2451-Texto Do Artigo-6926-10034-10-20200531
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2451 Comment
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Abstract: The present study aimed at a discussion about the concepts of multiliteracy in contemporary
times. The methodology consisted of an integrative review with the following theoretical contributions
from authors such as: Jonassen (2008), Diesel, Baldez and Martins (2017), Ortunes and Sousa (2018),
Pereira, Schimitt and Dias (2007), Pretto and Silveira (2008 ), Santos and Lacerda (2019), Sousa (2018)
and Staker and Horn (2015), among others. The results seem to indicate that the information and
knowledge technologies (ICTs) available, as well as the internet, have a great influence on the teaching
and learning process. Therefore, it is necessary to reconcile the process of constituting knowledge with
new technologies, expanding the range of possibilities for learning. And finally, the knowledge that is
constructed in everyday life is indispensable for the construction of the knowledge of individuals, as
they are references, marks and aspects that constitute the student's identity.
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1Mestrado Em Educação pela Florida Christian University, Orlando, Florida - USA. Graduação em Filosofia pela Faculdade
Pan América .
2 Doutorado em Ciências da Educação pela Universidade Autónoma de Asunción – PY. Pós-Doutorado pela Universidade
Autónoma de Asunción – PY. Pós-Doutorando pela Florida Christian University. Participa dos programas de Educação EAD,
Education Without Borders Program. Orientador de Dissertações e Teses pela Florida Christian University. Autor
correspondente: [email protected].
Caso não haja essa alteração da função do professor corre-se o risco de ficar de fora
dessa gama de possibilidades de aprendizagem. Percebe-se que o aluno está ainda mais
atualizado com a questão do uso dessas ferramentas e se o professor não estiver acompanhando
estas transformações passa a ser ainda mais difícil estimular o aluno a querer aprender, fazendo-
os não apenas a frequentar os estabelecimentos escolares, mas permanecer neles. A exigência
de um novo perfil docente no século atual objetiva a formação de um profissional ainda mais
preparado para lidar com a nova realidade educacional.
Segundo Oliveira (2010):
[...] o professor que adota essa concepção de aprendizagem passa a ser corresponsável
pelo aprendizado do aluno, que é o principal responsável por esse processo. A adoção
da visão interacionista implica que o professor entende a aula como um espaço no
qual a voz do aluno deve ser ouvida para que ele possa constituir-se como sujeito da
O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do
movimento de pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma “cantiga de ninar”.
Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de
seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas (FREIRE,
1996, p. 96).
Tanto a multimídia quanto a hipermídia têm sido usadas primeiramente como veículos
de transmissão de informação ou instrução. Isto é, são projetadas para instruir os
estudantes. Entretanto, quando a multimídia e a hipermídia são usadas como uma
plataforma autorizada para os estudantes representarem seus próprios significados, os
alunos têm a propriedade de suas próprias produções e idéias. Este uso construtivista
da tecnologia, para a construção de artefatos e significado, natural e necessariamente
põe os alunos em tipos de construção de conhecimento complexos, mas pessoalmente
significativos (JONASSEN, 2008, p. 78).
Desta forma, não basta somente ao professor ser competente em seu conteúdo de
ensino, assim como dominar determinada área de conhecimento, mas sim em
aprimorar-se nas novas formas de comunicação e tecnologia que podem atuar no
processo de abordagem de seus conteúdos. Além disso, essa necessidade não se limita
em comunicar um conteúdo aos seus alunos, mas também que saiba interagir de forma
mais rica, profunda, vivencial, facilitando a compreensão e a prática de forma
autêntica de viver, de sentir e de aprender (ORTUNES; SOUSA, 2018, p. 30).
O uso dessas novas tecnologias nos estabelecimentos de ensino tem como ponto central
fazer com que o cidadão saiba o que está utilizando, tendo um direcionamento de forma positiva
Id on Line Rev. Mult. Psic. V.14, N. 50 p. 449-461, Maio/2020 - ISSN 1981-1179
456 Edição eletrônica em http://idonline.emnuvens.com.br/id
para sua vida e que vem auxiliá-lo numa direção que seja de forma benéfica, que este indivíduo
saiba o que quer e como quer com o uso dessas ferramentas, isso precisa estar claro para o
sujeito. Os alunos até sabem usar os aparelhos tecnológicos, mas será que estão usando de forma
correta? Visto que o uso desses aparelhos pelos alunos é em sua maioria para o entretenimento,
por isso a compreensão do professor sobre de que forma abordar o aluno é importante.
O educador antes de tudo deve entender as ferramentas para poder conduzir os alunos a
uma posição de tomada de reflexão, não é simplesmente apontar que os alunos estão errados
em usar as tecnologias, mas apresentar mecanismos para que o estudante entenda a importância
do pensar, da curiosidade, do questionamento, assim como a tecnologia auxilia na busca por
novas concepções e descoberta caso seu uso seja irresponsável pode disseminar informações
inverídicas e desconexas da realidade, por isso que se fazem necessários a compreensão e
análise crítica sobre tal recurso (PEREIRA; SCHMITT; DIAS, 2007).
Na escola a ferramentas tecnologias precisam ter o foco pedagógico, o aluno precisa
aprender a problematizar, questionar para só assim poder esses recursos de forma responsável
da sua vida, de forma segura. É sabido que existe uma multiplicidade de recursos que os
professores podem utilizar dentro do contexto escolar, mas é preciso ter objetivo, ou seja, saber
o que se quer atingir com determinado recurso, como e de que forma se quer alcançar. Por esta
razão a consciência crítica do corpo docente e de todos os envolvidos no âmbito escolar é
importante, o professor não constrói o conhecimento sozinho, é preciso o auxílio de todos.
Corroborando com este pensamento Simões (2019) defende que:
A educação se faz nas relações, nas trocas, por meio das experiências e saberes
adquiridos. As novas tecnologias vieram mudar o cenário a sociedade e com isso a forma como
as pessoas se comunicam/interagem, o que possibilitou a reestruturação de muitos setores para
poder atender a esse novo mundo de constantes mudanças. A sociedade do atual século requer
indivíduos atuantes que conheçam suas potencialidades e competências buscando novos meios
de ampliar seus conhecimentos, por esta razão que os professores são cobrados a introduzir
novas ferramentas dentro do âmbito escolar, justamente por esses aspectos.
O aluno contemporâneo não é mais um mero ouvinte ele é o protagonista da sua própria
história. Neste sentido, implica dizer que a escola tem que oferecer condições para que estes
educandos possam sentir prazer pelo ato de estudar e querer aprender é importante destacar que
todos os envolvidos no contexto escolar são responsáveis por todo esse processo de
acolhimento, de auxílio para que os estudantes possam formular seus questionamentos e o
professor atua como um mediador de todo o professor. A posição de centralidade que antes
tinha o professor hoje já não é aceito, uma vez que a aprendizagem se faz com os alunos e não
apenas para eles.
Conforme acredita Almeida (2011):
Considerações Finais
A formação continuada parece ser cada vez mais importante em meio às transformações.
Dessa forma, é preciso formar educadores que aprendam a ministrar suas aulas e entender o
contexto da sala de aula. Tal formação precisa compreender as demandas existentes na
sociedade contemporânea e, principalmente os alunos, que cada vez mais tem se evadido dos
estabelecimentos de ensino por diversos fatores. Destarte, a partir da compreensão por parte do
docente sobre os saberes e experiências trazidos pelos discentes, o profissional integra aos
conteúdos que serão trabalhados em sala de aula.
Assim produzirá conhecimentos mais apropriados e próximos a realidade dos discentes,
que usarão em seu cotidiano, com mais sentido e significado para o mesmo. Para tanto, é preciso
educadores compromissados com os processos de ensino e, em constante busca por
aperfeiçoamento. Trata-se de um dever de todo educador progressista.
É importante levar-se em conta que, os saberes necessários ao ensinar não se restringem
ao conhecimento dos conteúdos das disciplinas. A habilidade do professor no manuseio de
Referências
DIESEL, Aline; BALDEZ, Alda Leila Santos; MARTINS, Silvana Neumann. Os princípios
das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema, v. 14, n. 1, p.
268-288, 2017.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
Editora Paz e Terra, 1996.
FREITAS, Maria Auxiliadora Silva; SANTOS, Vera Lucia Pontes; MERCADO, Luis Paulo
Leopoldo. Avaliação para a aprendizagem em contextos híbridos de formação continuada:
o potencial dos feedbacks na configuração de saberes didático-pedagógicos. Brazilian Journal
of Development, v. 5, n. 10, p. 17695-17714, 2019.
OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria
na prática. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
PEREIRA, Alice Theresinha Cybis; SCHMITT, Valdenise; DIAS, Maria Regina Álvares
Correia. Ambientes virtuais de aprendizagem. AVA-Ambientes Virtuais de Aprendizagem
em Diferentes Contextos. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda, p. 4-22, 2007.
PRETTO, Nelson De Luca; SILVEIRA, Sérgio Amadeu. Além das redes de colaboração:
internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. Edufba, p. 232, 2008.
STAKER, Heather; HORN, Michael Blended. Usando a inovação disruptiva para aprimorar
a educação. Porto Alegre: Penso, 2015.
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Recebido: 11/04/2020;
Aceito: 17/04/2020