Começou Com Música.

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

ALUNA : LINDA CLÉCIA NUNES DOS SANTOS

PROFESSOR: FAGNER ALVES

COMPONENTE CURRICULAR: LITERATURAS AFRICANAS

COMEÇOU COM MÚSICA

Os 50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal


Simone Duarte, de Lisboa | Edição 211, Abril 2024
COMEÇOU COM MÚSICA
OS 50 ANOS DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS EM
PORTUGAL

Em 1932, Antônio Salazar assumiu o poder em Portugal e instalou um


regime inspirado no fascismo Italiano. Que suprimiu as liberdades de
expressão de Reunião e de organização. 36 anos depôs ele sofre um
derrame cerebral, e Marcelo Caetano assume o cargo para dar
continuidade à sua política ditatorial. Ou seja O ditador Antônio
Oliveira Salazar comandou o país até 1968, mas o regime teve fim
apenas em 1974.

O 25 de Abril de 1974 é uma data marcante da história do Portugal do


século XX, tendo constituído ponto de partida para numerosas obras
musicais, literárias, teatrais, Plásticas, cinematográficas e televisivas.
A resistência contra a ditadura de quarenta e Oito anos de Salazar e
Marcello Caetano. A revolução também abriu caminho para a
resolução de lutas por liberdade de colônias de Portugal. Três meses
depois, foi reconhecida a independência de Guiné-Bissau, e, em 1975,
foi a vez de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola.

Em 25 de abril de 1974, uma quinta-feira, soldados saíram dos


quartéis e tomaram as ruas da capital Lisboa, exigindo a deposição
de Marcello Caetano. Como dito, nesta data, a população, que
também saiu para protestar contra o governo ditatorial, distribuiu
cravos vermelhos em forma de agradecimento às tropas, tornando a
flor o símbolo da revolução. Os cravos vermelhos se tornaram símbolo
da revolução, pois a população saiu às ruas e distribuiu essas flores
aos soldados rebeldes, que as colocaram nos canos dos fuzis.

Na estratégia do golpe, a rádio teve um papel fundamental, foi o meio


usado pelos militares para transmitir músicas que serviram de senhas
para o início da ação. Uma delas foi a canção glândula, Vila Morena de
Zeca Afonso. Grândola, Vila Morena é um poema e canção composta
e cantada por José Afonso, sendo escolhida pelo Movimento das
Forças Armadas (MFA) como segundo sinal para colocar os militares
revoltosos em marcha, iniciando a Revolução de 25 de Abril de 1974.
A canção, revolucionária desde cedo, se tornou o hino da Revolução.
Essa música tornou-se um símbolo da luta popular e um património
nacional, conhecida pela vasta sociedade portuguesa.

Letra da música: Grândola, Vila Morena - Zeca Afonso

O povo é quem mais ordena

Dentro de ti, ó cidade!

Dentro de ti, ó cidade

O povo é quem mais ordena

Terra da fraternidade

Grândola, vila morena!

Em cada esquina um amigo

Em cada rosto igualdade

Grândola, vila morena

Terra da fraternidade!

Terra da fraternidade

Grândola, vila morena

Em cada rosto igualdade

O povo é quem mais ordena!

À sombra duma azinheira

Que já não sabia a idade

Jurei ter por companheira

Grândola a tua vontade!

Grândola a tua vontade

Jurei ter por companheira

À sombra duma azinheira

Que já não sabia a idade!


No texto de Simone Duarte: “"Grândola nasce nos anos
1960 quando Zeca Afonso e convidado para cantar pela
Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, no
Alentejo" diz O jornalista Nuno Pacheco, crítico de música
do jornal português Público. "Ele gostou tanto de como foi
recebido na vila que resolveu escrever um poema de
agradecimento e depois o musicou. Na gravação em Paris,
aquele arrastar de pés confundiu-se um pouco com uma
marcha marcial, de tropa. A canção é isso, O arrastar dos
pés sem instrumentos, só vozes. Parecia algo de
mobilização, mas era uma declaração de amor à Grândola.
Ela é de fato mobilizadora, um bocadinho como Pra não
dizer que não falei das flores, do é Geraldo Vandré. Quem
ouve pensa: Para ir em frente”.
Zeca Afonso, José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto
são Os quatro nomes Incontornáveis da geração de músicos
Daquele período.

Referências

https://www.letras.mus.br/zeca-afonso/749168/
https://oglobo.globo.com/blogs/blog-do-acervo/post/
2024/04/a-revolucao-dos-cravos-e-o-fim-da-ditadura-em-
portugal-ha-50-anos.ghtml

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