Trabalho de Som

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Centro Universitário Unifacvest

Disciplina Dinamica dos gases


Prof. Reny Aldo Henne

Trabalho do som

ROBERTO NASCIMENTO SOUZA


(Engenharia Mecânica)

Lages, SC
2023
Lista de figura.
FIGURA 1 - OUVIDO INTERNO. FIG 01 - .....................................................................................................5
FIGURA 2 - SOM X RUIDO FIG 2 - ................................................................................................................6
FIGURA 3 - COMPRIMENTO DE ONDA, FASE E FREQUENCIA .............................................................7
FIGURA 4 - AMPLITUDE, INTENSIDADE, ESCALA DECIBEL E NÍVEL DE PRESSAO SONORA .......8
FIGURA 5 - REFLEXÃO, ABSORÇÃO, TRANSMISSÃO...........................................................................10
FIGURA 6 - INTERFERÊNCIA DE ONDAS, ONDAS ESTACIONARIAS E HARMÔNICOS ..................12
Sumário
1. Introdução ...................................................................................................................................... 4

2. Recepção do som Pelo Ouvido Humano ........................................................................................ 5

3. Som X Ruido.................................................................................................................................. 6

4. Característica do som – Onda sonora ......................................................................................... 6

5. Amplitude, Intensidade, escala decibel e nível de pressao sonora .............................................. 7

6. Velocidade .................................................................................................................................. 8

8. Interferência de Ondas, Ondas estacionarias e harmônicos ...................................................... 11


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1. Introdução
O som é uma manifestação essencial da natureza e exerce um papel fundamental na
comunicação e percepção humana. Este fenômeno, originado por vibrações que se propagam
em ondas mecânicas, permite a transmissão de informações e emoções, além de influenciar
diretamente as interações em diversos contextos, como a música, a fala e a arquitetura. No
estudo do som, são analisadas suas propriedades físicas — como frequência, amplitude,
velocidade e fase — que permitem compreender desde a produção até a recepção das ondas
sonoras pelo sistema auditivo. Além disso, a acústica, ciência que estuda a propagação e o
comportamento do som nos diferentes ambientes, é crucial para o desenvolvimento de
tecnologias e ambientes que otimizem a experiência sonora. Fenômenos como absorção,
refração, difração e interferência são alguns dos aspectos investigados com vistas ao controle e
aprimoramento da qualidade acústica de espaços, sejam eles voltados para o conforto sonoro
em construções ou para a precisão auditiva em salas de concerto. Assim, o trabalho do som
envolve uma compreensão complexa e detalhada de suas características e de seu
comportamento, permitindo aplicações práticas que transformam as vivências acústicas em
experiências mais ricas e adequadas a cada contexto.
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2. Recepção do som Pelo Ouvido Humano

A função do sistema auditivo humano é captar, transformar e transmitir as ondas sonoras do


ambiente em impulsos elétricos compreensíveis ao cérebro. Esse processo ocorre em três partes
do ouvido: externo, médio e interno.
1. Ouvido Externo: Composto pelo pavilhão auricular, uma estrutura cartilaginosa
conhecida como "concha acústica", que direciona as ondas sonoras para o canal
auditivo. As ondas sonoras viajam pelo canal até atingirem o tímpano, uma membrana
que marca o início do ouvido médio.
2. Ouvido Médio: No ouvido médio, as ondas sonoras fazem o tímpano vibrar, e essas
vibrações são transmitidas para uma cadeia de pequenos ossos: martelo, bigorna e
estribo, que, nessa sequência, intensificam a energia das ondas sonoras enquanto
reduzem sua amplitude, preparando-as para o ouvido interno.
3. Ouvido Interno: A energia vibratória é transferida para a cóclea, uma membrana
tubular preenchida de líquido que transmite essas vibrações para as células ciliadas.
Essas células convertem as vibrações em estímulos eletroquímicos, que são enviados ao
cérebro pelo nervo auditivo, permitindo a interpretação dos sons.
Esse sistema permite a transformação de sinais mecânicos em sinais elétricos que o cérebro
pode processar, possibilitando a percepção sonora.

Figura 1 - Ouvido Interno. Fig 01 -


https://www.oocities.org/br/bodyhuman/apr_sensoriais/ouvido/ouvido_a.j
pg
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3. Som X Ruido
A distinção entre som e ruído baseia-se tanto na percepção subjetiva (agradabilidade ou
desconforto) quanto em características físicas. O som musical é normalmente considerado
agradável e ordenado, enquanto o ruído é percebido como desorganizado ou incômodo,
podendo ser desagradável. O ruído é caracterizado pela irregularidade e complexidade de suas
ondas sonoras, o que o torna frequentemente perturbador.
Do ponto de vista fisiológico, a exposição prolongada a ruídos intensos pode não só gerar
desconforto, mas também causar danos imediatos e irreversíveis ao sistema auditivo,
dependendo do tempo de exposição e da intensidade do som.

Figura 2 - Som X Ruido Fig 2 -


https://musicaeadoracao.com.br/recursos/arquivos/tecnicos/matematica/www.feiradeciencias.com.br/sala10
/10_T01.htm

4. Característica do som – Onda sonora

O entendimento das características físicas do som como onda é essencial para o


desenvolvimento de projetos acústicos eficazes. Entre os principais parâmetros a serem
considerados estão a frequência, o comprimento de onda e a fase.
1. Frequência: A frequência representa o número de oscilações que uma molécula realiza
em um segundo, sendo medida em Hertz (Hz) ou ciclos por segundo (c/s). É o inverso
do período (T) e está relacionada ao tom do som: frequências mais baixas resultam em
sons graves, enquanto frequências mais altas produzem sons agudos. O ouvido humano
normalmente percebe sons entre 20 Hz (som mais grave) e 20.000 Hz (som mais agudo).
2. Comprimento de Onda: O comprimento de onda é a distância entre dois picos
consecutivos de uma onda sonora. Existe uma relação inversa entre frequência e
comprimento de onda: quanto menor a frequência, maior o comprimento de onda; e
quanto maior a frequência, menor o comprimento de onda. Essa relação é importante na
definição de como o som se propaga em diferentes ambientes e materiais.
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3. Fase: A fase refere-se ao ponto temporal inicial de uma onda e determina como ela se
comporta em relação a outras ondas emitidas ao mesmo tempo. Esse aspecto é relevante
para fenômenos de interferência sonora, como o Efeito Doppler, no qual há uma
mudança aparente de frequência devido ao movimento relativo entre a fonte sonora e o
observador. Quando a fonte e o observador se aproximam, a frequência parece aumentar
(som mais agudo) e o comprimento de onda diminui. Ao se afastarem, a frequência
aparenta diminuir (som mais grave) e o comprimento de onda aumenta.
Essas características físicas são fundamentais para a compreensão da propagação e do
comportamento das ondas sonoras, permitindo aprimorar o controle acústico em ambientes
projetados.

Figura 3 - Comprimento de Onda, fase e frequencia

5. Amplitude, Intensidade, escala decibel e nível de pressao sonora

A amplitude, intensidade, escala decibel e o nível de pressão sonora são conceitos fundamentais para
a compreensão da percepção e medição dos sons.
1. Amplitude: A amplitude é o valor máximo alcançado por uma onda sonora em um ciclo,
representado pela crista (ponto mais alto) ou vale (ponto mais baixo) da onda. É o parâmetro
que define o "volume" ou "altura" percebida de um som: quanto maior a amplitude, maior a
sensação de volume. Assim, em vez de se referir ao som como “alto” ou “baixo”, é mais técnico
afirmar que o som apresenta alta ou baixa amplitude ou intensidade.
2. Intensidade: Refere-se à energia transmitida pelo som por unidade de área, sendo expressa
em watts por metro quadrado (W/m²). A intensidade sonora diminui com a distância da fonte,
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seguindo uma relação inversa ao quadrado da distância: dobrar a distância entre a fonte e o
ouvinte reduz a intensidade sonora a um quarto do valor original. A intensidade e a amplitude
são diretamente proporcionais, ou seja, ambas aumentam e diminuem juntas.
3. Escala Decibel e Nível de Pressão Sonora (NPS): Como a faixa de intensidade sonora varia
amplamente (de 10-12 a 1 W/m²), e como nossa percepção auditiva exige variações
exponenciais de intensidade para perceber incrementos iguais na sensação de volume, adota-
se uma escala logarítmica para simplificar o cálculo e a comparação. A intensidade do som é,
então, medida em decibéis (dB), uma unidade que reflete o nível de pressão sonora (NPS) e a
sensação auditiva de intensidade. Um bel (B) representa 10 decibéis, com a escala sendo
construída para representar a intensidade sonora de forma mais manejável e aproximada à
percepção humana.
A escala em decibéis facilita a comparação e manipulação de dados sonoros em acústica e engenharia,
contribuindo para o controle preciso de níveis de pressão sonora em diferentes ambientes.

Figura 4 - Amplitude, Intensidade, escala decibel e nível de pressao sonora

6. Velocidade

A velocidade e propagação do som são conceitos centrais para o entendimento dos fenômenos
acústicos e para o planejamento de projetos acústicos.
1. Velocidade do Som: A velocidade é definida pela distância percorrida em um
determinado tempo, sendo independente da frequência e amplitude da onda sonora. No
entanto, ela varia conforme as características do meio de propagação, como pressão,
umidade e temperatura, além da própria natureza do meio (ar, água, metal, etc.). Em
geral, o som viaja mais rápido em sólidos, seguido de líquidos, e mais lentamente no ar.
No vácuo, o som não se propaga, pois ele requer um meio material para transmitir suas
ondas de pressão.
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2. Propagação do Som: A propagação no ar e em materiais sólidos é essencial para o


planejamento acústico, pois o som ao interagir com superfícies pode ser absorvido,
transmitido ou refletido. Projetos acústicos aproveitam essas características para
controlar como o som se move e se distribui em um espaço.
3. Reflexão: A reflexão ocorre quando ondas sonoras encontram uma superfície e são
redirecionadas. O ângulo de incidência (ângulo do som que chega à superfície) é igual
ao ângulo de reflexão (ângulo do som refletido). A forma da superfície influencia a
direção do som refletido:
o Superfície plana (a): reflete o som uniformemente, mantendo o ângulo.
o Superfície convexa (b): difunde o som, espalhando-o em várias direções, o que
ajuda na dispersão sonora.
o Superfície côncava (c): converge os raios de som em um ponto de foco, o que
pode amplificar o som em áreas específicas, um efeito a ser evitado próximo aos
ouvidos dos ouvintes para evitar desconforto.
A reflexão é o fenômeno responsável por ecos e reverberações. Enquanto o eco ocorre quando
o som refletido retorna com um intervalo perceptível entre ele e o som original, a reverberação
é o prolongamento do som em um ambiente devido a múltiplas reflexões, essencial para a
ambiência sonora em espaços como auditórios e teatros.

7. Absorção e Refração

A absorção, refração e difração são fenômenos fundamentais para o estudo da acústica, pois
definem como o som interage com materiais e superfícies em diferentes ambientes.
1. Absorção: A absorção ocorre na superfície onde a onda sonora incide e resulta na
redução da energia sonora. Parte dessa energia sonora é transformada em outros tipos
de energia, principalmente em calor, devido ao atrito interno das moléculas do material.
Esse processo é importante na arquitetura e no design de espaços, pois o controle da
absorção permite ajustar a reverberação e o tempo de decaimento do som, promovendo
ambientes acusticamente mais confortáveis. Dependendo das características do
material, a energia sonora pode ser:
o Absorvida e transformada em calor (a forma mais comum de dissipação de
energia);
o Produzir novas ondas sonoras no material incidente;
o Refratar-se para o ambiente adjacente (energia transmitida).
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2. Refração: A refração ocorre quando uma onda sonora passa de um meio para outro com
diferentes densidades, alterando sua velocidade e direção. Esse fenômeno é útil no
estudo da acústica, pois permite prever como o som se comporta ao atravessar materiais
com diferentes propriedades, como paredes ou divisórias. A refração permite que o som
se desvie e penetre em espaços adjacentes, algo importante em projetos acústicos para
o controle de ruído.
3. Difração: A difração é o fenômeno que permite que o som contorne obstáculos,
possibilitando a audição de sons mesmo quando há barreiras entre a fonte sonora e o
ouvinte. Ondas sonoras de baixa frequência (ou ondas mais longas) são mais propensas
à difração, pois conseguem contornar obstáculos de maior tamanho. Um exemplo
cotidiano é a propagação de ondas de rádio, que contornam montanhas por meio da
difração. Em contraste, ondas de frequência mais alta formam "sombras acústicas" atrás
de obstáculos, pois são menos capazes de se desviar ao redor de barreiras.
Esses fenômenos — absorção, refração e difração — são fundamentais para o design de espaços
e materiais que otimizam a experiência acústica, ajudando a controlar o isolamento, a dispersão
e o decaimento sonoro em ambientes.

Figura 5 - Reflexão, Absorção, Transmissão.


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8. Interferência de Ondas, Ondas estacionarias e harmônicos

A interferência de ondas, as ondas estacionárias e os harmônicos são fenômenos acústicos que


influenciam a forma como percebemos o som e como ele é produzido em diferentes
instrumentos e ambientes.
1. Interferência de Ondas: A interferência ocorre quando duas ou mais ondas se
sobrepõem, podendo ser:
o Construtiva: Quando as ondas estão em fase, ou seja, seus picos e vales
coincidem, suas amplitudes se somam, resultando em uma onda de maior
intensidade.
o Destrutiva: Quando as ondas estão em fases opostas, seus picos e vales se
cancelam, resultando em uma redução ou completa anulação da amplitude.
Esse fenômeno de interferência é essencial na formação de padrões sonoros complexos e pode
afetar a intensidade do som em diferentes áreas de um espaço.
2. Ondas Estacionárias: A interferência construtiva e destrutiva associada à reflexão é
responsável pela formação das ondas estacionárias, que surgem quando duas ondas
idênticas, mas em sentidos opostos, se sobrepõem. Isso resulta em regiões fixas de
amplitude máxima (nós) e mínima (ventres), criando uma onda que aparenta estar
"parada". Ondas estacionárias são comuns em instrumentos de corda e tubos, onde as
ondas refletem nas extremidades e se superpõem, gerando notas específicas.
3. Harmônicos: A interferência também é a base para os harmônicos, que surgem a partir
da frequência fundamental (f₀) de uma onda sonora. Os harmônicos são múltiplos
inteiros dessa frequência fundamental (2f₀, 3f₀, etc.) e criam uma série de frequências
adicionais que, ao se combinarem, formam o timbre. O timbre é o que permite distinguir
diferentes fontes sonoras, como vozes ou instrumentos musicais, mesmo quando estão
tocando a mesma nota. Nos instrumentos, os harmônicos enriquecem o som,
proporcionando uma qualidade única a cada tipo de material e design.
Esses fenômenos — interferência, ondas estacionárias e harmônicos — são essenciais para a
acústica, pois formam a base da produção, modulação e percepção dos sons que ouvimos no
nosso dia a dia.
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Figura 6 - Interferência de Ondas, Ondas estacionarias e harmônicos

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