GPSI - RC - M1 - Comunicação de Dados

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 24

CURSO

PROFISSIONAL DE TÉCNICO DE
GESTÃO E PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS

Redes de Computadores
Comunicação de Dados
Módulo 1

Ano Letivo
2023/2024
Módulo - 1 Comunicação de Dados

Conceitos básicos
• Rede de Comunicação
• Redes de dados
• Transmissão de Dados
• A Informação

 Redes de dados
• Importância
• Áreas de Aplicação
& Perspectiva de evolução
Débitos de transmissão
Importância da largura de banda
Medição
Limitações
Throughput
Cálculo da transferência de dados
Digital versus analógico
Qualidade de Serviço
& Classificação
Débito
Topologia
Meios físicos
& Área Geográfica ou Organizacional
Redes Locais (LAN)
Redes de Área Pessoal (PAN)
Redes de Armazenamento (SAN)
Redes de Área Metropolitana (MAN)
Redes de Área Alargada (WAN)
Virtual Private Network (VPN)
Vantagens das VPNs
& Intranet e Extranet

 A importância das Actividades de Normalização


Noção de Norma e de Normalização
Organizações de normalização
ISO, ISOC, IEC, IEEE

Benefícios de uma Redes de dados


Partilha de Informação
Partilha de Hardware e Software
Partilha de recursos
Administração centralizada

As tarefas dos computadores na rede


Servidores de Mail
Servidores de Base de Dados
Servidores de ficheiros e impressoras
Servidores de fax

1
Módulo - 1 Comunicação de Dados

 Conceitos básicos
1. Rede de Comunicação

Comunicação

Comunicação é o processo pelo qual os seres humanos trocam entre si informações. Nesta
breve definição temos já implicitamente presentes os elementos nucleares do acto
comunicativo: o emissor, o receptor ("seres humanos") e a mensagem ("informações"). De
facto, em qualquer acto comunicativo encontramos alguém que procura transmitir a outrem
uma dada informação.
Além desses três elementos nucleares, é costume considerar outros três: o código, o canal e
o contexto. Nenhum acto comunicativo seria possível, na ausência de um qualquer desses
elementos. De facto, é necessária a intervenção de, pelo menos, dois indivíduos, um que
emita, outro que receba; algo tem que ser transmitido pelo emissor ao receptor; para que o
emissor e o receptor comuniquem é necessário que esteja disponível um canal de
comunicação; a informação a transmitir tem que estar "traduzida" num código conhecido,
quer pelo emissor, quer pelo receptor; finalmente todo o acto comunicativo se realiza num
determinado contexto e é determinado por esse contexto.

O esquema da comunicação pode ser representado da seguinte forma:

Contexto

Código

Mensagem

Emissor Canal Receptor

Rede

Uma rede é uma quantidade de pontos (nós) interligados por relações que podem ser de
vários tipos. A palavra começou por designar um dispositivo feito de cabos interligados
numa malha, utilizado desde épocas pré-históricas na pesca e na caça.

Rede de Comunicação

Uma rede de comunicação é constituída por:

& um conjunto de equipamentos terminais

& um meio de transmissão que interliga os equipamentos terminais e permite


a troca de informação entre eles.

2
Módulo - 1 Comunicação de Dados
Um exemplo de rede de comunicação é a Rede Telefónica em que os equipamentos
terminais são os telefones. Caso os equipamentos terminais sejam computadores estamos
em presença duma rede de computadores.
Tal como cada telefone tem um número associado que nos permite estabelecer
comunicação com o outro assinante numa rede de computadores para que a comunicação
seja possível a cada computador está associado um endereço. O tipo de endereço a
associar depende do protocolo de rede que estiver a ser utilizado.

2. Redes de dados

Dados

Em informática designa-se por dados os elementos de partida que servem de base para o
tratamento e sobre os quais o computador efectua as operações necessárias à tarefa em
questão.

Os dados são uma representação dos factos, conceitos ou instruções de uma maneira
normalizada que se adapte à comunicação, interpretação e processamento pelo ser
humano ou através de máquinas automáticas.

A palavra dados designa, em sentido lato, entidades usadas para representar qualquer tipo
de informação, analógica ou digital (texto, voz, vídeo, imagem, gráficos, etc.)

Redes de dados/computadores
dados/computadores

Uma rede de computadores é um sistema de comunicação de dados constituído através da


interligação de computadores e outros dispositivos, com a finalidade de trocar informação e
partilhar recursos.

Ou

Uma rede de dados é composta por diversos elementos de rede, geralmente routers e
switchs, ligados entre si segundo uma topologia que reflecte os principais fluxos de tráfego
que supostamente a percorrem.

3. Transmissão de Dados
Dados

A transmissão é efectuada sob a forma de sinais (eléctricos, ópticos, etc.), que podem ser
digitais ou analógicos, e que constituem uma forma de representação dos dados (símbolos
binários) adequada para transmissão.

4. A Informação

A informação não é mais do que dados organizados e ordenados de forma útil. É


representada (codificada) por meio de símbolos ou sinais, podendo revestir formas (e
formatos) diferentes conforme a função específica a realizar (armazenamento,
processamento, transmissão, etc.)

3
Módulo - 1 Comunicação de Dados

A informação processada por computadores é representada por meio de símbolos digitais


(binários). A representação de qualquer tipo de informação sob forma digital favorece a
integração de serviços numa mesma rede e tira partido dos sistemas de transmissão digital
que têm vindo a substituir os sistemas analógicos.

 Redes de dados/
dados/ computadores

1. Importância

A importância em relação à instalação de redes e computadores incide essencialmente na:

• Partilha de recursos físicos da rede ou seja, hardware: Torna-se obviamente mais barato
partilhar impressoras, scanners, etc … do que comprar uma para cada computador;
• Partilha de software: através de uma rede é possível vários utilizadores acederem a um
mesmo programa localizado num dos computadores da rede. Basta imaginar um
supermercado cujas caixas registadoras estão ligadas em rede e com acesso a uma única
base de dados, com o seu stock permanentemente actualizado;
• Partilha de dados/informação entre os utilizadores como, por exemplo, através de
mensagens de correio electrónico, conversação em directo, transferência de ficheiros, etc;
• Melhor organização do trabalho, nomeadamente com a possibilidade de:
- definição de diferentes níveis de acesso à informação consoante o estatuto dos
utilizadores da rede;
- supervisão e controlo do trabalho na rede, por parte de utilizadores com
responsabilidades a esse nível;
- constituição de grupos de trabalho;
- calendarização de tarefas, tais como cópias de segurança.
- etc.

• Aspectos da segurança:
– Confidencialidade – capacidade de limitar o acesso à informação apenas a quem
autorizado
– Autenticação – garantir que a pessoa (entidade) é quem afirma ser
– Integridade – da informação transportada ou armazenada

• Mecanismos de segurança:
– Controlo de acesso – diversos mecanismos (passwords, cartões de acesso,
firewalls, …)
– Encriptagem – tornar os dados ilegíveis a terceiros
• Assinaturas digitais – chave privada e chave pública
– Detecção de intrusão
• Complemento do firewall para a detecção em tempo real de padrões de
ataque e/ou de vírus

4
Módulo - 1 Comunicação de Dados

2. Áreas de Aplicação

Perspectiva de evolução

Um dos aspectos onde se tem registado uma maior evolução das soluções existentes para
redes de comunicação é o do débito ou taxa bruta de transmissão. Para além dos aspectos
relacionados com o débito, tem vindo a registar-se ainda uma importante evolução em
termos de mecanismos protocolares e da qualidade de serviço fornecida pelas redes. Em
termos protocolares, a evolução tem sido no sentido de tornar os protocolos mais robustos,
mas também, por outro lado mais leves e mais adaptativos. A variedade e tipo de aplicação
que utilizam as redes de comunicação obrigam a uma resposta bastante eficaz da própria
rede. Se as redes iniciais eram, quase exclusivamente, utilizadas para a transmissão de
pequenos volumes de dados, hoje em dia as redes têm que transportar grandes
quantidades de informação de natureza diversificada, seja ela composta por dados, sinais
de áudio ou sinais de vídeo, com requisitos estritos em termos de perdas, largura de banda,
atraso ou variação de atraso. Várias tecnologias incorporam já mecanismos relativamente
elaborados para o suporte de qualidade de serviço diversificada (por exemplo, a tecnologia
ATM).

Débito de transmissão:
transmissão: elevado (Mbps) ou baixo (Kbps)

& Largura de banda

A largura de banda é a medida da quantidade de informação que pode ser transferida de


um lugar para o outro num determinado período de tempo. Há dois conceitos comuns da
expressão largura de banda: um refere-se a sinais analógicos, o outro, a sinais digitais.

A unidade básica usada para descrever o fluxo de informações digitais de um lugar para o
bit. Para descrever a unidade básica de tempo usa-se o segundo,
outro é o bit segundo daí o termo bits
por segundo.
segundo

Bits por segundo é uma unidade de largura de banda

Se a comunicação se desse a essa taxa, 1 bit por 1 segundo,


segundo ela seria muito lenta. O
gráfico resume as várias unidades de largura de banda.

Unidades de Largura de banda

Unidade de largura de banda Abreviatura Equivalência


Bits por segundo bps 1bps=unidade básica de largura de banda
Quilobits por segundo Kbps 1Kbps=1.000bps=103bps
Megabits por segundo Mbps 1Mbps=1.000.000bps=106bps
Gigabits por segundo Gbps 1Gbps=1.000.000.000bps=109bps

5
Módulo - 1 Comunicação de Dados

A largura de banda é um elemento muito importante numa rede, ainda que seja um pouco
abstracto e difícil de entender.

Vamos ver três analogias


analogias que podem ajudar a entender o que é a largura de banda:

& 1ª Analogia

A largura de banda é como o diâmetro de um cano. Imagine uma rede de canos que
levam água até às nossas casas e leva o esgoto embora.
Esses canos têm diferentes diâmetros:
- o principal
principal cano de água da cidade pode ter 2 metros de diâmetro, enquanto a
torneira da cozinha pode ter 2 centímetros. O diâmetro do cano mede a
capacidade do cano levar água.

Nesta analogia, a água é como a informação,


informação e o diâmetro do cano é como a largura de
banda.
banda Na verdade, muitos especialistas em redes falam em termos de "colocar canos
maiores", o que significa mais largura de banda, ou seja, mais capacidade de transmitir
informações.

Figura da analogia dos canos:


canos:

Tubulação como analogia para a largura de banda

6
Módulo - 1 Comunicação de Dados

& 2ª Analogia

Largura de banda é como o número de faixas de uma estrada. Imagine uma rede de
estradas que atenda à cidade ou município. Podem haver estradas com oito faixas, com
saídas para estradas de 2 e 3 faixas, que podem, por sua vez, levar a estradas com duas
faixas não divididas e, finalmente, à garagem da sua casa.

Nesta analogia, o número de faixas é como a largura de banda,


banda e o número de carros é
como a quantidade de informação que pode ser transportada.
transportada

Figura da analogia da estrada:


estrada:

Estrada como analogia para a largura de banda

& 3ª Analogia

A largura de banda é como a qualidade do som num sistema de áudio. O som é a


informação,
informação e a qualidade do som que se ouve é a largura de banda
banda.
anda
Se pedissem para classificarem como preferiam ouvir a música favorita -pelo telefone, por
uma rádio AM, por uma rádio FM ou por CD-ROM – provavelmente escolheriam o CD,
depois a rádio FM, a rádio AM e finalmente o telefone. As larguras de bandas analógicas
reais para eles são, respectivamente, de 20 KHz, 15 KHz e 3 KHz.

7
Módulo - 1 Comunicação de Dados
Figura da analogia do sistema de áudio:
áudio:

Áudio como analogia para a largura de banda

8
Módulo - 1 Comunicação de Dados

O significado de largura de banda verdadeiro e real, é o número máximo de bits que


podem passar teoricamente através de uma área determinada por um tempo específico
(sob dadas condições).
As analogias usadas são apenas para tornar mais fácil entender o conceito de largura de
banda.
A largura de banda é um conceito muito útil. Porém tem limitações, tais como:
-não importa como se envia mensagens, ou que meio físico usa, a largura de
banda é limitada. Isso deve-se tanto às leis da física quanto aos actuais avanços
tecnológicos.
O quadro mostra a largura de banda digital máxima possível, com as limitações de
comprimento, para alguns meios de rede comuns. Os limites são físicos e tecnológicos.

Meios Típicos
Alguns meios típicos Largura de banda Distância física máxima
Cabo coaxial de 50 Ohm 10-100Mbps 185m
(Ethernet 10Base2, ThinNet)
Cabo coaxial de 75 Ohm 10-100Mbps 500m
(Ethernet 10Base5, ThickNet)
Par trançado não blindado 10 Mbps 100m
Categoria 5 (UTP) (Ethernet 10BaseT)
Par trançado não blindado 100 Mbps 100m
Categoria 5 (UTP) (Fast Ethernet)
Fibra óptica 100Base-FX 100 Mbps 2000m
multimodo (62,5/125um)
Fibra óptica 1000Base-LX monomodo 1000 Mbps 3000m
(núcleo de 10um) (1,000 Gbps)
Outras tecnologias sendo pesquisadas 2400Mbps 40Km=40.000m
(2,400 Gbps)
Sem fio 10 Mbps 100m

A figura seguinte resume os diferentes serviços WAN e a largura de banda associada a


cada serviço.
Serviços de WAN
Tipo de serviço de
Utilizador típico Largura de banda
WAN
Modem Pessoas 33 kbps=0,033Mbps
ISDN Telecommuters (utilizadores em 128 kp=0,128 Mbps
transito), pequenas empresas
Frame Relay Pequenas instituições (escolas), wans 56 Kbps-1544 Kbps =
confiáveis 0.056Mbps - 1,544Mbps
T1/E1 Entidades Maiores 1.544 Mbps
T3 Entidades Maiores 44.736 Mbps
STS-1 (OC-1) Empresas telefónicas, backbones de 51.840 Mbps
empresas de comunicação de dados
STS-3 (OC-3) Empresas telefónicas, backbones de 155,251 Mbps
empresas de comunicação de dados
STS-48(OC-48) Empresas telefónicas, backbones de 2,488320 Gbps
empresas de comunicação de dados

9
Módulo - 1 Comunicação de Dados

& Throughputde
Throughputde dados em relação à largura de banda digital

Além da largura de banda há outro conceito importante que deve levar em conta que é o
throughput.
throughput
O Throughput refere-se à largura de banda real, medida a uma determinada hora do dia,
com o uso de rotas específicas da Internet, enquanto é feito download de um determinado
ficheiro. Infelizmente, por muitas razões, o throughput é muito menor que a largura de
banda digital máxima possível do meio que está a ser usado.

Alguns dos factores que determinam o throughpute a largura de banda:


– dispositivos de internetworking
– tipos de dados a serem transferidos
– topologia
– número de utilizadores
– computador do utilizador
– computador servidor
– falhas de energia ou induzidas pelo tempo

Fórmula simples para calcular o tempo estimado de transferência dos dados.

Tempo estimado = tamanho do ficheiro / largura de banda (consulte a figura)

Cálculos de tempo de transferência de ficheiros


Melhor download T= S Download típico T= S
BW P
BW= Largura de banda máxima teórica do link
“mais lento” entre o host de origem e o host
de destino.
P= Throughput real no momento da
transferência
T= Tempo de duração de transferência de
arquivos
S= Tamanho do arquivo em bits

& Necessidades das aplicações

• Débito binário das aplicações:


– Ritmo binário constante – comunicações áudio ou vídeo.
– Ritmo binário variável – de tempo real ou virtual dependendo das especificações
de parâmetros de atraso.
– Ritmo disponível variável – é aproveitado a largura de banda disponível
adaptando-se às condições de tráfego.
– Bit rate não especificado (best-effort) – para dados não prioritários.

10
Módulo - 1 Comunicação de Dados
• Caracterização das aplicações em função dos requisitos de débito e variação do atraso.

• Taxas de transmissão de sinais áudio digitalizados

Taxa Factor de
Qualidade
Qualidade Bits/amostra Taxa bruta
comprimida compressão
Telefone 8000 amostras/s, 8 64 Kbps 8-32 Kbps 2:1 a 8:1
bits por amostra
Teleconferência 16000 amostras/s, 8 128 Kbps 48-64 Kbps 2:1 a 8:3
bits por amostra
CD 44100 amostras/s, 16 705.6 Kbps 128 Kbps 5.5:1
bits por amostra

• Taxa de transmissão de imagens paradas (uma imagem por segundo)

Taxa Factor de
Qualidade Formatos Bits/amostra Taxa bruta
comprimida compressão
SVGA 640 pixel x 480linhas x 2.458 Mbps 24-245 Kbps 10:1 a 102:1
8bits/pixel
Normal
JPEG 720 pixel x 576 linhas x 6.636 Mbps 104-830 Kbps 8:1 a 64:1
16 bits/pixel
Alta 1280 pixel x 1024 linhas 31.46Mbps 0.3-3 Mbps 10:1 a 105:1
Resolução x 24 bits /pixel

11
Módulo - 1 Comunicação de Dados

• Taxas de transmissão de videotelefone e videoconferência

Taxa Factor de
Qualidade Formatos Bits/amostra Taxa bruta
comprimida compressão
QCIF 176 pixel x 144 linhas x 9.115 Mbps n x 64 Kbps 142:1/n
(H.261) 12 bits/pixel x 30 (n=1,2)
Vídeo- frames/s
telefone MPEG-4 176 pixel x 144 linhas x 3.04 Mbps 64 Kbps 47.5:1
(H.320) 12 bits/pixel x 30
frames/s
CVIF 352 pixel x 288 linhas x 36.45 Mbps n x 384 Kbps 95:1/n
(H.261) 12 bits/pixel x 30 (n=1,2,…5)
frames/s
Vídeo- MPEG-1 352 pixel x 288 linhas x 30.4 Mbps 1.15-3 Mbps 10:1 a 26:1
conferência (PAL) 12 bits/pixel x 25
frames/s
MPEG-1 352 pixel x 240 linhas x 30.4 Mbps 1.15-3 Mbps 10:1 a 26:1
(NTSC) 12 bits/pixel x 30
frames/s

• Taxas de transmissão de vídeo full-motion

Taxa Factor de
Qualidade Formatos Bits/amostra Taxa bruta
comprimida compressão
CIF 352 pixel x 240 linhas x 30.4 Mbps 4 Mbps 7.6:1
VCR (MPEG2) 12 bits/pixel x 30
frames/s
MPEG-2 720 pixel x 576 linhas x 124.4 Mbps 15 Mbps 8:1
(PAL) 12 bits/pixel x 25
frames/s
TV
MPEG-2 720 pixel x 480 linhas x 124.4 Mbps 15 Mbps 8:1
(NTSC) 12 bits/pixel x 30
frames/s
HDTC 1920 pixel x 1080 linhas 994.3 Mbps 135 Mbps 7.4:1
x 16 bits/pixel x 30
frames/s
HDTV
MPEG-3 1920 pixel x 1080 linhas 745.8 Mbps 20-40 Mbps 18.6:1 a 37:1
x 12 bits/pixel x 30
frames/s

12
Módulo - 1 Comunicação de Dados

A importância
1. É finita. da largura de
2. Pode economizar dinheiro.
3. É uma medida chave do desempenho e banda:
do projecto de rede.
4. É a chave para se compreender a
Internet.
5. A demanda cresce constantemente.

& A largura de banda é finita

-Independentemente dos meios, a largura de banda é limitada pelas leis da física. Por
exemplo, as limitações da largura de banda, devido às propriedades físicas dos fios
telefónicos de par entraçado, é o que limita a 56 kbps o throughput dos modems
convencionais.
A largura de banda do espectro electromagnético é finita –há apenas um determinado
número de frequências nas ondas de rádio, nas microondas e no espectro infravermelho.
Por causa disso, o FCCN (Fundação para a Computação Científica Nacional) tem um
departamento totalmente voltado para o controle da largura de banda e de quem a usa. A
fibra óptica tem largura de banda virtualmente ilimitada. Entretanto, o resto da tecnologia
para fazer redes de largura de banda extremamente alta que use inteiramente o potencial
da fibra óptica só agora está a ser desenvolvida e implementada.

& Fundação para a Computação Científica Nacional

A FCCN é uma instituição privada sem fins lucrativos designada de utilidade pública que
iniciou a sua actividade em Janeiro de 1987. Desde então, com o apoio das Universidades
e diversas instituições de I&D nacionais, a FCCN tem contribuído para a expansão da
Internet em Portugal.

Como principal actividade a FCCN tem o planeamento, gestão e operação da Rede


Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS), uma rede de alto desempenho para as instituições
com maiores requisitos de comunicações, constituindo-se assim uma plataforma de
experimentação para aplicações e serviços avançados de comunicações.

A RCTS é uma rede informática que usa os protocolos da Internet para garantir uma
plataforma de comunicação e colaboração entre as instituições do sistema de ensino,
ciência, tecnologia e cultura.

Para além da gestão da RCTS, a FCCN é a entidade competente para a gestão do serviço
de registo de domínios de .pt.

13
Módulo - 1 Comunicação de Dados

Classificação

As redes de comunicação podem ser classificadas segundo um ou mais critérios como, por
exemplo, o débito (baixo, médio, alto, muito alto), a topologia (bus, anel, estrela, híbrida),
os meios físicos (cobre, fibra óptica, micro-ondas, infravermelhos), a tecnologia de suporte
(comutação de pacotes, comutação de circuitos, assíncronas, plesiócronas, síncronas, etc.)
ou, mesmo, o ambiente aplicacional a que se destinam (redes de escritório, redes
industriais, redes militares, etc).

Área Geográfica ou Organizacional

Um das classificações mais frequentes baseia-se na área – geográfica ou organizacional –


abrangida pela rede.

As redes podem ser classificadas segunda a área abrangente em:


- Redes Locais (LAN)
- Redes de Área Pessoal (PAN)
- Redes de Armazenamento (SAN)
- Redes de Área Metropolitana (MAN)
- Redes de Área Alargada (WAN)
- Virtual Private Network (VPN)

• As redes locais (Local


Local Area Networks, LAN)
LAN são um dos tipos de redes de computadores
mais utilizados. Através delas, é possível interligar postos de trabalho, servidores e
dispositivos de interligação de redes numa área geográfica limitada a um edifício ou
um conjunto de edifícios próximos. Essa interligação possibilita, por exemplo, a partilha
de sistemas de ficheiros, a partilha de impressoras, a comunicação entre utilizadores ou
o acesso a outras redes. Actualmente, a tecnologia de rede local mais utilizada é a
Ethernet.

Ex: Sala, edifício ou campus

14
Módulo - 1 Comunicação de Dados

Dois outros tipos de rede são, também, utilizados para interligar dispositivos em áreas
restritas:
• As redes de área pessoal (Personal
Personal Area Networks, PAN)
PAN são redes que utilizam
tecnologias de comunicação sem fios para interligar computadores, periféricos e
equipamentos de voz numa área reduzida.

• As redes de armazenamento (Storage


Storage Area Networks,
SAN)
SAN destinam-se à interligação de grandes
computadores e dispositivos de armazenamento de
massa, também numa área relativamente pequena
(por exemplo, uma sala ou um centro de informática).
Dado que um dos requisitos destas redes é o rápido
acesso à informação armazenada, utilizam,
normalmente, tecnologias de comunicação a muito
alto débito como por exemplo, a tecnologia Fiber
Channel.

• A interligação de redes e equipamentos numa área


metropolitana
metropolitana é feita com recurso a redes MAN
(Metropolitan
Metropolitan Area Networks).
Networks As MANs são,
normalmente utilizadas para interligar redes locais
situadas em diversos pontos de uma cidade. Por
exemplo, poderão ser utilizados para interligar um
conjunto de ministérios ou organismos governamentais,
ou para interligar pólos universitários.

• As redes de área alargada (Wide


Wide Area Networks, WAN)
WAN possibilitam a interligação de
equipamentos, redes locais e redes metropolitanas dispersas por uma grande área
geográfica (um país, um continente ou vários continentes). Dado que as distâncias
podem ser consideráveis, os atrasos de propagação nestas redes poderão ser não
negligenciáveis, principalmente se forem utilizadas ligações via satélite. Assim, a débitos
elevados, as quantidades de informação em trânsito nestas redes podem ser grandes, o
que coloca problemas em termos de controlo de erros e de eficiência.

15
Módulo - 1 Comunicação de Dados
No entanto, em distâncias da ordem das centenas de quilómetros e a débitos não muito
elevados (até 1 Mbps), o comportamento destas redes é relativamente transparente
para os utilizadores.

• A possibilidade de interligar equipamentos à escala global, independentemente da sua


localização, decorrente dos tipos de redes acima referidos, conduziu ao conceito de
rede dede área virtual (Virtual
Virtual Area Networks, VAN).
VAN No entanto, este conceito é,
normalmente, associado às redes de área metropolitana, sobre as quais podem ser
constituídas diversas VANs independentes para ligação de redes e equipamentos
pertencentes a diferentes clientes. Uma dada VAN comporta-se como uma rede
totalmente distinta de outras VANs, independentemente de as diversas VANs serem
constituídas sobre a mesma WAN.

• O conceito de rede virtual tem, também, aplicação nas redes locais. Numa dada rede
local podem ser constituídas várias redes locais virtuais (Virtual
Virtual Local Area Networks,
VLAN),
VLAN sendo a comunicação entre VLANs efectuada através de encaminhadores, como
se de redes distintas se tratasse. A constituição de VLANs pode justificar-se por questões
organizacionais (diferentes departamentos terão a sua VLAN), questões de segurança
(acesso a determinados servidores só será possível a utilizadores de uma dada VLAN)
ou questões de compartimentação de tráfego (determinados utilizadores interagem mais
frequentemente.

• VPN - Virtual Private Network - Rede privada virtual usada por uma Empresa, ou grupo
privado, para efectuar ligações entre vários locais, para comunicações de voz ou
dados, como se se tratassem de linhas dedicadas entre tais locais. O equipamento
usado encontra-se nas instalações do operador de telecomunicações e faz parte
integrante da rede pública, mas tem o software disposto em partições para permitir
uma rede privada genuína. A vantagem destas redes em relação às redes privadas
dedicadas é que nas VPN é possível a atribuição dinâmica dos recursos de rede.

16
Módulo - 1 Comunicação de Dados

Actualmente é praticamente impossível falar de redes informáticas sem falar da Internet.

& Internet e Extranet

A Internet é um aglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores


interligados pelo Protocolo de Internet que permite o acesso a informações e todo tipo de
transferência de dados. A Internet é a principal das novas tecnologias de informação e
comunicação (NTICs).

O grande sucesso e popularidade da Internet deve-se, em grande parte, a uma das


aplicações que dela fazem uso: a World Wide Web (que significa "rede de alcance
mundial", em inglês; também conhecida como Web e WWW)
WWW – permite aceder de forma
intuitiva à informação e a serviços.

A aplicação do paradigma e tecnologia em uso na Internet às redes privadas das


organizações conduziu ao conceito de intranet.

Uma intranet não é mais do que uma rede privada (private network), que usa o espaço
1918 de endereços IP. Estes endereços são associados aos dispositivos que precisem se
comunicar com outros dispositivos numa rede privada (que não faz parte da Internet).

O endereço IP,
IP, de forma genérica, pode ser considerado como um conjunto de
números que representa o local de um determinado equipamento (normalmente
computadores) em uma rede privada ou pública.

Uma intranet poderá ou não estar ligada à rede Internet. No entanto, é mais frequente que
esteja, dado que hoje em dia, o acesso aos serviços disponibilizados pela Internet é
estratégico para muitas entidades. Caso essa ligação exista é necessário haver mecanismos
de segurança que impeçam os utilizadores não autorizados a aceder a informações que se
encontram sediada na intranet da organização. Normalmente a ligação é feita através de
uma firewall, um sistema que entre outras funções impede os acessos não autorizados a
partir do exterior.

Extranet – uma intranet que evoluiu para uma abertura ao exterior, permitindo o acesso à
rede da entidade por pessoas fisicamente distantes, nomeadamente colaboradores externos
ou recursos de outras entidades (normalmente, clientes e fornecedores). Este acesso pode
ser feito através de linhas dedicadas, de um número de telefone específico para o efeito, ou
através da Internet (modo cada vez mais utilizado), entre outras opções.

Uma vantagem que se pode apontar na implementação de uma extranet é a necessidade


incontornável de desenvolver um sistema, sempre necessário mas vulgarmente
desconsiderado, por falta de prioridade, para ordenar e organizar as categorias de
informação interna da entidade promotora. Ou seja, é o momento ideal para se definir o
que é considerado público e privado, resultando daí um melhor conhecimento interno da
entidade. Claro está, que ao “abrir” uma parte da intranet para o exterior, para uma
extranet, a entidade terá de encontrar um modo de separar as duas áreas através de um
sistema de segurança, ou firewall.

17
Módulo - 1 Comunicação de Dados

importância
 A importânci a das Actividades de Normalização

1.Noção
1.Noção de Norma e de Normalização

A normalização tem como objectivo facilitar o intercâmbio tecnológico mundial.


mundial
A evolução industrial, particularmente na última centena de anos, tem imposto a
necessidade de criar regras para os mais diversos produtos e processos tecnológicos de
modo a promover uma fácil comunicação entre os diversos agentes produtivos e criar
critérios de qualidade. Assim, entende-
ntende-se por normalização o conjunto de regras que
permitem entre outras possibilidades:
possibilidades
- tornar mais simples os processos de fabrico;
- a substituição fácil de conjuntos, peças ou objectos que tenham características
comuns (intermutabilidade);
- a especificação do controlo das características (qualidade).
Um dos aspectos que torna a normalização importante nos processos de transformação dos
objectos é o que diz respeito aos baixos custos de produção.
Assim, podemos tomar como exemplo do que ficou dito atrás, podemos fazer referência às
lâmpadas que usamos no dia-a-dia. Assim, qualquer que seja o fabricante da lâmpada ou
do casquilho, que respeita a normalização, garante que eles enroscam. Se tal não
acontecer, por o fabricante não estar a obedecer às normas, não conseguirá vender o
material que está a produzir.
A normalização permite-nos, ainda, conhecer as características de um produto, de modo a
que possamos saber se ele corresponde ou não ao desejado.
Foi há cerca de cem anos que foi criado o primeiro organismo de normalização que se
destinava a estabelecer as normas de instalação e construção de aparelhos eléctricos.
O cumprimento da normalização é orientado pelas normas que são documentos oficiais
editados em todos os países.
países.

2. Organizações de normalização:
normalização: ISO, ISOC, IEC, IEEE

As organizações de normalização na área das redes informáticas podem ser agrupadas,


segundo o seu âmbito de actuação, em quatro níveis:

 Organizações de âmbito Internacional

 Organizações de âmbito Regional

 Organizações de âmbito Nacional

 Organizações de âmbito Sectorial

Seguidamente é realizado um levantamento das organizações mais representativas com


actividade de normalização na área das redes informáticas.

18
Módulo - 1 Comunicação de Dados

Organizações de âmbito Internacional

& ISO – International Organization Standardization (www.iso


www.iso.org
iso.org)
.org)

É uma organização não governamental, sem fins lucrativos,


onde estão representadas as organizações nacionais de
normalização dos países membros (actualmente mais de
100).
É a mais importante organização de normalização mundial, tendo sido criada em 1947
com o objectivo de promover a normalização em todas as áreas para facilitar a troca de
produtos a nível internacional.

As normas ISO são designadas de INTERNATIONAL STANDARDS e resultam de um


processo normalmente longo de desenvolvimento, em que é procurada a mais ampla
aceitação por parte das entidades participantes.

Na área das redes de comunicação, a principal iniciativa da ISO consistiu no


desenvolvimento do Modelo OSI (Open Systems Interconnection), cujo objectivo último era
o de possibilitar o desenvolvimento de sistemas abertos, isto é sistemas compatíveis em
termos de funcionalidade de comunicação, independentemente do seu fabricante.

& ISOC - Internet Society (www.isoc


www.isoc.org
isoc.org)
.org)

É uma organização internacional cujo objectivo é o de


promover o desenvolvimento, evolução e utilização da
Internet. Para além de coordenar actividades de
natureza técnica – como, por exemplo, o
desenvolvimento de normas e protocolos para a Internet – e de actuar como fonte oficial de
informação sobre a Internet.

A ISOC tem vindo a apoiar iniciativas de carácter menos técnico, como sejam iniciativas
educacionais e promocionais, tendo em vista fomentar a utilização daquela rede.

A nível técnico, as actividades centram-se na arquitectura protocolar TCP/IP. Esta


arquitectura protocolar, sobre a qual assenta a Internet, constitui, de facto, uma
arquitectura aberta, possibilitando a interligação de equipamentos dos mais variados
fabricantes.

& ITU – International Telecommunications Union (www.itu.int/home/)


www.itu.int/home/)

É uma organização intergovernamental para a regulação e para o


desenvolvimento das comunicações terrestres e via satélite (ex: Utilização do
espectro radioeléctrico e definição de orbitas).
Dentro da ITU, o sector das telecomunicações é designado por ITU-T
(anteriormente designado por CCITT – International Telegraph and Telephone Consultative
Committee) e promove o desenvolvimento de normas com o objectivo de facilitar a

19
Módulo - 1 Comunicação de Dados
interligação de sistemas de telecomunicações dos vários países, independentemente da
tecnologia usada e do seu fabricante.

Na área das redes informáticas existe uma estreita cooperação entre a ISO e a ITU-T, que
se traduz na adopção cruza de normas entre as organizações.

& IEC – International Electrotechnical Commission (www.iec.ch/)


www.iec.ch/)

É uma organização formada por representações nacionais


dos países industrializados e é responsável pela coordenação
de actividades de normalização na área da electrotecnia e da
electrónica. Na área das redes informáticas existe uma
grande cooperação entre a ISO e a IEC, que se traduz na
edição conjunta de normas (Normas ISO/IEC).

Organizações de âmbito Regional

A normalização de âmbito internacional é normalmente influenciada por um conjunto de


entidades que desenvolvem actividades técnicas de divulgação e coordenação da adopção
de normas internacionais e também de pré-normalização (e até mesmo de normalização) a
nível regional.

Estas organizações são sobretudo, importantes na Europa, onde a existência de uma união
politica entre os estados potencia o aparecimento de organizações supranacionais e,
também, na Ásia, embora num grau bastante inferior.

Na área das redes informáticas, a nível regional, são de referir as seguintes:

& CEN – Comité Européen de Normalisation www.cenorm.be/

É a organização responsável pelo processo de normalização a nível Europeu em todas as


áreas, com excepção da área da electrotecnia que está a
cargo do CENELEC – Comité Européen de Normalisation
Electrotechnique – e das telecomunicações que está a cargo
do ETSI – European Telecommunications Standards Institute.

Estas duas organizações trabalham em estreita cooperação com o CEN.

Organizações de âmbito Nacional

A actividade de normalização tem, muitas vezes, inicio a nível nacional, sobretudo nos
países mais desenvolvidos, sendo comum que um processo de normalização iniciado a
nível nacional venha a ter uma posterior adopção a nível regional e/ou internacional. As
organizações de normalização de âmbito nacional mais influentes na área das redes
informáticas são referidas no que se segue.

20
Módulo - 1 Comunicação de Dados
& ANSI (www.
www.ansi
www.ansi.org/
ansi.org/)
.org/)

American National Standards Institute – é o principal responsável


pelo processo de normalização dos EUA.

Organizações de âmbito Sectorial

Para além das organizações de âmbito nacional, regional e internacional com actividades
na área da normalização, existem múltiplas associações sectoriais – associações de
fabricantes, de consumidores ou de utilizadores e associações de profissionais – envolvidas
em actividades de normalização, normalmente associadas a uma determinada área
tecnológica.
Na área das redes informáticas são de referir a importância, as seguintes organizações
sectoriais.

& EIA – Electrical Industries Association (www.eia.org/


www.eia.org/)
www.eia.org/)

& TIA – Telecommunications


Telecommunications Industries Association
(www.tiaonline.org
www.tiaonline.org/
www.tiaonline.org/)

& IEEE – Institute of Electrical and Electronics Engineers


(www.ieee.org/
www.ieee.org/)
www.ieee.org/)- organismo internacional de normalização em várias
áreas entre elas computadores e comunicações

&ECMA – European Computer Manufacturers Association


(www.ecma-
www.ecma-international.org/)
international.org/)

Em Portugal, o organismo nacional de normalização é o Instituto Português da Qualidade


Qualidade
que é membro da ISO.

Seguem-se, a título de exemplo, algumas normas com relevância na informática.


• ISO/IEC 14882 – Define um padrão para a linguagem de programação C++

• IEEE 802 - Tem como objectivo definir um padrão para redes locais das
camadas 1 e 2 do modelo OSI

• ISSO 9660 – Define o sistema de ficheiros para CD-ROM

3. Benefícios de uma Redes de dados

Ligar computadores em rede vai criar benefícios, como a partilha de informação,


programas e recursos de hardware.

21
Módulo - 1 Comunicação de Dados

&Partilha de Informação

O benefício mais evidente de uma rede de computadores é a partilha de informação de


uma forma rápida e sem custos, pois é um factor que tem um interesse muito grande para
as empresas. Fornecer acesso a dados, criar backups e fornecer o acesso ao e-mail a todos
os colaboradores é algo que interessa a uma organização.

&Partilha de Hardware e Software

Antes de as redes de computadores serem algo ao alcance de qualquer empresa, os


utilizadores tinham os seus próprios periféricos ligados ao seu PC, o que aumentava os
encargos de uma empresa. Desta forma, podemos partilhar o acesso a um periférico para
um determinado grupo de utilizadores. A partilha de software é algo a que não podemos
ficar alheios, pois comprar um programa e respectivas licenças para um número de
computadores fica mais dispendioso do que comprar o mesmo software com a opção de o
podermos instalar em rede e o servidor validar os utilizadores através de uma licença.

&Partilha de recursos

Existem diversos recursos que podem ser partilhados como, por exemplo, impressoras,
discos, ligação à Internet, programas e dados. Em vez de termos uma impressora para cada
computador, partilhamos uma que vai servir todos os utilizadores da rede. Desta forma
poupamos espaço para a colocação das impressoras e recursos financeiros da empresa, o
que é sempre óptimo.

&Administração centralizada
centralizada

Através de uma rede de computadores, é fácil para o administrador executar tarefas


administrativas em toda a rede a partir do servidor ou de um posto de trabalho posicionado
algures na rede.

&As tarefas dos computadores na rede

Os computadores numa rede têm a unção de clientes, que são os computadores onde os
utilizadores trabalham e fazem os seus pedidos aos servidores e de servidores, que são
computadores que guardam toda a informação que circula na rede. Pelo menos deveria ser
assim. Os servidores, numa rede alargada, têm várias tarefas conforme as necessidades dos
utilizadores, como, por exemplo, servidores de mail, servidores de base de dados,
servidores de ficheiros e impressoras e servidores de fax.

&Servidores de Mail

Os servidores de mail são responsáveis pela entrega e envio dos e-mails dos utilizadores da
rede. A informação é escolhida selectivamente e enviada do servidor para o posto de
trabalho, conforme os pedidos dos utilizadores.

22
Módulo - 1 Comunicação de Dados

&Servidores de Base de Dados

Os servidores de base de dados servem para armazenar grandes quantidades de


informação num local centralizado e disponibilizam essa informação aos utilizadores. Com
este tipo de servidor, a informação mantém-se no servidor e só as alterações é que são
gravadas no mesmo. Por exemplo, se quiser saber as despesas da empresa de um
determinado mês do corrente ano, guardadas num ficheiro em Access, apenas essa
informação é enviada para o seu computador. O resto dos dados mantém-se no servidor.

&Servidores de ficheiros e impressoras

Este tipo de servidor permite guardar centralmente qualquer tipo de ficheiros e mantém
instaladas impressoras que vão servir os utilizadores de uma rede. Se um utilizador faz um
pedido de um ficheiro ao servidor, esse ficheiro é enviado na totalidade para o local do
pedido e colocado na memória do computador. Depois de efectuadas todas as alterações,
é enviado novamente para o servidor, onde qualquer outro utilizador da rede pode ir
buscá-lo e efectuar alterações, se tiver permissões para tal.

&Servidores de fax

Os servidores de fax fazem a partilha de um ou mais fax-modem instalados no computador.


Desta forma é desnecessário haver um fax-modem em cada computador da rede e
qualquer utilizador pode utilizá-los a partir de qualquer local da rede. Como já foi antes
referido, os utilizadores só podem utilizar os faxes instalados no servidor se tiverem
permissão para tal.

23

Você também pode gostar