SANITO AMADO JORGE Progecto
SANITO AMADO JORGE Progecto
SANITO AMADO JORGE Progecto
Quelimane
2022
SANITO AMADO JORGE WATANDE
Orientador:
Quelimane
2022
SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................................................3
Problematização........................................................................................................................5
Justificativa...............................................................................................................................5
Objectivos.................................................................................................................................6
Geral.........................................................................................................................................6
Específicos................................................................................................................................6
CAPÍTULO I: REVISÃO DE LITERATURA........................................................................7
1. Origem do alumínio..............................................................................................................7
1.1 Obtenção do alumínio.........................................................................................................7
1.2 Produção do alumínio.........................................................................................................8
1.3 O processo de reciclagem do alumínio...............................................................................9
1.4 Benefícios da reciclagem do alumínio..............................................................................10
1.5 Propriedades físicas do alumínio......................................................................................12
CAPÍTULO II: METODOLOGIA DA PESQUISA...............................................................15
2.1 Tipo de Pesquisa...............................................................................................................15
2.1.1 Quanto aos objectivos....................................................................................................15
2.1.2 Quanto aos procedimentos.............................................................................................15
2.2 Técnicas de Recolha de Dados.........................................................................................16
2.2.1 Entrevista.......................................................................................................................16
2.2.2 Observação....................................................................................................................16
2.3 População e Amostra........................................................................................................16
2.3.1 População.......................................................................................................................16
2.3.2 Amostra..........................................................................................................................17
2.4 Questões Éticas.................................................................................................................17
2.5 Técnicas de Apresentação e Análise de dados..................................................................17
2.6 Resultados esperados........................................................................................................18
2.7 Cronograma......................................................................................................................18
2.8 Orçamento.........................................................................................................................18
Referência bibliográfica..........................................................................................................20
Introdução
Sabe-se que a fundição é um processo de fabricação de peças metálicas ela consiste em encher
com um metal liquido, neste caso o escolhido será o Alumínio (Al), a cavidade de um molde
com o formato e medidas da peça a ser fabricada, para o efeitos uma panela de alumínio por ser
mais pratico e possui dimensões menores.
O alumínio, dado ser considerado um elemento bastante “popular”, está presente em quase todas
as esferas das actividades humanas e devido a esta aceitação na sua adaptação em face da sua
reciclagem, alguns cidadãos aproveitam para produzirem diversos materiais, neste contexto a
produção de panelas.
O alumínio tem uma característica muito importante, sua reciclabilidade, sendo capaz de ser
processado infinitas vezes sem perder suas qualidades no processo de reaproveitamento, o que
não se observa com outros materiais.
O exemplo mais comum é o da lata de alumínio para bebidas (cerveja, refrescos), cuja sucata
transforma-se novamente em lata após a colecta, refusão, panelas, frigideira, conchas, entre
outros materiais, sem que haja limites para seu retorno ao ciclo de produção.
Esta característica possibilita uma combinação única de vantagens para o alumínio, destacando-
se, além da protecção ambiental e economia de energia, o papel multiplicador na cadeia
económica para o recicladores.
A reciclagem de alumínio é feita tanto a partir de sobras do próprio processo de produção, como
de sucata gerada por produtos com vida útil esgotada. De fato, a reciclagem tornou-se uma
característica intrínseca da produção de diversos produtos provenientes do alumínio.
Portanto, este projecto de pesquisa partiu de um problema de pesquisa, que questiona o seguinte:
Qual é o impacto de produção de panelas de alumínio com o material de baixo custo? Com base
nesta questão procurar-se-á saber dos impactos na produção de panelas com material de baixo,
neste caso o alumínio reciclado.
No que diz respeito a estrutura, o presente projecto de pesquisa é estruturado da seguinte forma:
no capítulo I, consta a revisão da literatura, onde serão trazidos conceitos e definições sobre a
origem do alumínio, a produção do alumínio entre outros elementos que perfazem o tema em
estudo, no capítulo II enquadrar-se-á a metodologia da pesquisa, isto é, tipo de pesquisa, quanto
à abordagem, aos objectivos e aos procedimentos, como também consta no mesmo capítulo o
cronograma, orçamento e as referências bibliográfica usada.
Problematização
Portanto, o bairro Micajune não é uma excepção, porque notabiliza-se em diversas casas
cidadãos usando material de baixo custo e sem noção do seu impacto quando usado para o
fabrico de um utensílio.
A preocupação relevante é visível por parte destes usarem o material reciclado, isto vindo do
lixo, restos de algumas partes de máquinas, como é o caso de motores de carros, motorizadas,
vários tipos de latas e ao mesmo tempo usados para o fabrico de panelas, frigideiras e entre
outros tipos de peças, por sinal sem a mínima noção do impacto para a saúde humana e de
higiene.
Como bem se sabe que o alumínio é um elemento químico, ou seja é um metal, de símbolo Al,
com número de atómico 13, e de massa atómica 26,98 e quando exposto a altas temperaturas
pode-se transformar em uma substância em estado líquido e pronto para o seu uso no fabrico de
qualquer tipo de metal. A partir destes todos elementos aqui expostos suscitaram dúvidas e para
melhor perceber o seu impacto na produção de panelas, levantou-se a seguinte questão de
pesquisa:
Justificativa
Para a realização desta pesquisa parte das vivências quotidianas do pesquisador por notar que a
reciclagem das latas de alumínio tem crescido consideravelmente nos últimos anos, gerando
diversos benefícios no sector económico, político, social dos fabricantes de diversos utensílios
domésticos a base de alumínio.
No contexto social a motivação para a realização desta pesquisa é pelo facto do Alumínio ser um
material com alto poder de reciclabilidade que por motivo disso a população se aproveita para o
fabrico de diversos utensílios domésticos (panelas, colheres, frigideiras, entre outros) de baixa
renda.
A outra razão é pelo facto de ser constatada de maneira holística, que existem benefícios na
existência desse tipo de processo de transformação do alumínio, ao mesmo tempo em que se tem
a necessidade de cautela nesses processos de produção, pois provocam transtornos ao meio
ambiente e a comunidade localizada no entorno da fábrica.
Com esta pesquisa espera-se consciencializar aos fabricantes de diversos utensílios domésticos
na melhoria dos métodos e do material para o fabrico dos seus produtos.
Objectivos
Geral
Analisar o impacto da produção de panelas de alumínio a partir de material de baixo custo.
Específicos
De acordo com Marconi e Lakatos (2003, p.248) consiste em uma síntese, a mais completa
possível, referente ao trabalho e aos dados pertinentes ao tema, dentro de uma sequência lógica.
No entanto, a revisão de literatura faz uma abordagem sintética dos conceitos básicos de um
tema em estudo, que devem ser de forma consistente na abordagem. Entretanto, neste capítulo
serão trazidos diversos conceitos e definições, sob ponto de vista de vários autores, que de
alguma forma abordam sobre a matéria em apresso.
1. Origem do alumínio
De acordo com Smith e Hashemi, (2013, p.297), “o alumínio é o terceiro elemento mais
abundante da crosta terrestre, não sendo encontrado em seu estado metálico na natureza.
Originário do minério bauxita o qual é constituído por óxidos de alumínio hidratados combinado
com outros elementos, como ferro, oxigênio e o silício”.
O alumínio possui uma série de propriedades que o torna um material muito útil para a
sociedade.
Levando em consideração as reservas que não foram descobertas, segundo a Hydro (2013, apud
Costa (2016, p.24) estima-se uma quantidade mundial de bauxita entre 50 a 75 bilhões de
toneladas métricas que proporcionarão uma produção de alumínio por mais 250 a 340 anos.
O alumínio foi obtido pela primeira vez na forma impura em 1825 por Oersted e preparado na
forma de pó em 1827 por Wõlher. A maior parte das indústrias começou a utilizar o método
descoberto em 1886 pelo norte-americano Charles Martin Hall e pelo francês Paul Heroult para a
produção de alumínio1.
1
Brandt, E. D. V. (1966). Aluminum and Aluminum Aloys, Proc. Met. Sec. Conf Vol. 40, Ed. Gordon & Breach, New
York.
Isso inspirou o Dr. Karl Joseph Bayer a desenvolver, em 1888, um processo de baixo custo para
a extração da alumina a partir da bauxita. Esse processo é usado ainda hoje pela indústria, para a
obtenção de alumínio2.
Segundo Machado (1962, p.62) “a partir desse processo, surgiram entre 1888 e 1889, em
Pittsburgh (Inglaterra) e Nenhausen (Suiça), as primeiras fundições industriais de alumínio
baseadas na eletrólise ígnea”.
Em seu ciclo natural geológico, a bauxita é formada por um processo químico natural,
proveniente de água em rochas alcalinas em decomposição. Encontrado em três principais
grupos climáticos: Mediterrâneo, Tropical e o Subtropical. De acordo com a Associação
Brasileira do Alumínio – ABAL (2017), sua cadeia primária de mineração é composta
simplificadamente por:
Para que a produção do alumínio seja economicamente viável, a bauxita deve apresentar no
mínimo 30% de óxido de alumínio (Al2O3) (ABAL, 2017).
A matéria-prima, como se vê, é o alumínio. A partir do estudo de Hélio Corrêa Lino (2011), a
origem etimológica do termo é uma derivação de alume, que os gregos e romanos antigos
utilizavam como fixador na tinturaria.
Ele é o resultado de um sulfato duplo e um metal alcalino, conhecido desde épocas remotas.
Sendo o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre, sua incidência é menor apenas que
a do oxigénio e o silício. Essa substância, segundo o autor, apresenta cor branca brilhante, dúctil,
maleável e pouco afectada pelo ar.
Além disso, Lino (2011) chama a atenção para o facto de que o alumínio possui inúmeras outras
qualidades que justificam a sua intensa utilização, pois é:
“Mais leve que o vidro, resistente, não altera o sabor dos alimentos e não enferruja. Boa
condutora de calor e energia eléctrica, não tem gosto e nem cheiro, por isso é usado na
2
Idem
manufactura de utensílios de cozinha. Sua leveza permite utilizá-la intensamente em
aplicações que exigem economia de peso, como é o caso das indústrias aeronáuticas e
automobilística” (p.49).
Ainda Lino (2011, p.51) apresenta as principais características do alumínio que são:
De acordo com Lino (2011), os usos do alumínio, tanto na indústria quanto no dia-a-dia, são
inúmeros, fazendo com que esse seja um dos metais mais versáteis utilizados pelo homem.
Apesar de longa, a citação a seguir merece ser reproduzida:
“Não bastassem todas essas vantagens, o alumínio apresenta ainda uma grande
reciclabilidade. No mercado é encontrado nas mais diversas formas, tal como em lingotes,
folhas, tubos e fios, utilizáveis na confecção de uma infinidade de outros produtos, como
autopeças, aviões, barcos, bicicletas, motores, carrocerias de carros, etc. Pode ainda
substituir o cobre nas linhas de transmissão de energia, principalmente quando existe a
necessidade de condutores de pouco peso, possibilitando também uma das menores taxas
de desperdícios de energia nas linhas das redes transmissoras de eletricidade. Portanto as
principais vantagens são a reciclagem indefinida, com economia significativa do gasto de
energia (95%) e com menor extração de bauxita e consequentemente menos afetação da
vegetação e do solo; além do que, deve-se ressaltar, a sucata de alumínio possui valor de
venda praticamente inalterado, incentivando os catadores e a reciclagem, o que faz com
que, no Brasil, o alumínio se destaque por ter o maior índice de reciclagem entre todos os
resíduos passíveis de reaproveitamento, com um índice de reciclagem acima de 90%. Os
ganhos sociais são notados a partir do momento em que diminuem os gastos públicos,
com saneamento e saúde devido a expansão da capacidade dos aterros, que aumenta na
medida em que os produtos antes descartados e jogados no lixo são reaproveitados. E há
economia de energia na produção do alumínio secundário, ou seja, reaproveitado” (p.71).
Nesta citação é visível os elementos que são necessários para a produção de bens a partir do
alumínio, daí que o mesmo ter muitas utilidades para o uso do alumínio no fabrico de panelas a
partir do sistema de reciclagem.
Antes de prosseguir com o conceito de reciclagem, optar-se-á pelo conceito do termo reciclar,
que segundo as definições, reciclagem consiste em um processo de transformação de materiais,
previamente separados, de forma a possibilitar a sua recuperação.
Para Wiebeck (1992, p.14) “Reciclar é um termo que usa-se desde os anos 70, quando tornou-se
maior a preocupação ambiental, reforçada em função do racionamento do petróleo. Reciclar
significa fazer retornar ao ciclo de produção, materiais que foram usados e descartados”.
Este procedimento é adoptado por países com poucos recursos naturais, por países em crise
energética e por países pobres, mas, basicamente, é uma exigência do mundo moderno, que se
convence de não ser mais possível desperdiçar e acumular de forma poluente materiais
recuperáveis.
Teixeira, Batista e Pimenta (2011, p.92) “A reciclagem do alumínio é um dos atributos mais
importantes do metal. Ao contrário de outros materiais, o alumínio pode ser reutilizado inúmeras
vezes sem perder suas características físico-químicas, pelo valor econômico atrativo e pela boa
disponibilidade”.
O material pode ser reciclado a partir de sucatas de produtos que não possuem mais vida útil ou
de sobras do processo produtivo.
Ainda Teixeira, Batista e Pimenta (2011, p.98) afirma que, “Utensílios domésticos, esquadrias de
portas e janelas, componentes de fabricação auto-motiva, latas em geral e muitos outros podem
ser reutilizados e empregados na obtenção de produtos novos, sem que o reaproveitamento
implique perda de qualidade do metal”.
Portanto, a reciclagem do alumínio é visto como um material mais usado pelos fabricantes de
utensílios domésticos, pelo facto deste ser muito maleável e por oferecer diversas vantagens na
produção destes bens.
- Redução da emissão de gases do efeito estufa: a quantidade de gases do efeito estufa (dióxido
de carbono e de enxofre), gerada através do processo de reciclagem é também 90% menor que
no processo de transformação da bauxita;
- Redução do custo de produção: para se produzir alumínio primário é necessário uma mina para
extração da bauxita, um processo para purificação da alumina e um processo eletrolítico para
extrair o alumínio. Os equipamentos utilizados para a reciclagem do alumínio são muito menos
complexos e mais baratos, gerando uma economia de custo de 80% a 85% por tonelada de metal
produzido; e
Flores e Damasceno (1997, p.2), assegura que o alumínio é, “dotado de notáveis propriedades, o
alumínio substitui com vantagens metais tradicionais, como aço e cobre, em várias aplicações,
possibilitando a fabricação de novos produtos”.
Por outro lado, Hartwig, Souza e Mota (1999, p.202) dizem que, “Muitas das propriedades
físicas do alumínio estão relacionadas a sua estrutura cristalina cúbica de face centrada (CFC).
Seus átomos são unidos através de ligações metálicas”.
Segundo a Teoria da Nuvem Eletrônica, alguns átomos do metal perdem elétrons de suas últimas
camadas; esses elétrons pennanecem entre os átomos do metal e produzem uma força que
mantém os átomos unidos (Feltre (1997, p.85).
Ainda o autor assegura que, dentre as principais propriedades do alumínio destacam-se sua
densidade, que é cerca de um terço da densidade do ferro, resultando em um material com
elevada relação entre resistência e peso quando na forma de liga, indicado portanto para uso em
diversas áreas, principalmente na indústria aeronáutica, reduzindo o peso das aeronaves. E o
mesmo apresenta as seguintes propriedades3:
“As propriedades mecânicas e térmicas do alumínio puro são fatores decisivos nas
características de usinagem das ligas. O alumínio apresenta módulo de elasticidade de
aproximadamente 1/3 do módulo de elasticidade do aço, o que significa que sob a mesma
força de corte, o alumínio se deforma três vezes mais que o aço. Essa característica tem
3
Feltre, R. (1997). Fundamentos da Química, Vol. Único, Ed. Moderna.
conseqüências negativas na obtenção de superfícies usinadas de boa qualidade e pode
gerar deformações indesejadas. Por isso, não se deve utilizar grandes esforços na fixação
das peças” (Diniz; Marcondes e Coppini, 2008).
Dessa forma, as forças de corte necessárias para usinagem das ligas de alumínio são bem baixas
se comparadas às relativas aos aços. Sua alta condutividade térmica favorece a usinabilidade e é
necessário que possua dureza maior que 80 HB para que a formação da aresta postiça de corte
não seja favorecida, possibilitando a obtenção de baixas rugosidades na peça usinada (Diniz;
Marcondes e Coppini, 2008, p.109).
Segundo Machado et al., (2011, p.77), alta condutividade térmica significa que o calor produzido
na região de formação de cavacos é rapidamente conduzido para as imediações, longe da região
de corte. Altos valores desse parâmetro são, em geral, desejados.
Segundo Diniz, Marcondes e Coppini (2008, p.111), “o alumínio em geral pode ser facilmente
usinado, uma vez que a energia consumida por unidade de volume do metal removido é muito
baixa”.
As temperaturas de usinagem são geralmente baixas e altas velocidades de corte podem ser
usadas, mas com relação aos critérios de usinabilidade baseados na rugosidade da peça e na
característica do cavaco, não se pode dizer que o alumínio tenha alta usinabilidade, pois em
condições normais de usinagem, o cavaco formado é longo e o acabamento superficial obtido é
insatisfatório.
No entanto, bons acabamentos superficiais podem ser obtidos se a velocidade de corte for alta o
suficiente e a geometria da peça adequada.
“O coeficiente de dilatação térmica do alumínio é maior do que do aço e do latão, o que dificulta
a obtenção de tolerâncias apertadas” (Diniz, Marcondes e Coppini, 2008, p.91).
A elevada resistência à corrosão é complementada com a vantagem de que o metal não necessita
de tratamento superficial para agir desta forma. No entanto, possui baixa resistência mecânica e,
por isso, utiliza-se tanto tratamento térmico quanto adição de elementos de liga para a
manipulação desta propriedade, dependendo da aplicação (Bresciani, 1992, p.34).
Ainda o autor faz um breve resumo a partir de um quadro, que em frente se segue:
Número atômico 13
Massa atômica 26,98
Densidade 2,70 mg/m3 (20ºC)
Ponto de fusão 660 ºC
Calor específico 400 J/kg.K (25ºC)
Calor latente de fusão 397 kJ/kg
Condutibilidade térmica 247 W/m.K (25ºC)
Resistividade elétrica 26,55 nΩm (20ºC)
Condutibilidade eléctrica (volumétrica) 64,94 %IACS
Estrutura cristalina Cúbica de faces Estrutura cristalina Cúbica de faces centradas
centradas
Segundo Marconi e Lakatos (2003, p.83), o método é o conjunto das actividades sistemáticas e
racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo – conhecimentos
validos e verdadeiros –, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as
decisões do cientista.
Neste contexto, a pesquisa será consubstanciada através de quatro e diferentes estágios a saber:
quanto à abordagem, aos objectivos, aos procedimentos e quanto à técnica de recolha de dados.
Quanto à abordagem a pesquisa é qualitativa, porque estará virada em uma única vertente de
estudo, pois segundo (Gerhardt e Silveira, 2009, p.31) não se preocupa com representatividade
numérica, mas sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma
organização, etc. Este tipo de pesquisa descarta a possibilidade de cálculos estatísticos e/ou
matemáticos, mas sim interpretativa ou descritiva.
De realçar que, a pesquisa qualitativa é aquela que recorre na sua abordagem a descrição dos
factos e/ou explicação, apresentação de dados matemáticos, como também estatísticos.
Quanto aos objectivos a pesquisa é exploratória, conforme Gerhardt e Silveira (2009, p.35), este
tipo de pesquisa tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com
vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses.
Tendo em conta que a motivação para o presente estudo revela a intenção tida, a qual procurar-
se-á fazer um estudo de caso sobre as vivências no decorrer do uso de material reciclável, neste
caso, o alumínio para o fabrico de panelas.
Quanto aos procedimentos a pesquisa enquadrar-se-á no estudo de caso, que de acordo com
Fonseca, (2002) apud Gerhardt e Silveira, (2009, p.39), pode decorrer de acordo com uma
perspectiva interpretativa, que procura compreender como é o mundo do ponto de vista dos
participantes, ou uma perspectiva pragmática, que visa simplesmente apresentar uma perspectiva
global, tanto quanto possível completa e coerente, do objecto de estudo do ponto de vista do
investigador.
O estudo de caso, parte do princípio de que partindo de um caso geral pode-se chegar a um facto
real e particular, ou então específico.
2.2.1 Entrevista
Ela “constitui uma técnica alternativa para se colectarem dados não documentados sobre
determinado tema. É uma técnica de interacção social, uma forma de diálogo assimétrico, em
que uma das partes busca obter dados, e a outra se apresenta como fonte de informação. A
entrevista pode ter carácter exploratório ou ser uma colecta de informações” (Gerhardt e Silveira,
2009, p.72). No entanto, para a concretização desta técnica usar-se-á a entrevista semi-
estruturada.
2.2.2 Observação
Segundo Marconi e Lakatos (2003), a observação é a técnica de colecta de dados que possibilita
obtenção de informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade.
Esta técnica, não consiste em apenas ver e ouvir, mas sim, prolonga em também examinar factos
que deseja estudar. Constituirá o tipo de observação a participante, que:
No sentido, e para se ter mais informações com relação ao assunto, a pesquisador vivenciará
todas as actividades do processo de fabrico de panelas, isto é, desde a aquisição do material
usado para este processo, a preparação e o seu fabrico.
2.3.2 Amostra
A amostra a ser usada será não-probabilística intencional, ou seja, por acessibilidade, portanto
equivalerá a 06 fabricantes de panelas, residentes no bairro Micajune B, cidade de Quelimane.
De modo a preservar a identidade dos entrevistados, será usada uma codificação para designar os
mesmos, como é o caso de E1, E2, E3, E4 e E5. Para representar ou corresponder ao entrevistado
1, entrevistado 2, e, assim por diante. Nesta óptica, não se irá apresentar os nomes dos mesmos.
A análise de conteúdo é uma técnica de pesquisa e, como tal, tem determinadas características
metodológicas: objectividade, sistematização e inferência. “Ela representa um conjunto de
técnicas de análise das comunicações que visam a obter, procedimentos sistemáticos e objectivos
de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores […]4”.
No entanto, a pesquisa será virada a análise qualitativa através dos dados colhidos durante a
entrevista e observação, que irá apoiar na tradução da informação, virando-se igualmente para a
interpretação e/ou explicação.
4
Gerhardt, T. E. & Silveira, D. T. (orgs.). (2009). Métodos de pesquisa. Porto Alegre: editora da UFRGS.
2.6 Resultados esperados
Com este projecto de pesquisa espera-se que traga maior ajuda aos produtores e/ou fabricantes de
panelas, a partir de material de baixo custo, neste caso o material reciclado (alumínio) na
melhoria das condições do processo de fabricação.
2.7 Cronograma
De realçar que o cronograma é a definição do tempo que será possível concretizar o projecto e
ele não estático, pois pode as datas escolhidas podem alterar em conformidade com a dinâmica
do pesquisador.
Meses do ano/2021
Actividades a realizar Jan Fev Mar Abr Jun Jul Ago Set Out
Definição do tema
Definição do Problema
Definição dos objectivos
Definição das metodologias
Definição do local de estudo
Configuração do projecto
Concepção do projecto
Revisão da literatura
Compilação da informação
Revisão da linguística
Entrega do projecto de pesquisa à
faculdade
Apresentação do projecto nas
jornadas científicas estudantis
2.8 Orçamento
“Respondendo à questão “com quanto?” O orçamento distribui os gastos por vários itens, que
devem necessariamente ser separados” (Gerhardt e Silveira, 2009, p.140). Neste sentido, o
orçamento necessário para o presente projecto é consubstanciado em: