Gestão e Análise de Riscos e Impactos
Gestão e Análise de Riscos e Impactos
Gestão e Análise de Riscos e Impactos
AMBIENTAIS
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Sumário
Sumário ............................................................................................................ 1
Introdução ..................................................................................................... 3
Conceito e Definições ....................................................................................... 5
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NOSSA HISTÓRIA
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GESTÃO E GERENCIAMENTO DE RISCO AMBIENTAL
Introdução
O estudo de risco ambiental apareceu como disciplina formal nos Estados
Unidos de 1940 a 1950, paralelamente ao lançamento da indústria nuclear e também
para a segurança de instalações (“safety hazard analyses”) de refinação de petróleo,
indústria química e aeroespacial.
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como no caso do chumbo, mas sem um aplicação como plano, programas e projetos
como, por exemplo, no caso americano para os 189 poluentes perigosos do ar
(“Hazardous Air Pollutants List/US EPA-The Clean Air Act Amendments of 1990, title
III, Section 112 (b)”).
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Conceito e Definições
Fonte: https://jovempan.com.br/noticias/brasil/manchas-de-oleo-chegam-a-costa-do-descobrimento-na-bahia.html
Apesar de ser difícil a sua conceituação, o risco é inerente a nossa vida diária
e em todas as decisões que tomamos. No tempo do homem da caverna, ele já tinha
que levá-lo em conta cada vez que saía para caçar animais para o seu alimento.
Também nos planos estratégicos de guerra são levados em conta até a humilhação
das perdas das viúvas para os vencedores, há milhares de anos atrás.
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danos econômicos à área turística dos 8.500 km de extensão do nosso litoral por
vazamento de óleo ou limpeza de tanques de navios, vazamentos ou estouros de
tanques ou reatores de indústria química, aplicação inadequada de pesticidas com
conseqüente contaminação de alimentos com danos sobre a saúde dos consumidores
e seus gastos decorrentes.
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É importante aqui definirmos perigo (“hazard”) pois é muito usado na área
ambiental mas podendo significar coisas diferentes, dependendo do contexto. Todos
os estudos começam com a identificação dos perigos ou definição do problema.
Por outro lado, o estudo do risco sobre a saúde humana, a análise do perigo é
considerado com primeiro passo envolvendo a avaliação dos dados e a seleção dos
produtos químicos que causam o dano.
O estudo e a análise de risco (“risk assessement and risk analysis”) são usadas
geralmente como sinônimos, mas a análise de risco é algumas vezes usada mais
geralmente para incluir os aspectos do gerenciamento de risco. Depois dos perigos
serem definidos, o próximo passo é identificar a população de receptores potenciais e
os locais de exposição.
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não são passíveis de causar doenças em baixas concentrações. Algumas doenças,
especialmente câncer, tem um período de latência de 10 a 20 anos.
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Figura 1 – Modelo Americano de Estudo de Gerenciamento de Risco.
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Consumidor (CPSC – Consumer Products Safety Commission) e os departamentos
federais de agricultura, energia, defesa, transporte e energia nuclear. Uma forma mais
operativa do controle do risco é feita através da Lei de Controle de Substâncias
Tóxicas (TSCA – Toxic Substances Control Act) que exige que as empresas
notifiquem o EPA sempre que houver o conhecimento da existência de qualquer risco
significativo ainda não sabido pela agência ambiental, principalmente nos
desenvolvimentos de novos produtos. Tais aplicações tem sido expandidas a partir
das décadas de 70 e 80.
Usos e Vantagens
No Brasil, como já é aplicado nos Estados Unidos, poderíamos ter na análise
de risco mais completa, incluindo risco à saúde humana e ecológico, os seguintes
usos:
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〉 Prover informações técnicas e consistentes sobre questões ambientais, de
saúde pública ou ecológicas para as comunidades envolvidas, suprindo suas
expectativas e promovendo a sua adequada participação.
Limitações no Brasil
Como já mencionado só temos usado no Brasil a análise de risco para
lançamentos emergenciais (vazamento, explosão, acidentes de tanques, dutos,
reatores, etc) e talvez a limitação mais crucial está na pequena quantidade de
profissionais que tenham um treinamento mais amplo e que possam sair do “livro de
receitas” e dar foco em assuntos críticos tanto para Saúde Pública quanto para o
Corporativo do Setor Privado.
3) Estimativa da exposição
4) Caracterização do risco
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assim como informações políticas, sociais, técnicas e econômico-financeiras, todas
elas importantes para o desenvolvimento de opções alternativas para o
equacionamento dos riscos envolvidos.
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6 significa, por exemplo, um incremento de chance em um milhão de desenvolver
câncer da exposição a uma fonte de perigo no mesmo nível de uma vida inteira de 70
anos). O risco populacional é um estimativa da incidência no total da população que
é potencialmente exposta.
Aceitabilidade do Risco
Se formos seguir o princípio do risco zero, nenhum risco seria tolerado não
interessando quão pequeno fosse ele ou quais seriam os benefícios para a sociedade.
Na prática, entretanto, nós não vivemos em um mundo livre de riscos. Haverá sempre
um risco de fundo para fontes naturais e um pequeno risco será preferível se um risco
maior puder ser evitado.
Conclusões
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Objetivamente, o conceito, as terminologias e metodologias analíticas têm
ajudado, ao nível do Primeiro Mundo, a equacionar discussões disparatadas com
linguagens práticas e simples, quer ao nível das comunidades, Ministério Público,
Governanças Corporativas, Agências Ambientais e profissionais da área ambiental,
promovendo visão única, comprometimentos, intencionalidades e alinhamento para
obtenção de realizações nunca antes vistas (“Breakthrough results”), ou seja, propiciar
a nossa nação políticas e diretrizes ambientais de forma consistente e sistemática.
Assim, se recursos finitos são gastos em problemas de baixa prioridade ao invés de
riscos de altas prioridades, daí então a nossa sociedade continuará enfrentando
desnecessariamente altos riscos.
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(artigo 13) bem como a disposição de suas lamas ácidas, causam danos às nossas
vidas ou não ? Houve algum estudo de análise de risco disso ?
Ou seja, poderíamos fazer uma lista de pelo menos 100 questões atualmente
em desconhecimento ou ação prática por todos nós, não significando ser só o governo
responsável, mas principalmente o setor privado e o indivíduo propriamente dito que
não se dedica ao conhecimento e cuidado com as suas gerações futuras. O “Science
Advisory Board” do US EPA fez 10 recomendações sobre este assunto há 10 anos
atrás:
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9. Trabalhar para melhorar a compreensão pública dos riscos ambientais e
treinar uma força de trabalho profissional que ajude a reduzi-los.
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sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas” (Art.
6º, III).
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pré-requisitos a implantação de uma estação ecológica pela entidade ou empresa
responsável pelo empreendimento, preferencialmente junto à área”.
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CONCEITO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
A compensação ambiental é um instrumento que garante à sociedade o
ressarcimento pelos danos causados à biodiversidade pelos empreendimentos de
significativo impacto ambiental. Nesse contexto, pode ser considerada uma ação de
atenuar a socialização das externalidades negativas destes empreendimentos.
Conforme o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, SNUC, o empreendedor
deve apoiar a implantação e a manutenção de Unidade de Conservação do Grupo de
Proteção Integral, aplicando o montante de recursos não inferior a meio por cento dos
custos totais previstos para a implantação do empreendimento. Além disso, o
percentual deve ser fixado pelo órgão ambiental licenciador local, proporcionalmente
ao grau do impacto ambiental aferido no processo de licenciamento ambiental.
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Estes estudos passaram ser desenvolvidos semelhantemente ao que já se
praticava na área militar e aeronáutica, em termos de engenharia de confiabilidade e
programas de segurança. O foco das análises de riscos são os perigos agudos,
condições químicas e físicas que apresentam potencial para causar mortes ao homem,
além das perdas econômicas.
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Identificação dos Perigos
Nesta etapa são explorados os riscos inerentes e relacionados à operação da
planta industrial, bem como as práticas e procedimentos existentes.
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Estimativa de Freqüências e Probabilidades
Esta fase envolve a estimativa das probabilidades de ocorrência dos eventos e
situações identificadas na etapa anterior. Existem organizações nacionais e
internacionais que disponibilizam para consulta, bancos de dados de falhas de
componentes dos processos industriais. Entretanto, tais informações podem ser
complementadas, às vezes, por extrapolação de dados reais provenientes da própria
indústria e experiência da equipe responsável.
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Análise de Conseqüências e Vulnerabilidade
Tomando-se por base as hipóteses acidentais definidas na fase de identificação,
cada uma delas deverá ser estudada em termo das possíveis conseqüências que
podem ser ocasionadas por esses eventos, mensurando-se, também, os impactos e
danos causados. Desta forma, a análise de conseqüências pode ser dividida em cinco
atividades, a saber: caracterização da quantidade, forma e taxa de emissão do
material e energia para o meio ambiente; estimativa, através de medições e/ou
modelagem, do transporte de materiais e propagação de energia, na direção dos
receptores de interesse; estudar os efeitos quanto a saúde e segurança relacionados
com os níveis de exposição projetados, especialmente no que se refere às
concentrações atmosféricas; identificação dos impactos ambientais; estimativa de
perdas (danos materiais) e outros impactos econômicos.
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