Econ Aqua Pei Cont Trop
Econ Aqua Pei Cont Trop
Econ Aqua Pei Cont Trop
PARÁ
Revisão
Ecologia de Peixes e
VERSÃO DO PROFESSOR
Ambientes Tropicais
Mauricio Camargo Zorro
PARÁ
BELÉM
2013
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
© Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA. Este Caderno foi elaborado em parceria
entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA e a Universidade Federal do Rio Grande
do Norte (UFRN) para o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e -Tec Brasil.
VERSÃO DO PROFESSOR
Profa. Érick de Oliveira Fontes
Coordenador de Produção Revisão Tipográfica
Coordenadores dos Cursos de Materiais Didáticos Leticia Torres
Prof. Marlon Carlos França Prof. Marcos Aurélio Felipe
(Curso Técnico em Pesca) Projeto Gráfico
Coordenação Design Instrucional
e-Tec/MEC
Maria da Penha Casado Alves
Maurício Camargo Zorro
(Curso Técnico em Aquicultura) Coordenação de Design Gráfico
Ivana Lima
Professor-Autor
Maurício Camargo Zorro
Ficha catalográfica
Setor de Processos Técnicos da Biblioteca Central - IFPA
Revisão
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Você faz parte de uma rede nacional de ensino, que por sua vez constitui uma das
ações do Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O
Pronatec, instituído pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo principal expandir, in-
teriorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT)
para a população brasileira propiciando caminho de acesso mais rápido ao emprego.
É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre a Secre-
taria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e as instâncias promotoras de
ensino técnico como os Institutos Federais, as Secretarias de Educação dos Estados, as
Universidades, as Escolas e Colégios Tecnológicos e o Sistema S.
A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país, incenti-
vando os estudantes a concluir o ensino médio e realizar uma formação e atualização
contínuas. Os cursos são ofertados pelas instituições de educação profissional e o
atendimento ao estudante é realizado tanto nas sedes das instituições quanto em suas
unidades remotas, os polos.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Nosso contato: [email protected]
e-Tec Brasil
VERSÃO DO PROFESSOR
Revisão
Indicação de ícones
e-Tec Brasil
VERSÃO DO PROFESSOR
Revisão
Sumário
Palavra do professor-autor 11
Apresentação da disciplina 13
Projeto instrucional 15
Revisão
na variação latitudinal 32
e-Tec Brasil
Aula 5 – Os ambientes aquáticos continentais 49
5.1 A dinâmica hidrológica 49
5.2 Divisão dos ambientes aquáticos continentais 50
VERSÃO DO PROFESSOR
Aula 8 – Autoecologia – a ecologia dos organismos 85
8.1 Autoecologia 85
8.2 O fator limitante 86
8.3 Classificação dos fatores ecológicos 88
8.4 Os fatores climáticos 90
8.5 Fatores climáticos na escala regional 91
e-Tec Brasil
Aula 10 – Ecologia de comunidades – Sinecologia 113
10.1 A abordagem sinecologica 113
10.2 O conceito de comunidade 113
10.3 Estrutura e função da comunidade 115
10.4 Tipos de interação entre as espécies 117
Referências 133
e-Tec Brasil
VERSÃO DO PROFESSOR
Revisão
Palavra do professor-autor
11 e-Tec Brasil
VERSÃO DO PROFESSOR
Revisão
Apresentação da disciplina
13 e-Tec Brasil
Na Aula 7, você irá identificar a origem dos oceanos e suas principais carac-
terísticas bióticas e abióticas. Também estudará as divisões dos oceanos em
função da topografia do fundo, da profundidade e da incidência da radiação
solar. Também conhecerá o fenômeno da ressurgência e as possíveis causas
de sua formação.
VERSÃO DO PROFESSOR
ecologia. Será diferenciado o que se entende por estrutura e função na co-
munidade. Também distinguiremos os tipos de interações bióticas entre as
espécies.
Revisão
e-Tec Brasil 14
Projeto instrucional
CARGA
AULA OBJETIVOS E APRENDIZAGEM MATERIAIS HORÁRIA
(HORAS)
Definir os diferentes níveis de abordagem da ecologia desde Serão utilizados materiais, como
4. Níveis de organização
o organismo, população, assembleia e comunidade até os quadro branco, pincel, retroprojetor,
em ecologia e 6
ecossistemas. computador e uma sala de
diversidade
Definir os termos biodiversidade e habitat. equipamentos audiovisuais.
Caracterizar os ambientes aquáticos continentais de acordo com sua Serão utilizados materiais, como
5.Os ambientes aquáticos velocidade de correnteza e sua temperatura ambiental. quadro branco, pincel, retroprojetor,
5
continentais Apresentar, através de exemplos, algumas características dos ambientes computador e uma sala de
aquáticos continentais. equipamentos audiovisuais.
15 e-Tec Brasil
Identificar a origem dos oceanos e suas principais características bióticas
e abióticas. Serão utilizados materiais, como
Listar as divisões dos oceanos em função da topografia do fundo, da quadro branco, pincel, retroprojetor,
7.Ecossistemas oceânicos 5
profundidade e da incidência da radiação solar. computador e uma sala de
Descrever o fenômeno da ressurgência e as possíveis causas de sua equipamentos audiovisuais.
formação.
VERSÃO DO PROFESSOR
equipamentos audiovisuais.
Revisão
e-Tec Brasil 16
Aula 1 – Teoria do conhecimento
Objetivos
Revisão
Ecologia Humana
A integração das diferentes ciências que tratam das relações homem-ambiente Ciência que integra as Ciências
Biológicas e Humanas e
tenta ser feita através da ecologia humana e da etnoecologia. Assim, essas analisa o uso dos recursos pelas
duas disciplinas contribuem para o estudo das relações homem-natureza e cons- populações humanas para com-
preender essa interação com o
tituem ferramentas úteis para analisar problemas relacionados com o manejo, ambiente. Estuda também os
conservação e direito da propriedade intelectual. Uma parte do conhecimento processos adaptativos dessas
populações para se manter e
ecológico se relaciona com a classificação dos organismos de seu entorno. reproduzir em seu entorno.
Etnoecologia
1.1.1 O método científico Estudo dos conhecimentos,
estratégias, atitudes e
O enfoque científico consiste numa outra forma de obter o conhecimento ferramentas que permitem
através de procedimentos ordenados e disciplinados utilizados para adquirir às diferentes culturas
produzir e reproduzir as
informação confiável e útil. condições materiais de sua
existência social através de
um manejo adequado dos
Dessa forma, quando aplicamos o método científico, iniciamos com um proces- recursos naturais. Seu objetivo
principal é a integração entre
so de identificação e definição de um problema e se apresentam predições em o conhecimento ecológico
relação aos resultados esperados. Posteriormente se reúnem informações para tradicional e o conhecimento
VERSÃO DO PROFESSOR
5. Concluir, com base nos resultados obtidos, se há um ou mais de um pe-
ríodo de reprodução.
Revisão
<http://www.interciencia.org/v18_03/art01/index.html>
Observe a Figura 1.2 e veja como o conhecimento ecológico tradicional dos pei-
xes de uma região, aliado às contribuições do conhecimento científico, pode ser
VERSÃO DO PROFESSOR
aproveitado numa linha de conservação dos recursos e dos ambientes naturais.
Pescadores tradicionais
Conservação de recursos
genéticos de peixes nativos
Revisão
Menores riscos Sustentabilidade Menor dependência Adaptabilidade às
para os pescadores de alimentação de insumos externos mudanças do
potencializada meio ambiente
Com base nas leituras indicadas a seguir, elabore um resumo que destaque o
uso do conhecimento ecológico tradicional nas formas de interpretação dos
ambientes aquáticos e de seus recursos.
<http://www.agronline.com.br/artigos/artigo.php?id=284>
<http://www.ccuec.unicamp.br/revista/infotec/artigos/silveira.html>
Resumo
Nesta aula, diferenciamos as duas formas de conhecimento do mundo, o
conhecimento ecológico tradicional e o conhecimento científico. Apresenta-
mos a importância das comunidades humanas como determinantes da atual
diversidade nos ambientes naturais. Definimos a sociobiodiversidade como
resposta à interferência humana nas paisagens naturais. Destacamos também
a importância do conhecimento científico como instrumento para formular
perguntas e obter respostas numa forma sequencial e planejada. Finalmente,
valorizamos a importância da integração dessas duas abordagens no conhe-
cimento dos ambientes naturais como instrumento para conservar tanto a
diversidade biológica como cultural.
VERSÃO DO PROFESSOR
6. No contexto desta aula, o que compreendemos como diversidade cultural?
Revisão
Objetivos
Revisão
VERSÃO DO PROFESSOR
Assim, o meio ambiente é espaço onde ocorrem as condições ideais para que
a vida se desenvolva. Esse espaço é representado por uma camada ao redor do
globo terrestre, que corresponde à biosfera, e que está composto pela água,
pelo ar, pelo solo, pelos animais e os pelos vegetais.
Com base na lista a seguir, ligue o organismo aos fatores bióticos e abióticos
que o rodeiam. Indique cinco exemplos que se ajustem a sua localidade.
200 45º N
Pólo Norte
100
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mês
Figura 2.2: Variações anuais de energia que chegam à superfície terrestre em função
da latitude
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira.
VERSÃO DO PROFESSOR
Fatores como a temperatura do ambiente e da água são determinados, em
primeiro lugar, pelo efeito da radiação solar e pelo movimento da Terra. Es-
ses movimentos determinam os ciclos sazonais e as correntes oceânicas que
redistribuem o calor na terra. Assim, a redistribuição do calor é fundamental
para que ocorram as diferentes zonas climáticas que conhecemos no globo
terrestre (Figura 2.3).
90º
80º
70º
60º
50º
40º
30º
20º
10º
0º
10º
20º
30º
40º
50º
Revisão
60º
70º
80º
90º
Variação latitudinal
Figura 2.4: Efeito da incidência dos raios solares nos trópicos e nas áreas de maior
latitude
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira.
VERSÃO DO PROFESSOR
-weather/>. Acesso em: 03 abr. 2013.
Índico
25
Atlântico
20
15
oceanos do mundo
10
Pacífico
5
-5
70º 40º 20º 0º 30º 70º
N S
Figura 2.6: Variação da temperatura média superficial da água nos oceanos com a
variação de latitude
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira.
As mudanças de temperatura da água alteram sua densidade, que por sua vez
VERSÃO DO PROFESSOR
VERSÃO DO PROFESSOR
marinhos. Observe em destaque a cor vermelha da alta concentração de clo-
rofila no litoral do Amazonas (Figura 2.7)
Nas águas temperadas e nos oceanos frios de forma geral, existe um número
pequeno de espécies animais, mas com muitos indivíduos. Já nas águas tro-
picais, existe uma grande variedade de formas vivas, mas poucos indivíduos
por espécie.
Revisão
VERSÃO DO PROFESSOR
Dado que com aumento da temperatura da água o oxigênio dissolvido tende a
se desprender, essas áreas tendem a possuir baixos teores desse gás de forma
tal que obrigam os organismos a adquirirem a capacidade para tomar oxigênio
da atmosfera, forçados por essa limitação.
Em geral, nas áreas tropicais localizadas entre os 10º latitude norte e 10º
latitude Sul, ocorrem marcados períodos de chuvas que conduzem à inundação
de grandes extensões de terras baixas e planas, como o caso das áreas de
cerrado do rio Orinoco, as sabanas da Guiana e do Amazonas.
Tendo como base a leitura, identifique num mapa dois dos principais ambientes
aquáticos que existem na sua região.
e, portanto, com uma oferta alimentar contínua nas áreas tropicais, determina
que estes peixes cresçam mais rápido que os das áreas temperadas.
Resumo
Atividades de aprendizagem
Objetivos
Revisão
Figura 3.1: Naturalistas: (a) Alfred Russel Wallace e (b) Charles Darwin
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira. Adaptado de (a) <http://www.guardian.co.uk/science/2013/jan/20/alfred-rus-
sel-wallace-forgotten-man-evolution>. Acesso em: 22 abr. 2013. (b) <http://impactomagazine.blogspot.com.br/2013/04/
universidade-de-cambridge-coloca-online.html#.UXVNyCsjrKA>. Acesso em: 22 abr. 2013.
Muitos autores reconheceram neste tempo que os organismos não eram inde-
VERSÃO DO PROFESSOR
pendentes uns de outros e agruparam os mesmos em vegetais, animais e, mais
tarde, em comunidades de seres vivos que foram denominados de biocenose.
O uso pioneiro do termo biocenose tem sido atribuído a Karl Möbius em 1877,
mas, já em 1825, o naturalista francês Adolph Dureau de la Malle utilizou o
termo societé para uma assembleia de vegetais de diferentes espécies.
3.2 A biosfera
Após observar que a vida se desenvolve somente dentro de certos limites de
cada compartimento que constitui a atmosfera, hidrosfera e litosfera, o geó-
Atmosfera
Ecosfera
Revisão
BIOSFERA
Litosfera Hidrosfera
3.3 O Ecossistema
No século XIX, os botânicos, os geógrafos e os zoogeógrafos se juntaram
para definir as bases da biogeografia. Essa ciência, que trata dos habitats
das espécies, tenta explicar os fatores que determinaram a presença de
certas espécies em um dado lugar. Foi em 1935 que o ecólogo britânico
Arthur Tansley adotou o termo ecossistema, um sistema interativo es-
tabelecido entre a biocenose (o grupo de seres viventes) e seu biótipo (o
ambiente no qual eles vivem) (Figura 3.3).
• limites (espaço-temporal);
Por sua vez, o costão pode estar inserido numa área costeira de ressurgência,
que também é um ecossistema. De fato, a totalidade da superfície terres-
tre, toda a matéria que a compõe, o ar que circula diretamente acima dessa
superfície e todos os organismos vivos que habitam dentro dela podem ser
considerados como um grande ecossistema.
1 4
Charco ou Pântano
Fitoplâncton morto Protozoários e
+ microorganismos larvas de dipteros
VERSÃO DO PROFESSOR
2 5
Lagoa temporária
Vegetais enraizados +
microcrustáceos e larvas de insetos
3 6
Resumo
Atividade de aprendizagem
Objetivos
Revisão
Várias populações de diferentes espécies num mesmo local constituem uma co-
munidade, como, por exemplo: a população de pirarucus, que comparte um
lago com a população de piranhas (Serrasalmus spp.), e curimatãs (Prochilodus
nigricans). Esse corresponde ao terceiro nível de interesse da ecologia. Todos es-
ses elementos reunidos e interagindo em harmonia formam um ecossistema.
Todos os ecossistemas reunidos na Terra constituem a biosfera (Figura 4.1).
Mata Atlântica
Floresta Estacional
Floresta Amazônica
Cerrado
Bioma
Complexo do Pantanal
Ecossistema
VERSÃO DO PROFESSOR
Comunidade
População
Revisão
Indivíduo
4.2 Condições
Uma condição é um fator ambiental abiótico que influencia no funcionamento
dos seres vivos. Como exemplos desses fatores, temos a temperatura, a umida-
de relativa, o pH, a salinidade e a concentração de poluentes. Ao contrario dos
Revisão
Estresse Estresse
Intolerância Intolerância
Intensidade do fator
(gradiente ambiental)
VERSÃO DO PROFESSOR
Temperatura
Resumo
Atividade de aprendizagem
Objetivos
Graças à força de gravidade da terra, grandes volumes da água que são esco-
ados na superfície terrestre se formam por acúmulo da umidade atmosférica,
VERSÃO DO PROFESSOR
VERSÃO DO PROFESSOR
terrestre) que sofrem processos de transporte, sedimentação e depósito ao
longo do canal (num processo vertical). Todos esses processos ocorrem de
forma simultânea numa escala temporal (Figura 5.2a).
Um rio funciona como uma máquina que produz matéria e energia que será
distribuída por cada um de seus setores. Esse processo otimiza o aproveita-
mento da energia disponível para os organismos e, assim, são evitadas as
perdas águas abaixo. Esse processo denomina-se de equilíbrio dinâmico ou
espiral de nutrientes (Figura 5.2b). Esse equilíbrio depende de três fatores:
a capacidade de transporte do rio, a diversidade de biótopos presentes e a
atividade biológica.
Revisão
LATERAL
Excesso de produção
terrestre
Revisão
VERTICAL
Sedimentação,
depósito e
resuspensão
TEMPORAL
MATERIAL MATERIAL
DISPONÍVEL TRANSPORTADO
COMUNIDADE A
VERSÃO DO PROFESSOR
COMUNIDADE B
COMUNIDADE C
Figura 5.2: Vias de interação nos ecossistemas lóticos. (a) Um rio é resultado de rela-
ções de distância, intensidade e direção. (b) A disponibilidade de matéria
no rio depende da eficiência de uso no gradiente longitudinal no formato
de espiral de nutrientes
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira.
A B
Águas baixas
Desembocadura
Zona ritrônica Zona potâmica B Águas altas
VERSÃO DO PROFESSOR
Cabeceiras do rio:
Zona de produção
(drenagens de primeira a terceira ordem)
Dique
Águas altas
Leito do rio
Lagoa
Águas baixas
Águas altas
Águas baixas
A A B B
Barra de ponta
Canal
Águas altas Águas baixas
Canal principal
Por esse motivo, o rio não pode ser considerado como um único ambiente,
e sim como vários setores entrelaçados entre si pelo fenômeno de sucessão
espacial. Nessa série de espaços lóticos, é difícil diferenciar um igarapé e um
rio. Isso acontece porque muitos rios, durante o período de estiagem, deixam
Revisão
VERSÃO DO PROFESSOR
Figura 5.4: Esquema de um lago sem vegetação marginal emergente
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira.
Figura 5.5: Lagoa ou Shallow lake, caracterizada pelo anel de macrófitas aquáticas
nas suas margens, que define pouca profundidade.
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira.
VERSÃO DO PROFESSOR
identifique, em uma dessas categorias, os ambientes aquáticos de sua região.
Indique o nome do local.
<http://www.scribd.com/doc/16453289/TrabalhoEcologiaGeralSiste-
mas-lenticos-e-loticos>
Trata dos conceitos gerais dos tipos de ambientes e dos efeitos antropogênicos
decorrentes de empreendimentos.
<http://anabeatrizgomes.pro.br/moodle/file.php/1/ECOSSAULA4EDI-
TADA.pdf>
Revisão
Atividade de Aprendizagem
Com base nos textos desta unidade, faça um paralelo entre as características
dos ambientes continentais. Indique um fator determinante para categorizar os
ambientes aquáticos continentais. Em seguida, liste três exemplos de ambien-
tes com características de lênticos e lóticos. Que exemplos você indicaria como
ambientes lênticos artificiais? Como você os diferencia dos ambientes naturais?
Cite dois efeitos ambientais ocasionados pela construção de reservatórios.
VERSÃO DO PROFESSOR
Objetivos
Revisão
Plataforma continental
Batimetria
VERSÃO DO PROFESSOR
Revisão
Figura 6.2: Região de entre marés, mostrando a fauna associada
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira. Adaptado de Zona entremarés: <http://robalosdomar.blogspot.com.br/2008/03/
como-pescar-em-spots-pouco-profundos.html>. Acesso em: 07 jun. 2013. Demais figuras: Banco de imagens SXC.HU.
Ambientes bentônicos
Pradeira de
Thassalia
Maré alta
Maré
Ma
M aréé bbaixa
aixa
ai
ixa
VERSÃO DO PROFESSOR
O manguezal é um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terres-
tre e aquático, que está sujeito ao regime de marés (Figura 6.5). Os manguezais
se desenvolvem em regiões tropicais e subtropicais (Figura 6.6). São sistemas
abertos, que recebem um importante fluxo de água doce, sedimentos e nu-
trientes do ambiente terrestre e exportam água e matéria orgânica para o mar
ou para as águas estuarinas.
Revisão
Figura 6.6: Distribuição dos manguezais nas regiões tropicais e subtropicais do mundo
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira. Adaptado de <http://4.bp.blogspot.com/_aBfQQkslMdc/TBLx6XJzRLI/AAAAA-
AAAAdE/myVmNzg3Vro/s1600/mapa_mangue.jpg>. Acesso em: 19 jun. 2013.
3 Líquen incrustante
VERSÃO DO PROFESSOR
1
9 3
8 15 17 Uca Uruguayensis (Chama-maré)
12 16
13 18 Ninho de termita (Cupinzeiro)
14 19 19
15 17 19 Crassostrea rhizophora (Ostra-do-mangue)
Ucides cordatus (Carangueijo-uçá) Callinectes sp. (Siri-azul) Goniopsis cruentata (Maria-mulata ou Aratu) Uca Uruguayensis (Chama-maré)
Revisão
Uca thayeri (Chama-maré) Uca rapax (Chama-maré) Cardisoma guanhumi (Guaiamu) Aratus pisoni (Marinheiro)
Figura 6.8: Esquema de zonação de uma praia arenosa com sua fauna acompanhante
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira. Adaptado de <http://www.pescadepraiabrasil.com.br/web/viewtopic.
php?f=20&t=2558&p=22108>.
VERSÃO DO PROFESSOR
De acordo com o tamanho dos organismos que o habitam, esses ambientes po-
dem ser categorizados como: microfauna, que inclui os protozoários; meiofauna
e macrofauna, que corresponde aos animais evidentes ao olho nu.
Devido às permanentes alterações dos níveis do mar local, nos níveis mais altos
dos costões, prevalecem condições ambientais muito diferentes daquelas que
ocorrem nos níveis mais próximos da água. Essas diferenças determinam dis-
tribuição dos organismos, fazendo com que ocupem o espaço num gradiente
de adaptação aos limites determinados pelo efeito da maré (Figura 6.9).
VERSÃO DO PROFESSOR
Esses limites podem ser reconhecidos por três zonas: a) a zona supralitoral,
que recebe apenas esborrifos de pequenas gotas das marés excepcionalmente
altas; b) a zona do médio-litoral, que sofre ação direta das marés; c) a zona
infralitoral, que é uma área emersa só durante as marés excepcionalmente
baixas (Figura 6.10).
Zona médio-litoral
Zona infralitoral
VERSÃO DO PROFESSOR
O substrato duro dos costões rochosos favorece a fixação de larvas e esporos
de diversas espécies de invertebrados e de macroalgas. Assim, quanto mais
deformações tiver o substrato maior será a disponibilidade de refúgios (fissuras
e fendas) e, portanto, tenderá a comportar maior riqueza de espécies.
Revisão
Frente do recife
Pequenos corais em
poças e canais
Revisão
Densas e grandes
massas de corais
ZONA TROPICAL
RECIFES DE CORAL
Recife em franja
VERSÃO DO PROFESSOR
Terra Lagoa Recife Mar
Recife em barreira
Oceano
Entrada da maré
Área de
inundação
Rio
Águas salgadas
(Área costeira)
VERSÃO DO PROFESSOR
Águas salobras
(Área de mescla)
Águas doces
(continentais)
MAR
RIO MAR
RIO MAR
VERSÃO DO PROFESSOR
tação, refúgio e berçário para numerosas formas juvenis de peixes, camarões e
de outros organismos. Para algumas espécies migratórias, os ambientes estua-
rinos constituem um ponto de passagem obrigatório entre os meios marinho
e fluvial (Figura 6.16).
CATÁDROMO
Reprodução
Reprodução
ANFÍDROMO MARINHO
Revisão
Áreas de crescimento larval
Reprodução
<http://www.ib.usp.br/ecosteiros/textos_educ/textos_educ/>.
Lagunas e banhados Barra de São Miguel, Região dos Lagos no Rio de Janeiro e nas áreas
18
costeiros do litoral do Rio Grande do Sul.
Dunas e falésias 9 Litoral Leste do Ceará e de Macau a Areia Branca; Torres (RS).
Resumo
Atividade de aprendizagem
VERSÃO DO PROFESSOR
Quais seriam menos produtivos e qual a explicação para isso?
Revisão
Objetivos
Revisão
Oceano
Crosta continental
Manto
VERSÃO DO PROFESSOR
Figura 7.2: Os fundos oceânicos
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira. Adaptado de <http://cdf4810.blogspot.com.br/2011/06/como-sao-os-fundos-
-oceanicos.html>. Acesso em: 31 jul. 2013.
Representação de alguns
organismos do plâncton:
VERSÃO DO PROFESSOR
VERSÃO DO PROFESSOR
e em mar aberto, essa zona pode alcançar 150 m de profundidade. Abaixo
dessa camada, situa-se a zona afótica (Figura 7.4). Assim, a profundidades de
250 m, a luz é insuficiente para que ocorra qualquer processo biológico, pois
o oceano é escuro e a pressão aumenta a essa profundidade.
Por sua vez, com a radiação solar, ocorre o aquecimento das massas de águas
oceânicas superficiais, o que as torna menos densas, característica responsável
por mantê-las na superfície flutuando sobre as massas de água mais profundas,
frias e de maior densidade.
A interface entre essas duas massas de água, onde as trocas de calor se dão
de forma muito rápida, designa-se por termoclina.
Revisão
Zona epipelágica
Zona mesopelágica
Zona batipelágica
Talude
continental Zona abissopelágica
Planície Fossas e
abissal ravinas abissais
VERSÃO DO PROFESSOR
2000 Atlântico
Pacífico
Índico
3000
4000
0 10 20 30 40
No 3-N (μ g-atoms/L)
VERSÃO DO PROFESSOR
Acesso em: 02 ago. 2013.
(A)
a (B)
b (C)
c
Figura 7.7: Áreas de ressurgência importantes para a pesca. Mapa de: Espensade,
E.B., ed., 1950
Fonte: <http://www.unicamp.br/>. Acesso em: 02 ago. 2013.
VERSÃO DO PROFESSOR
De acordo com a Figura 7.7, indique quais são as principais áreas de ressurgên-
cia no Oceano Atlântico Brasileiro. Indague se realmente são áreas importantes
em produção pesqueira.
500m
Revisão
1000m
Resumo
VERSÃO DO PROFESSOR
Atividade de aprendizagem
1. Das divisões oceânicas conhecidas, quais são as melhores estudadas e por
quê? Quais dessas divisões são as mais produtivas em termos de organismos?
Objetivos
Revisão
8.1 Autoecologia
A autoecologia estuda a influência dos fatores ambientais bióticos e abióticos
e busca explicar como os organismos respondem a eles. Seu principal objetivo
consiste em constatar as adaptações fisiológicas e etológicas (comporta-
VERSÃO DO PROFESSOR
VERSÃO DO PROFESSOR
Mínima 18ºC Ótima 26ºC Máxima
Fator ecológico temperatura (ºC)
Figura 8.1: Limites de tolerância de uma espécie de coral em função do fator ecológico
temperatura da água (oC)
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira.
Por exemplo, níveis baixos de fosfatos podem limitar a produtividade das algas
marinhas (fitoplâncton) e determinar baixa abundância. Nos grandes reserva-
tórios, ricos em matéria orgânica e pobres em oxigênio, ocorre um processo
de decomposição anaeróbica. A falta de oxigênio define um fator limitante
Revisão
para muitos peixes e moluscos, que não conseguem sobreviver em condições
de hipóxia (baixos níveis de oxigênio).
A valência ecológica pode variar numa mesma espécie de acordo com seu está-
gio de desenvolvimento (ontogenético). No litoral norte do Brasil, a pescadinha
go (Macrodon ancylodon) apresenta uma valência ecológica com diferenças
ontogenéticas. Enquanto os juvenis tendem a ocupar os ambientes estuarinos
mais internos com menores teores de salinidade, as áreas mais externas e com
maiores concentrações de salinidade são habitadas pelos adultos reprodutores
da mesma espécie (Figura 8.2).
Estágios larvais
Juveniles
3-15
18-36
8-33
VERSÃO DO PROFESSOR
Figura 8.2: Distribuição espacial no gradiente de salinidade do peixe pescadinha go
(Macrodon ancylodon) no estuário do rio Caeté — litoral norte do Brasil.
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira.
Entretanto, algumas vezes é difícil classificar um fator abiótico, dado que mui-
tas vezes este pode ser modificado pela presença dos próprios organismos.
Revisão
Vários peixes cascudos ou acaris, da família Loricariidae, constroem seus ninhos
que consistem em covas escavadas nas margens dos leitos de rios e lagos. Para
manter as desovas em ótimas condições de oxigenação, através de movimentos
contínuos da nadadeira caudal, renovam as águas e a oxigenação das águas
nos ninhos, diminuindo assim a temperatura no interior dos mesmos.
VERSÃO DO PROFESSOR
O processo de intercâmbio de calor e umidade entre a terra e a atmosfera
durante longos períodos de tempo resulta em condições que se denominam
clima. Dessa forma, o clima conjuga as condições atmosféricas, que agregam
o calor, a umidade e o movimento do ar. Já o tempo no sentido climático,
corresponde ao estado diário da atmosfera e faz parte de pequenas mudanças
em condições de calor, umidade e movimento do ar. O tempo resulta funda-
mentalmente de processos que tentam igualar diferenças na distribuição da
energia radiante recebida do Sol.
O mesoclima ao nível local, por sua vez, está relacionado às variações climáticas
Revisão
Dessa forma, a energia que chega no solo das áreas tropicais, se mantém
praticamente constante na variação sazonal.
8.5.1 A temperatura
As maiores isotermas (linhas imaginárias que definem os limites de tempe-
ratura) anuais são aproximadamente paralelas à linha do equador, mesmo
apresentando modificações ligadas às massas continentais. Assim, nas regiões
intertropicais, a variação diária da temperatura é superior à variação anual (isto
é, a diferença entre a média do mês mais quente e a do mês mais frio). Essa
particularidade tem importantes consequências biológicas, tais como acelera-
ção do metabolismo e das taxas de crescimento dos organismos e, portanto,
ciclos de vida mais curtos.
8.5.1.1 A pluviosidade
Mesmo com algumas áreas extremamente secas como o deserto do Saara na
África e do Atacama no Chile, as zonas intertropicais tendem a ter as maiores
regimes de precipitação anual quando comparadas às extratropicais.
VERSÃO DO PROFESSOR
ºC
epilímnio
metalímnio
hipolímnio
Figura 8.3: Estratificação térmica num lago indicando a variação de temperatura (°C)
Revisão
acompanhando a profundidade (m)
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira.
Com base nas escalas de estudo do clima, indique para sua localidade um
exemplo de cada uma destas de preferência em ambientes aquáticos locais.
Atividade de Aprendizagem
VERSÃO DO PROFESSOR
2. Você poderia estabelecer, de acordo com o conceito de fator limitante,
algum fator que afete um organismo de sua região? Explique de qual
forma ele afeta o organismo.
Revisão
Objetivos
Revisão
9.1 Demoecologia
A demoecologia é o ramo da ecologia que investiga a dinâmica e os processos
adaptativos das populações.
VERSÃO DO PROFESSOR
O manancial ou estoque pesqueiro é um subconjunto da população de
peixes que possui: acasalamento ao acaso, características biológicas similares
(crescimento, mortalidade) e habita numa determinada área geográfica (zona
costeira, lago ou rio) com limites ambientais definidos. O estoque tem potencial
para ser pescado e é explorado atualmente.
Recrutamento
Mortalidade
por pesca
Mortalidade
natural
Revisão
Reprodução
VERSÃO DO PROFESSOR
A captura por unidade de esforço (C/f ou CPUE) pode ser registrada de dife-
rentes formas: número ou peso dos peixes capturados por pescador, ou de
camarões capturados por hora de arrasto de fundo, quilogramas de pescado
por m2 de malhadeira e, se o número de dias de pesca for conhecido, uma
medida mais precisa de CPUE deve ser quilogramas por dia. O princípio pelo
qual se usam dados de CPUE consiste em que as mudanças neste índice refli-
tam mudanças na abundância dos organismos no estoque.
Revisão
Figura 9.3: Ilustração de uma rede de espera para estimar a CPUE por unidade de área
de malhadeira
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira. Adaptado de M. King (1995).
Suponha que a experiência dos pescadores é igual e que eles utilizam os mes-
mos aparelhos de pesca, entretanto o primeiro pesca durante duas horas por
dia, e o segundo pesca oito horas. De acordo com o anterior exemplo, calcule
a CPUE por hora e por pescador. Em seguida, compare os resultados em termos
de definir qual seria a área mais produtiva na pesca.
Amostra Estoque
VERSÃO DO PROFESSOR
Área de distribuição do Área varrida
Estoque
Figura 9.5: Rede de arrasto de fundo para estimar o tamanho do estoque pesqueiro
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira. Adaptado de M. King (1995).
6m
6m
VERSÃO DO PROFESSOR
Ecosonda
VERSÃO DO PROFESSOR
9.3.2.4 Outros métodos
Alguns outros métodos se aplicam de acordo com o tamanho dos organismos.
Consistem no uso de redes cônicas finas de diversos tamanhos de malha,
que se aplicam para o plâncton (organismos microscópicos tanto autótrofos
como heterótrofos, que vivem em suspensão, flutuando livremente ou com
movimentos fracos, sendo arrastados passivamente pelas correntezas). Assim,
com base num volume de água filtrada e concentrada, é possível estimar a
densidade de organismos por unidade de volume (por exemplo: número de
rotíferos por metro cúbico de água filtrada) (Figura 9.8)
a b
Revisão
b
VERSÃO DO PROFESSOR
Figura 9.9: (a) Rede de arrasto para coleta de organismos bentônicos (de fundo)
como moluscos por unidade de área; (b) Rede de Surber para ambientes
de correnteza como corredeiraú
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira. Adaptado de (a) <http://www.kc-denmark.dk/>. (b) <http://www.kc-denmark.dk/>.
Acesso em 23 ago. 2013.
Estoque
= Tamanho do Estoque (N)
Captura
= Total capturados (C)
VERSÃO DO PROFESSOR
Se pressupomos que a razão dos indivíduos marcados para os não marcados
na segunda amostragem é representativa da relação para a população inteira,
então pode ser estimado o tamanho populacional. A relação para o cálculo
pode ser:
T: indivíduos marcados
o restante dos feijões. Depois, misture os feijões e retire uma segunda amostra
composta de feijões não marcados (capturados pela primeira vez) e marcados
(recapturados). De acordo com o método mencionado, calcule o número total
de feijões. Repita a experiência e obtenha a média através da divisão da soma
das três estimativas por três (replicações).
VERSÃO DO PROFESSOR
Distribuição Distribuição Distribuição Distribuição
uniforme agrupada ao acaso em gradiente
Colete com uma tarrafa pequena ou com uma peneira, numa poça de sua
Revisão
localidade, os indivíduos de uma espécie de peixe conhecida. Represente com
pontos, numa área similar a da figura 9.10, o número de indivíduos por lance
ou arrasto em cada ponto de coleta. Qual tipo de distribuição espacial seria o
mais próximo para essa espécie, de acordo com a figura 9.9? Explique breve-
mente sua resposta.
duos que já foram sexados (identificados em seu sexo) como machos pelo BBXO9hxQnHNNcg
número de fêmeas.
Capacidade de
suporte máxima
Tempo
No caso específico dos peixes, que são alvo da pesca, a mortalidade, além
de ser natural (M) devido à seleção dos indivíduos melhor adaptados, (por
mortalidade, por competição pelo alimento, pelo espaço, predação, doença e
senilidade), tem-se o efeito da mortalidade por pesca (F), de forma tal que se
indica um fator de mortalidade total (Z) que corresponde a Z=F+M, no caso
de populações de peixes que são pescadas.
VERSÃO DO PROFESSOR
Número de recrutas Número de mortos Número de indivíduos
que entram no no tempo na população
primeiro ano
1 1 2 3 1 2 3
Figura 9.14: Observa-se que a população está crescendo no tempo porque nascem
novos recrutas e cada vez morrem menos
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira.
Revisão
Elabore uma entrevista com os pescadores de sua região e tente, com base no
conhecimento deles, identificar, para uma determinada espécie de peixe, em
qual época do ano ocorre o nascimento de novos indivíduos na população e
quando se tem maior intensidade de pesca ao longo do ano. Com base na sua
entrevista, indique se existe um período de recrutamento de novos indivíduos
na população e, quando se tem, o maior efeito da mortalidade (F). Explique
sua resposta.
1 2 3
Figura 9.15: A figura representa a dinâmica de uma população com muitos jovens
entrando (recrutas), representados pela maior curva de frequência (1),
seguida por um menor número de pré-adultos (2) e, em sequencia, um
número menor de indivíduos adultos com as menores curvas de frequ-
ência de indivíduos (3) e sucessivas, devido à mortalidade no tempo.
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira. Adaptado de Sparre e Venema.
Ciclo de vida (quanto tempo vive um indivíduo desde que nasce, cresce, re-
Longo Curto
produz e morre)
Fecundidade (número de ovos prontos para desova por cada fêmea em pe-
Baixa Alta
ríodo reprodutivo).
Simbioses (relação benéfica entre vários grupos de peixes) Não evidente Frequente
Mais intensiva e
VERSÃO DO PROFESSOR
Associações mutualistas Eventual
numerosa
Número maior de
espécies envolvidas.
Camuflagem Eventual Maior disponibilidade de
habitats para que estas
interações ocorram
Essas duas estratégias estão bem representadas nos diferentes grupos de peixes
tropicais. As espécies menores de sardinhas (Characidae) e branquinhas (Curi-
matidae) tendem por ser oportunistas às condições favoráveis do meio, com
uma alta fecundidade. Já os grandes bagres migradores do Amazonas tendem
a apresentarem baixa fecundidade e ciclos de vida mais longos.
Resumo
VERSÃO DO PROFESSOR
Revisão
Objetivos
Revisão
A primeira categoria é filogenia (categoria A), agrupa espécies que têm uma
origem comum. As comunidades que pertencem à categoria B são definidas
como o conjunto de espécies que possuem limites geográficos definidos e que
ocorrem num determinado espaço de tempo. Esses limites podem ser naturais,
por exemplo, todos os organismos de uma lagoa ou de um tanque de cultivo,
nos quais a comunidade não está definida nem por filogenia (categoria A) ou
em guildas que possuem afinidade de exploração dos mesmos recursos de
forma similar (categoria C).
VERSÃO DO PROFESSOR
uma comunidade filogeneticamente ou taxonomicamente relacionados, p.ex., a
assembleia das piranhas (subfamília Serrasalminae) e dos cascudos das corredeiras
de um rio (Loricariidae). Guilda local, por sua vez, inclui espécies que compartem
recursos e pertencem à mesma comunidade. Não se tem um termo para descrever
a interseção entre as categorias A e C, mas corresponde a organismos de uma
descrição funcional, por exemplo, ciclídeos associados a ambientes marginais.
Finalmente, conjunto (inglês ensemble) compreende as espécies que interagem
e compartem um ancestral comum e exploram os mesmos recursos.
GEOGRAFIA RECURSOS
Guildas
Categoria B locais Categoria C
Comunidades Guildas
Assembléias
Conjuntos Revisão
Categoria A
Táxons
FILOGENIA
Figura 10.1: Diagrama de Venn dos diferentes termos que se confundem com o con-
ceito de comunidade
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira.
Restrições Restrições
ambientais à dispersão
Compartimento
Hábitat Ecológico
Dinâmica interna
Compartimento
geográfico
Comunidade
VERSÃO DO PROFESSOR
exemplo, visualizar um processo de competição pelo alimento é uma proprie-
dade emergente das comunidades. Essas propriedades não são evidentes em
se estudando, de forma isolada, cada uma das espécies.
Nota: 0 indica nenhuma interação significativa; + indica crescimento, sobrevivência ou outros atributos da população
beneficiada; - indica inibição de crescimento da população ou outro atributo.
Resumo
VERSÃO DO PROFESSOR
negativas entre suas espécies. Tem-se estabelecido nove tipos de interações:
neutralismo, competição por interferência direta, competição, por uso de
recurso, amensalismo, comensalismo, parasitismo, predação, protocooperação
e mutualismo.
Atividade de Aprendizagem
___________________________________
Objetivos
Revisão
Climatologia
Hidrologia
Ecologia de ecossistemas
Ecologia de
Comunidades Ciências do solo
Ecologia de Geoquímica
Populações
Fisiologia Mecanismo
Assim, por exemplo, o fornecimento de água e minerais dos solos para as plan-
tas não depende somente das atividades dos micro-organismos do solo, mas
também das interações físicas e químicas entre as rochas, os solos e a atmosfera.
A ecologia de ecossistemas também incorpora os conceitos da Hidrologia, da
Química e da Climatologia, que estudam o ambiente físico (Figura 11.1).
VERSÃO DO PROFESSOR
O estudo dos ecossistemas abrange as interações entre os organismos e seu
ambiente e insere o componente humano junto com o componente físico. Essa
abordagem se aplica em diferentes escalas espaciais: na terra como um todo,
em um continente, ou em um rio (Figura 11.2).
bb) Microbacia
Quanto o desmatamento influencia no
fornecimento de água para os povoados
10 km vizinhos?
1 km
Quanto as chuvas ácidas influencia a
produtividade da floresta?
Revisão
dd) Ecossistema endolítico Superfície rochosa
Se nos perguntamos por que a floresta amazônica têm grandes árvores, mas
acumula somente uma fina camada de folhas mortas na superfície do solo,
ou por que a introdução de espécies exóticas pode afetar dramaticamente
VERSÃO DO PROFESSOR
VERSÃO DO PROFESSOR
fornecem carbono e nitrogênio, e os minerais do solo que fornecem outros
nutrientes necessários pelos organismos.
O2 Sais minerais
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contribuído para compreender as interações entre as rochas que fornecem
nutrientes e o crescimento das plantas e micro-organismos que crescem com
a retenção de nutrientes no ecossistema.
2. autorregulação e dinâmica;
3. ciclos estáveis;
VERSÃO DO PROFESSOR
A estrutura e o funcionamento dos ecossistemas são governados pelo me-
nos por cinco variáveis controle independentes, que se denominam também
variáveis estado, que são: o clima, os materiais parentais (exemplo: rochas
que geram o material dos solos), a topografia, a biota potencial (exemplo: os
organismos presentes na região que podem potencialmente ocupar um local)
e o tempo (Figura 11.4). Juntos, esses cinco fatores determinam os limites para
caracterizar um ecossistema.
Clima Tempo
Regime de pertubação
Atividades
Moduladores humanas
Recursos Comunidade
biótica
Material Biota
Parental Potencial
Identifique, dentro dos peixes de sua região, algum grupo funcional devido a
seu hábito alimentar ou de uso dos recursos. Explique sua resposta.
O efeito de cada organismo (ou recurso) sobre outro pode ser positivo (+) ou
negativo (-). As respostas são positivas quando os efeitos recíprocos de cada
organismo (ou recurso) têm o mesmo sinal (ambos positivos ou negativos).
Retornos são negativos quando os efeitos recíprocos diferem em signo. Res-
postas negativas resistem a tendências para as mudanças dos ecossistemas,
entretanto respostas positivas tendem a levar os ecossistemas no sentido de
um novo estado (Figura 11.5).
Tipo de
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Processo
resposta
F Captação de recursos A
Competição A+B
Mutualismo C
Herbivoria D
Predador Predação E
Crescimento populacional F
E
Alga
D C
Revisão
Planta A Alga
A B
RECURSOS COMPARTILHADOS
População Humana
Dimensão Utilização dos recursos
Empreendimentos Humanos
Agricultura Indústria Recreação Comercial Internacional
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Figura 11.6: Efeitos diretos e indiretos das atividades humanas nos ecossistemas da terra
Fonte: Ilustrado por Alessandro de Oliveira.
Resumo
Atividade de Aprendizagem
VERSÃO DO PROFESSOR
1. O que é um ecossistema?
DAJOZ, R. Ecologia geral. Ltda. São Paulo: Editora Vozes, 1972. 472p.
GOLLEY, F. B. A History of the Ecosystem Concept in Ecology: More Than the Sum
VERSÃO DO PROFESSOR
KING, M. Fisheries Biology, Assessment and Management. Fishing News Books, 1995. 341p.
LEVINTON, J. S. Marine Biology. New York: Oxford University Press, 2001. 515p.
VITOUSEK, P. M. Beyond global warming: Ecology and global change. Ecology, n. 75, p.
1861–1876, 1994.
WELCOME, R. L. River fisheries. FAO Fish, Tech. Pap., n. 262, p. 1-330, 1985.
VERSÃO DO PROFESSOR
Revisão
PARÁ