Anotações - Livro Estratégias de Negociação
Anotações - Livro Estratégias de Negociação
Anotações - Livro Estratégias de Negociação
Abordagens da Negociação:
PODER:
O poder significa impor uma vontade própria em uma relação social, a qual
influência diretamente no comportamento do outro, mesmo havendo resistência
de uma das partes.
TEMPO:
O tempo está relacionado com a necessidade de o negociador tomar decisões
estratégicas para: avaliar o prazo limite disponível para si, o prazo a ser
disponibilizado para a outra parte, o momento oportuno em que as questões
devem ser abordadas e a duração da negociação (WANDERLEY, 1998).
O Processo de Negociação:
Cavalcanti (2006) considera o processo de negociação sistêmico que inclui
input (entradas) e output (saídas). As entradas (ou estímulos) seriam os
impulsos iniciais da negociação, por exemplo: a comunicação entre as partes, o
uso da informação e do poder, os interesses comuns, entre outros. O processo
seria a transformação desses impulsos citados em resultados, podendo ser
caracterizado como a negociação em si. As saídas seriam o produto final da
negociação, isto é, o acordo, a solução do conflito, as relações duradouras
(CAVALCANTI, 2006, p. 41).
Ex.:
Imagine que você quer comprar um carro usado. O vendedor pede R$ 30.000,
mas você tem uma oferta de outro vendedor por R$ 28.000 para um carro
parecido. Seu BATNA é comprar o carro de R$ 28.000 se a negociação com o
primeiro vendedor não funcionar. Isso significa que você não deve pagar mais
de R$ 28.000, porque você já tem uma opção melhor.
Estilos de Negociadores:
Entender comportamentos para poder negociar conforme o estilo do outro
negociador faz uma boa diferença. Aquele que conhece o próprio estilo e
respeita o do outro leva uma vantagem na negociação, pois pode trabalhar
forças e fraquezas garantindo maiores possibilidades de êxito.
Ex.: Uma empresa que está com um processo seletivo em aberto para
contratação de operador de empilhadeira.
Tempo: Se a empresa está com urgência para contratar por conta de alta
demanda, pode apressar o processo seletivo e acabar escolhendo o
profissional errado.
Se não houver ZOPA, significa que não existe uma área em que as
expectativas das duas partes se cruzam, e, nesse caso, não haverá acordo.
Sobre o BATNA:
SIGLAS:
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Conflitos:
Trata-se de um estado antagônico de ideias, pessoas ou interesses e não passa,
basicamente, da existência de opiniões e de situações divergentes ou
incompatíveis (BERG, 2012).
Robbins (1978) argumenta que o conflito é um processo que se inicia quando
uma das partes se apercebe que a outra vai ou está a afetá-la negativamente em
assuntos do seu interesse.
(E A D C I)
Conciliação:
Professor Lawrence Susskind que foi o criador das quatro etapas: Preparação,
Criação de Valor, Distribuição de Valor e Acompanhamento (MOVIUS;
SUSSKIND, 2010).
A diferença entre focar nos interesses e não nas posições é importante porque,
ao entender os interesses subjacentes, as partes podem encontrar soluções
criativas e satisfatórias para ambos, em vez de se prenderem a exigências
específicas que podem levar a impasses.
As 4 etapas:
Preparação
2. Criação de valor
Nesta fase, a negociação começa, mas o foco não é em "quem ganha", e sim em
explorar formas de criar valor. Isso significa identificar oportunidades para
ambas as partes saírem beneficiadas, buscando uma solução onde os interesses
sejam atendidos. Aqui, o foco é em colaboração e criatividade.
3. Distribuição de valor
4. Implementação
A fase final envolve garantir que o que foi acordado será de fato implementado
e monitorar o progresso para garantir que tudo esteja funcionando conforme
planejado. Um bom negociador se certifica de que ambas as partes cumpram sua
parte do acordo e monitora a implementação para resolver rapidamente qualquer
problema que surja.
Mediação:
Arbitragem:
A arbitragem em uma negociação funciona como um método de resolução
de conflitos em que um terceiro neutro, chamado árbitro, é escolhido
para tomar uma decisão final e vinculante para ambas as partes
envolvidas. Essa prática é comum em disputas comerciais, trabalhistas e
até internacionais, onde as partes querem evitar processos judiciais longos
e caros.
Etapas:
Pilares:
1. PESSOAS:
- Separe as pessoas do problema.
- Reconheça que todos têm emoções e interesses pessoais que podem
influenciar a negociação.
- Trabalhe para resolver o problema sem atacar a outra pessoa;
concentre-se nos fatos e respeite a perspectiva do outro lado.
2. INTERESSES:
- Concentre-se nos interesses, não nas posições.
- Em vez de ficar fixo em uma posição ("Eu quero X"), explore os
interesses por trás das posições de cada parte ("Por que eu quero
X?").
- Perguntar sobre os motivos ajuda a encontrar soluções que atendam
aos interesses de todos.
3. OPÇÕES:
- Crie opções de ganho mútuo.
- Pense em alternativas que possam beneficiar ambos os lados e que,
de preferência, aumentem o valor para todos.
- Use a criatividade para encontrar soluções que atendam os
interesses mútuos, e não se limite a apenas uma resposta ou
solução.
4. CRITÉRIOS:
- Use critérios objetivos e justos.
- Baseie a decisão em dados e padrões que sejam neutros e
imparciais, como leis, padrões de mercado ou normas aceitas.
- Evite que a negociação seja uma luta de poder, ao usar critérios de
justiça que ambos concordem como base para o acordo.
Ética:
Mello (2005) identifica três tipos de postura básica em negociações:
No entanto, essa postura pode trazer desafios quando o outro negociador adota
uma abordagem mais estratégica e menos ética, como a "postura do jogador".
Nesse caso, o idealista pode ser prejudicado, pois sua honestidade pode não ser
correspondida. Além disso, seu compromisso com a ética pode dificultar a
conclusão de um acordo, especialmente se estiver representando uma parte com
comportamento não ético.
Essa postura é vista como a mais equilibrada, pois o pragmatista usa a ética
como guia, mas com flexibilidade para se adaptar às circunstâncias. Os
estudiosos valorizam essa postura por considerar que ela une as vantagens das
outras duas abordagens: a prudência do idealista em manter a ética e a
capacidade do jogador de usar estratégias para proteger seus interesses.
Segundo Kelley (1966), existem dois dilemas importantes nas negociações: o
dilema da confiança e o dilema da honestidade.