Resenha Industria 4 - 0
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O termo “Indústria 4.0”; “smart factory”; “intelegent factory”; “factory of the future” são
nomenclaturas que descrevem uma visão do que será uma fábrica no futuro.
Assim, as empresas serão muito mais inteligentes, flexíveis, dinâmicas e ágeis. Outro fator da
“smart factory” é que esta desenvolve produtos e serviços inteligentes, com máquinas inteligentes, em
cadeias de abastecimento inteligentes, para consumidores cada vez mais exigentes.
Essa composição apresenta pré-requisitos básicos, como a introdução de:
Sistemas ciberfísicos (Cyber Physical Systems - CPS), sistemas automatizados que permitiam a
conexão das operações da realidade física com infraestruturas de informática e comunicação;
Internet de Coisas (Internet of Things - IoT), uma rede que compunha objetos físicos, tais como
edificações e veículos, estes que possuíam tecnologia embarcada de sensores que às conectavam
a uma rede capaz de coletar e transmitir dados entre si; e também com os participantes da
infraestrutura de serviços,
Internet dos Serviços (Internet of Services - IoS) (JAZDI, 2016). Nesse sentido, as fábricas
modificadas por esses pensamentos tornaram-se inteligentes: o CPS monitora processos físicos,
cria cópias virtuais do mundo físico e toma decisões descentralizadas, se comunica com a IoTS
(Internet of Things and Services) e ambos cooperam entre si e com os humanos em tempo real,
contribuindo para o aprimoramento da cadeia de valor empresarial.
Smart Factory. Com o passar do tempo e a natural evolução do tema, a Indústria 4.0 tornou-se um
termo coletivo para tecnologia e conceitos correlacionados na cadeia de valor organizacional
Segundo Hermann, Pentek e Otto (2015) a caracterização desses componentes pressupõe o emprego
de alguns princípios que são seus derivados, estes que apoiam a implementação da Indústria 4.0, os quais
são apresentados a seguir.
Interoperabilidade: é o princípio basilar de todo o processo. Se refere à capacidade dos sistemas
comunicarem-se com outros sistemas, algo que a faz ser o único princípio que vincula-se diretamente com
todos componentes;
Virtualização: configura o processo de criar uma representação virtual em software de um processo
físico. Assim, uma cópia do mundo real é criada em um modelo de simulação, algo que possibilita ter
todas as informações necessárias dos CPS, como as próximas etapas de trabalho ou arranjos de
segurança, permitindo a rastreabilidade e o acesso remoto do todos os processos por meio de sensores;
Descentralização: representa a autonomia do CPS na tomada de decisão, de acordo com as
necessidades de produção em tempo real. O CPS não receberá apenas comandos, mas também
fornecerá informações sobre seu ciclo de trabalho e apenas em casos de falha reporta-se a uma esfera
superior;
Capacidade em tempo real: consiste na coleta, análise e transformação de dados em informações de
maneira praticamente instantânea. Dessa forma, o status do sistema é monitorado permanentemente e
permite a tomada de decisões on time;
Orientação a serviço: é caracterizada pela utilização de arquiteturas de softwares voltadas a permitir a
operação de um processo com base em requisitos específicos do cliente. Nesse sentido, os recursos de
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CPS e humanos podem ser utilizados por outros participantes interna e externamente;
Modularidade: trata-se de um conceito onde o sistema é dividido em partes, com interfaces de
softwares e hardwares padronizadas. Isto às faz adaptarem-se flexivelmente aos requisitos de mudança,
sendo facilmente ajustados em casos de sazonalidades ou alterações de produtos, ou seja, produção
conforme demanda.
Ressalta-se que esta resenha não teve como objetivo prever como a indústria 4.0 organizará a
sociedade no futuro. De fato, o estudo busca desenvolver uma perspectiva para o empresarial, social e
econômica. A contribuição principal não diz respeito especificamente a como ocorrerão as mudanças, e
sim a magnitude do impacto decorrente da indústria 4.0.
Destaca-se na pesquisa que a exigência dos consumidores acompanhará o aperfeiçoamento dos
produtos e serviços através da elevação das expectativas. Neste sentido, empresas do setor terciário
também precisarão se adaptar a indústria 4.0. As organizações empresariais que não utilizarem a indústria
4.0 ao seu favor terão dificuldades de ingresso, estabelecimento e defesa no mercado.
Outro ponto crucial quando se aborda a indústria 4.0 é o avanço na tomada de decisões sem
interferência humana. Este fato possibilita um mundo de possibilidades nunca imaginadas anteriormente.
O descarte do ser humano no processo produtivo permite um aumento na produção e um aprimoramento
dos produtos ou serviços. Porém, também pode significar o desemprego em massa da população comum
e consequências sociais devastadoras.
Conforme abordado por Schwab (2016), as mudanças que serão ocasionadas pela indústria 4.0
serão profundas. Este é um processo inevitável. Cabe aos indivíduos, de diferentes áreas e com diferentes
conhecimentos e competências, unirem esforços para adaptar a sociedade como um todo da melhor forma
possível. Só esta colaboração permitirá que a indústria 4.0 transforme a sociedade de forma positiva
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