Pap Marcos
Pap Marcos
Pap Marcos
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO MÉDIO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO UÍGE
ÁREA: ADMINISTRAÇÃO, GESTÃO E SERVIÇOS
CURSO: CONTABILIDADE E GESTÃO
POR:
UÍGE/2023/2024
REPÚPLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO MÉDIO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO UÍGE
ÁREA: ADMINISTRAÇÃO, GESTÃO E SERVIÇOS
CURSO: CONTABILIDADE E GESTÃO
POR:
UÍGE/2023/2024
INSTITUTO MÉDIO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO UÍGE
ÁREA: ADMINISTRAÇÃO, GESTÃO E SERVIÇOS
CURSO: CONTABILIDADE E GESTÃO
POR:
MARCOS AFONSO ANTÓNIO
UÍGE/2023/2024
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais Sousa António Coxe e Delfina Buela Queto, pela
força e coragem que me deram durante a minha formação.
i
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por ter me protegido até hoje, autor do nosso destino,
nosso guia, socorro presente na hora da angústia.
Agradeço aos meus familiares pela força depositada em mim, especialmente ao meu
pai Sousa António Coxe e a minha mãe Delfina Buela Queto.
Aos nossos professores, por contribuírem na nossa formação, especialmente ao meu
Orientador Flávio Augusto Martins, pela paciência e rigor no momento da elaboração da
presente pesquisa, se posicionando sempre como um “verdadeiro pai científico”.
À Direção do Intituto Médio de Administração e Gestão do Uíge, que muito tem feito
de forma incansável contribuindo desse modo para a moldagem da sociedade e o crescimento
da sociedade estudantil do Uíge e do país em geral. Por consequência ter assim conduzido a
minha formação.
À empresa HGS (House Games and Services), por ter de forma direita contribuído por
meio de seus serviços activamente para o culminar deste processo na pessoa do Rofino
Nsambo Funvo Kalunguila.
A todos aqueles que de forma direita ainda que indireita, tenham tido algum impacto
contribuitivo no meu processo formativo.
ii
EPÍGRAFE
Thomas Edison
iii
LISTA DE ABREVIATURAS
HGS: House Games and Services
SSP: Sistema de Inventário Permanente
SSI: Sistema de Inventário Intermitente
CPV: Custo dos Produtos Vendidos
UEPS: Último a Entrar Primeiro a Sair
PEPS: Primeiro a Entrar Primeiro a Sair
MB: Margem Bruta
GES: Gestão Econômica de Estoque
FIFO: Ferst in Ferst Out
LIFO: Last in Ferts Out
CMP: Custo Médio Ponderado
EUA: Estados Unidos de América
PGC: Plano Geral de Contabilidade
iv
ÍNDICE DE TABELAS E QUADROS
Tabela nº 01 – Classificação dos estoques para efeito contabilístico........................................17
Tabela nº 02 – Classificação dos estoques para efeito contabilístico........................................18
Tabela nº 03 – Classificação das empresas quanto a dimensão ...............................................23
Tabela nº 04 Amostra - relatório de stoque em janeiro de 2024...............................................46
Tabela nº 05 - Mapa de custeio FIFO........................................................................................48
Tabela nº 06 - Mapa de custeio LIFO.......................................................................................49
Tabela nº 07 - Mapa de custeio Custo Médio Ponderado.........................................................50
Tabela nº 08 - Determinação da Margem Bruta das Vendas.....................................................51
v
ÍNDICE DE FIGURAS ESQUEMAS
Figura nº 01 - Apresentação Esquemática do (SIP), numa Empresa Comercial....................10
Figura nº 02 - Apresentação Esquemática do SII numa empresa comercial. .........................10
Figura nº 03: Aplicação a Análise ABC...................................................................................43
Figura nº 4: Custos de manutenção...........................................................................................44
Figura nº 05 - Gráfico de análise global.......................... .........................................................51
Figura nº 06 - Evolução do preço de compra ...........................................................................52
Figura nº 07 - Evolução do Preço de Venda no mercado.........................................................53
Figura nº 08 - Diferencial das Existências Finais por ficha......................................................53
Figura nº 09 - Diferencial de custos por ficha...........................................................................54
Figura nº 10 - Análise da Margem Bruta..................................................................................55
vi
ÍNDICE GERAL
DEDICATÓRIA..........................................................................................................................i
AGRADECIMENTOS...............................................................................................................ii
EPÍGRAFE................................................................................................................................iii
LISTA DE ABREVIATURAS..................................................................................................iv
ÍNDICE DE TABELAS E QUADROS......................................................................................v
ÍNDICE DE FIGURAS ESQUEMAS.......................................................................................vi
0. INTRODUÇÃO....................................................................................................................10
0.1. Problemática......................................................................................................................10
0.2. Hipóteses............................................................................................................................10
0.3. Objectivos..........................................................................................................................11
0.3.1. Objectivo geral................................................................................................................11
0.3.2. Objectivos específicos.....................................................................................................11
0.4. Metodologias......................................................................................................................11
0.4.1. Métodos...........................................................................................................................11
0.4.2. Técnicas..........................................................................................................................12
0.5 Justificativa da escolha do tema..........................................................................................12
0.7. Estrutura do trabalho..........................................................................................................12
CAPÍTULO I: GENERALIDADES CONCEPTUAIS............................................................13
1.1. Definição de Conceitos......................................................................................................13
1.1.1. Critério............................................................................................................................13
1.1.2. Valorimetria.....................................................................................................................13
1.1.3. Existências......................................................................................................................15
1.3.1. Classificação das existências..........................................................................................15
1.3.2. Sistema de inventários....................................................................................................16
1.3.2.1. Sistema de Inventário Permanente (SIP).....................................................................17
1.3.2.2. Sistema de Inventário Intermitente ou Periódico (SII)................................................17
1.1.4. Noção de armazém..............................................................................................18
1.1.4.1. Etimologia.......................................................................................................18
1.1.4.2. Funções do armazém.......................................................................................19
1.1.4.3. Tipos de armazém na logística............................................................................20
1.1.4.3.1. Armazém público......................................................................................................20
vii
1.1.4.3.2. Armazém contratado.................................................................................................20
1.1.4.3.3. Armazém próprio......................................................................................................21
1.1.4.3.4. Armazém temporário................................................................................................21
1.1.4.3.5. Armazém permanente...............................................................................................22
1.1.4.3.6. Armazém e Armazenagem........................................................................................22
1.1.4.4. Noção de stock................................................................................................23
1.1.4.5. Tipos de stock.....................................................................................................23
1.1.4.5.1. Tipos de stock de acordo com a data de validade:..........................................24
1.1.4.5.2. Tipos de stock de acordo o efeito contabilístico.............................................24
1.1.4.6.3. Tipos de stock de acordo com a organização das operações.....................................25
1.1.5. Noções de Empresas.......................................................................................................26
1.1.5.1. Objectivos das Enpresas..............................................................................................27
1.1.5.1.1. Objectivos Económicos............................................................................................27
1.1.5.1.2. Objectivos Sociais da Empresa.................................................................................27
1.1.5.2. Classificação das empresas..........................................................................................27
1.1.5.2.1. Classificação Jurídica................................................................................................27
1.1.5.2.2. Classificação Económica..........................................................................................28
1.1.5.2.3. Por sector de Actividade...........................................................................................29
1.1.5.2.4. Por titularidade de capital.........................................................................................29
1.1.5.2.5. Quanto a dimensão....................................................................................................30
CAPÍTULO II: ENQUADRAMENTO TEMÁTICO...............................................................31
2.1. Função de aprovisionamento.............................................................................................31
2.1.1. Importância da função de aprovisionamento..................................................................31
2.1.2. Actividade da função de aprovisionamento....................................................................32
2.2. Gestão de stock nas empresas............................................................................................33
2.2.1. Objectivos da gestão de stocks.......................................................................................33
2.2.1. Gestão material de stock.................................................................................................34
2.2.1.1. Importância da gestão material de stock......................................................................34
2.2.1.2 Princípios da Gestão Material de Stock........................................................................34
2.2.1.3. Actividades da gestão material de stock......................................................................36
2.2.1.3.1. Recepcionar os Materiais/Produtos...........................................................................36
2.2.1.3.2. Armazenagem...........................................................................................................37
2.2.1.3.3. Entrega aos Utilizadores...........................................................................................39
2.2.2. Gestão administrativa de stock.......................................................................................40
viii
2.2.2.1. Organização e registo de stock.....................................................................................43
2.2.2.2. Razões para manter uma boa gestão de stocks............................................................43
2.2.2.3. Organização das compras em stock.............................................................................44
2.2.2.4. Métodos para uma gestão de compras eficiente..........................................................45
2.2.3. Gestão económica de stock.............................................................................................46
2.2.3.1. Objectivos da Gestão económica de stock...................................................................46
2.3- Métodos de Avaliação de stocks........................................................................................47
2.3.1. Método PEPS (FIFO)......................................................................................................47
2.3.2. Método UEPS (LIFO).....................................................................................................48
2.3.3. Método Preço Médio ou Custo Médio Ponderado..........................................................48
2.3.4. Método de Avaliação de Estoque curva ABC.................................................................49
2.3.4.1. Aplicação a Análise ABC.............................................................................................49
2.3.5. Método preço específico.................................................................................................50
2.3.6. Método just in time.........................................................................................................50
2.4. Custo de Armazenagem.....................................................................................................50
2.4.1. Principais custos de armazenagem..................................................................................50
2.4.1.1. Custos de manutenção..................................................................................................51
2.4.1.2. Custos de compra ou requisição..................................................................................51
2.4.1.3. Custos de falta de estoque............................................................................................52
CAPÍTULO III – ABORDAGEM PRÁTICA, CASO DA EMPRESA PACIÊNCIA LDA. . .53
3.1. Apresentação da empresa...................................................................................................53
3.2.1. Procedimentos metodológicos........................................................................................53
3.2.2. Apresentação dos Dados.................................................................................................53
3.3. Amostra..............................................................................................................................53
3.4. Elaboração das Fichas de Armazém..................................................................................55
3.5. Análise e Interpretação dos Resultados.............................................................................58
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................63
SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES....................................................................................64
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................65
ANEXOS
ix
0. INTRODUÇÃO
O ciclo operacional das empresas quer seja de natureza comercial ou industrial é
caracterizado por uma série de actividades que vão desde a aquisição de mercadorias e/ou
matérias primas, subsidiárias e de consumo, armazenagem, transformação e posteriormente a
venda, cumprindo assim com a missão pré-estabelecida. Estas existências enquanto
armazenadas, são reconhecidas pelo custo de aquisição ou custo histórico, que servirá de base
para a determinação do presumível preço de venda.
Neste quesito, a valorização das existências, consiste na determinação dos seus custos
de entrada e saída bem como da sua permanência em armazém e acarreta consigo uma grande
importância, pois ajuda a empresa a ter o controlo regular do stock, cabendo a empresa
seleccionar entre os demais, o critério mais eficiente a aplicar para evitar que incorram
prejuízos. Neste contexto, o presente trabalho cuja temática se assenta nos critérios de
valorimetria das existências no armazém, propõe-se conhecer a quantia pela qual as operações
e outros acontecimentos devem ser reconhecidas e inscritas nas demonstrações financeiras.
0.1. Problemática
Formular o problema consiste em dizer, de maneira clara e compreensível, qual
dificuldade com que nos defrontamos e que prestemos resolver, limitando o seu campo e
apresentado suas características, (RUDIO,1980)
10
0.2. Hipóteses
H1: Talvez é importante esta aplicação para que se possa manter o controle e o
gerenciamento eficaz do stock.
0.3. Objectivos
0.4. Metodologias
A metodologia é um conjunto organizado de procedimentos, caminhos, mecanismos
científicos, estratégias usadas pelo investigador para chegar aos objectivos propostos. Assim
sendo para o nosso trabalho usamos os seguintes métodos e técnicas:
11
0.4.1. Métodos
Método Hipotético-Dedutivo: permite supor diante das questões levantadas na
problemática e procurar confirmar ou refutar as sugestões mediante um caso prático
verificado.
Método de estudo de caso: por este método, tornou-se necessário seleccionar uma
entidade a fim de ser o foco da nossa investigação.
0.4.2. Técnicas
12
CAPÍTULO I: GENERALIDADES CONCEPTUAIS
1.1. Definição de Conceitos
1.1.1. Critério
O valor de um bem ou serviço decorre da sua utilidade e capacidade de converter-se
em moeda corrente. A utilidade é a capacidade de um bem ou serviço de satisfazer
necessidades humanas.
Um critério (do grego kritérion pelo latim criteriu) é um padrão que serve de base para
que coisas e pessoas possam ser comparadas e julgadas. Critério é uma regra que permite a
fundamentação racional de uma escolha, decisão, deliberação, crença ou afirmação.
1.1.2. Valorimetria
A “valorimetria “ é o procedimento para se aquilatar os valores monetários, pelas quais
as demonstrações financeiras e demais relatos contábeis devem ser reconhecidos e
escriturados. Ou seja, a valoração da riqueza patrimonial. Logo a valorimetria é uma unidade,
critério ou medida de valor, que modifica de acordo com a função e características dos
elementos que compõem a riqueza das células sociais. As teorias e enunciados para os
aspectos da ciência da contabilidade, ou seja, temos o processo ou tecnologia de mensuração
monetária, para determinar a composição em moeda corrente nacional dos itens do ativo,
passivo e do resultado. Existem diferentes bases ou critérios de valorimetria, tais como:
Custo histórico ou valor de aquisição: critério onde os ativos são registrados pelo
valor assumido no momento da sua aquisição. E os passivos pelo valor das obrigações
assumidas.
Custo corrente: critério onde os ativos são escriturados pelo valor da moeda corrente,
que teria de pagar para substituir um bem. E os passivos são escriturados pelo valor nominal
de moeda corrente que seria necessária para liquidar as obrigações.
Valor realizável (de liquidação): critério onde os ativos são registrados pelo valor
que possa corretamente ser obtido em sua alienação regular. E os passivos são registrados
pelos seus valores de liquidação, ou seja, pelas quantias não descontadas de moeda corrente
ou equivalentes, que se espera que sejam pagas para satisfazer as dívidas no decurso normal
dos negócios.
13
Valor presente (valor atual do dia do relato contábil): critério onde os ativos são
registrados pelo valor presente descontado dos futuros influxos líquidos de caixa, que se
espera que o elemento gere no decurso normal dos negócios. Os passivos são registrados pelo
seu valor presente descontado dos futuros exfluxos líquidos de caixa que se espera que sejam
necessários para liquidar os passivos no decurso normal dos negócios.
14
A base primária de valorimetria utilizada no preparo das demonstrações financeiras é o
custo histórico. Sendo que este é geralmente relacionado com outros critérios de valorimetria.
Por exemplo, os inventários de estoques são geralmente registrados pelo valor da média das
últimas aquisições, os títulos negociáveis a longo prazo, podem ser registrados pelo valor de
mercado ou valor presente. Apesar destas combinações, existem dificuldades para se
apresentar um modelo contabilístico único que trata de todos os efeitos das alterações de
valores de ativos e passivos. Portanto, cada item da riqueza patrimonial, aplica-se um
tratamento específico.
1.1.3. Existências
Chama-se existências todos os bens adquiridos (pela compra) ou produzidos e
armazenados pela empresa, (num periodo igual ou inferior a um ano) destinados a serem
consumidos no processo produtivo da empresa, ou seja produtos destinados a venda. Esses
bens registam-se na classe 2 do PGC.
15
Matérias-primas (22.1): são bens que não se destinam a venda, mais a serem
incorporados directamente nos produtos resultantes do processo produtivo da empresa.
Matérias subsidiárias (22.2) e de consumo (22,4):
Matérias subsidiárias (22.2): são bens que serão usados na produção, mas que não
serão incorporados materialmente nos produtos dela resultantes;
Mercadorias (26): bens adquiridos pela empresa com o destino a venda. Ou por
outras palavras, adquirem-se com a finalidade de os tornar a vender, não sofrendo qualquer
tipo de transformação.
Matérias primas, mercadorias e outros materiais em curso (conta 27): regista os
bens adquiridos que ainda não tenham sido recepcionados pela empresa, mas para os quais ja
tenha sido recebida a correspondente factura ou documento equivalente.
16
1º Conhecimento em qualquer momento, das quantidades e valores dos stocks de que a
empresa é proprietária ou detém;
2º Apuramento do custo dos produtos vendidos e consumidos consequentemente do
resultado apurado nas vendas ou na produção.
Para o tratamento deste tema “Existências” por parte das empresas são apurados de
duas formas diferentes a conhecer:
17
31/12 Tr. Saldo
82- R. Operacinal 31 Cliente
Transf.do Saldo Venda a prazo
Após cada venda, apenas se regista o proveito resultante da mesma e não o respectivo
custo, pelo qual é impossível conhecer operação a operação, a margem bruta obtida;
O custo das existências vendidas é determinado extra-contabilisticamente no final do
período, após a inventariação das existências em armazém utilizando-se para o efeito a
fórmula do custo das mercadorias vendidas;
O resultado bruto é apurado somente no fim do período após a transferência dos saldos
das contas de vendas de mercadorias e produtos e de contas das existências vendidas
para a conta de Resultado Operacional.
18
1.1.4.1. Etimologia
Etimologicamente, a palavra armazém vem do em árabe: al-mahazán, e significa
«sótão, depósito». Esta última vem do latim deposĭtus («deixar de lado, guardar ou
depositar»).
Estocagem de mercadorias
Função mais conhecida do armazém, a estocagem não se limita a guardar objetos, mas,
principalmente, garantir a qualidade dos itens armazenados, evitando avarias ou perdas que
implicam em custos para a empresa.
Manuseio de materiais
Essa função envolve a movimentação dos produtos de um setor para outro, a carga e
descarga, a separação, a conferência e demais tarefas similares. Também é uma atividade que
deve ser feita cuidadosamente. A ineficiência da equipe ou do equipamento utilizado pode pôr
em risco a segurança e a qualidade do produto.
Controle de qualidade
19
O controle de qualidade verifica os espaços de estocagem e também a integridade dos
produtos quando chegam ao armazém, incluindo a quantidade de itens e a descrição de acordo
com o material recebido. É uma função essencial para garantir a segurança dos objetos.
Armazém público
Armazém contratado
Armazém próprio
Armazém temporário
Armazém permanente
Então observemos os detalhes que correspondem cada um dos tipos:
Portanto, a economia final pode vir tanto de custos mais baixos de contratação ou de
aumento de eficiência e queda nas quantidades de avarias em produtos. Em alguns casos o
custo de transporte também cai com o uso desse tipo de depósito.
20
1.1.4.3.2. Armazém contratado
Depósitos contratados são uma combinação da armazenagem própria e pública. Eles
também trabalham compartilhando recursos entre diversos clientes, mas é possível que o
contratante precise investir em ativo imobilizado.
Para utilizar a armazenagem contratada, é preciso pagar um aluguel fixo pelo período
de uso. No entanto, o aluguel dá acesso pleno a toda a área e uso dos equipamentos
disponíveis.Apesar de compartilhar as áreas do armazém que não está usando com outras
empresas do mesmo setor, é raro que exista compartilhamento entre concorrentes diretos.
21
atividades por um período específico de tempo. Durante o projeto, o negócio precisa de um
local seguro para guardar seus equipamentos e insumos, ou seja, um armazém temporário.
Utilizar esse tipo de armazenagem também ajuda a empresa a tornar seus processos
mais rápidos, evitando diversos recebimentos de materiais, especialmente em locais onde
existem datas e horários específicos para a realização de descargas de mercadorias.
Toda empresa precisa de um tipo de armazenagem, mesmo que seja de pequeno porte.
O armazém auxilia na organização de processos logísticos, melhora a eficiência de
colaboradores e, se for bem organizado, torna a movimentação mais rápida.
23
categorias de acordo com o critério de classificação utilizado. Eis aqui três categorias para
mostrar os tipos de stock possíveis:
Classificar seu stock por categoria é essencial em logística. Como já deve ter
constatado, existem diferentes formas de separar os tipos de stock: por função, de acordo com
a data de validade, conforme a organização das operações realizadas, etc. Também é possível
dividir o stock segundo seu valor económico (sistema ABC) e sua utilidade para a empresa
(comercial ou industrial).
24
• São todos os itens que já foram despachados de uma unidade fabril
Em trânsito para outra, normalmente da mesma empresa, e que não chegaram a seu
destino fnal.
• São todos os itens que continuam a ser propriedade do fornecedor até
Em consignação
que sejam vendidos ou devolvidos sem ônus.
Tabela nº 01 – Classificação dos estoques para efeito contabilístico
Fonte:
25
TIPO DE ESTOQUE DESCRIÇÃO
• Usado para compensar as incertezas inerentes a fornecimento e
demanda.
De proteção (de segurança)
• Compensa as incertezas no processo de fornecimento de itens
ou entre dois estágios do processo de produção.
• Ocorre porque um ou mais estágios na operação não podem
fornecer simultaneamente todos os itens que produzem.
De ciclo
• Suprem a demanda média durante o tempo transcorrido entre
sucessivos reabastecimentos.
• Seu propósito é compensar diferenças de ritmo entre
fornecimento e demanda.
De antecipação
• Comumente usado quando as flutuações de demanda são
signifcativas, mas relativamente previsíveis.
• Existem porque o material não pode ser transportado
instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto de
No canal de distribuição
demanda.
• Todo estoque em trânsito é estoque no canal.
• Composto de itens deteriorados, ultrapassados, perdidos ou
Obsoleto
roubados durante um armazenamento prolongado.
Fonte:
26
Um organismo onde é necessário colocar os meios certos nos lugares certos, o que se
consegue através do estabelecimento das relações hierárquicas.
Produção: quer dizer que a empresa cria (ou transforma) bens ou serviços para a
satisfação das necessidades dos indivíduos ou outras empresas.
A empresa produz para o mercado: Isto é, vende os bens e serviços produzidos.
Financiamento independente: Significa que a empresa tem autonomia de produzir e
vender, são suas responsabilidades e riscos. (PAULA, 2004, p.24)
Objectivos Económicos;
Objectivos Sociais da Empresa
27
1.1.5.1.2. Objectivos Sociais da Empresa
Classificação jurídica
Classificação económica
Classificação por sectores de actividade
Classificação quanto a propriedade do capital
Classificação quanto a dimensão.
28
dívidas pelos bens da sociedade e os valores afectos à actividade comercial não
chegarem para os pagar respondem subsidiariamente os bens particulares de cada um
dos sócios indiferentemente.
Sociedades anónimas: é o modelo puro das sociedades de capitais baseando-se,
portanto não na pessoa dos associados, mas nos capitais investidos.
Empresas comerciais: São aquelas que vendem aquilo que compram. Compram
mercadorias aos fornecedores guardam essas mercadorias em armazéns depois vendem
aos clientes sem qualquer transformação.
Empresas Industriais: São aquelas que vendem aquilo que transformam ou fabricam.
Estamos na presença de empresas que adquirem matérias-primas, subsidiárias e outros
que incorporam na produção de modo a obter bens susceptíveis de comercialização.
Empresas de Prestação de Serviços: abrangem os mais diversificados tipos de prestação
de serviços: financeiros, transportes, hospitalares, turismo, comunicações, educacionais.
Primário: são as empresas que têm como actividade de: agricultura, silvicultura, pesca,
pecuária, indústrias extractivas e indústrias transformadoras.
29
Secundário: têm como actividade de electricidade, gás, água, construção e obras
públicas.
Terciários: têm como actividade: comércio por grosso e a retalho, transporte
armazenagem e comunicação, bancos seguros e operações sobre Imóveis e outros
serviços.
Sector Informal ou quaternário: é o sector que agrupa as empresas ligadas a
oportunidade de rendimentos, Auxiliares ou complementares devido a estagnação das
remunerações, e a inflação face aos limites da sociedade, e ao recurso que as mesmas
tenham ao crédito. Igualmente a organização internacional do trabalho, conceitua o
sector informal como as actividades exercidas fora da regulamentação, por Exemplo: As
recauchutagens constituídas por 2 ou 3 pessoas.
Micro empresas: São aquelas empresas que se limitam a um indivíduo como dono do
capital; as que empregam até 10 trabalhadores.
Pequenas empresas: O efectivo e relido para uma pequena empresa, aquela que
empregam mais de 10 trabalhadores e menos de 250 trabalhadores, os dirigentes
assumem quase todas as funções da organização técnicas, financeiras, e socais.
30
Média Empresas: São consideradas médias empresas aquelas que possuem ao serviço
entre 250 à 500 trabalhadores, ou são as que têm como actividade principal indústria
extractiva ou transformadora que não ultrapassam a 1.700 milhões de kwanzas de
vendas anuais e, que não detenham nem sejam detidas em mais de 50% de capital.
Grandes Empresas: As que empregam mais de 500 trabalhadores. (LOUSÃ 2009,
p.30)
Quanto à classificação das empresas quanto ao seu tamanho, tal como já foi
mencionado a cima, resumidamente temos:
31
CAPÍTULO II: ENQUADRAMENTO TEMÁTICO
2.1. Função de aprovisionamento
A função aprovisionamento compreende o conjunto de operações que permitem pôr à
disposição da empresa em tempo oportuno, na quantidade e na qualidade definidas, todos os
recursos materiais e serviços necessários ao seu funcionamento, ao menor custo.
Para levar a bom termo o conjunto destas operações, é necessário, antes de mais,
definir de forma precisa as necessidades:
• Em qualidade (especificações/requisitos);
• Em quantidade (económica);
• Em prazo (útil).
Para satisfazer aquelas necessidades, nas melhores condições, deve efectuar-se a
pesquisa sistemática das possibilidades oferecidas pelo mercado.
Convém, no entanto, que essa pesquisa seja feita em tempo oportuno, isto é, que os
fornecedores sejam seleccionados criteriosa e antecipadamente (antes da necessidade imediata
ocorrer) e que com eles sejam estabelecidos contratos que ofereçam vantagens para as partes.
32
Uma boa gestão da função aprovisionamento pode ser fonte de vantagem competitiva
para a organização, na medida em que contribui para :
2. Compra
Transação pela qual obteremos as quantidades adequadas dos recursos e serviços
necessários ao menor preço possível. É primordial escolher um fornecedor que, além de
oferecer um preço competitivo, garanta a qualidade e o cumprimento do prazo de entrega
estabelecido. O lead time é aquí um fator determinante.
3. Recebimento e armazenamento
Os recursos são recebidos na área de docas e armazenados nas estantes até serem
necessários nas linhas de produção. Os produtos acabados também são armazenados assim
que saem da fábrica.
4. Abastecimento e expedição
É preciso fornecer à fábrica os recursos necessários para ter uma atividade produtiva
ininterrupta e, da mesma forma, expedir a mercadoria que abastecerá outro armazém ou loja
física. Nesse ponto é especialmente importante ser eficientes: o excesso de estoque pode
provocar pontos de estrangulamento, além de aumentar os custos de armazenagem.
5. Gerenciamento de estoques
Um gerenciamento do estoque eficiente exerce influência direta sobre o desempenho
de todas as operações envolvidas no ciclo de aprovisionamento.
33
As operações relacionadas ao aprovisionamento envolvem inúmeros departamentos da
empresa: desde administração e compras, que se encarrega de planejar a aquisição de
mercadoria, até a expedição da mercadoria ao cliente, já no armazém. A organização e
coordenação entre cada uma das operações é um fator-chave para conseguir um
aprovisionamento eficiente.
A gestão de stocks é, dito de forma simplificada, o conjunto de ações que visa manter
o stock ao mais baixo nível em termos quantitativos e de custo, garantindo simultaneamente o
fornecimento regular da empresa e a melhor execução das tarefas de aprovisionamento e
armazenagem.
Assim, a gestão de stocks tem como objetivo definir quais os produtos a encomendar,
qual a altura em que devem ser encomendados e em que quantidade. A complexidade desta
missão é proporcional ao número de produtos comercializados pela empresa e ao volume de
vendas de cada um deles
34
Criar segurança contra atrasos na entrega de matérias ou produtos por parte dos
fornecedores;
Com mais detalhes para cada um dos princípios enumerados acima, temos:
Recepcionar Os Materiais/Produtos;
Armazenagem;
Entrega Aos Utilizadores
36
Para melhor compreensão observemos em seguida o que cada uma dessas actividades
compreende.
Um dos princípios corretos na receção é verificar se o que foi entregue coincide com o
que foi requisitado. Para isso o colaborador que recebe o material deve ter acesso à requisição
ou ordem de compra feita ao fornecedor. De forma a facilitar o processo de pesquisa, é
comum ser solicitado ao fornecedor que coloque o número da requisição no seu documento de
entrega. Após verificar se o que foi entregue foi requisitado, deve ser feito o controlo
quantitativo e qualitativo do material.
37
2.2.1.3.2. Armazenagem
Para que exista uma boa gestão de stocks no armazém é indispensável arrumar
eficazmente todos os produtos no armazém. Mediante as condições físicas de cada empresa,
poderão existir:
Deve existir espaço para a colocação de caixas e/ou carros para transporte de matérias.
38
Prever, organizar e montar a segurança de pessoas e bens.
39
FIFO é a sigla em inglês para first in first out – o primeiro a entrar é o primeiro a sair,
em português.
Vantagens:
Diminui a probabilidade de serem ultrapassados os prazos de validade;
Diminui o número de “monos”.
LIFO é a sigla em inglês para last in, first out — último a entrar, primeiro a sair, em
português.
Vantagem:
Diminui o tempo de arrumação dos materiais, pois poderão ser colocados por
exemplo: na parte da frente da prateleira.
FEFO é a sigla em inglês para, first expire, first out — o primeiro a expirar é o
primeiro a sair, em português.
Vantagem:
Diminui a probabilidade de existirem materiais/produtos fora da validade. Deve ser
usado, sempre que existam prazos de validade, por exemplo: armazém de produtos
químicos.
Escolha dos suportes de arrumação e movimentação
40
Ao processo de separação e preparação dos pedidos atribui-se a designação de picking
ou order picking. Os métodos mais frequentes de picking são:
Segundo Alain Courtois et al. (2006, p.131-132) a gestão das entradas e saídas deve
“corresponder sempre a uma transacção. Para que esta ultima seja adequada, torna-se
necessário registar em tempo real pelo sistema informático de gestão de stocks os movimentos
de entradas e saídas”. Por isso a “gestão das entradas/saídas compreende dois tipos de
transacção”:
41
quantidade, dimensões, peso e ainda campo de aplicação. E o melhor método para obter este
conhecimento passa por fazer um inventário permanente das existências partindo do
pressuposto de que sabemos identificar correctamente cada artigo do stock.
Miguel Braga (1996, p.56), acrescenta ainda que, para obter um conhecimento das
existências dos armazéns, “é necessária a atribuição de uma nomenclatura, ou seja, duma
terminologia que defina perfeitamente todos os artigos e que sirva de linguagem clara entre o
utilizador, o aprovisionamento, e os outros sectores da empresa que directa ou indirectamente
estão ligados (contabilidade, verificação de qualidade)”
Todos estes dados se obtêm a partir da identificação prévia do artigo ou produto, pelo
"input" de uma Nomenclatura (Designação e Código), que pode ser obtida, por leitura óptica
do código de barras. No controlo físico das existências, contrariamente, é necessário proceder
à contagem física de artigos em stock, comparando posteriormente os resultados obtidos com
os saldos administrativos fornecidos pela base de dados dos artigos, ou seja, pelo sistema
informático.
42
Na óptica de Miguel Braga (1996, p.60-61), a realização desses tipos de inventários
físicos, é realizado de duas maneiras:
43
Um Ficheiro de Artigos (Base de Dados) dever registar as suas coordenadas, para que
a simples consulta ao terminal nos faculte os dados necessários à localização de qualquer
item.
Para que a planilha seja efetiva, é necessário que o responsável pela função registre
pontualmente todos os produtos que entram e saem da loja, de forma a evitar a perda ou
acúmulo de itens. Afinal, ambas as situações podem acarretar no prejuízo financeiro e afetar a
imagem da empresa.
44
Este processo auxilia na fiscalização de vários factores, como a quantidade de
produtos em estoque. Assim, é possível ter mais clareza sobre quais mercadorias têm maior ou
menor saída, facilitando a negociação de preços com seus fornecedores.
Essa função é importante para centralizar a negociação, reduzindo custos ao passo que
mantém a qualidade das compras. Dessa maneira, garante que todos os suprimentos estejam
disponíveis para a atividade da empresa acontecer com maestria. Com ela, verificamos que
podemos:
45
2.2.2.4. Métodos para uma gestão de compras eficiente
Ter um processo de gestão de compras eficiente faz toda a diferença para reduzir
gastos com aquisições desnecessárias. Quando uma empresa possui um bom controle de
estoque e realiza suas compras de forma programada, é possível otimizar os recursos e
aumentar seus lucros.
Isso porque comprar de forma eficiente permite que você disponibilize ao setor
comercial os produtos com mais agilidade e a preços adequados, possibilitando que as vendas
ocorram de modo a trazer resultados positivos à organização.
Para tal, apresentamos em seguida alguns métodos ou pilares para uma gestão de
compras eficiente:
Planejamento:
Não adianta fugir, planejamento é algo imprescindível para qualquer negócio. Fazer
sua empresa funcionar de modo planejado significa prever demandas, contingências e
oferecer soluções ágeis e em conformidade com os objetivos da organização.
Gerenciamento de Cotações:
Análise de Produtos:
Este é um ponto que precisa ter como foco o que é melhor para a sua empresa.
Realizar esta pesquisa começa com uma análise aprofundada a respeito do produto que gestor
46
de stock, a qualidade necessária, o prazo de validade e a sua disponibilidade junto ao
fornecedor.
Gestão de Fornecedores:
É preciso estar atento à qualidade dos fornecedores, pois isso também influencia
diretamente na qualidade dos produtos oferecidos por sua empresa e no aumento ou
diminuição dos custos. Se você tem em sua carteira fornecedores que atrasam muito,
entregam produtos defeituosos ou que possuem um péssimo atendimento, é o momento de
fazer uma revisão.
Mantenha tudo registrado em seu sistema ERP de forma que conste os nomes dos
fornecedores e informações a respeito dos últimos atendimentos prestados. Assim, você
consegue ter uma visão global da carteira que lhe atende.
Análise de Resultados
Por fim, é muito importante conseguir mensurar os resultados obtidos com a gestão de
compras. Na hora de fazer a análise do seu setor, verifique se as metas foram cumpridas, o
que houve com as que tiveram mau resultado, e se preparar para o próximo planejamento e as
adequações que serão necessárias para corrigir as lacunas e erros encontrados nesta etapa.
A gestão económica dos stocks é “um conjunto de operações que permite, após
conhecer a evolução dos stocks que se verificou na empresa, formular previsões da evolução
destes e tomar decisões de quanto e quando encomendar com a finalidade de conseguir a
melhor qualidade de serviço ao mínimo custo”. (Lopes dos Reis, et al, 1994, p.33)
47
• Estabelecer quando reaprovisionar, isto é, quando solicitar uma intervenção de
Compras ou quando solicitar uma entrega de material, no âmbito de um contrato aberto com
um fornecedor (Exemplo: contrato anual de fornecimento com entregas parcelares). Estes
objectivos são concretizados para cada artigo do stock, que tem características específicas
Custo dos Produtos Vendidos = Estoque Inicial + Gastos Diretos - Estoque Final
48
de descer. Neste caso, o CPV será menor, e a margem de lucro, maior. Isso resultará em uma
base maior para a tributação.
Vantagens e Desvantagens
Exceto pelo fato dele ser fácil de administrar e de entender, o método PEPS ajuda os
gestor de estoques a diminuírem a quantidade de produtos desperdiçados ou estragados, já que
sempre se vende o estoque mais velho primeiro. É por isso que o método PEPS é tão popular
entre os negócios que lidam com mercadorias que estragam rápido, como vegetais, carnes,
ovos, frutas, leite fresco, entre outros.
Vantagens e Desvantagens
Caso uma empresa utilize o UEPS como um método de referência para a avaliação do
estoque, ela terá, uma hora ou outra, maior CPV, mas seus indicadores de lucro e renda
tributável serão menores.
Quando uma empresa utiliza o método UEPS de avaliação de estoque, os ganhos e as
demonstrações financeiras relatadas são mais baixos, e a renda tributável é menor. Isto pode
ser uma vantagem na hora de pagar os impostos, mas, por outro lado, pode ser uma
desvantagem por transmitir aos investidores uma imagem de que talvez esta não seja uma
empresa segura, diminuindo as chances dela receber investimentos ou empréstimos bancários.
49
Vantagens e desvantagens
No entanto, caso a empresa utilize o método Preço Médio de avaliação de estoque e
seus produtos pertençam a diferentes categorias de preço, a empresa pode perder dinheiro ao
utilizar o preço médio como um ponto de referência e deixar de levar em conta a diferença
entre os produtos caros e baratos.
Uma gestão de stocks é também uma gestão seletiva pois não gerimos da mesma
maneira todos os artigos. Por exemplo o tratamento dado a solas e pelarias é diferentes do
dado a linhas ou telas. O custo das matérias primas representa um valor considerável do custo
de produção dos produtos, assim torna-se necessário realizar uma análise cuidada.
Um dos métodos que nos permite analisar a importância em termos financeiros dos
nossos stocks é a Análise ABC. A classificação ABC consiste em diferenciar os artigos,
consoante o volume das suas saídas anuais de stock (consumo) ou o seu valor em stock. Esta
classificação é baseada no princípio bem conhecido dos 80-20. 20% dos artigos correspondem
a 80% do valor das saídas.
Classe A: estima-se que cerca de 20% dos artigos correspondem a 80% do valor de
uso. Esta classe de itens refere-se aos artigos de maior importância económica, os quais
devem ser geridos com maior atenção e controlados mais rigorosamente, com o intuito de
evitar ruturas.
50
Classe B: estima-se que cerca de 30% dos artigos correspondem a 15% do valor de
uso. Constitui a classe de artigos com uma importância intermédia, os quais requerem
cuidados medianos em termos de gestão.
Classe C: estima-se que cerca de 50% dos artigos correspondem a 5% do valor de uso.
Trata-se da classe de menor importância relativa e, por isso, a menos crítica. Pelo que os
artigos correspondentes não exigem um controlo tão rígido comparativamente às restantes
classificações de itens apresentadas.
Fonte:
51
2.4.1. Principais custos de armazenagem
Existe uma série de custos para as organizações que precisam manter estoques. Ballou
(2006) enumera três categorias diferentes de custos associados à administração de estoques:
Custos de manutenção;
Custos de compra ou requisição;
Custos de falta de estoque.
Uma questão crítica, portanto, é balancear os estoques para se obter o maior equilíbrio
possível entre a produção e o custo total do estoque
Fonte:
52
2.4.1.2. Custos de compra ou requisição
Estão associados ao processo de requisição das quantidades requeridas para reposição
de estoque. Incluem os custos fixos administrativos habituais do processo de compra:
O custo de vendas perdidas pode ser estimado como o lucro perdido quando um
cliente cancela seu pedido caso o produto desejado esteja em falta. É difícil de medir, pois não
se pode prever com precisão as intenções futuras do cliente quanto a novas compras do
produto.
53
54
CAPÍTULO III – ABORDAGEM PRÁTICA, CASO DA EMPRESA
PACIÊNCIA LDA
3.3. Amostra
O departamento comercial da empresa em estudo, apresentou o seguinte relatório em
Janeiro de 2024 como espelha a nossa amostra:
55
Daí, podemos relatar as operações descritas na nossa amostra de seguinte maneira para
melhor compreensão:
56
3.4. Elaboração das Fichas de Armazém
Na presente secção vamos proceder a elaboração das fichas de armazém com a intenção de conhecer quais valores a mercadorias terão à
sua saída considerando a aplicabilidade de cada uma delas. Para tal, acompanhemos:
Tabela nº 05 - Mapa de custeio FIFO
Entradas Saídas Existência
Data Descrição
Quantid. Preço Unit. Total Quantid. Preço Unit. Total Quantid. Preço Unit. Total
01/01/2024 EXIST. INI. - - - - - - 450 300 135.000
02/01/2024 Venda - - - 83 300 24.900 367 300 110.100
07/01/2024 Venda - - - 67 300 20.100 300 300 90.000
- - -
10/01/2024 Venda - - - 200 300 60.000 100 300 30.000
460 315 144.900
100 300 30.000 - - -
17/01/2024 Venda - - -
455 315 143.325 5 315 1.575
5 315 1575
22/01/2024 Compra 151 405 61.155 - - -
151 405 61.155
5 315 1575
24/01/2024 Compra 408 305 124.440 - - - 151 405 61.155
408 305 124.440
5 315 1575
- - -
26/01/2024 Venda - - - 151 405 61.155
332 305 101.260
76 305 23.180
30/01/2024 Venda - - - 279 305 85.095 - - -
31/01/2024 Exist. Final - - - - - - 53 305 16.165
Fonte: Elaboração do autor, com base aos dados fornecidos pela empresa
57
Tabela nº 06 - Mapa de custeio LIFO
5 300 1.500
26/01/2024 Venda - - - 232 305 70.760
151 405 61.155
176 305 53.680
- - -
176 305 53.680
30/01/2024 Venda - - - 5 300 1.500
103 405 41.715
48 405 19.400
31/01/2024 Exist. Final - - - - - - 53 - 20.900
Fonte: Elaboração do autor, com base aos dados fornecidos pela empresa
58
Tabela nº 07 - Mapa de custeio Custo Médio Ponderado
Entradas Saídas Existência
Data Descrição
Quantid. Preço Unit. Total Quantid. Preço Unit. Total Quantid. Preço Unit. Total
01/01/2024 EXIST. INI. - - - - - - 450 300 135.000
02/01/2024 Venda - - - 83 300 29.000 367 300 110.100
07/01/2024 Venda - - - 67 500 33.500 300 300 90.000
10/01/2024 Compra 460 315,00 144.900 - - - 760 309,08 234.900
10/01/2024 Venda - - - 200 309,08 61.816 560 309,08 173.084,8
17/01/2024 Venda - - - 555 309,08 171.539,4 5 309,08 1.545,4
22/01/2024 Compra 151 405 61.155 - - - 156 401,93 62.700,4
24/01/2024 Compra 408 305 124.440 - - - 564 331,81 187.140,4
26/01/2024 Venda - - - 232 331,81 76.979,92 285 331,81 94.565,85
30/01/2024 Venda - - - 279 331,81 92.574,99 53 331,81 17.585,93
31/01/2024 Exist. Final - - - - - - 53 331,81 17.585,93
Fonte: Elaboração do autor, com base aos dados fornecidos pela empresa
59
3.5. Análise e Interpretação dos Resultados
Tabela nº 08 - Determinação da Margem Bruta das Vendas
Análise Global
MBV
Venda no Mercado
CMV
COMPRA
EXISTÊNCIA INICIAL
Argumento:
Como ilustra a tabela e representa o gráfico, ambos acima expostos, pode-se destes
entender que para o mês de janeiro, a empresa paciência possuía uma existência inicial igual
a 135.000,00, compras que equivalem aos 259.690,00 e as vendas efetivamente realizadas no
mercado rondaram 644.170, isto é relativas a RIFA COMPOSTO, valores estes que
demostram-se constantes independentemente do critério de custeio. Passndo a apresentar
uma variação nas existências finais bem como os custos das mercadorias vendidas e como
consequência, na margem bruta das vendas. Suas análises seguem-se:
60
Figura nº 06 - Evolução do preço de compra
Chart Title
Quantidade P.U.
600
500 500
460
400 408
300 315 305
200
151
100
0
1ª Compra 2ª Compra 3ª Compra
Fonte: Elaboração do autor, com base aos dados fornecidos pela empresa
Argumento:
Com o gráfico acima representado, oriundo da tabela nº##, podemos então entender
qual o comportamento que as duas variáveis, por um lado a quantidade e por outro o preço
unitário tiveram ao longo do mês de Janeiro a quando da efectivação das compras de RIFA
COMPOSTO.
Podemos observar que a 1ª compra foi feita com um preço relativamente baixo, isto é
315kz face à segunda que veio a ser de 500kz, atingindo assim o pico; e a última que passou a
baixar o custo unitário para os então 305z. a quantidades a serem adquiridas por sua vez
também chegaram a registar uma variação. Pois a primeira compra foi de 460, a segunda
baixou para 151, passando a última estancar-se nos 408 umidades do artigo. As variações
tanto no preço unitário de aquisição quanto nas quantidades devem-se à mudança de
fornecedores bem como à preocupação por parte da gestão de estoque com as ropturas de
estoque.
61
Figura nº 07 - Evolução do Preço de Venda no mercado
Chart Title
Quantidade P.U.
600
555
500 500 500 500 500 500
450
400
300 279
232
200 200
100 83 67
0
1ª Venda 2ª Venda 3ª Venda 4ª Venda 5ª Venda 6ª Venda
Fonte: Elaboração do autor, com base aos dados fornecidos pela empresa
Comentário:
O gráfico representado tem a intenção de nos ilustrar o comportamento das variações
tanto no preço quanto na quantidade aquando de suas vendas.
As vendas foram lineares a 500 da primeira até à 5ª passando a baixar na sexta venda
para os 450kz por unidade. As quantidades foram muito variáveis, o que é compreensível,
visto que é uma variável que não depende da empresa mas sim dos clientes.
Figura nº 08 - Diferencial das Existências Finais por ficha
Total
25,000
20,000 20,940
17,586
15,000 16,165
10,000
5,000
0
FIFO LIFO CMP
Fonte: Elaboração do autor, com base aos dados fornecidos pela empresa
Comentário:
O presente gráfico visa nos ilustra as variações que os valores das existências finais
registraram tendo em conta o método de custeio. Podemos então reiterar que:
Se a empresa optar pelo método FIFO, ela estaria a aceitar que as 53 unidades de rifa
Composto de existência final estejam avaliadas em 16.165,00; ao passo que a opção de
utilização do LIFO, lhe daria um valor de 20.940,00 e o CMP avalia estas mesmas
quantidades à um custo total de 17.585,93. Daí, como é claro e evidente, podemos apresentar
a seguinte expressão:
62
Como 16.165,00 < 17.585,93 < 20.940,00; então FIFO < CMP < LIFO
Figura nº 09 - Diferencial de custos por ficha
CMV
379,000.00
378,525.00
378,000.00
377,000.00 377,104.07
376,000.00
375,000.00
374,000.00 373,750.00
373,000.00
372,000.00
371,000.00
FIFO LIFO CMP
Fonte: Elaboração do autor, com base aos dados fornecidos pela empresa
Comentário:
Como o título do gráfico diz, o mesmo nos faz entender qual o comportamento do
Custo das Mercadorias Vendidas no mês de janeiro de 2024 em função a cada critério de
valorimetria. Portanto, como observado, as mercadorias têm um custo de 378.525kz se optada
a utilização do FIFO, passam a custar 373.750,00 e 377.104,07 se usar o LIFO e o CMP
respectivamente.
É de se notar o facto de a utilização do LIFO nos dar um custo mais baixo e o FIFO
por sua vez nos dá um CMV maior.
63
Figura nº 10 - Análise da Margem Bruta
M.B.V
271,000.00
270,420.00
270,000.00
269,000.00
268,000.00
267,000.00 267,065.93
266,000.00
265,645.00
265,000.00
264,000.00
263,000.00
FIFO LIFO CMP
Fonte: Elaboração do autor, com base aos dados fornecidos pela empresa
Comentário:
A margem bruta é nada mais, nada menos que o resultado oriundo da diferença entre
as vendas realizadas e os custos diretamente suportados para a aquisição destas. Logo, de
forma bruta, temos ao valores de 265.645kz, 270.420kz e 267.065,93 para o FIFO, LIFO e
CMP respectivamente.
Como podemos observar, a empresa PACIÊNCIA, realiza maior lucro bruto quando
opta por utilizar o LIFO, uma vez que este garante um maior resultado bruto.
64
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As empresas no seu dia-à-dia têm fazendo uso dos recursos postos à sua disposição
buscar à todo custo, gerar diferenciação face à concorrência, através de uma selecção
criteriosa de fornecedores qualificados que assegurem a qualidade dos fornecimentos e
serviços prestados, bem como reduzir os custos e os prazos de entrega dos produtos (bens
tangíveis e serviços) fornecidos através de contratação adequada, de gestão económica dos
estoques e de armazenagem.
Foram registadas existências iniciais avaliadas em 135.000, isto é 450 unidades a
300kz cada. Durante o mês de janeiro registou-se um fluxo de compra e venda que fez com
que ao final do mês existissem 53 unidades de Rifa Composto avaliadas em 16.165,00 de
acordo ao FIFO; um valor de 20.940,00 se usar LIFO e 17.585,93. No caso de optar pelo
CMP. As mercadorias têm um custo de 378.525kz se optada a utilização do FIFO, passam a
custar 373.750,00 e 377.104,07 se usar o LIFO e o CMP respectivamente. No concernente à
MBV, temos ao valores de 265.645kz, 270.420kz e 267.065,93 para o FIFO, LIFO e CMP
respectivamente.
Até este ponto, podemos então afirmar que conseguimos alcançar os nossos objetivos,
pois foi possível conhecer os critérios de valorimetria das existências aplicados na
PACIÊNCIA, Lda. bem como, conseguimos ainda Elaborar a ficha de armazém usando os
métodos de custeio, com base a eles identificamos que de forma primária o método mais
adequado a ser utilizado com base aos valores da MBV é o LIFO, por ele nos apresentar um
maior margem bruta de vendas.
Foi também constatado que a utilização destas três principais fichas são de uma
extrema importância, pois estas auxiliam no funcionamento coerente e eficiente da secção
responsável pelas existências em particular, e da empresa num sentido lato. O que faz com
que um uso inadequado dos critérios de valorimetria das existências influenciam
negativamente na gestão da empresa porque está sub ou sobrevalorizando as existências;
confirmando assim as nossas hipóteses ora levantadas.
65
SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES
Com base aos resultados obtidos no decurso das investigações, à direção da empresa
PACIÊNCIA Lda, nós sugerimos o seguinte:
Que continue pautando pelas políticas de gestão de estoque que tem utilizado
pois a eficiência destas é testemunhada pelos resultados que a empresa tem
obtido.
Que paute por estratégias de gestão de estoque que lhe permitam adaptar-se ao
contexto no que concerne ao critério de valorimetria a utilizar.
66
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
67
ANEXOS
68