101 Cancoes Que Tocaram o Brasil - Nelson Motta
101 Cancoes Que Tocaram o Brasil - Nelson Motta
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Formato: epub
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Modo de acesso: world wide web
ISBN 978-85-5608-013-4 (recurso eletrônico)
CDD: 306
16-35646
CDU: 316.74
— Eduardo Bueno
Donga foi mais rápido e registrou como seu “Pelo telefone”, criado
coletivamente numa roda de samba na casa de Tia Ciata
O paulistano Vadico (no alto) e o carioca Noel Rosa: dupla cheia de feitiço
Assis Valente posa com Carmen Miranda, que cantou nos palcos mas não
quis gravar “Brasil pandeiro”. Lançado pelos Anjos do Inferno em 1941, o
samba teve nova chance com os Novos Baianos, em 1972, abrindo o LP
Acabou chorare
Em 1960, o já lendário Ary Barroso (no alto) abraça a bossa nova de Tom
Jobim, Ronaldo Bôscoli e Carlos Lyra
“Dream team” da bossa nova em 1962: Vinicius e Tom (no piano), João
Gilberto e Os Cariocas
Vinicius e Tom: dupla que formatou a bossa nova também foi fundo no
romantismo
Johnny Alf: precursor das harmonias da bossa nova e da, mesmo que velada,
temática gay
Com seu samba diferente e inovador, Jorge Ben Jor fez uma revolução
pacífica na MPB
Então musa da bossa nova, em 1964, Nara Leão foi até a Mangueira de
Cartola (na foto com sua mulher, Dona Zica) para se banhar no samba
Zé Kéti (na foto com Nara Leão) se inspirou num namoro durante o carnaval
para o samba em parceria com Elton Medeiros
Marcos Valle trocou o curso de Direito pela música e, aos 22 anos, emplacou
seu primeiro sucesso
Dupla de irmãos hitmakers: Paulo Sérgio, três anos mais velho, foi o letrista
inicial de Marcos Valle
Inicialmente sem a letra escrita por Tom, “Wave” foi lançada em seu quarto
LP solo (e o batizou)
Gilberto Gil partiu para o exílio londrino, em 1969, com esse samba de
despedida
Composta por Jorge Ben Jor e lançada pelos amigos tropicalistas Gal, Gil e
Caetano, foi após a gravação de Wilson Simonal que “País tropical” virou um
dos maiores hits do Brasil
Tijolo a tijolo, Chico Buarque construiu uma das mais engenhosas canções
brasileiras
Do segundo álbum solo de Tim Maia, “Não quero dinheiro (Só quero amar)”
sintetiza o soul carioca do cantor e compositor
Gravada por Milton no álbum duplo que dividiu com Lô Borges (no centro),
“Nada será como antes” é um de seus hits em dupla com Ronaldo Bastos (à
direita)
Balada blues que apresentou ao mundo Luiz Melodia, “Pérola negra” serve
também como um apelido para esse cantor e compositor carioca tão original
Nelson Cavaquinho canta com sua principal intérprete nos anos 1970, Beth
Carvalho
Lançada por Gil e depois regravada por Jorge Mautner em seu segundo LP
solo, “Maracatu atômico” voltou, nos anos 1990, turbinada pelo mangue
beat de Chico Science & Nação Zumbi
“O mundo é um moinho” foi outro clássico até então inédito apresentado por
Cartola em seu segundo álbum solo
Lançada por Clara Nunes em 1977, um ano depois “Coração leviano” foi
gravada por Paulinho
Parceria do tecladista Ruban Barra com Nelson Motta, “Dancin’ days” teve
nas Frenéticas as intérpretes perfeitas
Terceira canção que Caetano fez para Roberto Carlos, “Força estranha”
também ganhou versões definitivas de Gal Costa e do próprio compositor
Cidade adotiva dos tropicalistas baianos entre 1967 e 1968, São Paulo foi
homenageada por Caetano nesse samba-choro
Uma balada arrebatadora, “Meu bem querer” calou a boca dos que
questionavam o suposto hermetismo das letras de Djavan
Inspirado no sucesso “New York, New York”, esse fox de Roberto e Erasmo
virou o prefixo dos shows do Rei
Esse bolero pop, com letra “zen-surfista” de Nelson Motta, confirmou de vez
o talento de Lulu Santos
Lançada por Roberto em seu disco de 1982, essa balada logo foi gravada
também por Gal e Caetano
Djavan tem entre suas marcas conjugar com perfeição lirismo e balanço, e
“Sina” é exemplar nesses quesitos
Já consagrados, eles se juntaram em parcerias nas quais Edu (na foto) entra
com a música e Chico, com a letra. “Beatriz” é filha desse casamento
perfeito
Emocionado pelo tema musical de Wagner Tiso, Milton escreveu a letra que
virou um hino para muitas causas políticas
Com letra de seu irmão, Antonio Cícero, Marina Lima flagrou os anseios de
mudanças do início dos anos 1980
Regravada até pelo papa da bossa nova João Gilberto, “Me chama” foi
lançada no álbum de Lobão (à esquerda na foto) com os “Ronaldos” Odeid,
Alice Pink Pank, Guto Barros e Baster Barros
“Será” mostrou a abrangência da obra de Renato Russo (no alto), que, nessa
música, dividiu os créditos com Marcelo Bonfá (à esquerda) e Dado (à
direita). Lançada no álbum de estreia da Legião Urbana (então completada
pelo baixista Negrete), depois foi regravada até por grupos de pagode
Inspirada na urgência do movimento punk, com um
discurso político contundente e libertário, a Legião
Urbana se tornou uma das bandas mais representativas
do rock brasileiro dos anos 1980. Sucesso absoluto desde
a estreia em disco, o grupo foi adotado e adorado como
um porta-voz crítico da autodenominada geração Coca-
Cola. Mas, além da vertente de crítica e combate, muito
presente nos discos iniciais, o lado lírico e existencialista
de Renato Russo foi um fator fundamental para o grupo
avançar além dos limites do rock.
Faixa de abertura do arrasador disco de estreia, em
novembro de 1984, “Será” tem letra de Renato Russo
(1960-1996) e música dividida com o guitarrista Dado
Villa-Lobos (1965) e o baterista Marcelo Bonfá (1965).
Sucesso que também continua como o principal exemplo
do crossover conseguido pela Legião: no início dos anos
1990, seria regravada tanto por Simone quanto pelo
grupo de pagode Raça Negra.
Primeiro sucesso da Legião nas rádios, a canção
permitia diversas associações, como um protesto contra
a sociedade opressiva da época em versos como “Tire
suas mãos de mim” e “Não é me dominando assim”,
mas, antes de tudo, era uma poderosa canção de amor,
tentando usar da razão para sobreviver à paixão
avassaladora que o consome.
Como Renato revelou anos depois, entre as
inspirações para “Será” estava a leitura de O médico e o
monstro, o clássico de Robert Louis Stevenson do século
XIX. A frase “Nos perderemos entre monstros / da nossa
própria criação?” mostra que cada um de nós tem dentro
de si tanto Dr. Jekyll quanto Mr. Hyde.
Duas décadas após a morte de Renato – aos 36 anos,
em outubro de 1996 –, a dupla Villa-Lobos e Bonfá
retomou a Legião, voltando aos palcos para o encanto de
velhos e novos fãs. E, nos shows, “Será” tem lugar certo.
Alagados
Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone, 1986
Em sua carreira solo, Cazuza foi mais político em suas letras, como nesse
canto de amor e ódio à “grande pátria desimportante”
No único disco dos Tribalistas, lançado em 2003, Carlinhos Brown (na foto, à
esquerda), Marisa Monte e Arnaldo Antunes uniram seus talentos
BÔNUS TRACK
– Nelson Motta
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