Estimativa Do Risco de Erosão - Paraíba

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CAMINHOS DE GEOGRAFIA - revista online

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ISSN 1678-6343 Programa de Pós-graduação em Geografia

ESTIMATIVA DO RISCO À EROSÃO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE LUCENA – PARAÍBA1

Erika Rodrigues Dias


Geógrafa − Universidade Federal da Paraíba
[email protected]

Richarde Marques da Silva


Doutor em Engenharia Civil − Universidade Federal da Paraíba
[email protected]

RESUMO

A perda de solo por erosão é um fenômeno natural da dinâmica do solo, influenciada


pelo clima, as propriedades intrínsecas do solo, e a morfologia, podendo ocorrer em
todos os ambientes. Em algumas regiões do Brasil, além da susceptibilidade para a
erosão, o risco de degradação da erosão do solo é muito maior devido ao clima
quente, úmido e sub-úmido. Na Paraíba vários municípios sofrem a ação dos
processos erosivos. O município de Lucena, localizado no litoral paraibano, não é
diferente. Esse município foi escolhido como área de estudo por estar inserido em
duas unidades geoambientais distintas, a Planície Litorânea e os Baixos Planaltos
Costeiros, as quais, somadas ao clima e à interferência antrópica intensificam os
processos erosivos já existentes no município. Assim, este artigo analisou a perda
de solo no município de Lucena através da Equação Universal de Perda de Solo −
EUPS com vistas a identificar as áreas mais propensas à erosão laminar. Os
resultados indicaram que a erosão ocorre com maior intensidade na região onde
predomina Argissolo Vermelho Amarelo que apresenta moderado a alto grau de
erosão. Por fim, foi possível concluir que a utilização integrada da EUPS em
ambiente SIG se mostrou uma técnica eficiente para a representação espacial das
perdas de solo e a identificação das áreas suscetíveis à erosão laminar no município
de Lucena.

Palavras-chave: Erosão; Perda de solo; Sistemas de Informações Geográficas,


Equação Universal de Perda de Solo.

ESTIMATION OF SOIL EROSION RISK IN MUNICIPALITY OF LUCENA –


PARAÍBA STATE

ABSTRACT

Soil loss for erosion is a natural phenomenon in soil dynamics, influenced by climate,
soil intrinsic properties, and morphology, that can occurs in all environments. In some
Brazilian regions besides the susceptibility for erosion, the risk of erosive soil
degradation is much higher due to the hot, humid and the sub-humid weather.
Several municipalities in the Paraíba State suffer the action of erosion including the
city of Lucena, located in the coast. This municipality was chosen as study area due
to its insertion in two different geo-environmental units: the Coastal Plain and the Low
Plateaus Coastal. These two characteristics, added to the climate and anthropogenic
interference can intensify the already existing erosion processes. Thus, this paper
analyzed the soil loss in the municipality of Lucena through the Universal Soil Loss
Equation (USLE) with the goal of identify the most prone areas for sheet erosion. The
results indicated that erosion occurs with greater intensity in the region dominated by
a type of red-yellow acrisol soil that presents moderate to high degree of erosion. It
was concluded that the integrated use of USLE in environment GIS proved to be an
efficient technique to the spatial representation of soil loss and to the identification of
susceptible areas to extensive erosion in the municipality of Lucena.

Keywords: Erosion; Soil Loss; Geographic Information Systems; Universal Soil Loss
Equation.

1
Recebido em 17/10/2014
Aprovado para publicação em 29/04/2015

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Estimativa do risco à erosão do solo no município Erika Rodrigues Dias
de Lucena – Paraíba Richarde Marques da Silva

INTRODUÇÃO
A ocorrência de processos erosivos é um fenômeno natural que acontece em todos os
ecossistemas, contudo, o risco de degradação do solo em regiões brasileiras é muito mais elevado
devido às condições climáticas tropicais dominantes e à susceptibilidade quanto a erosividade das
chuvas bem como da erodibilidade de alguns dos seus solos (SILVA et al., 2013).
A erosão é o processo pelo qual ocorre a desagregação e o arraste das partículas que
constituem o solo (FARIA et al., 2003). Os principais fenômenos relacionados à erosão no
Brasil são derivados da dinâmica externa da Terra, como os fenômenos atmosféricos e
hidrológicos que ocorrem na atmosfera terrestre (CASTRO et al., 2003).
As erosões são classificadas segundo, Almeida Filho e Ridente Júnior (2001), em dois tipos
principais conforme suas características e processos associados: erosão laminar e erosão
linear. Neste estudo foi considerado a erosão laminar, pois esse processo erosivo pode
contribuir para a ocorrência de perda de solo no município de Lucena.
A erosão laminar ou entressulcos caracteriza-se por incidir na retirada de uma camada fina e
relativamente uniforme do solo pela precipitação pluvial e pelo escoamento superficial (SILVA
et al., 2007). As consequências gerais desse tipo de degradação são o empobrecimento do
solo, o assoreamento de rios e aumento das cheias.
Na Paraíba vários municípios sofrem a ação de intensos processos erosivos hídricos. O
município de Lucena, localizado no litoral paraibano, não é diferente. Esse município foi
escolhido como área de estudo por estar inseridos em duas unidades geoambientais, a
Planície Litorânea e os Baixos Planaltos Costeiros, fato que somado ao clima e à interferência
antrópica pode intensificar os processos erosivos laminares já existentes podendo resultar na
perda de solo e em movimentos de massa como deslizamentos de terra.
Para a realização de estudos de erosão do solo, uma das ferramentas mais adotadas
atualmente tem sido as geotecnologias, que permitem a localização precisa de áreas de
interesse e a manipulação dos respectivos dados geográficos possibilitando ainda um
monitoramento contínuo de certos fenômenos como o erosivo.
As geotecnologias são o conjunto de tecnologias para coleta, processamento, análise e oferta
de informações com referência geográfica, compostas por soluções em hardware, software e
peopleware, que juntos constituem poderosas ferramentas para a tomada de decisões (ROSA,
2005) de inequívoco interesse para organização do banco de dados relativos aos usos dos
territórios visando o planejamento de usos do solo mais adequados.
A partir das geotecnologias é possível gerar mapas temáticos de uma determinada área.
Dentre as geotecnologias merecem destaque os Sistemas de Informação Geográfica (SIG), o
Sensoriamento Remoto, os Sistema de Posicionamento Global (GPS) e a topografia (formas do
relevo e sua distribuição).
Dessa forma, por meio da utilização das geotecnologias é possível realizar estudos referentes
à erosão do solo possibilitando a representação espacial das áreas com elevado potencial de
erosão permitindo o monitoramento dessas áreas assim como aplicações de políticas
adequadas visando conter ou minimizar os seus possíveis efeitos.
Sendo assim, o objetivo desse estudo foi analisar o risco de erosão do solo do município de
Lucena – PB, utilizando as geotecnologias, estimando as perdas de solo e as áreas mais
susceptíveis à erosão dos solos.

A ÁREA DE ESTUDO
A área escolhida como objeto de estudo foi o município de Lucena, conforme mostra a Figura
1. O município de Lucena está localizado na Microrregião Lucena e na Mesorregião Mata
Paraibana do Estado da Paraíba, na região Nordeste do Brasil.
Sua área é de 89,6 km² representando 0,158% do Estado, 0.0057% da Região e 0.001% de
todo o território brasileiro (DIAS, 2014). Lucena encontra-se inserido nos domínios da bacia
hidrográfica do Rio Miriri. Seus principais tributários são os rios Caboclo, Mangereba e Soé,
além do riacho Araçá (CPRM, 2005).

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Lucena – Paraíba Richarde Marques da Silva

Figura 1. Mapa da localização geográfica do município de Lucena no Estado da Paraíba.

O município é composto pela unidade geoambiental dos Tabuleiros Costeiros, que acompanha
o litoral de todo o Nordeste, com altitude variando de 50 a 100 m acima do nível médio do mar,
correspondendo a platôs de origem sedimentar (CPRM, 2005), em geral sustentados pelos
sedimentos do Grupo Barreiras de idade miocênica a pleistocênica inferior (NUNES, 2011); e
pela unidade geoambiental da Planície Litorânea ou costeira, correspondendo a unidades
praiais, na qual se situa a sede do município onde desenvolvem as atividades urbanas.

MATERIAIS E MÉTODOS
Para o desenvolvimento do presente estudo foram utilizadas imagens obtidas no Google Earth
e imagens da missão Shuttle Radar Topography Mission (SRTM), estas possuindo informações
altimétricas, com resolução espacial de 90 m. Conjugadas e complementadas com dados
climáticos, permitiram obter informações referentes ao tipo de solo e do uso e ocupação do
solo do município e informações sobre os principais fatores que influenciam a perda de solo por
erosão: erosividade das chuvas, erodibilidade dos solos, topografia e os fatores de manejo e
práticas conservacionistas do solo.
As imagens de radar do SRTM foram obtidas no site da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (EMBRAPA), nas quais foi escolhido o quadrante que corresponde à área de
interesse, que se refere à carta SB-25-Y-A. As informações referentes ao tipo de solo foram
disponibilizadas pela Agência Executiva de Gestão das Águas do estado da Paraíba (AESA).
As informações de uso e ocupação do solo foram obtidas através da vetorização das classes
de uso utilizando como base imagens de satélite obtidas no Google Earth, disponíveis em
Dezembro de 2014.
O procedimento consistiu na importação da imagem SRTM para o software SPRING, no qual,
foi realizado um recorte, utilizando como máscara o limite do município de Lucena. A partir
dessa imagem foi possível extrair as curvas de nível, equidistantes em 10 m, contendo as
informações altimétricas do terreno. Utilizando essas informações altimétricas, foi obtido o
Modelo Numérico do Terreno em formato digital, permitindo a geração dos mapas de
hipsometria e de declividade do município.
Para a obtenção do mapa hipsométrico foi utilizado o software SPRING usando a técnica de
fatiamento das faixas de altitudes em sete classes altimétricas, a cada 10 m de intervalo para
as duas primeiras classes, devido à presença da unidade geoambiental da planície litorânea,
que apresenta pouca variação altimétrica, e a cada 20 m para as classes com maior variação

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Lucena – Paraíba Richarde Marques da Silva

altimétrica no setor dos Tabuleiros. Depois foram calculados os dados quantitativos referentes
à área abrangida por cada classe altimétrica, em km².
Posteriormente, foi elaborado o mapa clinográfico também no software SPRING. Para tanto foi
criada uma categoria denominada declividade, e, em seguida, escolhida como modelo de
entrada do tipo Grade, e a saída também em Grade (Declividade) em porcentagem, do produto
final, transformando as curvas de nível em porcentagens de inclinação. A determinação dos
intervalos das classes de declividade foi baseada nos critérios de vulnerabilidade proposto por
Ross (1994), conforme mostra o Quadro 1.

Quadro 1. Valores de Vulnerabilidade.


Vulnerabilidade Declividade (%)
Muito Baixa 0–6
Baixa 6 – 12
Média 12 – 20
Alta 20 – 30
Fonte: ROSS (1994).

O mapa de uso e ocupação do solo foi obtido através da vetorização dos usos do solo a partir
da observação de imagens obtidas no Google Earth, no ano de 2014. Para tanto, as imagens
foram georreferenciadas em ambiente SIG, a partir da qual foi possível, através da observação
visual, realizar a vetorização das classes de uso e ocupação dos solos existentes no município
de Lucena, viabilizando a avaliação das características do município e o mapeamento que
serviu de base para aplicação da Equação Universal de Perdas de Solo (EUPS).
Após a vetorização das classes de uso e ocupação do solo foi realizada uma correção topológica,
eliminando os erros de sobreposição e os espaços vazios deixados durante o processo de
vetorização. O mapa de tipos de solo foi gerado, a partir de dados fornecidos pela Agência
Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba − AESA, como informado anteriormente.
Para a estimativa das perdas de solo foi utilizada a EUPS (WISCHMEIER e SMITH, 1965), que
consiste numa equação empírica, que emprega os principais fatores que influenciam a perda de
solo por erosão laminar: a erosividade das chuvas, a erodibilidade dos solos, a topografia e os tipos
de manejo e práticas conservacionistas do solo. A EUPS é representada pela seguinte equação:
A= R⋅K⋅L⋅S⋅C⋅P (1)
sendo:
A = a estimativa média anual de perda de solo (t/ha/ano);
R = o fator erosividade das chuvas (MJ.mm/ha.h);
K = o fator erodibilidade do solo (t.h/MJ.mm);
LS = o fator topográfico do terreno (adimensional);
C = o fator de cobertura, uso/manejo (adimensional);
P = o fator de práticas conservacionistas (adimensional).
O fator de erosividade das chuvas (R) é um parâmetro que expressa a capacidade da chuva de
provocar erosão sobre um solo desnudo. Para a realização do estudo sobre a erosividade das
chuvas foram utilizados os dados de 98 estações pluviométricas do Estado da Paraíba (Amaral
et al., 2014). A obtenção dos dados consistiu na coleta das seguintes variáveis: altitude,
latitude, longitude, precipitações mensal e anual. Esses dados correspondem à série temporal
de 1911–1990, disponíveis no portal da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária2. Após a
obtenção desses dados foi criado um banco de dados da erosividade (fator R) para cada
estação usando a Equação 2 (Bertoni e Lombardi Neto, 1999):
0,759
12
P 2 
R = ∑ 89,823  m  (2)
i=1  Pa 

2
Disponível em: http://www.bdclima.cnpm.embrapa.br/resultados/index.php

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sendo:
R = fator de erosividade da chuva da EUPS;
Pm = precipitação média mensal e;
Pa = precipitação total anual (mm).
Em seguida, os valores de erosividade foram separados segundo as mesorregiões a fim de
obter a média e o período chuvoso de cada região, no qual os valores de isoerosividade das
regiões foram separados em classes, de acordo com Santos (2008), conforme o Quadro 2.
Usando as informações obtidas no portal da EMBRAPA, foram gerados os mapas de
erosividade usando o método de interpolação Krigagem.

Quadro 2. Classes de erosividade da chuva média anual e mensal.


Classes de Valores de Erosividade
Erosividade MJ.mm/ha.h/ano MJ.mm/ha.h/mês
Muito Baixa R < 2500 R < 205
Baixa 2500 < R < 5000 205 < R < 500
Média 5000 < R < 7000 500 < R < 700
Alta 7000 < R < 9000 700 < R < 900
Muito Alta R > 9000 R > 900
Fonte: Santos (2008).

O fator erodibilidade do solo (fator K) é um parâmetro que reflete a susceptibilidade do solo aos
processos erosivos. Esse fator da EUPS foi obtido a partir da associação do mapa de solos
encontrados no município, disponibilizado pela AESA, associando os valores de erodibilidade
encontrados na literatura para unidades pedológicas similares às da área de estudo. Os
valores do fator K adotados neste trabalho estão apresentados no Quadro 3.

Quadro 3. Erodibilidade dos solos (fator K) do município de Lucena.


Tipos de Solos Valores do fator K (t.h/MJ.mm)
Neossolos Quartzarênicos Marinhos Distróficos 0,020 (1)
Espodossolo Hidromórfico 0,014 (²)
Argissolo Vermelho Amarelo 0,032 (³)
Neossolo Flúvico 0,042 (4)
Solos Indiscriminados de Mangue 0,015 (5)
Fonte: Távora et al (1985); ² Costa e Silva (2012); ³ Silva et al (2007); (4)Silva (2004);
(1) ( ) ( )
(5)Carvalho Júnior et al (2009).

Para o cálculo do fator LS, utilizou-se o do Modelo Digital de Elevação (MDE), com resolução
espacial de 90 m, obtido junto ao site da EMBRAPA. O Fator LS foi obtido, utilizando a função
Raster Calculator no ArcGis, através da equação proposta por Bertoni e Lombardi Neto (1999):

LS = 0,00984 W0,63 D1,18 (3)

sendo LS o fator topográfico, W o comprimento de rampa (m) e D o grau do declive (%). A


obtenção dos valores de comprimento de rampa e classes de declividade também foram
obtidos a partir da utilização do MDE.
O fator C é o efeito da cobertura vegetal no processo de erosão do solo. O fator (P) é a razão
entre a erosão em uma parcela devido ao preparo do solo e práticas de conservação dos solos.
Dessa forma, o fator C se refere à cobertura, uso/manejo da terra, sendo entendido pela razão
entre as perdas de um solo de uma área com cultura e manejo específicos e aquela mantida
permanentemente descoberta.
Os valores de uso e ocupação do solo e de práticas conservacionistas foram determinados
conjuntamente. Para o fator P foi atribuído o valor 1 em todos os usos do solo, considerando-se
que não existe a adoção de práticas conservacionistas de controle à erosão, como proposto
por Lee (2004), que recomenda que se não existem práticas conservacionistas no solo, deve
ser atribuído o valor 1 ao fator P. Essa mesma metodologia foi aplicada no estudo de Tombuş
et al. (2012). Assim, os fatores C e P podem ser analisados como um único fator. Para o

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mapeamento dos fatores C e P da área de estudo, foi utilizada uma imagem do satélite
Quickbird de alta resolução espacial de março de 2011, obtida através do software Google
Earth (GOOGLE, 2015). Em seguida, a imagem foi georreferenciada e iniciou-se o processo de
mapeamento do uso e ocupação do solo da imagem, utilizando o método de vetorização de
imagens. Os valores desse fator foram obtidos na literatura. O Quadro 4 apresenta os valores
dos fatores CP para os usos da terra encontrados em Lucena.

Quadro 4. Uso e ocupação do solo e de práticas conservacionistas (fatores CP) do município de Lucena.
Uso e Ocupação do Solo Valores dos fatores C e P
Área Urbana 0,001 (1)
Mata Mista 0,010 (2)
Mata 0,019 (3)
Mangue 0,005 (4)
Culturas 0,280 (5)
Água 0,000
Fonte: (1)Silva (2004); (2)Agostinho (2005); (3)Costa e Silva (2012); (4)Thompson e Fidalgo (2013);
(5)
Lemos e Ferreira (2003).

Para estimar as perdas de solo no município de Lucena, a EUPS foi calculada no ArcGIS,
utilizando a extensão Spatial Analyst e a função Raster Calculator, convertendo os arquivos
vetoriais para matriciais, utilizando-se uma dimensão de célula de 90 × 90 m. O mapa das
perdas de solo estimado pela USLE foi elaborado a álgebra de mapas a partir da multiplicação
dos mapas de erosividade (fator R), erodibilidade do solo (fator K), comprimento da rampa e
declividade (fator LS), cobertura vegetal com manejo agrícola e práticas conservacionistas
(fator CP).
Para classificar a perda de solo no município de Lucena foi utilizada a classificação proposta
pela FAO (1980), que relaciona o grau de erosão a partir de quatro classes de perdas de solo
como mostra o Quadro 5.

Quadro 5. Classificação dos graus de erosão utilizados neste estudo.


Perda de Solo (t/ha/ano) Grau de Erosão
< 10 Baixa
10 − 50 Moderada
50 − 200 Alta
> 200 Muito Ata
Fonte: FAO (1980).

Dessa forma, com base nas informações produzidas nesse trabalho, foi possível realizar uma
análise das características geomorfológicas do município de Lucena, assim como, estimar as
perdas de solo, identificando as áreas mais propensas à erosão laminar.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Figura 2 apresenta a altimetria do município e permite constatar que esta oscila entre
elevações menores que 10 m e a elevação máxima corresponde a 105 m acima do nível médio
do mar.
Na direção oeste, predominam as altimetrias maiores que 20 m, apresentando um relevo
heterogêneo, enquanto que na direção leste, predominam menores altitudes, abaixo de 10 m.
Após a geração do mapa de hipsometria foram calculadas as áreas de cada classe altimétrica,
como mostra a Tabela 1.
Apesar da predominância de terrenos com baixas altitudes, no máximo de 10 m,
compreendendo uma área de 31,65 km², verifica-se, observando a Tabela 1, a presença
considerável de terrenos com altitudes mais significativas, como é o caso da classe que
compreende elevações de 40 a 60 m, que corresponde 19,25 km², e da classe que
compreende elevações de 60 a 80 m, que corresponde a aproximadamente 14,08 km², de
acordo com a Tabela 1, e que, quando associados aos fatores que influenciam a perda de solo,
determinados usando a EUPS, podem representar áreas com alto potencial para a ocorrência
de erosão do solo.

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Lucena – Paraíba Richarde Marques da Silva

Figura 2. Mapa hipsométrico representando as altimetrias do município de Lucena.

Fonte: SRTM/EMBRAPA. Elaboração: (Erika Rodrigues Dias, 2014).

Tabela 1. Valores de áreas do município por classes altimétricas.


Classes Altimétricas (m) Área (km²) Área (%)
< 10 31,65 35,32
10 − 20 7,07 7,89
20 − 40 13,84 15,44
40 − 60 19,25 21,48
60 − 80 14,08 15,71
80 − 100 3,60 4,02
> 100 0,12 0,13
TOTAL 89,61 100,00

O mapa clinográfico, representado na Figura 3, associado aos dados contidos no mapa de


hipsometria permitiu determinar as áreas com alto potencial para a ocorrência de erosão
laminar, que correspondem às maiores altitudes, embora seja uma área de pequena extensão.

Figura 3. Mapa clinográfico do município de Lucena.

Fonte: SRTM/EMBRAPA. Elaboração: Erika Rodrigues Dias (2014).

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A Tabela 2 apresenta o cálculo da área compreendida por cada classe clinográfica, representando
as declividades do município. Através da análise desses dois últimos produtos foi possível constatar
que a declividade que predomina na área em estudo varia entre 0−6%, abrangendo 67,57 km², a
qual, segundo Ross (1994), indica uma vulnerabilidade muito baixa à erosão.

Tabela 2. Valores da área do município compreendida pelas classes clinográficas.


Declividade (%) Área (km²) Área (%)
0−6 68,57 76,52
6 − 12 15,24 17,01
12 − 20 4,70 5,24
20 − 30 1,10 1,23
TOTAL 89,61 100,00

A área que apresenta dados considerados de vulnerabilidade alta varia entre 20–30% de
declive, mas correspondem às menores áreas dentro do município, abrangendo apenas 0,12
km², entretanto deve ser levada em consideração, porque estas áreas correspondem às
maiores elevações do município, e quando associadas ao volume de precipitação local e à
densidade de cobertura vegetal presente, podem favorecer um alto potencial erosivo e assim
de risco à erosão laminar.
Através dos produtos de hipsometria e clinografia foi possível verificar que no limite entre as
duas unidades geoambientais, Planície Litorânea e Baixos Planaltos Costeiros, predominam
terrenos com altitudes de até 60 m, cujas vertentes apresentam declividades medianas de 6%
a 12%, mas que diminuem gradativamente na medida em que se aproxima do litoral.
O valor de erosividade das chuvas (fator R) obtido através de dados de 98 estações
meteorológicas do Estado da Paraíba está representado na Figura 4. A análise da distribuição da
erosividade das chuvas (fator R) no município mostra uma variação de 8.185 a 9.313
MJ.mm/ha/h/ano e os maiores índices de erosividade situados na porção leste do município,
compreendendo parte da unidade dos Baixos Planaltos Costeiros e a unidade da Planície
Litorânea. Na Planície Litorânea, onde se desenvolvem as atividades urbanas, o valor de
erosividade foi classificado como muito alto (ver Tabela 2), influenciando diretamente no aumento
da degradação do solo do município, principalmente pela fragmentação das partículas do solo
ocasionada pelas chuvas (efeito de salpico ou salpicamento). Contudo, é preciso considerar que
o município apresenta um clima do tipo tropical chuvoso, conforme CPRM (2005) e que, por ser
um município litorâneo, recebe influência de umidade proveniente do oceano.

Figura 4. Mapa da erosividade do município de Lucena.

Fonte: EMBRAPA. Elaboração: Erika Rodrigues Dias (2014).

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Os tipos de solos presentes no município de Lucena, extraídos junto à AESA, permite verificar
que predominam cinco tipos de solos: areias quartzosas marinhas distróficas, podzol
hidromórfico, podzólico vermelho amarelo, solos aluviais e solos indiscriminados de mangue,
segundo o sistema brasileiro de classificação brasileira de solos de 1999 (EMBRAPA, 1999). Na
classificação de solos publicada em 2006 (EMBRAPA, 2006), tais solos correspondem,
respectivamente, aos Neossolo Quartzarênico marinho distrófico, Espodossolo hidromórfico,
Argissolo Vermelho-Amarelo, Neossolo flúvico e Solos indiscriminados de mangue. O cálculo da
área abrangida por cada tipo de solo existente no município pode ser visualizado na Tabela 3. A
partir da associação de informações de tipos solos com os valores de erodibilidade encontrados
na literatura, foi obtido o mapa de erodibilidade do solo (Fator K), como mostra a Figura 5.

Tabela 3. Valores da área compreendida pelos tipos de solos existentes no município em estudo.
Tipos de Solos Área (km²) Área (%)
Neossolo Quartzarênico marinho distrófico 17,5 19,53
Espodossolo Hidromórfico 3,6 4,02
Argissolo Vermelho Amarelo 56,01 62,50
Neossolo Flúvico 5,6 6,25
Solos Indiscriminados de Mangue 6,9 7,70
TOTAL 89,61 100,00

É possível perceber, através da Figura 5, a predominância de Argissolo Vermelho Amarelo,


correspondendo a 56,10 km², na unidade dos Baixos Planaltos Costeiros; e do tipo Neossolo
Quartzarênico marinho distrófico na unidade geoambiental da Planície Litorânea,
correspondendo a 17,50 km².

Figura 5. Distribuição espacial do fator de erodibilidade dos solos para o município de Lucena.

Fonte: Adaptado de EMBRAPA pela Autora, 2014.

Os valores de erodibilidade encontrados para os tipos de solo revelam que o Neossolo Flúvico
apresenta maior valor, de 0,042 t.h/Mj/mm, enquanto que o tipo Espodossolo Hidromófico
apresenta o menor valor, de 0,014 t.h/Mj/mm. Sendo assim, foi possível verificar que o
Neossolo Flúvico apresenta maior susceptibilidade à erosão, enquanto o Espodossolo
Hidromórfico apresenta baixa susceptibilidade aos processos erosivos.
Para o fator topográfico (LS) constatou‐se uma variação de 0 a 5,46, sendo que a maior parte
do município possui índices que variam de 0 a 0,25. Os pontos de maior representatividade,
que são de 2,29 a 5,46 ocorrem principalmente na porção sul do município, como pode ser
visto na Figura 6.

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Estimativa do risco à erosão do solo no município de Erika Rodrigues Dias
Lucena – Paraíba Richarde Marques da Silva

Figura 6. Mapa do Fator LS para o município de Lucena.

Fonte: SRTM/EMBRAPA. Elaboração: (Erika Rodrigues Dias, 2014).

A determinação de valores para os fatores CP ao seguir a metodologia sugerida por Gurgel et


al. (2011), que propões a junção dos fatores C e P como um único fator. Dessa forma, com
base nos valores obtidos na literatura referentes ao uso e ocupação do solo e de práticas
conservacionistas foi gerado o mapa do Fator CP do município de Lucena, representado pela
Figura 7. As classes de uso e ocupação do solo do município são mostradas na Tabela 4.

Figura 7. Uso e ocupação do solo e de práticas conservacionistas (fator CP) do município de


Lucena.

.
Fonte: Google Earth (2014). Elaboração: Erika Rodrigues Dias (2014).

Por meio desses dados é possível perceber que em Lucena ainda predominam atividades
rurais, e que a área urbana representa apenas 8,75 km², ou seja, é um município que tem
grande potencial para se desenvolver de forma planejada, porém, é necessária uma
adequação do uso da terra, com enfoque para práticas sustentáveis de manejo do solo, que
levem em consideração as características físico-químicas de cada tipo de solo, evitando assim,

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Estimativa do risco à erosão do solo no município de Erika Rodrigues Dias
Lucena – Paraíba Richarde Marques da Silva

a intensificação dos processos erosivos. A Figura 8 representa a espacialização da perda de


solo por erosão de Lucena.

Tabela 4. Valores da área abrangida por cada classe de uso e ocupação do solo.
Uso e Ocupação do Solo Área (km²) Área (%)
Área Urbana 8,75 9,76
Mata Mista 9,29 10,37
Mata 6,94 7,74
Mangue 6,69 7,47
Culturas 56,49 63,04
Água 1,45 1,62
TOTAL 89,61 100,00
Fonte: Google Earth. Autor: Erika Rodrigues Dias.

Figura 8. Mapa das Perdas de Solo do município de Lucena.

Fonte: SRTM/EMBRAPA. Elaboração: Erika Rodrigues Dias (2014).

As perdas de solo em grande parte do município de Lucena podem ser classificadas, segundo
FAO (1980), como de baixo a moderado grau, ou seja, cujos valores de perda de solo são
inferiores a 10 t/ha/ano, predominando solos do tipo Neossolos Quartzarênicos Marinhos
Distróficos que apresentam baixa variação altimétrica; e valores que atingem até 50 t/ha/ano
onde predominam solos do tipo Argissolo Vermelho Amarelo, que apresenta elevada variação
altimétrica e dominam nos tabuleiros costeiros (Tabela 5).

Tabela 5. Estimativas de perda de solo no município de Lucena.


Perdas de Solo (t/ha/ano) Área (km²) Área (%)
0 – 10 38,81 43,31
10 – 50 31,15 34,76
50 – 200 17,94 20,02
> 200 1,71 1,91
TOTAL 89,61 100,00
Fonte: EMBRAPA. Elaboração: Erika Rodrigues Dias (2014).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização integrada entre SIG e EUPS se mostrou eficiente na representação espacial das
perdas de solo no município de Lucena e na identificação das áreas mais suscetíveis a perda
de solo por erosão laminar.
A análise do risco de erosão do solo através de técnicas de modelagem de dados revelou a
predominância de classes de baixa à moderada de susceptibilidade a perda de solo na maior
parte do município.

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Estimativa do risco à erosão do solo no município de Erika Rodrigues Dias
Lucena – Paraíba Richarde Marques da Silva

O município apresenta moderado grau de erosão na região oeste, que possui Argissolo
Vermelho Amarelo, indicando a necessidade de medidas para o controle do processo erosivo
com possível readequação do uso e, sobretudo, manejo do solo, adotando-se coberturas
vegetais que sejam capazes de proteger o solo e técnicas adequadas ao manejo da terra.
A topografia foi fundamental na determinação das áreas mais propensas a perdas de solo, pois se
verificou maior potencial de erosão na unidade que compreende Tabuleiros Costeiros por estes
apresentarem uma superfície mais heterogênea com vertentes cujas declividades podem chegar
até 20%, enquanto que os menores graus de erosão foram verificados na unidade da Planície
Litorânea por esta apresentar uma superfície plana, embora nela predominem solos arenosos.
Os tipos de solos encontrados no município também foram importantes para a análise da perda
de solo devido a resistência (erodibilidade) que eles oferecem à ação dos processos erosivos.
Nesse sentido, os Argissolos Vermelho Amarelos se mostraram como os mais suscetíveis à
perda de solo. Isto pode se justificar pelo contraste morfológico, sobretudo textural entre seus
horizontes superficiais (arenosos) e subsuperficiais (de textura média ou mesmo argilosos). O
mapa representando a perda de solo permitiu verificar que os valores estimados para a perda de
solo variaram de menos de 10 t/ha/ano a mais de 200 t/ha/ano, contudo, predomina baixo a
moderado grau de erosão, conforme a classificação de perda de solo proposta pela FAO (1980).
Por fim, este estudo possibilitou a identificação das áreas com maior potencial de perda de
solo, verificando-se um grau moderado de erosão na zona de transição entre as duas unidades
geoambientais relatadas e um moderado a alto grau de erosão na porção oeste do município,
associada aos tabuleiros.
Conclui-se que há necessidade de um monitoramento das áreas com potencial à erosão e das
já afetadas pelos processos erosivos, além de por em prática planos que visem à proteção do
solo, através de formas adequadas de uso e manejo do solo que considerem as características
naturais do município de Lucena.

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