Linguagem Coloquial Significado, Exemplos e Como Usar

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Superior e carreira

Linguagem coloquial:
significado, exemplos e
como usar
Escrito por EAD UNISC | Dec 23, 2020 3:00:00 AM

Aprender a usar a norma culta é de, fato,


fundamental para diversas situações,
mas compreender o uso da linguagem
coloquial é igualmente importante.

Afinal, ela está ligada a eventos de fala


do nosso cotidiano e, portanto, é
bastante praticada.

Se você tem o costume de corrigir


pessoas próximas que fazem uso de
gírias e termos que pareçam errados, por
exemplo, saiba que não há nenhum mal
se essa linguagem popular for usada em
momentos apropriados.

Viu só por que é tão importante ficar por


dentro do que é e de como usar a
linguagem coloquial?

Neste artigo, você descobre tudo sobre o


tema.

É só descer a barra de rolagem e


continuar a leitura!

O que é linguagem coloquial?

A linguagem coloquial, ou informal, é a


variante linguística que usamos com mais
frequência no nosso dia a dia.

Ela é mais despojada e não se prende


tanto à gramática.

Qual o significado de linguagem


coloquial?

A palavra coloquial não é muito usada em


nosso cotidiano, a não ser quando
queremos nos referir à linguagem
informal.

Por isso, não é todo mundo que entende


o significado do termo.

Ele vem de colóquio, que quer dizer


conversa entre duas ou mais pessoas.

Coloquial, portanto, tem relação com


esse estilo mais popular e informal de se
comunicar.

Quais as características da
linguagem coloquial?

Só pela apresentação da linguagem


coloquial, você já pôde identificar
algumas características, não é mesmo?

Como ela é informal, a linguagem se


aproxima de uma conversa íntima.

Além disso, por não respeitar


integralmente à norma culta da língua
portuguesa, ela permite o uso de gírias.

Estrangeirismos, neologismos e
abreviações também compõem o estilo.

Para ficar ainda mais fácil de assimilar


esse tipo de linguagem, veja a seguir a
lista de particularidades:

É espontânea
Usada em situações informais
Não se prende à norma culta da
língua portuguesa
Permite expressões próprias da fala,
como “se toca” e “pega leve”
Aceita as gírias
Emprega as formas contraídas,
como “pra” e “cê”
Faz uso de palavras para articular
ideias, como “aí” e “então”.

Importância da linguagem
coloquial

Não é porque a linguagem coloquial está


distante da norma culta que ela não é
relevante.

Pelo contrário.

O coloquialismo, na verdade, é mais


usado do que o estilo formal.

Por ter mais oralidade, a linguagem


coloquial facilita a comunicação entre os
indivíduos.

Ela torna o diálogo mais próximo e,


muitas vezes, até mais compreensível.

Por isso, a linguagem coloquial é muito


importante no sentido de transmitir as
mensagens de modo que ela sejam
entendidas.

Exemplos de frases com


linguagem informal

Até aqui, tudo bem?

Conseguiu entender o que é a linguagem


coloquial e a importância dela?

Para o assunto ficar ainda mais


compreensível, listamos alguns exemplos
de frases e a explicação de como elas
são construídas.

Acompanhe:

“Você nem se tocou que eu tava


te olhando”

A palavra “se tocou” nessa forma se


refere à falta de atenção do interlocutor.

Na frase, também está presente o termo


“tava”, que é a abreviatura de “estava”.

“Fomos em um passeio na city”

O uso da palavra city, tradução de


“cidade” para o inglês, é um exemplo de
estrangeirismo.

Esta frase de exemplo é mais usada


comumente entre os jovens.

“Cê tá louco ?”

Este é um exemplo clássico de


linguagem coloquial.

“Cê” é a abreviação de “você”, enquanto


“tá” é a abreviação de “está”.

Perceba que, além de reduzir o tamanho


da pronúncia, essa aplicação dá uma
certa fluidez e intimidade à conversa.

“Tá rolando uma festa, bora?”

Esta sentença está repleta de exemplos


de linguagem coloquial.

A começar pelo “tá”, que é a abreviação


de “está”.

Já o verbo “rolar” tem o sentido de


“acontecer”.

E “bora” é uma espécie de convite, que


serve tanto para ir a algum lugar ou para
se retirar de um evento.

Nessa frase, portanto, o emissor


comunica ao receptor que uma festa será
realizada e o convida para participar.

“Pô, amigo, assim não vira”

O “pô” é uma expressão muito usada no


Brasil que exprime espanto ou
desagrado.

Além dela, na frase, você pode perceber


o “vira”, cujo objetivo é manifestar que
algo não dá certo ou não pode ser feito.

“Demorô, vâmo sim!”

Palavras com final “ou”, na linguagem


coloquial, costumam ter a pronúncia da
vogal “u” suprimida.

No exemplo acima, vemos que


“demorou” se torna “demorô”.

O “vâmo” também segue a mesma linha


e é um termo usado no lugar de “vamos”.

Linguagem coloquial e culta:


qual a diferença?

Na língua portuguesa, existem dois tipos


de linguagem: a culta e a coloquial.

A coloquial, como já mencionamos, é a


variante linguística popular.

Já a culta, também chamada de formal, é


uma linguagem pautada nas regras
gramaticais.

Ela é mais séria e se acomoda melhor a


situações mais convencionais, como
reuniões de trabalho e apresentações
acadêmicas.

Veja alguns exemplos de frase com


linguagem culta e, ao lado, com
linguagem coloquial:

Linguagem
Linguagem culta
coloquial

Nós estamos A gente tá


estudando para a estudando pra
prova. prova.

Você aceita ir ao Cê aceita ir no


cinema comigo? cinema comigo?

Nós passamos em A gente passô na


frente à escola. frente da escola.

Ela pegô o seu


Ela pegou o seu
vestido
vestido emprestado.
emprestado.

Vamos fazer um Vâmo dá um rolê


passeio hoje? hoje?

Quando usar a linguagem


coloquial?

Vendo os exemplos acima, fica clara a


diferença entre a linguagem culta e a
coloquial, não é mesmo?

A coloquial é desprendida das regras


gramaticais e por isso não pode ser
usada em qualquer lugar.

Em uma entrevista de emprego, por


exemplo, você deve optar pela formal.

Mas, então, quando usar a linguagem


coloquial?

Bem, em qualquer outra situação que


dispense o uso da norma culta.

Você pode usar a linguagem informal em


momentos íntimos e descontraídos,
como para falar com amigos e familiares.

Linguagem coloquial na
literatura

Ainda que a linguagem coloquial seja


apropriada a conversas pessoais, ela
também pode ser aplicada na literatura.

Mas não vá fazer isso na sua redação,


ok?

Ela serve apenas quando o objetivo é


representar a realidade da fala no
cotidiano.

Por isso, é muito comum em poemas.

Confira a seguir três bons exemplos:

Exemplo 1: O bicho, de Manuel


Bandeira

Neste poema de Manuel Bandeira, o uso


da forma coloquial é visto na frase
“Quando achava alguma coisa”,
referindo-se de forma informal a um
objeto achado.

Veja:

“Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.”

Exemplo 2 : Último acorde do


violino solitário, de Ulisses
Tavares

Neste curto poema, Ulisses Tavares,


destaca a inferioridade da vida do
pernilongo ao descrevê-la como
“vidinha”.

Confira:

“Nada sei sobre a vidinha

do pernilongo

que mato indiferente

na parede.

Mas desconfio que era a única

que ele tinha.”

Exemplo 3: Poeminha dodói, de Millôr


Fernandes

Neste último poema, vemos claros


exemplos de informalidade.

Como quando o autor se refere às


pessoas como “os caras”, a abreviação
da palavra “estão” e o uso de “qué” e
‘queu”.

Acompanhe:

“Quando os caras tão doente,

Vêm a mim;

Eu olho eles, espeto eles,

Corto eles.

Eles curam ou não curam,

Vivem ou vão pro além.

Qué queu acho?

Eu cobro,

E tudo bem.”

Conclusão

Neste artigo, vimos o que é linguagem


coloquial e como usá-la.

Também chamada de informal ou


popular, essa linguagem é mais comum
no nosso dia a dia.

Ela pode ser usada, portanto, em


conversas particulares com amigos e
familiares ou com qualquer outra pessoa
e grupo que você tenha proximidade.

A linguagem coloquial também é aceita


na literatura desde que o gênero textual
permita a informalidade.

No caso de redações para exames


vestibulares, ENEM e concursos
públicos, geralmente, a proposta de texto
não aceita a linguagem coloquial.

Afinal, nessas ocasiões, as redações têm


o objetivo, entre outras finalidades, de
avaliar a aplicação da norma culta por
parte do candidato.

Por isso, é preciso usar a linguagem


formal.

Essa linguagem também é indicada em


situações profissionais ou outras
circunstâncias que exigem seriedade.

Bem, agora que você já sabe tudo sobre


linguagem coloquial, podemos encerrar
este artigo com a recomendação de
outros conteúdos para leitura.

Aqui, no blog da UNISC, você encontra


os seguintes artigos:

O que é advérbio? Saiba o conceito,


importância e tipos
O Que é Síntese: Como Fazer,
Exemplo e Passo a Passo
Como Fazer Uma Boa Redação:
Passo a Passo Completo!
Havia ou Haviam: Como e Quando
Usar [Guia com Regras]
Dicas de Memorização: Técnicas
Para Estudar Melhor.

Além desses, temos muitos outros textos


sobre educação e carreira.

Vale a pena conferir.

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