1 Trabalho de Metodologia

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O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem no Brasil é um conjunto de normas que

orienta as condutas dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, garantindo um


exercício profissional seguro, ético e comprometido com os direitos dos pacientes. A seguir,
serão discutidos dois artigos de cada capítulo do Código de Ética, com exemplos práticos do
cotidiano da enfermagem.

CAPÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais

Art. 1º - Promover a saúde, a prevenção de doenças e a recuperação dos pacientes.


Exemplo: Um enfermeiro em uma unidade básica de saúde orienta uma paciente diabética
sobre a alimentação adequada e o uso correto da insulina para evitar complicações.

Art. 5º - Garantir o respeito à dignidade e aos direitos humanos.


Exemplo: Em um hospital, o enfermeiro se recusa a expor o corpo de um paciente
desnecessariamente durante a realização de procedimentos, preservando sua privacidade e
dignidade.

CAPÍTULO II - Dos Direitos

Art. 12º - Exigir condições dignas de trabalho para a prestação adequada de serviços.
Exemplo: Um enfermeiro reivindica à gestão do hospital a aquisição de equipamentos de
proteção individual (EPIs) adequados para evitar riscos durante o atendimento a pacientes com
doenças infecciosas.

Art. 13º - Recusar-se a executar atividades que coloquem em risco sua integridade física e
moral.
Exemplo: Um técnico de enfermagem recusa-se a aplicar medicação sem prescrição médica,
evitando cometer um erro e garantir sua segurança jurídica.

CAPÍTULO III - Das Responsabilidades

Art. 20º - Exercer a profissão com responsabilidade e competência técnica.


Exemplo: Uma enfermeira administra medicamentos após conferência minuciosa das doses e
horários, evitando erros de medicação.

Art. 21º - Manter-se atualizado para o aprimoramento de suas competências.


Exemplo: Um enfermeiro participa de cursos e congressos sobre cuidados paliativos para
aprimorar a assistência a pacientes terminais.

CAPÍTULO IV - Das Proibições

Art. 25º - Não executar procedimentos sem o devido conhecimento técnico-científico.


Exemplo: Um auxiliar de enfermagem se recusa a realizar uma punção venosa, pois não possui
a capacitação necessária para tal procedimento.
Art. 27º - Não divulgar informações sigilosas dos pacientes.
Exemplo: Um enfermeiro não comenta sobre o diagnóstico de um paciente com HIV com
outros colegas que não estão envolvidos diretamente em seu atendimento.

CAPÍTULO V - Das Relações Profissionais

Art. 36º - Respeitar os colegas e outros profissionais da saúde.


Exemplo: Um enfermeiro mantém um diálogo respeitoso com médicos e fisioterapeutas para
discutir o plano de cuidados de um paciente, valorizando o trabalho em equipe.

Art. 38º - Não aceitar discriminação nas relações de trabalho.


Exemplo: Uma enfermeira denuncia a chefia por tratamento desigual entre profissionais de
diferentes etnias no setor.

CAPÍTULO VI - Das Relações com Pacientes, Famílias e Comunidades

Art. 42º - Estabelecer uma relação de confiança e respeito com os pacientes.


Exemplo: Uma enfermeira ouve com paciência as preocupações de uma paciente idosa e
oferece explicações claras sobre o tratamento a ser realizado.

Art. 43º - Respeitar a autonomia do paciente nas decisões sobre seu tratamento.
Exemplo: Um paciente recusa um procedimento invasivo, e a equipe de enfermagem respeita
sua decisão, explicando as possíveis consequências e alternativas.

CAPÍTULO VII - Das Infrações e Penalidades

Art. 52º - Não praticar atos que coloquem a vida do paciente em risco.
Exemplo: Um técnico de enfermagem que não segue o protocolo de higiene ao trocar curativos
pode ser denunciado por colocar a saúde do paciente em risco.

Art. 54º - Cumprir com as normas e regulamentos da instituição em que trabalha.


Exemplo: Um enfermeiro que frequentemente se ausenta de seu posto sem justificativa pode
ser advertido ou suspenso pela gestão hospitalar.

Esses exemplos mostram como os artigos do Código de Ética são aplicados no cotidiano dos
profissionais de enfermagem. A aplicação prática dessas normas garante uma assistência
segura, eficiente e alinhada com os princípios éticos e legais.

1. Artigo 11 – Competência Privativa do Enfermeiro

Esse artigo define que algumas atividades são exclusivas dos enfermeiros, como:

 Planejamento, organização, coordenação e avaliação dos serviços de enfermagem.

 Prescrição de cuidados de enfermagem.

 Cuidados diretos a pacientes graves.

 Execução e supervisão de programas de saúde pública.


Exemplo prático:

 Cuidado com paciente em estado crítico: Um enfermeiro em uma UTI é responsável


por monitorar continuamente os sinais vitais e administrar medicamentos complexos,
como sedativos e vasopressores, que exigem conhecimento avançado. A lei garante
que essas funções sejam exercidas exclusivamente pelo enfermeiro devido à
necessidade de habilidades específicas e alto nível de responsabilidade.

 Coordenação de equipes em campanhas de vacinação: Em uma campanha de


vacinação, é o enfermeiro quem coordena a equipe de técnicos e auxiliares, define as
estratégias de atuação e supervisiona o cumprimento dos protocolos de segurança.

2. Artigo 13 – Atribuições dos Técnicos de Enfermagem

Esse artigo especifica que os técnicos de enfermagem devem exercer atividades sob a
supervisão de um enfermeiro. Entre suas funções estão:

 Prestar cuidados de enfermagem a pacientes em estado estável.

 Executar ações de higiene, conforto e administração de medicamentos, conforme


prescrição.

 Colaborar na prevenção e controle de doenças.

Exemplo prático:

 Administração de medicamentos: Um técnico de enfermagem em um hospital


administra medicamentos via oral ou injetáveis aos pacientes, sempre seguindo a
prescrição do enfermeiro ou do médico. A supervisão do enfermeiro é essencial para
garantir que os protocolos sejam cumpridos e para corrigir possíveis erros.

 Atendimento em UBS (Unidade Básica de Saúde): Técnicos de enfermagem realizam


triagens e orientam pacientes sobre cuidados básicos, como aferição da pressão
arterial e controle glicêmico, mas sempre reportam ao enfermeiro qualquer
anormalidade para avaliação mais aprofundada.

Esses dois artigos reforçam a hierarquização e divisão de responsabilidades dentro da


enfermagem, assegurando uma assistência de qualidade e segurança para os pacientes. Ao
delimitar competências específicas para enfermeiros e técnicos, a legislação contribui para a
clareza nas atribuições e para a organização dos serviços de saúde.

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