Biologia 11
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BIOLOGIA11
Crescimento e renovação celular…
DNA e RNA – Aspetos comparativos
Os ácidos nucleicos, DNA e RNA são polímeros constituídos por unidades denominadas
nucleótidos.
Cada nucleótido é constituído por:
▪ Uma pentose – desoxirribose no DNA e ribose no RNA
▪ Um grupo fosfato
▪ Uma base azotada:
No DNA: Adenina (A), Timina (T), Guanina (G) e Citosina (C).
No RNA: Adenina (A), Uracilo (U), Guanina (G) e Citosina (C).
A ligação entre dois nucleótidos faz-se entre a pentose de um nucleótido com o grupo
fosfato do seguinte (ligação covalente), constituindo-se desta forma cadeias de
nucleótidos. Estas cadeias iniciam-se sempre por um grupo fosfato e terminam com
uma pentose.
A molécula de DNA é constituída por duas cadeias polinucleotídicas antiparalelas, ou
seja, com sentidos de crescimento inversos e dispostas helicoidalmente. Esta dupla
hélice mantém-se unida devido à complementaridade de bases azotadas, que
estabelecem entre si ligações químicas por pontes de hidrogénio. (A-T) e (C-G).
Cada cadeia nucleotídica da molécula antiga serve de molde à nova cadeia que se vai
formando à passagem do complexo enzimático. No final deste processo obtêm-se
duas moléculas de DNA exatamente iguais, com os nucleótidos dispostos na mesma
sequência em que estavam dispostos na molécula original.
Síntese proteica
O DNA, além de produzir cópias de si mesmo, regula a atividade das células através
do controlo da produção das proteínas.
As proteínas resultam da ligação linear de aminoácidos por ligações peptídicas,
evoluindo depois para uma forma tridimensional funcional. Estas diferem, quer pelo
número de aminoácidos ligados quer pela sequência por que estão ligados.
▪ Gene: porção de DNA que contém a informação para a síntese de uma dada
proteína.
▪ Genoma: é a totalidade dos genes necessários para o desenvolvimento e a
formação de um organismo completo.
Nos eucariontes, o DNA está ligado a proteínas, constituindo estruturas filamentosas,
os cromossomas, localizadas no núcleo das células.
Cada sequência de três bases (tripleto) da molécula de DNA que contém a informação
para um aminoácido da proteína em formação designa-se por codogene.
O código genético é:
▪ Redundante: codões diferentes codificam o mesmo aminoácido.
▪ Não é ambíguo: um codão só codifica um aminoácido
Codão de iniciação: AUG
Apoptose: A célula fica mais redonda e o núcleo colapsa, depois o material genético
fragmenta-se, a membrana plasmática fragiliza-se e após isso a célula fragmenta-se em
pequenas porções.
Reprodução…
Reprodução assexuada
Estratégias reprodutivas
A reprodução assexuada pode manifestar-se através de uma multiplicidade de
processos que possuem em comum as seguintes características:
PROCESSO CARACTERIZAÇÃO
Bipartição A célula original divide-se em duas células-filhas aproximadamente
(bactérias) iguais – fissão binária ou cissiparidade.
Gemulação Surgem no progenitor pequenas saliências (gomos ou gemas) que
(leveduras, acabam por originar um novo ser.
hidra) Nos seres pluricelulares, os descendentes, normalmente, não se
separam do progenitor, originando, assim, colónias.
Esporulação Os esporos são produzidos em grande quantidade em órgãos
(Bolor do Pão) especializados – esporângios – onde se formam por mitose.
Os esporos, uma vez libertados, germinam e originam novos
descendentes, quando as condições do meio são favoráveis.
O facto de possuírem paredes celulares resistentes permite-lhes
sobreviver em condições adversas.
Partenogénese As fêmeas produzem óvulos que, sem serem fecundados, originam
(Pulgões, novos descendentes.
Dáfnias) Os descendentes podem ser machos (abelha), fêmeas (dáfnias e
pulgões) ou de ambos os sexos.
Fragmentação Algumas porções resultantes da fragmentação do organismo são
(Estrela-do- capazes de regenerar as partes em falta, de modo a constituir um
mar e planária) novo organismo.
Reprodução sexuada
A reprodução sexuada distingue-se pelo facto de cada descendente ser o resultado de
uma fecundação, isto é, surgir da fusão de duas células reprodutoras – gâmetas – que
geralmente têm a sua origem em dois indivíduos diferentes.
Os descendentes apresentam diferenças entre si, resultado da conjugação de
material genético sempre diferente contido nos gâmetas.
É um processo gerador de variabilidade genética que se reflete na diversidade
biológica.
Meiose e Fecundação
Durante a fecundação ocorre a fusão dos citoplasmas dos gâmetas, seguida da união
dos respetivos núcleos. Deste processo resulta uma única célula – ovo ou zigoto, cujo
o núcleo possui o dobro dos cromossomas existentes nos gâmetas.
Evolução biológica…
Origem das células eucarióticas
Modelo autogénico:
▪ Algumas células procarióticas ter-se-iam tornado progressivamente mais
complexas. Prolongamentos da membrana citoplasmática deslocaram-se para
o interior do citoplasma, originando compartimentos, separados do resto do
citoplasma, que viriam a constituir os organelos celulares. Como resultado
ocorreu uma divisão interna de funções celulares.
Modelo endossimbiótico:
▪ por processos idênticos ao da fagocitose, algumas células procarióticas teriam
englobado outras células procarióticas de menores dimensões, com as quais
passaram a estabelecer relações de simbiose.
Alguns procariontes fotossintéticos fagocitados não teriam sofrido digestão e
teriam começado a fornecer à célula matéria orgânica resultante da sua
atividade fotossintética e a receber em troca proteção, água e CO2 necessários
à fotossíntese. Gradualmente foi-se estabelecendo uma relação de simbiose
intracelular (endossimbiose), com proveito mútuo, que tornou essas duas
células numa estrutura indissociável, na qual a célula englobada teria evoluído
para cloroplasto.
Por um processo similar, a fagocitose de procariontes aeróbios, teria levado ao
aparecimento de mitocôndrias.
Evidências:
▪ As mitocôndrias e os cloroplastos possuem o seu próprio DNA (uma molécula
circular semelhante ao DNA procariótico).
▪ Tanto os cloroplastos como as mitocôndrias dividem-se por bipartição de
forma independente do resto da célula eucariótica.
▪ Ambos os organelos possuem ribossomas idênticos aos que existem nos seres
procarióticos atuais.
Origem da multicelularidade
A partir de determinada dimensão o aumento de volume das células não é
acompanhado por um aumento correspondente da superfície membranar,
necessário para garantir as trocas metabólicas decorrentes dessa alteração de
volume. Limitou a evolução estrutural dos organismos unicelulares eucariontes.
Estes organismos seguiram vias evolutivas que haveriam de originar a organização
em colónias.
A associação de seres unicelulares em estruturais maiores e mais complexas – as
colónias – bem como o aparecimento de seres pluricelulares vieram permitir o
aumento de volume, mantendo elevada a superfície de contanto das células com o
seu exterior.
Desta forma, garantida a eficácia das trocas e a eficiência do metabolismo, o
processo evolutivo pôde prosseguir no sentido do aumento de volume do organismo.
O aparecimento da multicelularidade permitiu:
▪ Diminuição da taxa metabólica e uma utilização mais eficaz da energia.
▪ O aparecimento de seres de maiores dimensões conduziu a:
▪ Uma maior diversidade de formas, o que permitiu uma melhor
adaptação aos diferentes ambientes.
Citológicos: todos os seres vivos são constituídos por células – uniformidade nos
processos e mecanismos celulares dos seres vivos.
Bioquímicos:
▪ As vias metabólicas comuns (síntese de proteínas, processos respiratórios e
modos de atuação das enzimas).
▪ A universalidade do código genético e do ATP como energia biológica utilizada
pelas células.
▪ Semelhança existente entre os compostos orgânicos evidenciada através da
sequência de aminoácidos da mesma proteína em diferentes organismos.
▪ Reações sorológicas, baseadas nas reações de aglutinação entre antigenes de
um organismo e anticorpos de outro.
Neodarwinismo: as fontes de variabilidade das populações são as mutações e a
recombinação genética.
▪ Os cromossomas são as estruturas que transportam os genes responsáveis pelo
desenvolvimento dos caracteres do indivíduo.
▪ A ocorrência de mutações, génicas e cromossómicas, aumenta a variabilidade
genética, podendo conduzir ao aparecimento de genes responsáveis por novas
características.
▪ A meiose, conduz ao aparecimento de novas combinações genéticas nos
gâmetas.
▪ A fecundação dá origem a uma descendência com múltiplas combinações
genéticas, o que se reflete numa elevada variabilidade de características.
Taxonomia e nomenclatura
Níveis taxonómicos ou taxa:
Reino → Filo → Classe → Ordem → Família → Género → Espécie
Regras de nomenclatura
▪ Designação dos taxa em latim (língua morta que não evolui; permite
nomenclatura universal, ou seja, constante no espaço e no tempo).
▪ As espécies são designadas segundo uma nomenclatura binominal. A primeira
palavra do nome corresponde ao género (inicial maiúscula) e a segunda é o
epíteto ou restritivo específico.
▪ Designação de grupos superiores à espécie é uninominal.
▪ O nome da família é obtido acrescentando –idae à raiz de um dos géneros.
▪ Quando a espécie tem subespécies, a nomenclatura é trinominal.
▪ Os nomes de géneros, espécies ou subespécies são escritos em letra diferente do
texto: itálico ou sublinhado.
Ano: 1758
Sistema de classificação de Whittaker modificado