Saúde Coletiva
Saúde Coletiva
Saúde Coletiva
E os princípios organizativos?
Descentralização: distribuição de responsabilidades de acordo com o nível de governo
(federal, estadual e municipal);
Regionalização e hierarquização: os serviços de saúde devem ser articulados de modo a
hierarquizar os casos de acordo com o grau de complexidade e demanda;
Participação da comunidade: estimular a participação da comunidade na formulação de
políticas públicas por meio dos conselhos de saúde.
Modelo Sanitarista
Pode ser reconhecido como predominante no Brasil no que se refere às formas de
intervenção sobre problemas e necessidades de saúde adotadas pela saúde pública
convencional.
Como exemplos do modelo sanitarista cabem ser citados os programas especiais, inclusive
o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs), o Programa de Saúde da Família
(PSF), as campanhas sanitárias e as vigilâncias sanitárias e epidemiológicas, etc.
Educação Permanente em Saúde
A Educação Permanente em Saúde reconhece o cotidiano como lugar de invenções,
acolhimento de desafios e substituição criativa de modelos por práticas cooperativas,
colaborativas, integradas e corajosas na arte de escutar a diversidade e a pluralidade do
País.
A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) compreende que a
transformação nos serviços, no ensino e na condução do sistema de saúde não pode ser
considerada questão simplesmente técnica. Envolve mudança nas relações, nos processos,
nos atos de saúde e, principalmente, nas pessoas.
Na proposta da Educação Permanente em Saúde, a mudança das estratégias de
organização e do exercício da atenção, da gestão, da participação ou da formação é
construída na prática de equipes, trabalhadores e parceiros, devendo considerar a
necessidade de implementar um trabalho relevante, de qualidade e resolutividade. As
demandas para qualificação ou especialização são demandas para a promoção de
pensamento e ação.
Fundamentos:
Acesso universal e contínuo, de forma descentralizada.
Integralidade na demanda, garantindo atendimento em diferentes níveis de atenção.
Valorização dos profissionais que compõem as equipes, por meio de capacitação constante
e estímulos.
Acompanhamento de resultados alcançados, para revisar estratégias e planejar as ações.
Estímulo da participação social por meio dos Conselhos Nacionais de Saúde.
➢ Estados
Estabelecer metas e prioridades para a atenção básica no território.
Destinar recursos para compor o financiamento da atenção básica.
Prestar assessoria aos municípios.
Definir estratégias de articulação com as gestões municipais.
Conferir a qualidade e consistência de dados enviados pelos municípios por sistemas
informatizados.
Viabilizar parcerias entre entidades internacionais, governamentais, não-governamentais e
do setor privado, para fortalecer as ações da atenção básica.
➢ Ministério da Saúde
Reorientar o modelo da saúde no país.
Definir protocolos de atendimento.
Promover a troca de experiências entre os profissionais das equipes.
Garantir recursos federais para o financiamento da atenção básica.
Mudanças na grade curricular dos cursos da área da saúde, em parceria com o Ministério
da Educação.
Estabelecer diretrizes e disponibilizar instrumentos para educação permanente dos
profissionais das equipes.
Definir estratégias nas gestões.
Infraestrutura:
Unidade básica de saúde, com ou sem saúde da família.
Composição de profissionais:
Equipe multiprofissional composta por: médico, enfermeiro, cirurgião dentista, auxiliar de
consultório dentário ou técnico em higiene dental, auxiliar de enfermagem ou técnico de
enfermagem e agente comunitário de saúde, entre outros;
Ambiente de atendimentos: consultório médico, odontológico e de enfermagem para os
profissionais da Atenção Básica;
Além de: área de recepção, local para arquivos e registros, uma sala
de cuidados básicos de enfermagem, uma sala de vacina e
sanitários, por unidade.
➢ Equipamentos, insumos e manutenção regular destes.
Possuem caráter substitutivo em relação à rede de Atenção Básica tradicional nos territórios
em que as Equipes Saúde da Família atuam;
Atuação em território, cadastramento domiciliar e ações dirigidas à comunidade e família;
ser um espaço de construção de cidadania.
Responsabilidades do Governo
➢ Garantir insumos e infraestrutura para a atuação das equipes;
➢ Assegurar o cumprimento de horário integral (40 horas semanais);
➢ Realizar e manter atualizado o cadastro dos profissionais atuantes, estimular e
viabilizar a capacitação específica dos profissionais das equipes de Saúde da
Família.
➢ Estabelecer no Plano de Saúde estadual metas e prioridades para a Saúde da
Família;
➢ Valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem
integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética,
compromisso e respeito;