura tipo B possui nitrato de sódio no lugar do nitrato de
25

potássio, a 1ª é usada em pequenas pedreiras e a 2ª usada para desmonte de material macio


(argila) e local subterrâneo sem ocorrência de gases. Pode adicionar até 8 % de água para
melhorar a queima

Tab1: Componentes da Pólvora Negra


Pólvora Negra
Salitre Fertilizantes de solo e removedores de tronco 75%
Carvão Carvão para churrasco 15%
Enxofre Lojas de jardinagem 10%
Fonte:

ANFO
Mistura de hidrocarbonetos líquidos (geralmente óleo diesel ou querosene) com nitrato
de amônia granulado (NH4NO³),foi descoberto na década de 20 quando o vazamento de
diesel de um navio no porto do Golfo do México entrou em contato com fertilizantes, assim
como o óleo diesel o fertilizante é de fácil aquisição e com um custo relativamente barato.
O ANFOAL apresenta pó de alumínio aumentando sua estabilidade e poder destrutivo, seus
componentes são de fácil aquisição e custo relativamente baixo.

Tab2: Componentes do ANFO


ANFO
Nitrato de amônia Fertilizantes 92 a 94 %
Óleo diesel Postos de Combustíveis 6a8%
Fonte:

Emulsão explosiva
Segundo o manual escolar de explosivos e destruições, as emulsões explosivas são
explosivos comerciais, preparadas com água em óleo e adição de “ar armadilhado” se tornam
detonáveis, compostas de gotículas de solução aquosa de nitrato de amônio e de uma fase
continua (combustível) e solução aquosa de combustíveis (óleo mineral e cera). Suas
características devido à consistência são ideais para o preenchimento de furo, buracos e até
mesmo canos, são praticamente insolúveis na água e eficientes para o desmonte de rochas.
26

Tab3: Componentes das Emulsões explosivas


Emulsão explosiva
Componentes Substancia Quantidade (%)
Sais Orgânicos Nitrato de Amônio 77%
Nitrato de Sódio
Água - 16%
Combustível Óleo Diesel 4%
Emulsificante Oleato de sódio 2%
Sensibilizantes Nitrito de sódio Menos 1 %
Micro balões
Controladores de densidade Perita Menos de 1 %
Alumínio - Menos de 1 %
Fonte: Manual Escolar: Explosivos e destruições, 1ª ed. 2009, pág. 20.

Lama explosiva
As lamas explosivas por serem soluções aquosas, contem partículas solidas em suspensão e
são principalmente constituídas de água, sais oxidantes, combustíveis e alguns sensibilizantes
que tornam o produto capaz de ser detonado, dentre suas características podemos citar a
ausência de nitroglicerina, garantindo a segurança devido à nitroglicerina ser extremamente
sensível e estar presente na formulação típica da maioria dos explosivos comerciais.
.
Tab4: Componentes das Lamas explosivas
Lama Explosiva
Componentes Substancia Quantidade (%)
Sais Oxidantes Nitrato de amônio 65 a 80%
Nitrato de sódio
Espessantes Goma Guar (polissacarídeo) 1 a 2%
Combustíveis Oleo diesel 2a5%
NMEA (Nitrato de Monoetanolamina)
Sensibilizantes NMEA 0 a 10 %
Alumínio atomatizado
Gaseificadores de espuma
27

Estabilizantes Carbonato de Cálcio Menos de 1 %


Estabilizante de espuma
Agentes cruzadores Piro Antimoniato de Potássio 1a2%
Agentes aerantes Perlita 0.2 %
Nitrito de sódio
Água - 15 a 20 %
Fonte: Manual Escolar: explosivos e destruições, 1ª ed. 2009, p. 21.

Observando os explosivos demonstrados neste capitulo devemos observar o seu


componente, a maioria dos compostos podem ser adquiridos em mercados, farmácias,
ferragens, casas de fogos de artificio e até mesmo em sites de compras na internet. Através de
pesquisas sobre o tema utilizando tecnologias populares inúmeros resultados são
apresentados, alguns duvidosos outros não, mas vale ressaltar que com o mínimo de instrução
e especialização qualquer pessoa, combatente, guerrilheiro ou criminoso pode adquirir meios
para a confecção de artefatos explosivos improvisados.
28

3.1.3 Os principais Dispositivos de Acionamento de Artefatos Explosivos Improvisados


(IEDD)

Dispositivos de acionamento são mecanismos mecânicos ou elétricos com a finalidade


de iniciar a cadeia explosiva, podem ser fabricados com os mais diversos tipos de materiais
militares ou não, dessa forma possibilitam uma diversidade de formas.

[...] dispositivo posicionado ou fabricado de forma


improvisada, incorporando produtos químicos destrutivos, letais,
nocivos, pirotécnicos ou incendiários, concebidos para destruir,
incapacitar, perturbar ou distrair. (ORGANIZAÇÃO DO TRATADO
DO ATLÂNTICO NORTE, 2013, p. 2-I-2).

Além de dispositivos de acionamento padronizados, que apresentam a vantagem por


ser produzidos em grandes quantidades e distribuídos pela cadeia de suprimento facilitam
ainda a instrução da tropa, como M1A1, acionador de tração A1, Acionador do tipo
combinado tração-liberação, acionador de descompressão M5 e acionador de descompressão
M1, citados no manual C 5-37 Minas e Armadilhas o manual apresenta os alguns tipos de
acionamentos que podem ser confeccionados de forma improvisada.
-Tração
-Pressão
-Descompressão
E quanto ao funcionamento, que pode ocorrer de inúmeras maneiras para poder dar
inicio a cadeia explosiva, constituem se basicamente em:
-Liberação
-Elétrico
-Mecânico
-Tração-Fricção
-Pressão-Fricção
-Químicos

Analisando o conteúdo escriturado no Manual de Minas e Armadilhas:


29

Descompressão:

Figura 2: Dispositivo de acionamento de descompressão

Fonte: Manual C5-37 Minas e armadilhas, 2ª edição, pag

Na figura acima temos um uma granada de mão armadilhada com um dispositivo


improvisado, onde o pino de segurança é removido e a tecla do capacete e presa por um
dispositivo improvisado interligado a um binóculo. O funcionamento ocorre com a retirada do
binóculo, essa ação libera a teclado do capacete, ocasionando a percussão da espoleta e por
fim a detonação da granada. Uma armadilha simples confecção, com poucos meios, com
emprego de material militar e não militar, evidenciando a importância de se conhecer e
transmitir os conhecimentos referentes a dispositivos de acionamento para as demais forças e
soldados tanto da arma de engenharia como das armas base.

Pressão

O peso exercido pela roda da viatura vai impulsionar uma haste que ira detonar a
espoleta, a espoleta por sua vez vai ceder à energia de ativação necessária para a detonação do
cordel detonante e assim detonar a carga. Os danos vão variar com a carga empregada,
podendo danificar a viaturas, ferir ou matar o motorista ou até mesmo toda a guarnição da
viatura caso não possua uma célula de sobrevivência, capaz de absorver a onda de choque.
30

Possíveis locais para a armação podem incluir pontes e vias estreitas onde a liberdade de
manobra é restringida por pontos críticos.

Figura 3: Dispositivo de acionamento de pressão

Fonte: Manual C 5 -37 Minas e armadilhas, 2ª edição, pág 9-13.

Tração:

Figura 4: Dispositivo de acionamento de tração

Fonte: Manual C5-37 Minas e armadilhas, 2ª edição, pág 8-5.

Na exemplificação desta forma de funcionamento da armadilha exemplifica a remoção


de um armamento do chão, armamento que através de um fio tracionará a espoleta da carga
31

fazendo com que a mesma detone e consequentemente a carga na qual esta escorvada. Outro
exemplo amplamente conhecido são os cordéis de tropeço, posicionados em trilhas ou em
locais que restringem o movimento, o combatente ao deslocar-se esbarra no fio localizado
rende ao chão que devido a tração do fio que está ancorado ao pino de segurança da tecla do
capacete o remove e permite a detonação da granada.
Tecnologias populares:

Através de radio frequências e demais tecnologias populares que utilizam wireless é


possível acionar uma carga explosiva, concedendo através de um aparelho de comunicação a
energia de ativação necessária a uma espoleta elétrica. Baseados nessa capacidade dos meios
modernos de comunicação e de sua ampla disseminação, os grupos insurgentes
revolucionaram o emprego de artefatos explosivos improvisados, pois nunca haviam sido
empregados com tanta frequência.

Figura 5: Dispositivo de acionamento improvisado acionado por telefone celular

Telefone celular disparador de RCIED. FONTE: DSA DETECTION, S.d

Por sua confecção ser com materiais e equipamentos de tecnologias populares, a


facilidade de obter os materiais torna-se um fator preponderante na escolha deste tipo de
acionamento, sendo realizado em tempo real, distancias segura e de difícil rastreabilidade.
32

Entretanto tecnologias de comunicações já foram desenvolvidas para isolar a radio frequência


e impedir o acionamento.

3.1.3 As medidas Contra artefatos explosivos Improvisados (CIED)

Segundo o Manual C 5-37, detectar ou desativar qualquer tipo de artefato improvisado


consiste em uma tarefa de alto risco onde se faz necessário ter um conhecimento mínimo
sobre as técnicas e procedimentos, pois serão determinantes para o sucesso das operações,
admitindo a astucia e a engenhosidade da tropa que os emprega, os dispositivos improvisados
criam infinitas possibilidades de acionamento, devido a sua improvisação cada passo deve ser
deduzido e analisado. Nesse ambiente que os destacamentos de desativação de artefatos
explosivos atuam e devem se especializar seguindo essas características e se preparando para
o emprego em operações quando necessário.

C 5-37 Minas e Armadilhas (2000) “A experiência tem mostrado que, na guerra não
convencional, o sucesso das armadilhas depende, em grande parte, da sua engenhosidade.”

Dentre as TTP’s relevantes a identificação de engenhos explosivos, ressaltamos que é


fundamental para iniciar sua destruição ou neutralização, separação dos componentes da
cadeia explosiva, por este motivo analisando o manual escolar de explosivos e destruições,
citaremos alguns aspectos a serem levados em conta na identificação. Primeiramente
ressaltamos algumas generalidades que permitirá economizar meios e garantir a segurança do
pessoal e material, sem desperdício de tempo e recursos.

IDFENTIFICAÇÃO
As inscrições contidas em material militar empregado em EOD podem revelar dados
importantes para o planejamento de sua destruição como o calibre, carga explosiva, efeito,
armamento e carro de combate que o disparou ou que originalmente deveria ser utilizada.
Entretanto Identificar o artefato explosivo é apenas uma das TTP’s empregadas, pois caso o
artefato explosivo não contenha componentes militares são necessários outros procedimentos.
Caso material empregado seja de origem militar é possível reconhecer o artefato devido
algumas caraterísticas:
Formato
Calibre
33

Cor
Inscrições
O formato da munição utilizada revela o tipo, o armamento e o emprego podendo ser
de morteiros, obuseiros, carros de combate, canhões sem recuo e granadas de bocal.
O Calibre assim como o formato nos permite ter uma avaliação sumária do poder de
fogo do inimigo devido a sua gama de calibres existentes assim como sua procedência e o raio
de ação do artefato.
A cor da munição revela seu efeito que pode ser classificada em fumigena, exercício,
alto-explosiva ou iluminativa.
As inscrições apresentam dados referentes a efeito, lote e outros aspectos que variam
conforme o modelo, finalidade entre outros.
Tab5: Classificação de granadas de artilharia
Tabela de classificação de granadas de artilharia referente à cor
Cor Efeito
Verde Fumigena
Azul Exercício
Verde Oliva Alto-Explosiva
Branca/ Amarela Iluminativa
Fonte: Manual Escolar: Explosivos e Destruições, 2009, 1ª edição, p.275.

Assim como a cor das granadas indicam seu efeito as inscrições contidas em
engenhos, armadilhas e IED’s que contenham material militar em sua confecção podem
revelar suas características contribuindo para a equipe de desativação de artefato explosivo
possa realizar os trabalhos necessários.
Tab6: Inscrições contidas nos engenhos
Inscrição Significado Tradução
HE High Explosive Alto-Explosiva
HE-T High Explosive Tracer Alto-Explosiva Traçante
SMK Smoke Fumigenas
TP Training Practice Exercício
WP White Phosphorus Incendiaria
HEAT High Explosive Anti Tank Alto-Explosiva Anti Carro
AP Armor Piercing Perfurante
34

AP I Armor Piercing Incendiary Perfurante Incendiaria


ILL Illuminating Iluminativa
APDS Armor Piercing Discarding Sabot Perfurante de cintas de turgência
descartáveis
APSDSFS Armor Piercing Discarding Sabot Fin Perfurante de cintas de turgência
Stabilized descartáveis com aletas estabilizadoras
FUZE Espoleta -
AP Anti Pessoal -
AC Anti Carro -
Fonte: Manual Escolar de Explosivos e Destruições, 2009, 1ª edição, p.275.

DESTRUIÇÃO

O manual C 5-37 Minas e Armadilhas no que tange a destruição de engenho falhado


cita primeiramente algumas medidas passivas que devem ser tomadas pelos primeiros
militares a identificar o engenho. Consistem basicamente no balizamento do engenho, alertar
autoridades responsáveis, proprietário ou destacamento de Desativação de Artefato Explosivo
da área, logicamente não tocar no engenho pois pode a ação pode ativar o dispositivo de
acionamento e mobiliar uma guarda, visando garantir a segurança de civis que possam se
aproximar da área e observar algum movimento suspeito na região.
As medidas ativas são realizadas por pessoal especializado, a Turma de Levantamento
e Destruição de Engenho Falhado (TuLeDef), entretanto cabe ressaltar que atualmente o
termo mais empregado é Dst Esp E DAE, essas medidas ativas consistem em neutralizar,
remover e destruir. A neutralização consiste na separação de todos ou os principais
componentes da cadeia explosiva, impedindo o acionamento da carga explosiva. A Remoção,
primeiramente somente deve ocorrer quando a neutralização não for possível, pois se
caracteriza como uma operação de altíssimo risco uma vez que o artefato deve ser removido
para outro local. A Destruição se caracteriza como uma ação normalmente empregada em
casos de engenho falhados deve evitar essa medida para IED’s devido a possíveis efeitos
colaterais causados na destruição, pois estes IED’s são normalmente empregados em área
urbana e não em áreas de tiro ou “tijolo quente”. Vale ressaltar que nas medidas de destruição
de engenhos a utilização de sacos de areia ou terra como enchimento se faz necessária
justamente a fim de evitar ao máximo os efeitos colaterais.
35

Diferentemente da Neutralização, para a remoção e a destruição se faz necessário à


preparação de uma carga explosiva que varia conforme o calibre da munição a ser destruída,
geralmente um alto explosivo. Para concluir esse trabalho o manual exemplifica uma tabela
com as quantidades de TNT em Kg relacionadas ao calibre da munição encontrada.
Tab7: Identificação do calibre
Calibre da munição a ser destruída Quantidade em TNT (Kg)
Gr M, Gr Bc, Rj e Mun até 57 mm 250 g
Mun até 88 mm 500 g
Mun até 120 mm (6,0 pol) 750 g a 1000 g
Mun até 280 mm (8,0 pol) 1.250 g
Mun até 305 mm 1.500g
Fonte: Manual Escolar: Explosivos e destruições, Acadêmica, 2009, Pág 284.

A colocação de cargas para a destruição de qualquer engenho explosivo é


prioritariamente próxima á cabeça das munições, pois é onde se concentra grande parte da
carga explosiva. Vale ressaltar que para a destruição desses engenhos, visando evitar ao
máximo os estilhaços e efeitos colaterais o respeito às distancias de seguranças são
necessárias devido à presença de população civil em locais urbanizados e a ameaça de grupos
insurgentes que possivelmente observam a ação da tropa.

Tab8: Distancias mínimas de segurança


Distâncias mínimas de segurança para pessoal não abrigado contra estilhaços provocados
pela explosão de cargas colocadas sobre o solo ou enterradas
Explosivos em quilos Raio em metros Explosivos em quilos Raio em metros
C < 0,250 100 60 500
0,250 < C < 0,5 200 80 550
0,5 a 10 300 100 600
10 a 15 320 125 650
20 350 160 700
25 370 190 750
30 400 225 800
40 450 - -
Fonte: Manual escolar: Explosivos e destruições, Acadêmica, 2009, pág C-1.
36

- Raio mínimo de segurança para detonação de uma espoleta comum ou elétrica, escorvada ou
não: 20m.
-Outra padronização ocorre para cargas entre 250mkg e 650 kg onde o raio mínimo de
segurança é de 1.000 metros.
-A distância mínima de segurança para pessoal abrigado é de 100m (condizente com a carga e
material a ser utilizado).

Todas essas medidas de identificação e destruição de artefatos explosivos são


necessárias para os trabalhos referentes à IED’s, entretanto para a realização desses
procedimentos é necessário medidas ativas para a aproximação adequada do artefato
explosivo. A necessidade de varrer a área pela qual a patrulha ou comboio se deslocara a fim
de evitar e identificar engenhos e artefatos explosivos sempre deve ser observado, avaliar a
distancia e método de aproximação do artefato buscando reconhecer o engenho e possíveis
PO’s não constam em nos atuais manuais do Exercito Brasileiro necessitando ser
desenvolvida.
O fácil acesso a conhecimentos, tecnologias hoje populares e a inteligência criativa
formam as bases de diversas táticas empregando os mais diversos armamentos utilizados nos
combates característicos da 4ª geração das guerras.

Estes explosivos “podem incorporar munições e hardwares militares,


mas geralmente são construídos a partir de componentes que não são de
natureza militar.” (COUNTER-IMPROVISED EXPLOSIVE DEVICE...,
2012, p. 7).

Analisando os equipamentos destinados à remoção e detecção de minas, usados ou


sendo desenvolvidos por outros Exércitos evidenciaram os principais:
Os principais alvos de IED são patrulhas e comboios, alvos como carros de combate e
viaturas de transporte são os mais compensadores, pois visam tornar a campanha do oponente
tão cara que ele seja obrigado a abandona-la. Visando garantir a integridade dos carros de
combate e outras viaturas existem uma serie de implementos que asseguram aos veículos
maior resistência blindada, capacidade de detecção e segurança as tropas embarcadas.
Citamos o Rolo Limpador de minas, consiste em um conjunto de rolos com a mesma largura
das lagartas e são adaptados a carros de combate pesados, embora possua baixa eficiência,
devido suportarem de 3 a 6 explosões, o rolo limpador de minas garante a integridade da
37

guarnição do blindado e sua integridade física acionando precocemente qualquer artefato


explosivo concebido para ser acionando mecanicamente pela pressão do blindado. ( BRASIL,
2000)
O arado removedor de minas assim como o rolo limpador de minas pode ser
implantado em qualquer CC pesado e possui a mesma largura das lagartas, possui uma lamina
responsável pelo acionamento de engenhos, cabe ressaltar que tanto o rolo limpador de minas
quanto o arado removedor de minas possuem seu emprego restrito a estradas rurais, sem
pavimento devido a necessidade do implemento escarificar o solo mesmo que
superficialmente.(BRASIL, 2000)
38

4 CONCLUSÃO

Nossa pesquisa teve como objetivos a explanação do desenvolvimento,


adestramento do emprego dos artefatos explosivos, assim como seus dispositivos de
acionamento e a forma que a engenharia do Exército Brasileiro combate tais ameaças. O
histórico apresentado revela as circunstâncias e motivos que levaram o surgimento desta
forma de combater devido a grande quantidade de vantagens frente a poucas desvantagens do
emprego de artefatos explosivos.
Há doutrina referente à identificação, neutralização e destruição de artefatos
explosivos prevista em manuais e os conhecimentos adquiridos no decorrer do curso atendem
inicialmente as necessidades caso seja necessário o emprego do Exército Brasileiro em
ambiente envolvendo artefatos explosivos, pois as capacidades técnico-profissionais o
habilitam para tais procedimentos, entretanto como foi apresentado existe a necessidade de
manter um desenvolvimento contínuo e especializado através do Destacamento de
Desativação de Artefatos Explosivos. A tecnologia adquirida recentemente pelo Exército
Brasileiro, empregada pela Engenharia em ações de identificação, neutralização e destruição
de artefatos explosivos revela a importância das tecnologias, dessa forma identificamos a
existência de um avanço tecnológico na área.
Constatamos que os conhecimentos adquiridos na realização deste curso são
necessários e atendem as necessidades para a realização dos procedimentos de identificação,
neutralização e destruição do artefato explosivo. O perfeito entendimento do funcionamento e
a facilidade de se obter componentes para a confecção de explosivos improvisados e seus
dispositivos de acionamento possibilitam a equipe de desativação uma tomada de decisão
mais concreta.
39

REFERÊNCIAS

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OBSERVAÇÃO:
De acordo com a NBR 14724: 2005, todas as folhas do trabalho são
contadas, a partir da folha de rosto, porém a numeração só é colocada a partir
da primeira folha da introdução.
Portanto, as grandes partes do texto também passam a ser numeradas.
Havendo apêndice ou anexo, as folhas são numeradas em seguimento à do
texto principal.
Para que haja correção na numeração das páginas, você deve realizar as
seguinte operações: clicar em “inserir” e em “números de página”; selecionar
“início da página” e “direita”; clicar no botão “formatar” e na caixa
“numeração de página”; na caixa “iniciar em” colocar “zero” (0).

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