Saúde Coletiva

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Saúde Coletiva

Quando e por qual motivo foi implementado o SUS:?


O Sistema Único de Saúde de saúde surge a partir da Constituição Federal de 1988, nos
artigos definidos de 194 - 200, em que se responsabiliza o Estado pela garantia de direitos
como: previdência social, assistência social e saúde.
Em consequência, foram delimitadas leis específicas para cada divisão da seguridade
social, para o segmento da saúde foram definidas:
> LOS: 8.080/90 e 8.142/90.

Ao SUS, determinam-se objetivos, conhecidos como princípios, sendo dispostos em:


Quais são os princípios doutrinários do SUS?
● Universalidade: saúde como um direito de todos;​
● Integralidade: atender todas as necessidades dos usuários > prevenção, promoção
e reabilitação;​
● Equidade: reduzir as desigualdades, obedecendo às necessidades distintas.

E os princípios organizativos?
Descentralização: distribuição de responsabilidades de acordo com o nível de governo
(federal, estadual e municipal);​
Regionalização e hierarquização: os serviços de saúde devem ser articulados de modo a
hierarquizar os casos de acordo com o grau de complexidade e demanda;​
Participação da comunidade: estimular a participação da comunidade na formulação de
políticas públicas por meio dos conselhos de saúde.

Para contextualizar e definir os parâmetros de atendimentos regidos pelo sistema,


utilizam-se ferramentas e conceitos de classificação como:

Determinantes Sociais de Saúde (DSS)


Conceito da área de saúde pública que se refere a um conjunto de acontecimentos, fatos,
situações e comportamentos da:​vida econômica;​social;​ambiental;​política;​governamental;​
cultural e subjetiva. ​Que afetam positiva ou negativamente a saúde de:​indivíduos;​
segmentos sociais; ​coletividades;​populações e territórios. ​​
Para hierarquizar os atendimentos de acordo com o nível de complexidade, usamos os
seguintes parâmetros:
● Atenção primária: primeiro nível de contato do usuário com o sistema, é a porta de
entrada para o SUS – UBS, ações voltadas ao caráter preventivo - redução de riscos
e proteção à saúde.​
● Atenção secundária: composta pelos serviços especializados encontrados em
hospitais e ambulatórios - UPA'S;​
● Atenção terciária: atendimentos de alta complexidade - tratamentos oncológicos,
transplantes e partos de alto risco.​

Para a implementação deste modelo de saúde no país, ocorre a implementação de políticas


e programas de saúde pública.

Modelos de atenção à saúde no Brasil


Modelo Médico Hegemônico
Capacidade de direção política e cultural para a obtenção do consenso ativo de segmentos
da população. Tendo por traços fundamentais:
1) individualismo;
2) saúde/doença como mercadoria;
3) ênfase no biologismo;
4) a historicidade da prática médica;
5) medicalização dos problemas;
6) privilégio da medicina curativa;
7) estímulo ao consumismo médico;
8) participação passiva e subordinada dos consumidores.
Como integrantes do modelo médico hegemônico, podem ser mencionados o Modelo
Médico Assistencial Privatista e o Modelo de Atenção Gerenciada (Managed Care).

Modelo Sanitarista
Pode ser reconhecido como predominante no Brasil no que se refere às formas de
intervenção sobre problemas e necessidades de saúde adotadas pela saúde pública
convencional.
Como exemplos do modelo sanitarista cabem ser citados os programas especiais, inclusive
o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs), o Programa de Saúde da Família
(PSF), as campanhas sanitárias e as vigilâncias sanitárias e epidemiológicas, etc.
Educação Permanente em Saúde
A Educação Permanente em Saúde reconhece o cotidiano como lugar de invenções,
acolhimento de desafios e substituição criativa de modelos por práticas cooperativas,
colaborativas, integradas e corajosas na arte de escutar a diversidade e a pluralidade do
País.
A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) compreende que a
transformação nos serviços, no ensino e na condução do sistema de saúde não pode ser
considerada questão simplesmente técnica. Envolve mudança nas relações, nos processos,
nos atos de saúde e, principalmente, nas pessoas.
Na proposta da Educação Permanente em Saúde, a mudança das estratégias de
organização e do exercício da atenção, da gestão, da participação ou da formação é
construída na prática de equipes, trabalhadores e parceiros, devendo considerar a
necessidade de implementar um trabalho relevante, de qualidade e resolutividade. As
demandas para qualificação ou especialização são demandas para a promoção de
pensamento e ação.

Política Nacional de Atenção à Saúde


Ações pensadas no individual e coletivo, com objetivo de:
promover, proteger e prevenir;

➢ Desenvolvida em trabalho em equipe multidisciplinar, utilizando a ‘estratégia em


saúde da família’ como principal ferramenta para a propagação de atendimento.
➢ Atendimentos ocorridos em territórios delimitados, para população adscrita.
➢ Com enfoque em: vínculo, acolhimento, responsabilização, humanização,
autonomia.
➢ Estímulo da participação popular e controle social.
➢ Principais áreas de atuação: eliminação da hanseníase, controle da tuberculose,
controle de HAS, DM, eliminação da desnutrição infantil, saúde da criança, da
mulher, do idoso, na saúde bucal e promoção da saúde.
➢ Demandando tecnologias de elevada complexidade para a resolutividade de
problemas relevantes ao território definido (por exemplo: vigilância epidemiológica,
genograma, ecomapa, pesquisas científicas, etc.).

Fundamentos:
Acesso universal e contínuo, de forma descentralizada.
Integralidade na demanda, garantindo atendimento em diferentes níveis de atenção.
Valorização dos profissionais que compõem as equipes, por meio de capacitação constante
e estímulos.
Acompanhamento de resultados alcançados, para revisar estratégias e planejar as ações.
Estímulo da participação social por meio dos Conselhos Nacionais de Saúde.

➢ Responsabilidades das esferas:


➢ Municípios
Garantir insumos/recursos para as unidades de atendimento.
Gerenciar os serviços de atenção básica no território.
Selecionar, contratar e remunerar os profissionais de composição.
Alimentar bases de dados com os atendimentos prestados.
Divulgar resultados alcançados.
Estimular a capacitação permanente das equipes multidisciplinares.

➢ Estados
Estabelecer metas e prioridades para a atenção básica no território.
Destinar recursos para compor o financiamento da atenção básica.
Prestar assessoria aos municípios.
Definir estratégias de articulação com as gestões municipais.
Conferir a qualidade e consistência de dados enviados pelos municípios por sistemas
informatizados.
Viabilizar parcerias entre entidades internacionais, governamentais, não-governamentais e
do setor privado, para fortalecer as ações da atenção básica.

➢ Ministério da Saúde
Reorientar o modelo da saúde no país.
Definir protocolos de atendimento.
Promover a troca de experiências entre os profissionais das equipes.
Garantir recursos federais para o financiamento da atenção básica.
Mudanças na grade curricular dos cursos da área da saúde, em parceria com o Ministério
da Educação.
Estabelecer diretrizes e disponibilizar instrumentos para educação permanente dos
profissionais das equipes.
Definir estratégias nas gestões.

Infraestrutura:
Unidade básica de saúde, com ou sem saúde da família.
Composição de profissionais:
Equipe multiprofissional composta por: médico, enfermeiro, cirurgião dentista, auxiliar de
consultório dentário ou técnico em higiene dental, auxiliar de enfermagem ou técnico de
enfermagem e agente comunitário de saúde, entre outros;
Ambiente de atendimentos: consultório médico, odontológico e de enfermagem para os
profissionais da Atenção Básica;
Além de: área de recepção, local para arquivos e registros, uma sala
de cuidados básicos de enfermagem, uma sala de vacina e
sanitários, por unidade.
➢ Equipamentos, insumos e manutenção regular destes.

Estratégia em Saúde da Família


➢ Modalidade 1
➢ Modalidade 2

Possuem caráter substitutivo em relação à rede de Atenção Básica tradicional nos territórios
em que as Equipes Saúde da Família atuam;
Atuação em território, cadastramento domiciliar e ações dirigidas à comunidade e família;
ser um espaço de construção de cidadania.

Responsabilidades do Governo
➢ Garantir insumos e infraestrutura para a atuação das equipes;
➢ Assegurar o cumprimento de horário integral (40 horas semanais);
➢ Realizar e manter atualizado o cadastro dos profissionais atuantes, estimular e
viabilizar a capacitação específica dos profissionais das equipes de Saúde da
Família.
➢ Estabelecer no Plano de Saúde estadual metas e prioridades para a Saúde da
Família;
➢ Valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem
integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética,
compromisso e respeito;

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