Aulas 3 A 6

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CURSO: 2 ANO EM TURMA: DATA:


DISCIPLINA: FÍSICA CH: 3
DOCENTE: GLEYDSON CAMARGOS
OBJETIVOS: EM13CNT301 - EM13CNT303 - EM13CNT210MG - EM13CNT304X - EM13CNT205 - EM13CNT212MG
EMENTA: Competência 3: Analisar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e suas
implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da Natureza.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
MAPA EDUCAÇÃO MG https://seliga.educacao.mg.gov.br/cardenos-mapa/ensino-m%C3%A9dio-2024/3%C2%BA-bimestre-
2024-prof-ensino-m%C3%A9dio
Física, vol. 2: termologia, ondulatória, óptica / Newton Villas Bôas, Ricardo Helou Doca, Gualter José Biscuola. -- 3. ed. --
São Paulo: Saraiva, 2016.
Ser protagonista: física, 2ª ano: ensino médio/ Adriana Benetti Marques Válio [et all; organizadora Edições SM; obra coletiva
concebida, desenvolvida e produzida por Edições SM ; editora responsável Ana Paula Souza Nani. 3ª. ed. - São Paulo: Edições
SM, 2016.
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO:

FENÔMENOS FÍSICOS ESSENCIAIS NA ÓPTICA GEOMÉTRICA

Reflexão é o fenômeno que consiste no fato de a luz voltar a se propagar no meio de origem, após incidir
na superfície de separação deste com outro meio.

Refração é o fenômeno que consiste no fato de a luz passar de um meio para outro diferente.

A maior ou menor regularidade da superfície sobre a qual incide a luz pode determinar dois tipos de
reflexão e de refração: a regular e a difusa. As direções diversas assumidas pelos raios refletidos e
refratados devem-se às irregularidades da superfície de incidência. A figura a seguir ilustra a reflexão e a
refração difusas.

Reflexão e refração seletivas:


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Atenção para os seguintes pontos:

• Se vemos um corpo branco, é porque ele está refletindo todas as cores do espectro solar.
• Se “vemos” um corpo preto, é porque ele está absorvendo todas as cores do espectro solar.
• Um corpo que nos parece vermelho quando iluminado pela luz branca solar se apresentará escuro
quando iluminado por luz monocromática de cor diferente da vermelha (azul, por exemplo).

Observando os objetos que nos cercam através de uma lâmina de acrílico vermelha, por exemplo,
distinguiremos nesses objetos apenas regiões vermelhas e regiões bem escuras. Isso ocorre porque a
lâmina de acrílico constitui um filtro, que refrata (deixa passar) seletivamente a luz vermelha, absorvendo
substancialmente as demais cores do espectro.

Os filtros são largamente utilizados em fotografia, permitindo que penetrem no interior da câmara
apenas as colorações desejadas.

SISTEMAS ÓPTICOS ESTIGMÁTICOS, APLANÉTICOS E ORTOSCÓPICOS:

Um sistema óptico é estigmático quando a um ponto objeto conjuga um e somente um ponto imagem.
O único sistema óptico rigorosamente estigmático para todos os pontos é o espelho plano.

Um sistema óptico é aplanético quando a um objeto plano e frontal conjuga uma imagem também plana
e frontal.

Um sistema óptico é ortoscópico quando a um objeto conjuga uma imagem geometricamente


semelhante.

REFLEXÃO

1a Lei da Reflexão: O raio refletido pertence ao plano de incidência, ou seja, o raio refletido, a reta normal
no ponto de incidência e o raio incidente são coplanares.

2a Lei da Reflexão: O ângulo de reflexão é sempre igual ao ângulo de incidência.

ESPELHOS PLANOS

Chama-se espelho plano qualquer superfície plana, polida e com alto poder refletor.

CONSTRUÇÃO GRÁFICA DE IMAGENS NOS ESPELHOS PLANOS

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A luz emitida por um objeto e refletida em um espelho plano chega aos olhos de um observador como se
estivesse vindo do ponto de encontro dos prolongamentos dos raios refletidos. Nesse ponto o observador
vê uma imagem virtual do objeto. Observe que, no caso, P é um objeto real, enquanto P' é uma imagem
virtual (formada “atrás do espelho”, isto é, obtida pelo cruzamento dos prolongamentos dos raios
refletidos).

É importante destacar que, em relação ao olho do observador, P' se comporta como objeto real, como se
a luz fosse proveniente desse ponto.

Nos espelhos planos, o objeto e a respectiva imagem têm sempre naturezas opostas, isto é, se o primeiro
for real, o outro será virtual e vice-versa.

PROPRIEDADE FUNDAMENTAL DOS ESPELHOS PLANOS: A SIMETRIA

Nos espelhos planos, a imagem é sempre simétrica do objeto em relação ao espelho.

Chama-se campo de um espelho plano, para determinado observador, a região do espaço que pode ser
contemplada por ele pela reflexão da luz no espelho.

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IMAGEM E MOVIMENTO
Translação: Quando um espelho plano se movimenta, as imagens dos objetos com ele conjugadas
também se movimentam. Se o movimento for de translação, como mostra a figura. Quando um espelho
plano é transladado paralelamente a si mesmo, a imagem de um objeto fixo sofre translação no mesmo
sentido, com o dobro do comprimento em relação à do espelho. Nesse caso, pode-se demonstrar que, se
o espelho se desloca uma distância 𝒂, a posição da imagem se desloca uma distância 𝒅, de tal forma que:
𝑑 = 2𝑎

Rotação: Se o espelho gira, a posição da imagem também gira. Nesse caso é mais interessante determinar
o que acontece com o raio refletido por esse espelho na figura. Quando um espelho plano sofre uma
rotação de um ângulo a em torno de um eixo normal ao plano de incidência de um raio de luz proveniente
de uma fonte fixa, o raio refletido correspondente sofre uma rotação, no mesmo sentido, de um ângulo
𝜹 que equivale ao dobro de 𝒂. 𝛿 = 2𝑎.

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Os espelhos planos podem ser associados, isto é, colocados lado a lado em ângulo ou dispostos
paralelamente entre si. São mais comuns as associações de dois espelhos, no entanto há associações de
três ou mais espelhos que costumam produzir efeitos intrigantes como na figura. Os espelhos planos,
quando associados em ângulo, multiplicam o número de imagens de um objeto. A multiplicação das
imagens ocorre porque a imagem de um espelho é objeto para o outro espelho. Pode-se mostrar que o
número 𝑛 de imagens fornecidas por dois espelhos que formam um ângulo 𝑎 é dado pela expressão:
360°
𝑛= −1
𝑎
 Se o quociente de 360/a for par, a expressão será aplicável qualquer que seja a posição de P entre
os espelhos.
 Se o quociente de 360/a for ímpar, a expressão só será aplicável se P estiver no plano bissetor do
diedro formado pelos espelhos.

Se os espelhos planos forem dispostos paralelamente entre si, um objeto colocado entre suas superfícies
refletoras produzirá “infinitas” imagens. Essas “infinitas” imagens, entretanto, não serão totalmente
observáveis em razão da gradual diminuição sofrida pelo ângulo visual de observação à medida que o
número de reflexões da luz no sistema for se sucedendo. Além disso, as múltiplas reflexões impõem uma
sucessiva dissipação da energia luminosa, que vai sendo absorvida pelos espelhos e pelo meio existente
entre eles.

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Equação de conjugação de espelhos esféricos: Costuma-se chamar de equação de conjugação a relação


entre a posição ou abscissa do objeto (𝑝), a posição ou abscissa da imagem (𝑝’) e a distância focal do
espelho (𝑓), que é a abscissa do foco (𝐹) do espelho. Essa equação é: + = que é válida apenas
dentro das condições de Gauss. Apesar de as condições de Gauss serem muito restritas, a aplicação da
equação de conjugação não o é, pois os espelhos esféricos só são usados nessas condições. Em outras
palavras, a equação de conjugação é aplicável dentro de situações muito restritas, mas essas situações
são também as únicas em que os espelhos esféricos funcionam adequadamente.

A equação possibilita a definição matemática do foco: é fácil perceber que, para 𝑝 → ∞ (os raios
provenientes do infinito são paralelos), = 0; portanto, 𝑓 = 𝑝’ (a imagem se forma no foco).

Essa equação também permite mostrar o que significa, em Óptica, o infinito.

ESPELHOS ESFÉRICOS

Chama-se espelho esférico qualquer calota esférica polida e com alto poder refletor.

Se a superfície refletora da calota estiver


voltada para dentro da esfera, o espelho
esférico correspondente será denominado
côncavo.

Se a superfície refletora da calota estiver voltada para fora da esfera, o espelho esférico correspondente
será denominado convexo.

• o ponto V (centro da superfície refletora), denominado vértice do espelho;

• o ponto C (centro de curvatura da esfera), denominado centro do espelho;

• a reta CV, denominada eixo do espelho;

• o raio R, do espelho (raio de curvatura da esfera).

ESPELHOS ESFÉRICOS GAUSSIANOS

As distorções provocadas por esses espelhos são denominadas aberrações de esfericidade.


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O foco de um sistema óptico qualquer é um ponto que tem por conjugado um ponto impróprio (“situado
no infinito”). Considere os espelhos esféricos gaussianos a seguir, nos quais incidem raios luminosos paralelos
entre si e ao eixo principal. A experiência mostra que as direções dos raios refletidos passam, necessariamente,
por um mesmo ponto do eixo principal, denominado foco principal (F):

É importantíssimo perceber que os focos de um espelho côncavo são reais, enquanto os de um espelho
convexo são virtuais. A explicação para esse fato é simples: nos espelhos côncavos, os focos são
determinados efetivamente pelos raios de luz (os focos apresentam-se “na frente” do espelho), enquanto
nos espelhos convexos os focos são determinados pelos prolongamentos dos raios (os focos apresentam-
se “atrás” do espelho).

A distância focal, f, de um espelho esférico é aproximadamente igual à metade do seu raio de curvatura,
𝑅, isto é, 𝑓 ≅ . Em outras palavras, o foco de um espelho esférico está situado no meio da distância
entre o centro e o vértice do espelho.

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Exemplo: o espelho côncavo do farol de um automóvel tem um raio de curvatura R=20 cm. Qual é a
distância entre o filamento da lâmpada do farol e o vértice desse espelho? A lâmpada de um farol
(holofote) deve estar situada no foco do espelho côncavo, para que o farol emita um feixe de raios
luminosos paralelos. Então, a distância da lâmpada de um farol ao vértice do espelho deve ser igual à
distância focal, f, desse espelho.

Como vimos, 𝑓 = , e, em nosso caso, 𝑓 = = 10𝑐𝑚

Assim, o filamento da lâmpada deve estar a 10 cm do vértice do espelho.

1º RAIO PARTICULAR: Todo raio luminoso que


incide no espelho alinhado com o centro de
curvatura se reflete sobre si mesmo.

2º RAIO PARTICULAR: Todo raio luminoso que


incide no vértice do espelho gera,
relativamente ao eixo principal, um raio
refletido simétrico.

3º RAIO PARTICULAR: Todo raio luminoso que


incide paralelamente ao eixo principal se
reflete alinhado com o foco principal. Todo raio
luminoso que incide alinhado com o foco
principal se reflete paralelamente ao eixo
principal.

RELAÇÃO ENTRE A ALTURA DO OBJETO E A DA IMAGEM

Os espelhos esféricos podem conjugar o objeto com imagens de dimensões diferentes das do objeto e
quase sempre são usados em virtude dessa propriedade.

1. Objeto além do centro de curvatura,


características da imagem: real: formada pelo
cruzamento efetivo dos raios refletidos;
invertida: “de cabeça para baixo” em relação ao
objeto; menor: o “tamanho” da imagem é
menor que o do objeto.

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2. Objeto no plano frontal, que contém o centro


de curvatura: real; invertida; do mesmo
tamanho que o objeto.

3. Objeto entre o centro de curvatura e o foco:


real; invertida; maior: o “tamanho” da imagem
é maior que o do objeto.

4. Objeto no plano focal: Nesse caso, como os


raios luminosos emergentes do sistema são
paralelos entre si, a imagem “forma-se no
infinito”, sendo, portanto, imprópria.

5. Objeto entre o foco e o vértice: virtual;


direita; maior.

Adotando para o eixo 𝑦 = (𝐴𝐵) o sentido positivo habitual (para cima) a altura do objeto e 𝑦’ = (𝐴 𝐵 )
altura da imagem.

A abscissa 𝑝 a largura do objeto e 𝑝’ a largura da imagem, respeitadas as condições de Gauss (Curvatura


menor que 10°), temos de acordo com o referencial adotado, objetos e imagens direitos são positivos,
enquanto o que for invertido será negativo. Costuma-se também definir a ampliação da imagem do
objeto, chamada aumento linear transversal, 𝐴 , pela expressão: 𝐴 = = =

O aumento linear transversal é um número


puro, dado em módulo, expresso na prática por
um sinal de multiplicação: 𝑋. Quando 𝐴 > 1,
ocorre de fato a ampliação; quando 𝐴 < 1,
trata-se de redução.

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Atividades 2.
1) (OBF) Um holofote é um dispositivo que fornece um feixe de raios luminosos paralelos. Na figura abaixo temos um espelho
côncavo E1 e um espelho convexo E2. Utilizando uma lâmpada como fonte de luz, e um dos espelhos, onde deveríamos
colocá-la para termos o efeito de um holofote? As letras F e C indicam a posição do foco e do centro de cada espelho e o
detalhe em azul a superfície espelhada.
a) Entre o foco F e o centro C do espelho E1.
b) Entre o foco F e o centro C do espelho E2.
c) No centro C do espelho E1.
d) No foco F do espelho E2.
e) No foco F do espelho E1

2) Julgue as afirmações feitas acerca dos raios notáveis em espelhos esféricos côncavos:
I. Todo raio de luz que incide paralelo ao eixo principal, reflete passando pelo foco.
II. Um raio de luz que incide no espelho passando pelo foco, reflete paralelo ao eixo principal.
III.Os raios refletidos e incidente são simétricos em relação ao eixo principal, se este último incide no espelho passando pelo
centro de curvatura.
IV. Qualquer raio de luz que incida sobre o vértice do espelho deve ser refletido sobre si mesmo.
São verdadeiras:
a) I e II.
b) I, II e III.
c) II e III.
d) I, II e IV.
e) Todas as alternativas.

3) (UFRN 2006) Deodora, aluna da 4ª série do ensino


fundamental, ficou confusa na feira de ciências de sua
escola, ao observar a imagem de um boneco em dois
espelhos esféricos. Ela notou que, com o boneco
colocado a uma mesma distância do vértice dos
espelhos, suas imagens produzidas por esses espelhos
apresentavam tamanhos diferentes, conforme
mostrado nas figuras 1 e 2, reproduzidas ao lado.

Observando-se as duas imagens, é correto afirmar:


a) O espelho da figura 1 é côncavo, o da figura 2 é convexo e o boneco está entre o foco e o vértice deste espelho.
b) O espelho da figura 1 é convexo, o da figura 2 é côncavo e o boneco está entre o centro de curvatura e o foco deste espelho.
c) O espelho da figura 1 é convexo, o da figura 2 é côncavo e o boneco está entre o foco e o vértice deste espelho.
d) O espelho da figura 1 é côncavo, o da figura 2 é convexo e o boneco está entre o centro de curvatura e o foco deste espelho.

4) Na figura, o barbeiro está a 0,50 m do freguês, que, por sua vez, está a 1,2 m do espelho plano que está à sua frente.
Determine:
a) A distância do barbeiro à imagem do freguês;
b) A distância do freguês à imagem do barbeiro.

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