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Contrato de Comodato
CONTRATANTE: [Nome Completo do Contratante], [nacionalidade], [estado civil],
[profissão], portador(a) do RG nº [número do RG], inscrito(a) no CPF/MF sob o nº [número do CPF], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], na cidade de [cidade], estado [estado]. CONTRATADO: [Nome Completo do Contratado], [nacionalidade], [estado civil], [profissão], portador(a) do RG nº [número do RG], inscrito(a) no CPF/MF sob o nº [número do CPF], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], na cidade de [cidade], estado [estado]. O objeto do presente contrato é um imóvel, conforme registro previsto no art. 1.245 do Código Civil Brasileiro, que estabelece que a propriedade se transfere mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis. O contrato de comodato terá duração até o beneficiário viver, conforme a natureza do comodato, que é um contrato gratuito e que se extingue com a morte do comodante ou do comodatário, conforme disposto no art. 579 do Código Civil. Referências bibliográficas: Código Civil Brasileiro, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. GONÇALVES, Carlos Roberto. "Direito Civil Brasileiro - Contratos". 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2020. TEPEDINO, Gustavo. "Direito Civil: Contratos". 3. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2019. 1. Do Objeto do Contrato: O presente contrato de comodato tem como objeto o imóvel descrito e registrado conforme o artigo 1.245 do Código Civil Brasileiro, sendo este situado na [inserir endereço completo do imóvel], com todas as suas benfeitorias, instalações e acessórios, conforme descrito na matrícula de número [inserir número da matrícula], registrada no [inserir nome do Cartório de Registro de Imóveis]. O imóvel será cedido em comodato ao COMODATÁRIO para uso exclusivo e pessoal, pelo prazo indeterminado, enquanto o beneficiário estiver vivo. Referência Legal: Código Civil Brasileiro, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, Art. 1.245: "Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis." Esta cláusula define claramente o objeto do contrato, especificando a natureza do imóvel e o período de vigência do comodato, conforme permitido pela legislação vigente. 2. Prazo de Duração 2.1. O presente contrato de comodato vigorará pelo período compreendido entre a data de sua assinatura e o falecimento do comodatário, conforme estipulado pelas partes e em conformidade com o disposto no artigo 581 do Código Civil Brasileiro. 2.2. Conforme o artigo 581 do Código Civil Brasileiro, o prazo do contrato de comodato pode ser determinado ou indeterminado. No presente caso, as partes acordam que o prazo será indeterminado, persistindo enquanto o comodatário estiver vivo. 2.3. O falecimento do comodatário acarretará a extinção automática do contrato de comodato, não subsistindo quaisquer direitos de uso ou posse sobre o imóvel objeto deste contrato para os herdeiros ou sucessores do comodatário. 2.4. Para fins de formalização do término do contrato em decorrência do falecimento do comodatário, o comodante deverá ser notificado por escrito, acompanhado de uma cópia autenticada da certidão de óbito do comodatário, dentro do prazo de 30 (trinta) dias após o falecimento. 2.5. Durante a vigência do contrato, o comodatário se compromete a cumprir todas as obrigações estabelecidas, inclusive a conservação e a manutenção do imóvel, conforme delineado nas demais cláusulas deste contrato e de acordo com o que estabelecem as normas vigentes do Código Civil Brasileiro. 2.6. O presente contrato não poderá ser rescindido unilateralmente pelo comodante antes do falecimento do comodatário, exceto nas hipóteses previstas nos artigos 582 e 583 do Código Civil Brasileiro, que tratam das obrigações e responsabilidades do comodatário. 3. Obrigações do Comodante 3.1. O Comodante se compromete a entregar o imóvel objeto deste contrato em condições adequadas de uso, conforme descrito no art. 582 do Código Civil Brasileiro. Para tanto, o Comodante deverá assegurar que o imóvel esteja em perfeito estado de conservação e habitabilidade, livre de quaisquer vícios ou defeitos que possam comprometer sua utilização pelo Comodatário. 3.2. O Comodante será responsável por todas as despesas extraordinárias de conservação do imóvel, de acordo com o estabelecido no art. 583 do Código Civil Brasileiro. Entende-se por despesas extraordinárias aquelas que não sejam usuais e repetitivas, mas necessárias para a manutenção da estrutura e funcionalidade do imóvel, tal como reparos urgentes, reformas estruturais, substituição de componentes essenciais e outras despesas de natureza similar. 3.3. Na hipótese de surgirem necessidades de reparos extraordinários durante a vigência deste contrato, o Comodatário deverá notificar o Comodante por escrito, detalhando a natureza do problema e a urgência da intervenção requerida. O Comodante, ao receber tal notificação, terá o prazo de 30 (trinta) dias para adotar as medidas necessárias para a correção do problema, salvo situações de emergência que exijam intervenção imediata. 3.4. Caso o Comodante não cumpra suas obrigações de conservação extraordinária no prazo estipulado ou em situações de emergência, o Comodatário poderá realizar os reparos necessários por conta própria, tendo o direito de ser ressarcido pelo Comodante pelas despesas comprovadamente efetuadas. O valor do ressarcimento deverá ser acordado entre as partes ou, na ausência de consenso, será determinado por perícia técnica. 3.5. O Comodatário ficará isento de qualquer responsabilidade por danos ao imóvel decorrentes da omissão ou negligência do Comodante em realizar as manutenções extraordinárias necessárias, desde que tais danos sejam devidamente comprovados e decorram exclusivamente da referida omissão ou negligência. Referências bibliográficas: BRASIL. Código Civil. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: [data de acesso]. 4. Obrigações do Comodatário 4.1. O Comodatário obriga-se a utilizar o imóvel objeto deste contrato conforme a sua destinação específica, respeitando as características e finalidades para as quais foi concedido o uso. A utilização do imóvel deverá ocorrer de maneira prudente e diligente, preservando suas condições originais. 4.2. Ao término do contrato, o Comodatário compromete-se a devolver o imóvel nas mesmas condições em que o recebeu, salvo as deteriorações naturais decorrentes do uso regular. Para fins desta cláusula, entende-se por deteriorações naturais aquelas que ocorrem pelo desgaste normal e inevitável do imóvel durante o período de uso. 4.3. O Comodatário será responsável por todas as despesas ordinárias de conservação do imóvel, conforme disposto no art. 585 do Código Civil Brasileiro. Despesas ordinárias de conservação incluem, mas não se limitam a, reparos menores, manutenção de instalações elétricas e hidráulicas, e limpeza geral do imóvel. 4.4. O Comodatário deverá comunicar imediatamente ao Comodante qualquer dano ou defeito que exija reparos urgentes, sob pena de responder por perdas e danos decorrentes de sua omissão ou negligência. 4.5. Ficam vedadas ao Comodatário quaisquer modificações estruturais ou alterações significativas no imóvel sem a prévia e expressa autorização por escrito do Comodante. Qualquer alteração realizada sem a referida autorização será considerada como descumprimento contratual, sujeitando o Comodatário às penalidades previstas neste contrato e na legislação aplicável. 4.6. Em caso de necessidade de reparos estruturais ou grandes reformas que não se enquadrem como despesas ordinárias de conservação, o Comodatário deverá notificar o Comodante para que este tome as providências cabíveis, conforme as disposições do artigo 584 do Código Civil Brasileiro. 4.7. O descumprimento de qualquer uma das obrigações aqui estabelecidas pelo Comodatário poderá ensejar a resolução do contrato, com a devolução imediata do imóvel e a indenização por eventuais danos causados ao Comodante. 5. Rescisão Antecipada 5.1. O presente contrato de comodato poderá ser rescindido antecipadamente por mútuo acordo entre as partes, mediante a formalização de termo aditivo contratual específico, devidamente assinado por ambas as partes, onde constarão todas as condições acordadas para a rescisão. 5.2. O contrato também poderá ser rescindido antecipadamente em caso de descumprimento de qualquer das cláusulas contratuais aqui estabelecidas, independentemente de interpelação judicial ou extrajudicial. A parte prejudicada pelo descumprimento poderá exigir a rescisão imediata do contrato, bem como a reparação por perdas e danos, nos termos do art. 475 do Código Civil Brasileiro. 5.3. Na hipótese de rescisão por descumprimento contratual, a parte prejudicada deverá notificar a parte inadimplente, por escrito, especificando os motivos do descumprimento e concedendo um prazo de 30 (trinta) dias para que a parte inadimplente possa sanar as irregularidades apontadas. Não sendo sanadas as irregularidades no prazo estipulado, a rescisão será considerada efetiva, sem prejuízo do direito à indenização por perdas e danos. 5.4. A indenização por perdas e danos em caso de rescisão por descumprimento será calculada com base nos prejuízos efetivamente sofridos pela parte prejudicada, incluindo, mas não se limitando, a danos materiais, lucros cessantes e quaisquer outros danos comprovados, conforme o disposto no art. 475 do Código Civil Brasileiro. 5.5. A rescisão antecipada do contrato não eximirá as partes de cumprirem todas as obrigações contratuais até a data de efetiva rescisão, inclusive aquelas de natureza financeira, caso existam, além de eventuais penalidades por descumprimento até a data da rescisão. Referências Bibliográficas: Código Civil Brasileiro, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, art. 475. 6. Benfeitorias 6.1. As benfeitorias necessárias realizadas pelo Comodatário no imóvel objeto deste contrato serão indenizáveis, em conformidade com o disposto no artigo 96, §1º, do Código Civil Brasileiro. Entendem-se por benfeitorias necessárias aquelas que têm por fim conservar o bem ou evitar que este se deteriore. 6.2. As benfeitorias úteis e voluptuárias realizadas pelo Comodatário não serão indenizáveis, salvo se houver acordo expresso entre as partes em sentido contrário. De acordo com o artigo 96, §§2º e 3º, do Código Civil, consideram-se benfeitorias úteis aquelas que aumentam ou facilitam o uso do bem, e benfeitorias voluptuárias aquelas de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. 6.3. O Comodatário compromete-se a notificar o Comodante, por escrito, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, sobre a realização de qualquer benfeitoria necessária, útil ou voluptuária, detalhando a natureza e o custo estimado da benfeitoria. 6.4. Fica estabelecido que, na ausência de notificação prévia e expressa aceitação pelo Comodante, qualquer benfeitoria realizada pelo Comodatário será considerada não indenizável, exceto em casos de urgência comprovada, onde as benfeitorias necessárias poderão ser realizadas sem prévia notificação, mas deverão ser comunicadas ao Comodante no prazo de 5 (cinco) dias úteis após sua execução. 6.5. Findo o contrato de comodato, o Comodatário obriga-se a devolver o imóvel no estado em que o recebeu, salvo as deteriorações naturais decorrentes do uso regular e as benfeitorias necessárias indenizáveis conforme estipulado nesta cláusula. Referências: Brasil. Código Civil. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm. Acesso em: [data de acesso]. 7. Direito de Retenção 7.1. O Comodatário não terá direito de retenção do imóvel por benfeitorias voluptuárias ou úteis que realizar no imóvel objeto deste contrato, conforme estabelecido no artigo 578 do Código Civil Brasileiro. 7.2. No entanto, o Comodatário poderá reter o imóvel até ser indenizado pelas benfeitorias necessárias que realizar, conforme dispõe o parágrafo único do artigo 578 do Código Civil Brasileiro. 7.3. Para efeitos deste contrato, consideram-se benfeitorias necessárias aquelas que não podem ser dispensadas sem prejuízo da conservação ou utilização do imóvel, conforme definição estabelecida no artigo 96, § 3º, do Código Civil Brasileiro. 7.4. Caso o Comodante deseje retomar o imóvel antes da indenização pelas benfeitorias necessárias, deverá, previamente, pagar ao Comodatário o valor correspondente às referidas benfeitorias, de acordo com o valor de mercado na data da desocupação do imóvel. 7.5. A avaliação do valor das benfeitorias necessárias será feita por perito nomeado de comum acordo entre as partes, ou, na ausência de consenso, por perito nomeado judicialmente, conforme rito disposto nos artigos 464 a 480 do Código de Processo Civil Brasileiro. 7.6. As partes acordam que, em caso de controvérsia sobre a natureza das benfeitorias realizadas (se necessárias, úteis ou voluptuárias), a questão será resolvida mediante arbitragem, conforme disposto na cláusula de arbitragem deste contrato, aplicando-se subsidiariamente a Lei nº 9.307/1996 (Lei de Arbitragem). 7.7. O Comodatário deverá notificar o Comodante por escrito sobre a realização de qualquer benfeitoria necessária no prazo máximo de 30 (trinta) dias, descrevendo detalhadamente a natureza da benfeitoria e o custo estimado para sua realização. 7.8. A ausência de notificação prévia ao Comodante sobre a realização de benfeitorias necessárias não impede o direito de retenção do Comodatário, desde que comprovada a necessidade das benfeitorias e a impossibilidade de sua realização em momento posterior sem prejuízo à conservação ou utilização do imóvel. 8. Responsabilidade Civil 8.1. O comodatário será integralmente responsável por qualquer dano causado ao imóvel objeto deste contrato em decorrência de uso inadequado, negligência ou imprudência, nos termos do art. 582 do Código Civil Brasileiro. 8.2. Considera-se uso inadequado toda e qualquer utilização do imóvel que não observe as instruções de uso fornecidas pelo comodante, bem como aquelas que violem as normas de segurança e conservação aplicáveis ao tipo de imóvel em questão. 8.3. O comodatário deverá, sob pena de responder por perdas e danos, manter o imóvel em perfeito estado de conservação e higiene, realizando as manutenções e reparos necessários para evitar sua deterioração, conforme previsto no art. 582 do Código Civil. 8.4. O comodante não será responsável por danos causados ao imóvel por terceiros, sejam eles conhecidos ou desconhecidos, nem por eventos de força maior, tais como, mas não se limitando a, desastres naturais, incêndios, inundações, terremotos ou outros eventos imprevisíveis e inevitáveis que causem danos ao imóvel. 8.5. Em caso de danos causados por terceiros ou força maior, o comodatário deverá notificar o comodante imediatamente, fornecendo detalhes do ocorrido e tomando todas as medidas possíveis para mitigar os danos ao imóvel. 8.6. O comodatário é obrigado a informar ao comodante qualquer incidente ou irregularidade ocorrida no imóvel, que possa comprometer sua integridade ou o cumprimento das obrigações estabelecidas neste contrato, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas após a constatação do fato. 8.7. O não cumprimento das obrigações descritas nesta cláusula poderá resultar na rescisão imediata do contrato, sem prejuízo da responsabilização do comodatário por eventuais perdas e danos causados ao imóvel. 9. Disposições Gerais 9.1. Qualquer modificação ou aditamento ao presente contrato deverá ser formalizado por escrito e assinado por ambas as partes, sob pena de nulidade. As alterações deverão ser feitas em consonância com as disposições do Código Civil Brasileiro, em especial os artigos que regulam os contratos, como o art. 421, que estabelece a função social do contrato, e o art. 422, que trata da boa-fé objetiva. 9.2. Este contrato é regido pelas leis brasileiras, sendo aplicáveis, em especial, as disposições do Código Civil Brasileiro, notadamente os artigos 579 a 585, que regulam o contrato de comodato. As partes declaram ter pleno conhecimento das normas legais aplicáveis e comprometem-se a cumprir todas as obrigações aqui estabelecidas de acordo com a legislação vigente. 9.3. Em caso de litígio oriundo deste contrato, as partes elegem o foro da comarca onde se situa o imóvel objeto do comodato, nos termos do art. 53, III, 'a' do Código de Processo Civil Brasileiro. Esta escolha de foro se dá de forma expressa e irrevogável, renunciando as partes a qualquer outro, por mais privilegiado que seja. 9.4. As partes declaram que este contrato reflete sua vontade livre e espontânea, tendo lido e compreendido todas as suas cláusulas, não havendo qualquer vício de consentimento. 9.5. Todas as notificações e comunicações entre as partes deverão ser feitas por escrito, sendo válidas se enviadas para os endereços especificados no início deste contrato ou para outros que venham a ser informados por escrito por qualquer das partes. 9.6. Caso qualquer cláusula ou disposição deste contrato seja considerada inválida ou inexequível por um tribunal competente, tal invalidade ou inexequibilidade não afetará as demais disposições contratuais, que permanecerão em pleno vigor e efeito. As partes comprometem-se a substituir a cláusula ou disposição inválida por outra que, na medida do possível, tenha efeito semelhante ao da cláusula ou disposição inválida. Referências Bibliográficas: BRASIL. Código Civil. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. BRASIL. Código de Processo Civil. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. As partes concordam com as disposições acima e assinam o presente instrumento: CIDADE, DIA do MÊS do ANO _________________________ _________________________ Contratante Contratada _________________________ _________________________ Testemunha Testemunha