Universidade Anhembi Morumbi - Atividade02
Universidade Anhembi Morumbi - Atividade02
Universidade Anhembi Morumbi - Atividade02
ATIVIDADE 02
RESPOSTA :
Por conta da grande maioria dos defeitos nas redes de distribuição ser de natureza
transitória (de 80 a 90%), se faz necessário o emprego de equipamentos de proteção com
religamentos automáticos empregados de forma seletiva. Os dispositivos mais eficientes são
os religadores e os seccionalizadores que empregados de forma coordenada, em caso de
defeito permanente, somente o primeiro equipamento a montante do defeito deverá
bloquear. O religador é basicamente um dispositivo interruptor automático, que abre e fecha
seus contatos repetidas vezes, em caso de defeito transitório, até que haja bloqueio, em caso
de defeitos permanentes. Estão predominantemente localizado no alimentador de
distribuição, embora, como a interrupção de corrente e o aumento são contínuos, eles são
encontrados em funções básicas no sistema de distribuição: confiabilidade e proteção de
sobrecorrente. Os seccionalizadores são dispositivos interruptores automáticos controlados
hidraulicamente e/ou eletronicamente.São projetados para trabalharem com um religador
ou disjuntor com religamento automático na sua retaguarda. Interrompem o circuito durante o
tempo morto do equipamento a montante. São umas soluções econômicas para seccionalizar
grandes redes ao ar livre, e muitas vezes usado em lugares onde a coordenação com outros
dispositivos é difícil.
RELIGADOR:
Os religadores são usados tanto para a proteção da saída de alimentadores, como para a
proteção de linhas, ao longo do alimentador. Da mesma forma que os disjuntores, os
religadores possuem unidades para proteção de fase e terra independentes.
As curvas dos religadores, normalmente, possuem características a tempo dependente
extremamente inversa, muito inversa ou normal inversa para fase e terra. O religador possui
duas curvas: uma rápida e uma temporizada. A característica de operação do religador
permiteque ambas as curvas sejam usadas em uma sequência de aberturas e religamentos
de maneiraque o religador opere na curva rápida durante as primeiras operações e opere na
curva lenta nas últimas operações antes do bloqueio. Devido a isso o melhor emprego para
o religador é evitar que faltas de natureza transitória queimem elos fusíveis.
Quando uma unidade de proteção do religador é sensibilizada por uma corrente de defeito
depois de transcorrido o tempo especificado na sua curva característica de operação, o
religador operará, e abrirá o circuito.
Os religadores são dimensionados para suportarem a corrente nominal e para
interromperem a corrente de curto circuito máxima no seu ponto de localização. Portanto,
quando um religador for projetado deve-se verificar a corrente passante por esse ponto e o valor
do curto circuito trifásico.
SECCIONADOR:
O seccionador é um dispositivo de proteção automático, utilizado em sistemas de
distribuição sempre em conjunto com outro equipamento de proteção, normalmente um
religador. Porém, não é capaz de interromper correntes de curto circuito, embora possa
interromper correntes até a sua corrente nominal. Objetivo pretendido, em ramais longos e
problemáticos e após consumidores que não suportam longas interrupções.
Ainda para a instalação de um seccionador, deve ser observada a corrente de curto circuito
disponível no ponto de instalação, pois esta deve ser menor que a capacidade suportável da
bobina ou sensor de corrente do equipamento.
COORDENAÇÃO SECCIONADOR/RELIGADOR:
Ao contrário da coordenação entre elos fusíveis, a coordenação entre religadores e
Seccionadores não exige o estudo de curvas, uma vez que o seccionador não possui
características tempo x corrente.
Quando o seccionalizador for percorrido por corrente de falta maior que seu valor de
atuação, ele será sensibilizado e estará pronto para iniciar a contagem. Além do seccionador,
oreligador na retaguarda também é sensibilizado. Uma vez que o religador for sensibilizado,
elefará sua primeira atuação, abrindo o circuito. No instante em que a corrente cessa, o
seccionador realiza sua primeira contagem.
OS ELOS FUSIVÉIS
• Os elos são instalados em chaves fusíveis para proteção de ramais ou derivações de
troncos dos alimentadores de distribuição de energia bem como no primário dos
transformadores na média tensão.
• Tal proteção é muito utilizada pelas concessionárias devido principalmente as
questõeseconômicas. Seria inviável a instalação de religadores ou relés para cada
derivação ou transformador instalado ao longo da rede de distribuição.
• Os elos fusíveis utilizados no sistema de distribuição de energia podem ser, por exemplo,
dos tipos H, K e T.
Também há os elos fusíveis do tipo EF e ES utilizados em subestações como proteção de
transformadores e banco de capacitores. Para transformadores de baixa potênciageralmente
são utilizados elos fusíveis do tipo H. Os elos a serem instalados são tabelados conforme as
normas técnicas de cada concessionária e variam em função da potência do mesmo.Já para
proteção de transformadores de maior potência ou de ramais de alimentadoresde média tensão
as concessionárias geralmente utilizam elos fusíveis do tipo K ou T.
A diferença entre estes dois últimos tipos de Elos Fusíveis consiste em que os elos K são
classificados como de ação rápida e do tipo T de ação lenta.
Para o dimensionamento dos elos fusíveis de ramais, deve-se verificar se o mesmoliberará
a corrente de carga do ramal bem como se o mesmo será sensível para um defeito nofinal do
trecho protegido para o menor valor de curto-circuito calculado (algumas concessionárias
também aplicam um fator de segurança para ampliar a faixa de sensibilidade). Os conceitos e
aplicações sobre elos fusíveis como proteção de ramais e transformadores em média
tensão são muito importantes para uma correta operação dosistema de distribuição. Porém,
poucos profissionais tiveram em sua graduação este temacontemplado nas disciplinas de
engenharia elétrica. Também há poucos cursos de pós-
graduação ou de aperfeiçoamento disponíveis no mercado.
FONTES:
• Zonas de coordenação Fonte - ELETROBRÁS,2001.
• CEMIG. Equipamentos de RDA. Sete Lagoas: 2009
• CAMINHA, A. C. Introdução à Proteção dos Sistemas Elétricos. São Paulo: Edgard