22/09/2021

MELHORAMENTO GENÉTICO
DE BOVINOS DE CORTE
Profa. Dra. Cristine Cysneiros
2020

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

DISCIPLINA: MELHORAMENTO GENÉTICO ANIMAL

MÉTODO EPMURAS
OBJETIVOS:
• IMPORTÂNCIA DO MÉTODO EPMURAS COMO
FERRAMENTA DE SELEÇÃO ANIMAL

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

DISCIPLINA: MELHORAMENTO GENÉTICO ANIMAL

MÉTODO EPMURAS
REFERÊNCIA:
HUEB, C.C.; JOSAHKIAN; L. A. Avaliação visual pelo método
EPMURAS

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DUAS QUESTÕES ENFRENTADAS

PELOS MELHORISTAS
I. Qual o melhor animal?
II.Quais animais da população você acasalaria para que seus
descendentes fossem, se não os melhores, superiores aos animais
atuais?

✓ Em outras palavras, como melhorar geneticamente

a população animal?

DUAS QUESTÕES ENFRENTADAS

PELOS MELHORISTAS
▪ Melhor é um termo relativo
▪ Não há um melhor para todas as situações
➢ Depende do objetivo do criador
➢ Depende do objetivo do consumidor
➢ Depende do sistema de produção

▪ Definir quais características animal atendem a esses objetivos passam

pelo aumento da produtividade, da lucratividade e sustentabilidade

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QUAL É O PRODUTO? QUAL É O

SISTEMA?

▪Recria
▪ Cria (desmama até o início da reprodução nas fêmeas e inicio
Reprodução e o crescimento do bezerro (a) da fase de engorda nos machos)
até a desmama)

QUAL É O PRODUTO? QUAL É O

SISTEMA?

TERMINAÇÃO
Fase em que o animal atinge peso e Carcaças de melhor
acabamento de carcaça adequados rendimento e acabamento

QUAL É O PRODUTO? QUAL É O

SISTEMA?

SISTEMA À PASTO SEMICONFINAMENTO

CONFINAMENTO

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O QUE O CONSUMIDOR DESEJA?

▪ Segurança alimentar, qualidade do produto, bem-estar animal e respeito ao meio

ambiente

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NA REALIDADE O PRODUTO É:

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A PECUÁRIA DE CORTE NO PAÍS

• Considerada uma das produções mais relevantes para o agronegócio,
principalmente no setor de exportações
• Brasil, um dos maiores produtores de carne bovina, com maior rebanho
comercial do mundo e, nos últimos anos, se firmando como maior
exportador de carne
• PONTOS FAVORÁVEIS: abundância de terras aptas para pastagem, tamanho
do seu rebanho e vocação para a pecuária baseada no trinômio: genótipos
adaptados, forrageiras tropicais e baixo custo de produção

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A PECUÁRIA NACIONAL
Informações históricas e projeções da pecuária até 2028

TEC (tonelada equivalente carcaça)

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A PECUÁRIA NACIONAL
▪ É necessário atuar em todos os
setores da cadeia produtiva para
se obter ganhos na pecuária
▪ O uso de MATERIAL
GENÉTICO de alta
qualidade é uma
NECESSIDADE

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MELHORAMENTO GENÉTICO
BOVINO DE CORTE
▪ 1968: melhoramento genético efetivo das raças zebuínas - implantação da
prova zootécnica do Controle de Desenvolvimento Ponderal (CDP) pela
ABCZ
▪ Década de 80: melhoramento genético animal obteve grande sucesso com o
lançamento do primeiro Sumário Nacional de Touros elaborado
pela ABCZ e EMBRAPA

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PARA QUE SERVEM OS

REPRODUTORES?

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PARA QUE SERVEM OS

REPRODUTORES?
▪ São utilizados para produzirem os bezerros, que devem ser
adequados aos sistemas e às condições de ambiente do país
▪ Os reprodutores são “máquinas” de
fazer gametas (óvulos e espermatozoides)
Portanto, valem o valor de seus
gametas
Se valem o valor de seus gametas, tem
que se entender sobre isso...

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PARA QUE SERVEM OS

REPRODUTORES?
▪São disseminadores dos seus genes
▪Atuam como melhoradores do
rebanho

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METODOLOGIAS DE ESTIMAÇÃO DO VALOR

GENÉTICO - EVOLUÇÃO

▪ Avaliação visual (>1.000 anos) ▪ DEPs com média acurácia (Modelos

▪ Medições (pesos, dimensões, tempos, etc. touro > 25 anos)
>100 anos) ▪ DEPs com alta acurácia (Modelos
▪ Medições ajustadas (>60 anos) animais  10 anos)
▪ Marcadores genéticos, biologia
▪ Índices (desvios de grupos > 40 anos)
molecular
▪ DEPs com baixa acurácia (Quad. ▪ Seleção genômica
Mínimos > 30 anos)

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AVALIAÇÃO VISUAL,
QUANDO UTILIZAR?
▪ Mesmo com o uso de alta tecnologia na produção animal, o
olho humano ainda é uma ferramenta de seleção
indispensável e uma das principais formas de
avaliação animal
▪ Usada em várias situações, como:

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AVALIAÇÃO VISUAL,QUANDOUTILIZAR?
▪ Acasalamento dirigido (orientado, planejado)
▪ Julgamento comparativo de pistas de exposições
▪ Critério de compra e descarte dos animais
▪ Registro genealógico cedido por técnicos de associações das raças zebuínas
(RG consiste no controle do acasalamento, com identificação do touro, matriz e no nascimento do produto)

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AVALIAÇÃO VISUAL
PELO MÉTODO EPMURAS

▪ Método prático, simples, objetivo de baixo custo

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MÉTODO EPMURAS
▪ Importante ferramenta no melhoramento genético, pois possibilita avaliar
visualmente um grande número de animais (acelera o processo e minimiza o
estresse dos animais)
▪ Permite selecionar animais com biótipos mais adequados a cada sistema de
produção; animais mais eficientes, melhorando a relação custo/benefício da
atividade

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ESTRUTURA CORPORAL
▪ Corresponde ao tamanho ou
área do animal visto de lado (do
dorso/lombo ao chão, considerando as
pernas)
▪ Basicamente comprimento
corporal e altura do animal
▪ Escore: 1-6 (indicado 4 e 5)
▪ Olha-se basicamente para o comprimento
do esqueleto e altura do animal

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ESTRUTURA CORPORAL
▪ Nenhum dos extremos é desejado
para uma pecuária eficiente
▪ Raramente o avaliador aplicará os
escores:1 e 2
▪ Escore 3: animal pequeno perante a raça
▪ Escore 4: animal compacto, de menor tamanho e comprimento perante a raça
▪ Escore 5: animal de tamanho moderado perante a raça
▪ Escore 6: animal de grande porte perante a raça

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PRECOCIDADE
▪ Relação entre profundidade de costelas e
altura de membros
▪ Identificar animais que tendem a
depositar gordura de acabamento mais
cedo (mais costelas em relação à altura de
seus membros)
▪Escores:1-6

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PRECOCIDADE
• Escore 6: indivíduos com grande
profundidade de costelas; na
idade adulta ultrapassam a
relação de 58% de costelas em
relação a sua altura
• Escore 5: indivíduo com boa
profundidade de costelas; na ▪ Escore 4: animal tendendo a tardio
idade adulta fica próximo de 50% ▪ Escore 3: animal pernalta
em relação a sua altura ▪ Escore 2: animal muito pernalta
▪ Escore1:ultratardio

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PRECOCIDADE
ANIMAIS COM ALTOS ESCORES
▪Animais que tendem a serem mais precoces em
terminação e que coincidem com aqueles que
deverão apresentar maior precocidade sexual e
adaptabilidade a sistemas de produção a pasto

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MUSCULOSIDADE
▪ Corresponde ao desenvolvimento
das massas musculares
✓ Cobertura de paleta
✓ Arqueamento de costelas e estrutura dorso
lombar
✓ Evidência de musculatura no posterior
▪ Animais mais musculosos e com os
músculos bem distribuídos pelo corpo,
são mais pesados e apresentam melhor
rendimento e qualidade da carcaça

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MUSCULOSIDADE
▪ Escore 4 animal sem expressão
de massas musculares
▪ Escore 5: animal bom de
musculatura
▪ Escore 6: animal com grande
destaque na expressão de
massas musculares
▪ Escore 1 animal completamente débil em musculosidade
▪ Escore 2 animal muito fraco em musculosidade
▪ Escore 3 animal fraco em musculosidade

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CORRETA VISUALIZAÇÃO DO CORPO DO ANIMAL

▪ Escores baixos para P e altos para
E: animais de biotipo mais exigente,
tendendo a tardios. Podem ser
utilizados para dar porte a rebanhos
extremamente compactos
▪ Animais com escore para E mais
▪ É importante analisar a Estrutura (E), baixo e P mais altos: indicadores de
precocidade e maior adaptação a
concomitantemente com Precocidade (P) e/ou
sistemas de produção a pasto
Musculosidade (M)

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UMBIGO
▪ Corresponde ao tamanho
e posicionamento da prega
umbilical, considerando
bainha e prepúcio nos
machos
✓ Importante característica para as
condições de produção brasileira –
Nota 1:umbigos e bainhas muito reduzidas
basicamente a pasto Nota 6: umbigo e bainha muito pendulosos

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UMBIGO
▪ Escore 6 umbigo extremamente grande e penduloso,
ultrapassando a linha dos jarretes (o popular “coador de café” –
indesejado e fora do padrão para Registro genealógico definitivo – RGD)
▪Escore 5 grande e penduloso, ainda incomoda muito, na
altura da linha dos jarretes

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UMBIGO
▪ Escore 4 tende a grande,
incomoda um pouco
▪ Escore 3 tamanho e
posicionamento ideal
▪ Escore 2 tamanho um pouco
mais reduzido que o escore 3,
▪ Escore 1 colado a região ainda bom
ventral, sem sobras e não
desejado

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CARACTERÍSTICAS RACIAL
▪Todos os itens previstos nos padrões de uma raça devem ser
considerados
▪ Tipo racial - distintivo comercial forte e tem valor de mercado, o que,
por si só, justifica sua inclusão em um programa de melhoramento
▪ Escores: 1 a 4; escore 4 muito bom; 3 bom; 2 regular e 1 fraco
▪ Desclassificatório: retira o animal do enquadramento no registro genealógico

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APRUMOS
APRUMOS (A)
▪ Serão avaliado as proporções, direções, angulações e articulações dos
membros anteriores e posteriores
▪ Estrutura de osso, tendões e ligamentos também são avaliados
o Na reprodução, bons aprumos são fundamentais para o macho efetuar bem a monta e
para a fêmea suportá-la
o Relacionado ao período de permanência do animal no rebanho
▪Escores: 1 a 4: escore 4 muito bom; 3 bom; 2 regular e 1 fraco

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SEXUALIDADE
▪ Busca-se masculinidade nos MACHO
machos e feminilidade nas fêmeas,
(características devem ser tanto mais • Genitais externos funcionais,
acentuadas quanto maior a idade dos testículos bem conformados e
animais avaliados) desenvolvidos de acordo com a
idade cronológica
• Touro com cara de macho –
chanfro curto e robusto, olhos
enrugados e goteira evidente

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SEXUALIDADE
MACHO
• Escurecimento da tábua do pescoço
• Porção anterior do cupim, com forma característica de castanha
de caju e bem apoiado sobre o dorso, desenvolvido com idade
cronológica

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SEXUALIDADE
FÊMEAS
▪ Cara de fêmea, cabeça
mais leve, delicada
▪ Pregueamento de úbere e
desenvolvimento de vagina
de acordo com a idade

▪Escores: 1 a 4; escore 4 muito bom; 3 bom; 2 regular e 1 fraco

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CARACTERÍSTICAS DO EPMURAS
Tabela1. Resumo dos escores de notas avaliados pelo método
EPMURAS

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CONSIDERAÇÕES
MÉTODO EPMURAS

▪ Método em que técnicos e criadores falam a mesma língua (descreve os animais

de acordo com os atributos morfológicos que eles apresentam de fato, diminuindo a
subjetividade)
▪ Avalia visualmente um grande número de animais (acelera o processo e minimiza o
estresse dos animais)
▪ Permite selecionar animais com biótipos mais adequados a cada sistema de
produção; animais mais eficientes, melhorando a relação custo/benefício da
atividade

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ATÉ A PRÓXIMA
AULA!
MUITO OBRIGADA!

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