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UNESP
2017 - 2020
EXERCÍCIOS
GABARITOS
GRÁFICOS
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OS GRÁFICOS:
1. (Unesp 2020) Luzia, com cerca de 12 500 anos, é o fóssil humano mais
antigo encontrado no território do atual Brasil.
b) Considerando as imagens, cite uma informação que foi obtida pelos pes-
quisadores a partir do estudo do fóssil de Luzia. Mencione uma limitação
desse tipo de estudo. 2. (Unesp 2020) A “despersonalização” e a “dessocialização” dos escraviza-
dos podem ser associadas, respectivamente,
Leia o texto e observe o mapa para responder à(s) questão(ões) a seguir. b) à noção do escravo como mercadoria e ao fato de que os africanos eram
extraídos de sua comunidade de origem.
e) os homens dedicavam-se ao comércio, o que incluía deslocamentos (Marly Motta. “Um presidente bossa-nova”. In: Luciano Figueiredo (org.).
para regiões afastadas de casa, e as mulheres incumbiam-se do traba- História do Brasil para ocupados, 2013.)
lho nas lavouras e, ocasionalmente, na forja de metais.
5. (Unesp 2020) A deposição de Getúlio é o fim do regime excepcional O texto afirma que a obra de Homero
estabelecido em 10 de novembro de 1937. […] O governo passa ao Judi-
ciário. O presidente José Linhares esclarece melhor o quadro, com a Lei a) questiona as ações heroicas dos povos fundadores da Grécia Antiga, pois
constitucional no 13, de 12.11.1945, estabelecendo que “os representantes se baseia na concepção filosófica de physis.
eleitos a 2 de dezembro de 1945 para a Câmara dos Deputados e o Sena-
do Federal reunir-se-ão no Distrito Federal, sessenta dias após as eleições, b) valoriza os mitos em que os gregos acreditavam e que estão no funda-
em Assembleia Constituinte...” mento das concepções modernas de tempo e história.
b) Contextualize o cenário interno do país no período que se seguiu à “de- 8. (Unesp 2020) Leia os dois textos, escritos no final do século XVIII.
posição de Getúlio” e cite uma característica da Constituição produzida
por essa Assembleia Constituinte.
Texto 1
Prossigo: mil vozes de arauto para a Novidade... [...] Não acreditei e fui ver o cerco de perto... No meio da Grève, encontro um corpo sem a cabeça estendi-
do no meio do riacho, rodeado por cinco ou seis indiferentes. Faço perguntas... É o governador da Bastilha...
Que pensamentos!... Esse homem, outrora impassível diante do desespero dos infelizes enterrados vivos sob sua guarda, por ordem de execráveis minis-
tros, ei-lo!...
Texto 2
Oh! Aquela alegria me deu náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu disse, tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo
comum estava tomando a justiça em suas mãos. Aprovo essa justiça [...] mas poderia não ser cruel? Castigos de todos os tipos, arrastamento e esquarte-
jamento, tortura, a roda, o cavalete, a fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos costumes! Nossos senhores [...]
colherão o que semearam.
(Graco Babeuf apud Robert Darnton. O beijo de Lamourette: mídia, cultura e revolução, 1990.)
a) Cite o evento histórico a que o texto 1 se refere e a situação sociopolítica e econômica a que esse evento se opôs.
b) Identifique o elemento comum aos dois textos e explique a última frase do texto 2.
9. (Unesp 2020) Na Europa, as forças reacionárias que compunham a Santa Aliança não viam com bons olhos a emancipação política das colônias ibéricas
na América. […] Todavia, o novo Império do Brasil podia contar com a aliança da poderosa Inglaterra, representada por George Canning, primeiro-ministro
do rei Jorge IV. […] Canning acabaria por convencer o governo português a aceitar a soberania do Brasil, em 1825. Uma atitude coerente com o apoio que
o governo britânico dera aos EUA, no ano anterior, por ocasião do lançamento da Doutrina Monroe, que afirmava o princípio da não intervenção europeia na
América.
(Ilmar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Seigneur de Albuquerque. Independência ou morte: a emancipação política do Brasil, 1991.)
O texto relaciona
a) a restauração das monarquias absolutistas no continente europeu, a industrialização dos Estados Unidos e a constituição da Federação dos Estados
Independentes da América Latina.
b) a influência da Igreja católica nos assuntos políticos europeus, o controle britânico dos mares depois do Ato de Navegação e o avanço imperialista dos
Estados Unidos sobre o Brasil.
c) a disposição europeia de recolonização da América, o Bloqueio Continental determinado pela França e os acordos de livre-comércio do Brasil com os
países hispano-americanos.
d) a penetração dos industrializados britânicos nos mercados europeus, a tolerância portuguesa em relação ao emancipacionismo brasileiro e a indepen-
dência política dos Estados Unidos.
e) a reorganização da Europa continental depois do período de domínio napoleônico, os processos de independência na América e a ampliação do controle
comercial mundial pela Inglaterra.
10. (Unesp 2020) Dois fatores que contribuíram para os processos de emancipação política na África e na Ásia no pós-Segunda Guerra Mundial foram:
a) a defesa chinesa de uma política de neutralidade ante os conflitos regionais e o fim da Guerra Fria, que opunha Estados Unidos e União Soviética.
b) a partilha europeia do continente africano e a crise do petróleo, que obrigou os países ricos a negociar com lideranças políticas da África e do Oriente
Médio.
c) o nacionalismo de organizações civis dentro das colônias e o princípio da autodeterminação dos povos, que era defendido pela ONU.
e) a ascensão econômica dos países do chamado Terceiro Mundo e a ação vietcongue, que expulsou os colonizadores da Indochina francesa.
11. (Unesp 2020) Era esta uma das artérias principais da cidade e regurgitara de gente durante o dia todo. Mas, ao aproximar-se o anoitecer, a multidão
engrossou e, quando as lâmpadas se acenderam, duas densas e contínuas ondas de passantes desfilavam [...].
Muitos dos passantes tinham um aspecto prazerosamente comercial e pareciam pensar apenas em abrir caminho através da turba. Traziam as sobrance-
lhas vincadas e seus olhos moviam-se rapidamente; quando davam algum encontrão em outro passante, não mostravam sinais de impaciência; recompu-
nham-se e continuavam, apressados, seu caminho.
O conto, originalmente publicado em 1840, apresenta um perfil das metrópoles do século XIX, destacando
b) o declínio das atividades comerciais, os ruídos incessantes das ruas e a solidão dos habitantes.
12. (Unesp 2020) Kim Jong-un atravessou o paralelo 38 que divide a Península Coreana às 9h28, hora local desta sexta-feira, e se tornou o primeiro gover-
nante do Norte a pisar no Sul desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953. Do outro lado da fronteira, ele foi recebido por Moon Jae-in, o presidente eleito em
2017 com uma plataforma que defende a coexistência pacífica e a cooperação entre os dois lados separados em zonas de influência comunista e capitalista
depois da Segunda Guerra.
b) Caracterize a atual situação da Coreia do Norte e a da Coreia do Sul, indicando para cada uma delas: regime político, organização econômica e postura
diplomática.
Produzida no início da década de 1910, a gravura representa a Revolução Mexicana como marcada
b) pela vitória dos projetos revolucionários populares e pela construção de uma nova ordem social.
Para responder à(s) questão(ões) a seguir, leia o trecho de uma carta enviada por Antônio Vieira ao rei D. João IV em 4 de abril de 1654.
No fim da carta de que 1V. M. me fez mercê me manda V. M. diga meu parecer sobre a conveniência de haver neste estado ou dois capitães-mores
ou um só governador.
Eu, Senhor, razões políticas nunca as soube, e hoje as sei muito menos; mas por obedecer direi toscamente o que me parece.
Digo que menos mal será um ladrão que dois; e que mais dificultoso serão de achar dois homens de bem que um. Sendo propostos a Catão dois
cidadãos romanos para o provimento de duas praças, respondeu que ambos lhe descontentavam: um porque nada tinha, outro porque nada lhe bastava.
Tais são os dois capitães-mores em que se repartiu este governo: Baltasar de Sousa não tem nada, Inácio do Rego não lhe basta nada; e eu não sei qual é
maior tentação, se a _____1_____, se a _____2_____. Tudo quanto há na capitania do Pará, tirando as terras, não vale 10 mil cruzados, como é notório, e
desta terra há-de tirar Inácio do Rego mais de 100 mil cruzados em três anos, segundo se lhe vão logrando bem as indústrias.
Tudo isto sai do sangue e do suor dos tristes índios, aos quais trata como tão escravos seus, que nenhum tem liberdade nem para deixar de ser-
vir a ele nem para poder servir a outrem; o que, além da injustiça que se faz aos índios, é ocasião de padecerem muitas necessidades os portugueses e
de perecerem os pobres. Em uma capitania destas confessei uma pobre mulher, das que vieram das Ilhas, a qual me disse com muitas lágrimas que, dos
nove filhos que tivera, lhe morreram em três meses cinco filhos, de pura fome e desamparo; e, consolando-a eu pela morte de tantos filhos, respondeu-me:
“Padre, não são esses os por que eu choro, senão pelos quatro que tenho vivos sem ter com que os sustentar, e peço a Deus todos os dias que me os leve
também.”
São lastimosas as misérias que passa esta pobre gente das Ilhas, porque, como não têm com que agradecer, se algum índio se reparte não lhe
chega a eles, senão aos poderosos; e é este um desamparo a que V. M. por piedade deverá mandar acudir.
Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em
seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V. M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se come-
tem.
1
V. M.: Vossa Majestade.
14. (Unesp 2020) Em um estudo publicado em 2005, o historiador Gustavo Acioli Lopes vale-se, no quadro da economia colonial, da expressão “primo po-
bre” para se referir ao produto derivado das lavouras mencionadas por Antônio Vieira em sua carta.
a) o açúcar.
b) o pau-brasil.
c) o café.
d) o ouro.
e) o algodão.
Leia o soneto “VII”, de Cláudio Manuel da Costa, para responder à(s) questão(ões) a seguir.
15. (Unesp 2020) Considerando o contexto histórico-geográfico de produção do soneto, as transformações na paisagem assinaladas pelo eu lírico relacio-
nam-se à seguinte atividade econômica:
a) indústria.
b) extrativismo vegetal.
c) agricultura.
d) extrativismo mineral.
e) pecuária.
Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o Peru e o México, no contexto pré-colombiano, mas Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos,
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No que seria o Brasil, havia gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca relação entre si até meados do século
Canadá, não.
XVIII. E há aí a questão da navegação marítima, torna-se importante aprender bem história marítima, que é ligada à geografia. [...] Essa compreensão me
deu muita liberdade para ver as relações que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação com o antigo Daomé,
hoje Benin, na Costa da Mina. Isso formava um todo, muito mais do que o Brasil ou a América portuguesa. [...]
Nunca os missionários entraram na briga para saber se o africano havia sido ilegalmente escravizado ou não, mas a escravidão indígena foi embar-
gada pelos missionários desde o começo, e isso também é um pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a escravidão africana predomine. [...] A escravi-
zação tem dois processos: o primeiro é a despersonalização, e o segundo é a dessocialização.
(Luiz Felipe de Alencastro. Entrevista a Mariluce Moura. “O observador do Brasil no Atlântico Sul”. In: Revista Pesquisa Fapesp, no 188, outubro de 2011.)
16. (Unesp 2020) O texto estabelece a formação do Brasil a partir da navegação marítima, o que implica reconhecer a importância
a) da imposição de uma lógica global de comércio e da dissolução das fronteiras entre os territórios colonizados na América.
b) do domínio colonial de Portugal sobre o litoral africano e da intermediação espanhola no tráfico escravagista.
c) do controle das rotas marítimas por navegadores italianos e da conformação do conceito geográfico de Ocidente.
d) da constituição do espaço geográfico do Atlântico Sul e da relação estabelecida entre os continentes americano e africano.
e) do surgimento do tráfico de africanos escravizados e das relações comerciais do Brasil com a América espanhola.
17. (Unesp 2019) O dia em que o capitão-mor Pedro Álvares Cabral levantou a cruz [...] era a 3 de maio, quando se celebra a invenção da Santa Cruz em
que Cristo Nosso Redentor morreu por nós, e por esta causa pôs nome à terra que se encontrava descoberta de Santa Cruz e por este nome foi conhecida
muitos anos. Porém, como o demônio com o sinal da cruz perdeu todo o domínio que tinha sobre os homens, receando perder também o muito que tinha
em os desta terra, trabalhou que se esquecesse o primeiro nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um pau assim chamado de cor abrasada e verme-
lha com que tingem panos [...].
(Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello e Souza. O Diabo e a Terra de Santa Cruz, 1986. Adaptado.)
a) a Igreja católica defendeu a prática do extrativismo durante o processo de conquista e colonização do Brasil.
b) um esforço amplo de salvação dos povos nativos do Brasil orientou as ações dos mercadores portugueses.
c) os nomes atribuídos pelos colonizadores às terras do Novo Mundo sempre respeitaram motivações e princípios religiosos.
d) o objetivo primordial da colonização portuguesa do Brasil foi impedir o avanço do protestantismo nas terras do Novo Mundo.
e) uma visão mística da colonização acompanhou a exploração dos recursos naturais existentes nas terras conquistadas.
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18. (Unesp 2019) Destinada unicamente à exportação, em função da qual se organiza e mantém a exploração, tal atividade econômica desenvolveu-se à
margem das necessidades próprias da sociedade brasileira. No alvorecer do século XIX, essa atividade econômica, que se iniciara sob tão brilhantes aus-
pícios e absorvera durante cem anos o melhor das atenções e dos esforços do país, já tocava sua ruína final. Os prenúncios dessa ruína já se faziam aliás
sentir para os observadores menos cegos pela cobiça desde longa data. De meados do século XVIII em diante, essa atividade econômica, contudo, não
fizera mais que declinar.
Ou da minada Serra.
No fundo da bateia.
d) Pescadores do Mondego,
19. (Unesp 2019) É particularmente no Oeste da província de São Paulo – o Oeste de 1840, não o de 1940 – que os cafezais adquirem seu caráter próprio,
emancipando-se das formas de exploração agrária estereotipadas desde os tempos coloniais no modelo clássico da lavoura canavieira e do “engenho” de
açúcar. A silhueta antiga do senhor de engenho perde aqui alguns dos seus traços característicos, desprendendo-se mais da terra e da tradição – da rotina
rural. A terra de lavoura deixa então de ser o seu pequeno mundo para se tornar unicamente seu meio de vida, sua fonte de renda […].
O “caráter próprio” das fazendas de café do Oeste paulista de 1840 pode ser explicado, em parte, pelo
20. (Unesp 2019) Os gráficos indicam a expansão das redes de transporte ferroviário e rodoviário no Brasil (em km) em função do tempo (ano).
a)
b)
c)
d)
e)
b) Escolha dois dos quatro artigos do “pedido de divórcio” e justifique as afirmações neles apresentadas.
22. (Unesp 2019) Observe a tela Tiradentes esquartejado, de Pedro Américo, pintada em 1893.
a) Indique o momento histórico em que a tela foi pintada e cite uma dificuldade política, social ou econômica vivida naquele momento.
b) Identifique, através da análise da imagem, um elemento visual que acentue seu caráter dramático e um elemento visual que enfatize a caracterização de
Tiradentes como mártir.
23. (Unesp 2019) Leia o poema “Pobre alimária”, de Oswald de Andrade, publicado originalmente em 1925.
O cavalo e a carroça
Desatravancaram o veículo
E o animal disparou
Trepou na boleia
(Pau-Brasil, 1990.)
a) celebra a persistência das tradições rurais brasileiras, que inviabilizaram o avanço do processo de industrialização de São Paulo.
b) valoriza a variedade e a eficácia dos meios de transporte, que contribuíam para impulsionar a economia brasileira.
c) critica a recorrência das práticas de exploração e maus tratos aos animais nos principais centros urbanos brasileiros.
d) registra uma rápida cena urbana, que expõe tensões e ambiguidades no processo de modernização da cidade de São Paulo.
e) exemplifica o choque social constante entre as elites enriquecidas e a população pobre da cidade de São Paulo.
24. (Unesp 2019) – São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó Sócrates! [...]
– Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a constituição; que, embora difíceis, eram de algum
modo possíveis, mas não de outra maneira que não seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vários, forem filósofos verdadeiros, que despre-
zem as honrarias atuais, por as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor, mas, por outro lado, que atribuem a máxima importância
à retidão e às honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar, organizando
assim a sua cidade?
a) a predominância das atividades econômicas rurais sobre as urbanas e enfatiza o primado da racionalidade.
c) o caráter aristocrático da pólis durante o período das tiranias em Atenas e defende o princípio da igualdade social.
d) a estruturação social da pólis e destaca a importância da democracia, consolidada durante o período de Clístenes.
e) a importância da ação de legisladores, como Drácon e Sólon em Atenas, e apoia a consolidação da militarização espartana.
25. (Unesp 2019) Analise a letra da canção “Mulheres de Atenas”, de Chico Buarque e Augusto Boal, composta em 1976, para responder à questão abaixo.
Suas melenas
Mil quarentenas
Carícias plenas
Obscenas
De outras falenas
De suas pequenas
Helenas
Lindas sirenas
Morenas [...]
b) Identifique duas características da condição da mulher na Atenas antiga, citando o trecho da canção que as menciona.
26. (Unesp 2019) Um homem transporta o fio metálico, outro endireita-o, um terceiro corta-o, um quarto aguça a extremidade, um quinto prepara a extremi-
dade superior para receber a cabeça; para fazer a cabeça são precisas duas ou três operações distintas; colocá-la constitui também uma tarefa específica,
branquear o alfinete, outra; colocar os alfinetes sobre o papel da embalagem é também uma tarefa independente. [...] Tive ocasião de ver uma pequena
fábrica deste tipo, em que só estavam empregados dez homens, e onde alguns deles, consequentemente, realizavam duas ou três operações diferentes.
Mas, apesar de serem muito pobres, e possuindo apenas a maquinaria estritamente necessária, [...] conseguiam produzir mais de quarenta e oito mil alfi-
netes por dia. Se dividirmos esse trabalho pelo número de trabalhadores, poderemos considerar que cada um deles produz quatro mil e oitocentos alfinetes
por dia; mas se trabalhassem separadamente uns dos outros, e sem terem sido educados para este ramo particular de produção, não conseguiriam produzir
vinte alfinetes, nem talvez mesmo um único alfinete por dia.
(Adam Smith. Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações, 1984.)
a) o avanço tecnológico representado pelo surgimento da fábrica na Inglaterra, relacionando a riqueza com o aprimoramento científico e o trabalho simultâ-
neo de milhares de operários.
b) o crescimento do mercado consumidor e a maior velocidade na distribuição das mercadorias inglesas, destacando o vínculo entre riqueza e uma boa re-
lação entre oferta e procura.
c) a força crescente dos sindicatos e das federações de trabalhadores na Inglaterra, enfatizando o princípio marxista de que apenas o trabalho permite a
geração de riqueza.
d) a produtividade do artesanato e o conhecimento da totalidade do processo produtivo pelos trabalhadores ingleses, relacionando a noção de riqueza ao
acúmulo de metais nobres.
e) a disciplina no trabalho e o parcelamento de tarefas presentes nas manufaturas e fábricas inglesas, associando o crescimento da riqueza à produtividade
do trabalho.
27. (Unesp 2019) No livro The Moral Consequences of Economic Growth, Benjamin Friedman, professor de economia política [da Universidade] de Har-
vard, parte de vasta evidência histórica para defender que o crescimento econômico não é um facilitador apenas de melhorias materiais, mas também da
liberdade, da tolerância, da justiça e da democracia.
[...]
Nos anos 1930, os Estados Unidos conseguiram fortalecer os valores democráticos em meio à Grande Depressão. O autor atribui essa sorte ao New Deal
do presidente Roosevelt, que qualifica como uma tentativa de “disseminar a oportunidade econômica o mais amplamente possível”. Considera que [...] o
caminho escolhido foi “deliberadamente pluralista e inclusivo”, com o objetivo não somente de restaurar a prosperidade econômica, mas de criar maior igual-
dade de oportunidades.
a) persistiu até a vitória dos movimentos de descolonização da África, ocorridos nas duas primeiras décadas do século XX.
b) foi rejeitada pelos países participantes da Conferência de Berlim, em 1885, por considerarem que privilegiava os interesses britânicos.
c) incluiu áreas conquistadas por europeus tanto durante a expansão marítima dos séculos XV-XVI quanto no expansionismo dos séculos XVIII-XIX.
d) foi determinada após negociação entre povos africanos e países europeus, durante o Congresso Pan-Africano de Londres, em 1890.
e) restabeleceu a divisão original dos povos africanos, que havia sido desrespeitada durante a colonização europeia dos séculos XV-XVIII.
29. (Unesp 2019) Outra prática comum aos povos mesoamericanos foi a construção de cidades. [...] As cidades mesoamericanas também serviam para dar
identidade grupal aos seus habitantes, ou seja, as pessoas se reconheciam como pertencentes a tal cidade e não como “indígena”, termo que começou a
ser utilizado pelos espanhóis para referir-se aos milhares de grupos que se [...] autodenominavam mexicas, cholutecas, tlaxcaltecas, dependendo da cidade
que habitavam.
(Eduardo Natalino dos Santos. Cidades pré-hispânicas do México e da América Central, 2004.)
a) foram objeto de disputa entre lideranças indígenas e conquistadores espanhóis, pois eram situadas em áreas próximas ao litoral.
b) eram centros comerciais, políticos e religiosos que contribuíam para a caracterização e diferenciação dos habitantes da região.
c) eram espaços dedicados essencialmente a cultos religiosos monoteístas, que asseguravam a unificação identitária dos povos da região.
d) eram as capitais de grandes unidades políticas e sociais, e seus governantes buscavam a homogeneização dos povos indígenas da região.
e) foram conservadas quase integralmente até os dias de hoje, graças às preocupações preservacionistas dos colonizadores espanhóis.
30. (Unesp 2019) Analise a tela Marat assassinado, pintada por Jacques-Louis David em 1793.
a) gótico, expresso no confronto entre claro e escuro, e representa uma importante passagem bíblica.
b) barroco, expresso no contraste entre os objetos retratados, e valoriza a importância da leitura e da escrita.
c) romântico, expresso no conteúdo religioso da cena, e representa o predomínio da emoção sobre a razão.
e) moderno, expresso na imprecisão das formas e dos contornos do desenho, e representa o cotidiano do homem da época.
(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação, 2008.)
b) explicita a burocratização do sistema jurídico nacional e reconhece sua eficácia no controle interno.
c) indica o descompasso entre as determinações da Coroa portuguesa e os interesses pessoais dos governadores-gerais.
d) distingue o sistema oficial da dinâmica local e atesta o prevalecimento de ações autoritárias em ambas.
e) diferencia as funções do Poder Judiciário e do Poder Executivo e caracteriza a ação autônoma e independente de ambos.
a) Qual era o produto que, no período 1841/50, representava o maior percentual sobre o valor do conjunto das exportações brasileiras? Esboce, no pla-
no cartesiano a seguir, um gráfico que demonstre o comportamento da exportação desta mercadoria durante todo o período compreendido pela tabela
(1821/80).
b) Qual foi a mercadoria que sofreu maior oscilação percentual sobre o valor do conjunto das exportações brasileiras na passagem do período 1851/60 para
o período 1861/70? Aponte o principal motivo dessa oscilação.
34. (Unesp 2018)
É correto interpretar a charge, que representa D. Pedro II e foi publicada em 1887, como uma
35. (Unesp 2018) [...] as causas da guerra contra o Paraguai estão na própria dinâmica da construção dos Estados nacionais na região do Rio da Prata.
a) Quais países lutaram contra o Paraguai no conflito que transcorreu entre 1864 e 1870?
b) Justifique a afirmação de que “as causas da guerra contra o Paraguai estão na própria dinâmica da construção dos Estados nacionais na região do Rio
da Prata”.
36. (Unesp 2018) A Transamazônica inscrevia-se também nesse amálgama Geopolítica-Segurança Nacional. No caso da Amazônia, o projeto da corrente
nacionalista de direita do Exército era o de povoar, mas as contingências do tempo e do capital não seguiam mais as fórmulas pombalinas. Assim, na im-
possibilidade de povoar com gente – seria necessária a migração de toda a população brasileira para chegar-se a taxas de densidade razoáveis no vasto
território amazônico – optou-se pelo povoamento com interesses: a Zona Franca de Manaus configura-se como uma modalidade de povoamento por meio
de interesses constituídos. A própria Transamazônica era uma estratégia mista de povoamento populacional e de interesses.
(Francisco de Oliveira. “A reconquista da Amazônia”. Novos Estudos Cebrap, março de 1994. Adaptado.)
a) Em que período da história brasileira foi proposto e iniciado o projeto de construção da rodovia Transamazônica? Qual semelhança o texto estabelece
entre o projeto de construção da Transamazônica e a constituição da Zona Franca de Manaus?
b) Qual foi a justificativa dada pelo governo federal para a abertura da estrada? A que se refere a afirmação de que “A Transamazônica inscrevia-se também
nesse amálgama Geopolítica-Segurança Nacional”?
37. (Unesp 2018) [...] a década de 1970 começou repressiva, sanguinária e careta. [...] Os poucos heróis que tentavam fazer a guerrilha foram se isolando,
sem respaldo, nem dos camponeses, nem do proletariado. O país estava triste e ufanista ao mesmo tempo. [...]
Quando, em 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi torturado até a morte e os militares tentaram fazer valer a versão de um suicídio, a oposição começou a
pegar fogo outra vez.
(Maria Rita Kehl. “As duas décadas dos anos 70”. In: Anos 70: trajetórias, 2005.)
a) Explique a afirmação “O país estava triste e ufanista ao mesmo tempo”.
b) Caracterize e exemplifique a transformação que o texto sugere ocorrer no cenário interno brasileiro após 1975.
38. (Unesp 2018) Entre as manifestações místicas presentes no Nordeste brasileiro no final do Império e nas primeiras décadas da República, identificam-
-se
a) as pregações do Padre Ibiapina, relacionadas à defesa do protestantismo calvinista, e a literatura de cordel, que cantava os mitos e as lendas da região.
b) o cangaço, que realizava saques a armazéns para roubar alimentos e distribuí-los aos famintos, e o coronelismo, com suas práticas assistencialistas.
c) a liderança do Padre Cícero, vinculada à dinâmica política tradicional da região, e o movimento de Canudos, com características de contestação social.
d) a peregrinação de multidões a Juazeiro do Norte, para pedir graças aos padres milagreiros, e a liderança messiânica do fazendeiro pernambucano Delmi-
ro Gouveia.
e) a ação catequizadora de padres e bispos ligados à Igreja católica e a atuação do líder José Maria, que comandou a resistência na região do Contestado.
39. (Unesp 2018) O aparecimento da filosofia na Grécia não foi um fato isolado. Estava ligado ao nascimento da pólis.
A relação entre os surgimentos da filosofia e da pólis na Grécia Antiga é explicada, entre outros fatores,
a) pelo interesse dos mercadores em estruturar o mercado financeiro das grandes cidades.
b) pelo esforço dos legisladores em justificar e legitimar o poder divino dos reis.
a) a dificuldade das tropas romanas de avançar sobre territórios da África e a concentração dos domínios imperiais no continente europeu.
b) a resistência do Egito e de Cartago, que conseguiram impedir o avanço romano sobre seus territórios.
c) a conformação do maior império da Antiguidade e a imposição do poder romano sobre os chineses e indianos.
d) a iminência de conflitos religiosos, resultantes da tensão provocada pela conquista de Jerusalém pelos cristãos.
e) a importância do Mar Mediterrâneo para a expansão imperial e para a circulação entre as áreas de hegemonia romana.
41. (Unesp 2018) [...] os romanos foram bem-sucedidos em unificar as regiões por eles conquistadas. Isso não significou, no entanto, que essa imensa área
tenha deixado de possuir costumes e organizações bem diferentes. [...] Especialmente no que diz respeito à língua, o Império permaneceu dividido, e isso
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acabou influindo
nas diferentes culturas. Na prática, podem-se observar duas grandes áreas culturais, a ocidental e a oriental. O lado ocidental adotou como
língua o latim; no oriental, o grego foi a língua mais difundida. [...]
Mais importante do que a língua era a diversidade religiosa. A maioria dos povos da Antiguidade era politeísta, o que significa que admitiam a existência de
vários deuses. Isso tornava mais fácil conviver com crenças diferentes, o que foi celebrado com a construção do Panteão: um enorme edifício construído em
Roma para ser templo de todos os deuses.
a) Cite dois fatores que justifiquem a afirmação do texto de que “os romanos foram bem-sucedidos em unificar as regiões por eles conquistadas”.
b) É possível afirmar que a tolerância à diversidade religiosa no Império Romano era limitada? Explique e exemplifique.
42. (Unesp 2018) A migração de Maomé e seus seguidores, em 622, de Meca para Medina permitiu a consolidação da religião muçulmana que incluía, en-
tre outros princípios,
a) a recomendação de que os muçulmanos não escravizassem ou atacassem outros muçulmanos, pois eles pertencem à mesma irmandade de fé.
b) a proibição de que os muçulmanos exercessem atividades comerciais, pois o manejo cotidiano de riquezas era considerado impuro.
c) a proibição de que os muçulmanos visitassem Meca, pois o solo puro e sagrado dessa cidade deveria permanecer intocado.
d) a recomendação de que os muçulmanos não limitassem seu culto a um só Deus, pois o criador multiplica-se em diversas formas e faces.
e) a proibição de que os muçulmanos saíssem da Península Arábica, pois eles sofriam perseguições em outros territórios.
HISTÓRIA GERAL
43. (Unesp 2018) A era feudal tinha legado às sociedades que a seguiram a cavalaria, cristalizada em nobreza. [...] Até nas nossas sociedades, em que
morrer pela sua terra deixou de ser monopólio de uma classe ou profissão, o sentimento persistente de uma espécie de supremacia moral ligada à função
do guerreiro profissional — atitude tão estranha a outras civilizações, tal como a chinesa — permanece uma lembrança da divisão operada, no começo dos
tempos feudais, entre o camponês e o cavaleiro.
(La Chanson d’Aspremont, século XII. Apud Georges Duby. A Europa na Idade Média, 1988.)
a) Qual é a cerimônia medieval descrita no texto? Identifique dois versos do texto que contenham elementos religiosos.
b) Qual é a relação entre o rei e Rolando, personagens do poema? O que essa relação representa no contexto do feudalismo?
A gravura representa a marcha de mulheres revolucionárias até o palácio real de Versalhes em 5 de outubro de 1789.
a) levou à conquista do direito de voto, porém não do direito de exercer cargos executivos no novo governo francês.
b) teve ressonância parcial nas decisões políticas, pois apenas as mulheres da alta burguesia envolveram-se nos protestos políticos e civis.
c) foi notável nas manifestações e clubes políticos, porém seus direitos políticos e sociais não foram ampliados significativamente.
d) originou a igualdade de direitos civis em relação aos homens após a proclamação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
e) diminuiu bastante após os conflitos e a violência generalizada que marcaram a tomada da Bastilha.
46. (Unesp 2018) Ainda hoje a palavra Renascimento evoca a ideia de uma época dourada e de homens libertos dos constrangimentos sociais, religiosos e
políticos do período precedente. Nessa “época dourada”, o individualismo, o paganismo e os valores da Antiguidade Clássica seriam cultuados, dando mar-
gem ao florescimento das artes e à instalação do homem como centro do universo.
O texto refere-se a uma concepção acerca do Renascimento cultural dos séculos XV e XVI que
a) projeta uma visão negativa da Idade Média e identifica o Renascimento como a origem de valores ainda hoje presentes.
c) caracteriza a história da arte e do pensamento como desprovida de rupturas e marcada pela continuidade nas propostas estéticas.
d) valoriza a produção artística anterior a esse período e identifica o Renascimento como um momento de declínio da criatividade humana.
e) afirma o vínculo direto das invenções e inovações tecnológicas do período com o pensamento mítico da Antiguidade.
A foto, de janeiro de 1961, destaca o rompimento das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba.
a) Caracterize a forma de relacionamento entre as grandes potências mundiais nesse período e o contexto internacional em que tal rompimento se deu.
b) Caracterize o contexto interno de Cuba no momento em que o rompimento ocorreu e cite um desdobramento desse rompimento.
48. (Unesp 2018) A participação norte-americana na Guerra do Vietnã, entre 1961 e 1973, pode ser interpretada como
a) uma ação relacionada à defesa da liberdade, num contexto de expansão do anarquismo nos continentes asiático e africano.
b) um recuo na política de boa vizinhança que caracterizou a ação diplomática e comercial dos Estados Unidos após a Segunda Guerra.
c) a busca de recursos naturais e fontes de energia que ampliariam a capacidade de produção de armamentos nos Estados Unidos.
d) o esforço de contenção da influência soviética sobre a China, o Japão e os países do Sul e Sudeste asiático.
e) um movimento dentro da lógica da Guerra Fria, voltado ao fortalecimento da posição geoestratégica dos Estados Unidos.
3. Tendo a literatura até aqui enaltecido a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono, nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo
ginástico, o salto mortal, a bofetada e o soco.
4. Nós declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova: a beleza da velocidade. [...]
7. Não há mais beleza senão na luta. Nada de obra-prima sem um caráter agressivo. A poesia deve ser um assalto violento contra as forças desconhecidas
[...]
9. Nós queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo – o militarismo, o patriotismo [...]
11. Nós cantaremos as grandes multidões movimentadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela revolta; as marés multicoloridas e polifônicas das revoluções
nas capitais modernas; a vibração noturna dos arsenais e dos estaleiros sob suas violentas luas elétricas; [...] e o voo deslizante dos aeroplanos, cuja
hélice tem os estalos da bandeira e os aplausos da multidão entusiasta.
a) Que movimento esse manifesto iniciou? Cite uma frase do texto que demonstre a associação proposta entre arte e tecnologia.
b) Relacione esse manifesto com o momento político que a Europa atravessava na ocasião. Relacione o manifesto e o momento econômico por que a Euro-
pa passava.
50. (Unesp 2018) Analise o trecho da letra do samba “Brasil pandeiro”, de Assis
gente bronzeada
[...]
eu quero ver
anda dizendo
acarajé e abará
Na Casa Branca
já dançou a batucada
[...]
(Assis Valente. “Brasil Pandeiro”, 1940. Apud Antonio Pedro Tota. O imperialismo sedutor, 2000.)
a) da falta de criatividade da cultura brasileira, quando comparada com padrões e ritmos musicais da tradição cultural popular norte-americana.
b) da aproximaçăo cultural entre Brasil e Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial e no âmbito da chamada política da boa vizinhança.
c) do esforço de divulgação da música brasileira no exterior durante o Estado Novo e em conformidade com a política varguista de rejeição a produtos cultu-
rais estrangeiros.
d) da difusão da música brasileira no exterior, após o sucesso mundial da Bossa Nova e em meio ao esforço norte-americano de afastar a ameaça comunis-
ta da América.
e) do reconhecimento internacional da importância cultural do Brasil no conjunto do Ocidente, no contexto da bipolaridade estratégica da Guerra Fria.
51. (Unesp 2018) A Nação terá em qualquer tempo o direito de impor à propriedade privada as modalidades ditadas pelo interesse público [...]. Com esse
objetivo serão determinadas as medidas necessárias ao fracionamento dos latifúndios [...]. Os povoados, vilarejos e comunidades que careçam de terras e
águas ou não as tenham em quantidades suficientes para as necessidades de sua população terão direito a elas, tomando-as das propriedades vizinhas,
porém respeitando, sempre, a pequena propriedade.
O artigo 27 da Constituição elaborada ao final da Revolução Mexicana dispõe sobre a propriedade de terra e
a) contempla parcialmente as reivindicações dos movimentos camponeses e indígenas, por distribuição de terras.
b) representa a vitória dos projetos defendidos pelos setores operários e camponeses vinculados a grupos socialistas e anarquistas.
c) expõe o avanço do projeto liberal burguês e de sua concepção de desenvolvimento de uma agricultura integralmente voltada à exportação.
d) restabelece a hegemonia sociopolítica dos grandes proprietários rurais e da Igreja católica, que havia sido abalada nos anos de luta.
e) corresponde aos interesses dos grandes conglomerados norte-americanos, que se instalaram no país durante o período do porfirismo.
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52. (Unesp 2018)
O cartaz, afixado nos muros de Paris em maio de 1968, durante os episódios de rebelião estudantil, representa
c) o recurso à violência como estratégia de resistência estudantil frente à invasão nazista na França.
d) a luta dos estudantes pela extensão do direito de voto às crianças e aos adolescentes.
53. (Unesp 2018) A corporação tem como objetivo aumentar sempre o poder global da Nação em vista de sua extensão no mundo. É justo afirmar o valor
internacional da nossa organização, pois é no campo internacional somente que serão avaliadas as raças e as nações, quando a Europa, daqui a alguns
tempos, apesar do nosso firme e sincero desejo de colaboração e de paz, tiver novamente chegado a outra encruzilhada dos destinos.
(Apud Katia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea: 1789-1963, 1977.)
a) modernista.
b) socialista.
c) positivista.
d) fascista.
e) liberal.
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o
prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização.
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias
outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo
menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração
dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o
envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana.
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(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.)
54. (Unesp 2018) Os problemas ocorridos na colonização das ilhas do Caribe podem ser considerados “exemplares para toda a América”, pois geraram
a) a identificação de uma grande oportunidade, para nativos e europeus, de conviver com outros povos e desenvolver a tolerância e o respeito a valores
morais e culturais diferentes.
b) o temor, nos indígenas, diante da ambição europeia e a percepção, pelos europeus, da dificuldade de estruturar o empreendimento colonial e manter o
controle de terras e povos tão distantes.
c) o início de um longo conflito entre os europeus e as populações nativas, que provocou perdas humanas e financeiras nos dois lados, inviabilizando a ex-
ploração comercial da América.
d) a formação de uma elite colonial que recusava submeter-se às ordens das coroas europeias e dispunha de plena autonomia na produção e comercializa-
ção das mercadorias.
e) o reconhecimento, pelos europeus, da necessidade de instalação de feitorias no litoral para a segurança dos viajantes e a aceitação, pelos nativos, da
hegemonia dos conquistadores.
55. (Unesp 2018) “A instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones” contribuiu para a dominação espanhola e portuguesa da
América, uma vez que os religiosos
a) mediaram os conflitos entre grupos indígenas rivais e asseguraram o estabelecimento de relações amistosas destes com os colonizadores.
b) aceitaram a imposição de tributos às comunidades indígenas, mas impediram a utilização de nativos na agricultura e na mineração.
c) toleraram as religiosidades dos povos nativos e assim conseguiram convencê-los a colaborar com o avanço da colonização.
d) rejeitaram os regimes de trabalho compulsório, mas estimularam o emprego de mão de obra indígena em obras públicas.
e) desenvolveram missões de cristianização dos nativos e facilitaram o emprego de mão de obra indígena na empresa colonial.
56. (Unesp 2018) As epidemias provocadas pelos contatos entre europeus e povos autóctones da América
a) demonstraram o risco da expansão territorial para áreas distantes e determinaram o imediato desenvolvimento de vacinas.
b) representaram uma espécie de guerra biológica que afetou, ainda que de forma desigual, conquistadores e conquistados.
c) provocaram a interdição, pelas cortes europeias, da circulação de mulheres grávidas entre os dois continentes.
d) foram utilizadas pelos nativos para impedir o avanço dos europeus, que contraíram doenças tropicais, como a febre amarela e a malária.
e) levaram à proibição, pelas cortes europeias, do contato sexual entre europeus e nativos, para impedir a propagação da sífilis.
57. (Unesp 2018) A afirmação de que os primeiros traços da presença europeia na América foram “o prelúdio da ocidentalização” e “uma das primeiras eta-
pas da globalização” é correta porque a conquista do continente americano representou
a) a definição da superioridade militar e religiosa do Ocidente cristão e o início da perseguição sistemática a judeus e muçulmanos.
b) a demonstração da teoria de Cristóvão Colombo sobre a esfericidade da Terra e o fracasso dos novos instrumentos de navegação.
c) o encerramento das relações comerciais da Europa com o Oriente e o imediato declínio da venda das especiarias produzidas na Índia.
d) o encontro e o choque entre culturas e o gradual deslocamento do eixo do comércio mundial para o Oceano Atlântico.
e) o avanço da monetarização da economia e o lançamento de projetos de regulação e controle centralizado do comércio internacional.
As primeiras expedições na costa africana a partir da ocupação de Ceuta em 1415, ainda na terra de povos berberes, foram registrando a geografia, as
condições de navegação e de ancoragem. Nas paradas, os portugueses negociavam com as populações locais e sequestravam pessoas que chegavam às
praias, levando-as para os navios para serem vendidas como escravas. Tal ato era justificado pelo fato de esses povos serem infiéis, seguidores das leis
de Maomé, considerados inimigos, e portanto podiam ser escravizados, pois acreditavam ser justo guerrear com eles. Mais ao sul, além do rio Senegal, os
povos encontrados não eram islamizados, portanto não eram inimigos, mas eram pagãos, ignorantes das leis de Deus, e no entender dos portugueses da
época também podiam ser escravizados, pois ao se converterem ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas almas na vida além desta.
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(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)
a) o mercado atlântico de africanos escravizados em seu período de maior intensidade e o controle do tráfico pelas Companhias de Comércio.
b) o avanço gradual da presença europeia na África e a conformação de um modelo de exploração da natureza e do trabalho.
c) as estratégias da colonização europeia e a sua busca por uma exploração sustentável do continente africano.
d) o caráter laico do Estado português e as suas ações diplomáticas junto aos reinos e às sociedades organizadas da África.
e) o pioneirismo português na expansão marítima e a concentração de sua atividade exploradora nas áreas centrais do continente africano.
a) a motivação da conquista europeia da África foi essencialmente religiosa, destituída de caráter econômico.
b) os líderes políticos africanos apoiavam a catequização dos povos nativos pelos conquistadores europeus.
d) os povos africanos reconheciam a ação europeia no continente como uma cruzada religiosa e moral.
e) a escravização foi muitas vezes justificada pelos europeus como uma forma de redimir e salvar os africanos.
O Rio de Janeiro dos primeiros anos da República era a maior cidade do país, com mais de 500 mil habitantes. Capital política e administrativa, estava em
condições de ser também, pelo menos em tese, o melhor terreno para o desenvolvimento da cidadania. Desde a independência e, particularmente, desde o
início do Segundo Reinado, quando se deu a consolidação do governo central e da economia cafeeira na província adjacente, a cidade passou a ser o cen-
tro da vida política nacional. O comportamento político de sua população tinha reflexos imediatos no resto do país. A Proclamação da República é a melhor
demonstração dessa afirmação.
60. (Unesp 2018) O texto afirma que a consolidação do Rio de Janeiro como “o centro da vida política nacional” ocorreu com
d) o declínio da economia açucareira nordestina e o início da exploração do ouro nas Minas Gerais.
a) expressou a interferência norte-americana e reduziu a influência britânica nos assuntos internos do país.
b) teve forte participação dos sindicatos operários da capital e ampliou os direitos de cidadania no Brasil.
c) representou o fim da hegemonia das elites cafeeiras e açucareiras na condução da política brasileira.
d) foi rejeitada e combatida militarmente pelos principais clérigos católicos no Brasil e no exterior.
e) resultou da ação de um setor das forças armadas e contou com o apoio de grupos políticos da capital.
62. (Unesp 2017) Em 1955 foi realizada na Indonésia a Conferência de Bandung, que lançou as bases do chamado Movimento dos Não Alinhados. Consi-
derando o contexto do Pós-Segunda Guerra Mundial, a Conferência de Bandung expressava
a) uma manifestação pelo reconhecimento internacional da hegemonia asiática sobre a economia do pós-guerra.
b) uma ruptura com os padrões socioculturais preconizados pela Tríplice Aliança e pela Tríplice Entente.
c) a resistência política contra os confrontos armados entre os Países Aliados e os Países do Eixo.
d) a consolidação da influência socialista no hemisfério oriental, com a redefinição de antigas fronteiras políticas.
e) a tentativa de alguns países de se manterem neutros diante da bipolaridade estabelecida pela Guerra Fria.
63. (Unesp 2017) Caracterize os sistemas administrativos de capitanias hereditárias e de governo geral empregados na colonização brasileira. Indique duas
diferenças entre esses sistemas.
64. (Unesp 2017) Em meados do século o negócio dos metais não ocuparia senão o terço, ou bem menos, da população. O grosso dessa gente compõe-se
de mercadores de tenda aberta, oficiais dos mais variados ofícios, boticários, prestamistas, estalajadeiros, taberneiros, advogados, médicos, cirurgiões-bar-
beiros, burocratas, clérigos, mestres-escolas, tropeiros, soldados da milícia paga. Sem falar nos escravos, cujo total, segundo os documentos da época,
ascendia a mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda essa gente provocava a formação de grandes currais; a própria lavoura ganhava alento
novo.
(Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”. História geral da civilização brasileira, vol. 2, 1960. Adaptado.)
De acordo com o excerto, é correto concluir que a extração de metais preciosos em Minas Gerais no século XVIII
a) impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas de extração e favoreceu a independência colonial.
b) bloqueou a possibilidade de ascensão social na colônia e forçou a alta dos preços dos instrumentos de mineração.
65. (Unesp 2017) A Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798) tiveram semelhanças e diferenças significativas. É correto afirmar que
a) as duas revoltas tiveram como objetivo central a luta pelo fim da escravidão.
c) a revolta mineira propunha a independência brasileira e a baiana, a manutenção dos laços com Portugal.
66. (Unesp 2017) Art. 3º O governo paraguaio se reconhece obrigado à celebração do Tratado da Tríplice Aliança de 1º de maio de 1865, entendendo-se
estabelecido desde já que a navegação do Alto Paraná e do Rio Paraguai nas águas territoriais da república deste nome fica franqueada aos navios de
guerra e mercantes das nações aliadas, livres de todo e qualquer ônus, e sem que se possa impedir ou estorvar-se de nenhum modo a liberdade dessa na-
vegação comum.
com o Paraguai (20 junho 1870)”. In: Paulo Bonavides e Roberto Amaral
O tratado de paz imposto pelos países vencedores da guerra contra o Paraguai deixa transparente um dos motivos da participação do Estado brasileiro no
conflito:
67. (Unesp 2017) Leia o trecho do romance Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis (1839-1908), em que o personagem Bento apresenta ao amigo
Escobar os bens de sua família.
– Não, agora não voltamos mais [a viver na fazenda]. Olhe, aquele preto que ali vai passando, é de lá. Tomás!
– Nhonhô!
Estávamos na horta da minha casa, e o preto andava em serviço; chegou-se a nós e esperou.
[...]
Mostrei outro, mais outro, e ainda outro, este Pedro, aquele José, aquele outro Damião...
Com efeito, eram diferentes letras, [...] distinguindo-se por um apelido ou da pessoa [...] ou de nação como Pedro Benguela, Antônio Moçambique.
– Não, alguns andam ganhando na rua, outros estão alugados. Não era possível ter todos em casa. Nem são todos os da roça: a maior parte ficou lá.
O enredo de Dom Casmurro transcorre na cidade do Rio de Janeiro, capital do Império brasileiro. A partir da análise do trecho, explicite a visão do proprietá-
rio sobre os seus escravos, as origens desses escravos e os tipos de exploração escravista na sociedade brasileira do século XIX.
68. (Unesp 2017) A Revolta dos Malês, ocorrida em 1835 na Bahia, contou com ampla participação popular e defendeu, entre outras propostas,
O caricaturista Benedito Carneiro Bastos Barreto, o Belmonte, publicou no jornal paulistano Folha da Noite essas caricaturas de Getúlio Vargas. Elas retra-
tam as reações de Getúlio às condições históricas de cada ano de seu governo, de 1930 a 1937.
Escolha dois quadrinhos, cite o momento histórico que cada um representa e explique as razões das reações emocionais de Getúlio a esses momentos.
70. (Unesp 2017) A campanha pela Constituinte foi extremamente importante para despertar a consciência cívica dos brasileiros e estimular a organização
da sociedade, criando ambiente propício à manifestação objetiva e clara da vontade do povo quanto a pontos essenciais da organização política e social.
[...]
A alegação de que ela [a Constituição] é demasiado longa e minuciosa esconde, na realidade, a resistência dos que não querem perder privilégios tradicio-
nais e dos que desejam eliminar da Constituição os direitos econômicos, sociais e culturais, pois tais direitos exigem do Estado um papel positivo, de plane-
jador e realizador, deixando para trás o Estado-Polícia, mero garantidor de privilégios, antes protegidos como direitos.
Dalmo Dallari apud Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação, 2008.
A partir do depoimento do jurista Dalmo Dallari, cite duas características do momento histórico em que a Assembleia Constituinte de 1988 foi convocada e
duas características da Carta que ela elaborou.
71. (Unesp 2017) Na passagem dos anos 1920 para a década seguinte, a política de valorização do café no Brasil
a) impediu o avanço da produção de cacau, algodão e borracha, devido à concentração de recursos econômicos no Nordeste.
b) facilitou o deslocamento de capitais do setor industrial para o agrário, que aproveitava a estabilidade dos mercados externos para se desenvolver.
c) agravou a crise econômica, devido ao alto volume de café estocado e à redução significativa dos mercados estrangeiros para a mercadoria.
d) sustentou a hegemonia financeira da região Nordeste, que prolongou sua liderança e comando político por mais duas décadas.
e) foi compensada pela estratégia governamental de supervalorização do câmbio, o que permitiu o aumento significativo das exportações de café.
72. (Unesp 2017) Observe o cartaz, relativo ao plebiscito realizado em janeiro de 1963.
73. (Unesp 2017) No presidencialismo, a instabilidade da coalisão pode atingir diretamente a presidência. É menor o grau de liberdade de recomposi-
ção de forças, através da reforma do gabinete, sem que se ameacem as bases de sustentação da coalizão governante. No Congresso, a polarização
tende a transformar “coalizões secundárias” e facções partidárias em “coalizões de veto”, elevando perigosamente a probabilidade de paralisia decisória e
consequente ruptura da ordem política.
Sérgio Henrique H. de Abranches. “Presidencialismo de coalizão: o dilema institucional brasileiro”. Dados, 1988.
Os impasses do chamado “presidencialismo de coalizão” podem ser identificados em pelo menos dois momentos da história brasileira:
a) nas sucessivas constituintes realizadas entre 1934 e 1946 e na instabilidade política da chamada Primeira República.
b) nas dificuldades políticas enfrentadas no período de 1946 a 1964 e nas crises governamentais da chamada Nova República.
c) na reforma partidária do final do regime militar e na pulverização dos votos populares nas eleições presidenciais de 1989 e 1998.
d) na crise final do Segundo Império e no fechamento político provocado pela implantação do Estado Novo de Getúlio Vargas.
e) nas críticas à política dos governadores implementada por Campos Sales e no golpe militar que encerrou o governo de João Goulart.
74. (Unesp 2017) Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação política, os gregos tinham uma profunda consciência de pertencer a uma só
e mesma cultura. Esse fenômeno é tão mais extraordinário, considerando-se a ausência de qualquer autoridade central política ou religiosa e o livre espírito
de invenção de uma determinada comunidade para resolver os diversos problemas políticos ou culturais que se colocavam para ela.
75. (Unesp 2017) A Igreja foi responsável direta por mais uma transformação, formidável e silenciosa, nos últimos séculos do Império: a vulgarização da
cultura clássica. Essa façanha fundamental da Igreja nascente indica seu verdadeiro lugar e função na passagem para o Feudalismo. A condição de existên-
cia da civilização da Antiguidade em meio aos séculos caóticos da Idade Média foi o caráter de resistência da Igreja. Ela foi a ponte entre duas épocas.
a) tornou-se uma instituição do Império Romano e sobreviveu à sua derrocada quando da invasão dos bárbaros germânicos.
b) limitou suas atividades à esfera cultural e evitou participar das lutas políticas durante o Feudalismo.
c) manteve-se fiel aos ensinamentos bíblicos e proibiu representações de imagens religiosas na Idade Média.
e) combateu o universo religioso do Feudalismo e propagou, em meio aos povos sem escrita, o paganismo greco-romano.
76. (Unesp 2017) Leia o trecho de A divina comédia, escrita pelo poeta italiano Dante Alighieri (1265-1321), no início do século XIV.
1
arsenal: lugar de conserto de navios.
2
pez: piche.
3
lenho: barco.
4
calafetar: vedar, fechar.
5
traquete: mastro.
Nos versos, o poeta refere-se ao trabalho de reparação dos navios venezianos. Descreva a natureza do trabalho desenvolvido no arsenal e explique o moti-
vo da crise econômica das cidades italianas a partir do final do século XV.
77. (Unesp 2017) Nem todos os homens se renderam diante das forças irresistíveis do novo mundo fabril, e a experiência do movimento dos quebradores
de máquina demonstra uma inequívoca capacidade dos trabalhadores para desencadear uma luta aberta contra o sistema de fábrica. De um lado, esse
movimento de resistência visava investir contra as novas relações hierárquicas e autoritárias introduzidas no interior do processo de trabalho fabril, e nessa
medida a destruição das máquinas funcionava como mecanismo de pressão contra a nova direção organizativa das empresas; de outro lado, inúmeras ati-
vidades de destruição carregaram implicitamente uma profunda hostilidade contra as novas máquinas e contra o marco organizador da produção que essa
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tecnologia impunha.
De acordo com o texto, os movimentos dos quebradores de máquinas, na Inglaterra do final do século XVIII e início do XIX,
a) expunham a rápida e eficaz ação dos sindicatos, capazes de coordenar ações destrutivas em fábricas de diversas partes do país.
b) representavam uma reação diante da ordem e da disciplinarização do trabalho, facilitadas pelo emprego de máquinas na produção fabril.
c) indicavam o aprimoramento das condições de trabalho nas fábricas, que contavam com aparato de segurança interna contra atos de vandalismo.
d) revelavam a ingenuidade de alguns trabalhadores, que não percebiam que as máquinas auxiliavam e facilitavam seu trabalho.
e) simbolizavam a rebeldia da maioria dos trabalhadores, envolvidos com partidos e agrupamentos políticos de inspiração marxista.
d) a gama variada de cores luminosas e a concepção otimista de uma humanidade sem pecado.
e) a idealização do corpo do Salvador e a noção de uma divindade desvinculada dos dramas humanos.
79. (Unesp 2017) Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do homem; a se-
gunda, dos animais. Como, porém, muitas vezes a primeira não seja suficiente, é preciso recorrer à segunda. Ao príncipe torna-se necessário, porém, saber
empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Nas ações de todos os homens, máxime dos príncipes, onde não há tribunal para que recorrer, o que
importa é o êxito bom ou mau. Procure, pois, um príncipe, vencer e conservar o Estado.
O texto, escrito por volta de 1513, em pleno período do Renascimento italiano, orienta o governante a
80. (Unesp 2017) Enquanto a filosofia que declara uma raça superior e outra inferior não for finalmente e permanentemente desacreditada e abandonada;
enquanto não deixarem de existir cidadãos de primeira e segunda categoria de qualquer nação; enquanto a cor da pele de uma pessoa não for mais impor-
tante que a cor dos seus olhos; enquanto não forem garantidos a todos por igual os direitos humanos básicos, sem olhar a raças, até esse dia, os sonhos
de paz duradoura, cidadania mundial e governo de uma moral internacional irão continuar a ser uma ilusão fugaz, a ser perseguida mas nunca alcançada.
E igualmente, enquanto os regimes infelizes e ignóbeis que suprimem os nossos irmãos, em condições subumanas, em Moçambique e na África do Sul não
forem superados e destruídos; enquanto o fanatismo, os preconceitos, a malícia e os interesses desumanos não forem substituídos pela compreensão, tole-
rância e boa vontade; enquanto todos os Africanos não se levantarem e falarem como seres livres, iguais aos olhos de todos os homens como são no Céu,
até esse dia, o continente Africano não conhecerá a Paz. Nós, Africanos, iremos lutar, se necessário, e sabemos que iremos vencer, pois somos confiantes
na vitória do bem sobre o mal.
Haile Selassie [“Discurso proferido em 1963, ONU”] apud Regina Claro. Olhar a África, 2012.
O discurso do imperador etíope Haile Selassie destaca algumas noções centrais do Pan-Africanismo. A que “filosofia” o imperador se refere na primeira li-
nha? Por que Selassie se refere ao regime sul-africano como “infeliz e ignóbil”? Cite duas características do Pan-Africanismo.
81. (Unesp 2017) Não apenas a ameaça de confronto nuclear, mas a realidade do conflito militar, formam uma parte básica do “lado sombrio” da moderni-
dade no século atual. O século XX é o século da guerra, com um número de conflitos militares sérios envolvendo perdas substanciais de vidas consideravel-
mente mais alto do que em qualquer um dos dois séculos precedentes. No presente século, até agora, mais de 100 milhões de pessoas foram mortas em
guerras, uma proporção mais alta da população do mundo do que no século XIX, mesmo considerando-se o crescimento geral da população.
As duas Grandes Guerras do século XX tiveram, em alguns aspectos, causas semelhantes. Cite dois fatores comuns que desencadearam tais guerras e cite
duas razões de suas naturezas destruidoras.
82. (Unesp 2017) A expansão territorial dos Estados Unidos, no século XIX, foi o resultado da compra da Luisiana francesa pelo governo central, da ane-
xação de territórios mexicanos, da distribuição de pequenos lotes de terra para colonos pioneiros, da expansão das redes de estradas de ferro, assim como
da anexação de terras indígenas.
Esse processo expansionista foi ideologicamente justificado pela doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual
83. (Unesp 2017) Em Aire-sur-la-Lys, em 15 de agosto de 1335, Jean de Picquigny, governador do condado de Artois, permite ao “maior, aos 1almotacés e
à comunidade da cidade construir uma torre com um sino especial, por causa do mister da tecelagem e de outros misteres em que vários operários deslo-
cam-se habitualmente em certas horas do dia”.
1
almotacé: inspetor municipal.
O texto revela
84. (Unesp 2017) Examine duas pinturas produzidas na Caverna de Altamira, Espanha, durante o Período Paleolítico Superior.
b) expressão artística infantilizada e insuficiente para fornecer qualquer indício sobre a vida na Pré-História.
d) representação, em linguagem visual, dos vínculos materiais de um povo com o seu ambiente.
85. (Unesp 2017) No movimento de Independência atuam duas tendências opostas: uma, de origem europeia, liberal e utópica, que concebe a América
espanhola como um todo unitário, assembleia de nações livres; outra, tradicional, que rompe laços com a Metrópole somente para acelerar o processo de
dispersão do Império.
O texto refere-se às concepções em disputa no processo de Independência da América Latina. Tendo em vista a situação política das nações latino-ameri-
canas no século XIX, é correto concluir que
86. (Unesp 2017) Os deuses disseram entre si depois de criar o homem: “O que os homens comerão, oh deuses? Vamos já todos buscar o alimento.” En-
quanto isso, as formigas vermelhas estavam colhendo e carregando os grãos de milho que traziam de dentro do Tonacatepetl (Montanha do Sustento). O
deus Quetzalcoatl encontrou as formigas e lhes disse: “Digam-me, onde vocês colheram os grãos de milho?”. Muitas vezes lhes perguntou, mas as formigas
não quiseram responder. Algum tempo depois, as formigas disseram a Quetzalcoatl: “Lá.” E apontaram o lugar. Quetzalcoatl se transformou em formiga ne-
gra e as acompanhou. Desse modo, Quetzalcoatl acompanhou as formigas vermelhas até o depósito, arranjou o milho e em seguida o levou a Tamoanchan
(moradia dos deuses e onde o homem havia sido criado). Ali os deuses o mastigaram e o puseram na nossa boca para nos robustecer.
Apud Eduardo Natalino dos Santos. Cidades pré-hispânicas do México e da América Central, 2004.
O texto asteca
a) promove a divulgação das qualidades nutricionais do milho para o fortalecimento dos guerreiros mesoamericanos.
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b) oferece uma explicação mítica para a importância do milho na base da alimentação dos povos mesoamericanos.
d) procura justificar o fato de apenas os governantes dos povos mesoamericanos poderem exercer atividades agrícolas.
e) revela a influência das fábulas europeias na construção do imaginário dos povos mesoamericanos.
O artista Artur Barrio nasceu em Portugal e mudou-se para o Brasil em 1955, dedicando-se à pintura a partir de 1965. Em 1969, começa a criar as Situa-
ções: trabalhos de grande impacto, realizados com materiais orgânicos como lixo, papel higiênico, detritos humanos e carne putrefata, com os quais realiza
intervenções no espaço urbano. No mesmo ano, escreve um manifesto no qual contesta as categorias tradicionais da arte e sua relação com o mercado, e a
conjuntura histórica da América Latina. Em 1970, na mostra coletiva Do corpo à terra, espalha as Trouxas ensanguentadas em um rio em Belo Horizonte.
(http://enciclopedia.itaucultural.org.br. Adaptado.)
Relacionando-se a imagem, as informações contidas no texto e o contexto do ano da mostra coletiva Do corpo à terra, é correto interpretar a intervenção
Trouxas ensanguentadas como uma
88. (Unesp 2017) A partir do início do século XX, na França, alguns artistas vão subverter a concepção que se tinha da pintura. Em vez de simplesmente
representar o que era visto, eles decidem representar aquilo que não podia ser visto. Os rostos de perfil têm dois olhos, a natureza se decompõe em formas
geométricas... a realidade se revela em todas as suas facetas, como um cubo achatado.
Christian Demilly. Arte em movimentos e outras correntes do século XX, 2016. Adaptado.
Uma obra representativa da estética à qual o texto se refere está reproduzida em:
a)
b)
c)
d)
e)
89. (Unesp 2017) O movimento sufragista teve início no final do século XIX, no Reino Unido.
O que foi o movimento sufragista? Como tal movimento atuava? Relacione o movimento sufragista às mudanças provocadas pelo surgimento e expansão
das fábricas.
A industrialização contemporânea requer investimentos vultosos. No Brasil, esses investimentos não podiam ser feitos pelo setor privado, devido à escassez
de capital que caracteriza as nações em desenvolvimento. Além disso, o crescimento econômico do Brasil, um recém-chegado ao processo de moderni-
zação, processou-se em condições socioeconômicas diferentes. Um efeito internacional de demonstração, na forma de imitação de padrões de vida, entre
países ricos e pobres, e entre classes ricas e pobres dentro das nações, resultou em pressões significativas sobre as taxas de crescimento para diminuir
a diferença entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento. Em vista das aspirações de melhores padrões de vida, o governo desempenhou um papel
importante no crescimento econômico recente do Brasil.
(Carlos Manuel Peláez e Wilson Suzigan. História monetária do Brasil, 1981. Adaptado.)
90. (Unesp 2017) Os impasses do desenvolvimento industrial brasileiro, apontados pelo texto, foram enfrentados no governo Juscelino Kubitschek (1956-
1961) com o Plano de Metas, cujo objetivo era promover a industrialização por meio
c) da criação de indústrias têxteis estatais e do aumento de impostos sobre o grande capital nacional.
d) do emprego de empresas multinacionais submetidas à severa lei da remessa de lucros, juros e dividendos para o exterior.
91. (Unesp 2017) De acordo com o texto, uma das particularidades do processo de industrialização brasileira é
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a) o controle
das matérias-primas industriais pelas nações imperialistas do planeta.
b) a escassez de mão de obra devido à sobrevivência da pequena propriedade rural.
c) o domínio da política por setores sociais ligados aos padrões da economia colonial.
Dado que o Presidente eleito Donald Trump articulou uma visão coerente dos assuntos externos, parece que os Estados Unidos devem rejeitar a maioria
das políticas do período pós-1945. Para Trump, a OTAN é um mau negócio, a corrida nuclear é algo bom, o presidente russo Vladimir Putin é um colega
admirável, os grandes negócios vantajosos apenas para nós, norte-americanos, devem substituir o livre-comércio.
Com seu estilo peculiar, Trump está forçando uma pergunta que, provavelmente, deveria ter sido levantada há 25 anos: os Estados Unidos devem ser uma
potência global, que mantenha a ordem mundial – inclusive com o uso de armas, o que Theodore Roosevelt chamou, como todos sabem, de Big Stick?
Curiosamente, a morte da União Soviética e o fim da Guerra Fria não provocaram imediatamente esse debate. Na década de 1990, manter um papel de
liderança global para os Estados Unidos parecia barato – afinal, outras nações pagaram pela Guerra do Golfo Pérsico de 1991. Nesse conflito e nas su-
cessivas intervenções norte-americanas na antiga Iugoslávia, os custos e as perdas foram baixos. Então, no início dos anos 2000, os americanos foram
compreensivelmente absorvidos pelas consequências do 11 de setembro e pelas guerras e ataques terroristas que se seguiram. Agora, para melhor ou para
pior, o debate está nas nossas mãos.
Eliot Cohen. “Should the U.S. still carry a ‘big stick’?”. www.latimes.com, 18.01.2017. Adaptado.
92. (Unesp 2017) O texto identifica dois períodos distintos nas relações globais após o fim da Guerra Fria. Tais períodos podem ser descritos da seguinte
forma:
a) primeiro, uma fase de ordem mundial multipolarizada; depois, uma etapa marcada pela atuação russa e estadunidense como mediadores em áreas de
conflito.
b) primeiro, uma fase de constantes atentados terroristas na Europa; depois, uma etapa de afirmação e consolidação da liderança industrial-militar estaduni-
dense.
c) primeiro, uma fase de frequente intervencionismo norte-americano em conflitos regionais; depois, uma etapa de dúvida quanto ao papel dos Estados Uni-
dos no cenário global.
d) primeiro, uma fase de alianças e acordos comerciais entre países europeus e latino-americanos; depois, uma etapa voltada à implantação de blocos eco-
nômicos regionais.
e) primeiro, uma fase de acelerado armamentismo russo e norte-americano; depois, uma etapa de distensão e de estabelecimento de uma ordem mundial
bipolarizada.
93. (Unesp 2017) Um dos principais lemas da campanha presidencial de Donald Trump foi “Make America Great Again”. Tal lema pode ser associado à se-
guinte frase do texto:
a) “Com seu estilo peculiar, Trump está forçando uma pergunta que, provavelmente, deveria ter sido levantada há 25 anos”.
b) “O Presidente eleito Donald Trump articulou uma visão coerente dos assuntos externos”.
c) “Na década de 1990, manter um papel de liderança global para os Estados Unidos parecia barato”.
d) “Os Estados Unidos devem ser uma potência global, que mantenha a ordem mundial”.
e) “Curiosamente, a morte da União Soviética e o fim da Guerra Fria não provocaram imediatamente esse debate”.
94. (Unesp 2017) A chamada “política do Big Stick”, desenvolvida pelo presidente norte-americano Theodore Roosevelt, manifestou-se por meio
b) dos estímulos financeiros à recuperação econômica dos países latino-americanos, após a depressão econômica de 1929.
c) das contínuas intervenções diretas e indiretas em assuntos internos dos países latino-americanos.
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d) da elevação
das taxas alfandegárias na entrada de mercadorias europeias nos Estados Unidos, após a crise de 1929.
e) da repressão às manifestações por direitos civis nos Estados Unidos da década de 1960.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
a) Fósseis são registros arqueológicos petrificados no solo ou subsolo, restos de animais e plantas que, de alguma maneira, ficaram conservados ao longo do
tempo. A Cultura Material e Imaterial caracterizam os dois tipos de patrimônio cultural de um grupo. A Cultura Material está associada a elementos materiais,
palpáveis e concretos de um determinado povo, foram criados ao longo do tempo, por exemplo, moradias, ferramentas, etc.
b) O fóssil conhecido como Luzia, encontrado na década de 1970 em Minas Gerais, foi pesquisado pelo bioantropólogo da USP na década de 1990, Walter
Neves, foi associado aos povos Africanos. Estudos mais recentes, 2018, apontaram para outro caminho, que Luzia, na verdade possui feição ameríndia
como os demais. Diversos fatores limitam esses estudos, tais como, poucos vestígios, dificuldade de encontrar DNA, etc.
a) Fósseis são vestígios de seres que viveram no passado, há mais de 10 mil anos, podem ser ossos, dentes, pegadas impressas em rochas, fezes petrifi-
cadas, animais conservados no gelo ou impressões de vegetais. A “cultura material” relaciona-se a objetos, ferramentas e moradias que um povo e sua
cultura possuem, criando uma identidade comum em um contexto específico em determinada época da história.
b) Os primeiros pesquisadores que estudaram o fóssil de Luzia concluíram que ela teria traços africanos, porém, com o passar dos anos, outros pesquisa-
dores concluíram que Luzia apresentaria características ameríndias (povos indígenas nativos da América); a limitação desse estudo, realizado pelos primei-
ros pesquisadores, ocorreu pela escassez de vestígios, falta de DNA e tecnologia menos avançada.
Resposta da questão 2:
[B]
Ao se tornar escravizado, o indivíduo é obrigado a romper os seus vínculos sociais, perdendo laços, deixando de ser reconhecido por sua identidade origi-
nária e sendo tratado como mercadoria. Assim é que a “despersonalização” e a “dessocialização” se mostram como características marcantes desse fenô-
meno.
A escravidão comercial negra, iniciada por Portugal na época mercantilista e colonialista, enxergava o escravo como mercadoria e, por isso, promovia uma
espécie de despersonalização nos negros escravizados, retirando deles a condição de humanidade. Além disso, o fato de os negros serem retirados a força
de suas tribos na África para serem vendidos mundo afora promovia uma dessocialização cultural e social que, por fim, levava os negros escravizados a um
processo de aculturação.
Resposta da questão 3:
[B]
Somente a proposição [B] está correta. O texto do historiador francês Georges Duby remete ao papel atribuído às mulheres no contexto europeu medieval
geralmente vinculado ao universo doméstico associado à maternidade e santidade.
As diferenças e desigualdades de gênero são antigas. O texto apresenta uma configuração medieval dessas relações que, em certa medida e, em outro
contexto social, continuam a existir.
Resposta da questão 4:
[A]
42
Somente a alternativa [A] está correta. No contexto do III Reich, 1933-1945, o governo nazista alemão praticou um holocausto antissemita, um verdadeiro
genocídio contra os judeus. O excerto reflete sobre a tolerância de muitos alemães que viam os vizinhos judeus sendo presos, deportados, torturados, es-
pancados e nada faziam.
A experiência nazista é instigante não somente pela violência cometida, mas também pela indiferença da população frente às atrocidades cometidas. Essa
indiferença é analisada por diversos trabalhos desde então que, através de conceitos como banalidade do mal e anestesia moral, tentam explicar esse tipo
de atitude.
Resposta da questão 5:
a) Dia 10/11/1937, Vargas deu um golpe e implantou a ditadura política do Estado Novo que durou até 1945. Em 1937, entrou em vigor uma nova cons-
tituição, conhecida como “Polaca”, esta foi muita autoritária, concedendo amplos poderes ao executivo, limitando o poder do legislativo bem como dos
estados da federação.
b) Vargas foi deposto em outubro de 1945 por Dutra e Gois Monteiro tendo como estopim a nomeação de seu irmão Benjamim Vargas para ser chefe da po-
lícia. Teve início no Brasil a chamada “República Liberal Populista”, 1946-1964, pautada pelo processo de redemocratização que marcou o mundo logo após
o término da Segunda Guerra Mundial em 1945. Surgiram partidos políticos no Brasil; PSD e PTB apoiaram Vargas e a UDN era contrária ao estilo Vargas.
A própria constituição promulgada em 1946 marca essa redemocratização, comparada com a polaca autoritária de 1937, era mais liberal e democrática,
dando mais equilíbrio aos três poderes.
Resposta da questão 6:
[A]
Dentre as motivações apresentadas por JK para a construção de Brasília podemos elencar o desenvolvimento da região Centro-Oeste, o aumento da inte-
gração entre as regiões brasileiras e o afastamento das decisões políticas de um centro urbano muito populoso.
Resposta da questão 7:
[D]
A História, e seu estudo enquanto ciência, é sempre temporal. Necessitamos da temporalidade para tratar sobre História. Já os mitos, ou o estudo das mito-
logias, é anterior à própria História, sendo, também, atemporal. Por isso, não existe diálogo entre eles.
Resposta da questão 8:
a) O excerto faz alusão a queda da Bastilha, 14/07/1789, marca o início da Revolução Francesa. A sociedade ainda estava dividida em estamentos de
acordo com o Antigo Regime: Clero, Nobreza eram os privilegiados e os demais formavam o terceiro estado. Na política imperava o absolutismo monár-
quico da dinastia dos Bourbons na figura de Luiz XVI. A economia francesa era agrária, semifeudal, agravada por uma forte crise econômica-financeira.
b) A forte violência praticada pelos populares vinculados ao terceiro estado no início da Revolução Francesa está presente nos dois textos. O comentário de
Graco Babeuf no final do texto “nossos senhores colherão o que semearam” aponta para toda a exploração praticada pelos privilegiados (primeira estado
composto pelo clero e segundo estado constituído pela nobreza) contra o povo pobre durante a vigência do Antigo Regime, e que, no contexto da Revolu-
ção Francesa, o povo vai radicalizar através de atos de violência conforme sugerem os textos.
Resposta da questão 9:
[E]
No período citado no texto, existia na Europa um arranjo conservador pós Era Napoleônica, expresso através do Congresso de Viena, e uma onda liberal na
América, concretizada através das independências da América Espanhola e da América Portuguesa.
Foram três os fatores que contribuíram para a descolonização afro-asiática: o enfraquecimento das metrópoles europeias, o interesse de EUA e URSS no
contexto da Guerra Fria e o aumento do desejo das populações coloniais pela libertação.
43
Resposta da questão 11:
[E]
O texto traz as consequências da 2ª Revolução Industrial para as sociedades urbanas, em especial na Europa. Os aumentos populacional e da dinâmica
social e a crescente impessoalidade das relações são marcas desse processo.
b) A Guerra Fria começou após o final da Segunda Guerra Mundial em 1945, dividiu vários países, entre eles, a Coreia. A Coreia do Norte, ditadura comu-
nista, denominada de República Democrática da Coreia do Norte, capital Pyongyang. Havia um certo isolamento diplomático em relação ao mundo, embora
na atualidade há um relativo esforço de aproximação com os EUA em função do programa nuclear. A Coreia do Sul, capitalista e democrática, capital Seul,
denominada de República da Coreia do Sul. No quesito Diplomacia, a Coreia do Sul, capitalista-democrática-desenvolvida, está muito mais integrada com
as relações internacionais.
São marcas da Revolução Mexicana retratadas na gravura: a participação do campesinato, inclusive de mulheres, e o resgate da cultura indígena, através
do uso das caveiras.
A referida carta data do século XVII, período no qual a colônia portuguesa na América vivia intensamente o ciclo do açúcar, carro-chefe da economia colo-
nial.
A partir do autor e de sua corrente literária, o arcadismo, conseguimos datar sua produção: o século XVIII. Em tal período, o Brasil vivia o ciclo do ouro, que
acabou por causar as transformações citadas por Cláudio Manuel da Costa na região das Minas Gerais.
O texto e o mapa deixam claro que a navegação no Atlântico, em especial na parte sul, ajudou a integrar Europa, América e África, em especial a partir do
tráfico negreiro atlântico.
Somente a alternativa [E] está correta. O historiador Frei Vicente de Salvador afirma que a terra “descoberta” por Cabral recebeu um nome de viés religioso,
Terra de Santa Cruz, porém o aspecto econômico comercial ligado ao demônio se sobrepôs e a terra recém-descoberta mudou seu nome para “Brasil, ou
seja, foi a vitória do profano sobre o sagrado.
Somente a alternativa [C] está correta. O texto do historiador Caio Prado Júnior remete ao contexto da Mineração cujo auge ocorreu na primeira metade do
século XVIII. A partir do final do mesmo século a mineração entrou em declínio gerando a crise do sistema colonial. O excerto de Caio Prado Júnior está em
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com a Lira III de Tomás Antônio Gonzaga quando faz referência ao cascalho, areia, bateia e ouro.
consonância
Somente a alternativa [A] está correta. O excerto do pensador brasileiro Sérgio Buarque de Holanda aponta para a especificidade da cafeicultura no deno-
minado “Oeste Paulista”. O café começou a ser produzido em larga escala no Vale da Paraíba na primeira metade do século XIX em estilo tradicional se-
melhante à economia açucareira do período colonial, isto é, utilizando o latifúndio, escravidão, monocultura e a economia visava o mercado externo (Planta-
tion). No “Oeste Paulista”, a economia cafeeira teve caráter próprio com a utilização de imigrantes, o investimento em outras atividades econômicas ligadas
ao universo urbano, surgimento de muitas ferrovias para escoar a safra da fazendo até o Porto de Santos, entre outras.
Somente a alternativa [A] está correta. A questão mostra a evolução do sistema de transporte brasileiro. Observa-se que a partir de 1928, o transporte rodo-
viário ganhou relevância enquanto o ferroviário estabilizou. Tal fato está relacionado à mudança no modelo econômico implantado no Brasil a partir da Era
Vargas, 1930-1945, que priorizou a indústria de substituição de importações. JK na década de 1950 com seu Plano de Metas deu ênfase para a energia,
transporte, indústria (com destaque para a indústria automobilística).
b) O item [2] faz referência a todos que foram afetados por alguma das medidas impostas pelo AI-5; e o item [4] faz referência à necessidade de não restar
nenhum indício do Ato no país após a sua revogação.
b) Caráter dramático: sinais visíveis do esquartejamento; Caracterização de mártir: associação com a imagem de Jesus Cristo.
Somente a proposição [D] está correta. O Poema de Oswald de Andrade “Pobre alimária”, de 1925, pode ser interpretado como um contraste entre o arcaico
e o moderno no cotidiano da cidade de São Paulo vinculado ao processo de modernização.
Somente a alternativa [B] está correta. O grande filósofo grego Platão foi um crítico da democracia e defensor da “Sofocracia”, o governo dos sábios, dos
reis filósofos vinculados ao “Mundo das Ideias”.
b) As mulheres atenienses não eram consideradas cidadãs e, logo, não participavam da democracia (4ª estrofe, 3ª linha) e eram vistas como meras repro-
dutoras de novos atenienses (4ª estrofe, 2ª linha).
b) Segundo a autora, os benefícios de uma economia equilibrada impactam em outras esferas públicas, como o fortalecimento da democracia como forma
de governo e a aplicação correta da justiça.
Somente a alternativa [C] está correta. O mapa expressa a exploração do homem branco europeu sobre o continente Africano desde o contexto da Expan-
são Marítimo Comercial nos séculos XV e XVI até o Imperialismo/Neocolonialismo do final do século XIX através da Conferência de Berlim de 1885.
Somente a alternativa [B] está correta. O termo “índio” foi uma invenção dos brancos europeus para designar os habitantes da América. Antes da chegada
dos brancos espanhóis, os povos mesoamericanos edificavam suas cidades associadas ao comércio, poder político e religioso. Cada núcleo urbano repre-
sentava a identidade de seu povo, suas particularidades e especificidades.
Somente a proposição [D] está correta. Marat foi morto no contexto da Revolução Francesa em uma banheira por uma jovem que não aceitava suas ideias
jacobinas. O famoso pintor Jacques-Louis David pintou a obra “Marat assassinado” em estilo Neoclássico, basta observar a musculatura de Marat lembran-
do uma obra Renascentista.
[A] Incorreta. O período gótico se estabelece antes ao Renascimento. Portanto, distante das discussões estéticas da pintura em questão.
[B] Incorreta. O barroco, se estabelece após o Renascimento e distante das proposições neoclássicas.
O texto explica que o aparato judiciário no Brasil colonial era imposto por funcionários do Rei de Portugal e que, para exercer tal aparato, “(...) violência,
coerção e arbitrariedade (...)” eram práticas comuns no trato com a população, o que denota autoritarismo.
Após fechar a Assembleia Nacional Constituinte de 1823, d. Pedro I encomendou a escritura do texto constitucional à dez brasileiros ilustres e outorgou o
mesmo, impondo a Constituição à sociedade. Dentre os destaques do texto constitucional estava a implantação de quatro poderes políticos: Executivo, Le-
gislativo, Judiciário e Moderador.
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Resposta da questão 33:
a) Café. Basta o aluno observar na tabela que ao longo do século XIX, o café ganhou importância na pauta de exportação, tornando-se o produto mais
importante da economia brasileira durante o Segundo Reinado, 1840-1889 e República Velha, 1889-1930. O salto gigantesco se deu nas décadas de
1820/30 saindo de 18,4% para 43,8%, na década de 1840 caiu levemente para 41,4%, volta a subir na década de 1850 para 48,8%, caiu novamente na
década de 1860 para 45,5% e aumentou bem na década de 1870 para 56,6%. Observe o gráfico a seguir:
b) De 1851-1860 até o período 1861-1870, o produto de exportação com a maior oscilação foi o algodão. Aumento expressivo de 6,2% para 18,3%. A princi-
pal razão da oscilação foi o advento da Guerra de Secessão nos Estados Unidos entre o norte e o sul (latifúndios monocultores com trabalho escravo). Com
a diminuição da produção e exportação norte-americana, houve um curto período de elevação das exportações brasileiras com algodão produzido principal-
mente na região Nordeste.
D. Pedro II sofria de narcolepsia, a chamada doença do sono. Seus críticos se aproveitavam disso para pintá-lo como um soberano passivo e inoperante
frente aos problemas do Segundo Reinado, em especial a questão militar e a questão escravocrata.
b) As causas da Guerra do Paraguai encontram-se na interferência do Estado brasileiro em problemas políticos internos que atrapalhavam a consolidação
dos Estados Nacionais de Argentina e Uruguai. Nesses dois países, disputas entre grupos políticos rivais atrapalhavam a consolidação dos Estados e o Bra-
sil, através de d. Pedro II, interferiu nessas disputas para ajudar seus aliados a chegar ao poder. Dentro desse contexto, Solano Lópes também se envolveu,
tentando impedir que os aliados do Brasil chegassem ao poder na Argentina e no Uruguai, o que acabou por deflagrar a Guerra.
b) O grande objetivo era interligar as diversas regiões do país priorizando a integração, modernização e desenvolvimento. Outras estradas importantes tam-
bém devem ser destacadas, tais como a Belém/Brasília e a Cuiabá/Santarém. Vale destacar que no cenário mundial imperava a Guerra Fria e o contexto
nacional era caracterizado pela ditadura militar que valorizava a “Segurança Nacional”.
b) A transformação é a volta à ativa da oposição político-social ao Regime Militar. Tal volta foi caracterizada por uma mobilização parlamentar e popular
contra o Regime. Podemos citar como exemplos disso a Passeata dos Cem Mil e a proposta de reabertura do Regime pelos próprios militares nos governos
de Geisel e Figueiredo.
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As condições de vida adversas do Sertão Nordestino serviram de terreno para o surgimento de figuras salvadoras que inauguraram movimentos significati-
vos para a história e a cultura nordestina. Padre Cícero e Antônio Conselheiro são exemplos disso.
Sendo a Filosofia o amor pela sabedoria e a busca pelo conhecimento do mundo real, o surgimento da pólis grega e as discussões oriundas desse surgi-
mento, em especial sobre a formação e a organização da vida em sociedade, contribuíram para o surgimento da Filosofia na Grécia Antiga.
Os romanos dominaram as terras em torno no Mar Mediterrâneo ainda no período republicano, o que os fazia chamar tal mar de Mare Nostrum. A partir des-
se domínio, o Mediterrâneo passou a ser fundamental para a circulação dentro de Roma, seja de pessoas ou de produtos.
b) Como o texto afirma, o politeísmo facilitava o entendimento entre os romanos e os povos conquistados por eles. Mas podemos identificar a intolerância
religiosa no Império Romano para com o Cristianismo, que por ser uma religião monoteísta negava a divindade dos Imperadores romanos, sendo considera-
da, por isso, inadequada.
À exceção do exposto na alternativa [A], todas as demais alternativas não apresentam preceitos ou dogmas do Islamismo. A defesa dos seus pares, ou
seja, de outros muçulmanos, é um preceito religioso do Islã.
A primeira frase do texto fornece a resposta para a questão: “(...) a era feudal tinha legado às sociedades que a seguiram a cavalaria, cristalizada em nobre-
za (...)”. Ou seja, a valorização do militarismo está associada à relação entre cavalaria e nobreza.
b) Relação de Suserania e Vassalagem tão importante na Idade Média caracterizada pelo sistema feudal. O ritual de Suserania e Vassalagem estabeleciam
uma relação de compromisso mútuo e lealdade entre suserano e vassalo.
A despeito da significativa participação das mulheres na execução da Revolução Francesa, o movimento acabou por não representar ganhos sociais e polí-
ticos reais para as mesmas. A Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, por exemplo, documento mais significativo produzido pelos revolucionários,
não inseria as mulheres nos ganhos civis conseguidos à época.
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A resposta para a questão se encontra na primeira frase do texto: “(...) ainda hoje a palavra Renascimento evoca a ideia de uma época dourada e de ho-
mens libertos dos constrangimentos sociais, religiosos e políticos do período precedente (...)”. Ou seja, os renascentistas consideravam a Idade Média ne-
gativa para a humanidade e o Renascimento a salvação para a mesma.
b) O rompimento acontece após a Revolução Cubana (1959), processo no qual guerrilheiros retiram Fulgência Batista, aliado dos EUA, do poder e procla-
mam o Socialismo em Cuba. Podemos citar como consequência do rompimento a ocorrência da Crise dos Mísseis, entre EUA e URSS, em 1962.
A Guerra do Vietnã, assim como a Guerra da Coreia, a construção do Muro de Berlim e a Corrida Espacial, faz parte da lógica de disputa pela hegemonia
mundial, entre EUA e URSS, no contexto da Guerra Fria.
b) Imperialismo/Neocolonialismo: Movimento histórico que culminou na Primeira Guerra Mundial, 1914-1918. Os países europeus viviam a “Paz Armada”, ou
seja, estavam se militarizando, investindo em arsenal bélico.
A música mostra um esforço pela associação entre a cultura americana e a cultura brasileira. Tal esforço fez parte da chamada Política da Boa Vizinhança,
adotada pelos EUA para com a América Latina nas décadas de 1950 e 1960.
O artigo citado versa sobre Reforma Agrária, um dos ganhos de pequenos proprietários e indígenas junto à Revolução Mexicana. Ainda que não tenha re-
solvido toda a questão fundiária do México, tal artigo deu um passo significativo nesse caminho.
Ao apresentar aos menores de 21 anos uma possibilidade de inserção eleitoral através da violência, o movimento estudantil de 1968 deixou claro que de-
fendia a ampliação da participação política na França.
O texto sugere que o fracasso de colonização das Ilhas do Caribe indicou aos colonizadores europeus que caminhos seguir na tentativa de tornar o conti-
nente americano lucrativo. Além disso, do primeiro contato entre europeus e indígenas surgiu a percepção, para os últimos, que os primeiros seriam capa-
zes de tudo para dominar os territórios da América.
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Resposta da questão 55:
[E]
A Igreja foi peça fundamental na colonização da América, uma vez que a catequização, que promovia uma aculturação nos nativos, ajudava a dominá-los.
A guerra biológica ou bacteriológica foi uma das estratégias, principalmente de espanhóis, para enfraquecer e dominar as populações ameríndias.
As Grandes Navegações podem ser consideradas uma etapa da Globalização devido ao (1) fato de que proporcionou um encontro entre diferentes etnias e
povos, ainda que tenha ocorrido o massacre dos americanos pelos europeus e (2) ao aumento da circulação de produtos no eixo do Oceano Atlântico, inau-
gurando o que podemos chamar de comércio global.
O texto faz dois destaques: (1) o início e a ampliação da relação entre o branco europeu e o negro africano e (2) as consequências para os africanos desse
contato, em especial o desrespeito à liberdade religiosa e a prática do escravismo comercial.
Dentro da ótica europeia, a escravidão era vista, além do valor lucrativo, como um ensino civilizatório para os africanos, em especial pela questão religiosa.
Ao citar que “(...) desde a independência e, particularmente, desde o início do Segundo Reinado, quando se deu a consolidação do governo central e da
economia cafeeira na província adjacente (...)” o Rio de Janeiro ganhou importância, o texto relaciona a centralidade política do Rio de Janeiro no país aos
governos de d. Pedro I e d. Pedro II e ao sucesso do café paulista no Segundo Reinado.
A Proclamação da República foi um golpe articulado pelos militares contra o governo de d. Pedro II com o apoio de alguns setores da sociedade, como os
partidos políticos republicanos e os cafeicultores do Vale do Café.
No contexto do mundo bipolar da Guerra Fria (Estados Unidos capitalista versus União Soviética socialista), vários países, em sua maioria subdesenvolvi-
dos, lançaram o Movimento dos Não Alinhados. Isto é, um grupo de nações sem alinhamento com os Estados Unidos e a União Soviética, mantendo uma
política externa mais independente. A primeira conferência dos não alinhados foi em Bandung, Indonésia, 1955. Na prática, a ideia teve pouco êxito, e no
final das contas, a maioria dos países subdesenvolvidos teve influência soviética ou americana.
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[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
A Conferência de Bandung tratou de dois temas: (1) o não alinhamento no contexto da Guerra Fria e (2) o questionamento da colonização das potências
europeias sobre África e Ásia. A partir dela, vários países, africanos, principalmente, se posicionaram contra o alinhamento e a colonização.
Já o sistema de Governo Geral tinha nomeação real e a autoridade do governador era real e centralizada e, por isso, se sobrepunha ao poder dos capitães
donatários.
Como destaca Sérgio Buarque de Holanda, a extração de ouro não ocupava nem 1 3 da população que vivia nas minas. Segundo o autor, a maior parte da
população colonial exercia as mais variadas funções – como mercadores, médicos, clérigos e escravos – e essa população exigia uma infraestrutura que a
Colônia teve que suprir – baseada na urbanização e no abastecimento alimentício na região das minas.
Tanto a Inconfidência Mineira quanto a Conjuração Baiana tiveram influência iluminista nas suas concepções políticas e sociais.
A participação brasileira na Guerra do Paraguai estava ligada ao domínio da Bacia do Prata, formada, dentre outros, pelos rios Paraná, Paraguai e da Prata.
Por isso, o Tratado de Paz fez questão de destacar que nada poderia impedir a livre circulação por esses rios.
A revolta dos malês tinha cunho religioso, uma vez que foi promovida por negros muçulmanos que buscavam liberdade religiosa através da formação de um
Estado islâmico na Bahia.
1931: satisfação por estar consolidando suas ideias de governo, como a troca de governadores por interventores;
1934: satisfação pela nomeação indireta para a presidência, através da Constituição de 1934;
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Resposta da questão 70:
Quanto ao momento histórico, a Constituinte atuou em 1988, após o fim da Ditadura Militar, dentro do governo indireto de José Sarney.
Quanto às características, a Constituinte elaborou a chamada Constituição Cidadã de 1988, que ampliava os direitos de cidadania e participação política da
população brasileira.
Devido à Grande Depressão (1929-EUA), o café brasileiro perdeu mercado, o que causou um excesso de sacas em estoque. Devido às resoluções do Con-
vênio de Taubaté, o governo brasileiro foi obrigado a comprar o café estocado, o que contribuiu para o agravamento da economia brasileira.
O plebiscito votado em 1963 questionava a população sobre o regime de governo que deveria vigorar no país: presidencialista ou parlamentarista. O ple-
biscito veio à tona após a renúncia de Jânio Quadros, em 1962, e a formação de um governo parlamentarista para governar o país enquanto se discutia a
posse ou não do vice João Goulart. Goulart era rejeitado por parte da população brasileira devido aos seus ideais de reforma social.
A falta de apoio do Congresso ao presidente da República manifestou-se, na história brasileira, nos governos de Vargas (1954), Jânio (1961), Jango (1964),
Collor (1992) e Dilma (2016).
O texto aborda o destacável sentimento de pertencimento a uma mesma cultura mostrado pelos gregos apesar da fragmentação política característica da
divisão em cidades-estados, típica da Grécia Antiga.
O texto deixa claro que, na passagem da Antiguidade para a Idade Média, uma das poucas “pontes” foi a presença e influência da Igreja Católica. Surgida
durante o Império Romano, a Igreja Católica “sobreviveu” ao caos da derrocada romana e tornou-se a instituição mais influente do Feudalismo.
O movimento citado no texto – quebra das máquinas – era o ludismo. Ele simbolizava uma resistência a duas coisas: (1) a rigidez do trabalho nas fábricas e
(2) o desemprego gerado pela maquinofatura.
O Renascimento, ao buscar inspiração na arte greco-romana, valorizou a figura humana nas suas obras e exaltou as capacidades do homem. Sendo assim,
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no quadro acima, a valorização do corpo de Cristo, em perspectiva geométrica e extremamente fiel à realidade, é uma característica do Renascimento.
Para Maquiavel, o principal objetivo de um governante deve ser manter-se no poder, garantindo a preservação da ordem na sociedade. E, para isso, o prín-
cipe deve guiar sua conduta política de acordo com as circunstâncias, não se preocupando com a moralidade dos seus atos.
O regime que ele descreve como “infeliz e ignóbil” é o Apartheid. Então em vigor na África do Sul, o Apartheid era um regime de segregação que excluía os
negros sul-africanos dos direitos civis. Por isso os adjetivos usados por Selassie.
Como características do Pan-Africanismo podemos citar a defesa da união entre os povos da África e a defesa da igualdade entre brancos e negros.
E como razões destruidoras o (1) desenvolvimento tecnológico bélico (com a invenção de tanques de guerra e submarinos, por exemplo) e a (2) grande ex-
tensão dos conflitos, o que aumentava a área de destruição.
Segundo a crença do Destino Manifesto, os EUA e os norte-americanos foram escolhidos pela Providência Divina para dominar a maior parte dos territórios
da América do Norte e para espalhar sua influência pelo restante do continente.
Na Baixa Idade Média, o surgimento das manufaturas de tecido exigiu uma mudança na concepção de tempo, atrelada, a partir de então, à rotina de traba-
lho dos artesãos no ambiente urbano, em detrimento da concepção de tempo utilizada pelo trabalhador rural, na agricultura.
As pinturas rupestres eram uma forma das sociedades pré-históricas representarem acontecimentos do seu cotidiano, como a caça, por exemplo, sempre
presente durante o Período Paleolítico.
A América Espanhola optou pelo segundo tipo de independência descrito no texto, aquele que levou à fragmentação da Colônia em várias Repúblicas. Ana-
lisando os novos países latino-americanos surgidos com a independência podemos notar uma série de continuidades do período colonial, como as desigual-
dades sociais e a dependência econômica externa.
O milho era a base da alimentação dos povos pré-colombianos. No texto, sua importância é destacada através de um relato mítico-religioso, associando seu
consumo ao trabalho dos deuses.
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Resposta da questão 87:
[A]
No ano da mostra, 1970, o Brasil vivia os chamados anos de chumbo do Regime Militar, devido às imposições do AI-5. Logo, o trabalho do artista faz alusão
a isso.
O cubismo, corrente artística descrita no texto, pode ser encontrada na obra Mulher Sentada, de Picasso.
Dentre os direitos buscados estava o direito ao voto, até então restrito aos homens. Logo, era uma busca por ampliação de cidadania.
O Plano de Metas de JK pretendia fazer o Brasil crescer 50 anos em 5 por meio de investimentos em infraestrutura e industrialização. Para cumpri-lo, JK
abriu a economia ao capital estrangeiro em busca de investimentos empresariais. Ocorria, assim, o Nacional Desenvolvimentismo baseado em investimen-
tos estrangeiros.
No Brasil, como ressalta o texto, o processo de industrialização ocorreu após o das potências europeias. Outra característica da nossa industrialização foi
o fato de que ela sempre foi valorizada em períodos nos quais não podíamos importar da Europa, como durante as Grandes Guerras. Fazíamos, assim, a
chamada industrialização por substituição de importação.
O primeiro período começa na queda da URSS (1991) e vai até o início dos anos 2000, englobando a participação dos EUA em conflitos regionais, como a
Guerra do Golfo e a Guerra do Iraque.
O segundo período começa após o 11 de setembro (2001) e amplia-se no governo Barack Obama, quando os EUA começam a ter sua interferência mundial
contestada.
Após o término da ordem bipolar da Guerra Fria em 1991, os Estados Unidos emergiram como potência dominante, isto é, com poderio econômico e militar
muito superior as demais durante a década de 1990. Naquele período, aconteceram intervenções pontuais dos EUA, a exemplo da atuação da OTAN no
conflito entre a antiga Iugoslávia (atual Sérvia) e Kossovo em 1999. Nos anos 2000, após os atentados de 2011 promovidos pela Al Qaeda, o país envere-
dou por uma política externa unilateralista com guerras preventivas no Afeganistão e Iraque com grande custo financeiro, em perdas de vidas humanas e
em prestigio internacional. A partir de 2009, com Barack Obama, o país recuou das intervenções diretas e tendeu ao multilateralismo.
O lema “fazer a América grande novamente” encaixa-se com a visão de que os EUA tem a obrigação de potencializar-se como influenciador das questões
internacionais, como expressa a frase da alternativa [D].
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[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia]
O lema da campanha eleitoral de Donald Trump (Partido Republicano), os Estados Unidos grandes novamente, como potência muito superior as demais,
remete a um passado que dificilmente vai retornar. Os Estados Unidos são uma potência em declínio relativo. O país sofreu um processo de desindustriali-
zação devido à dispersão de empresas transnacionais norte-americanas pelo mundo emergente e subdesenvolvido. A China já é a maior economia do mun-
do considerando o PIB-PPC (Paridade de Poder de Compra) e com gastos militares crescentes.
A política do “grande porrete” aplicava ampla intervenção norte-americana em assuntos políticos, econômicos e sociais em praticamente todos os países
latino-americanos. Na verdade, a interferência norte-americana na América Latina já existia antes dessa política e continuou a existir depois dela.
No final do século XIX e início do século XX, a política do “Big Stick” (“grande porrete”) praticada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roose-
velt, consistia na intervenção indireta e direta nos países da América Latina e Caribe para garantir os interesses geopolíticos e econômicos norte-america-
nos. São exemplos de prática imperialista, intervenções em países como República Dominicana, Haiti e Cuba. Desta época foi o estímulo a independência
do Panamá em relação a Colômbia, que possibilitou a construção do Canal do Panamá pelos Estados Unidos, concluído em 1913.
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