Ligações Químicas
Ligações Químicas
Ligações Químicas
REGRA DO OCTETO
A Teoria do Octeto, criada por Gilbert Newton Lewis (1875-1946), químico
estadunidense, e Walter Kossel (1888-1956), físico alemão, surgiu a partir da
observação dos gases nobres e algumas características como por exemplo, a
estabilidade dos elementos que apresentam 8 elétrons na Camada de
Valência.
A busca por estabilidade eletrônica, que justifica a realização de ligações
químicas entre os átomos, é explicada pela teoria do octeto.
Os gases nobres são os únicos átomos que já possuem oito elétrons na
sua camada mais externa e é por isso que pouco reagem com outros elementos.
Para isso, o elemento doa, recebe ou compartilha elétrons da sua
camada mais externa, realizando, portanto, ligações químicas de caráter iônico,
covalente ou metálico.
Portanto, a Teoria ou Regra do Octeto explica a ocorrência das ligações
químicas da seguinte forma:
“Muitos átomos apresentam estabilidade eletrônica quando possuem 8
elétrons na camada de valência (camada eletrônica mais externa).”
Para tanto, o átomo procura sua estabilidade doando ou compartilhando
elétrons com outros átomos, donde surgem as ligações químicas.
Vale lembrar que existem muitas exceções à Regra do Octeto,
principalmente entre os elementos de transição.
Tipos de Ligações Químicas
Ligação Iônica
Também chamada de ligação eletrovalente, esse tipo de ligação é
realizado entre íons (cátions e ânions), daí o termo "ligação iônica".
Também conhecidas com ligações eletrovalentes ou heteropolares,
acontecem entre metais e elementos muito eletronegativos (ametais e
hidrogênio). Nesse tipo de ligação, os metais tendem a perder
elétrons, transformando-se em cátions (íons positivos), e os ametais e o
hidrogênio ganham elétrons, tornando-se ânions (íons negativos).
Para ocorrer uma ligação iônica os átomos envolvidos apresentam
tendências opostas: um átomo deve ter a capacidade de perder elétrons
enquanto o outro tende a recebê-los.
Portanto, um ânion, de carga negativa, se une com um cátion, de carga
positiva, formando um composto iônico por meio da interação eletrostática
existente entre eles.
Exemplo: Na+Cl- = NaCl (cloreto de sódio ou sal de cozinha). Nesse
composto, o sódio (Na) doa um elétron para o cloro (Cl) e se torna um cátion
(carga positiva), enquanto o cloro torna-se um ânion (carga negativa).
Ligação Covalente
Também chamada de ligação molecular, as ligações covalentes são
ligações em que ocorre o compartilhamento de elétrons para a formação de
moléculas estáveis, segundo a Teoria do Octeto; diferentemente das ligações
iônicas em que há perda ou ganho de elétrons.
Além disso, pares eletrônicos é o nome dado aos elétrons cedidos por cada
um dos núcleos, figurando o compartilhamento dos elétrons das ligações
covalentes.
Exemplo: H2O: H - O - H (molécula de água) formada por dois átomos de
hidrogênio e um de oxigênio. Cada traço corresponde a um par de elétrons
compartilhado formando uma molécula neutra, uma vez que não há perda nem
ganho de elétrons nesse tipo de ligação.
Ligação Metálica
É a ligação que ocorre entre os metais, elementos considerados
eletropositivos e bons condutores térmico e elétrico. Para tanto, alguns metais
perdem elétrons da sua última camada chamados de "elétrons livres" formando
assim, os cátions.
A partir disso, os elétrons liberados na ligação metálica formam uma
"nuvem eletrônica", também chamada de "mar de elétrons" que produz uma
força fazendo com que os átomos do metal permaneçam unidos.
Exemplos de metais: Ouro (Au), Cobre (Cu), Prata (Ag), Ferro (Fe), Níquel
(Ni), Alumínio (Al), Chumbo (Pb), Zinco (Zn), entre outros.
Os metais apresentam estado físico sólido em temperatura ambiente, com
exceção do mercúrio, o único metal líquido nessas condições. As substâncias
metálicas são boas condutoras de calor e eletricidade e, além disso, apresentam
um brilho característico.