Comunicado Tecnico 195

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Comunicado195

Técnico ISSN 1808-6802


Abril, 2017
Bento Gonçalves, RS
Foto: Lucas da Ressurreição Garrido.

Redução da adição ambiental


de cobre utilizando outras
formulações cúpricas em
relação à calda bordalesa
para o controle do míldio
tardio da videira

Lucas da Ressurreição Garrido1

Introdução base de cobre há um aumento de todas as frações


deste metal no solo, com consequente aumento da
A aplicação de fungicidas à base de cobre na disponibilidade do mesmo no solo, especialmente em
vitivinicultura da Serra Gaúcha tem mais de cem solos ácidos e arenosos, como aqueles da Campanha
anos. Nesta região é comum o emprego da calda Gaúcha (BRUNETTO et al., 2014).
Bordalesa para o controle do míldio da videira. O uso
sistemático deste produto em altas concentrações O cobre é um nutriente essencial às plantas, fazendo
e altos volumes, repetindo por diversas vezes ao parte de vários compostos orgânicos, como proteínas
ano tem acarretado o acúmulo de cobre nos solos e enzimas vitais ao metabolismo vegetal, atuando no
da região. Essas pulverizações são responsáveis controle da síntese de DNA e RNA, e participando
pelos teores altos de cobre encontrado nos tecidos de vários processos fisiológicos, como fotossíntese,
da videira e no solo. O acúmulo desse elemento no respiração e distribuição de carboidratos (KABATA-
solo afeta negativamente a qualidade produtiva e PENDIAS, 2011). Porém, quando em excesso pode
ambiental dos solos. provocar alterações anatômicas, morfológicas e
fisiológicas, tal como danos às raízes, inibição
O cobre tende a formar ligações físico-químicas com da absorção de nutrientes, redução da taxa
os grupos funcionais de partículas reativas do solo fotossintética e no crescimento das plantas
que, por sua vez, definem os fenômenos de sorção. (MICHAUD et al., 2008; TOSELLI et al., 2009;
A disponibilidade desses elementos no solo depende LEQUEUX et al., 2010; CAMBROLLÉ et al., 2015).
do teor e da composição da matéria orgânica do solo,
da fração mineral do solo, que possui alta afinidade Os sais de cobre tornaram-se importantes na
pela fração argila, especialmente o grupo dos óxidos, supressão de doenças durante o século XIX.
e do valor de pH (AMBROSINI, 2015). No entanto, A eficácia de uma mistura complexa do cobre
após anos de aplicações sucessivas de fungicidas à para controlar o míldio da videira foi descoberta

1
Engenheiro-agrônomo, Dr., Pesquisador, Empresa Uva e Vinho, Caixa Postal 130, CEP 95701-008, Bento Gonçalves,
RS. E-mail: [email protected].
Redução da adição ambiental de cobre utilizando outras formulações cúpricas em relação à calda bordalesa para o
2 controle do míldio tardio da videira

acidentalmente. Em 1882 na região de Medoc, A fase de maior suscetibilidade da videira ao míldio


França, Millardet noticiou que a mistura do sulfato ocorre desde o início da brotação dos ramos até o
de cobre e cal virgem salpicada sobre as folhas início da compactação do cacho. Todas as partes
da videira suprimiam o desenvolvimento do verdes da videira podem ser infectadas, sendo os
míldio. Inicialmente esta mistura foi utilizada para primeiros sintomas observados cerca de 5 a 7 dias
desencorajar o furto de uvas de um vinhedo (FRY, após a infecção. Os sintomas foliares iniciam-se com
1982). Desde então, vem sendo utilizada em várias manchas circulares amarelas com a aparência de
culturas para o controle de doenças fúngicas e manchas de óleo apresentando um halo castanho-
bacterianas. amarelado nas folhas novas que com o tempo
acaba desaparecendo. Sob condições climáticas
A calda Bordalesa é uma suspensão coloidal, de cor favoráveis, grande número de manchas pode surgir
azul celeste, obtida pela mistura de uma solução nas folhas que se coalescem com o tempo. Noites
de sulfato de cobre penta hidratado (CuSO4.5H20) quentes e úmidas contribuem para o surgimento
e suspensão de cal virgem. A solução de sulfato de esporangióforos com esporângios, que saem
de cobre penta hidratado é ligeiramente ácida, ao dos estômatos na parte abaxial da folha. As lesões
que se atribui a formação de pequenas quantidades tornam-se castanhas e folhas altamente infectadas
de ácido sulfúrico por hidrólise. Na presença do caem com o tempo (SÔNEGO et al., 2005).
hidróxido de cálcio, este se combinará com o ácido
livre, formando sulfato de cálcio. Em seguida, haverá Nos estádios da floração e em bagas pequenas,
nova hidrólise do sulfato e nova neutralização do o patógeno penetra pelos estômatos, causando
ácido formado e, assim sucessivamente, até que escurecimento e secamento destes órgãos, nos
todo o sulfato seja decomposto. Entretanto, estudos quais se observa uma eflorescência branca que
posteriores mostraram que o produto inicial formado é a frutificação do patógeno. Normalmente, a
no hidrogel é o trioxissulfato de cobre frutificação não é muito intensa, pois o engaço e
(Cu.SO3.H20) que teria a mesma constituição do as bagas não possuem muitos estômatos. Após o
sulfato tribásico de cobre. A calda Bordalesa, estádio de grão ervilha, a infecção ocorre somente
portanto, é uma série de compostos em processo de no pedicelo das bagas, que toma a coloração
transição, em vez de um produto final único. Quando amarelo-escuro. As bagas apresentam depressões
a calda é aplicada à planta, o hidrogel contém, e consistência endurecida na região próxima ao
provavelmente, trioxissulfato de cobre com cal pedicelo, ficando total ou parcialmente marrom-
adsorvida, cal livre e sulfato de cobre. escuras, destacando-se facilmente do cacho. As
bagas infectadas nessa fase apresentam uma
O míldio causado por Plasmopara vitícola (Berk. coloração pardo-escura, e são facilmente destacadas
& Curt.) Berl. & de Toni, é a doença da videira do cacho, não havendo formação de eflorescência
mais importante no Brasil, bem como em outras branca característica (GALET, 1977), sendo
regiões vitícolas do mundo. Causa sérios prejuízos denominada peronóspora larvada, porque apresenta
à viticultura, em regiões com alta precipitação, sintomas semelhantes aos causados pelas larvas
principalmente no final da primavera e verão. É da mosca-das-frutas. A doença causa as maiores
também conhecida como peronóspora, mufa ou perdas na cultura quando a inflorescência é infectada
mofo. Os maiores danos diretos estão relacionados na fase pré-florada, florada e pós-florada. O ataque
com a destruição parcial ou total dos frutos, intenso do míldio nas folhas ocasiona a desfolha
podendo também produzir efeitos negativos sobre precoce e consequentemente acarretará uvas com
a produção futura, porque provoca desfolha e menor teor de açúcar, produção de vinhos mais
consequentemente enfraquece a planta. Geralmente ácidos, menos substâncias nitrogenadas e menor
as variedades de uvas européias (Vitis vinifera L.) vigor na safra seguinte.
são mais suscetíveis ao míldio que as americanas
e híbridas (SÔNEGO et al., 2003), pois o patógeno O cromista Plasmopara viticola é um parasita
é originário da América do Norte e o processo de biotrófico obrigatório, que obtém seus nutrientes
seleção natural ocorrido naquela região deu origem a das células vivas dos tecidos da planta. Os
genótipos de videira com maior resistência genética zoósporos formados no interior dos esporângios
à doença (TESSMANN et al., 2007). são liberados sobre a planta, germinam e penetram
aplicação, do conhecimento do organismo e da q
2012).
Redução da adição ambiental de cobre utilizando outras formulações cúpricas em relação à calda bordalesa para o
controle do míldio tardio da videira
3

somente através dos estômatos. As hifas crescem

Foto: Lucas da Ressurreição Garrido.


nos espaços intercelulares das folhas produzindo
haustórios globosos que irão absorver os nutrientes
do interior das células.

Nas regiões de clima temperado o patógeno


sobrevive durante o inverno na forma de oósporos
e micélio. Estas estruturas de sobrevivência A B
tornam-se maduras e germinam em solo
encharcado e temperatura acima de 11°C,
produzindo macrosporângios, dos quais saem
os zoosporângios que vão produzir as infecções
primárias. A partir destas infecções, em condições
climáticas favoráveis, como alta umidade relativa
e temperaturas acima de 11°C, diversos ciclos da
doença serão produzidos. Todos os fatores que
contribuem para o aumento da umidade, favorecem C D
o desenvolvimento da doença. Portanto, a chuva Fig. 1. Sintomas e sinais do míldio nas folhas e bagas da videira.
é o principal fator na promoção das epidemias, Figura
Manchas de 1.óleo
Sintomas
e necróticas e
(A);sinais dodomíldio
frutificação patógenonas
na folhas e
enquanto a temperatura exerce um papel moderador,
necróticas (A); frutificação do patógeno na parte
parte abaxial da folha (B); bagas menores infectadas (C) e míldio
acelerando ou retardando o desenvolvimento do larvado (D).
infectadas (C) e míldio larvado (D).
patógeno (NAVES et al., 2012).

No Rio Grande do Sul, nos meses de setembro a


março, período do desenvolvimento da videira, a O controle químico é uma das partes importantes
precipitação média fica entre 1.000 a 1.200 mm, no manejo das doenças de plantas, principalmente
enquanto a temperatura oscila entre 16 a 22°C. nas regiões de alta umidade relativa e temperaturas
Nestas condições, o controle da doença é uma favoráveis ao patógeno. De um modo geral, o
tarefa difícil e delicada, e o produtor deve estar em controle costuma ser realizado à base de fungicidas
vigilância constante (SÔNEGO et al., 2003). que, além de aumentar os custos de produção,
podem contaminar o ambiente e o homem.
Algumas medidas preventivas para o manejo
da doença consistem na escolha de áreas bem Comumente o controle do míldio da videira é
drenadas, plantio de cultivares resistentes, redução realizado com fungicidas sintéticos até o estádio de
das fontes de inóculo como a poda de brotações grão ervilha. A partir daí até a maturação da uva é
contaminadas, adubação equilibrada, evitando o realizado com a aplicação de fungicidas cúpricos,
excesso de nitrogênio, fazer desbrota, poda verde sendo o mais utilizado há décadas a calda Bordalesa.
para melhorar a penetração da luz solar, visando Em média, dependendo do cultivar precoce ou tardia,
reduzir a duração do molhamento foliar no interior são realizadas duas a quatro aplicações em alto
da copa. Nem todas estas medidas são práticas de volume (1.000 L/ha) utilizando uma concentração de
serem executadas, nem suficientes para controle sulfato de cobre de 1%, ou seja, a cada pulverização
eficaz da doença em condições favoráveis, sendo são utilizados 10 kg de sulfato de cobre neutralizado
necessária a utilização do controle químico. Uma das com cal virgem. Contudo, em muitos solos, devido
razões da necessidade do uso de fungicidas para ao uso anual e contínuo da calda Bordalesa tem
o controle do míldio é a capacidade do patógeno ocasionado o acúmulo de cobre em níveis acima do
causar grandes danos em um curto espaço de tolerável. O número de pulverizações com produtos
tempo, tornando os fungicidas a melhor ferramenta à base de cobre é muito maior no sistema orgânico.
de controle da doença. O sucesso do controle O uso de outras formulações, de baixo custo, baixa
químico depende da escolha adequada do produto, toxicidade, à base ou não de cobre, para o controle
bem como a sua dose, do momento e método da do míldio da videira, torna-se uma medida importante
aplicação, do conhecimento do organismo e da para a redução do impacto deste elemento sobre
qualidade da aplicação (NAVES et al., 2012). o meio ambiente e os efeitos negativos sobre o
Redução da adição ambiental de cobre utilizando outras formulações cúpricas em relação à calda bordalesa para o
4 controle do míldio tardio da videira

desenvolvimento das plantas. Recentemente novas O CopperCrop® apresenta na sua composição


formulações foram lançadas no mercado contendo nitrogênio (N) 4,09% (54,81 g/L); cobre (Cu)
concentrações menores de cobre, porém complexado 10,0% (134 g/L); carbono orgânico 3,53%. Todos
por aminoácidos e outros elementos, o que pode elementos solúveis em água e complexados por
ser bastante interessante no manejo de doenças de aminoácidos 5%. Já o SoilSet é composto de
plantas, principalmente em áreas contendo elevados enxofre (S) 3,75% (46,12 g/L); cobre (Cu) 2,00%
teores de cobre no solo. (24,60 g/L); ferro (Fe) 1,60% (19,68 g/L); manganês
(Mn) 0,80% (9,84 g/L) zinco (Zn) 3,20% (39,36
O trabalho teve por objetivo avaliar o controle do g/L) carbono orgânico 2,13. Todos elementos
míldio tardio da videira com outras formulações à solúveis em água e complexados por aminoácidos
base de cobre em relação à calda Bordalesa, visando 5%. Ambos produtos são fabricados pela empresa
reduzir a adição ambiental desse elemento. Alltech® Crop Science.

Metodologia O delineamento experimental foi em blocos


casualizados com quatro repetições com cinco
Dois ensaios foram realizados em um vinhedo, da plantas por parcela. A incidência e a severidade
Vinícola Miolo, em Monte Belo do Sul, (latitude das doenças foram avaliadas em cada parcela
-29.142344 e longitude -51.623823) cv. Cabernet nas três plantas centrais. O míldio foi avaliado
Sauvignon conduzida no sistema espaldeira, com inicialmente antes da instalação do ensaio e depois
espaçamento 2,0 m x 1,5 m, durante a safra a intervalos de aproximadamente 15 a 20 dias até
2014/2015, para avaliação do controle do míldio a colheita (15/12/2014; 30/12/2014; 23/01/2015
tardio da videira. e 18/02/2015). A avaliação da incidência foi
realizada calculando-se a percentagem de folhas que
As aplicações foram realizadas com pulverizador a apresentavam sintomas, indiferente da severidade
CO2, ajustado para um volume por hectare de 600 da doença. Para avaliação da severidade nas folhas
L, pulverizando-se os produtos sobre a vegetação foi utilizada a avaliação visual da percentagem da
(folhas e cachos). As aplicações foram realizadas a folha apresentando sintomas e esporulação do
partir do estádio de grão-chumbinho (Tabela 1). patógeno. A cada avaliação foram avaliadas 50
folhas por parcela. Os valores foram analisados
O ensaio 1 apresentou os seguintes tratamentos: utilizando análise de variância e o teste de Tukey a
1 – Testemunha; 2 – Calda Bordalesa 1%; 5%, área abaixo da curva de progresso da doença
3 – CopperCrop® 0,5 Lha-1; 4 – SoilSet® 1,0 Lha-1 e (AACPD) e a taxa aparente da doença (r) calculada
5 – CopperCrop® 0,5 Lha-1 + SoilSet® 1,0 Lha-1. por meio ln(y/1-y) – ln(y0/1-y0) / t, onde y é a
Já no ensaio 2 foram avaliados os seguintes quantidade de doença no tempo t. Durante o estádio
tratamentos: 1 – Testemunha; 2 – Calda Bordalesa da colheita foi avaliado o peso dos cachos colhidos
1%; 3 – Kocide® WDG 1,8 kgha-1 e 4 – Recop® nas duas plantas centrais da parcela. As análises de
2,5 kgha-1. O tratamento com calda Bordalesa foi variância e teste médias e teste de t foram realizadas
reaplicado a cada 15 dias (19/12/2014; 05/01/2015; utilizando o software SAEG 9.0.
19/01/2015 e 02/02/2015) compreendendo os
estádios de grão ervilha, início do fechamento do Dados de temperatura máxima, temperatura mínima,
cacho, mudança de cor e início da maturação, temperatura média, umidade relativa e precipitação
respectivamente. Já os demais tratamentos foram foram coletados durante a condução do ensaio pela
aplicados semanalmente (19/12/2014; 26/12/2014; estação agrometeorológica da Embrapa Uva e Vinho
05/01/2015; 12/01/2015; 19/01/2015; (Figuras 2, 3 e 4).
26/01/2015; 02/02/2015 e 09/02/2015). Nas datas
05/01/2015 e 02/02/2015 foi aplicado em todos
os tratamentos o fungicida tebuconazol (Folicur®)
1,0 Lha-1 para controle da podridão da uva madura,
contudo sem efeito para a doença alvo (míldio).
Redução da adição ambiental de cobre utilizando outras formulações cúpricas em relação à calda bordalesa para o
controle do míldio tardio da videira
5

Dezembro/2014 Fevereiro/2015
35
40

35 30

30 25
Graus Celso

Graus Celso
25
20
20 TMin TMin
15 TMax
TMax
15
TMed
TMed
10
10

5 5

0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

Dia Dia

Dezembro/2014 Fevereiro/2015
100,0 100,0

90,0 90,0

80,0 80,0

70,0 70,0
% ou mm

60,0 60,0

% ou mm
50,0 50,0
Precip. Precip.
40,0 40,0
URMed
URMed
30,0 30,0

20,0 20,0

10,0 10,0

0,0 0,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

Dia Dia

Fig. 2. Temperatura máxima, temperatura mínima e temperatura Fig. 4. Temperatura máxima, temperatura mínima e
média (a); umidade relativa e precipitação (b) no mês de Dezembro temperatura média (a); umidade relativa e precipitação (b) no
de 2014. Seta azul = avaliação e Seta verde = pulverização. mês de fevereiro de 2015. Seta azul = avaliação e seta verde
Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves, RS. = pulverização e seta vermelha = colheita. Embrapa Uva e
Vinho, Bento Gonçalves, RS.

Janeiro/2015
35

30 Resultados e Discussão
25

No ensaio 1, nas primeiras três avaliações da


Graus Celso

20

TMin incidência e da severidade do míldio tardio não


15 TMax
TMed se observaram diferenças significativas, entre os
10
efeitos dos tratamentos com os diferentes produtos
5
ou mesmo em relação à testemunha. Contudo, na
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 quarta avaliação, os efeitos dos tratamentos com a
Dia
calda Bordalesa 1%, CopperCrop® 0,5 L/ha, Soilset®
1,0 L/ha, CopperCrop® 0,5 L/ha + SoilSet® 1,0 L/ha
Janeiro/2015
100,0 diferiram significativamente, pelo teste de Tukey a
90,0
5%, em relação ao tratamento testemunha, contudo
80,0

70,0
não houve diferença no controle proporcionado por
60,0 eles (Figura 5 e 6). Enquanto as plantas testemunhas
% ou mm

50,0
Precip. apresentaram incidência de 92,5% e severidade
40,0

30,0
URMed
média do míldio de 9,2%, nas plantas tratadas com
20,0 a calda Bordalesa e com o CopperCrop® observou-
10,0
se 50% e 57% de incidência e severidade média de
0,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1,53% e 1,89%, respectivamente.
Dia

Fig. 3. Temperatura máxima, temperatura mínima e temperatura


média (a); umidade relativa e precipitação (b) no mês de Dezembro
de 2014. Seta azul = avaliação e Seta verde = pulverização.
Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves, RS.
Redução da adição ambiental de cobre utilizando outras formulações cúpricas em relação à calda bordalesa para o
6 controle do míldio tardio da videira

B A
100 A 100
90 90

80 80
B
70 B 70
B

Incidência (%)
B
Incidência (%)

60 B IncM1
60 B B
IncM1 50 IncM2
50 A
IncM2 40
40 A IncM3
A 30 A A
30 A A A IncM3 IncM4
A 20 A A
IncM4
20 A A A A A
A A A 10 A A A
10 A A A A A 0
0 Testemunha Calda Bordalesa Hidróxido de cobre Oxicloreto de cobre
Testemunha Calda Bordalesa CopperCrop® SoilSet® CooperCrop® + tratamento
SoilSet®
Tratamento
Fig. 7. Incidência média do míldio tardio da videira, na cv.
Fig. 5. Incidência média do míldio tardio da videira, na cv.
Cabernet Sauvignon em relação aos tratamentos aplicados.
Cabernet Sauvignon em relação aos tratamentos aplicados.
Tratamentos com mesmas letras e na mesma época de avaliação,
Tratamentos com mesmas letras e na mesma época de avaliação,
não diferem significativamente pelo teste de Tukey a 5%.
não diferem significativamente pelo teste de Tukey a 5%.
Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves, RS.
Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves, RS.

A
10 A
10
9
9
8
8
7
7
Severidade (%)

Severidade (%)
6 6 SevM1
SevM1
5 5
SevM2 SevM2
4 4
B B SevM3 SevM3
3 B 3
B B
A B A SevM4 A B A
SevM4
2 2
A A A A A A A
1 A A A A A A A AA 1 A A A A A A A
0 0
Testemunha Calda Bordalesa CopperCrop® SoilSet® CooperCrop® + Testemunha Calda Bordalesa Hidróxido de cobre Oxicloreto de cobre
SoilSet® Tratamento
Tratamento

Fig. 6. Severidade média do míldio da videira, na cv. Cabernet Fig. 8. Severidade média do míldio da videira, na cv. Cabernet
Sauvignon em relação aos tratamentos aplicados. Tratamentos Sauvignon em relação aos tratamentos aplicados. Tratamentos
com mesmas letras e na mesma época de avaliação, não com mesmas letras e na mesma época de avaliação, não diferem
diferem significativamente pelo teste de Tukey a 5%. Embrapa significativamente pelo teste de Tukey a 5%. Embrapa Uva e
Uva e Vinho, Bento Gonçalves, RS. Vinho, Bento Gonçalves, RS.

A mistura CopperCrop® + SoilSet® não possibilitou, Já em relação ao peso da produção colhida


neste ensaio, melhor performance no controle do nos tratamentos, não foi observada diferença
míldio da videira em relação ao produto CopperCrop® significativa entre os tratamentos. Isto pode ser
isolado. Contudo, vale destacar que, o produto explicado pelo fato de que o maior efeito do míldio
SoilSet®, além de não diferir estatisticamente em sobre a produção da videira ocorre durante o
relação à calda Bordalesa quanto ao controle do período de floração. Após este estádio, o efeito
míldio, pode ser utilizado na produção orgânica por da incidência da doença sobre a planta será em
ser um insumo agrícola aprovado pelo IBD, tornando- cima do acúmulo de açúcar nas bagas, produção
se mais uma alternativa no controle da doença. de compostos nitrogenados e produções futuras.
Outras formulações de adubos foliares contendo Como o tratamento testemunha apresentou a maior
cobre, presentes no comércio, não estão registrados incidência (92,5%) e severidade da doença (9,2%)
para utilização no sistema orgânico. cerca de 7 dias antes da colheita, isto não refletiu
em redução na produtividade.
No ensaio 2 foi comparada a eficácia da calda
Bordalesa em relação ao hidróxido de cobre e ao Pelos dados obtidos pela área abaixo da curva de
oxicloreto de cobre. Da mesma forma, não houve progresso da doença (AACPD), que nos dá uma
diferenças estatísticas nas três primeiras avaliações ideia do acumulado de doença no período, pode-
da incidência e da severidade da doença em relação se observar que a menor AACPD foi obtida com o
aos valores encontrados na testemunha. Já na última tratamento com calda Bordalesa (46,01) seguido
avaliação, estes produtos cúpricos não apresentaram pelo CopperCrop® (49,02). Já a taxa aparente
diferenças significativas no controle obtido, porém se de doença (r), que descreve a inclinação da reta
diferenciaram do tratamento testemunha (Figuras 7 em relação à linearização dos dados, apresentou
e 8). maior valor na testemunha (0,080) e menor valor
Redução da adição ambiental de cobre utilizando outras formulações cúpricas em relação à calda bordalesa para o
controle do míldio tardio da videira
7

no tratamento com calda Bordalesa (0,022), as cultivares viníferas eram consideradas mais
seguindo pelos demais tratamentos (Tabela 1). O resistentes ao cobre do que as americanas.
tratamento com CopperCrop® e o oxicloreto de cobre
apresentaram menores taxas aparentes de doença, Os fungicidas cúpricos apresentam múltiplos
embora a AACPD tenha sido diferentes. sítios de ação, assim há menor risco de patógenos
desenvolverem resistência a esses produtos. Os
íons de cobre (Cu+2) atuam nas células dos fungos
bloqueando enzimas envolvidas no processo de
Tabela 1. Área abaixo da curva de progresso da doença
respiração, inibem a síntese de proteínas, reduzem
(AACPD) e taxa aparente da doença (r), na cv. Cabernet
a atividade da membrana celular e de organelas e
Sauvignon em relação aos tratamentos efetuados para o
afetam as trocas de elementos. Óxidos cuproso e
controle do míldio tardio.
oxicloretos são compostos altamente insolúveis que
atuam na parede celular e membranas de fungos e
Tratamento AACPD r
bactérias sem penetrar profundamente no interior da
Testemunha 153,28 0,080 célula. No processo, o patógeno libera metabólitos
secundários que reagem com os compostos de cobre
Calda Bordalesa 46,01 0,022
resultando no envenenamento e morte das células.
CopperCrop® 49,02 0,035
SoilSet® 70,84 0,036 A eficiência biológica atual das formulações
CopperCrop® + SoilSet® 59,21 0,040 convencionais de cobre (sulfato de cobre, hidróxido
de cobre e oxicloreto de cobre) é de menos que
Hidróxido de cobre 50,83 0,038
5% e o restante é espalhado pelo ambiente. O
Oxicloreto de cobre 60,19 0,035
desenvolvimento de novas formulações apresentando
quantidades de 2 a 8% de cobre complexado com
aminoácidos, peptídeos, ácidos graxos, pectinas,
açúcares e outros compostos orgânicos são novas
A safra 2014/2015 foi caracterizada por um volume estratégias para aumentar a eficiência biológica, sem
maior de precipitações ao longo de todo o ciclo reduzir sua eficácia e minimizando a contaminação
vegetativo e reprodutivo da videira, ao contrário ambiental (KOVACIC et al., 2013). Dentro dessa
dos anos anteriores que foram anos de La Niña, ou linha de produtos estão o CopperCrop® e SoilSet®
seja, mais seco na região sul do Brasil. A incidência que apresentaram controle do míldio similar ao
e a severidade do míldio foram mais elevadas obtido com a calda Bordalesa.
principalmente nas brotações novas nas pontas
dos ramos. Mesmo com este volume maior de Na viticultura convencional são utilizadas em média
precipitação e pressão da doença, foi observado que três aplicações com a calda Bordalesa por safra, a
os diversos produtos testados mostraram-se eficazes partir do estádio de grão ervilha. Muitos vinhedos da
para substituir a calda Bordalesa nas aplicações nos Serra Gaúcha possuem uma concentração elevada
vinhedos. de cobre no solo, resultante de décadas de utilização
da calda Bordalesa, ocasionando efeitos negativos
Em décadas passadas, a utilização da calda sobre o desenvolvimento das plantas, entre os quais
Bordalesa foi mais intensa para o controle do míldio a inibição do desenvolvimento de radicelas nas
da videira. Inglez de Souza (1996) recomendava raízes. A contaminação do ambiente é outro ponto
para as cultivares americanas oito aplicações ao a ser considerado, pensando na sustentabilidade
longo do ciclo e para as cultivares viníferas o do sistema de produção em longo prazo. Na
dobro ou o triplo. Não havia a preocupação com o União Européia, a partir da Regulamentação EC Nº
efeito cumulativo do cobre nos solos dos vinhedos. 473/2002, a quantidade máxima de cobre metálico,
Naquela época, preocupações com a toxicidade à que o produtor pode aplicar a cada safra, é de 6 kg/
videira se restringiam à ação depressiva sobre o ha, sendo que na Alemanha algumas associações
vigor das plantas, ou seja, choque de crescimento e de produtores limitaram em 3,0 kg/ha. A busca por
as queimaduras nas folhas e frutos verdes, variando alternativas à calda Bordalesa com mesma eficácia
a sensibilidade de um cultivar para outro. Contudo, no controle do míldio é uma demanda por parte
Redução da adição ambiental de cobre utilizando outras formulações cúpricas em relação à calda bordalesa para o
8 controle do míldio tardio da videira

dos produtores e da assistência técnica. Outras com a calda Bordalesa (produto padrão). Por outro
formulações à base de cobre (hidróxido de cobre lado, os produtos CopperCrop® e SoilSet®, além de
e oxicloreto de cobre) presentes no comércio têm apresentarem resultado no controle do míldio da
se mostrado alternativas interessantes, com bom videira similar ao encontrado com a calda Bordalesa,
controle do míldio da videira quando aplicadas adicionaram ao ambiente apenas 5,3%, 1,94%,
semanalmente, porém a redução do cobre aplicado respectivamente, de cobre metálico, da quantidade
não foi expressiva, ou seja, contribuindo com 50,4% aplicada pelo produto padrão, constituindo-se
e 84%, respectivamente, da quantidade aplicada excelentes alternativas a este último (Tabela 2).

Tabela 1. Produtos, formulações à base de cobre, quantidades de cobre metálico, dosagens recomendadas, quantidade
aplicada e relação da quantidade aplicada do produto em relação à calda Bordalesa (CB).

Cu+2 Dose (kg Cu+2 por aplicação Cu+2 (kg/


Tratamento Formulação g/kg ou L % Cu/CB
(g/kg ou L) ou L/ha) (g/ha) safra)
Calda bordalesa Sulfato de cobre 985 250 10 2500 10,0 100

Kocide® WDG Hidróxido de cobre 538 350 1,8 630 5,04 50,4
Recop® Oxicloreto de cobre 588 350 2,5 875 7,00 70,0
CopperCrop® Cobre bioativo 134 134 0,5 67 0,53 5,30
SoilSet® Cobre bioativo 24,6 24,6 1,0 24,6 0,196 1,96

Já em relação ao ponto de vista econômico, o pelo cálcio, o que não é observado quando se utiliza
tratamento com o produto Copper Crop® apresentou outras formulações de fungicidas cúpricos. Contudo
o menor custo, ou seja, R$ 50,00/ha comparado aos em anos com chuvas com frequência menos intensa,
demais tratamentos. Contudo, quando se comparou é possível estender o período de proteção dos
o custo na safra 2014/2015, onde foram realizadas produtos alternativos à calda Bordalesa para 10 a
4 aplicações com calda Bordalesa (produto padrão) 12 dias, o que representaria redução no número de
e 8 aplicações com os demais produtos testados, aplicações e nos custos com a proteção contra o
observa-se que os produtos CopperCrop® e Recop® míldio da videira. Ressalta-se também que ao lado
apresentaram valores ligeiramente superiores ao dos custos da aplicação, o vinicultor deve levar em
produto padrão, enquanto que o custo do tratamento consideração o aspecto da menor contaminação
com hidróxido de cobre (Kocide® WDG) e SoilSet® ambiental com o cobre, pois o acúmulo desse
foi de 1,84x e 2,8x, respectivamente, superior elemento no solo acarretará danos a médio e longo
(Tabela 3), durante a safra. Na prática, a utilização prazo nos vinhedos novos e já é um problema nos
da calda Bordalesa permite um período de proteção vinhedos localizados em áreas onde a videira é
de 15 dias, devido à fixação do cobre nas folhas cultivada há décadas.

Tabela 3. Produtos, custo unitário, dose por hectare, custo por aplicação, custo na safra e relação do custo do produto
alternativo à calda Bordalesa (CB).

Custo unitário Dose/ha


Produto Un Custo R$/ha Custo R$/safra Custo produto/CB
(R$) (kg ou L)
Calda bordalesa Kg 8,90 10 89,00 356,00 1,00

Kocide® WDG Kg 45,70 1,8 82,26 658,08 1,84


Recop® Kg 21,70 2,5 a 3,0 54,25 a 65,10 434,00 a 520,80 1,22 a 1,46
CopperCrop® L 100,00 0,5 50,00 400,00 1,12
SoilSet® L 125,00 1,0 125,00 1.000,00 2,80
Redução da adição ambiental de cobre utilizando outras formulações cúpricas em relação à calda bordalesa para o
controle do míldio tardio da videira
9

Conclusão p. Dissertação (Mestrado em Agrossistemas).


Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
• Os tratamentos: CopperCrop®, SoilSet®, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-
CopperCrop® + Soilset® mostraram-se graduação em Agrossistemas, Florianópolis, SC,
adequados para substituir as aplicações com 2015.
calda Bordalesa nos vinhedos para controlar o
míldio tardio; BRUNETTO, G.; MIOTTO, A.; CERETTA, C. A.;
SCHIMITT, D. E.; HEINZEN, J.; MORAES, M.
• As aplicações com CopperCrop® além de P.; CANTON, L.; TIECHER, T. L.; COMIN, J. J.;
apresentar resultado no controle do míldio da GIROTTO, E. Mobility of copper and zinc fractions in
videira similar ao obtido com a calda Bordalesa, fungicide-amended vineyard sandy soils. Archives of
adiciona ao ambiente apenas 5,3% de cobre Agronomy and Soil Science, v. 60, n. 5, p. 609-624,
metálico em relação a este último; 2014.

• Já o produto SoilSet® também não apresentou CAMBROLLÉ, J.; GARCÍA, J. L.; FIGUEROA, M. E.;
diferenças significativas no controle do míldio em CANTOS, M. Evaluating wild grapevine tolerance to
relação à calda Bordalesa, sendo uma alternativa copper toxicity. Chemosphere, v. 120, p. 171-178,
no controle desta doença em sistemas orgânicos, 2015.
tendo em vista que o mesmo apresenta registro
no IBD, além de contribuir muito pouco com a FRY, W. E. Principles of plant disease management.
adição de cobre metálico no ambiente; Orlando: Academic Press, 1982. 378p.

• Dos produtos testados o CopperCrop® GALET, P. Les maladies et les parasites de la vigne.
apresentou o melhor custo benefício em relação Montpellier: Paysan du Midi, 1982. v. 2.
aos demais produtos comparado à calda
Bordalesa; KABATA-PENDIAS, A. Trace elements in soil and
plants. 4. ed. Boca Raton: CRC Press, 2011. 505 p.
• As formulações de hidróxido de cobre e
oxicloreto de cobre também são alternativas à KOVACIC, G. R.; LESNIK, M.; VRSIC, S. An
calda Bordalesa. overview of the copper situation and usage in
viticulture. Bulgarin Journal of Agricultural Science,
v. 19, n. 1, p. 50-59, 2013.
Agradecimentos
LEQUEUX, H.; HERMANS, C.; LUTTS, S.;
O autor agradece à Vinícola Miolo e ao agrônomo VERBRUGGEN, N. Response to copper excess
Ciro Pavan por ceder o vinhedo para os testes com in Arabidopsis thaliana: impact on the root
os produtos; system architecture, hormone distribution, lignin
accumulation and mineral profile. Plant Physiology
À empresa, Alltech pela cedência dos produtos and Biochemistry, v. 48, n. 8, p. 673-682, 2010.
utilizados;
MICHAUD, A. M.; CHAPPELLAZ, C.; HINSINGER, P.
Ao apoio do técnico Léo Carollo e dos assistentes da Copper phytotoxicity affects root elongation and iron
Embrapa Uva e Vinho, João Sartori e Valdair Debiasi nutrition in durum wheat (Triticum turgidum durum
durante a execução dos ensaios. L.). Plant and Soil, v. 310, n. 1, p. 151-165, 2008.

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Comunicado Embrapa Uva e Vinho


Comitê de
Presidente: César Luis Girardi
Técnico, 195 Rua Livramento, 515 - Caixa Postal 130 Secretária-executiva: Sandra de Souza Sebben
95701-008 Bento Gonçalves, RS
Publicações Membros: Adeliano Cargnin, Alexandre Hoffmann,
Fone: (0xx) 54 3455-8000 Ana Beatriz da Costa Czermainski, Henrique
Fax: (0xx) 54 3451-2792 Pessoa dos Santos, João Caetano Fioravanço,
https://www.embrapa.br/uva-e-vinho/ João Henrique Ribeiro Figueredo, Jorge Tonietto,
https://www.embrapa/br/fale-conosco/sac Rochelle Martins Alvorcem e Viviane Maria Zanella
Bello Fialho

1ª edição Expediente Editoração gráfica: Cristiane Turchet


Publicação digitalizada (2017) Normalização bibliográfica: Rochelle Martins Alvorcem

CGPE 13513

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