Tipos de Eléctrodo

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FACULDADE DE AGRONOMIA E ENGENHARIA FLORESTAL

Curso: Engenharia Agronómica

Cadeira: Química inorgânica

Tema: Tipos de Eléctrodos

1º Ano -Laboral

Discentes: Docente:

Mariamo Abdala
Eléctrodos

Ponto de transição, em um circuito eléctrico, de um condutor metálico para a condução por


íons (em líquidos ou gases) ou por eléctrons livres (no vácuo), tal como em uma pilha
galvânica, um acumulador, uma válvula electrónica ou uma lâmpada de arco voltaico.

Tipos de Eléctrodo

Os tipos de eléctrodos podem ser:


 Eléctrodo metal-iao metálico
 Eléctrodo gás- iao
 Eléctrodo metal-anião do sal solúvel
 Eléctrodo de oxido-redução inertes
 Eléctrodo de membrana
 Eléctrodo de referência
 Electro de íon selectivo

1. Eléctrodo metal-iao metálico

Um eletrodo de metal ião metálico é um tipo de eletrodo utilizado em eletroquímica, que


consiste em um metal sólido imerso em uma solução contendo íons metálicos. Quando uma
corrente elétrica é aplicada ao eletrodo, ocorre uma reação de oxidação ou redução na
interface entre o metal sólido e a solução, resultando em uma transferência de elétrons entre o
metal e os íons metálicos. A reacção electroquímica que ocorre depende do potencial de
redução do metal e dos íons presentes na solução, e pode ser utilizada para medir a
concentração de íons metálicos na solução ou para gerar uma corrente elétrica a partir da
reação. Exemplos comuns de eletrodos de metal ião metálico incluem o eletrodo de
prata/cloreto de prata e o eletrodo de cobre/sulfato de cobre.

A reação de equilíbrio deste sistema consiste na passagem de íons do reticulado cristalino do


metal para a solução e vice-versa.

  Mez

 Metal Mez Solução M eaq+z + Ze- Mesol

*Representação esquemática de um eletrodo metal/íon metálico


O funcionamento do eletrodo de metal ião metálico baseia-se na reação eletroquímica que
ocorre na interface entre o metal sólido e a solução contendo íons metálicos. Quando o
eletrodo é imerso na solução, ocorre uma transferência de elétrons entre o metal e os íons
metálicos presentes na solução. Essa transferência de elétrons pode resultar em uma oxidação
ou redução do metal ou dos íons metálicos, dependendo das condições da solução e das
propriedades do metal.

Por exemplo, no caso do eletrodo de prata/cloreto de prata, a reação eletroquímica que ocorre
é a seguinte:

Ag(s) + Cl¯(aq) ⇌ AgCl(s) + e¯

Nessa reação, o metal de prata (Ag) é oxidado, liberando elétrons que são transferidos para os
íons cloreto (Cl¯) presentes na solução. Esses elétrons são utilizados pelos íons cloreto para
formar cloreto de prata sólido (AgCl). A reação reversa também pode ocorrer, na qual o AgCl
sólido é dissolvido na solução e os elétrons são transferidos do íon cloreto para o metal de
prata, resultando em uma redução do AgCl para Ag(s) e liberação de íons cloreto na solução.

O potencial de redução do metal e dos íons metálicos presentes na solução determina a


direção e a magnitude da corrente elétrica gerada pela reação eletroquímica. Além disso, a
concentração dos íons metálicos na solução afeta a taxa da reação eletroquímica, o que
permite o uso do eletrodo de metal ião metálico para medir a concentração de íons metálicos
em uma solução.
2. Eléctrodo gás- iao

Chamado eletrodo gasoso. Neste tipo de eletrodo emprega-se um gás em contato com seu íon
(cátion ou ânion) em solução. O eletrodo é constituído por uma solução (por exemplo, HCl
1M) na qual se borbulha gás (o H2(g) a 1atm). O contato elétrico é feito mediante um metal
inerte, aqui o gás H2(g) é suportado por uma barra de platina que possui a propriedade de
absorver e fixar o gás na superfície. Ou seja, a superfície metálica fica saturada de gás
(hidrogênio). A superfície do eletrodo serve como local onde as moléculas do gás podem ser
transformadas em próton pela reação:

H2(g) → 2H+ (aq) + 2e-

Dependendo da direção da reação global da célula, também é possível a ocorrência do


processo inverso. A platina permanece inalterada e serve para fornecer ou remover elétrons
na medida que isso for necessário. Para aumentar a velocidade das reações de redução ou
oxidação, aumentase a área superficial do eletrodo gasoso pela deposição de Pt finamente
dividida (negro de platina) que catalisa a reação (eletrodo de platina platinizada).
3. Eléctrodo metal-anião do sal solúvel

Estes eletrodos consistem em um metal recoberto com um sal sólido pouco


solúvel do metal, que, por sua vez, encontra-se imerso em uma solução saturada de
outro sal que possua um ânion comum com o sal pouco solúvel do metal. Alguns
eletrodos de referência secundários são exemplos típicos deste tipo de sistema.

Hg2Cl2(sol) +2e-↔2Hgliq. +2C l-aq.

AgClsol + e- ↔Agsol + Cl-aq.

Nestes eletrodos o valor do potencial de equilíbrio depende apenas da


temperatura e da atividade dos íons Cl-, uma vez que todas as outras espécies
participantes da reação de oxirredução são sólidas, e, por conseguinte, possuem
atividade unitária.
4. Eléctrodo de oxido-redução inertes

Nestes sistemas o condutor eletrônico é um metal inerte que não participa


diretamente da reação de oxirredução, funcionando apenas como um transferidor de
elétrons entre as espécies participantes da reação, as quais são todas iônicas e se
encontram dissolvidas na solução.

-----------Me+n

-----------Me+n-z

Metal Inerte -----------Me+n Solução Meaq+n +Ze- ↔Meaq+z-n

-----------Me+n-z

Um exemplo típico de um eléctrodo redox é aquele formado por uma placa de


platina imersa em uma solução electrolítica contendo íons férrico (Fe+3) e ferroso (Fe+2),
cuja reacção de equilíbrio está apresentada abaixo:

Feaq+3+e-↔Feaq+2.
5. Eléctrodo de Membrana

Há muitos anos atrás, verificou-se que uma membrana fina de vidro, que separa duas
soluções de pH diferentes, desenvolve uma diferença de potencial entre as suas superfícies.
Essa diferença de potencial varia com o pH de uma das soluções, exatamente da mesma
maneira como varia o potencial do eletrodo de hidrogênio com o pH. Uma membrana dessas
é incorporada na extremidade de um sistema denominado eletrodo de vidro, que hoje é
utilizado universalmente como um medidor de pH. O outro eletrodo, muitas vezes, é o
eletrodo de calomelano (nome antigo do Hg2Cl2, cloreto de mercúrio I ou cloreto
mercuroso). O diagrama da célula é

Pt(s) │Ag(s) │Cl(s) │Cl(aq),1mol-1│vidro │ solucao pu=││´Cl(aq) │ Hg2Cl2(s) │ HCl (l)

Como com o eletrodo de hidrogênio, o pH da solução desconhecida é diretamente


proporcional à tensão da célula: tet anc ons 0592,0 pH célula − ε = A fig. 7.9 apresenta um
eletrodo de vidro e um de calomelano imerso numa solução desconhecida. Os eletrodos
encontram-se ligados a um medidor de pH que é um voltímetro digital de alta resistência
interna, o que praticamente impede a passagem de corrente. A escala do medidor é graduada,
diretamente, em unidades de pH.
6. Electrodo de Referencia

Eléctrodo de referência é um tipo de eléctrodo que mantém um potencial constante em


relação ao qual o potencial de uma outra meia-pilha pode ser medido. Na prática o potencial
de um eléctrodo de referência depende apenas da temperatura do meio onde é realizada a
medida.

Um eléctrodo de referência ideal apresenta um potencial conhecido e constante em relação ao


eléctrodo padrão de hidrogénio (mesmo com a passagem de pequenas correntes). É desejável
que este eléctrodo seja robusto, de fácil construção e insensível à composição da solução do
analito. Usualmente, este eléctrodo é isolado do meio reaccional através de uma junção única
por electrólito. Existem eléctrodos de dupla junção, onde se adiciona uma segunda junção
com um electrólito diferente. Com isso é possível eliminar a interferência de certos íons, por
exemplo o cloreto, em determinações.

Os eléctrodos de referência mais utilizados são:

 Eléctrodo de prata-cloreto de prata


 Eléctrodo de calomelano
7. Electro de íon selectivo

É um sensor analítico utilizado para a medição de reagentes como amônia, brometo, cálcio,
cloreto, dióxido de carbono, cobre, fluoreto, chumbo, sulfato, entre outros.

 Converte a actividade de um íon específico dissolvido numa solução em um


potencial eléctrico que pode ser medido por um voltímetro ou um medidor de
pH.

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