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Prova Escrita de Biologia e Geologia

Prova Escrita de Biologia e Geologia

11.º Ano de Escolaridade

28 de outubro de 2019 Páginas: 08

Duração da Prova: 90 minutos.

2019

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.

Não é permitido o uso de corretor. Deve riscar aquilo que pretende que não seja classificado.

Para cada resposta, identifique o grupo e o item.

Apresente as suas respostas de forma legível.

Apresente apenas uma resposta para cada item.

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Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
Todas as questões são cotadas com 6 pontos exceto as questões I6; I7; II10; II11 e III10

GRUPO I
Após uma refeição rica em hidratos de carbono, os níveis de glucose no sangue aumentam
significativamente. Todavia, estes níveis altos podem ser tóxicos, pelo que o excesso de glucose é retirado da
circulação sanguínea, por exemplo através das células do tecido cardíaco e do tecido muscular.
Estas células possuem um transportador transmembranar, o GLUT4, que está normalmente presente em
membranas de vesículas do sistema endomembranar. Quando os níveis de glucose no sangue aumentam, a insulina
libertada pelo pâncreas na corrente sanguínea atinge estas células, provocando a fusão dessas vesículas que contêm
o GLUT4 com a membrana celular. O transportador GLUT4 liga-se às moléculas de glucose e transporta-as para o
interior da célula, onde são convertidas num polissacarídeo (Figura 1).
Quando entre as refeições os níveis de glucose no sangue regressam ao normal, o pâncreas reduz a
produção de insulina e os transportadores GLUT4 que se encontravam nas membranas plasmáticas são sequestrados
em vesículas, ficando retidas no citoplasma.
Em indivíduos com diabetes do tipo I, o pâncreas do organismo não liberta insulina suficiente para o sistema
sanguíneo.

Figura 1

1. O aumento da concentração de insulina no sangue


(A) estimula o transporte de glucose por exocitose.
(B) inibe a fusão de vesículas, contendo o transportador GLUT4, com a membrana celular.
(C) inibe o transporte de glucose por endocitose.
(D) estimula o transporte de glucose pelo GLUT4 para o interior da célula.

2. O transporte de glicose representado na figura 1 pode ocorrer contra o gradiente de concentração, sendo do
tipo ________ e caracterizando-se por ________ de energia.
(A) passivo … produção
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(B) ativo … um consumo
(C) ativo … produção
(D) passivo … um consumo
3. Em indivíduos com diabetes tipo I, o número de transportadores GLUT4 nas membranas das células musculares
é ________ o que provoca ________ da concentração de glucose no sangue.
(A) reduzido … um aumento
(B) reduzido … uma diminuição
(C) elevado … um aumento
(D) elevado … uma diminuição

4. Pode ser utilizado como argumento a favor da hipótese do transportador GLUT4 ser, inequivocamente, uma
proteína o facto de essa molécula
(A) ser um polímero.
(B) ser um composto orgânico.
(C) ser constituída por um número muito elevado de aminoácidos.
(D) desempenhar funções estruturais.

5. Quando células animais são colocadas num meio hipertónico, ocorre


(A) o aumento do volume intracelular, ficando plasmolisadas.
(B) a diminuição do volume intracelular, ficando plasmolisadas.
(C) a diminuição do volume intracelular, ficando túrgidas.
(D) o aumento do volume intracelular, ficando túrgidas.

6. Ordene as letras de A a E de modo a reconstituir a sequência cronológica de acontecimentos que dizem respeito
ao transporte por difusão facilitada da glucose para o interior de uma célula após a refeição. (7 pontos)
A. Ligação da glucose ao transportador GLUT4.
B. Aumento da produção de insulina.
C. Digestão de um hidrato de carbono complexo.
D. Fusão de vesículas com a membrana plasmática.
E. Absorção da glucose para a corrente sanguínea.

7. Com base nos dados, explique a necessidade de os diabéticos de tipo I controlarem de forma muito rigorosa a
quantidade de açúcar que consomem às refeições. (15 pontos)

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GRUPO II
O código genético contém a informação que permite descodificar a mensagem presente nos nucleótidos para
aminoácidos. Existem pelo menos 20 aminoácidos e 64 codões cuja associação compõe o código genético. Todavia,
existem algumas exceções que têm vindo a ser caracterizadas pelos investigadores, destacando-se a selenocisteína,
considerada o 21.º aminoácido. Este aminoácido deriva da cisteína, no qual o selénio, um oligonutriente presente
em quantidades muito reduzidas nos organismos, está a substituir um enxofre. O aminoácido selenocisteína pode
ligar-se ao tRNA com o anticodão ACU, que corresponde a um codão de finalização para a maioria dos mRNA.
Contudo, para a selenocisteína ser incorporada na cadeia polipeptídica em formação, tem que haver sequências

nucleotídicas específicas na extremidade 3´ do mRNA. Estas sequências, que não são traduzidas, formam uma ansa,
que atrai fatores de tradução que permitem, por sua vez, a ligação do tRNA que transporta a selenocisteína (figura
2).
Baseado em Snustad, D.P.8nSimmons, M.J( 2013). Fundamentos da genética .
Figura 1- Síntese proteica com incorporação da selenocisteína

Aminoácido codão
Metionina AUG
Cisteína UGU UGC
Serina UCU, UCC, UCA, UCG, AGU, AGC
Triptofano UGG
Valina GUU, GUC, GUA, GUG
Histidina CAU, CAC
Tirosina UAU, UAC
Isoleucina AUU, AUC, AUA
STOP /Terminação UAG, UGA, UAA
Tablela I – Código genético parcial

1. A formação de uma ansa na extremidade do mRNA


(A) ocorre na extremidade 5’ da molécula polirribonucleotídica.
(B) resulta da ligação de duas cadeias antiparalelas, enroladas em hélice.
(C) resulta do estabelecimento de ligações de hidrogénio entre bases complementares.
(D) depende de ligações do tipo fosfodiéster entre grupos fosfato e desoxirriboses.

2. Um ser vivo que incorpore a selenocisteína numa proteína


(A) só terá dois codões de finalização possíveis para essa proteína.
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(B) não terá um tRNA específico para transportar aquele aminoácido.
(C) terá um anticodão UGA num tRNA específico para transportar a selenocisteína.
(D) terá vários aminoácidos a serem codificados pelo mesmo codão.

3. O tRNA com anticodão 5’CAU3’


(A) é complementar de tripletos de rRNA.
(B) liga-se de forma específica à histidina
(C) é complementar do codogene GUA.
(D) liga-se de forma específica à valina

4. Considere a seguinte sequência de DNA que codifica parte de uma selenoproteína: 3’ ACC AGA ATA TAA 5’
Para introduzir uma mutação que afete a estrutura primária da proteína seria necessário substituir o nucleótido
de adenina na posição ________, por um nucleótido de ________.
(A) 6 … citosina
(B) 9 … citosina
(C) 6 … timina
(D) 9 … guanina

5. Quando as células procarióticas são cultivadas num meio sem selénio, verifica-se a formação de
“selenoproteínas” não funcionais, com uma estrutura primária alterada.
Este resultado pode ser explicado:
I. Pela redundância do código genético.
II. Pelo facto do mRNA possuir um codão de terminação prematuro.
III. Pela existência de proteínas com mais aminoácidos, pois o codão de terminação foi alterado.
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(B) I é verdadeira; II e III são falsas.
(C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

6. Durante o processamento ocorre


(A) síntese de cadeias de ribonucleótidos imaturas.
(B) remoção de intrões, formando-se moléculas de menor dimensão.
(C) remoção de exões, formando-se moléculas maduras.
(D) síntese de cadeias de desoxirribonucleótidos de menor dimensão.

7. A síntese proteica é um fenómeno rápido e amplificado devido


(A) à tradução repetida da mesma molécula de mRNA.
(B) ao facto de vários codões codificarem o mesmo aminoácido.
(C) à universalidade do código genético.
(D) à replicação repetida do mesmo gene.

8. Uma molécula de DNA que contenha 16% de nucleótidos de adenina terá


(A) 16% de nucleótidos de guanina.
(B) 16% de nucleótidos de uracilo.
(C) 34% de nucleótidos de timina.
(D) 34% de nucleótidos de citosina.

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9. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas à síntese proteica, a designação, da coluna
B, que a identifica.
Utilize cada número e cada letra apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B

(a) Sequência de nucleótidos de uma dupla hélice que determina a (1) DNA
estrutura primária de uma proteína. (2) DNApolimerase

(b) Polímero de aminoácidos que intervém na replicação do DNA. (3) Gene


(4) RNApolimerase
(c) Polímero de ribonucleótidos que resulta diretamente da
(5) Pré-mRNA
transcrição.

10. As mutações que impedem a transcrição do gene para o SectRNA (tRNA que transporta a selenocisteína) são letais
durante o desenvolvimento embrionário de muitos seres vivos, nomeadamente seres humanos.
Explique em que medida a referida mutação pode desencadear a ocorrência de aborto, mesmo que a grávida
tome suplementos de selénio. (15 pontos)

11. Cultivaram-se bactérias E coli num meio contendo 14N (leve), ao longo de muitas gerações. Em determinado
momento 50 bactérias foram transferidas para um meio contendo apenas 15N (pesado), onde se reproduziram
durante várias gerações.
Com base no processo de duplicação do DNA, indique, justificando, o número de bactérias resultantes da
segunda divisão, no novo meio, que apresentarão DNA com densidade intermédia. (10 pontos)

GRUPO III

A proteína p53 é referida como a “guardiã do genoma”, uma vez que funciona como supressora de tumores.
A ação da p53 é essencial para evitar a divisão de células contendo erros no material genético e que podem originar
células tumorais. Os investigadores verificaram que nas células tumorais é frequente detetar mutações no gene que
codifica a proteína p53, localizado no cromossoma 17. De facto, este gene apresenta uma taxa de mutação muito
superior à maioria dos genes do genoma humano.
A p53 atua interrompendo o ciclo celular quando deteta erros no DNA, atuando em dois momentos:
Momento A - em células durante a interfase, antes da replicação do DNA.
Momento B – em células contendo cromossomas formados por dois cromatídeos, antes da divisão nuclear.
Para esclarecer o mecanismo de ação da proteína p53, os investigadores usaram o seguinte procedimento
experimental:

Procedimento:
1. Desenvolveram culturas laboratoriais de células humanas, em que duas delas se encontravam
modificadas geneticamente:
 Cultura celular I – com células contendo uma cópia do gene p53 mutada e uma cópia normal,
não afetada por mutações;
 Cultura celular II - com células contendo as duas cópias do gene p53 mutadas;
 Cultura celular III – com células contendo as duas cópias do gene p53 normais (não mutadas).
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2. De seguida, selecionaram células das três culturas que estavam no momento A do ciclo celular.
3. As células das três culturas foram expostas a radiação Y (gama), responsável pela ocorrência de
modificações na sequência de nucleótidos de outros genes.
4. Os impactos da radiação Y foram analisados através do índice mitótico, que resulta da determinação da
percentagem de células da cultura que sofreram mitose a cada 12 horas, num período de 96 horas.

5. Resultados:
Os dados da investigação foram representados graficamente (figura 3). Parte das medições da cultura I
coincidiu com a cultura III, exceto às 60, 84 e 96 horas após o início das medições do índice mitótico.

Figura 3

1. Mencione a importância de os investigadores terem usado células no momento A, do ciclo celular, na sua
investigação.

2. O estudo da função do gene p53 no ciclo celular pode contribuir para


(A) o conhecimento do mecanismo de transcrição.
(B) o desenvolvimento de novas formas de tratamento de tumores.
(C) inibir a sua atividade e assim prevenir o cancro.
(D) estimular a atividade do gene p53 mutado e assim prevenir o cancro.

3. Considere as seguintes afirmações relativas aos dados:


1. As células tumorais caracterizam-se por uma reduzida taxa de divisão celular.
2. O momento A referido no texto ocorre entre a fase G1 e a fase S.
3. O momento B ocorre entre a fase G2 e o início da mitose.
(A) 2 e 3 são verdadeiras; 1 é falsa.
(B) 2 é verdadeira; 1 e 3 são falsas.
(C) 1 e 3 são verdadeiras; 2 é falsa.
(D) 1 é verdadeira; 2 e 3 são falsas

4. Relativamente ao trabalho apresentado, é possível afirmar que


(A) a cultura III corresponde ao controlo experimental.
(B) o objetivo era determinar como se processava o crescimento de tumores.
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(C) a variável independente corresponde à percentagem de células que se divide por mitose.
(D) a variável dependente corresponde às culturas laboratoriais modificadas geneticamente.

5. Na presença de duas cópias mutantes do gene p53, a progressão da fase G2 para a mitose _________ entre as
24 e as 48 horas após a irradiação, em resultado da _________ de uma proteína p53 funcional, capaz de
bloquear a divisão.
(A) diminui … ausência
(B) aumenta … ausência
(C) diminui … presença
(D) aumenta … presença

6. Uma célula só deverá entrar em mitose se garantir que


(A) cada cromossoma é formado por um cromatídeo.
(B) ocorreu a duplicação dos cromossomas.
(C) contém cromossomas com dois cromatídeos.
(D) separou o seu material genético.

7. Durante a ______ ocorre a máxima condensação dos cromossomas e a formação _______


(A) prófase … do fuso acromático
(B) prófase … da placa equatorial
(C) metáfase … do fuso acromático
(D) metáfase … da placa equatorial

8. Diferentes tecidos do mesmo indivíduo possuem células especializadas. O processo de diferenciação destas
células deve-se
(A) à existência de genes diferentes entre elas.
(B) à ativação ou bloqueio de genes diferentes.
(C) ao facto de terem sofrido mutações no seu DNA.
(D) ao facto de possuírem moléculas de DNA diferentes.

9. Nas células humanas, a citocinese


(A) ocorre por estrangulamento do citoplasma.
(B) ocorre por formação de uma placa celular.
(C) ocorre por fusão de vesículas golgianas na região equatorial da célula.
(D) conduz à Individualização de dois novos núcleos.

10. Explique em que medida os resultados obtidos sugerem que as células da cultura III devem possuir mecanismos
de proteção contra os efeitos nefastos da radiação Y.
Na sua resposta indique os efeitos da radiação Y e a função da proteína p53. (15 pontos)

FIM

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