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Arremessos e lançamentos
A proposta deste tópico é fazer com que você possa reconhecer e traduzir
o arremesso de peso e sua técnica, bem como adaptações da técnica, espaço e
equipamento para a sua prática.
O conceito principal é empurrar o peso com auxílio de uma das mãos a
partir do ombro, bem próximo ao queixo. E tem como característica física
pessoas fortes e com grande estatura, pensando no alto rendimento, o que não
impede que pessoas com estrutura diferente possam praticar e competir, até
porque outras valências físicas são necessárias, tais como velocidade,
coordenação, resistência e agilidade. Uma prova que na antiguidade era
realizada com pedras pesadas, e chegou ao formato atual, que utiliza pesos de
bronze ou ferro.
Ao longo da história, muitos atletas se destacaram, como o americano
Ralph Rose, com 129 kg e com a marca de 15,54 m entre os anos de 1896 e
1910; durante a primeira Guerra Mundial, que ocorreu entre 1910 e 1920,
tivemos como melhor marca 15,33 m; entre os anos 1920 e 1930 houve um
grande interesse pela modalidade, sendo destaque o americano Bud Houser,
com a marca de 15,26 m; entre os anos de 1930 e 1940 houve um aumento
grande da prática, com mais de seis atletas arremessando entre 16 e 17 m;
entre os anos de 1940 e 1950 o atleta Jim Fuchs com a marca de 17,95 m.
Da mesma forma, podemos comentar sobre as técnicas utilizadas ao
longo da história e, assim como as outras provas, a técnica do arremesso do
peso evoluiu muito. O atleta Jim Fucks contribuiu com a criação do estilo lateral,
em que desde a posição inicial, passando pelo deslocamento e até a posição
final, era realizado com o corpo em posição lateral (Fernandes, 2003).
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Atualmente são dois os estilos utilizados para a prova de arremesso de
peso: o estilo rotacional e o estilo linear, e independentemente do estilo, todos
os praticantes realizam as fases de concentração, empunhadura, posição inicial,
deslocamento, posição de força, arremesso e reversão. O que muda é a
descrição conforme o estivo utilizado para o arremesso.
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Figura 1 – Arremesso de peso deslocamento linear – posição de força
O uso desse estilo vem da década de 1970, quando foi adaptado o giro
utilizado no lançamento de disco para o arremesso de peso e, desde então, é
muito utilizado. Nesse estilo as fases de concentração, empunhadura, posição
de força e arremesso são exatamente iguais ao outro estilo.
As mudanças ocorrem na posição inicial, quando o praticante fica com os
pés em afastamento lateral, como o peso do corpo distribuído nas duas pernas.
A grande diferença para o outro estilo é o deslocamento, que é feito por meio de
um giro. Por meio de uma perna chamada de eixo, inicia-se o giro com a perna
livre passando a frente, ao lado e indo para trás. Durante essa ação a perna eixo
também se movimenta, girando e buscando a posição de força (Figura 1). Após
o arremesso, a reversão se faz pela continuação do giro para se manter em
equilíbrio.
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do anteparo; o peso deve cair dentro do setor de queda e o atleta somente pode
sair do setor após o peso tocar o solo.
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Figura 2 – Discóbulo de Miron
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o disco fica apoiado na palma da mão, e a borda do disco está apoiada na
articulação das falanges distal e medial.
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2.2 Regras
Créditos: Arekuliasz/Shutterstock.
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TEMA 3 – LANÇAMENTO DE MARTELO
3.1 Fases
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estiverem à frente do corpo, e com os cotovelos flexionados quando estiverem
atrás da cabeça.
Após executarem dois ou três molinetes, pois depende muito do atleta, e
já estiverem com velocidade ideal, deve-se iniciar os giros. Se o giro é feito da
direita para a esquerda, o pé eixo é o esquerdo, e esse pé não pode perder o
contato com o solo até finalizar o lançamento. Esse pé deve transferir a base do
calcanhar para a ponta do pé durante os giros (Figura 5), em velocidade
progressiva, ou seja, acelerando sempre, até lançar. O pé livre passa ao lado do
pé eixo sempre próximo do corpo.
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estará, sempre, na sua trajetória, embaixo quando à frente e em cima quando
atrás. E sua trajetória é elíptica, ou seja, o ponto mais baixo fica à direita do
atleta, e o ponto mais alto fica à esquerda, isso pensando em um giro da direita
para a esquerda.
Após soltar o martelo o praticante deverá continuar a fazer os giros
diminuindo a velocidade gradativamente, para evitar sair pela frente do setor de
lançamento. Essa é a chamada fase de reversão.
3.2 Regras
Algo interessante é que o atleta pode usar uma luva, apenas uma luva e
na mão que está em contato com a manopla do martelo, e essa luva deve estar
com a ponta dos dedos cortada, ou seja, os dedos do atleta devem estar à
mostra. E da mesma forma que no disco e peso, as regras básicas são as
mesmas: o praticante tem o tempo limite de 1 minuto para iniciar o lançamento;
não pode tocar o solo ou sair pela parte da frente do setor de lançamento; o
martelo deve cair dentro do setor de queda e o atleta somente pode sair do setor
após o martelo tocar o solo.
A proposta deste tópico é fazer com que você possa reconhecer e traduzir
o lançamento de dardo e sua técnica, bem como adaptações da técnica, espaço
e equipamento para prática.
O lançamento de dardo é uma das provas mais antigas do atletismo.
Existem registros de 1886 com o sueco Wiger com o 1° recorde nacional, com a
marca de 35,81 m e, na sequência, aparecem as marcas de 53,89 m e 62,32 m
do sueco Eric Lemming, em 1906. Nessa época, a Suécia dominava a prova e,
a partir de 1920, o domínio passa para a Finlândia, e é importante comentar que
durante 9 olimpíadas, de 1908 a 1952, esses dois países se revezam na
liderança mundial da prova. Dessa época temos o finlandês Matti Järvinen, que
ainda hoje é considerado como um dos melhores lançadores do mundo. O
grande destaque, que é dado para a Finlândia, é devido ao seu número de
habitantes. Esse finlandês contribuiu muito com a adoção, em 1920, de um estilo
próprio de lançamento, chamado passo cruzado à frente.
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4.1 Fases
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recuo ocorre com o braço de lançamento se estendendo para trás, com a palma
da mão para cima, ficando a ponteira do dardo muito próximo do rosto do
praticante.
Paralelo ao recuo também ocorrem as cruzadas, que são movimentos
que as pernas realizam em preparação para o lançamento (Figura 7). A posição
de força é a passagem da corrida para o lançamento propriamente dito, é quando
o atleta toma a melhor posição mecanicamente falando antes de lançar. O
lançamento inicia por uma combinação de movimentos, de baixo para cima.
Quadril, tronco, braço livre e por último o braço de lançamento. Extremamente
importante é trazer o cotovelo antes da mão com o dardo, pois o cotovelo dá
direção ao lançamento e forma mais uma alavanca para ele. A última fase é a
recuperação ou reversão quando se recupera da corrida, evitando ultrapassar a
linha limite do corredor de aproximação.
4.2 Regras
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até a queda do dardo, não pode voltar as costas para a área de queda; se tocar
com qualquer parte do corpo as linhas demarcatórias da área de lançamento; se
lançar o dardo fora do setor de queda e se deixar o corredor antes que o
implemento tenha tocado o solo.
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desenvolvida por meio de atividades, como erguer ou carregar objetos e
manusear ferramentas” (Rover et al., 2011, p. 2).
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NA PRÁTICA
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fazendo o recuo e, na sequência, o lançamento perto, para depois pedir para
lançar longe. Na sequência, com três passos e lançamento e após algum tempo
de prática com a corrida completa.
Para o martelo, brincadeiras que envolvam o movimento de giro, que será
necessário no lançamento propriamente dito. Também brincadeiras em que os
braços podem alternar entre estendidos e flexionados. Pode-se pedir, segurando
um cone ou um bastão com os braços em extensão, que os alunos girem em um
dos pés, parando na mesma posição que iniciaram. Importante solicitar giros
para os dois lados, sempre cuidando de trabalhar os dois lados do corpo.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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MATTHIESEN, S. Q. Atletismo: teoria e prática. Rio de janeiro: Guanabara
Koogam, 2010.
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