01 - Tarefa

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA

COMARCA DE ___

Processo nº: [número do processo]

Maria, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seu advogado
devidamente constituído, com fundamento nos arts. 581, inciso IV, e 414 do Código de
Processo Penal, vem, respeitosamente, interpor

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

contra a decisão de pronúncia que a pronunciou como incursa no crime previsto no art. 121, §
2º, do Código Penal, nos termos da denúncia.

Requer a remessa do presente recurso ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de ___, para
reforma da decisão nos termos das razões anexas.

Nestes termos, pede deferimento.

Local e data.

Advogado: [nome do advogado]

OAB/UF: [número da inscrição]

RAZÕES DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ___

Recorrente: Maria

Recorrido: Ministério Público

Processo nº: [número do processo]

COLENDA CÂMARA, ILUSTRES JULGADORES,

A recorrente foi pronunciada pela prática de homicídio qualificado (art. 121, § 2º, do Código
Penal), decisão esta que merece reforma pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I. BREVE RESUMO DOS FATOS

Maria foi denunciada por homicídio qualificado em razão de ter desferido um golpe na cabeça
de Clara, causando-lhe a morte. Durante a discussão que antecedeu o evento, Clara, policial
militar, ameaçou Maria ao afirmar que poderia matá-la com apenas uma munição. Clara,
então, abriu sua bolsa, o que levou Maria a acreditar que ela cumpriria a ameaça. Agindo em
legítima defesa, Maria desferiu o golpe fatal com um pedaço de pau que encontrou no chão.

Posteriormente, foi constatado que Clara portava uma arma de fogo na bolsa, mas que, no
momento dos fatos, apenas pegara o telefone celular.

II. DO MÉRITO

1. Ausência de justa causa para a pronúncia

A decisão de pronúncia exige a existência de prova da materialidade do fato e indícios


suficientes de autoria que justifiquem a submissão do acusado ao julgamento pelo Tribunal do
Júri (art. 413 do CPP).

No entanto, no caso em tela, a análise dos elementos probatórios indica que Maria agiu em
legítima defesa (art. 25 do CP), uma vez que:

Clara, policial militar, ameaçou diretamente a recorrente, afirmando que a mataria.

Clara abriu a bolsa, onde havia uma arma de fogo, o que gerou fundada crença de que a
ameaça seria cumprida.

A conduta de Maria foi uma reação imediata e proporcional ao risco aparente e iminente,
configurando legítima defesa.

2. Do afastamento da qualificadora

Ainda que se entenda pela pronúncia, a qualificadora atribuída ao crime de homicídio (art. 121,
§ 2º, do CP) deve ser afastada. A qualificadora só pode ser mantida quando estiver lastreada
em prova concreta, o que não ocorre no caso em questão.

A alegação de que o golpe foi desferido de maneira fria e premeditada é incompatível com os
elementos do processo, que indicam uma reação imediata a uma ameaça concreta e iminente.

III. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:


A reforma da decisão de pronúncia para impronunciar Maria, com fundamento no art. 414 do
CPP, em razão da existência de legítima defesa plenamente demonstrada nos autos; ou,
subsidiariamente,

O afastamento da qualificadora, nos termos do art. 413, § 1º, do CPP, mantendo-se a pronúncia
pelo crime de homicídio simples (art. 121, caput, do CP).

Nestes termos, pede deferimento.

Local e data.

Advogado: [nome do advogado]

OAB/UF: [número da inscrição]

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