11 - Modelo OSI - Camada de Enlace

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Prof. Rafael F.

Garcia
E-mail: [email protected]
[email protected]

Site:
https://goo.gl/ubmYFi
Redes de Computadores I
Google Drive:
https://goo.gl/C4ueFe
MODELO OSI: CAMADA DE
ENLACE
OBJETIVO:
ASSEGURAR A TRANSFERÊNCIA CONFIÁVEL DE
DADOS E O CONTROLE DE FLUXO ENTRE
SISTEMAS CONECTADOS DIRETAMENTE POR UM
MEIO FÍSICO.
OBJETIVO
Para oferecer serviços à camada de rede, a camada de enlace deve usar o serviço
fornecido a ela pela camada física. O que a camada física faz é aceitar um fluxo de
bits brutos e tentar entregá-lo ao destino. Não há uma garantia de que esse fluxo
de bits seja livre de erros. O número de bits recebidos pode ser menor, igual ou
maior que o número de bits transmitidos, e eles podem ter valores diferentes dos
bits originalmente transmitidos.
A camada de enlace de dados é responsável por detectar e, se necessário, corrigir
erros.
PARA MELHOR ENTENDIMENTO...
Vamos nos referir a equipamentos de redes apenas como nós e aos canais de
comunicação que conectam nós adjacentes ao longo dos caminhos de
comunicação, como enlaces.
Para levar um pacote de um host de origem até um host de destino, o pacote tem
que ser transportado sobre cada um dos enlaces individuais existentes no
caminho fim-a-fim.
Em dado enlace, um nó transmissor encapsula o pacote em um quadro e
transmite esse quadro pelo enlace, e um nó receptor recebe o quadro e extrai o
pacote.
PARA MELHOR ENTENDIMENTO...
SERVIÇOS OFERECIDOS
• Enquadramento de dados;
• Acesso ao enlace;
• Entrega confiável;
• Controle de fluxo;
• Detecção de erros;
• Correção de erros;
• Half-duplex e full-duplex.
SERVIÇOS OFERECIDOS
ENQUADRAMENTO
Montando um conjunto de bits para ser transmitido para o próximo nó da rede.

• Agrupa uma sequência de bits;


• Contém parte da mensagem;
• Demarcação de início e fim do quadro;
• Inclui bits especiais:
▪ Controle de erro;
▪ Endereçamento;
▪ Outras funções.
SERVIÇOS OFERECIDOS
ENQUADRAMENTO
Para a divisão do fluxo de bits em quadros podem ser adotados os seguintes
métodos:

• Contagem de caracteres;
• Caracteres iniciais e finais com inserção de caracteres (character
stuffing);
• Flags iniciais e finais com inserção de bits (bit stuffing);
ENQUADRAMENTO
CONTAGEM DE CARACTERES
A contagem de caracteres utiliza um campo do cabeçalho para especificar o
número de caracteres do quadro. Quando vir a contagem de caracteres, a
camada de enlace de dados do destino saberá quantos caracteres deverão ser
recebidos e onde se encontra o fim do quadro.

Problema: o problema com esse algoritmo é que a


contagem pode ser adulterada por um erro de
transmissão, fazendo com que o destino saia de sincronia
e não seja capaz de localizar o início do quadro seguinte.
ENQUADRAMENTO
CONTAGEM DE CARACTERES

(a) Sem erros


(b) Com um erro
ENQUADRAMENTO
CARACTERES INICIAIS E FINAIS COM INSERÇÃO DE
CARACTERES (CHARACTER STUFFING)
Cada quadro começa e termina com um byte especial (byte de FLAG), dois bytes
de FLAG seguidos indicam o fim de um quadro e o início de outro. Caso o
receptor perca a sincronização basta procurar dois bytes de FLAG seguidos.
Levando em consideração uma possível ocorrência do padrão de FLAG no campo
de carga útil (mensagem), um caractere especial (byte de escape: ESC) é inserido
antes do FLAG “acidental”, assim o byte de FLAG do enquadramento é distinguido
do byte de FLAG dos dados.
A camada de enlace de dados do receptor remove a sequência antes dos dados
serem passados para a camada de rede.
ENQUADRAMENTO
CARACTERES INICIAIS E FINAIS COM INSERÇÃO DE
CARACTERES (CHARACTER STUFFING)

(a) Quadro limitado com bytes de flag.


(b) Quatro exemplos de sequências de bytes antes e depois do
preenchimento com bytes (byte stuffing).
ENQUADRAMENTO
FLAGS INICIAIS E FINAIS COM INSERÇÃO DE BITS (BIT
STUFFING)
A técnica de utilização de “flags iniciais e finais com inserção de bits (bit
stuffing)” permite que os quadros de dados contenham um número arbitrário de
bits e possibilita o uso de códigos de caractere com um número arbitrário de bits
por caractere.
Cada quadro começa e termina com a inserção de um padrão de bits: 01111110,
sempre que ocorre uma sequência de cinco bits “1” nos dados é inserido um bit
“0” após a sequência;
Na entrega estes bits “0” são removidos, neste caso não há ambiguidade na
identificação dos limites dos quadros.
ENQUADRAMENTO
FLAGS INICIAIS E FINAIS COM INSERÇÃO DE BITS (BIT
STUFFING)

(a) Dados originais.


(b) Dados com bits de preenchimento.
(c) Dados armazenados em buffer após retirada dos
bits de preenchimento.
ACESSO AO ENLACE
MAC ADDRESS
É um endereço físico associado à interface de comunicação, que conecta um
dispositivo à rede. O MAC é um endereço “único”, não havendo dois dispositivos
de rede com uma mesma numeração, é usado para controle de acesso em redes
de computadores.

• Possui 48 bits, sendo escrito em hexadecimal:


▪ Ex.: 00:10:23:35:00:3B.
• Dividido em duas partes, a primeira identifica o fabricante e a
segunda identifica o dispositivo;
• Endereço de broadcast: FF:FF:FF:FF:FF:FF.
ACESSO AO ENLACE
MAC ADDRESS

Fabricante Dispositivo

Descobrir fabricante através do MAC Address:


www.macvendorlookup.com
CONTROLE DE ERROS
É função do nível de enlace de dados detectar e, opcionalmente, corrigir os erros
que porventura ocorram no nível físico.
Mas como ter certeza de que todos os quadros serão entregues na camada de
rede no destino na ordem correta? Esta é uma questão importante para serviços
confiáveis orientados à conexão.
A forma mais comum de garantir uma entrega confiável é dar ao transmissor
alguma informação sobre a recepção dos quadros.
Normalmente o receptor retorna quadros de controle com confirmações
positivas ou negativas sobre os quadros recebidos. Esta informação pode ser
transportada de carona em um campo de controle de um quadro de dados.
CONTROLE DE ERROS
Problemas podem ocorrer quando dados se perdem completamente, fazendo
com que o receptor não envie qualquer tipo de confirmação ao transmissor. Se o
protocolo ficar aguardando uma confirmação permanecerá suspenso para
sempre. Esse problema é solucionado com a inserção de temporizadores. O
temporizador é ajustado para avisar ao protocolo quando decorreu muito tempo
da transmissão de um quadro e ele não foi confirmado, fazendo com que o
transmissor retransmita o quadro. No entanto, se o quadro chegar corretamente
e sua confirmação for perdida, o quadro será retransmitido indevidamente. A
solução é atribuir números de sequência aos quadros enviados para que o
receptor possa distinguir as retransmissões dos originais.
CONTROLE DE ERROS
Os três algoritmos mais utilizados para controlar erros são:

• Bit alternado (stop-and-wait);


• Janela “n” com retransmissão integral (go-back-n);
• Janela “n” com retransmissão seletiva (selective-repeat).
CONTROLE DE ERROS
BIT ALTERNADO (STOP-NA-WAIT)
No algoritmo de bit alternado o transmissor só envia um novo quadro quando
recebe o reconhecimento do quadro enviado anteriormente.
Após a transmissão, o transmissor espera um certo tempo pelo reconhecimento.
Caso este tempo se esgote (timeout), o quadro é retransmitido.
Considerando que os quadros podem ser transmitidos mais de uma vez, é
necessário numerá-los para que o receptor possa distinguir quadros originais de
retransmissões. Como o transmissor só envia um novo quadro depois do anterior
ser reconhecido, só é preciso um bit para diferenciar quadros sucessivos.
CONTROLE DE ERROS
BIT ALTERNADO (STOP-NA-WAIT)
CONTROLE DE ERROS
JANELA DE TRANSMISSÃO
A técnica de bit alternado oferece uma solução simples porém ineficiente para o
controle de erro, pois, enquanto o transmissor espera por reconhecimentos o
canal de comunicação não é utilizado.
Para aumentar a eficiência na utilização dos canais de comunicação foram
elaborados protocolos que permitem que o transmissor envie diversos quadros
mesmo sem ter recebido reconhecimentos dos quadros anteriormente enviados.
O número máximo de quadros, devidamente numerados, que podem ser
enviados sem que tenha chegado um reconhecimento define a largura da janela
de transmissão.
CONTROLE DE ERROS
JANELA DE TRANSMISSÃO
Como no protocolo de bit alternado, o transmissor fica sabendo que ocorreu um
erro em um quadro por ele enviado quando seu reconhecimento não chega, após
decorrido um intervalo de tempo suficiente para tal. Nesse caso, dois
procedimentos podem ser implementados para recuperar o erro:

• Retransmissão integral: todos os quadros a partir do que não foi


reconhecido são retransmitidos.
• Retransmissão seletiva: apenas o quadro que não foi
reconhecido é retransmitido.
CONTROLE DE ERROS
JANELA DE TRANSMISSÃO
Para aumentar ainda mais a eficiência na utilização do canal de transmissão, em
ambos os casos o receptor não precisa enviar um reconhecimento para cada
quadro que recebe. O transmissor ao receber o reconhecimento do quadro “n”
conclui que os quadros enviados antes dele, foram recebidos corretamente.
CONTROLE DE FLUXO
• Tratamento do problema de um transmissor rápido e um
receptor lento:
▪ Equilíbrio entre a taxa de transmissão e de recepção de
quadros;
▪ O protocolo deve manter regras bem definidas sobre quando
um transmissor pode enviar o quadro.
• Métodos:
▪ Feedback: o receptor envia informações de volta ao
transmissor permitindo o envio de novos dados;
▪ Velocidade: o protocolo tem um mecanismo interno que
limita a velocidade dos transmissores.
EXERCÍCIOS
Com base no conteúdo estudado, responda as seguintes questões:

1. O que é MAC Address?


2. Qual o problema do método de enquadramento denominado
“contagem de caracteres”?
3. Cite três serviços realizados pela camada de enlace.
4. Qual a unidade de dados (PDU) da camada de enlace?

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