Aula 08 Hau3

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O último evento de divulgação do Movimento Moderno

enquanto "movimento" (pelo menos a maioria dos historiadores


assim atribuem) foi o X Congresso Internacional de Arquitetura
Moderna realizado em Dubrovinik em 1956, sob a direção do
TEAM X.

No IX Congresso, em 1953, em Aix-en-Provence, os arquitetos


Peter e Alison Smithson, Aldo Van Eyck, Bakema e Candilis
reivindicariam para eles a organização do X CIAM, cujo tema
seria "O Habitat", no qual introduziriam os conceitos de
identidade e crescimento urbano.

Em Londres, Reyner Banham, Peter e Alison Smithson, Eduardo


Paolozzi, Richard Hamilton, Theo Crosby, na época, formavam o
grupo século XX; gostavam da art brut de Jean Dubuffet, da
estética do trivial, dos ready-mades, adoravam o béton brut
utilizado na Unidade de Marselha por Le Corbusier.
Chamou-se de arquitetura BRUTALISTA a decorrente da
utilização do concreto aparente em grandes planos duros ao
olhar quanto ao toque. Movimento de reforma arquitetônica
iniciado por um casal de arquitetos ingleses, Peter e Alison
Smithson.

O termo vem de béton brut (concreto bruto), usado por Le


Corbusier para designar o material que usava.

Movimento arquitetônico que inicia após a Segunda Grande


Guerra e segue influenciando obras em todo mundo até perto
do fim de 1970.

Principais materiais: tijolo à vista, vidro, aço, pedra bruta,


concreto.
Rejeitavam a suavização e a esterilidade das últimas
manifestações do modernismo do estilo Internacional.
O brutalismo privilegiava a verdade estrutural das edificações,
de forma a nunca esconder os seus elementos estruturais (o que
se conseguia ao tornar o concreto armado aparente ou
destacando os perfis metálicos de vigas e pilares).

Apesar das duras críticas dos brutalistas à "ornamentação


desnecessária", em muitos casos eles mesmos se viram em
situações formalistas ao extremo.

Obras com essas tendências podem ser vistas em diversas


partes do mundo sendo que conservam notáveis semelhanças
entre si, mas ainda assim tem suas diferenciações em aspectos
característicos, étnicos e locais.
Arquitetura Brutalista no Mundo

O brutalismo inglês, também chamado de New Brutalism é com


certeza o mais difundido no mundo em função da ampla
divulgação da obra de Reyner Banham. No entanto isto não
coloca a Inglaterra como vanguarda deste movimento, sendo
que ele se desenvolveu concomitantemente em diversas partes
do mundo.

Não há no brutalismo um grau de hierarquia, todos os países e


arquitetos que seguiram essa corrente acabaram por
desenvolver expressões e conceitos semelhantes, havendo sim,
grande diálogo de contribuição, colocando todos lado a lado
no desenvolvimento daquela que era, naquele momento, uma
nova linguagem arquitetônica que falava à realidade do
momento.
Arquitetura Brutalista no Brasil

A arquitetura brutalista no Brasil foi essencialmente importante na


cidade de São Paulo, e muitos arquitetos pertencentes a esse
movimento fariam parte do que depois seria denominado: “a escola
paulista”.

Escola Paulista
Duas vertentes:
-Inspirada na ética dos materiais de LeCorbusier maduro da
Unitéd’habitationde Marseillee;
-Inspirada na obra de americanos exilados da Bauhaus (Gropius,
Mies e Breuer)

Denominador comum: oposição a matriz corbusiana-carioca.

Principais representantes

-Imigrantes: PlinioCroce, Roberto Aflalo, David Libeskind,


LinaBoBardi, GiancarloPalanti, etc.

-Brasileiros formados na universidade presbiteriana Mackenzie:


Oswaldo Bratke, Henrique Mindlin, Paulo Mendes da Rocha ou na
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo: Vilanova Artigas.
Le Corbusier
Unité d’ Habitation
Marselha - 1952
Kenzo Tange
Prefeitura de Kagawa
Japão, 1956-58.
Le Corbusier
Capitólio
Chandigarh - 1958
GINÁSIO DO CLUBE PAULISTANO
P. MENDES DA ROCHA, J. DE GENNARO
1958
Le Corbusier
Mosteiro de sainte Marie de la
Tourette
Lyon - 1959
Salk Institutte of Biological Studies
Louis L. kahn, Califórnia, 1959-65
RESIDÊNCIA BORIS FAUSTO – São Paulo
SERGIO FERRO PEREIRA
1961
GRUPO ESCOLAR VILA MARIA (ESCOLA ESTADUAL SUELY A.MELLO)
São Paulo
P.MENDES DA ROCHA; J. DE GENNARO
1962
Moshe Safdie
Bloco de apartamentos na Expo 67, Montreal, 1966-67

.
Boston City Hall (1969)
Boston, Massachusetts
Kallmann McKinnell & Knowles.
TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PLINIO CROCE, ROBERTO AFLALO, GIANCARLO GASPERINI
1971
POSTO TELEFÔNICO DE ABERNÉSSIA – São Paulo
RUY OHTAKE
1973

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