Márcia Ssri
Márcia Ssri
Márcia Ssri
1⁰ Ano
Turma: 29
XV˚ Grupo
DISCENTES:
❖ Márcia Miguel António Lisboa Nº39
❖ Angélica Mateus Chiassaca Chilene Nº04
1⁰ Ano
Turma: 29
XV˚ Grupo
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Índice
Introdução ………………………….……………………………………………………………03
Objetivo geral …………………….……………………………………………………………..04
Objetivos específicos ………………………….………………………………….……………..04
Doença Inflamatória Pélvica (DIP……………………………………………………………….05
Epidemiologia……………………………………………………………………………………05
Etiologia………………………………………………………………………………………….05
Factores de Risco………………………………………………………………………..……….05
Fisiopatologia……………………………………………………………….……………………06
Classificação da DIP………………………………………………………………..……………06
Sinais e sintomas……………………………………………………………………..………….06
Complicações……………………………………………………………….……………………07
Diagnóstico………………………………………………………………………………………08
Diagnóstico diferencial..……………………………………………………………..…………..08
Tratamento……………………………………………………………………………………….09
Critérios para a Referência e Internamento:…………………….…………………..…..……….09
Prevenção…………………………………………………………….………………………….10
Conclusão ……………………………………………………………………………………….11
Bibliografia ……………………………………………………………………..………………12
Introdução
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A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) é uma condição de saúde que se refere à infecção e
inflamação dos órgãos reprodutivos femininos, incluindo o útero, as trompas de falópio e os
ovários. Geralmente, a DIP surge como uma complicação de infecções sexualmente
transmissíveis (ISTs), como a clamídia e a gonorreia, mas também pode ser desencadeada por
outras infecções bacterianas. Os sintomas podem variar desde dores abdominais e pélvicas até
febre e corrimento vaginal anormal. Se não tratada adequadamente, a DIP pode levar a
complicações graves, como infertilidade, gravidez ectópica e dor pélvica crônica. A prevenção,
diagnóstico precoce e tratamento adequado são fundamentais para minimizar os riscos
associados a essa condição.
Objetivo geral
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● Identificar os organismos mais comuns associados com a Doença Inflamatória Pélvica
(DIP)
Objetivos específicos
● Identificar os factores de risco para DIP.
● 3. Descrever os sintomas e sinais típicos de DIP e identificar os critérios para fazer o
diagnóstico.
● 4. Identificar outras condições no diagnóstico diferencial dos pacientes com suspeita de
DIP.
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Definição
É uma síndrome clínica causada por vários microrganismos, que ocorre devido à entrada de
agentes infecciosos pela vagina em direção aos órgãos sexuais internos, atingindo útero, trompas
e ovários e causando inflamações. Esse quadro acontece principalmente quando a gonorreia e a
infecção por clamídia não são tratadas.
Epidemiologia
A DIP é uma doença de transmissão sexual comum no nosso meio. Afecta maioritariamente
mulheres jovens (abaixo de 25 anos) e apresenta sequelas importantes como a infertilidade,
gravidez ectópica e dor pélvica crónica. Estima-se que em África, mais de 50 a 80% dos casos de
esterilidade, são devidos à DIP.
Etiologia
Resulta da infecção dos órgãos genitais internos (útero, trompas e ovário) por bactérias
provenientes da vagina ou do colo do útero, geralmente como consequência de uma doença de
transmissão sexual (ITS) não tratada.
As bactérias mais comuns são:
● Chlamydia tracomatis
● Neisseria gonorrea ou gonococco
Factores de Risco
Os factores de risco para o desenvolvimento da DIP são
● Relações sexuais sem usar o preservativo com um parceiro que tem infecção por
Gonococco ou Clamídia.
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endometrite e desta às trompas provocando salpingite, chegando até aos ovários onde origina
uma ooforite e ao peritónio causando uma peritonite. A disseminação dos microrganismos para
os órgãos genitais internos faz-se pelas vias ascendente, hematogénea e linfática.
Classificação da DIP
Sinais e sintomas
● Dor na parte baixa do abdômen (no “pé da barriga” ou baixo ventre) e/ou durante a
relação sexual.
● Dor abdominal e nas costas.
● Febre, fadiga e vômitos.
● Corrimento vaginal, sangramento vaginal, dor ao urinar.
● Secreção vaginal de cor, cheiro e consistência anormal.
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● Dor durante a relação sexual (dispareunia)
● Calafrios
● Astenia e fraqueza generalizada
● Micção frequente (poliúria) ou dolorosa (disúria)
● Aumento da dor durante o ciclo menstrual
● Ciclo menstrual irregular ou perdas hemáticas entre duas menstruações
● Falta de apetite
● Náusea com ou sem vómito
NB:Nota: em alguns casos os sintomas podem estar ausentes e a infecção evoluir sem ser
reconhecida.
Complicações
A doença inflamatória pélvica pode causar outros problemas, como:
Bloqueio das tropas de falópio: Às vezes, as trompas de Falópio infectadas ficam bloqueadas.
Um bloqueio das trompas pode fazer com que elas fiquem inchadas porque o líquido fica preso.
A mulher pode sentir pressão ou dor crônica na parte inferior do abdômen.
Peritonite: surge se a infecção se disseminar para a membrana que reveste a cavidade abdominal
e recobre os órgãos abdominais. A peritonite pode causar dor intensa súbita ou gradual em todo o
abdômen.
Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis: surge se a infecção das trompas de Falópio surgir em
decorrência de gonorreia ou clamídia e se disseminar para os tecidos ao redor do fígado. Essa
infecção pode causar dor no lado superior direito do abdômen. A dor se assemelha à de uma
doença da vesícula biliar ou cálculos biliares.
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Abscesso: se forma nas trompas de Falópio ou ovários de aproximadamente 15% das mulheres
com trompas de Falópio infectadas, especialmente se elas tiveram a infecção por muito tempo.
Um abscesso às vezes se rompe e ocorre vazamento de pus na cavidade pélvica (causando
peritonite). A ruptura provoca dor intensa na parte inferior do abdômen, rapidamente seguida de
náusea, vômito e pressão arterial muito baixa (choque). A infecção pode se espalhar para a
corrente sanguínea (um quadro clínico chamado sepse) e pode ser fatal.
Adesões: são faixas anômalas de tecido cicatricial. Elas podem surgir quando a doença
inflamatória pélvica produz um líquido purulento. Este líquido irrita os tecidos e causa a
formação de faixas de tecido cicatricial nos órgãos reprodutores ou entre os órgãos no abdômen.
Isso pode causar infertilidade e dor pélvica crônica. Quanto mais tempo e mais grave a
inflamação e quanto mais frequentemente se repetir, maior o risco de infertilidade e outras
complicações. O risco aumenta a cada vez que a mulher tiver a infecção.
Gravidez: A mulher que teve doença inflamatória pélvica tem uma chance seis a dez vezes
maior de ter uma gravidez tubária (um tipo de gravidez ectópica). Em uma gravidez tubária, o
feto cresce em uma trompa de Falópio em vez de no útero. Este tipo de gravidez ameaça a vida
da mulher e o feto não consegue sobreviver.
Diagnóstico
Além das informações recolhidas sobre a história sexual e a sintomatologia actual (ver acima), é
possível fazer alguns testes de laboratório que têm o objectivo de pesquisar eventuais sinais de
lnfecção. Sendo estes:
● Hemograma: aumento dos glóbulos brancos e neutrófilos
● Velocidade de sedimentação (VS): aumentada
● Cultura das secreções vaginais: pode ser positiva para Gonococo, Clamídia ou outras
bactérias
● Ecografia ginecológica (da região pélvica) pode evidenciar sinais de infecção como
abcessos, líquido livre peritoneal e outros.
Diagnóstico diferencial
● Gravidez ectópica: colher a história menstrual, fazer o exame físico e o teste para a
gravidez.
● Apendicite: o exame objectivo e a evolução dos sinais e sintomas ajudam a diferenciar
estas patologias. Nos casos avançados com peritonite, muitas vezes o diagnóstico
diferencial é intraoperatório.
● Cistite: a anamnese, o exame objectivo e a evolução dos sinais e sintomas ajudam a
diferenciar estas patologias. Deve-se fazer também o exame de urina.
● Aborto séptico: a anamnese, o exame objectivo e a evolução dos sinais e sintomas
ajudam a diferenciar estas patologias. Sempre que possível, deve-se fazer também uma
ecografia abdominal.
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Tratamento
O tratamento é feito com antibióticos que, dependendo da gravidade da apresentação clínica,
podem ser administrados oralmente ou por via parenteral.
Os parceiros devem ser tratados para prevenir a retransmissão da doença, mesmo se forem
assintomáticos. Deve ser usado o preservativo nas relações sexuais durante a duração do
tratamento antibiótico.
O recomendado no nosso contexto, é fazer uma abordagem sindrómica, tratando as principais
causas
(Gonorreia, Clamídia e agentes anaeróbios).
Prevenção
As medidas de prevenção incluem a informação das mulheres acerca dos seguintes pontos:
● Tratar atempadamente as ITS e portanto procurar o clínico em caso de qualquer sintomas
nos genitais como dor, secreção com mau cheiro, disúria.
● Parar de ter relações sexuais durante o tratamento;
● Adiar o início das relações sexuais.
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● Praticar sexo seguro: uso do preservativo, ter um só parceiro.
● Despiste de ITS antes de decidir iniciar a ter relações sexuais sem preservativo com o
parceiro fixo/habitual.
● Informar os parceiros recentes em caso de infecção para que sejam tratados.
Conclusão
A Doença Inflamatória Pélvica (DIP) representa um desafio significativo para a saúde feminina,
com implicações que vão além dos sintomas imediatos. O reconhecimento precoce dos sinais e
sintomas, aliado a um diagnóstico e tratamento adequados, é crucial para evitar complicações
severas, como a infertilidade e a dor crônica. A educação sobre práticas seguras de sexo e a
importância de exames regulares são fundamentais na prevenção da DIP. Portanto, é essencial
que as mulheres estejam cientes dos riscos e busquem assistência médica ao apresentarem
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qualquer sintoma relacionado, promovendo assim uma melhor saúde reprodutiva e bem-estar
geral.
Bibliografia
CDC. Doença inflamatória pélvica (Pelvic inflammatory disease). 2010. Disponível em:
http://www.cdc.gov/std/pid/stdfact-pid.htm Manual de Merck, 3o Edição.
NIH. Doença inflamatória pélvica (Pelvic inflammatory disease). 2011. Disponível emL
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth
Programa nacional de combate às ITS/HIV/SIDA-MISAU, Guia para tratamento e controle das
infecções de transmissão sexual (ITS), volume 2, 2006.
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