As Nove Caídas Do Jogo de Obi

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As nove caídas do jogo de Obi.

1. Ilera - 1 masculino: boa saúde, poder masculino,


também traz o insucesso.
2. AJE -1 Feminino: o poder das mulheres traz
prosperidade, mas uma manifestação negativa feminina
tem o poder de bloquear a prosperidade .
3. Ejire - 1 masculino e 1 feminino: harmonia entre o
sexo masculino e feminino, sucesso em qualquer negócio.
4. Akoran -2 masculinos: determinação, manifestação
negativa de disputas, conflitos.
5. Ero -2 femininos: paz, tranquilidade e relaxamento,
preguiça leva ao fracasso.
6. Akita - 2 masculinos 1 feminino: sucesso após
dificuldades, mas a falta de entendimento pode levar ao
fracasso.
7. Obita - 2 femininos e 1 masculino: vitória e sucesso
podem desaparecer.
8. Alaafia - Todos os quatro abertos: harmonia em todos
os aspectos, uma vitória completa, as medidas devem ser
tomadas para atingir o sucesso.
9. Oyeku - Todas as quatro partes estão fechadas,
manifestação obstáculos e doença, até a morte.

Ofò Obi:
Com o Obi na mão direita:

OBI KOSI IKÚ


Obi para que não tenhamos morte
OBI KOSI ÀRÙN
Obi para que não tenhamos doenças
OBI KOSI ÒFÒ
Obi para que não tenhamos perdas
OBI KOSI ÈJÉ
Obi para que não tenhamos derramamento de sangue
OBI KOSI FÌTÍBÒ
Obi para que não tenhamos desentendimentos
OBI KOSI ARÁ IKÚ BÀBÀWA
Obi para que a morte não nos veja
Saudações!!

Com o Obi na Mão Esquerda:
OBI NIBI IKÚ
Obi para evitar a morte
OBI NIBI ÀRÙN
Obi para evitar as doenças
OBI NIBI ÒFÒ
Obi para evitar as perdas
OBI NIBI ÈJÉ
Obi para evitar derramamentos de sangue
OBI NIBI ÌDÍNÀ
Obi para evitar obstáculos
OBI NIBI FÌTÍBÒ
Obi para evitar desentendimentos
OBI ASE
O Obi tem força!

Cantiga:
OBÌ KÁRA L’OKÀN
OBÌ COMOVE-NOS PROFUNDAMENTE O CORAÇÃO
GBÀRÀGÀDA
ESCANCARADO
OBÌ KÁRA L’OKÀN
OBÌ COMOVE-NOS PROFUNDAMENTE O CORAÇÃO
GBÀRÀGÀDA
ESCANCARADO
Obí
Noz-de-cola

A Noz-de-Cola (também chamada de abajá, Café do Sudão, Cola,


Mukezu, Obi e Oribi.) é o fruto das plantas pertencentes ao
gênero Cola da subfamília Sterculioideae (Malvaceae). As
variedades mais comuns são obtidas de várias árvores do oeste
da África ou da Indonésia, como Cola nitida ou Cola vera e a Cola
acuminata. O grupo contém um total de 125 espécies.

Possuindo um gosto amargo e grande quantidade de cafeína, a


noz-de-cola é usada por muitas culturas do oeste africano, tanto
individualmente quanto em grupo. Muitas vezes é usada
cerimonialmente ou dada para convidados.

A noz era utilizada originalmente para produzir refrigerantes de


cola, mas foi substituída por aromatizantes artificiais visando a
diminuir custos na produção em massa. Algumas exceções
incluem a Red Kola da A.G. Barr plc, Harboe Original Taste Cola e
Cricket Cola, a última feita de noz de cola e chá verde.

As sementes têm ação estimulante, regularizadora da circulação.


Atuam como um tônico revigorante, excitante do sistema
nervoso e muscular. É também antidiarréica e usada nos casos
de anemia, convalescença de doenças graves, problemas
estomacais e certas enxaquecas, e sobretudo nas perturbações
funcionais do coração. As sementes contêm teobromina e
cafeína, usadas por muitas pessoas como sucedâneo do cacau e
do café.
A noz-de-cola cresce espontaneamente na África Ocidental e
Central em climas quentes e úmidos. O uso de suas amêndoas
difundiu-se na região norte da América Latina por intermédio
dos escravos negros que mascavam colas para suportar
trabalhos penosos. Depois foi levada a outros países com
finalidades agroindustriais.

Esta espécie distingue-se por suas amêndoas conterem dois


cotilédones grandes e inteiros, brancos ou avermelhados.

Fonte: Wikipédia

O OBI Africano no Candomblé

O Obi é um fruto africano de uso imprescindível no Candomblé,


sem ele nenhuma obrigação é feita. Para que a obrigação, ou
outro rito prossiga com aceitação dos orixás é necessário uma
resposta positiva a ser dada através do Obi.

Ele deve ser jogado antes da obrigação para saber se o ritual


pode ser realizado e depois de feito para saber se foi aceito pelos
deuses.
O fruto utilizado deve ser o que possui quatro gomos, chamado
de Obi Abatá, sua divisão deve ser natural, ou seja é proibido o
uso de faca ou qualquer material cortante, para dividi-lo em
quatro partes, se naturalmente ele só contiver duas partes.

As duas metades correspondem a dois casais, caso o obi


contenha mais de quatro partes, o excedente deve ser retirado,
para que somente as quatro permaneçam.

O local onde o Obi será lançado deve ser plano, no chão ou sobre
um prato branco, onde fundamentalmente contenha água.

As partes são lançadas simultaneamente, sem manipulação ou


lançamento individual.

Uma exceção deve ser feita no uso do Obi como jogo, para o
Orixá Xangô deve ser utilizado Orobô em substituição do Obi.

As caídas dos gomos de Obi tem a seguinte correspondência:

Um para cima e três para baixo: O orixá Exu é quem responde ao


jogo. É necessário verificar se as obrigações a ele foram
cumpridas. O zelador deve saudá-lo colocando a mão no chão e
no peito por três vezes e continuar o jogo. O odu correspondente
é Okaran.
Dois para cima e dois para baixo: A resposta vem de Ogum que
neste caso representa o equilíbrio. O odu corresponde a
Ejiokomeji.

Três para cima e um para baixo: Não é considerada uma resposta


precisa, sendo assim não há autorização para iniciar nenhuma
obrigação.

Todos para baixo: Uma resposta negativa.

Todos para cima: Resposta positiva para a obrigação possa ser


iniciada e com êxito. O odu correspondente é Aláfia.

Fundamentos do jogo de Obi

O jogo do OBI ( OPELÉ IFÀ ) jogado por mulheres, não é aceito


pelos Òrìsás para ver a vida futura, etc… sòmente é aceito para
confirmação do Òrìsá na hora do fundamento.

O OBI de quatro gomos ( OBI ABATÁ ) é para todos os Òrìsás,


exceto ÓGÙN, e é o que calça, isto é, pode ser usado para
substituir um bicho numa obrigação.

O OBI de cinco gomos pertence a ÓGÙN.

Não se usa faca para abrir o OBI.


O miolinho ( broto ) do OBI pertence a ÈSÙ, joga-se fora.

O OBI não pode ser jogado no chão puro. É jogado no prato com
água. Caso não dê ÀLÁFÍÀ, aí sim, joga-se no chão, antes jogando
água, até o ÀLÁFÍÀ.
Fonte: Livro “MOJUBÁ – O novo Candomblé” Alaketo Olori-Merim

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