5a Aula - O Projeto de Pesquisa - Atualizado

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O PROJETO DE PESQUISA

Prof. Adnauer Tarquínio Daltro


Atividades Complementares

O PROJETO DE PESQUISA
 Constitui-se na intenção de execução de uma pesquisa;
 Trata-se de um plano de trabalho visando solucionar o problema que motivou o
ato de investigar, que permitirá verificar as hipóteses formuladas;
 É um esquema de coleta, de mensuração e de análise de dados;
 Nele são explicitados os motivos de ordem teórico-prática que justificam a sua
realização, bem como da utilização deste ou daquele método de investigação;
 A estrutura de um projeto é determinada pelo tipo de objeto pesquisado, os
objetivos almejados, o estilo do autor e, fundamentalmente, em função das
exigências da entidade financiadora ou da limitação de recursos;
 São textos normalmente breves (8 a 10 páginas), com a finalidade de propor a
alguma instituição a execução futura de uma pesquisa científica, ou de seleção
de candidatos a programas de pesquisa ou de pós-graduação.
Atividades Complementares

O PROJETO DE PESQUISA
 Projetar significa antever e metodizar as etapas ou fases para operacionalização
de um dado trabalho;
 O Projeto constitui-se em um instrumento técnico que conduz a uma ação
específica com base em recursos humanos, técnicos, materiais e financeiros;
 O documento em si, deverá possuir uma certa flexibilidade, ou seja, adaptar-se
às possíveis mudanças existentes no desenrolar do trabalho
 O projeto em si deve trazer elementos para responder às questões
fundamentais:
O que pesquisar?
Por que se deseja fazer a pesquisa?
Para que
Como pesquisar?
Com quais recursos?
Em que período?
Atividades Complementares

O PROJETO DE PESQUISA
 É imprescindível garantir clareza e consistência lógica entre esses
elementos, de modo a cumprir o papel de um projeto/proposta:

 demonstrar o que se está propondo, que resultados e sua


aplicação;
 qual a relevância e finalidade - por que e para que - do trabalho a
ser desenvolvido;
 o conhecimento que se tem do assunto, das possibilidades e
capacidades para desenvolver a proposta – com quem, com que
recursos.
Atividades Complementares

O PROJETO DE PESQUISA
De acordo com a ABNT NBR 15287:2011

 Projeto: descrição da estrutura de um empreendimento a ser


realizado

 Projeto de pesquisa: compreende uma das fases da pesquisa. É a


descrição da sua estrutura
Atividades Complementares

POR QUE ELABORAR UM PROJETO DE PESQUISA?


Atividades Complementares

FASES DE UMA PESQUISA


 fase decisória: referente à escolha do tema, à definição e à delimitação
do problema de pesquisa;

 fase construtiva: referente à construção de um plano de pesquisa e à


execução da pesquisa propriamente dita;

 fase redacional: referente à análise dos dados e informações obtidas na


fase construtiva. É a organização das idéias de forma sistematizada
visando à elaboração do relatório final. A apresentação do relatório de
pesquisa deverá obedecer às formalidades requeridas pela Academia.
Atividades Complementares

POR ONDE COMEÇAR?


Iniciar a elaboração de um projeto de pesquisa após a
definição do tema e do problema de pesquisa

Estudo Exploratório
(muita leitura, diálogo, observação da realidade)

Assunto que se deseja pesquisar – Tema – Compreensão preliminar do


campo de estudo
Formulação e delimitação do problema
Avaliar as viabilidades de investigações do problema formulado
Atividades Complementares

POSTURAS IMPORTANTES NA ELABORAÇÃO DE UM


PROJETO

1. Ser paciente;
2. Afinidade com o tema;
3. Ver claramente o problema;
4. Elaborar o plano sozinho;
5. Pensar de forma lógica e coerente;
6. Ter em mente que um plano é sempre preliminar;
7. Disponibilizar tempo para elaboração do plano;
8. Usar linguagem correta e precisa.
Atividades Complementares

AS ETAPAS DO TRABALHO CIENTÍFICO

1. Determinar o tema e o problema de pesquisa;


2. Determinar os objetivos e as hipóteses da pesquisa;
3. Definir o tipo de pesquisa;
4. Construir a revisão da literatura;
5. Escolher os sujeitos de pesquisa – objeto da pesquisa;
6. Definir os instrumentos e procedimentos de coleta de
informação/dados;
7. Definir como organizar e analisar os dados;
8. Definir como será discutido os resultados e apresentadas as
conclusões.
O TEMA
Atividades Complementares

A ESCOLHA DO TEMA
Nesta etapa deve-se responder à pergunta: “O que pretendo abordar?”
O tema é um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou
desenvolver.
Escolher um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto, estabelecendo limites ou
restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida.
A definição do tema pode surgir com base na sua observação do cotidiano, na vida profissional, em
programas de pesquisa, em contato e relacionamento com especialistas, no feedback de pesquisas já
realizadas e em estudo da literatura especializada (Barros & Lehfeld, 1999).
A escolha do tema de uma pesquisa, em um Curso de Pós-Graduação, está relacionada à linha de
pesquisa à qual você está vinculado ou à linha de seu orientador.
Deve-se levar em conta, para a escolha do tema, sua atualidade e relevância, seu conhecimento a
respeito, sua preferência e sua aptidão pessoal para lidar com o tema escolhido.
Definido isso, deve-se levantar e analisar a literatura já publicada sobre o tema. A revisão de
literatura deverá elucidar o tema, proporcionar melhor definição do problema de pesquisa e contribuir
na análise e discussão dos resultados da pesquisa.
O PROBLEMA
Atividades Complementares

O PROBLEMA DE PESQUISA

Nesta etapa deve-se refletir sobre o problema que pretende resolver na pesquisa, se é
realmente um problema e se vale a pena tentar encontrar uma solução para ele.
A pesquisa científica depende da formulação adequada do problema, isto porque objetiva
buscar sua solução.
Na acepção científica, “problema é qualquer questão não resolvida e que é objeto de
discussão, em qualquer domínio do conhecimento” (Gil, 1999, p.49).
Problema, para Kerlinger (1980, p.35), “é uma questão que mostra uma situação
necessitada de discussão, investigação, decisão ou solução”.
Simplificando, problema é uma questão que a pesquisa pretende responder. Todo o
processo de pesquisa irá girar em torno de sua solução.
Atividades Complementares

O PROBLEMA DE PESQUISA

Como exemplos de problemas de pesquisa, Gil (1999) arrola questões para as quais
ainda não se tem respostas:
Qual a composição da atmosfera de Vênus?
Qual a causa da enxaqueca?
Qual a origem do homem americano?
Será que a propaganda de cigarro pela TV induz ao hábito de fumar?
Qual a relação entre subdesenvolvimento e dependência econômica?
Que fatores determinam a deterioração de uma área urbana?
 A formulação de um problema tem relação com as indagações:
como são as coisas?;
quais as suas causas?; e
quais as suas conseqüências?
Atividades Complementares

A ESCOLHA DO PROBLEMA DE PESQUISA

Muitos fatores determinam a escolha de um problema de pesquisa. Para


Rudio (1980), o pesquisador, neste momento, deve fazer as seguintes
perguntas:
 o problema é original?
 o problema é relevante?
 ainda que seja “interessante”, é adequado para mim?
 tenho possibilidades reais para executar tal pesquisa?
 existem recursos financeiros que viabilizarão a execução do projeto?
 terei tempo suficiente para investigar tal questão?
Atividades Complementares

A ESCOLHA DO PROBLEMA DE PESQUISA

O problema sinaliza o foco que você dará à pesquisa. Geralmente se


considera na escolha deste foco:

 a relevância do problema: o problema será relevante em termos


científicos quando propiciar conhecimentos novos à área de estudo e, em
termos práticos, a relevância refere-se aos benefícios que sua solução trará
para a humanidade, país, área de conhecimento, etc.;

 a oportunidade de pesquisa: você escolhe determinado problema


considerando a possibilidade de obter prestígio ou financiamento.
Atividades Complementares

A FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA


Na literatura da área de metodologia científica podem-se encontrar muitas
recomendações a respeito da formulação do problema de pesquisa. Gil (1999)
considera que as recomendações não devem ser rígidas e devem ser observadas
como parâmetros para facilitar a formulação de problemas. Veja algumas dessas
recomendações:
 o problema deve ser formulado como pergunta, para facilitar a identificação do
que se deseja pesquisar;
o problema tem que ter dimensão viável: deve ser restrito para permitir a sua
viabilidade. O problema formulado de forma ampla poderá tornar inviável a
realização da pesquisa;
o problema deve ter clareza: os termos adotados devem ser definidos para
esclarecer os significados com que estão sendo usados na pesquisa;
 o problema deve ser preciso: além de definir os termos é necessário que sua
aplicação esteja delimitada.
Atividades Complementares

CLASSIFICAÇÃO ÚTIL DOS DIFERENTES TIPOS DE


PROBLEMAS CIENTÍFICOS
Os problemas podem se referir a:
a) Existência de um fenômeno (exemplo: “Executivos estressados apresentam baixo desempenho quando trabalham
em equipe?”) [Existe X?];
b) Descrição e classificação de um fenômeno (exemplo: “Quais as características do baixo desempenho em trabalhos
em equipe apresentados por executivos estressados?”) [Assumindo que exista X, quais as suas características?]
c) Composição de um fenômeno (exemplo: “Quais são os componentes cognitivos e emocionais presentes no
estresse do executivo?”) [Qual a estrutura ou composição de X?]
d) Aspectos relacionais de um fenômeno (exemplo: “Existe relação entre aspectos da cultura organizacional da
empresa e o estresse do executivo?”) [Existe relação entre X e Y?]
e) Descrições e comparações entre os elementos de um fenômeno (exemplo: “Existe diferença entre a depressão e o
estresse no executivo?”) [X é diferente de Y?]
f) Causalidade de um fenômeno (exemplo: “A alta rotatividade das empresas pode causar estresse nos executivos?”)
[X causa Y?]
g) Causalidade-comparatividade de um fenômeno (exemplo: “A alta rotatividade das empresas causa maior estresse
em executivos do sexo masculino ou feminino?”) [X causa maior alteração em Y ou em Z?]
h) Causalidade-comparatividade de um fenômeno interacionista (exemplo: “Em quais setores da empresa a alta
rotatividade causa maior estresse em executivos dos sexos masculino e feminino?”) [Em que condições X causa
maior alteração em Y ou em Z?]
Atividades Complementares

EXEMPLOS DE PROBLEMAS DE PESQUISA


Atividades Complementares

EXEMPLOS DE PROBLEMAS DE PESQUISA

Assunto: Trânsito
Tema: Trânsito na cidade de São Paulo
Problema: O uso do sistema de semáforos inteligentes na cidade
de São Paulo trouxe impacto positivo para a fluidez do
trânsito nos horários de maior deslocamento de
veículos?

Assunto: Tabagismo
Tema: O fumo e as doenças periodontais
Problema: Existe relação entre o hábito de fumar e o fator de risco
para as doenças periodontais?
AS HIPÓTESES
Atividades Complementares

AS HIPÓTESES DE PESQUISA
Hipóteses são suposições colocadas como respostas plausíveis e
provisórias para o problema de pesquisa.
As hipóteses são provisórias porque poderão ser confirmadas ou
refutadas com o desenvolvimento da pesquisa.
Um mesmo problema pode ter muitas hipóteses, que são soluções
possíveis para a sua resolução.
A(s) hipótese(s) irá(ão) orientar o planejamento dos procedimentos
metodológicos necessários à execução da sua pesquisa.
O processo de pesquisa estará voltado para a procura de evidências que
comprovem, sustentem ou refutem a afirmativa feita na hipótese.
A hipótese define até aonde você quer chegar e, por isso, será a diretriz
de todo o processo de investigação.
Atividades Complementares

AS HIPÓTESES DE PESQUISA
A hipótese é sempre uma afirmação, uma resposta possível ao problema
proposto.
As hipóteses podem estar explícitas ou implícitas na pesquisa.
Quando analisados os instrumentos adotados para a coleta de dados, é possível
reconhecer as hipóteses subjacentes (implícitas) que conduziram a pesquisa (Gil,
1991).
Para Luna (1997), a formulação de hipóteses é quase inevitável, para quem é
estudioso da área que pesquisa.
Geralmente, com base em análises do conhecimento disponível, o pesquisador
acaba “apostando” naquilo que pode surgir como resultado de sua pesquisa.
Uma vez formulado o problema, é proposta uma resposta suposta, provável e
provisória (hipótese), que seria o que ele acha plausível como solução do
problema.
Atividades Complementares

CARACTERÍSTICAS DAS HIPÓTESES


Muitos autores já determinaram as características ou critérios necessários para a validade das
hipóteses. Lakatos & Marconi (1991) listaram onze (11) características já indicadas na literatura.
São elas:
 consistência lógica: o enunciado das hipóteses não pode ter contradições e deve ter
compatibilidade com o corpo de conhecimentos científicos;
 verificabilidade: devem ser passíveis de verificação;
 simplicidade: devem ser parcimoniosas evitando enunciados complexos;
 relevância: devem ter poder preditivo e/ou explicativo;
 apoio teórico: devem ser baseadas em teoria para ter maior probabilidade de apresentar
genuína contribuição ao conhecimento científico;
 especificidade: devem indicar as operações e previsões a que elas devem ser expostas;
 plausibilidade e clareza: devem propor algo admissível e que o enunciado possibilite o seu
entendimento;
 profundidade, fertilidade e originalidade: devem especificar os mecanismos aos quais
obedecem para alcançar níveis mais profundos da realidade, favorecer o maior número de
deduções e expressar uma solução nova para o problema.
Atividades Complementares

CLASSIFICAÇÃO DAS HIPÓTESES

O problema, sendo um dificuldade sentida,


compreendida e definida, necessita de uma
resposta “provável, suposta e provisória”, que é
a hipótese. Para Lakatos & Marconi (1991,
p.104) a principal resposta é denominada de
hipótese básica e esta pode ser complementada
por outras denominadas de hipóteses
secundárias.
Atividades Complementares

HIPÓTESE BÁSICA

É a afirmação escolhida como a principal resposta ao problema


proposto.
A hipótese básica pode adquirir diferentes formas, tais como:
 “afirma, em dada situação, a presença ou ausência de certos
fenômenos;
 se refere à natureza ou características de dados fenômenos, em uma
situação específica;
 aponta a existência ou não de determinadas relações entre
fenômenos;
 prevê variação concomitante, direta ou inversa, entre fenômenos, etc”.
Atividades Complementares

HIPÓTESES SECUNDÁRIAS

São afirmações complementares e significam outras possibilidades de


resposta para o problema. Podem:
 “abarcar em detalhes o que a hipótese básica afirma em geral;
 englobar aspectos não-especificados na hipótese básica;
 indicar relações deduzidas da primeira;
 decompor em pormenores a afirmação geral;
 apontar outras relações possíveis de serem encontradas, etc”.
Atividades Complementares

COMO FORMULAR AS HIPÓTESES

O processo de formulação de hipóteses é de natureza criativa e requer


experiência na área.
Gil (1991) analisou a literatura referente à descoberta científica e
concluiu que na formulação de hipóteses podem-se usar as seguintes
fontes:
 observação;
 resultados de outras pesquisas;
 teorias;
 intuição.
Atividades Complementares

EXEMPLO DE HIPÓTESES

Hipóteses
Hipótese Básica
Com a teoria de carteiras (de Markowitz), é possível combinar
aplicações em ativos para obter carteiras de maiores retornos para vários
níveis de risco.
Hipóteses Secundárias
O modelo de precificação de ativos (CAPM) permite a obtenção de uma
relação linear válida de equilíbrio, entre retorno esperado e risco para
todos os ativos.
Com a curva de utilidade do investidor e a relação riscoretorno do
modelo CAPM, é possível determinar a carteira ótima desse investidor.
Atividades Complementares

EXEMPLOS DE HIPÓTESES
Assunto: Educação
Tema: Eficiência da educação a distância
Problema: Por que o rendimento dos estudantes em cursos de inglês a distância, por
meio da internet, é inferior ao dos estudantes de cursos presenciais?
Hipótese 1: Porque a motivação psicológica dos estudantes de cursos virtuais encontra-
se comprometida em virtude da falta de interação presencial.
Hipótese 2: Porque a tecnologia educacional inerente aos cursos a distância não se
encontra plenamente desenvolvida

Assunto: Vitaminas
Tema: Uso hepato-preventivo da vitamina C
Problema: Existe correlação entre o uso prolongado da vitamina C e a incidência de
doenças do fígado em pacientes acima de 60 anos?
Hipótese: Não há correlação entre o uso prolongado da vitamina C e a incidência de
doenças do fígado em pacientes acima de 60 anos.
OS OBJETIVOS
Atividades Complementares

DETERMINAÇÃO DOS OBJETIVOS


PARA QUÊ?
Nesta etapa se pensará a respeito da intenção ao propor a pesquisa.
Deverá sintetizar o que se pretende alcançar com a pesquisa.
Os objetivos devem estar coerentes com a justificativa e o problema
proposto.
O objetivo geral será a síntese do que se pretende alcançar.
Os objetivos específicos explicitarão os detalhes e serão um
desdobramento do objetivo geral.
Os objetivos informarão para que você está propondo a pesquisa, isto
é, quais os resultados que pretende alcançar ou qual a contribuição que
sua pesquisa irá efetivamente proporcionar.
Os enunciados dos objetivos devem começar com um verbo no
infinitivo e este verbo deve indicar uma ação passível de mensuração.
Atividades Complementares

DETERMINAÇÃO DOS OBJETIVOS


PARA QUÊ?
Como exemplos de verbos usados na formulação dos objetivos, podem-se citar para:
determinar estágio cognitivo de conhecimento: os verbos apontar, arrolar, definir,
enunciar, inscrever, registrar, relatar, repetir, sublinhar e nomear;
determinar estágio cognitivo de compreensão: os verbos descrever, discutir,
esclarecer, examinar, explicar, expressar, identificar, localizar, traduzir e transcrever;
determinar estágio cognitivo de aplicação: os verbos aplicar, demonstrar, empregar,
ilustrar, interpretar, inventariar, manipular, praticar, traçar e usar;
determinar estágio cognitivo de análise: os verbos analisar, classificar, comparar,
constatar, criticar, debater, diferenciar, distinguir, examinar, provar, investigar e
experimentar;
determinar estágio cognitivo de síntese: os verbos articular, compor, constituir,
coordenar, reunir, organizar e esquematizar;
determinar estágio cognitivo de avaliação: os verbos apreciar, avaliar, eliminar,
escolher, estimar, julgar, preferir, selecionar, validar e valorizar.
Atividades Complementares

EXEMPLOS DE OBJETIVOS
Assunto: Mídia televisiva
Tema: A mídia televisiva e a formação de opinião eleitoral
Problema: Os debates políticos televisivos em vésperas de eleições influenciam de
maneira decisiva a intenção de voto do eleitor brasileiro?
Objetivo Geral: Determinar o grau de influência dos debates políticos televisivos sobre a
intenção de voto dos eleitores brasileiros.
Objetivos
Específicos: a) Mensurar os índices de audiência desses programas junto ao público
eleitor;
b) Determinar distinções de classe social, em razão do grau de influência
desses programas;
c) Verificar se há relação entre as variáveis gênero, grau de instrução e
outras características demográficas e o grau de influência sobre a
intenção de voto.
TIPO DE PESQUISA
Atividades Complementares

DEFINIÇÃO DO TIPO DE PESQUISA


O tipo de pesquisa dependerá:
De como o problema foi formulado :
Se envolve a determinação de causa do fenômeno – Experimental;
Se envolve classificação, relação, comparação... – Descritiva

Da concepção de ciência:


Se o marco epistemológico for pós-positivista – abordagem mais quantitativa e
experimental
Se o marco epistemológico for construtivista – abordagem mais qualitativa e descritiva
Enfim, nesta etapa define-se:
Natureza da pesquisa: qualitativa versus quantitativa
Finalidade da pesquisa: básica versus aplicada
Tipo da pesquisa: descritiva versus experimental
Estratégias de pesquisa: em relação ao local da coleta de dados e à fonte de informação
Temporalidade da pesquisa: longitudinal versus transversal
Delineamento da pesquisa: de levantamento, correlacional, experimental ou quase-
experimental
REVISÃO DA LITERATURA
Atividades Complementares

REVISÃO DA LITERATURA
(O que já foi escrito sobre o tema?)
Uma das etapas mais importantes de um projeto de pesquisa é a
revisão de literatura.
A revisão de literatura refere-se à fundamentação teórica que você irá
adotar para tratar o tema e o problema de pesquisa.
Por meio da análise da literatura publicada você irá traçar um quadro
teórico e fará a estruturação conceitual que dará sustentação ao
desenvolvimento da pesquisa.
A revisão de literatura resultará do processo de levantamento e
análise do que já foi publicado sobre o tema e o problema de pesquisa
escolhidos.
Permitirá um mapeamento de quem já escreveu e o que já foi escrito
sobre o tema e/ou problema da pesquisa.
Atividades Complementares

REVISÃO DA LITERATURA
(O que já foi escrito sobre o tema?)
Para Luna (1997), a revisão de literatura em um trabalho de pesquisa pode ser realizada com
os seguintes objetivos:
determinação do “estado da arte”: o pesquisador procura mostrar através da literatura já
publicada o que já sabe sobre o tema, quais as lacunas existentes e onde se encontram os
principais entraves teóricos ou metodológicos;
revisão teórica: você insere o problema de pesquisa dentro de um quadro de referência teórica
para explicá-lo. Geralmente acontece quando o problema em estudo é gerado por uma teoria, ou
quando não é gerado ou explicado por uma teoria particular, mas por várias;
revisão empírica: você procura explicar como o problema vem sendo pesquisado do ponto de
vista metodológico procurando responder: quais os procedimentos normalmente empregados no
estudo desse problema? Que fatores vêm afetando os resultados? Que propostas têm sido feitas
para explicá-los ou controlá-los? Que procedimentos vêm sendo empregados para analisar os
resultados? Há relatos de manutenção e generalização dos resultados obtidos? Do que elas
dependem?;
revisão histórica: você busca recuperar a evolução de um conceito, tema, abordagem ou outros
aspectos fazendo a inserção dessa evolução dentro de um quadro teórico de referência que
explique os fatores determinantes e as implicações das mudanças.
Atividades Complementares

REVISÃO DA LITERATURA
(O que já foi escrito sobre o tema?)
Para elaborar uma revisão de literatura é recomendável que você adote
a metodologia de pesquisa bibliográfica.
Pesquisa Bibliográfica é aquela baseada na análise da literatura já
publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas, imprensa
escrita e até eletronicamente, disponibilizada na Internet.
A revisão de literatura/pesquisa bibliográfica contribuirá para:
obter informações sobre a situação atual do tema ou problema
pesquisado;
conhecer publicações existentes sobre o tema e os aspectos que já
foram abordados;
verificar as opiniões similares e diferentes a respeito do tema ou de
aspectos relacionados ao tema ou ao problema de pesquisa.
OBJETO DA PESQUISA
“MATERIAL E MÉTODO”
Atividades Complementares

SUJEITOS, FENÔMENOS OU OBJETOS DA PESQUISA


(Unidade observacional - Material)
Sujeitos – se refere a pessoas ou animais
Fenômenos – se refere a eventos naturais, sociais, físicos
Objetos – se refere a estrelas e planetas, minerais, substâncias químicas,
etc.
É o ente objeto da pesquisa – unidade funcional daquilo que será
pesquisado.
Trabalhos descritivos documentais não possuem sujeitos: são os chamados
trabalhos de revisão bibliográfica, que se restringem a apresentar um apanhado
geral das idéias acerca de determinado tema, em um dado momento.
Estudo de caso – consiste na análise de um único sujeito de pesquisa –
pesquisa descritiva, qualitativa e exploratória – investigar um fenômeno
contemporâneo dentro de seu contexto na vida real, especialmente quando os
limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos.
Atividades Complementares

SUJEITOS, FENÔMENOS OU OBJETOS DA PESQUISA


(Unidade observacional - Material)
Quando a pesquisa tem sujeitos, deve-se refletir sobre duas questões
básicas:
Quais serão os critérios de inclusão na amostra
Refere-se ao fato de que toda pesquisa deve definir muito bem
os parâmetros norteadores do universo potencial de sujeitos que
serão escolhidos
Como os sujeitos serão selecionados para participar da amostra
Consiste em definir o(s) processo(s) por meio do(s) qual(is) os
sujeitos, tendo sido classificados como admissíveis pelos
critérios de inclusão, serão efetivamente selecionados para
participar do nosso estudo

Processos de Amostragem
Atividades Complementares

AMOSTRAGEM
(Como os sujeitos serão selecionados para participar de uma pesquisa)
Dois conceitos:
População: Totalidade de pessoas, animais, objetos, situações etc. que
possuem um conjunto de características comuns que os definem.
Amostra: Subconjunto de sujeitos extraído de uma população por meio
de alguma técnica de amostragem. Quando essa amostra é representativa
dessa população, supõe-se que tudo que concluirmos acerca dessa
amostra será válido também para a população como um todo.
1a Questão relevante e complexa: Qual o número de integrantes da amostra
A resposta depende do grau de precisão com o qual se deseja trabalhar. Existem
três critérios para essa escolha
a) Critério do senso comum
b) Critério empírico
c) Critério estatístico
Atividades Complementares

AMOSTRAGEM
(Como os sujeitos serão selecionados para participar de uma pesquisa)
2a Questão relevante e complexa: Qual a forma adequada de amostragem
A resposta depende de muitos fatores: tempo, orçamento, facilidade de acesso
aos sujeitos, restrições ética e legais, entre outros. Existem dois grandes grupos
de amostragem::
1) Amostragens Probabilísticas:
a) Aleatória simples
b) Estratificada
c) Sistemática
d) Por conglomerados
e) De múltiplos estágios
2) Amostragens Não-Probabilísticas:
a) Bola de neve
b) Por conveniência
c) Por quotas
COLETA DE DADOS
Atividades Complementares

INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE


INFORMAÇÃO/DADOS
 Instrumentos ou técnicas de coletas de dados: são dispositivos ou
entes, por meio dos quais se extrai informações dos sujeitos
 Exemplos:
 um microscópio, um termômetro, uma máquina universal de ensaio,
 Entrevistas – estruturada, semi-estruturada e as não-estruturadas
 Observação – direta, indireta, sistemática, assistemática,
participante, não-participante, naturalística, laboratorial
 Questionários – perguntas abertas e fechadas
 um teste psicométrico, etc.
 Deve-se especificar como esses instrumentos serão utilizados, ou seja,
quais serão os procedimentos para a coleta dos dados
ORGANIZAÇÃO E ANÁLISE
DE DADOS
Atividades Complementares

ORGANIZAR E ANALISAR OS DADOS

 Nesta etapa deve-se definir como serão organizados os dados e


observações obtidas dos sujeitos: planilhas, quadros – é a tabulação
dos dados
 Organiza-se as diversas variáveis da pesquisa em linhas e colunas,
fazendo cruzamentos, esquemas, tendências, etc.
 Organizados os dados, deve-se analisar os dados
 Análise estatística
 Análise descritiva
 Análise inferenciais
 Análise de conteúdo
Atividades Complementares

ELEMENTOS DE UM PROJETO DE PESQUISA


1) Título
Pré-Texto 2) Resumo
3) Introdução
4) Objetivos Gerais
5) Objetivos Específicos
6) Resultados Esperados / Impactos
Texto 7) Justificativa
8) Marco Teórico-Conceitual/Revisão Bibliográfica
9) Hipóteses
10) Materiais e Método
11) Atividades
12) Equipe
13) Cronograma
14) Orçamento
Pós-texto 15) Referências
16) Anexos
Atividades Complementares

ELEMENTOS DE UM PROJETO DE PESQUISA


1) Apresentação do Projeto:
Título,
Resumo,
Introdução e,
Se 2)
Justificativa
Organização dos Objetivos do Projeto:
dividem Objetivos geral e específicos,
Resultados esperados e,
em 4 3)
Impactos
Bases e Procedimentos Metodológicos:
blocos: Marco Teórico-Conceitual / Revisão Bibliográfica,
As hipóteses,
Materiais e Métodos,
Referências e Anexos
4) O Planejamento:
Atividades,
Equipe,
Cronograma e, Orçamento
ELEMENTOS DE UM PROJETO DE PESQUISA Atividades Complementares

De acordo com a ABNT NBR 15287:2011


Parte Capa – Opcional
Externa Lombada – Opcional
Elementos Folha de Rosto - Obrigatório
Pré-textuais Lista de Ilustrações – Opcional
Lista de tabelas – Opcional
Lista de abreviaturas e siglas – Opcional
Lista de símbolos – Opcional
Sumário - Obrigatório

Parte Elementos Introdução: tema do projeto, o problema a ser abordado, a(s)


Interna Textuais hipótese(s), quando couber(em), objetivo(s), justificativa(s).
Referencial teórico
Metodologia a ser utilizada
Recursos e o Cronograma necessários à sua consecução
Elementos Referências – Obrigatório
Pós-textuais Glossário - Opcional
Apêndice - Opcional
Anexo - Opcional
Índice - Opcional
ELEMENTOS DE UM PROJETO DE PESQUISA Atividades Complementares

De acordo com a ABNT NBR 15287:2011


Informações na Capa:
a) nome da entidade para a qual deve ser submetido, quando
solicitado;
b) nome(s) do(s) autor(es);
c) título;
d) subtítulo: se houver, deve ser precedido de dois pontos,
evidenciando a sua subordinação ao título;
e) número do volume: se houver mais de um, deve constar em cada
capa a especificação do respectivo volume;
f) local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado (no caso de
cidades homônimas recomenda-se o acréscimo da sigla da
unidade da federação);
g) ano de depósito (da entrega).
ELEMENTOS DE UM PROJETO DE PESQUISA Atividades Complementares

De acordo com a ABNT NBR 15287:2011


Informações na Folha de Rosto:
a) nome(s) do(s) autor(es);
b) título;
c) subtítulo, se houver;
d) número do volume, se houver mais de um, deve constar em cada
folha de rosto a especificação do respectivo volume;
e) tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade a que deve ser
submetido;
f) nome do orientador, coorientador ou coordenador, se houver;
g) local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado;
h) ano de depósito (da entrega).

NOTA: Se exigido pela entidade, apresentar os dados curriculares do


autor em folha ou página distinta após a folha de rosto.
ELEMENTOS DE UM PROJETO DE PESQUISA Atividades Complementares

De acordo com a ABNT NBR 15287:2011


Ver no texto da norma, regras quanto a:
 Formato
 Espaçamento
 Paginação
 Numeração progressiva
 Citações
 Siglas
 Equações e fórmulas
 Ilustrações
 Tabelas

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