Nbriec60079-10-1 - 2022

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690-49]

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA IEC
60079-10-1
Terceira edição
08.09.2022
[763.650.690-49]

Atmosferas explosivas
Parte 10-1: Classificação de áreas — Atmosferas
explosivas de gás
Explosive atmospheres
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Part 10-1: Classification of areas — Explosive gas atmospheres

ICS 29.260.20 ISBN 978-85-07-09295-7

Número de referência
ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022
116 páginas

© IEC 2020 - © ABNT 2022


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Sumário Página

Prefácio Nacional..............................................................................................................................viii
Introdução..........................................................................................................................................xiii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................2
[763.650.690-49]

3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Generalidades......................................................................................................................7
4.1 Princípios de segurança.....................................................................................................7
4.2 Objetivos da classificação de áreas..................................................................................8
4.3 Interior de equipamentos contendo substâncias inflamáveis........................................9
4.4 Avaliação dos riscos de explosão.....................................................................................9
4.4.1 Generalidades......................................................................................................................9
4.4.2 Zonas de extensão desprezível.......................................................................................10
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4.5 Falhas catastróficas..........................................................................................................10


4.6 Competências pessoais................................................................................................... 11
5 Metodologia de classificação de áreas........................................................................... 11
5.1 Generalidades.................................................................................................................... 11
5.2 Classificação de áreas pelo método de fontes de liberação........................................12
5.3 Utilização de códigos industriais ou de normas nacionais..........................................13
5.3.1 Generalidades....................................................................................................................13
5.3.2 Instalações com gás combustível...................................................................................13
5.4 Métodos simplificados......................................................................................................13
5.5 Combinação de abordagens............................................................................................14
6 Liberação de substâncias inflamáveis............................................................................14
6.1 Generalidades....................................................................................................................14
6.2 Fontes de liberação...........................................................................................................14
6.3 Formas de liberação.........................................................................................................16
6.3.1 Generalidades....................................................................................................................16
6.3.2 Liberações em forma de gás............................................................................................16
6.3.3 Liberações de gases liquefeitos sob pressão................................................................17
6.3.4 Liberações de gases liquefeitos por resfriamento........................................................17
6.3.5 Liberação de névoas inflamáveis....................................................................................18
6.3.6 Liberação de vapores.......................................................................................................18
6.3.7 Liberações de líquidos.....................................................................................................18
7 Ventilação (ou movimento de ar) e diluição...................................................................19
7.1 Generalidades....................................................................................................................19
7.2 Tipos principais de ventilação.........................................................................................20
7.2.1 Generalidades....................................................................................................................20
7.2.2 Ventilação natural..............................................................................................................20
7.2.3 Ventilação artificial............................................................................................................21
7.2.4 Grau de diluição................................................................................................................22
8 Tipos de zona....................................................................................................................23

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8.1 Generalidades....................................................................................................................23
8.2 Influência do grau das fontes de liberação....................................................................23
8.3 Influência da diluição........................................................................................................24
8.4 Influência da disponibilidade de ventilação...................................................................24
9 Extensões das zonas........................................................................................................24
[763.650.690-49]

10 Documentação...................................................................................................................25
10.1 Generalidades....................................................................................................................25
10.2 Desenhos, listas de dados e tabelas...............................................................................26
Anexo A (informativo) Sugestão de apresentação para a classificação de áreas.........................27
A.1 Áreas classificadas – Símbolos preferenciais para as zonas.......................................27
A.2 Sugestão de formatos para áreas classificadas............................................................30
Anexo B (informativo) Estimativa de fontes de liberação................................................................32
B.1 Símbolos............................................................................................................................32
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B.2 Exemplos de graus de liberação.....................................................................................33


B.2.1 Generalidades....................................................................................................................33
B.2.2 Fontes de liberação de grau contínuo............................................................................33
B.2.3 Fontes de grau de liberação primário.............................................................................33
B.2.4 Fontes de liberação de grau secundário........................................................................33
B.3 Avaliação dos graus de liberação...................................................................................34
B.4 Combinação de fontes de liberações..............................................................................34
B.5 Área equivalente a um furo da fonte de liberação.........................................................35
B.6 Formas de liberação.........................................................................................................37
B.7 Taxa de liberação..............................................................................................................39
B.7.1 Generalidades....................................................................................................................39
B.7.2 Estimativa da taxa de liberação.......................................................................................40
B.7.2.1 Generalidades....................................................................................................................40
B.7.2.2 Taxa de liberação de líquidos..........................................................................................40
B.7.2.3 Taxa de liberação de gás ou vapor..................................................................................41
B.7.3 Taxas de liberação em evaporação de poças.................................................................42
B.8 Liberação a partir de aberturas em edificações.............................................................44
B.8.1 Generalidades....................................................................................................................44
B.8.2 Aberturas como possíveis fontes de liberação..............................................................45
B.8.3 Tipos das aberturas..........................................................................................................45
Anexo C (informativo) Diretrizes sobre ventilação...........................................................................47
C.1 Símbolos............................................................................................................................47
C.2 Generalidades....................................................................................................................48
C.3 Avaliação da ventilação e da diluição, e sua influência na classificação de áreas....49
C.3.1 Generalidades....................................................................................................................49
C.3.2 Efetividade da ventilação.................................................................................................50
C.3.3 Critérios para a avaliação da diluição.............................................................................50
C.3.4 Avaliação da velocidade da ventilação...........................................................................50
C.3.5 Avaliação do grau de diluição..........................................................................................52
C.3.6 Diluição em edificações....................................................................................................54

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C.3.6.1 Generalidades....................................................................................................................54
C.3.6.2 Concentração preexistente e liberações em um ambiente ventilado..........................55
C.3.7 Critérios para avaliação da disponibilidade da ventilação...........................................56
C.3.7.1 Generalidades....................................................................................................................56
C.3.7.2 Critérios para a ventilação natural..................................................................................56
[763.650.690-49]

C.3.7.3 Critérios para a ventilação artificial.................................................................................57


C.4 Exemplos de arranjos e avaliação da ventilação...........................................................57
C.4.1 Introdução..........................................................................................................................57
C.4.2 Liberação em forma de jato no interior de uma edificação com grandes dimensões..... 57
C.4.3 Liberação em forma de jato no interior de uma edificação com pequenas
dimensões, com ventilação natural.................................................................................58
C.4.4 Liberação em forma de jato em uma edificação com pequenas dimensões, com
ventilação artificial............................................................................................................59
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C.4.5 Liberação com baixa velocidade.....................................................................................60


C.4.6 Emissões fugitivas............................................................................................................60
C.4.7 Ventilação e exaustão artificial local...............................................................................60
C.5 Ventilação natural em edificações...................................................................................61
C.5.1 Generalidades....................................................................................................................61
C.5.2 Ventilação induzida por ventos........................................................................................61
C.5.3 Ventilação induzida por flutuabilidade............................................................................62
C.5.4 Combinação de ventilação natural induzida por ventos e flutuabilidade ...................64
Anexo D (informativo) Estimativa da extensão de zonas na classificação de áreas....................66
D.1 Generalidades....................................................................................................................66
D.2 Estimativa do tipo de zona...............................................................................................66
D.3 Estimativa da extensão da área classificada .................................................................67
Anexo E (informativo) Exemplos de classificação de áreas............................................................70
E.1 Generalidades....................................................................................................................70
E.2 Exemplos...........................................................................................................................70
E.3 Exemplo de estudo de caso de classificação de áreas ...............................................85
Anexo F (informativo) Fluxograma para elaboração de classificação de áreas............................97
F.1 Fluxograma geral para elaboração de classificação de áreas......................................97
F.2 Fluxograma para elaboração de classificação de áreas – Grau de liberação contínuo......97
F.3 Fluxograma para elaboração de classificação de áreas – Grau de liberação primário.......98
F.4 Fluxograma para elaboração de classificação de áreas – Grau de liberação
secundário.......................................................................................................................100
Anexo G (informativo) Névoas inflamáveis.....................................................................................102
Anexo H (informativo) Hidrogênio....................................................................................................105
Anexo I (informativo) Misturas híbridas...........................................................................................108
I.1 Generalidades..................................................................................................................108
I.2 Utilização da ventilação para a classificação de áreas...............................................108
I.3 Limites da concentração................................................................................................108
I.4 Reações químicas...........................................................................................................108
I.5 Limites de energia e de temperatura.............................................................................108

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I.6 Requisitos para a determinação das zonas..................................................................109


Anexo J (informativo) Equações úteis para auxiliar a classificação de áreas............................. 110
J.1 Generalidades.................................................................................................................. 110
J.2 Diluição com ar de uma liberação de uma substância inflamável............................. 110
J.3 Estimativa do tempo necessário para a diluição de uma substância inflamável em
[763.650.690-49]

uma liberação.................................................................................................................. 111


Anexo K (informativo) Códigos industriais e normas estrangeiras.............................................. 112
K.1 Generalidades.................................................................................................................. 112
Bibliografia........................................................................................................................................ 115

Figuras
Figura 1 – Volume de diluição...........................................................................................................23
Figura A.1 – Símbolos preferenciais para as zonas de áreas classificadas.................................27
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Figura A.2 – Gás ou vapor a baixa pressão (ou a alta pressão, em caso de direção de
liberação não previsível)..................................................................................................30
Figura A.3 – Gás ou vapor em alta pressão.....................................................................................30
Figura A.4 – Gás liquefeito................................................................................................................31
Figura A.5 – Líquido inflamável (poça evaporativa abaixo do ponto de ebulição)......................31
Figura B.1 – Tipos de liberação........................................................................................................38
Figura B.2 – Taxa de evaporação volumétrica de líquidos.............................................................44
Figura C.1 – Gráfico para avaliação do grau de diluição...............................................................53
Figura C.2 – Autodifusão de uma liberação em forma de jato em alta velocidade e não
obstruída............................................................................................................................58
Figura C.3 – Ventilação artificial somente com insuflamento de ar..............................................59
Figura C.4 – Ventilação artificial com insuflamento e exaustão de ar..........................................59
Figura C.5 – Ventilação e exaustão artificial local..........................................................................61
Figura C.6 – Vazão volumétrica de entrada de ar da área de abertura efetiva equivalente........64
Figura C.7 – Exemplo de origem das forças resultantes de ventilação........................................65
Figura D.1 – Gráfico para estimativa das extensões das áreas classificadas.............................68
Figura E.1 – Grau de diluição (Exemplo n° 1)..................................................................................71
Figura E.2 – Extensão da área classificada (Exemplo n° 1)...........................................................72
Figura E.3 – Definição das zonas (Exemplo n° 1)...........................................................................72
Figura E.4 – Grau de diluição (Exemplo n° 2)..................................................................................74
Figura E.5 – Grau de diluição (Exemplo n° 3)..................................................................................76
Figura E. 6 – Extensão da área classificada (Exemplo n° 3)..........................................................77
Figura E.7– Classificação de áreas (Exemplo n° 3)........................................................................77
Figura E.8 – Grau de diluição (Exemplo n° 4)..................................................................................79
Figura E.9 – Extensão da área classificada (Exemplo n° 4)...........................................................80
Figura E.11 – Grau de diluição (Exemplo n° 5)................................................................................84
Figura E.12 – Extensão da área classificada (Exemplo no 5).........................................................85
Figura E.13 – Instalação abrigada de compressão de gás natural................................................87
Figura E.14 – Exemplo de classificação de áreas de estação de compressão de gás natural
(elevação)...........................................................................................................................95

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Figura E.15 – Exemplo de classificação de áreas de estação de compressão de gás natural


(planta)...............................................................................................................................96
Figura F.1 – Fluxograma para elaboração da classificação de áreas...........................................97
Figura F.2 – Fluxograma para elaboração de classificação de áreas para fontes de liberação
com grau contínuo............................................................................................................98
[763.650.690-49]

Figura F.4 – Fluxograma para elaboração de classificação de áreas para fontes de liberação
com grau secundário......................................................................................................100

Tabelas
Tabela A.1 – Lista de dados para a classificação de áreas – Parte 1: Lista e características
das substâncias inflamáveis............................................................................................28
Tabela A.2 – Lista de dados para a classificação de áreas – Parte 2: Lista das fontes de
liberação.............................................................................................................................29
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Tabela B.1 – Sugestão de áreas equivalentes a um furo para fontes de liberações de grau
secundário.........................................................................................................................36
Tabela B.2 – Efeito das zonas de áreas classificadas nas aberturas
como possíveis fontes de liberação................................................................................46
Tabela C.1 – Velocidades orientativas de ventilação externa (uw)................................................52
Tabela D.1 – Zonas em função do grau de liberação e da efetividade da ventilação..................66
Tabela E.1 – Instalação para compressão de gás natural..............................................................88
Tabela E.3 – Lista de dados de processo para classificação de áreas – Parte 2 – Lista das
fontes de liberação............................................................................................................93
Tabela K.1 – Exemplos de códigos industriais e normas estrangeiras aplicáveis.................... 113

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Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
[763.650.690-49]

da normalização.

Os Documentos Técnicos internacionais adotados são elaborados conforme as regras da


ABNT Diretiva 3.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
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Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR IEC 60079-10-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003),
pela Comissão de Estudo de Classificação de Áreas, Dados de Gases e Vapores Inflamáveis,
Projeto, Seleção de Equipamentos, Montagem, Inspeção e Manutenção de Instalações “Ex”, Reparo,
Revisão e Recuperação de Equipamentos “Ex” e Competências Pessoais para Atmosferas Explosivas
(CE-003:031.001). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de
03.08.2022 a 05.09.2022.

A ABNT NBR IEC 60079-10-1 é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à
IEC 60079-10-1:2020, Ed. 3.0, que foi elaborada pelo Technical Committee Equipment for Explosive
Atmospheres (IEC/TC 31), Subcommittee Classification of Hazardous Areas and Installation
Requirements (SC 31J).

A ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022 cancela e substitui as ABNT NBR IEC 60079-10-1:2018 Versão
corrigida:2019, a qual foi tecnicamente revisada.As principais alterações técnicas em relação à edição
anterior são as seguintes:

Tipo

Alterações Seção Alterações Alterações


menores ou Extensão técnicas
editoriais maiores
Exclusão das aplicações comerciais e
industriais para gás combustível das 1 C1
exceções do escopo
Atualização dos detalhes editoriais e das
3 X
notas para as definições

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

Tipo

Alterações Seção Alterações Alterações


menores ou Extensão técnicas
editoriais maiores
Exclusão da edição anterior da Seção 3.7.3
[763.650.690-49]

definição para falha catastrófica (tratada X


em 4.5)
Inclusão da nova subseção 4.4.2, sobre
4.4.2 X
zona com extensão desprezível
Inclusão da nova subseção 5.3.2, sobre
5.3.2 X
instalações com gás combustível
Renumeração de títulos 7 X
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Introdução da Figura 1 – Volume de


7 X
diluição
Atualização da Tabela 1 com valores
de LSI e sua coluna 15 com “fonte de A.1 X
dados”
Atualização do fluxograma da Figura B.1 B.6 X
Atualização das equações para a taxa de
evaporação de acordo com as recentes B.7.3 X
fontes de modificação
Atualização do gráfico da Figura B.2, de
acordo com as equações atualizadas
B.7.3 X
para taxa de evaporação e a velocidade
de ventilação de 0,25 m/s
Restruturação da Tabela C.1 C.3.4 X
Remoção do fator de segurança k e
exclusão a partir do eixo horizontal do C.3.5 C2
gráfico na Figura C.1
Revisão das equações (C.2) e (C.3) C.5.2 C3
Revisão das equações (C.4) e (C.5) C.5.3 C4
Revisão do gráfico da Figura C.6 com a
C.5.3 C5
alteração no título do eixo horizontal
Revisão da Equação (C.6) e exclusão da
C.5.4 C6
Equação (C.7)
Remoção do fator de segurança “k” e
remoção deste fator no eixo horizontal do D.3 C7
gráfico na Figura D.1
Imposição de limitações para a aplicação
D.3 X
do gráfico na Figura D.1

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

Tipo

Alterações Seção Alterações Alterações


menores ou Extensão técnicas
editoriais maiores
Atualização e correções no Anexo E Anexo E X
[763.650.690-49]

Atualização do Anexo G, sobre névoas


Anexo G X
inflamáveis
Inclusão de novos itens na Tabela K.1 Anexo K X
Introdução de novos itens na Bibliografia Bibliografia X
NOTA As alterações técnicas indicadas apresentam o significado das principais alterações na norma
revisada, mas não apresentam todas as alterações em relação à edição anterior.
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Explicação
A) Definições
Alteração menor e editorial Esclarecimentos
Redução de requisitos técnicos
Modificações técnicas menores
Correções editoriais
Estas são alterações nos requisitos na forma editorial ou com alteração técnica menor. Estas
incluem alterações de texto para o esclarecimento de requisitos técnicos, sem qualquer
modificação técnica, ou a redução de um nível de requisito existente.
Extensão Adição de opções técnicas
Estas são alterações que incluem um novo requisito técnico ou modificam requisitos técnicos
existentes, de forma que novas opções sejam apresentadas, mas sem o aumento dos requisitos.
Alteração técnica maior Inclusão de requisitos técnicos
Aumento de requisitos técnicos
B) Informações sobre o contexto das alterações

C1 Na Edição anterior desta Norma, o item e) era “aplicações comerciais e industriais onde somente
sejam utilizados gases inflamáveis com baixa pressão, para aplicações, por exemplo, para
cozimento, aquecimento de água e utilizações similares, onde a instalação estiver de acordo com
as normas ou códigos pertinentes para gases”. É recomendado que nenhuma aplicação industrial
seja isenta do escopo desta Noma. Ver também a nova Seção 5.3.2.

C2 O fator “k” era inicialmente destinado a representar uma segurança “adicional” para incertezas
na determinação do LII para substâncias inflamáveis, particularmente em casos de misturas de
gases. Entretanto, este fator foi considerado desnecessário e com a possibilidade de erro de
interpretação, considerando a proveniência do gráfico.

C3 As equações foram atualizadas de forma a alinhar com a BS 5925.

C4 As equações foram atualizadas de forma a alinhar com a BS 5925.

C5 O gráfico foi revisado de forma a alinhar com a nova equação (C.4).

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C6 A equação foi atualizada de forma a alinhar com a BS 5925.

C7 Ver a explicação de C2.

Estas são modificações para requisitos técnicos (inclusão, aumento do nível ou remoção)

NOTA Estas modificações representam o estado atual do conhecimento tecnológico. Entretanto, estas
[763.650.690-49]

modificações normalmente não influenciam nos equipamentos “Ex” já colocados no mercado.

O Escopo da ABNT NBR IEC 60079-10-1 em inglês é o seguinte:

Scope
This Part of ABNT NBR IEC 60079 is concerned with the classification of areas where flammable gas
or vapour hazards may arise and may then be used as a basis to support the proper selection and
installation of equipment for use in hazardous areas.
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It is intended to be applied where there may be an ignition hazard due to the presence of flammable
gas or vapour, mixed with air, but it does not apply to:

a) mines susceptible to firedamp;

b) the processing and manufacture of explosives;

c) catastrophic failures or rare malfunctions which are beyond the concept of abnormality dealt with
in this Standard (see 3.7.3 and 4.5);

d) rooms used for medical purposes;

e) domestic premises;

f) where a hazard may arise due to the presence of combustible dusts or combustible flyings, but the
principles may be used in assessment of a hybrid mixture (refer also ABNT NBR IEC 60079-10-2).

NOTE Additional guidance on hybrid mixtures is provided in Annex I.

Flammable mists may form or be present at the same time as flammable vapour. In such case the strict
application of the details in this standard may not be appropriate. Flammable mists may also form when
liquids not considered to be a hazard due to the high flash point are released under pressure. In these
cases, the classifications and details given in this standard do not apply. Information on flammable
mists is provided in Annex G.

For the purpose of this Standard, an area is a three-dimensional region or space.

Atmospheric conditions include variations above and below reference levels of 101,3 kPa (1 013 mbar)
and 20 °C (293 K), provided that the variations have a negligible effect on the explosion properties of
the flammable substances.

In any site, irrespective of size, there may be numerous sources of ignition apart from those associated
with equipment. Appropriate precautions will be necessary to ensure safety in this context. This standard
is applicable with judgement for other ignition sources but in some applications other safeguards may
also need to be considered. E.g., larger distances may apply for naked flames when considering hot
work permits.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

This document does not take into account the consequences of ignition of an explosive atmosphere
except where a zone is so small that if ignition did occur it would have negligible consequences
(see 3.3.8 and 4.4.2).
[763.650.690-49]
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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

Introdução

Em áreas onde quantidades e concentrações perigosas de vapores ou gases inflamáveis podem


ocorrer, medidas de proteção necessitam ser aplicadas de forma a reduzir o risco de explosões. Esta
Parte da ABNT NBR IEC 60079 estabelece os critérios essenciais nos quais o risco de ignição pode
ser avaliado e representa um guia para o projeto e o controle de parâmetros que podem ser utilizados
[763.650.690-49]

para reduzir tais riscos.


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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

Atmosferas explosivas
Parte 10-1: Classificação de áreas — Atmosferas explosivas de gás

1 Escopo
[763.650.690-49]

Esta Parte da ABNT NBR IEC 60079 refere-se à classificação de áreas onde pode ocorrer a presença de
gases ou vapores inflamáveis, e pode ser utilizada como base para a seleção e instalação adequadas
de equipamentos para utilização em áreas classificadas.

Esta Norma é destinada a ser aplicada onde haja o risco de ignição devido à presença de gás ou de
vapor inflamável misturado com o ar, porém não é aplicável a

a) minas sujeitas a presença de grisu;


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b) processamento e manufatura de explosivos;

c) falhas catastróficas ou falhas raras que estejam além do conceito de anormalidade considerado
nesta Norma (ver 3.7.3 e 3.7.4);

d) ambientes utilizados com objetivos médicos;

e) ambientes domésticos;

f) áreas onde um risco possa ser gerado pela presença de poeiras ou fibras combustíveis,
mas os princípios possam ser utilizados na avaliação de misturas híbridas (ver também
a ABNT NBR IEC 60079-10-2).

NOTA Informações adicionais sobre misturas híbridas são apresentadas no Anexo I.

Névoas inflamáveis podem se formar ou estar presentes ao mesmo tempo que vapores inflamáveis.
Em tais casos, somente a aplicação dos requisitos indicados nesta Norma pode não ser adequada.
Névoas inflamáveis podem também ser formadas quando líquidos que não são considerados uma
fonte de risco devido ao seu elevado ponto de fulgor são liberados sob pressão. Nestes casos,
a classificação de áreas e os detalhes apresentados nesta Norma não são aplicáveis. Informações
sobre névoas inflamáveis são apresentadas no Anexo G.

Para o objetivo desta Norma, uma área é considerada uma região ou espaço tridimensional.

Condições atmosféricas incluem variações acima e abaixo dos níveis de referência de 101,3 kPa
(1 013 mbar) e 20 ºC (293 K), desde que as variações tenham um efeito desprezível nas propriedades
de explosividade das substâncias inflamáveis.

Em qualquer planta de processo, independentemente do seu tamanho, pode haver diversas fontes de
ignição, além daquelas associadas aos equipamentos. Neste contexto, são necessárias precauções
apropriadas para assegurar um nível adequado de segurança. Esta Norma é aplicável, com ponderação,
a outras fontes de ignição, sendo que, em algumas aplicações, outras medidas de segurança podem
também necessitar ser consideradas. Por exemplo, maiores distâncias podem ser aplicadas para
serviços com chama aberta, quando da elaboração de permissões de trabalho a quente.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

Esta Norma não considera as consequências da ignição de uma atmosfera explosiva, exceto quando
uma zona for tão pequena que, caso ocorresse uma ignição, ela apresentaria consequências
desprezíveis (ver 3.3.8 e 4.4.2).

2 Referências normativas
[763.650.690-49]

Este documento não contém referências normativas.

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR IEC 60079-0
e os seguintes.

A ISO e a IEC mantêm bases de dados terminológicos para utilização na normalização, nos seguintes
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endereços:

● IEC Electropedia: disponível em http://www.electropedia.org/

● ISO Online browsing platform: disponível em http://www.iso.org/obp

NOTA Definições adicionais aplicáveis a atmosferas explosivas podem ser encontradas na


ABNT NBR IEC 60050-426.

3.1
atmosfera explosiva
mistura com ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis, na forma de gás, vapor
ou poeira e fibras, que são partículas combustíveis suspensas, que, após a ignição, permite
autossustentação da propagação da chama

[FONTE: ABNT NBR IEC 60079-0:2020, 3.38]

3.2
atmosfera explosiva de gás
mistura com ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis, na forma de gás ou vapor,
que, após a ignição, permite a autossustentação de propagação da chama

Nota 1 de entrada: Embora uma mistura que possua uma concentração acima do seu Limite Superior de
Explosividade (LSE) não seja uma atmosfera explosiva de gás, esta pode rapidamente se tornar explosiva
e, geralmente para os objetivos de classificação de áreas, é recomendável que esta seja considerada uma
atmosfera explosiva de gás.

Nota 2 de entrada: Existem alguns gases e vapores que são explosivos com a concentração de 100 %
(por exemplo, acetileno, CAS 74-86-2, C2H2, monovinil acetileno, CAS 689-97-4, C4H4, 1-propil nitrato,
CAS 627-13-4, CH3 (CH2) 2 NO3, isopropil nitrato (vapor), CAS 1712-64-7, (CH3) 2 CH ONO2, óxido de
etileno (vapor), CAS 75-21-8, (CH2) 2 O, hidrazina (vapor), CAS 302-01-2, H4N2.

[FONTE: ABNT NBR IEC 60079-0:2020, 3.40, modificada (inclusão das Notas de entrada)]

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

3.3 áreas classificadas e zonas

3.3.1
áreas classificadas <devido à presença de atmosferas explosivas de gás>
áreas em que uma atmosfera explosiva de gás está presente ou é esperado que esteja presente
em quantidades que requeiram precauções especiais para a fabricação, instalação e utilização de
equipamentos
[763.650.690-49]

3.3.2
áreas não classificadas (devido à presença de atmosferas explosivas de gás)
áreas em que não é esperado que uma atmosfera explosiva de gás esteja presente em quantidades
tais que haja necessidade de precauções especiais para a fabricação, instalação e utilização de
equipamentos

3.3.3
zonas
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classificação de áreas com base na frequência da ocorrência e na duração de uma atmosfera explosiva

3.3.4
Zona 0
área em que uma atmosfera explosiva de gás está presente continuamente, por longos períodos ou
frequentemente

Nota 1 de entrada: Os termos “longos” e “frequentemente” são termos utilizados para descrever uma alta
probabilidade de presença de uma atmosfera explosiva na referida área. Neste sentido, estes termos não
precisam ser necessariamente quantitativos.

3.3.5
Zona 1
área em que é provável que uma atmosfera explosiva de gás ocorra ocasionalmente em operação normal

3.3.6
Zona 2
área em que não é provável que uma atmosfera explosiva de gás ocorra em operação normal, mas,
se ocorrer, irá existir somente por um curto período

Nota 1 de entrada: Indicações sobre a frequência da ocorrência e a duração de atmosferas explosivas podem
ser obtidas a partir de códigos industriais ou aplicações específicas.

[FONTE: ABNT NBR IEC 60050-426:2022, 426-03-05]

3.3.7
extensão de zona
distância em qualquer direção a partir da fonte de liberação em que a mistura do gás com o ar é diluída
pelo ar até uma concentração abaixo do limite inferior de explosividade

3.3.8
Zona ED (Extensão Desprezível)
zona de extensão desprezível tal que, caso uma ignição ocorresse, ela teria consequências desprezíveis

Nota 1 de entrada: Zonas de extensões desprezíveis podem ser Zona 0 ED, Zona 1 ED ou Zona 2 ED.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

3.4 liberações

3.4.1
fonte de liberação
um ponto ou um local a partir do qual um gás, vapor, névoa ou líquido inflamável pode ser liberado
para a atmosfera, de forma que uma atmosfera explosiva possa ser formada
[763.650.690-49]

[FONTE: ABNT NBR IEC 60050-426:2022, 426-03-06]

3.4.2
liberação de grau contínuo
liberação que é contínua ou é esperado que ocorra frequentemente ou por longos períodos

Nota 1 de entrada: Os termos “frequentemente” e “longos” são utilizados para descrever uma alta probabilidade
de uma liberação potencial. Neste sentido, estes termos não precisam ser necessariamente quantitativos.

3.4.3
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liberação de grau primário


liberação que pode se esperar que ocorra periodicamente ou ocasionalmente durante a operação
normal

3.4.4
liberação de grau secundário
liberação que não se espera que ocorra em operação normal e, se ocorrer, é somente de forma pouco
frequente e por curtos períodos

3.4.5
taxa de liberação
quantidade de gás, líquido, vapor ou névoa inflamável emitida por unidade de tempo a partir da fonte
de liberação

3.5 ventilação e diluição

3.5.1
ventilação
movimento do ar e sua renovação com ar limpo, devido aos efeitos de vento, gradientes de temperatura
ou meios artificiais (por exemplo, ventiladores ou exaustores)

Nota 1 de entrada: O termo “ar limpo” é destinado a ser sinônimo do termo “ar fresco”, utilizado na
ABNT NBR IEC 60079-13. Ambos os termos significam que o ar é essencialmente livre de gases ou vapores
inflamáveis.

3.5.2
diluição
mistura de gás ou vapor inflamável com ar, que, com o tempo, reduz a concentração inflamável

3.5.3
volume de diluição
volume ao redor de uma fonte de liberação em que a concentração do gás ou vapor inflamável não
é diluída a uma concentração segura

Nota 1 de entrada: Em determinados casos, os volumes indicados em 3.5.3 e 3.5.5 podem ser os mesmos.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

3.5.4
concentração preexistente
valor médio da concentração da substância inflamável no interior do volume sob consideração, fora da
pluma ou da liberação fugitiva

3.5.5
volume sob consideração
[763.650.690-49]

volume afetado pela ventilação ao redor da liberação que estiver sendo considerada

Nota 1 de entrada: Para uma área fechada, este volume pode ser um ambiente completo ou uma grande área
onde a ventilação considerada dilui o gás ou vapor liberado a partir de uma dada fonte de liberação. Para
uma área externa, este é o volume ao redor de uma fonte de liberação onde uma mistura explosiva pode
se formar. Em áreas externas com diversas obstruções para a passagem do ar, este volume congestionado
pode ser determinado pelos volumes parcialmente bloqueados pelos objetos circundantes.

3.6 propriedades das substâncias inflamáveis


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3.6.1
substância inflamável
substância que é inflamável por si só ou que é capaz de produzir um gás, vapor ou névoa inflamável

3.6.2
líquido inflamável
líquido capaz de produzir vapor inflamável sob qualquer condição de operação prevista

Nota 1 de entrada: Um exemplo de condição de operação prevista é a que o líquido inflamável é processado
a temperaturas próximas ou acima do seu ponto de fulgor.

Nota 2 de entrada: Esta definição é utilizada para a classificação de áreas e pode ser diferente de outras
definições de líquidos inflamáveis utilizadas para outras finalidades, por exemplo, para a classificação de
líquidos inflamáveis para fins de transporte.

3.6.3
gás liquefeito inflamável
substância inflamável que é armazenada ou processada como um líquido e que, à temperatura
ambiente e à pressão atmosférica, é um gás inflamável

3.6.4
gás ou vapor inflamável
gás ou vapor que, quando misturado com o ar em determinadas proporções, forma uma atmosfera
explosiva de gás

3.6.5
névoa inflamável
gotículas de líquido inflamável, dispersas no ar, de modo a formar uma atmosfera explosiva

Nota 1 de entrada: Névoas são também conhecidas como aerossóis.

3.6.6
mistura híbrida
mistura de gás ou vapor inflamável com poeira combustível

Nota 1 de entrada: De acordo com a ABNT NBR IEC 60079-10-2, o termo “poeira” é definido incluindo as
poeiras e fibras combustíveis.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

3.6.7
densidade relativa de um gás ou vapor
densidade de um gás ou vapor em relação à densidade do ar, à mesma pressão e temperatura
(a densidade relativa do ar é igual a 1,0)

3.6.8
ponto de fulgor
[763.650.690-49]

menor temperatura em que, sob determinadas condições normalizadas, um líquido libera vapor em
quantidade suficiente para ser capaz de formar uma mistura inflamável ar/vapor

3.6.9
ponto de ebulição
temperatura em que um líquido entra em ebulição à pressão ambiente de 101,3 kPa (1 013 mbar)

Nota 1 de entrada: O ponto de ebulição inicial a ser utilizado para misturas de líquidos é para indicar o mais
baixo valor do ponto de ebulição para a variedade dos líquidos presentes, como determinado em laboratório
de destilação-padrão sem fracionamento.
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3.6.10
pressão de vapor
pressão exercida quando um sólido ou um líquido está em equilíbrio com seu próprio vapor

Nota 1 de entrada: Esta pode também ser a pressão parcial da substância na atmosfera explosiva acima do
líquido. Esta pressão depende da substância e da temperatura.

3.6.11
temperatura de autoignição (AIT – Auto Ignition Temperature)
menor temperatura (de uma superfície), na qual, sob condições de ensaio especificadas, ocorre uma
ignição de uma substância inflamável de gás ou vapor com o ar ou com um gás inerte e o ar

[FONTE: ABNT NBR ISO/IEC 80079-20-1:2020, 3.3]

3.6.12
limite inferior de explosividade (LIE)
concentração de gás ou vapor inflamável no ar, abaixo da qual uma atmosfera explosiva de gás não
é formada

[FONTE: ABNT NBR ISO/IEC 80079-20-1:2020, 3.6.1]

3.6.13
limite superior de explosividade (LSE)
concentração de gás ou vapor inflamável no ar, acima da qual uma atmosfera explosiva de gás não
é formada

Nota 1 de entrada: O termo “limite superior de explosividade” (“upper explosive limit”) é utilizado particularmente
na normalização e na legislação europeia, sendo similarmente utilizado para descrever este limite.

[FONTE: ABNT NBR ISO/IEC 80079-20-1:2020, 3.6.2]

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3.7 operação

3.7.1
operação normal
situação em que os equipamentos estão operando dentro de seus parâmetros de projeto

Nota 1 de entrada: Falhas (como ruptura de selo de bombas, de juntas de flanges ou derramamentos)
[763.650.690-49]

causadas por acidentes que requeiram paradas ou serviços de reparo não são consideradas parte da
operação normal.

Nota 2 de entrada: Operação normal inclui condições de partida e parada e de manutenção de rotina, mas
exclui a partida inicial, que faz parte do comissionamento.

3.7.2
manutenção de rotina
ação a ser executada de forma ocasional ou periódica, em operação normal, de forma a manter um
desempenho adequado do equipamento
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Nota 1 de entrada: A manutenção de rotina não inclui as atividades quando a quantidade de material liberado
ou taxa de liberação for maior do que aquela considerada na classificação de área. Por exemplo, quando os
equipamentos ou sistemas necessitam ser parcialmente desmontados ou deliberadamente ventilados para a
atmosfera, é necessária para a execução de atividades de manutenção.

3.7.3
falha rara
tipo de falha que pode ocorrer somente em casos raros

Nota 1 de entrada: Falhas raras, no contexto desta Norma, incluem a falha de sistemas de controle de
processos, separados e independentes, que podem ser automatizados ou manuais, podendo dar origem
a uma sequência de eventos que podem levar a maiores liberações de substâncias inflamáveis.

Nota 2 de entrada: Falhas raras podem também incluir condições não previstas, que não são consideradas
pelo projeto da planta de processo, como uma corrosão inesperada, que resulte em uma liberação. Quando
liberações devido à corrosão ou condições similares puderem ser razoavelmente esperadas como parte das
operações da planta, então esta falha não é considerada uma falha rara.

4 Generalidades
4.1 Princípios de segurança
É recomendado que as instalações em que as substâncias inflamáveis são processadas ou
armazenadas sejam projetadas, construídas, operadas e mantidas, de modo que qualquer liberação de
substâncias inflamáveis e, consequentemente, a extensão das áreas classificadas sejam minimizadas,
em operação normal ou anormal, com relação à frequência, duração e quantidade da liberação.

É importante inspecionar as partes dos equipamentos e sistemas de processo que possam liberar
substâncias inflamáveis, e considerar as modificações no projeto para minimizar a probabilidade e a
frequência destas liberações, a quantidade e a taxa de liberação das substâncias inflamáveis.

NOTA 1 Equipamentos de processo, no contexto desta Norma, incluem quaisquer partes que possam
conter gases ou líquidos inflamáveis.

É recomendado que estas considerações fundamentais sejam verificadas nas etapas iniciais do
projeto de qualquer instalação de processo e que recebam também atenção especial ao realizar
a documentação de classificação de áreas.

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Em casos de atividades além daquelas de operação normal, como, por exemplo, comissionamento ou
manutenção não rotineira, a classificação da área pode não ser válida. É esperado que as atividades
além daquelas de operação normal sejam tratadas por uma sistemática de permissão de trabalho.
É recomendado que a classificação de áreas leve em consideração as manutenções de rotina.

Em uma situação em que possa haver uma atmosfera explosiva de gás, é recomendada a aplicação
de ações para:
[763.650.690-49]

a) eliminar a probabilidade de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás ao redor da fonte de


ignição, ou

b) eliminar a fonte de ignição.

Se não for possível executar estas medidas, é recomendado que medidas de proteção, equipamentos
de processo, sistemas e procedimentos sejam selecionados e preparados de modo que a probabilidade
de ocorrência simultânea dos eventos a) e b) seja tão baixa como razoavelmente aceitável. Tais medidas
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podem ser utilizadas individualmente, se forem reconhecidas como sendo altamente confiáveis, ou
em combinação, para atingir o nível necessário de segurança

NOTA 2 O termo “tão baixo como razoavelmente aceitável” (ALARP – As Low as Reasonably Practicable)
é um termo técnico reconhecido em diversos regulamentos e inclui a implantação de controles, de acordo
com o estado atual da arte e com as normas e códigos aplicáveis.

Este documento apresenta orientações sobre aspectos que necessitam ser considerados, sendo que
a classificação de áreas requer a aplicação de boas práticas de engenharia.

4.2 Objetivos da classificação de áreas

A classificação de áreas é um método de análise e classificação do ambiente em que uma atmosfera


explosiva de gás possa ocorrer, de modo a facilitar as adequadas seleção, instalação e operação
de equipamentos a serem utilizados com segurança em tais ambientes. A classificação também
considera as características de ignição dos gases ou vapores, como energia de ignição e temperatura
de ignição. A classificação de áreas possui dois objetivos principais: a determinação do tipo das áreas
classificadas e a extensão das zonas (ver Seções 8 e 9).

NOTA Características específicas podem ser aplicadas para os equipamentos, por exemplo, energia de
ignição e classe de temperatura (ver ABNT NBR ISO/IEC 80079-20-1).

Na maioria das situações práticas em que substâncias inflamáveis são utilizadas, é difícil assegurar
que a presença de uma atmosfera explosiva de gás nunca irá ocorrer. Pode também ser difícil
assegurar que os equipamentos nunca constituirão fontes de ignição. Desta forma, em situações em
que exista uma alta probabilidade de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás, a confiabilidade
é obtida pela utilização de equipamentos que possuam uma baixa probabilidade de se tornarem fontes
de ignição. Da mesma forma, onde houver uma baixa probabilidade de ocorrência de uma atmosfera
explosiva de gás, equipamentos construídos com requisitos menos rigorosos podem ser utilizados.

É recomendado, em particular, que as áreas de Zona 0 ou Zona 1 sejam minimizadas em quantidade


e extensão, por projeto ou por procedimentos operacionais adequados. Em outras palavras, plantas
e instalações devem possuir preferencialmente áreas de Zona 2 ou áreas não classificadas. Quando
a liberação de uma substância inflamável for inevitável, é recomendado que os equipamentos de processos
sejam limitados àqueles que dão origem a fontes de risco de grau secundário ou, na impossibilidade
(onde for inevitável a presença de fontes de risco de grau primário ou contínuo), é recomendado que
as liberações sejam minimizadas, em quantidade e taxas de liberação. Na elaboração do projeto de

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uma planta de processo, é recomendado que estes princípios recebam considerações prioritárias.
Quando necessário, é recomendado que o projeto, a operação e a localização dos equipamentos de
processo assegurem que, mesmo quando estes estiverem operando de forma anormal, a quantidade
da substância inflamável liberada para a atmosfera seja minimizada, de forma a reduzir a extensão da
área classificada.

Uma vez que uma instalação tenha sido classificada e que todos os registros necessários tenham
[763.650.690-49]

sido efetuados, é importante que nenhuma modificação nos equipamentos ou nos procedimentos
de operação sejam realizados sem consulta prévia aos responsáveis pela classificação da área. É
recomendado que a classificação de áreas seja atualizada em quaisquer casos de alterações nas
instalações ou nos procedimentos de operação. É recomendado que estas revisões sejam realizadas
durante o ciclo total de vida das instalações.

4.3 Interior de equipamentos contendo substâncias inflamáveis

O interior de diversos equipamentos contendo substâncias inflamáveis, como tanques atmosféricos,


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pode ser considerado área classificada, embora uma atmosfera explosiva de gás não possa estar
normalmente presente, considerando a possibilidade de entrada de ar no equipamento.

NOTA 1 Equipamentos contendo substâncias inflamáveis são normalmente conhecidos pelo termo genérico
“equipamentos de processo”, em muitas indústrias.

Quando controles específicos são utilizados, como inertização, o interior do equipamento contendo
substâncias inflamáveis pode não necessitar ser considerado área classificada ou pode ser designado
como uma zona com menor risco. Em tais casos, é recomendado que a confiabilidade das medidas de
controle seja quantificada, para a redução na classificação de área que é determinada para o interior
do equipamento. Por exemplo, as medidas de controle podem ser avaliadas utilizando um estudo
adequado, como uma avaliação de SIL (Safety Integrity Level), de acordo com a IEC 61511.

NOTA 2 A inertização é a substituição do oxigênio atmosférico em um sistema por um gás não reativo
ou não inflamável, de forma a tornar a atmosfera no interior do sistema incapaz de propagar uma ignição.
A adição de gases inflamáveis para assegurar que o ambiente esteja sempre fora dos limites de inflamabilidade
pode evitar uma área classificada interna ao equipamento.

4.4 Avaliação dos riscos de explosão

4.4.1 Generalidades

Após a conclusão da classificação de área, uma avaliação de risco pode ser realizada para avaliar
se as consequências da ignição de uma atmosfera explosiva requerem a utilização de equipamentos
com um nível de proteção de equipamento (EPL – Equipment Protection Level) mais elevado ou que
possa justificar a utilização de equipamentos com nível de proteção de equipamento mais baixo do
que aquele normalmente requerido.

Os requisitos de EPL podem ser registrados, como apropriado, nos documentos e desenhos de classificação
de áreas, de modo a permitir uma seleção adequada de equipamentos “Ex” a serem utilizados.

NOTA 1 A ABNT NBR IEC 60079-0 descreve os EPL e a ABNT NBR IEC 60079-14 estabelece a aplicação
dos EPL para uma instalação.

NOTA 2 Esta Norma não estabelece a metodologia de avaliação de risco para determinação dos EPL, uma
vez que a especificação está fora do escopo desta Norma.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

4.4.2 Zonas de extensão desprezível

Em alguns casos, uma zona de extensão desprezível (ED) pode surgir e ser tratada como área não
classificada. Uma zona de extensão desprezível pode também implicar em uma taxa ou quantidade
de liberação desprezível, considerando o volume da dispersão.

Este tipo de zona implica que uma explosão, caso ocorra, tem consequências desprezíveis.
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O conceito de zona de extensão desprezível pode ser aplicado independentemente de quaisquer


outros ajustes para a avaliação de risco na determinação do EPL.

É recomendado que o critério para a determinação de uma zona de extensão desprezível tenha como
base os seguintes fatores:

i) Uma ignição não resultaria em uma pressão suficiente para causar dano, devido à onda de pressão
ou aos danos que poderiam ser causados por partículas ou objetos projetados, por exemplo, vidro
quebrado de janelas.
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ii) Uma ignição não resultaria em calor suficiente para causar danos ou incêndio em materiais nas
redondezas.

iii) Para distribuição de gás com pressões acima de 1 000 kPag (10 barg), considerações devem ser
fornecidas para uma avaliação de risco específica

iv) Uma zona de extensão desprezível não pode ser aplicada à distribuição de gás com pressões
acima de 2 000 kPag (20 barg), a menos que uma avaliação de risco específica e detalhada
possa documentar outros critérios.

Um exemplo de uma zona de extensão desprezível é uma nuvem de gás natural com uma concentração
volumétrica média que seja 50 % do LII e que tenha um volume menor que 0,1 m3 ou 1,0 % do espaço
fechado considerado (o que for menor). Para outros gases, uma zona de extensão desprezível pode
ser considerada com base no calor da combustão, pressão máxima de explosão e taxa de elevação
máxima de pressão do gás, com relação ao metano, multiplicados pelos parâmetros utilizados para
o metano.

NOTA 1 Gás natural, neste contexto, é o gás utilizado nas redes convencionais de distribuição de gás, com
composição predominante de metano.

NOTA 2 Aplicações envolvendo bombas de refrigeração e aquecimento não são relacionadas a sistemas
de distribuição de gás. Avaliações de risco realizadas para este tipo de equipamento têm demonstrado que
o valor de 2 000 kPag (20 barg) pode não ser uma referência adequada para estas aplicações.

4.5 Falhas catastróficas

É recomendado que estas falhas sejam evitadas, tanto quanto possível.

Falhas catastróficas, que normalmente não são esperadas, não necessitam ser consideradas para
uma classificação de área. Por exemplo, grandes acidentes, como a ruptura de um vaso de processo
ou falhas de grandes proporções de equipamentos ou tubulações, como uma ruptura total de um
flange ou de um selo.

É recomendado que a probabilidade de tais falhas seja reduzida por meio de serviços adequados
de inspeção, projeto, operação e manutenção das plantas industriais.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

4.6 Competências pessoais

É recomendado que a classificação de áreas seja realizada por aqueles que compreendam a relevância
e o significado das propriedades das substâncias inflamáveis e dos princípios da dispersão de gases e
vapores, e que estejam familiarizados com os aspectos de processo da instalação sob consideração.
Pode ser benéfico que outras especialidades da engenharia, como elétrica e mecânica, bem como
[763.650.690-49]

de pessoal com responsabilidades específicas de segurança, façam parte e apresentem informações


para o processo de classificação de áreas. A competência das pessoas deve ser pertinente ao tipo de
instalação e à metodologia utilizada para a realização da classificação de áreas. É recomendado que
a devida educação continuada ou os treinamentos sejam realizados pelo pessoal envolvido, de forma
regular, quando requerido.

NOTA 1 A competência pode ser demonstrada por uma estrutura de treinamentos e de avaliação pertinente
com regulamentos nacionais ou normas ou requisitos dos usuários.

NOTA 2 Requisitos de competências são apresentados em diversos esquemas de certificação de competências.


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NOTA BRASILEIRA Sobre esquema de certificação de competências pessoais para serviços de


classificação de áreas, pode ser citada como exemplo a Unidade Ex 002 (Execução de classificação de
áreas) do sistema internacional IECEx (IEC System for Certification to Standards Relating to Equipment for
Use in Explosive Atmospheres), cujos requisitos têm por base as informações apresentadas nesta Norma.

5 Metodologia de classificação de áreas


5.1 Generalidades

Por meio de uma simples análise de um projeto ou de uma planta industrial, raramente é possível
estabelecer os locais que possam ser enquadrados nas definições de Zonas (Zonas 0, 1 e 2). Desta
forma, é necessário um estudo mais detalhado, e isto envolve a análise das probabilidades básicas de
ocorrência de uma atmosfera de gases inflamáveis.

Ao determinar onde pode ocorrer uma liberação de gás ou vapor inflamável, é recomendado que
a probabilidade e a duração da liberação sejam avaliadas de acordo com as definições de graus
de liberação contínuos, primários ou secundários. Uma vez o grau de liberação, taxa de liberação,
concentração, velocidade, ventilação e outros fatores sejam avaliados, existe então uma base
adequada para avaliar a probabilidade da presença de uma atmosfera explosiva de gás nas áreas ao
redor e determinar o tipo da área classificada e a extensão das zonas.

Esta abordagem, desta forma, requer que análises detalhadas sejam realizadas para cada equipamento
de processo que contenha uma substância inflamável, e que poderia se tornar, desta forma, uma fonte
de liberação.

Em 5.2 a 5.5 são apresentadas orientações sobre opções para a classificação de áreas onde
possa haver uma atmosfera explosiva de gás. Um exemplo esquemático de uma abordagem para a
classificação de áreas é apresentado no Anexo F.

É recomendado que a classificação de áreas seja realizada quando estiverem disponíveis os


fluxogramas iniciais de processo, os diagramas de tubulação e instrumentação e as plantas iniciais de
arranjo de equipamentos, sendo recomendado que esta classificação seja confirmada antes do início
da operação da planta.

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É recomendado que sejam considerados o tipo, o número e a localização dos diversos pontos potenciais
de liberação, de tal forma que as zonas correspondentes e as suas extensões sejam incluídas na
avaliação geral.

Sistemas de controle de acordo com uma norma de Segurança Funcional podem reduzir o potencial
de uma fonte de liberação ou a quantidade de liberação (por exemplo, controles sequenciais de
batelada e sistemas de inertização). Tais controles podem ser considerados, quando aplicável, para
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a classificação de áreas.

É recomendado que também seja considerada uma avaliação criteriosa de instalações idênticas ou
similares. Quando evidências documentadas indicarem que um projeto específico de uma planta
industrial e as suas operações são consistentes, isto pode ser utilizado para determinar a classificação
de área. Além disso, é aceitável que uma zona possa ser reavaliada com base em novas evidências.

Para equipamentos produzidos em série que possam ser utilizados em uma faixa de diferentes
situações, tais equipamentos podem ser submetidos a uma classificação de áreas genérica, com
instruções relevantes sobre o local da instalação, ventilação etc., de forma a detalhar quaisquer
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limitações para a aplicação e o impacto na classificação de área.

Se a quantidade de substâncias inflamáveis disponível para liberação for “pequena”, embora uma
condição potencial de explosão possa existir, pode não ser adequada a utilização da abordagem de
classificação de área. Apesar desta orientação geral, é recomendado que o potencial de liberação
e a capacidade de diluição e dispersão sejam sempre considerados para evitar as condições de
inflamabilidade. Desta forma, mesmo pequenas quantidades em pequenos espaços podem ainda
representar um perigo.

Para pequenas quantidades, devem também ser considerados os fatores específicos envolvidos. Tais
fatores podem incluir: graus de limpeza, práticas industriais, treinamentos e competências do pessoal
envolvido no processamento de substâncias inflamáveis, outras medidas de controle de vazamentos
ou de liberações, ventilação, riscos à saúde, controles de exposição e gerenciamento das fontes de
ignição por meio de outras formas além da instalação de equipamentos “Ex”.

NOTA 1 Pequenas quantidades podem ser aplicáveis às edificações utilizadas como laboratórios, pequenos
sistemas de resfriamento ou cilindros de gases.

NOTA 2 Códigos industriais normalmente identificam as quantidades abaixo das quais a abordagem de
classificação de área pode não ser aplicável.

5.2 Classificação de áreas pelo método de fontes de liberação


A classificação de áreas pode ser realizada por meio de cálculos, considerações estatísticas
e avaliações numéricas apropriadas para os fatores envolvidos, para cada fonte de liberação.

O método por fontes de liberação pode ser resumido como a seguir (ver o Anexo F):

● identificar as fontes de liberação;

● determinar a taxa e o grau de liberação para cada fonte, com base na frequência e duração
provável de liberação;

● avaliar as condições e a eficácia da ventilação ou da diluição;

● determinar o tipo de zona com base no grau de liberação e na eficácia da ventilação ou da diluição;

● determinar a extensão da zona.

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Equações aplicáveis para determinar as taxas de liberação sob certas condições podem ser
encontradas no Anexo B. Estas equações são geralmente aceitas como uma boa base para o cálculo
das taxas de liberação para as condições previstas.

Diretrizes sobre a avaliação da ventilação e dispersão são indicadas no Anexo C. Outras formas de
avaliação, como, por exemplo, CFD (Computational Fluid Dynamics) ou ensaios, podem ser utilizadas
como uma boa base para a avaliação em algumas situações. A modelagem computacional é também
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uma ferramenta adequada para avaliar a interação de múltiplos fatores.

Em todos os casos, é recomendado que os métodos e ferramentas de avaliação utilizados sejam


validados como adequados ou utilizados com a devida precaução. É recomendado que aqueles que
realizam a avaliação também compreendam as limitações ou os requisitos de quaisquer ferramentas,
e que ajustem as condições dos dados de entrada ou os resultados, de maneira a assegurar conclusões
adequadas.

5.3 Utilização de códigos industriais ou de normas nacionais


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5.3.1 Generalidades

Códigos industriais e normas nacionais podem ser utilizados quando apresentarem diretrizes ou
exemplos adequados para a aplicação específica e estiverem de acordo com os princípios gerais
desta Norma.

O Anexo K relaciona alguns códigos industriais e normas nacionais pertinentes que podem apresentar
mais detalhes, bem como exemplos de classificação de áreas.

5.3.2 Instalações com gás combustível

Para aplicações comerciais ou industriais em que um gás combustível de baixa pressão seja utilizado
para aplicações, como de cozinha, aquecedor de água ou utilizações similares, códigos locais sobre
gases inflamáveis podem ser aplicáveis.

Na maioria dos casos, a conformidade com os códigos aplicáveis sobre gás combustível resulta em
uma classificação de área não classificada ou na indicação de uma zona de extensão desprezível.

NOTA Baixas pressões são normalmente consideradas como sendo abaixo de 200 kPa (manométrica).
Ver o Anexo K para exemplos de códigos ou normas aplicáveis.

5.4 Métodos simplificados

Quando não for viável realizar as avaliações requeridas a partir das fontes de liberação individuais, um
método simplificado pode ser utilizado. Por exemplo, em projetos básicos, quando os equipamentos
e as suas localizações ainda não forem estabelecidos, os cálculos para todas as fontes de liberação
podem ser muito complexos. Os métodos simplificados devem identificar as fontes para cada um dos
tipos de zona, Zonas 0, 1 e 2, que sejam adequadamente conservadoras para permitir a avaliação das
possíveis fontes de liberação que não possuem detalhes individuais. Um julgamento melhor pode ser
realizado em referência a um conjunto de critérios com base na experiência da indústria e apropriados
para a planta em particular.

Não é necessário realizar uma avaliação detalhada de todos os itens em uma planta em que uma
avaliação para um equipamento ou condição possa ser suficiente para uma classificação conservativa
para todos os outros equipamentos ou condições semelhantes da planta.

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Áreas classificadas com maior extensão são características de métodos simplificados, decorrentes da
abordagem e da necessidade de aplicar uma classificação de áreas mais conservativa, em caso de
dúvida quanto aos perigos envolvidos. Esta abordagem deve privilegiar a segurança.

Para obter figuras menos conservativas ou mais precisas em relação às extensões das áreas
classificadas, é recomendado utilizar as referências, os exemplos ilustrativos ou a avaliação mais
detalhada das fontes de liberação individuais, de acordo com o aplicável.
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5.5 Combinação de abordagens

A utilização de diferentes abordagens pode ser apropriada para a classificação de áreas de uma
planta, nos diversos estágios de seu desenvolvimento ou para diversas partes de uma mesma planta.

Por exemplo, no estágio inicial conceitual de uma planta, a abordagem simplificada pode ser apropriada
para determinar os arranjos, as distâncias e separações dos equipamentos de processo e os limites
da planta. Esta pode ser a única abordagem aplicável, devido à falta de dados detalhados sobre
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as fontes de liberação. À medida que o projeto da planta é desenvolvido e os dados detalhados


são disponibilizados sobre as fontes de liberações potenciais, é recomendada a atualização da
classificação de áreas, utilizando uma abordagem de avaliação mais detalhada.

Em alguns casos, a abordagem simplificada pode ser aplicada a um grupo de equipamentos de


processo similares existentes em diversas partes da planta (por exemplo, seções de tubulações com
flanges, como em pipe-racks), sendo aplicada uma abordagem de avaliação mais detalhada para
fontes de liberações potenciais mais significativas [por exemplo, válvulas de segurança, respiros
(vents), compressores de gás, bombas e outras fontes similares].

Em diversos casos, os exemplos de classificação de áreas apresentados nos códigos industriais ou


nas normas nacionais, quando aplicável, podem ser utilizados para avaliação da classificação das
áreas em grandes instalações.

6 Liberação de substâncias inflamáveis


6.1 Generalidades

A taxa de liberação de substâncias inflamáveis é o fator mais importante que afeta a extensão da zona.

Geralmente, quanto maior a taxa de liberação, maior é a extensão da zona.

NOTA A experiência tem demonstrado que uma liberação de amônia, cujo LII é de 15 % v/v, muitas vezes
dissipa rapidamente ao ar livre (áreas externas), de modo que uma atmosfera explosiva de gás pode ser, na
maioria dos casos, considerada desprezível.

É apresentada, em 6.2 a 6.3, uma introdução aos conceitos das fontes de liberação e é recomendado
que seja considerada quando da classificação das áreas.

6.2 Fontes de liberação

Os elementos básicos para estabelecer as zonas são a identificação da fonte de liberação e a


determinação dos graus de liberação.

Uma vez que uma atmosfera explosiva só pode existir se um gás ou vapor inflamável estiver presente
com o ar, é necessário decidir se alguma dessas substâncias inflamáveis pode existir na área em

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questão. De um modo geral, tais gases e vapores (e líquidos ou sólidos inflamáveis que podem dar
origem a eles) estão contidos dentro de equipamentos de processo que podem ou não ser estanques.
É necessário identificar onde uma atmosfera inflamável pode existir no interior do equipamento de
processo, ou onde uma liberação de substâncias inflamáveis pode criar uma atmosfera explosiva no
ambiente externo ao equipamento de processo.

Cada equipamento de processo (por exemplo, tanque, bomba, tubulação e vasos) pode ser considerado
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uma fonte potencial de liberação de uma substância inflamável. Se não for previsto que o equipamento
contenha uma substância inflamável, então não irá gerar uma área classificada ao seu redor. A mesma
situação é aplicável se o equipamento contiver uma substância inflamável, mas não conseguir liberar para
a atmosfera (por exemplo, juntas soldadas de uma tubulação não são consideradas fontes de liberação).

Se for estabelecido que o equipamento pode liberar uma substância inflamável para a atmosfera,
é necessário, em primeiro lugar, determinar os graus de liberação de acordo com as definições,
estabelecendo a frequência e a duração prováveis da liberação. Convém entender que a abertura
dos equipamentos do processo com sistemas fechados (por exemplo, durante a substituição de
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filtro ou tampa de inspeção) também necessita ser considerada fonte de liberação na elaboração
da classificação de área. Por meio deste procedimento, cada grau de liberação será avaliado como
“contínuo”, “primário” ou “secundário”.

NOTA 1 Liberações podem fazer parte do processo, por exemplo, coleta de amostras, ou podem ocorrer
como parte de um processo de liberação de rotina. Estes graus de liberação são geralmente definidos como
contínuos ou primários. Liberações eventuais são geralmente definidas como secundárias.

NOTA 2 Um equipamento pode dar origem a mais de um grau de liberação. Por exemplo, pode ocorrer uma
liberação de grau primário de pequena extensão, mas pode ocorrer uma liberação sob operação anormal,
assim gerando uma liberação de grau secundário. Nesta situação, ambas as condições de liberação precisam
ser consideradas conforme descrito nesta Norma.

Tendo estabelecido os graus de liberação, é necessário determinar a taxa de liberação e outros fatores
que podem influenciar o tipo e a extensão da zona.

Em alguns casos, pode ser necessário considerar a mistura de diferentes substâncias inflamáveis com
características diferentes, como, por exemplo, densidade relativa e classe de temperatura. Nestes
casos é necessário considerar se a proporção de componentes individuais na mistura é suficiente
para influenciar em parâmetros relevantes, como o grupo de equipamento ou a classe de temperatura
ou ainda pode sugerir a necessidade de considerar outros fatores, como a classificação da área
para condições de liberação de substâncias com densidade menor e maior que o ar. É recomendado
que, na classificação de áreas de equipamentos de processo nas quais substâncias inflamáveis
são queimadas, como, por exemplo, aquecedores, fornos, caldeiras e turbinas a gás, qualquer ciclo
de purga e as condições de partida e desligamento sejam considerados.

Em alguns casos de projetos de sistemas fechados, onde são atendidos códigos construtivos
específicos, estes códigos podem ser aceitos como uma barreira de prevenção efetiva, assim como
nos casos de liberações limitadas de substâncias inflamáveis que gerem um perigo de liberação
desprezível. A área classificada de tais equipamentos ou instalações necessita ser avaliada para
verificar a conformidade da instalação às normas pertinentes de projeto e operação. É recomendado
que a verificação da conformidade seja considerada no projeto, instalação, operação, manutenção
e monitoramento das atividades.

Névoas que se formam por liberações de líquidos pressurizados (Líquidos Altamente Voláteis – LAV)
podem ser inflamáveis, mesmo que a temperatura do líquido esteja abaixo do seu ponto de fulgor
(ver Anexo G).

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6.3 Formas de liberação

6.3.1 Generalidades

A característica de qualquer liberação depende do estado físico da substância inflamável, sua


temperatura e pressão. Os estados físicos incluem:
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● um gás, que pode estar em temperatura ou pressão elevada;

● um gás liquefeito pela aplicação de pressão, por exemplo, GLP;

● um gás que somente pode ser liquefeito por refrigeração, por exemplo, metano;

● um líquido que está associado às liberações de vapores inflamáveis.

Liberações geradas pelos equipamentos da planta de processo, como conexões de tubulação,


bombas, selos de compressor e gaxetas de válvula, muitas vezes começam com uma pequena vazão.
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No entanto, se a liberação não for interrompida, a área de erosão pode aumentar significativamente,
elevando a taxa de liberação e, portanto, aumentando o perigo. Ao contrário, se a fonte de liberação
tiver uma quantidade finita, a taxa de liberação pode declinar com o tempo, reduzindo assim a extensão
da área classificada. Por exemplo, gás pressurizado em um sistema fechado.

Uma liberação de substância inflamável acima de seu ponto de fulgor dará origem a um vapor inflamável
ou nuvem de gás, que pode inicialmente possuir comportamento maior, menor ou similar à densidade
do ar circundante. As formas de liberação e o padrão de comportamento em várias condições são
indicados no gráfico de fluxo da Figura B.1. Esta característica influencia a extensão da zona gerada
por uma forma específica de liberação.

A extensão horizontal da zona ao nível do solo geralmente está relacionada com o aumento da densidade
relativa, e a extensão vertical geralmente está relacionada com a diminuição da densidade relativa.

6.3.2 Liberações em forma de gás

Uma liberação de gás irá produzir uma liberação fugitiva ou pluma de gás a partir da fonte de liberação,
dependendo da sua pressão no ponto da liberação, por exemplo, selo da bomba, conexão de tubulação
ou superfície de evaporação de uma bacia de contenção. A densidade relativa do gás, o grau de
turbulência da mistura e o movimento do ar predominante influenciam no movimento subsequente de
qualquer nuvem de gás.

Nas condições de ventos calmos, liberações com baixa velocidade de um gás, significativamente
menos denso que o ar, tendem a se mover para cima, por exemplo, hidrogênio e metano. Por outro
lado, liberações com baixa velocidade de um gás significativamente mais denso que o ar tendem a se
acumular ao nível do solo, poços ou depressões, por exemplo, butano e propano. Ao longo do tempo,
a turbulência atmosférica fará com que o gás liberado dilua e passe a ter um comportamento similar
ao do ar circundante. Um gás ou vapor com densidade que não seja significativamente diferente do ar
possui um comportamento similar ao do ar circundante.

NOTA 1 Gases com características de densidade relativa próximo à do ar, como etano, podem tender a se
comportar como gases com densidade maior do que o ar em condições de calmaria.

Liberações em alta pressão podem inicialmente produzir jatos de liberação de gás que se misturam
turbulentamente com o ambiente circundante e succionam o ar para o jato.

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A alta pressão, um efeito termodinâmico devido à expansão, pode ocorrer. Como o gás liberado
expande e resfria, inicialmente pode ser mais pesado que o ar. No entanto, o resfriamento devido ao
efeito Joule-Thomson eventualmente é compensado pelo calor do ar circundante. A nuvem de gás
resultante terá um comportamento similar ao do ar. A transição da característica mais pesada que
o ar em comportamento similar ao do ar pode ocorrer em qualquer tempo, dependendo da natureza
da liberação e após a nuvem ser diluída abaixo do LII.
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NOTA 2 Hidrogênio demonstra um efeito reverso de Joule-Thomson, aquecendo conforme sua expansão,
e assim nunca apresenta a característica de mais pesado do que o ar.

6.3.3 Liberações de gases liquefeitos sob pressão

Alguns gases podem ser liquefeitos pela aplicação somente de pressão, por exemplo, propano
e butano, e são geralmente armazenados e transportados sob esta forma.

Quando um gás liquefeito pressurizado é liberado de sua contenção, o cenário mais provável é que
a substância escape como um gás de qualquer local de armazenamento ou linha de gás. A vaporização
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rápida produz resfriamento significativo no ponto da liberação, e pode ocorrer crosta de gelo devido
à condensação do vapor de água da atmosfera.

Uma liberação de líquido irá vaporizar parcialmente no ponto da liberação. Isso é conhecido como
vaporização instantânea. O líquido vaporizado retira calor de si mesmo e da atmosfera circundante e,
por sua vez, resfria o líquido que está sendo liberado. O resfriamento do fluido impede a vaporização
completa e, portanto, uma névoa inflamável é produzida. Se a liberação for grande o suficiente, então
poças de líquidos frios podem se acumular no chão, evaporando ao longo do tempo, aumentando
a nuvem de gás liberado.

A névoa inflamável fria atuará como um gás mais pesado que o ar. Uma liberação de líquido pressurizado
muitas vezes pode ser observada como efeito da redução da temperatura de vaporização que irá
condensar a umidade do ambiente para produzir uma névoa visível

Para algumas aplicações com gases liquefeitos sob pressão, a liberação na parte do líquido do sistema
pode inicialmente conduzir a uma liberação de duas fases (líquido e vapor) e “spray”. Quando existe
uma quantidade limitada de substância inflamável, a liberação pode, com a diminuição da vazão e da
pressão, mudar para ser somente na forma de vapor.

6.3.4 Liberações de gases liquefeitos por resfriamento

Outros gases, também denominados gases permanentes, podem somente ser liquefeitos por
resfriamento, por exemplo, metano e hidrogênio. Pequenas liberações de gases liquefeitos vaporizam
rapidamente sem formar poça de líquido, pela absorção do calor do ambiente. Se a liberação for
grande, pode ser formada uma poça de líquido frio.

Como o líquido frio absorve temperatura do solo e da atmosfera circundante, o líquido pode ferver,
gerando uma densa nuvem de gás frio. Como acontece com as liberações de líquidos, podem ser
utilizados diques ou barreiras para direcionar ou confinar o fluxo de liberação de gases liquefeitos.

NOTA 1 É necessário adotar cuidados adicionais na classificação de áreas de ambientes contendo gases
criogênicos inflamáveis, como gás liquefeito de gás natural. Vapores emitidos geralmente serão mais
pesados que o ar a baixas temperaturas, mas podem ter um comportamento similar ao do ar em temperatura
ambiente.

NOTA 2 Gases permanentes têm uma temperatura crítica inferior a –50 °C.

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6.3.5 Liberação de névoas inflamáveis

Uma névoa inflamável não é um gás, mas consiste em pequenas gotículas de líquido suspensas
no ar. As gotas são formadas por vapores ou gases sob determinadas condições termodinâmicas
ou por vaporização instantânea de líquidos pressurizados. A dispersão da luz dentro de uma névoa
inflamável frequentemente produz uma nuvem visível a olho nu. A dispersão de uma névoa inflamável
pode variar entre o comportamento de um gás mais pesado ou similar ao ar. Gotículas da névoa
[763.650.690-49]

podem aglutinar e precipitar da nuvem ou pluma. Névoas inflamáveis de líquidos podem absorver o
calor do ambiente circundante, vaporizar e aumentar a nuvem de gás ou vapor liberado (para mais
detalhes, ver Anexo G).

NOTA Em alguns casos uma névoa visível pode se formar em concentrações abaixo do limite de
inflamabilidade. Por exemplo, a névoa de amônia anidro já é visível a uma concentração de 4 % v/v devido à
absorção da umidade atmosférica pelas gotas de líquido, mas a LII é de 15 % v/v.

6.3.6 Liberação de vapores


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Líquidos em equilíbrio com o meio ambiente irão gerar uma camada de vapor acima de sua superfície.
A pressão que este vapor exerce em um sistema fechado é conhecida como pressão de vapor, que
aumenta em uma função não linear com a temperatura.

O processo de evaporação utiliza a energia que pode vir de uma variedade de fontes, por exemplo,
do líquido ou da atmosfera circundante. O processo de evaporação pode diminuir a temperatura do
líquido e aumentar a temperatura-limite. No entanto, mudanças na temperatura do líquido devido ao
aumento da evaporação nas condições ambientais normais são consideradas muito marginais para
afetar a classificação de áreas. A concentração do vapor gerado é de difícil previsão, pois é uma
função da taxa de evaporação, da temperatura do líquido e do fluxo de ar circundante.

6.3.7 Liberações de líquidos

As liberações de líquidos inflamáveis geralmente irão formar uma poça no piso, com uma nuvem
de vapor na superfície do líquido, a menos que a superfície do piso seja absorvente. O tamanho da
nuvem de vapor depende das propriedades da substância e de sua pressão de vapor à temperatura
ambiente (ver B.7.2).

NOTA 1 A pressão de vapor é um indicativo da taxa de evaporação de um líquido. Uma substância com
uma pressão de vapor elevada em relação à temperatura ambiente é muitas vezes referida como volátil.
Como regra geral, a pressão de vapor do líquido à temperatura ambiente aumenta com o decréscimo do
ponto de ebulição. Conforme aumenta a temperatura, aumenta a pressão de vapor.

NOTA 2 Se o líquido possuir calor latente alto, a taxa de evaporação pode ser significativamente reduzida
ao longo do tempo. Um calor latente alto pode resfriar significativamente a superfície na qual o líquido está
presente, e isso limita então a transferência do calor para o líquido. Em um vazamento de amônia anidro, por
exemplo, que possui calor latente alto, a taxa de evaporação pode diminuir consideravelmente, a não ser que
calor adicional seja fornecido ao líquido.

Liberações também podem ocorrer na água. Muitos líquidos inflamáveis são menos densos que a
água e muitas vezes não são miscíveis. Tais líquidos irão se espalhar sobre a superfície da água, no
piso, nas canaletas, drenos, valas de tubulação ou em águas abertas (mar, lago ou rio), formando
uma película fina e aumentando a taxa de evaporação devido à maior área de superfície. Nestas
circunstâncias, os cálculos do Anexo B não são aplicáveis.

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7 Ventilação (ou movimento de ar) e diluição


7.1 Generalidades

Gás ou vapor liberado na atmosfera pode diluir por meio de uma mistura turbulenta com o ar e, em
menor grau, por difusão impulsionada por gradientes de concentração. Exceto quando a liberação
for para o interior de um espaço confinado e bem selado, o gás se dispersa completamente até que
[763.650.690-49]

a concentração seja próxima de zero. O movimento do ar devido à ventilação natural ou forçada irá
promover a dispersão.

Taxas de ventilação apropriadas podem reduzir o tempo de persistência de uma atmosfera de gás
explosiva, influenciando assim a zona.

Uma edificação com aberturas suficientes para permitir a passagem livre do ar através de todas as
suas partes é geralmente considerada bem ventilada e pode ser tratada como uma área ao ar livre,
por exemplo, um local protegido com laterais abertas e aberturas de ventilação no telhado.
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Dispersão ou difusão de um gás ou vapor na atmosfera é um fator-chave para a redução da


concentração do gás ou vapor para abaixo do limite inferior de inflamabilidade (LII).

O movimento do ar e a ventilação têm duas funções básicas:

a) aumentar a taxa de diluição e promover a dispersão para limitar a extensão de uma zona;

b) reduzir a persistência de uma atmosfera explosiva que pode influenciar assim a zona.

Com o aumento da ventilação ou movimento de ar, a extensão de uma zona geralmente será reduzida.
Obstáculos que impedem a ventilação ou o movimento do ar podem aumentar a extensão de uma zona.
Alguns obstáculos, por exemplo, diques, paredes e tetos, que limitam a expansão e o deslocamento
de vapor ou gás, também podem limitar a extensão da zona.

NOTA 1 Maior movimento de ar também pode aumentar a taxa de liberação de vapor devido ao aumento
da evaporação das superfícies líquidas abertas. No entanto, os benefícios do aumento do movimento de ar
geralmente compensam o aumento na taxa de liberação.

Para liberação em baixa velocidade, a taxa de dispersão de gás ou vapor na atmosfera aumenta
com a velocidade do vento, mas, em condições atmosféricas calmas, pode ocorrer uma camada
de gás ou vapor com densidade maior do que o ar, e a distância segura para a dispersão pode ser
significativamente aumentada. Para liberações em baixa velocidade e quando existirem obstáculos,
como paredes e tetos, podem ser formadas camadas de gases ou vapores com densidade menor do
que o ar no teto, e a distância segura para a dispersão pode ser significativamente aumentada

NOTA 2 Em áreas da planta com obstruções à ventilação, como grandes vasos e estruturas, mesmo em
velocidades de vento baixas, podem ser formados redemoinhos atrás destas obstruções e assim formar
bolsões de gás ou vapor sem turbulência suficiente para promover a dispersão.

Na prática, a tendência de formar uma camada de gás ou vapor ao ar livre não é considerada na
classificação de área, porque as condições que dão origem a este efeito são raras e ocorrem apenas
por curtos períodos. No entanto, se períodos prolongados de baixa velocidade de vento forem
esperados para as circunstâncias específicas, então convém adicionar uma extensão da zona para a
dispersão. É recomendado considerar a tendência de formação de camadas em ambientes internos.

NOTA 3 A formação de camadas pode ser um fator relevante em algumas aplicações específicas, como
edificações com pouca troca de ar com áreas externas.

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Em algumas aplicações com liberação de quantidade limitada, um fluxo circulante de ar em uma


edificação fechada pode gerar mistura suficiente para diluir a liberação.

7.2 Tipos principais de ventilação

7.2.1 Generalidades
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Os dois tipos de ventilação são:

a) ventilação natural; e

b) ventilação artificial (ou forçada), seja geral para uma área ou local para a fonte de liberação.

7.2.2 Ventilação natural

A ventilação natural em edificações decorre das diferenças de pressão induzidas pelo vento ou por
gradientes de temperatura (ventilação induzida circundante). A ventilação natural pode ser eficaz
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em certas situações internas (por exemplo, quando a edificação tem aberturas em suas paredes ou
telhado) para diluir as liberações com segurança.

Exemplos de ventilação natural:

● uma edificação aberta que, considerando a densidade relativa dos gases ou vapores envolvidos,
possui aberturas nas paredes ou telhado dimensionadas e localizadas para que a ventilação no
interior da edificação, para efeitos de classificação de áreas, possa ser considerada equivalente
à condição de ar livre;

● uma edificação que seja aberta, mas que tenha ventilação natural por aberturas permanentes
(geralmente menores do que as de uma edificação aberta), projetadas para fins de ventilação.

É recomendado considerar a flutuabilidade do gás ou vapor como um fator significativo na ventilação


natural de edificações, e é necessário que o arranjo de ventilação promova a dispersão e diluição.
Para a liberação de um gás ou vapor, com densidade maior ou menor do que o ar, a pressão do jato
de liberação da mistura próxima às aberturas da edificação pode ser capaz de gerar sua própria
dispersão.

Taxas de ventilação decorrentes de ventilação natural são inerentemente muito variáveis. Geralmente,
com qualquer ventilação natural, um menor grau de ventilação conduz a um nível mais alto de
disponibilidade e vice-versa. Quando a diluição das liberações é por ventilação natural, o pior cenário
deve preferencialmente ser considerado para determinar o grau de ventilação. Este cenário então
levará a um maior nível de disponibilidade, que compensará as suposições excessivamente otimistas
feitas na estimativa do grau de ventilação.

Existem algumas situações que necessitam de atenção especial. Este é particularmente o caso em
que as aberturas de ventilação estão limitadas principalmente a um lado do ambiente. Sob certas
condições ambientais desfavoráveis, como em dias de vento, quando o vento está soprando no lado da
abertura deste ambiente, o movimento de ar externo pode impedir o funcionamento do mecanismo de
movimentação do ar por efeito térmico. Nestas circunstâncias o nível e a disponibilidade de ventilação
serão considerados “pobres”, resultando em uma classificação mais rigorosa.

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7.2.3 Ventilação artificial

7.2.3.1 Generalidades

O movimento do ar necessário para a ventilação pode ser previsto por meios artificiais, por exemplo,
ventiladores ou exaustores. Apesar da ventilação forçada ser principalmente aplicada dentro de salas
ou espaços fechados, também pode ser aplicada em situações ao ar livre para compensar o movimento
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de ar restringido ou impedido devido a obstáculos.

A ventilação artificial pode ser geral (por exemplo, uma sala inteira) ou local (por exemplo, extração perto
de um ponto da liberação), e, para ambas, podem ser apropriados diferentes graus de movimentação
e troca de ar.

Com a utilização de ventilação forçada, às vezes é possível:

● reduzir o tipo ou extensão das zonas;


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● reduzir o tempo de persistência de uma atmosfera explosiva de gás;

● evitar a formação de uma atmosfera explosiva de gás.

7.2.3.2 Considerações sobre a ventilação artificial

Um sistema de ventilação artificial pode prover uma ventilação eficaz e confiável em ambientes
internos. É recomendado que as seguintes considerações sejam incluídas em sistemas de ventilação
artificial:

a) classificação de áreas internas do sistema de exaustão, do ponto de descarga imediatamente


fora do sistema de exaustão e outras aberturas do sistema de exaustão;

b) para ventilação da área classificada, é geralmente recomendado que o ar de ventilação seja


obtido de uma área não classificada, considerando os efeitos da sucção sobre a área circundante;

c) antes de determinar as dimensões e o projeto do sistema de ventilação, é recomendado determinar:


localização, grau de liberação, velocidade de liberação e taxa de liberação.

Além disso, os seguintes fatores irão influenciar a qualidade de um sistema de ventilação artificial:

a) vapores e gases inflamáveis geralmente possuem densidade diferente do que a do ar, assim
eles podem acumular perto do piso ou no teto de uma área fechada, onde é esperado que o
movimento de ar seja reduzido;

b) a proximidade da ventilação artificial com a fonte de liberação; ventilação artificial próxima da fonte
de liberação geralmente será mais efetiva e pode ser necessária para controlar adequadamente
o movimento do gás ou vapor;

c) alterações de densidade do gás com a temperatura;

d) impedimentos e obstáculos podem causar redução, ou mesmo nenhuma movimentação do ar,


isto é, sem ventilação em certas partes da área;

e) turbulência e condições do ar circulante.

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Para mais detalhes, ver Anexo C.

É recomendado analisar quanto à possibilidade ou necessidade de recirculação de ar em arranjo de


ventilação. Isso pode afetar a concentração preexistente e a eficácia do sistema de ventilação na
redução da área classificada. Nestes casos pode ser necessário reavaliar a classificação da área.
Recirculação de ar também pode ser necessária em algumas aplicações, por exemplo, para alguns
processos ou necessidades de pessoal ou equipamento em altas ou baixas temperaturas ambientes,
[763.650.690-49]

quando a refrigeração ou o aquecimento complementar for necessário. Quando for necessária


a recirculação do ar, também podem ser necessários controles adicionais para a segurança, por
exemplo, um analisador de gás com dampers que controlem a entrada de ar limpo.

7.2.3.3 Exemplos de ventilação artificial

Um sistema de ventilação geral pode incluir uma edificação que é atendida por ventiladores nas
paredes ou no teto para melhorar a ventilação geral.
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O papel dos ventiladores pode ser duplo. Eles podem aumentar o fluxo de ar pela edificação, ajudando
a remover o gás. Ventiladores dentro de uma edificação podem também aumentar a turbulência e
a diluição de uma nuvem que é muito menor do que a sala que os contém, mesmo se não existir a
retirada de gás da sala. Os ventiladores também podem melhorar a diluição, aumentando a turbulência
em algumas situações ao ar livre.

A ventilação forçada local pode ser:

a) Um sistema de exaustão de ar ou vapor aplicado a um equipamento de processo que continuamente


ou periodicamente libera vapores inflamáveis.

b) Uma ventilação forçada composta por insuflamento ou exaustão, aplicada a um determinado


local, onde é esperado que uma atmosfera de gás explosivo possa ocorrer.

Para mais detalhes, ver Seção C.4.

7.2.4 Grau de diluição

A eficiência da ventilação em controlar a dispersão e a persistência da atmosfera explosiva dependem


do grau de diluição, da disponibilidade da ventilação e do projeto do sistema. Por exemplo, a ventilação
pode não ser suficiente para evitar a formação de uma atmosfera explosiva, mas pode ser suficiente
para evitar a sua persistência.

O grau de diluição é uma medida da capacidade da ventilação ou das condições atmosféricas para
diluir uma liberação para um nível seguro. Por conseguinte, uma maior liberação corresponde a um
menor grau de diluição para um determinado conjunto de ventilação ou condições atmosféricas,
e uma menor taxa de ventilação corresponde a um menor grau de diluição para um determinado
volume de liberação.

Se outras formas de ventilação, por exemplo, ventiladores de ambiente, forem consideradas, então
é recomendado que sejam adotadas precauções quanto à disponibilidade da ventilação. A ventilação
para outros fins também pode afetar a diluição de forma positiva ou negativa.

O grau de diluição também afeta o volume de diluição. O volume de diluição é igual ao volume
que pode ser acima do LII, incluindo qualquer fator de segurança, ou seja, o volume que pode ser
inflamável. Entretanto os limites da área classificada consideram adicionalmente outros fatores, como
quaisquer movimentos da liberação, isto é, devido à direção e velocidade da liberação e ao volume de

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ar circundante. A área classificada é normalmente muito maior do que o volume de diluição. O conceito
da relação entre o volume de diluição e a área classificada está indicado na Figura 1.
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Figura 1 – Volume de diluição

O grau de diluição depende não somente da ventilação, mas também da natureza e do tipo de liberação
esperado do gás. Algumas liberações, por exemplo, liberação em baixa velocidade, serão capazes de
ser mitigadas pelo aumento da ventilação, porém, isso pode ser mais difícil em outras condições, por
exemplo, nas liberações em alta velocidade.

Os graus de diluição normalmente aplicados são indicados em C.3.5.

8 Tipos de zona
8.1 Generalidades

A probabilidade da presença de uma atmosfera explosiva de gás depende principalmente do grau de


liberação e da ventilação. Isto é identificado como uma zona. As zonas são definidas como: Zona 0,
Zona 1, Zona 2 e área não classificada.

Quando houver a sobreposição de zonas de diferentes tipos, incluindo classe de temperatura e grupo
de equipamento, a classificação mais severa deve prevalecer na área de sobreposição. Quando as
zonas de sobreposição são da mesma natureza, a classificação em comum é geralmente aplicada.

8.2 Influência do grau das fontes de liberação

Existem três graus de liberação básicos, de acordo com indicado a seguir em ordem decrescente de
frequência de ocorrência ou duração da liberação da substância inflamável:

a) grau contínuo;

b) grau primário;

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c) grau secundário.

Uma fonte de liberação pode dar origem a qualquer um destes tipos de grau de liberação, ou a uma
combinação de mais de um grau.

O grau de liberação geralmente determina o tipo de zona. Em uma área adequadamente ventilada
(planta típica ao ar livre), um grau contínuo de liberação geralmente caracteriza uma Zona 0, um grau
[763.650.690-49]

primário caracteriza uma Zona 1 e um grau secundário caracteriza uma Zona 2. Esta regra geral pode
ser modificada, considerando o grau de diluição e a disponibilidade de ventilação, que podem resultar
em uma classificação mais ou menos severa (ver 8.3, 8.4 e Anexo D).

8.3 Influência da diluição

A efetividade da ventilação ou do grau de diluição deve ser considerada para estabelecer o tipo de zona.

Um grau de diluição médio resulta geralmente nos tipos de zonas determinados com base nos tipos
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de fontes de liberação anteriormente indicados. Um grau de diluição alto permite uma classificação
menos severa, por exemplo, Zona 1 em vez de Zona 0, Zona 2 em vez de Zona 1 e até mesmo uma
zona de extensão desprezível em alguns casos. Por outro lado, um grau de diluição baixo necessita
de uma classificação mais severa (ver Anexo D).

8.4 Influência da disponibilidade de ventilação

A disponibilidade de ventilação tem uma influência sobre a presença ou formação de uma atmosfera
explosiva de gás e sobre o tipo de zona. À medida que a disponibilidade ou confiabilidade de ventilação
diminui, a probabilidade de não dispersar a atmosfera explosiva aumenta. A classificação da zona
tende a ser mais severa, ou seja, uma Zona 2 pode alterar para Zona 1 ou mesmo Zona 0. Orientações
sobre disponibilidade de ventilação são apresentadas no Anexo D.

As indicações para a disponibilidade de ventilação normalmente aplicadas são descritas em C.3.7.1.

NOTA Combinar os conceitos da efetividade e disponibilidade de ventilação resulta em um método


qualitativo para avaliação do tipo de zona. Para informações adicionais, ver Anexo D.

9 Extensões das zonas


A extensão da zona depende da distância estimada ou calculada sobre a qual uma atmosfera explosiva
exista, antes que esta atmosfera explosiva se disperse para um valor de concentração em ar abaixo
do seu limite inferior de inflamabilidade. Quando da avaliação da extensão dos limites de classificação
de áreas com relação à dispersão do gás ou vapor antes da diluição a um nível abaixo do seu limite
inferior de inflamabilidade, é recomendado consultar um especialista.

É recomendado sempre considerar a possibilidade de que um gás mais pesado do que o ar pode fluir
para o interior de áreas abaixo do nível do solo (por exemplo, em poços ou depressões) e que um gás
que seja mais leve do que o ar pode ser acumulado em um nível superior (por exemplo, no espaço
sob um telhado).

Nos locais onde a fonte de liberação esteja situada fora da área sob consideração ou em uma área
adjacente, o ingresso de uma quantidade significativa de gás ou vapor inflamável para esta área pode
ser evitada por meios adequados, como:

a) barreiras físicas; ou

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

b) manutenção de uma sobrepressão suficiente na área em relação à área classificada adjacente,


desta forma evitando o ingresso da atmosfera explosiva de gás;

c) ventilando a área com ar limpo ou com um gás de proteção não inflamável, como nitrogênio ou
gás carbônico, com vazão e pressão positiva suficientes para reduzir a concentração de qualquer
gás ou vapor inflamável inicialmente presente em uma concentração não inflamável.
[763.650.690-49]

NOTA Exemplos de barreiras físicas são paredes sólidas sem aberturas ou outros tipos de obstruções
que limitem a passagem do gás ou vapor na pressão atmosférica, evitando que um gás ou vapor inflamável
em quantidade significante entre nesta área.

A extensão da zona necessita da avaliação de diversos parâmetros químicos e físicos, sendo alguns
dos quais propriedades intrínsecas das substâncias inflamáveis; outros são específicos da aplicação
(ver também as Seções 6, 7 e 8).

Para liberações quando somente um pequeno volume for disponível para ser liberado, uma distância
reduzida pode ser aceitável para uma ocorrência de liberação. Muitas das recomendações dos
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Anexos C e D não são aplicáveis em caso de quantidades pequenas.

Sob certas condições, gases ou vapores mais pesados que o ar podem se comportar como uma
liberação de um líquido, espalhando para locais baixos no solo, pelos sistemas de drenagem ou
canaletas da planta, e causar uma ignição em pontos remotos da origem de liberação, desta forma
colocando em risco uma grande área da planta (ver B.6). É recomendado que o arranjo da planta,
sempre que possível, seja projetado de forma a promover uma rápida dispersão de atmosferas
explosivas de gases inflamáveis.

Uma área com ventilação restrita (por exemplo, em pontos baixos ou canaletas), que de outra forma
seria considerada Zona 2, pode exigir a classificação como Zona 1. Por outro lado, para pequenas
depressões utilizadas para as áreas de bombeamento ou de tubulações, este tratamento rigoroso
pode não ser necessário.

10 Documentação
10.1 Generalidades
É recomendado que as etapas a serem executadas para a classificação de áreas, bem como as
informações e os critérios utilizados, sejam totalmente documentados. É recomendado que a
documentação de classificação de áreas seja atualizada e indique o método utilizado, bem como seja
sempre revisada devido a qualquer alteração da planta ou do processo. É recomendado que todas as
informações aplicáveis utilizadas sejam referenciadas. Exemplos de tais informações ou de métodos
de classificação de áreas utilizados incluem:

a) condições de processo e operação;

b) recomendações de códigos industriais e de normas aplicáveis;

c) características e cálculos da dispersão de gás e vapor;

d) estudos das características de ventilação em relação aos parâmetros de liberação do material


inflamável, de forma que a efetividade da ventilação possa ser avaliada;

e) quaisquer limitações ou bases da avaliação que possam influenciar a classificação de áreas, por
exemplo, para conjuntos de equipamentos pré-montados e pré-ensaiados, quando instalados no
local definitivo;

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

f) propriedades de todas as substâncias utilizadas na planta (ver ABNT NBR ISO/IEC 80079-20-1),
que podem incluir:

● massa molar

● ponto de fulgor
[763.650.690-49]

● ponto de ebulição

● temperatura de ignição

● pressão de vapor

● densidade de vapor

● limites de inflamabilidade
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● grupo do equipamento e classe de temperatura

As fontes de informações (códigos industriais, normas nacionais ou cálculos) precisam ser registradas
de forma que, nas revisões posteriores, a filosofia adotada esteja clara para as pessoas envolvidas
com a classificação de áreas.

10.2 Desenhos, listas de dados e tabelas

Convém que os documentos de classificação de área, que podem ser em papel ou meio eletrônico,
incluam plantas e elevações ou modelos tridimensionais, conforme apropriado para a instalação.

Os possíveis formatos de cópia impressa para a lista de substâncias são indicados na Tabela A.1 e, para
o registro dos resultados do estudo de classificação de áreas e quaisquer alterações subsequentes,
são indicados na Tabela A.2.

Os desenhos devem incluir planos e elevações ou apresentação tridimensional, conforme apropriado,


que mostrem o tipo e a extensão das zonas, grupo de equipamentos, temperatura de autoignição ou
classe de temperatura.

Quando a topografia de uma área influenciar na extensão das zonas, é necessário que isto seja
documentado.

É necessário que sejam incluídos nos documentos outras informações aplicáveis, como:

a) localização e identificação das fontes de liberação. Para plantas grandes e complexas ou áreas
de processo, pode não ser prático relacionar ou numerar todas as fontes de liberação, caso em
que métodos simplificados podem ser utilizados conforme descrito em 5.4;

b) posição das aberturas em edificações (por exemplo, portas, janelas e entradas e saídas de ar
para ventilação).

Os símbolos de classificação de área indicados na Figura A.1 são os preferenciais. Uma legenda dos
símbolos deve sempre ser indicada em cada desenho. Diferentes símbolos podem ser necessários
onde múltiplos grupos de equipamentos ou classes da temperatura são aplicáveis dentro do mesmo
tipo de zona (por exemplo, Zona 2 IIC T1 e Zona 2 IIA T3).

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Anexo A
(informativo)

Sugestão de apresentação para a classificação de áreas


[763.650.690-49]

A.1 Áreas classificadas – Símbolos preferenciais para as zonas


A Figura A.1 indica os símbolos preferenciais para as zonas de áreas classificadas contendo gases
inflamáveis.
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Zona 0

Zona 1

Zona 2

Figura A.1 – Símbolos preferenciais para as zonas de áreas classificadas

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Tabela A.1 – Lista de dados para a classificação de áreas – Parte 1: Lista e características das substâncias inflamáveis

28
Desenho(s) de
Planta:
referência:
Área:
_____________

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Substância inflamável Volatilidade LII/LSI Características Ex

Qualquer outra
Índice
informação ou
Massa politrópico Ponto Ponto Pressão
Densidade Temperatura observação
molar de de de de vapor Vol. Grupo de Classe de
Nome Composição relativa de ignição (kg/m3) aplicável
expansão fulgor ebulição a 20 °C (%) equipamento temperatura
(kg/ gás/ar (°C) Exemplo:
ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

kmol) adiabática (°C) (°C) (kPa)


referência da
γ
informação
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a Geralmente, o valor da pressão de vapor é conhecido, porém, quando não informado, o ponto de ebulição pode ser utilizado.

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A.2 –
Tabela Tab la Lista
A 2 – de
istadados para
de dados a classificação
para de áreas
class ficação de reas – –
PaParte
e 2 2:
is Lista das fontes
a das font de liberação
s de libera ão
Planta: Desenhos de
Área: referência:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Fonte de liberação Substância inflamável Ventilação Área classificada Qualquer


outra
Temperatura
Taxa de Característica Extensão da zona informação
Grau de e pressão Grau de Zona
Descrição Localização l beração da l beração Referência b Estado c Tipo d Disponibilidade (m) Referência f ou
l beração a de operação diluição e 0,1,2 observação
(kg/s) (m3/s)
(°C) (kPa) Vertical Horizontal aplicável

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a C – Contínuo; P – Primário; S – Secundário
b Indicar o número do item apresentado na parte 1 da Tabela A.1 (Lista e características das substâncias inflamáveis)
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c G – Gás; L – Líquido; GL – Gás liquefeito; S – Sólido


d N – Natural; AG – Artificial geral; AL – Artificial local
e Ver Anexo C.
f Se utilizado, informar o código ou o cálculo de referência.
[763.650.690-49]

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A.2 Sugestão de formatos para áreas classificadas


As Figuras A.2 a A.5 são algumas formas sugeridas de áreas classificadas, de acordo com os
formulários de liberação descritos em B.6, e podem ser utilizadas para a elaboração dos desenhos
de classificação de áreas. Não são considerados os efeitos do choque da liberação contra obstáculos
e a influência topográfica. A área classificada gerada por uma fonte de liberação pode resultar em
combinação de diferentes formatos.
[763.650.690-49]

Da Figura A.2 a Figura A.5:

FL é a fonte de liberação
r é a extensão principal da área classificada a ser estabelecida, considerando a extensão do risco estimada;
r’, r” são a extensão secundária da área classificada a ser estabelecida, considerando o comportamento da
liberação;
h representa as distâncias entre a fonte de liberação até o solo ou até uma superfície abaixo da fonte.
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r r

r
r

FL
FL
r

ou

Figura A.2 – Gás ou vapor a baixa pressão (ou a alta pressão,


em caso de direção de liberação não previsível)

r'' r''
Direção da liberação
Direção da liberação

r
r

FL
r'

FL
r'

ou
Figura A.3 – Gás ou vapor em alta pressão

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FL
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Gotejamento
Soloh

NOTA Poças geralmente não são formadas em casos de gotejamento.


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Figura A.4a) Gás ou vapor inflamável (liquefeito sob pressão ou por resfriamento)
r1

FL1
Gotejamento
h

r2

FL2
Solo

r2

NOTA Uma poça pode ser formada em caso de gotejamento. Neste caso, uma fonte de liberação adicional
pode ser considerada.

Figura A.4b) Gás ou vapor inflamável (liquefeito sob pressão ou por resfriamento) com gotejamento

Figura A.4 – Gás liquefeito


r'

FL
Solo
r

NOTA A fonte de gotejamento de substância inflamável não é indicada.

Figura A.5 – Líquido inflamável (poça evaporativa abaixo do ponto de ebulição)

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Anexo B
(informativo)

Estimativa de fontes de liberação


[763.650.690-49]

B.1 Símbolos
Ap área da superfície da poça (m2);

Cd coeficiente de descarga (adimensional) que é característico do orifício de liberação e que considera


os efeitos de turbulência e viscosidade, com valores típicos para orifícios com cantos vivos entre
0,5 e 0,75 e com cantos arredondados entre 0,95 e 0,99;
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cp calor específico à pressão constante (J/kg K);

γ índice politrópico de expansão adiabática ou razão dos calores específicos (adimensionais);

M massa molar de gás ou vapor (kg/kmol);

p pressão interna do recipiente (Pa);

Δp pressão diferencial no orifício de liberação (Pa);

pa pressão atmosférica (101 325 Pa);

pc pressão crítica (Pa);

pv pressão de vapor do líquido à temperatura T (Pa);

Qg vazão volumétrica do gás inflamável oriundo da fonte de liberação (m3/s);

R constante universal dos gases (8 314 J/kmol K);

ρ densidade do líquido (kg/m3);

ρg densidade do gás ou vapor em condições do ambiente (kg/m3);

S seção transversal do orifício equivalente pela qual o fluido é liberado (m2);

T temperatura do fluido, gás ou líquido (K);

Ta temperatura ambiente (K);

uw velocidade do vento na superfície da poça líquida (m/s);

W taxa de liberação de líquido (massa por tempo, kg/s);

We taxa de evaporação de líquido (kg/s);

Wg taxa mássica de liberação de gás (kg/s);

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Z fator de compressibilidade (adimensional).

NOTA BRASILEIRA Embora nos exemplos de taxas de liberação indicados a seguir sejam mencionadas
variáveis com unidades diversas, como mm2, bar, kPa, ºC, m3/h e %, nas equações pertinentes devem ser
utilizadas as unidades do sistema métrico: m2, Pa (N/m2), K, m3/s e v/v.
[763.650.690-49]

B.2 Exemplos de graus de liberação

B.2.1 Generalidades
Os exemplos indicados em B.2.2 a B.2.4 não foram concebidos com o propósito de serem rigidamente
aplicados e precisam de adaptação a determinado equipamento de processo e situação específica.
É preciso considerar o fato de que determinados equipamentos possuem mais de uma fonte de liberação.

É necessário que os valores para os parâmetros da equação sejam selecionados de forma a proporcionar
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o nível adequado de conservacionismo, considerando quaisquer incertezas. Com base neste critério,
não são indicados valores específicos de segurança.

B.2.2 Fontes de liberação de grau contínuo


São indicados a seguir alguns exemplos típicos:

a) superfície de um líquido inflamável armazenado em um tanque de teto fixo com liberação


permanente para a atmosfera;

b) superfície de um líquido inflamável que está aberta continuamente para a atmosfera ou por longos
períodos.

B.2.3 Fontes de grau de liberação primário


São indicados a seguir alguns exemplos típicos:

a) Selagem de bombas (gaxetas), compressores ou válvulas em que são esperadas liberações de


substâncias inflamáveis em operação normal.

b) Drenos de água em vasos que armazenam gases ou líquidos inflamáveis que podem liberar
substâncias inflamáveis para a atmosfera por ocasião da drenagem de água em operação normal.

c) Pontos de amostragem em que é esperada a liberação de substâncias inflamáveis para a atmosfera


em operação normal.

d) Válvulas de pressão e vácuo, alívio ou outras aberturas em que é esperada a liberação de substâncias
inflamáveis para a atmosfera em operação normal.

B.2.4 Fontes de liberação de grau secundário


São indicados a seguir alguns exemplos típicos:

a) Selos de bombas, compressores e válvulas em que não é esperada liberação de substâncias


inflamáveis em operação normal.

b) Flanges, conexões ou acessórios de tubulação rosqueados em que não é esperada liberação de


substâncias inflamáveis em operação normal.

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c) Pontos de amostragem em que não é esperada a liberação de substâncias inflamáveis para


a atmosfera em operação normal.

d) Válvulas de pressão e vácuo, alívio ou outras aberturas em que não é esperada a liberação de
substâncias inflamáveis para a atmosfera em operação normal.
[763.650.690-49]

B.3 Avaliação dos graus de liberação


Uma avaliação equivocada dos graus de liberação pode comprometer o resultado de todo o trabalho.
Embora os graus de liberação sejam estabelecidos (ver 3.4.2, 3.4.3 e 3.4.4), na prática nem sempre
é fácil a distinção entre eles.

Para exemplificar, é usualmente admitido que toda a liberação que não ocorra em operação normal
seja considerada liberação secundária e que a sua duração seja geralmente desprezada. No entanto,
o conceito de liberação secundária é também com base na suposição de que a liberação ocorra
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em curtos períodos. Isto implica no fato de que uma liberação seja detectada imediatamente após
o seu início e que medidas mitigadoras sejam adotadas tão rápido quanto possível. Esta suposição
considera a premissa de que existe monitoramento e manutenção periódicos nos equipamentos
e instalações.

Obviamente, se não houver monitoramento periódico e a manutenção for insuficiente, as liberações


podem ter duração de horas, ou até dias, até que sejam identificadas. Esta demora na detecção não
significa que os graus de liberação sejam considerados primários ou contínuos. Existem instalações
remotas não assistidas nas quais liberações podem ocorrer sem identificação por longos períodos,
mas, mesmo assim, é recomendado que estas instalações sejam monitoradas e inspecionadas em
intervalos de tempo regulares. Diante do exposto, a avaliação do grau da liberação deve ser realizada
de forma cuidadosa, adotando como base as instruções dos fabricantes, regulamentos, protocolos
e boas práticas de engenharia. Não é recomendado que a classificação de áreas seja estabelecida
ou revisada sob critérios mais rigorosos devido a práticas deficientes de manutenção, porém, ao
contrário, o usuário deve estar ciente de que práticas inadequadas de manutenção podem comprometer
os conceitos estabelecidos na classificação de áreas.

Existem muitas situações nas quais as liberações podem ser aparentemente enquadradas como grau
primário. No entanto, ao ser verificada a natureza da liberação, pode-se concluir que ela ocorre com
uma frequência de tal forma acentuada e imprevisível, que se torna impraticável assumir razoavelmente
que uma mistura explosiva não venha a ocorrer nas proximidades da fonte de liberação. Nestes
casos, o estabelecimento do grau contínuo de liberação pode vir a ser mais adequado. Portanto,
o estabelecimento do grau contínuo de liberação implica não somente na existência de liberações
contínuas, mas também em liberações que ocorram com muita frequência (ver 3.4.2).

B.4 Combinação de fontes de liberações


Em áreas internas, nas quais existem mais de uma fonte de liberação, estas fontes precisam ser
combinadas antes que o grau de diluição e a concentração preexistente sejam estabelecidos, para
que sejam determinados o tipo e a extensão de zonas.

Uma vez que o grau de liberação contínuo, por definição, possui liberação contínua ou por longo
período, é recomendado que todas as fontes de liberação de grau contínuo sejam consideradas.

As liberações de fontes de grau primário ocorrem em operação normal, porém não é esperado que
todas as fontes liberem ao mesmo tempo. É recomendado que o conhecimento e a experiência da

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instalação sejam considerados para determinar o número máximo de fontes de liberação primário que
podem liberar simultaneamente nas piores condições.

Não é esperado que as liberações de fontes de grau secundário ocorram em operação normal e não
é esperado que todas liberem ao mesmo tempo; desta forma, é recomendado que somente a fonte de
maior liberação seja considerada.
[763.650.690-49]

O somatório das fontes de liberação com atividades regulares (ou seja, previsíveis) deve ser estabelecido
com base em análise detalhada das condições operacionais. Para determinar o somatório de fontes
de liberação (mássica e volumétrica):

● a liberação total das fontes de liberação contínuas é a soma de todas as liberações contínuas
individuais,

● a liberação total das fontes de liberação primária é a soma das liberações primárias das fontes
individuais consideradas, combinadas com a liberação total das liberações contínuas,
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● a liberação total das fontes de liberação secundárias é a maior fonte de liberação secundária
individual considerada, combinada com a liberação total das fontes de liberação primárias.

Nos casos em que a mesma substância inflamável for liberada por todas as fontes de liberação, então
as taxas de liberação (mássica e volumétrica) podem ser somadas diretamente.

No entanto, quando as liberações são de diferentes substâncias inflamáveis, a situação se torna


mais complexa. Na determinação do grau de diluição (ver Figura C.1), as características da liberação
devem ser determinadas para cada substância inflamável antes de serem somadas. É recomendado
que seja utilizado o maior valor da fonte de liberação secundária.

Na determinação da concentração preexistente (ver Equação C.1), as taxas de liberação volumétricas


podem ser somadas diretamente. A concentração crítica, com qual a concentração preexistente
é comparada, é um valor percentual do LII. Como existe um número de diferentes substâncias
inflamáveis sendo liberadas, é recomendado que o LII combinado seja utilizado como referência.

Em geral, é recomendado que as fontes de liberação contínuas e primárias não sejam localizadas
em área com baixo grau de diluição. Neste caso, é recomendado realocar as fontes de liberação,
melhorar a ventilação ou reduzir o grau de liberação.

B.5 Área equivalente a um furo da fonte de liberação


O fator mais significativo a ser estimado em um sistema é a área equivalente a um furo da fonte de
liberação. Este fator determina a taxa de liberação da substância inflamável e, eventualmente, o tipo
e a extensão da zona.

A taxa de liberação é proporcional ao quadrado do raio de uma área equivalente a um furo. Uma
subestimativa modesta da área do furo equivalente à liberação acarreta uma subestimativa grosseira
do valor calculado da taxa de liberação fugitiva, o que deve ser evitado. Uma superestimativa da área
equivalente a um furo conduz a cálculos conservadores, o que é aceitável por razões de segurança,
embora seja conveniente que o grau de conservadorismo seja limitado, porque geralmente resulta em
extensões de zonas superdimensionadas. É recomendada uma abordagem cuidadosa para estimar
a área do furo equivalente à liberação fugitiva.

NOTA Embora sejam utilizados os termos “área equivalente a um furo” ou “diâmetro do furo”, a maioria
das aberturas (“furos”) não intencionais não são redondas. Nestes casos, o coeficiente de descarga é utilizado
como um fator de compensação para reduzir a taxa de liberação, para ser equivalente à área de um furo.

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Para graus de liberação contínuos e primários, as áreas equivalentes a um furo são estabelecidas
pela dimensão e pelo formato do orifício de liberação, por exemplo, válvulas de pressão e vácuo onde
o gás é liberado em condições relativamente previsíveis. Um guia das áreas equivalentes a um furo,
para o grau de liberação secundária, é indicado na Tabela B.1.

Tabela B.1 – Sugestão de áreas equivalentes a um furo para fontes de liberações de grau
[763.650.690-49]

secundário (continua)
Considerações de liberação
Valores Valores típicos para
Valores
típicos para as as condições em
típicos para as
condições em que a abertura de
condições em
Tipo de item Item que a abertura liberação pode variar
que a abertura
pode variar, até uma falha severa,
de liberação
por exemplo, por exemplo,
não varia
erosão “blow-out”
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S (mm2) S (mm2) S (mm2)


(seção entre dois
Flanges com parafusos)
junta de
×
vedação do ≥ 0,025 até 0,25 > 0,25 até 2,5
(espessura da junta da
tipo gaxeta ou
vedação) geralmente
similar
≥ 1 mm
(seção entre dois
Flanges com parafusos)
Elementos juntas de
vedação do tipo 0,025 0,25 ×
de vedação
espirometálicas (espessura da junta da
entre partes
ou similar vedação) geralmente
fixas
≥ 0,5 mm
Juntas do tipo
RTJ (Ring Type 0,1 0,25 0,5
Joint)
Conexões
com pequeno
≥ 0,025 até 0,1 > 0,1 até 0,25 1,0
diâmetro, até
50 mm a
A ser estabelecido
Elementos de acordo com os
Alojamentos dos
de vedação 0,25 2,5 dados do fabricante do
eixos de válvula
de partes equipamento, porém
móveis não inferior a 2,5 mm2 d
de baixa Válvulas
velocidade 0,1 x (seção do
de alívio de NA NA
orifício)
pressão b

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Tabela B.1 (conclusão)


Considerações de liberação
Valores Valores típicos para
Valores
típicos para as as condições em
típicos para as
condições em que a abertura de
condições em
[763.650.690-49]

Tipo de item Item que a abertura liberação pode variar


que a abertura
pode variar, até uma falha severa,
de liberação
por exemplo, por exemplo, “blow-
não varia
erosão out”
S (mm2) S (mm2) S (mm2)
A ser estabelecido
Elementos de acordo com os
de vedação dados do fabricante
de partes Bombas e do equipamento ou
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NA ≥ 1 até 5
móveis compressores c da configuração da
de alta unidade de processo,
velocidade porém não inferior a
5 mm2 d, e
a As seções nominais sugeridas das áreas equivalentes a um furo para juntas do tipo RTJ, conexões
roscadas, juntas de compressão (por exemplo, acessórios metálicos de compressão) e juntas de encaixe
rápido em tubulações com pequenos diâmetros.
b Esta parte do equipamento não se refere às aberturas completas da válvula, mas a diversas liberações
devido a mau funcionamento dos componentes da válvula. Aplicações específicas podem necessitar da
seleção de uma área equivalente a um furo maior do que o sugerido.
c Compressores alternativos – A carcaça do compressor e os seus cilindros são geralmente partes do
equipamento que não liberam, exceto as gaxetas do eixo do pistão e as diversas conexões de tubulação
do sistema do processo.
d Dados do fabricante do equipamento – É requerida informação do fabricante do equipamento para a
avaliação do efeito, em caso de uma falha prevista (por exemplo, a disponibilidade de um desenho com
detalhes aplicáveis aos dispositivos de selagem).
e Configuração da unidade de processo – Em determinadas circunstâncias (por exemplo, no projeto básico),
uma análise operacional para estabelecer a taxa máxima de liberação aceitável da substância inflamável
pode compensar a falta de dados do fabricante do equipamento.
NOTA Outros valores típicos ou recomendações sobre erosão e condições de falhas podem também ser
encontrados em códigos industriais ou em normas estrangeiras para aplicações específicas.

Valores baixos de uma faixa de operação podem ser selecionados, para condições ideais, onde
a probabilidade de falha é baixa, por exemplo, com taxas de operação bem abaixo dos parâmetros de
projetos. É recomendado que valores altos de uma faixa de operação sejam selecionados, quando as
condições operacionais se aproximarem das condições de projeto, e que existam condições adversas,
como vibrações, variações de temperatura, condições ambientais desfavoráveis ou contaminação
de gases, que possam aumentar a probabilidade de falha. Geralmente instalações desassistidas
precisam de considerações especiais para evitar cenários de falhas severas. É recomendado que
a base para seleção de uma área equivalente a um furo seja adequadamente documentada.

B.6 Formas de liberação


A Figura B.1 ilustra a natureza geral de diferentes formas de liberações.

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Figura B.1 – Tipos de liberação

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B.7 Taxa de liberação

B.7.1 Generalidades

A taxa de liberação depende de parâmetros como:


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a) Natureza e tipo de liberação

Os parâmetros estão relacionados com as características físicas da fonte de liberação, por


exemplo, uma superfície aberta, liberação do flange etc.

b) Velocidade de liberação

Para determinada fonte de liberação, a taxa de liberação aumenta com o aumento da pressão.
Para uma liberação subsônica do gás, a velocidade de liberação está relacionada com a pressão
do processo. O tamanho da nuvem de gás ou vapor inflamável é determinado pela taxa de
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liberação do gás ou vapor e pela taxa de diluição. Gases e vapores que escoam de uma liberação
a altas velocidades carreiam o ar e podem ser autodiluidores. A extensão de uma atmosfera
explosiva de gás pode ser quase que independente da vazão de ar. Se a substância for liberada
a baixa velocidade, ou se a sua velocidade for reduzida devido à colisão com objeto sólido, ela
é carreada pela vazão de ar e a sua diluição e extensão dependem desta vazão de ar.

c) Concentração

A massa da substância inflamável liberada aumenta com a concentração do vapor ou gás


inflamável da mistura liberada.

d) Volatilidade de um líquido inflamável

Está relacionada principalmente com a pressão do vapor e a entalpia (calor) da vaporização.


Caso a pressão de vapor não seja conhecida, o ponto de ebulição e o ponto de fulgor podem ser
utilizados como orientação.

Uma atmosfera explosiva pode não existir se o ponto de fulgor estiver acima da temperatura
máxima do líquido inflamável (ver NOTA 1). Quanto menor for o ponto de fulgor, maior pode ser
a extensão da zona. No entanto, se a substância inflamável for liberada de maneira a formar
uma névoa (por exemplo, por lançamento de um spray), uma atmosfera explosiva pode vir a ser
formada abaixo do ponto de fulgor da substância.

NOTA 1 Dados relativos aos valores de ponto de fulgor oriundos de tabelas e experimentos
publicados podem não ser exatos e possuir variações. A menos que os valores do ponto de fulgor sejam
reconhecidamente exatos, alguma margem de erro é permitida. Margens de ± 5 °C para líquidos puros
ou maiores para misturas não são incomuns.

Existem dois métodos de ensaios do ponto de fulgor: vaso aberto e vaso fechado. É recomendado
utilizar o método de vaso fechado para líquidos que operam em equipamentos fechados ou
para obter uma abordagem mais conservadora. Para líquidos inflamáveis que operam expostos
à atmosfera, o método de vaso aberto pode também ser utilizado.

NOTA 2 Alguns líquidos não possuem ponto de fulgor (por exemplo, hidrocarbonetos halogenados),
embora estejam aptos a produzirem atmosferas explosivas de gás. Nestes casos, a temperatura de
equilíbrio do líquido que corresponde à concentração saturada ao limite inferior de inflamabilidade deve
ser comparada com a temperatura máxima que o líquido pode atingir durante o processo.

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e) Temperatura do líquido

O aumento da temperatura do líquido acarreta o aumento da pressão de vapor, que gera o


aumento da taxa de evaporação.

A temperatura do líquido pode ser aumentada depois de este ser liberado, por exemplo, por uma
superfície quente ou devido a uma temperatura ambiente alta. No entanto, a vaporização resfria o
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líquido até que seja alcançada uma condição de equilíbrio, com base no montante de energia de
entrada e na entalpia do líquido.

B.7.2 Estimativa da taxa de liberação

B.7.2.1 Generalidades

As equações e métodos de análise apresentados nesta subseção se aplicam somente às condições


estipuladas para cada subseção, não possuindo a intenção de serem aplicáveis a todas as instalações.
As equações também fornecem resultados indicativos, devido às restrições de tentativa de descrever
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assuntos complexos com modelos matemáticos simplificados. Outros modelos de cálculo podem
também ser adotados.

As equações indicadas a seguir indicam taxas de liberação aproximadas de líquidos e gases


inflamáveis. Adicionalmente, o refinamento da estimativa da taxa de liberação pode ser obtido se
forem consideradas as propriedades de quaisquer aberturas e a viscosidade do líquido ou gás.
A viscosidade pode reduzir significativamente a taxa de liberação, se o comprimento da passagem
for longo, se comparado com a área da abertura, pela qual a substância inflamável é liberada. Estes
fatores são geralmente considerados no coeficiente de descarga. (Cd ≤ 1).

O coeficiente de descarga Cd é um valor empírico obtido por uma série de experimentos para os casos
específicos de liberação e detalhes do orifício. Como resultado, Cd pode assumir diferentes valores
para cada caso particular de liberação. Um Cd maior do que 0,99 para itens com formas regulares de
áreas equivalentes a um furo, por exemplo, para válvulas de alívio, e 0,75 para orifícios irregulares
pode ser assumido como um nível de segurança aceitável, desde que não existam outras informações
mais detalhadas para a análise a ser elaborada.

Se Cd for aplicado para os cálculos, é recomendado que o valor aplicado seja referenciado a um guia
apropriado à aplicação.

B.7.2.2 Taxa de liberação de líquidos

A taxa de liberação de um líquido pode ser estimada de forma aproximada por meio de:

=W Cd S 2 ρ Δp (kg s) (B.1)

A taxa de vaporização da liberação de um líquido deve então ser determinada. As liberações de


líquidos podem assumir diversas formas. A natureza da liberação e o modo pelo qual o gás ou vapor
é gerado podem também depender de diversos fatores. Exemplos de liberações incluem:

a) Liberação de duas fases (por exemplo, liberação de líquido combinada com liberação de gás)

Líquidos como gás liquefeito de petróleo (GLP) podem incluir ambas as fases, líquida e gasosa,
tanto imediatamente antes como depois do orifício da liberação, por meio de uma variedade
de interações mecânicas ou termodinâmicas. Isto pode posteriormente conduzir à formação de
gotículas ou poças, as quais podem resultar em futura ebulição do líquido, contribuindo para
a formação da nuvem de vapor.

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b) Liberação de uma fase de líquido abaixo do ponto de fulgor

Para líquidos com pontos de ebulição superiores (acima das faixas atmosféricas), a liberação
inclui geralmente um componente líquido significativo, o qual pode evaporar perto da fonte de
liberação. A liberação pode também ser fragmentada em pequenas gotículas, como resultado
da ação da liberação de um jato. Qualquer vapor liberado depende da composição do jato da
liberação e da vaporização oriundas da fonte de liberação, de quaisquer gotículas ou da formação
[763.650.690-49]

de poças subsequentes.

Devido ao grande número de condições e variáveis, esta Norma não apresenta um método de
avaliação das condições de vapor de uma liberação de líquido. É recomendado que os usuários
selecionem cuidadosamente um modelo apropriado, considerando quaisquer limitações do
modelo ou aplicando uma abordagem conservativa apropriada para quaisquer resultados

B.7.2.3 Taxa de liberação de gás ou vapor


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B.7.2.3.1 Generalidades

As equações a seguir proporcionam estimativas razoáveis da taxa de liberação para gases. Caso a
densidade do gás fique próxima da densidade do gás liquefeito, pode ser necessário considerar a
liberação de duas fases, de acordo com B.7.2.2.

A taxa de liberação do gás oriundo de um dispositivo para armazenamento ou transporte (contêiner)


pode ser estimada adotando como base a expansão adiabática de um gás ideal, se a densidade do
gás pressurizado for muito menor do que a densidade do gás liquefeito.

A velocidade do gás é considerada restringida (sônica) quando a pressão p no interior de um contêiner


de gás for superior à pressão crítica pc.

A pressão crítica é determinada pela seguinte equação:


γ + 1 γ ( γ - 1)
pc = pa  (Pa) (B.2)
 2 
M cp
Para gases ideais, a equação γ = pode ser utilizada
M cp − R
NOTA Para a maioria dos gases, pc é aproximadamente 1,89 pa e pode ser utilizado com a finalidade
de estimativas iniciais. As pressões críticas são geralmente baixas, quando comparadas às pressões de
operação encontradas na maioria dos processos industriais atuais. Pressões abaixo da pressão crítica são
geralmente encontradas em terminais de redes de distribuição de gás, que abastecem equipamentos com
chama, como aquecedores, fornos, reatores, incineradores, vaporizadores, geradores de vapor, caldeiras
e outros equipamentos de processos. Estas pressões podem também ser encontradas em tanques de
armazenamento atmosféricos com sobrepressões moderadas (usualmente até 50 kPa).

Nas equações seguintes, foi considerado o fator de compressibilidade de 1,0 para gases ideais. Para
gases reais, o fator de compressibilidade apresenta valores acima ou abaixo de 1,0, dependendo do
tipo de gás em questão, pressão e temperatura. Para baixas e médias pressões, Z = 1,0, ele pode
ser utilizado como uma aproximação aceitável e pode ser conservativo. Para pressões mais altas, por
exemplo, acima de 50 bar, e onde for necessária maior exatidão, é recomendada a utilização do fator
real de compressibilidade. Os valores dos fatores de compressibilidade podem ser encontrados em
bancos de dados de propriedades dos gases.

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B.7.2.3.2 Taxa de liberação de gás com velocidade não restringida (liberações subsônicas)

Velocidade subsônica do gás é a velocidade de descarga abaixo da velocidade do som para um gás
específico.

A taxa de liberação de gás oriundo de um equipamento de processo, recipiente ou contêiner, caso


a sua velocidade seja subsônica, pode ser estimada pela seguinte equação:
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( γ − 1) / γ  1/ γ
M 2γ   pa   pa 
Wg Cd S p 1−     (kg/s) (B.3)
Z RT γ − 1   p   
 p

A taxa volumétrica de gás (m3/s) é igual a:


Wg
Qg =
ρg
(m3 s) (B.4)

onde
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p M
ρg = a é a densidade do gás ou massa específica (kg/m3);
R Ta

NOTA Quando a temperatura do gás no ponto de liberação pode estar abaixo da temperatura ambiente, Ta
é geralmente utilizada como sendo igual para a temperatura do gás, com o objetivo de facilitar a aproximação
dos cálculos.

B.7.2.3.3 Taxa de liberação com velocidade de gás restringida (liberações sônicas)

A velocidade sônica do gás (ver B.7.2.3) é igual à velocidade do som para o gás. Esta se constitui na
velocidade máxima teórica de descarga.

A taxa de liberação de gás oriundo de um equipamento de processo, recipiente ou contêiner, caso


a sua velocidade seja sônica, pode ser calculada pela seguinte equação:
( γ + 1) ( γ + 1)
M  2  (B.5)
= Wg Cd S p γ (kg/s)
Z RT  γ + 1

B.7.3 Taxas de liberação em evaporação de poças

As evaporações de poças podem ser resultado de liberação ou gotejamento de líquidos, mas também
de parte de sistemas de processo quando líquidos inflamáveis são armazenados ou processados em
um vaso aberto. A avaliação indicada nesta Seção não se aplica às evaporações de poças formadas
por somente uma única camada fina de líquidos, uma vez que não são considerados os fatores
específicos que podem ser aplicáveis a estes casos, como as variáveis termodinâmicas da superfície
na qual o líquido é esparramado.

NOTA 1 Uma poça gerada por uma falha catastrófica não é parte do escopo desta Norma (ver Seção 1).

São adotadas as seguintes premissas para a aplicação das equações indicadas a seguir:

● Não ocorrer mudança de fase e a pluma estar na temperatura ambiente (mudanças de fase e
temperatura podem causar variações nas taxas de dispersão e evaporação).

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● Assumir que a substância inflamável tenha uma pressão de vapor relativamente baixa,
consequentemente, uma baixa concentração na superfície da poça, e que a mistura ar/vapor
possua flutuabilidade neutra.

● Líquidos formam rapidamente uma poça com profundidade nominal de 1 cm.

● Poças são passíveis de evaporar sob condições atmosféricas.


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Desta forma, a taxa de evaporação pode ser calculada pela seguinte equação:
0,78
18, 3 × 10 −3 uw Ap pv M 0,667
We = (kg s) (B.6)
R ×T
NOTA 2 O documento de origem desta equação é o U.S. Environmental Protection Agency, Office for Solid
Waste and Emergency Response, Risk management program for offside analysis, Appendix D, April 15 1999.

NOTA 3 A pressão de vapor pode ser estimada por meio de vários métodos, por exemplo, pela equação de
Antoine.
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NOTA 4 É considerado que a pressão de vapor na temperatura de ebulição é de 101 325 Pa.

Uma vez que a densidade ou massa específica do vapor em (kg/m3) é:


p M
ρg = a ( kg m3 )
RTa

A taxa de evaporação volumétrica em (m3/s) é aproximadamente:


0,78
18,15 × 10 −8 uw Ap pv T
Qg ≈ × a ( m3 s) (B.7)
M 0,333 T
NOTA 5 Uma vez que pv aumenta com a temperatura do líquido, então a taxa de evaporação aumenta com
o aumento de T.

Se for assumido que a área da superfície da poça é de 1,0 m2, a velocidade do vento na superfície
da poça é de 0,25 m/s e a temperatura do líquido é igual à temperatura ambiente, então a taxa de
evaporação volumétrica em (m3/s) é calculada por:
6,15 × 10 −8 pv 3
Qg ≈
M 0,333
( m s) (B.8)

É recomendado que a área real da poça seja considerada com base na quantidade de líquido
esparramado e nas condições locais, como inclinações e contenções do local do derramamento.

A velocidade do vento considerada na avaliação da taxa de evaporação deve ser consistente com
as velocidades do vento utilizadas nos cálculos posteriores para a estimativa do grau de diluição (ver
C.3.4). É necessário enfatizar que, com o aumento na velocidade do vento, aumenta a evaporação,
porém, ao mesmo tempo, isso contribui para a diluição do gás ou vapor inflamável.

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Figura B.2 – Taxa de evaporação volumétrica de líquidos


O gráfico da Figura B.2 é com base na Equação B.8. Os valores do eixo vertical se referem a uma
área da superfície da poça de 1,0 m2. Desta forma, a taxa de evaporação é obtida pela multiplicação
do valor indicado no eixo vertical pela área real da superfície da poça.

A velocidade do vento de 0,25 m/s é típica de locais com condições meteorológicas calmas, logo acima
do nível do solo. Geralmente, esta velocidade representa o caso mais desfavorável em relação à taxa
de dispersão do vapor, porém não representa o pior caso no que diz respeito à taxa de evaporação.

É recomendado, para o valor da pressão de vapor no eixo horizontal, que seja considerada
a temperatura do líquido correspondente.

NOTA 6 Esta Figura é somente válida para pressão atmosférica ao nível do mar.

B.8 Liberação a partir de aberturas em edificações

B.8.1 Generalidades

Em B.8.2 e B.8.3 são apresentados exemplos de aberturas em edificações ou paredes. Estes exemplos
não são destinados a serem rigidamente aplicados e, portanto, precisam ser adaptados para atender
às situações específicas.

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B.8.2 Aberturas como possíveis fontes de liberação

É recomendado que as aberturas entre as áreas sejam consideradas possíveis fontes de liberação.
O grau de liberação depende de:

● tipo de zona da área adjacente,


[763.650.690-49]

● frequência e duração do período das aberturas,

● efetividade das selagens ou juntas,

● diferença de pressão entre as áreas envolvidas.

B.8.3 Tipos das aberturas

Para os efeitos desta análise, as aberturas são definidas como A, B, C e D, com as seguintes
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características:

Tipo A

Aberturas que não atendem às características especificadas para os tipos B, C ou D, isto é:

● passagens abertas para acesso ou utilidades, como dutos ou tubulações em paredes, tetos e pisos;

● aberturas que são frequentemente abertas;

● saídas fixas de ventilação de ambientes e aberturas similares, como insufladores.

Tipo B

Aberturas que são geralmente fechadas (por exemplo, com fechamento automático), raramente
abertas e vedadas.

Tipo C

Aberturas que são geralmente fechadas (por exemplo, fechamento automático), raramente abertas
e providas de dispositivos de selagem (por exemplo, gaxetas) em torno de todo o seu perímetro; ou
duas aberturas do tipo B em série, possuindo, cada uma delas, dispositivos de fechamento automático
independente.

Tipo D

Aberturas que são efetivamente seladas, como em passagens de utilidades; ou aberturas normalmente
fechadas, de acordo com o tipo C, que podem ser abertas somente por meios especiais ou em situações
de emergência; ou uma combinação de uma abertura do tipo C adjacente a uma área classificada
e em série com uma abertura do tipo B.

A Tabela B.2 indica o efeito das aberturas sobre o grau de liberação quando uma zona de classificação
de áreas tiver sido estabelecida a montante daquela abertura.

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Tabela B.2 – Efeito das zonas de áreas classificadas nas aberturas


como possíveis fontes de liberação
Grau de liberação das
Zona a montante da
Tipo de abertura aberturas consideradas
abertura
fontes de liberação
[763.650.690-49]

A Contínuo
B (Contínuo)/primário
Zona 0
C Secundário
D Secundário/sem liberação
A Primário
B (Primário)/secundário
Zona 1
C (Secundário)/sem liberação
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D Sem liberação
A Secundário
B (Secundário)/sem liberação
Zona 2
C Sem liberação
D Sem liberação
Para os graus de liberação entre parênteses, é recomendado que a frequência de operação seja
considerada no projeto.

O grau de liberação de uma abertura também pode ser estabelecido por princípios básicos.

O grau de liberação a partir de uma abertura entre um ambiente interno, em área classificada e com
ventilação natural, e um ambiente externo, que pode ser considerado uma área classificada, é devido
ao mesmo grau de liberação da fonte que gera a classificação de áreas da área interna.

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Anexo C
(informativo)

Diretrizes sobre ventilação


[763.650.690-49]

C.1 Símbolos
A1 área efetiva da abertura no sentido contrário ao vento ou da abertura inferior, quando
aplicável (m2);

A2 área efetiva da abertura no mesmo sentido do vento ou da abertura superior, quando


aplicável (m2);
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Ae área efetiva equivalente para aberturas em ambos os sentidos do vento e na mesma


altura, ou para a abertura inferior, quando aplicável (m2);

C número de troca de ar no ambiente fechado (s–1);

ΔCp coeficiente de pressão característico da edificação (adimensional);

Cd coeficiente de descarga (adimensional), característico de grandes aberturas de


ventilação, entrada ou saída, considerando a turbulência e a viscosidade, normalmente
de 0,50 a 0,75;

f fator de ineficiência da ventilação (adimensional);

g aceleração devido à gravidade (9,81 m/s2);

H distância vertical entre os pontos centrais das aberturas inferior e superior (m);

LII limite inferior de inflamabilidade (v/v);

M massa molecular do gás ou vapor (kg/kmol);

pa pressão atmosférica (101 325 Pa);

Δp diferença de pressão, devido aos efeitos do vento ou da temperatura (Pa);

Qa vazão volumétrica do ar (m3/s);

Q1 vazão volumétrica do ar que adentra a edificação pelas aberturas (m3/s);

Qg vazão volumétrica do gás inflamável da fonte (m3/s);

Q2 = Q1 + Qg vazão volumétrica da mistura ar/gás de saída da edificação (m3/s);

QC liberação volumétrica característica da fonte (m3/s);

R constante universal dos gases (8 314 J/kmol K);

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ρa densidade do ar (kg/ m3);

ρg densidade do gás ou vapor nas condições do ambiente (kg/ m3);

Ta temperatura ambiente (K);


[763.650.690-49]

Tin temperatura interna (K);

Tout temperatura externa (K);

ΔT diferença entre as temperaturas interna e externa (K);

uw velocidade do vento a uma determinada altura de referência ou velocidade de ventilação


em determinadas condições de liberação, quando aplicável (m/s);

V0 volume sob consideração (edificação) (m3);


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Wg taxa de liberação mássica da substância inflamável (kg/s), para misturas; é recomendado


que somente a massa total da substância inflamável seja considerada;

Xb concentração preexistente (v/v);

Xcrit valor de projeto ou valor crítico da concentração da substância inflamável (v/v).

NOTA BRASILEIRA Embora nos exemplos de taxas de liberação indicados a seguir sejam mencionadas
variáveis com unidades diversas, como mm2, bar, kPa, °C, m3/h e %, nas equações pertinentes devem ser
utilizadas as unidades do sistema métrico: m2, Pa (N/m2), K, m3/s e v/v.

C.2 Generalidades
O objetivo deste Anexo é fornecer as diretrizes sobre a determinação do tipo de zonas pela avaliação
do tipo e da estimativa da extensão das liberações de gás ou vapor, e comparar esses fatores com
a dispersão e diluição destes gases ou vapores pela ventilação ou movimento do ar.

Deve ser ressaltado que as liberações podem assumir muitas formas e podem ser influenciadas por
muitas condições (ver B.6). Estas incluem:

● gases, vapores ou líquidos;

● ambientes fechados ou abertos;

● velocidades sônicas ou subsônicas de liberações fugitivas ou evaporativas;

● condições de obstrução ou não;

● densidade do gás ou vapor.

As informações apresentadas neste Anexo objetivam orientar sobre a avaliação qualitativa das
condições de ventilação e dispersão, para determinar o tipo de zona. As orientações são aplicáveis às
condições observadas em cada seção e, portanto, podem não ser aplicáveis a todas as instalações.

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As orientações indicadas podem ser utilizadas na seleção e avaliação dos sistemas de ventilação
artificial e dos requisitos de ventilação natural, uma vez que estas são de elevada importância no
controle e na dispersão das liberações de gases e vapores inflamáveis em ambientes fechados.

NOTA Critérios de ventilação para aplicações específicas também podem ser encontrados em normas
estrangeiras ou em códigos industriais.
[763.650.690-49]

É importante distinguir, ao longo destas discussões, os conceitos de “ventilação” (o mecanismo pelo


qual o ar entra e sai de um ambiente ou espaço fechado) e os conceitos de “dispersão” (o mecanismo
pelo qual as nuvens diluem). Estes conceitos são muito diferentes e ambos são importantes.

Em situações de ambientes fechados, deve ser ressaltado que o risco depende da taxa de ventilação,
da natureza da fonte de gás esperada e das propriedades do gás liberado, em especial, da densidade
ou flutuabilidade do gás. Em algumas situações, o risco pode depender sensivelmente da ventilação;
em outras situações, pode ser quase que independente dela.

Em situações de ambientes externos, o conceito de ventilação não é estritamente aplicável, e o risco


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depende da natureza da fonte, das propriedades do gás e do fluxo de ar ambiente. Em situações


de ambientes externos, o movimento de ar é geralmente suficiente para assegurar a dispersão de
qualquer atmosfera explosiva que surgir na área. A Tabela C.1 orienta sobre a velocidade do vento
para situações de ambientes externos.

É recomendado que sejam utilizados parâmetros com valores capazes de fornecer um nível
apropriado de segurança nas equações indicadas, considerando quaisquer incertezas. Com base
nesta abordagem, não são indicados fatores específicos de segurança.

C.3 Avaliação da ventilação e da diluição, e sua influência na classificação de áreas

C.3.1 Generalidades

O tamanho da nuvem de gás ou vapor inflamável e o tempo pelo qual este persiste após cessar
a liberação podem frequentemente ser controlados por meio da ventilação. Abordagens para a
avaliação do grau de diluição necessário para controlar a extensão e persistência de uma atmosfera
explosiva de gás são indicadas a seguir. Outros cálculos de fontes confiáveis ou formas alternativas
de cálculo, como, por exemplo, CFD (Computational Fluid Dynamics), podem também ser aplicados.

Qualquer avaliação de grau de diluição necessita inicialmente de uma avaliação das condições de
liberação esperadas, incluindo a área de liberação e a taxa máxima de liberação do gás ou vapor da
fonte (ver Anexo B).

Geralmente o grau de liberação contínuo indica a zona 0, o grau primário indica a zona 1 e o grau
secundário indica a zona 2. Entretanto, isto não é sempre o caso, podendo variar de acordo com
a facilidade da liberação de se misturar com ar, de uma forma suficiente para a sua diluição, reduzindo
a concentração a um nível seguro.

Em alguns casos, o grau de diluição e o nível de disponibilidade da ventilação podem ser tão altos
que na prática não se forma uma atmosfera explosiva, ou a área classificada pode ser considerada de
extensão desprezível. Por outro lado, o grau de diluição pode ser tão baixo que tenha uma classificação
mais severa (por exemplo, uma zona 1 gerada por uma fonte de grau secundário). Isto ocorre, por
exemplo, quando o nível de ventilação é tão baixo que a atmosfera explosiva persiste e a dispersão
ocorre de forma lenta, após cessar a liberação do gás ou vapor. Assim, a atmosfera explosiva persiste
por maior tempo do que o esperado para o grau de liberação.

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A diluição de uma liberação é determinada pela interação da dinâmica e das forças de flutuabilidade
da liberação e da atmosfera dentro da qual essa liberação está dispersando. Para uma liberação
fugitiva não impedida, por exemplo, de um respiro, o efeito dinâmico predomina e a dispersão inicial é
determinada pela interação entre a liberação e a atmosfera. Entretanto, se uma liberação fugitiva for de
velocidade baixa ou for impedida de uma forma que os efeitos dinâmicos sejam reduzidos ou eliminados,
a flutuabilidade na liberação (densidade) e os efeitos atmosféricos se tornam predominantes.
[763.650.690-49]

Para pequenas liberações de gás mais leve que o ar, a dispersão na atmosfera prevalece, por exemplo,
de forma similar à dispersão da fumaça de cigarro. Para liberações maiores de um gás mais leve que
o ar, a diluição pode eventualmente ser atingida, especialmente em condições de vento baixo, quando
a flutuabilidade na liberação é significativa, ascendente e dispersa como uma pluma, por exemplo,
similar à fumaça de uma fogueira. Para liberações de vapores de líquido a partir de uma superfície, a
flutuabilidade do vapor e o movimento do ar do local dominam o comportamento da dispersão.

Em todos os casos, quando existe uma ventilação adequada para a diluição da liberação a
concentrações muito pequenas (por exemplo, bem abaixo do LII), o gás ou vapor diluído tende a
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se mover junto da massa geral do ar e exibe comportamento neutro. A exata concentração onde tal
comportamento neutro é atingido depende da densidade relativa do gás ou vapor em relação ao ar.
Para diferenças maiores de relação de densidades, uma concentração mais baixa de gás ou vapor é
necessária para um comportamento neutro.

C.3.2 Efetividade da ventilação

O fator mais importante é a efetividade da ventilação, em outras palavras, a quantidade de ar relativa


para o tipo da liberação, o local da liberação e a taxa de liberação da substância inflamável. Quanto
maior a ventilação em relação às taxas de liberação possíveis, menor é a extensão das zonas (das
áreas classificadas) e menor é o tempo de persistência da atmosfera explosiva. Com uma efetividade
suficientemente alta de ventilação para uma determinada taxa de liberação, a extensão da zona
pode ser reduzida de forma a ser de extensão desprezível (ED) e pode ser considerada uma área
não classificada.

C.3.3 Critérios para a avaliação da diluição

Os critérios para a avaliação da diluição têm como base dois valores que são característicos para
qualquer liberação:

● a taxa de liberação relativa (razão entre a taxa de liberação e LII em unidade de massa);

● a velocidade da ventilação (valor que simboliza a instabilidade atmosférica, por exemplo, o fluxo
de ar induzido pela ventilação ou a velocidade do vento em ambientes externos).

A relação entre os dois critérios determina o grau de diluição, como indicado na Figura C.1.

C.3.4 Avaliação da velocidade da ventilação

Se uma liberação de gás ocorrer, este gás deve ser dispersado, ou ocorre acúmulo de gás. O gás
pode ser dispersado pelo fluxo decorrente da dinâmica da sua liberação, pela flutuação induzida pelo
gás, pelo fluxo causado pela ventilação natural ou forçada, ou mesmo pelo vento.

Geralmente, não é indicado que o fluxo causado pela dinâmica da liberação seja considerado,
a menos que esteja muito evidente que esta dinâmica não seja alterada por um obstáculo ou outra
influência de geometria.

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É recomendado que o fluxo para dispersar o gás seja primariamente avaliado com base em uma
avaliação da ventilação para situações de ambientes fechados ou pelo fluxo causado pelo vento nas
situações de ambientes abertos.

Para situações de ambientes internos, a vazão ou a velocidade da ventilação pode ser com base em
uma média das velocidades dos fluxos gerados pela ventilação. Isto pode ser calculado como a vazão
da mistura ar/gás dividida pela seção transversal da área perpendicular ao fluxo. É recomendado
[763.650.690-49]

que esta velocidade do ar seja reduzida por um fator, devido à ineficiência da ventilação ou devido
ao fluxo ser obstruído por diferentes obstáculos. Simulação por CFD (Computational Fluid Dynamics)
é recomendada, se detalhes específicos ou uma maior precisão forem necessários para se ter uma
estimativa da velocidade da ventilação em diferentes partes do ambiente considerado.

Para ambientes naturalmente ventilados e para ambientes abertos, é recomendado que a velocidade
da ventilação seja avaliada como sendo a velocidade que esteja presente por mais de 95 % do tempo.
A disponibilidade desta ventilação pode ser considerada “satisfatória”.
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A velocidade da ventilação em ambientes abertos pode ser com base em estudos da velocidade do
vento, utilizando um fator de redução, considerando a altitude de referência utilizada nas estatísticas
climáticas. Os valores disponíveis são geralmente para altitudes acima da altura da planta de processo,
e pode ser necessário adequá-los ao local sob estudo, como a topografia, edificações, vegetação
e outros obstáculos. Por exemplo, em uma área de processo com muitas estruturas, tubulações e
equipamentos de processo, a velocidade efetiva da ventilação geralmente pode ser tão baixa quanto
1/10 da velocidade de fluxo livre acima da planta. A avaliação pode também ser realizada por medição
da velocidade em alguns locais ao redor da planta e comparando com as velocidades das informações
publicadas. A técnica de CFD (Computational Fluid Dynamics) também é recomendada para uma
planta complexa, onde exista uma grande quantidade de equipamentos de processo, que podem
afetar o movimento do ar local.

Gases mais leves que o ar tendem a se mover para cima, onde a ventilação geralmente é melhor,
e a flutuação pode também dispersar o gás. Isto pode ser considerado pelo aumento da velocidade
efetiva da ventilação para tais liberações. Para liberações com densidade relativa menor que 0,8,
é geralmente considerado seguro assumir que a velocidade efetiva da ventilação seja pelo menos
de 0,5 m/s, em situações de ambientes abertos. A disponibilidade desta ventilação mínima pode ser
considerada ‘boa’.

Gases mais pesados que o ar tendem a se mover para baixo, onde a ventilação geralmente é mais
baixa, e existe a possibilidade de acúmulo no nível do solo. Isto pode ser considerado pela redução da
velocidade efetiva da ventilação. Um gás pode ser pesado devido ao peso molecular ou devido à baixa
temperatura. A baixa temperatura pode ser causada por uma liberação oriunda de alta pressão. Para
gases com densidade relativa acima de 1,0, é recomendado que a velocidade efetiva da ventilação
seja reduzida por um fator de aproximadamente 2.

Quando dados estatísticos não estiverem disponíveis, a Tabela C.1 apresenta uma abordagem prática
para estabelecer valores de velocidade de ventilação em ambientes abertos.

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Tabela C.1 – Velocidades orientativas de ventilação externa (uw)


Elevação a partir do nível do solo
Áreas não obstruídas Áreas obstruídas
Tipo de liberação
>2m >2m
≤2m >5m ≤2m >5m
até 5 m até 5 m
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Gás ou vapor mais leve que o ar 0,5 m/s 1 m/s 2 m/s 0,5 m/s 0,5 m/s 1 m/s

Gás ou vapor mais pesado que


0,3 m/s 0,6 m/s 1 m/s 0,15 m/s 0,3 m/s 1 m/s
o ar e com flutuação neutra
Taxa de evaporação de uma
superfície de líquido em poça > 0,25 m/s > 0,1 m/s
para qualquer elevação
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Normalmente, os valores indicados nesta Tabela podem resultar em uma disponibilidade de ventilação
satisfatória (ver D.2).
As velocidades de ventilação indicadas não sugerem que a velocidade real do ar irá variar de acordo com
a densidade do gás ou vapor, mas considera a influência da flutuabilidade do gás ou vapor na velocidade
aparente que pode ser adotada na diluição.

C.3.5 Avaliação do grau de diluição

Os seguintes três graus de diluição são normalmente definidos:

a) Diluição alta

A concentração perto da fonte de liberação reduz rapidamente e não persiste após o término da
liberação.

b) Diluição média

A concentração é controlada, resultando em um limite de zona estável durante a liberação, e a atmosfera


explosiva de gás não persiste por longos períodos após a interrupção da liberação.

c) Diluição baixa

A concentração não é controlada durante a liberação e persiste após a interrupção da liberação.

O grau de diluição pode ser avaliado utilizando o gráfico da Figura C.1, quando a velocidade for
razoavelmente constante no ambiente sob avaliação. Quando a ventilação for ineficiente ou reduzida
devido a obstruções do fluxo, uma velocidade de ar aparente mais baixa pode ser utilizada.

O grau de diluição também pode ser influenciado pela velocidade de liberação, por exemplo, uma
liberação em jato em uma edificação ampla (ver C.3.6.1), e por isso não é avaliado com o auxílio da
Figura C.1.

Para aplicações em ambientes fechados, é recomendado que os usuários considerem a concentração


preexistente de acordo com C.3.6.2 e, se a concentração preexistente exceder 25 % do LII, o grau de
diluição pode ser considerado “baixo”.

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A Figura C.1 considera desprezível a concentração preexistente.

A Figura C.1 não tem o objetivo de orientar sobre as liberações de grandes poças evaporativas.

Não é recomendado que seja realizada a extrapolação das curvas além da área do gráfico indicada na
Figura C.1, devido a outros fatores que afetam a avaliação além dos seus limites.
[763.650.690-49]

A utilização do gráfico da Figura C.1 é indicada nos exemplos do Anexo E.


w
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Figura C.1 – Gráfico para avaliação do grau de diluição


onde
Wg
QC = é a característica da liberação da fonte, em m3/s;
ρg LII
p M
ρg = a 3
R Ta é a densidade do gás ou vapor, em kg/m .
A Figura C.1 não inclui um fator de segurança específico. Um fator adequado pode ser determinado
pelo usuário com base na aplicação específica e em quaisquer fatores de segurança aplicados
a outros parâmetros utilizados na avaliação, por exemplo, taxa de liberação assumida.

O grau de diluição é obtido pela interseção dos respectivos valores apresentados nos eixos horizontal
e vertical. A linha que divide a área do gráfico entre “diluição alta” e “diluição média” representa um
volume inflamável de 0,1 m3; desta forma, qualquer ponto de interseção à esquerda da curva implica
em um volume inflamável ainda menor. A linha que divide a área do gráfico entre “diluição média”
e “diluição baixa” representa um volume inflamável de aproximadamente 100 m3, então qualquer
ponto de interseção à direita da curva implica um volume inflamável ainda maior.

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Em ambientes abertos, quando não existirem restrições significativas ao fluxo de ar, o grau de diluição
pode ser definido como grau “médio”, desde que o grau de diluição “alto” não seja obtido. Um grau de
diluição “baixo” geralmente não ocorre em ambientes abertos. Nos casos em que existirem obstruções
ao fluxo de ar, por exemplo, em canaletas, é recomendado considerar como se fosse um ambiente
fechado.
[763.650.690-49]

C.3.6 Diluição em edificações

C.3.6.1 Generalidades

A diluição pode ser obtida por meio de trocas de ar para que predomine em relação ao volume liberado
de gás ou vapor, ou por meio de um volume de ar limpo o suficiente para permitir que o gás ou vapor se
disperse, obtendo uma concentração baixa, mesmo com uma vazão mínima de ventilação. Neste último
caso, o volume disponível para a diluição deve ser alto em relação ao volume esperado da liberação.

Para uma liberação na forma de jato de gás, a diluição pode ocorrer mesmo sem qualquer movimento
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de ar local, devido ao arraste de ar durante a liberação do jato. Entretanto, se o jato for impedido
devido ao impacto com obstáculos próximos, então a capacidade de autodiluição é muito reduzida.

O grau de diluição pode também ser avaliado pelo valor médio da concentração preexistente
da substância inflamável (ver C.3.6.2). Quanto mais elevada for a taxa de liberação em relação à taxa
de ventilação, maior será a concentração preexistente Xb e menor será o grau de diluição.

Na avaliação da concentração preexistente, devem ser considerados todos os fatores importantes,


como taxa de liberação, taxa de ventilação e fator de eficiência, incluindo uma margem de segurança
apropriada, para uma correta especificação. Convém que o fator de eficiência da ventilação considere
se existe uma possibilidade de fluxo de ar recirculado ou impedido em um ambiente, que pode reduzir
a eficiência, em comparação a um padrão de fluxo de ar considerado ‘bom’.

É recomendado que seja adotada somente uma concentração preexistente de valor igual a zero
quando for em ambientes abertos ou em regiões com ventilação local por extração, a qual controla o
movimento da substância inflamável próxima da fonte de liberação. Uma concentração preexistente
desprezível, descrita como Xb << Xcrit , pode ser considerada em ambientes ou edificações altamente
ventiladas. Xcrit é um valor arbitrário abaixo do LII, por exemplo, o valor no qual um detector de gás
é ajustado para alarmar.

Uma baixa concentração preexistente não significa que todo o ambiente seja uma área não classificada.
A maior parte do ambiente pode ser considerada uma área não classificada, mas a área próxima da
fonte de liberação ainda pode ser uma área classificada, até que a liberação seja adequadamente
dispersada (similar a ambientes abertos).

Convém que as condições de concentração preexistentes e a extensão das possíveis zonas


ao redor das fontes de liberação sejam corrigidas utilizando fatores práticos, considerando as
possíveis variações nos padrões de dispersão em um ambiente fechado. Muitos ambientes fechados
e grandes podem conter algumas fontes de liberação secundárias, e não é uma boa prática considerar
várias pequenas áreas classificadas dentro deste ambiente, que geralmente é considerado uma área
não classificada. Também não é boa prática ter uma área classificada limitada dentro de um ambiente
relativamente pequeno e, neste caso, convém que todo o ambiente seja considerado uma área classificada.

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C.3.6.2 Concentração preexistente e liberações em um ambiente ventilado

Para liberações em ambientes fechados, é necessário especificar a concentração preexistente do


ambiente, Xb, a qual incorpora os efeitos da ventilação. A concentração preexistente significa a média
da concentração da substância inflamável dentro do volume sob consideração (do ambiente ou da
edificação), após um período durante o qual um estado estacionário tenha sido estabelecido entre
a liberação e o fluxo de ar induzido pela ventilação.
[763.650.690-49]

A consideração da concentração preexistente então proporciona uma medida para a avaliação da


ventilação em um ambiente, capaz de remover o gás ou vapor, proporcional à dispersão do gás ou
vapor. Esta taxa então influencia a consideração do grau de diluição.

A concentração preexistente (v/v) pode ser avaliada como:


f × Qg f × Qg
= Xb = ( v/v ) (C.1)
Qg + Q1 Q2
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e a frequência de troca de ar e a ventilação são relacionadas por:


Q2 = CV0 ( m3 / s)

A concentração preexistente média Xb, que é finalmente alcançada, depende da magnitude relativa
da fonte de liberação e da ventilação, mas a escala de tempo sobre a qual essa concentração é
alcançada é inversamente proporcional à frequência de troca de ar.

O fator de segurança f, eficiência da ventilação, é uma medida do grau para o qual o ar na área fora
da zona de liberação é bem misturado e é a concentração preexistente Xb na sala, dividido pela
concentração na saída de ventilação (adimensional).

f = 1: a concentração preexistente é essencialmente uniforme e a saída é distante da própria


liberação, de tal forma que a concentração na saída reflita o valor médio da concentração
preexistente;

f > 1: existe um gradiente de concentração preexistente no ambiente devido a uma mistura ineficiente,
e a saída é distante da própria liberação, de tal forma que a concentração na saída seja menor
do que o valor médio da concentração preexistente. O fator f pode estar entre 1,5, para mistura
moderadamente ineficiente, e 5, para mistura muito ineficiente.

Dada a origem dos casos f =1 ou f >1, este valor pode ser considerado um fator de segurança
relacionado à ineficiência da mistura (na medida em que valores progressivamente maiores refletem
em misturas de ar proporcionalmente menos eficientes dentro do ambiente). Este fator considera
imperfeições dos padrões de fluxo de ar em um espaço real com obstruções e onde aberturas de
ventilação podem não ser adequadamente posicionadas para a máxima ventilação (ver C.5). O grau
de diluição pode ser considerado “baixo”, se a concentração preexistente exceder 25 % do LII ou se
indicado por meio de uma avaliação com base na Figura C.1.

NOTA A análise da ventilação sozinha, que descreve como o ar entra na edificação, não é suficiente para
determinar o volume de risco esperado. Esta análise depende de como o gás ou vapor e o ar são distribuídos
dentro da edificação, por exemplo, devido à dispersão.

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C.3.7 Critérios para avaliação da disponibilidade da ventilação

C.3.7.1 Generalidades

A disponibilidade da ventilação possui influência na presença ou formação de uma atmosfera explosiva


de gás. Portanto, a disponibilidade (assim como o grau) de ventilação precisa ser considerada quando
da determinação do tipo de zona.
[763.650.690-49]

Convém que os três níveis de disponibilidade de ventilação sejam considerados (ver Tabela D.1):

● boa: a ventilação é contínua ou permanente;

● satisfatória: é esperado que a ventilação esteja presente durante a operação normal. Interrupções
são permitidas, desde que ocorram de forma não frequente ou por curtos períodos;

● pobre: ventilação que não atende às definições de “boa” ou “satisfatória”, porém não são
esperadas interrupções por longos períodos.
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Não é recomendado que a ventilação que não atende ao requisito de disponibilidade “pobre” seja
considerada contribuinte para ventilação da área, ou seja, é aplicável o conceito de baixa diluição.

Diferentes tipos de ventilação requerem diferentes considerações na avaliação de sua disponibilidade,


por exemplo, a disponibilidade de ventilação natural em ambientes internos nunca pode ser considerada
“boa”, porque ela depende diretamente das condições ambientais, isto é, da temperatura externa e
do vento (ver C.5). De fato, a disponibilidade da ventilação natural depende de uma avaliação realista
das condições externas e internas, isto é, ser aplicada para o pior cenário. Se este for o caso, então
a disponibilidade pode ser considerada “satisfatória”, mas nunca “boa”. Se a maior diferença entre
as temperaturas interna e externa for considerada nos cálculos, isto resulta na menor disponibilidade
para efeito da diluição de uma atmosfera explosiva.

Por outro lado, a ventilação artificial para ambientes sujeitos à formação de atmosferas explosivas
geralmente possui uma disponibilidade “boa”, porque incorpora mecanismos para assegurar um alto
grau de confiabilidade.

É recomendado avaliar a disponibilidade da ventilação da forma mais realista possível, considerando


todos os fatores importantes. Para liberações externas na forma de liberações em jato, a diluição
ocorrerá independentemente do vento e, assim sendo, a dispersão pode ser considerada uma
disponibilidade “boa”, equivalente à de ventilação de ambientes internos.

C.3.7.2 Critérios para a ventilação natural

No caso da ventilação natural, o pior cenário deve ser considerado para determinar o grau de
ventilação. Este cenário determina um grau de disponibilidade mais alto. Geralmente, para qualquer
ventilação natural, um grau menor de ventilação resulta em um maior nível de disponibilidade e
vice-versa. Isto pode compensar suposições muito otimistas realizadas nos procedimentos para
estimar o grau de ventilação.

Existem situações que necessitam de abordagens específicas. No caso de ventilação natural de


ambientes parcialmente fechados com ventilação restrita, é necessário considerar as condições
desfavoráveis, como frequência e probabilidade da ocorrência de tais cenários. Por exemplo, durante
dias de verão quentes e com ventos, existem dois cenários potenciais. Um dos cenários é a temperatura
do ambiente interno ser ligeiramente superior à temperatura externa, então a ventilação induzida por
convecção produz efeito reduzido e o vento de certa direção pode impedir o fluxo de ar. Neste caso

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há uma combinação com uma ventilação “baixa” e uma disponibilidade “pobre”, podendo resultar em
uma classificação mais severa. Em outro cenário, considerando somente a ventilação induzida por
convecção, mesmo modesta, se permanente, pode resultar em uma disponibilidade “satisfatória” ou
até “boa”.

Em ambientes abertos, o grau de diluição é geralmente considerado “médio”, enquanto a disponibilidade de


ventilação, com base na presença de vento, pode ser considerada “boa”, a não ser que existam restrições
[763.650.690-49]

à ventilação, como valetas, canaletas, diques ou áreas circundadas por estruturas fechadas altas.

C.3.7.3 Critérios para a ventilação artificial

Na avaliação da disponibilidade da ventilação artificial, a confiabilidade do equipamento e a


disponibilidade da, por exemplo, aplicação de ventiladores redundantes podem ser consideradas. Para
obter uma disponibilidade “boa”, geralmente será necessária a partida automática dos ventiladores
redundantes, em caso de falha dos principais. Contudo, se for projetado para evitar a liberação de
substâncias inflamáveis quando da falha da ventilação, por exemplo, por desligamento automático do
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processo, a classificação determinada com a operação da ventilação não necessita ser modificada,
isto é, a disponibilidade ainda pode ser considerada “boa”.

C.4 Exemplos de arranjos e avaliação da ventilação

C.4.1 Introdução

Os exemplos a seguir ilustram a interação entre as liberações de substâncias inflamáveis e a ventilação,


com base nos princípios das Seções 6, 7 e 8. É importante entender a diluição como um processo
complexo que ocorre na passagem do ar, nas circunvizinhanças de uma liberação em forma de jato,
na mistura com o ar provocada pela ventilação forçada ou condições atmosféricas. Usualmente,
os mecanismos podem ser considerados em uma eventual liberação em forma de jato, que pode
formar uma pluma sujeita ao movimento do ar. Misturas com o ar geralmente não ocorrem de forma
homogênea pelo ambiente ventilado, e a concentração preexistente resulta em uma avaliação pouco
precisa da contaminação média do volume sob análise.

Em uma situação real, o arranjo de ventilação do ambiente pode não ser adequado para diluir
a substância inflamável de forma homogênea. Na prática, as efetivas dispersão e diluição podem
desviar substancialmente dos resultados médios obtidos por cálculo. O arranjo da ventilação, isto é,
a posição relativa das aberturas de entradas e saídas entre si e em relação à fonte de liberação, pode
eventualmente ter maior influência na atmosfera do que a própria capacidade de ventilação.

Os exemplos a seguir ilustram alguns cenários possíveis que podem ajudar a um melhor entendimento
dos arranjos de ventilação aplicáveis em uma situação específica.

C.4.2 Liberação em forma de jato no interior de uma edificação com grandes


dimensões

Este exemplo (ver Figura C.2) ilustra as condições quando existe um número limitado de fontes de
liberação de gás em um espaço de grandes dimensões, por exemplo, liberação de gás em conexões
de uma tubulação.

São esperadas pequenas liberações em forma de jato em um acessório de tubulação com alta
velocidade, se a pressão for elevada. A liberação pode se autodiluir e dispersar, mesmo sem
movimentos aparentes de ar na edificação.

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Para um ambiente com ventilação normal, por exemplo, aberturas de paredes e portas de bom
tamanho, a ventilação pela cobertura ou outras previsões de ventilação projetadas, o volume do
ambiente e o movimento natural do ar podem indicar que o grau de diluição seja considerado “médio”
e a disponibilidade de ventilação “satisfatória”.

Para um ambiente com ventilação pobre, por exemplo, um porão não ventilado, a liberação em forma
de jato pode inicialmente se autodiluir e dispersar dentro do espaço, porém a falta de movimentação
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do ar pode ocasionar uma longa permanência do gás no ambiente. Nesta situação, o gás com baixa
diluição contribui com as novas liberações, resultando no incremento da concentração preexistente de gás.

A menos que o projeto de ventilação seja adequado para controlar as concentrações preexistentes em
um ambiente, o grau de diluição é considerado “baixo”. Contudo, pode ser ainda prático determinar
diferentes classificações de área no ambiente.
Concentração
Difusão turbulenta nas extremidades
aproximada de 0 %
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ds

Velocidade zero
d

Concentração na faixa
de inflamabilidade

Perfil da velocidade de liberação

Figura C.2 – Autodifusão de uma liberação em forma de jato em alta velocidade e não
obstruída
NOTA ds é um raio hipotético da fonte, isto é, o raio da seção transversal do fluxo a jusante da liberação
em forma de jato onde se torna isobárico (reduzido em relação à pressão atmosférica).

C.4.3 Liberação em forma de jato no interior de uma edificação com pequenas


dimensões, com ventilação natural

Este exemplo ilustra situações em que podem existir diversas fontes de liberação de gás no interior de
um pequeno ambiente ou edificação.

Os fatores de dispersão e diluição são os mesmos descritos em C.3.5.

Quando as edificações incluem projeto de ventilação que assegure a remoção adequada do gás das
liberações fugitivas, então pode ser considerado que o interior da edificação tem grau de diluição “médio”.

Quando existe um número limitado de fontes de liberação (ou locais de fontes de liberação), pode ser
prático definir as áreas classificadas por volumes limitados em torno das fontes de liberação. Quando
forem diversas fontes potenciais de liberação, então é uma prática considerar o ambiente como uma
única área classificada. Isto considera os volumes de autodiluição gerados por possíveis dispersões
das liberações de gases ou vapores oriundos de pontos ou locais variados.

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Quando o grau de diluição é baixo, é uma prática considerar uma única classificação de área para o
ambiente fechado, independentemente do número de fontes de liberação.

C.4.4 Liberação em forma de jato em uma edificação com pequenas dimensões, com
ventilação artificial
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Este exemplo (ver Figura C.3) pode ser aplicado a situações como em uma sala de compressor de gás.

Independentemente da taxa de ventilação ou do arranjo do sistema de ventilação, não é esperado que


uma liberação em forma de jato seja diluída abaixo do limite inferior de inflamabilidade (LII) na área
imediatamente próxima à fonte de liberação, a menos que a pressão seja muito baixa. Então, o grau
de diluição da fonte de liberação raramente pode ser considerado “alto”.

O grau de diluição para o restante do ambiente depende diretamente do arranjo e da taxa de ventilação
artificial. O grau de diluição pode também variar significativamente em função destes fatores, como
ilustrado nas Figuras C.3 e C.4.
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Figura C.3 – Ventilação artificial somente com insuflamento de ar


Neste caso, um ambiente fechado é insuflado com ar limpo, em um volume igual ao da saída de ar.

Mesmo quando aparentemente existe um número elevado de trocas de ar por hora, o arranjo da
ventilação pode criar um movimento de ar circulatório dentro do ambiente fechado e resultar em
uma elevada concentração preexistente. Desta forma, a recirculação do gás aumenta o volume a
ser diluído da fonte de liberação. Quando isto acontece, é recomendado que o grau de diluição seja
considerado “baixo”.

Figura C.4 – Ventilação artificial com insuflamento e exaustão de ar

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Neste caso, o ambiente fechado é projetado com sistemas de insuflamento e exaustão de ar. Assim
como no caso do sistema somente com insuflamento, existe a possibilidade de que o arranjo de
ventilação crie um movimento de recirculação do ar e resulte em um reingresso do gás diluído no
volume de diluição, aumentando a concentração preexistente de gás.

Com critério adequado no arranjo de ventilação e posicionamento dos pontos de exaustão, é possível
minimizar quaisquer níveis de recirculação. Neste caso, o grau de diluição pode ser definido como
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“médio” ou “alto”.

NOTA Geralmente apenas um sistema de exaustão é utilizado, que pode ser geral ou localizado (para
ventilação artificial localizada, ver 7.2.3.3).

C.4.5 Liberação com baixa velocidade

Liberações com baixa velocidade são comuns em muitos processos industriais e incluem aplicações
como evaporação de líquidos inflamáveis por respiros, banhos em tanques de imersão, drenos,
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impressão e pintura.

Uma liberação em forma de jato pode também ser considerada uma liberação de baixa velocidade,
se a pluma da liberação encontrar uma superfície ou barreira. A velocidade da liberação pode ser
reduzida, transformando-se em uma pluma passiva, sem velocidade.

Para as liberações com baixa velocidade, a dispersão e a diluição são influenciadas consideravelmente
pelo movimento do ar no ambiente e pela flutuabilidade do gás ou vapor.

Quanto às liberações em forma de jato, o grau de diluição depende das dimensões da edificação ou
do ambiente, taxa de liberação e condições de controle de qualquer concentração preexistente pela
ventilação geral.

C.4.6 Emissões fugitivas

Emissões fugitivas são pequenas liberações de gases ou vapores de equipamentos pressurizados


(geralmente de magnitude entre 10–7 kg/s e 10–9 kg/s). Embora pequenas, estas liberações fugitivas
podem ainda se acumular em ambientes que não são ventilados.

Estas emissões fugitivas podem se acumular ao longo do tempo, podendo gerar um risco de explosão.
Portanto, considerar cuidados especiais quando do projeto de instalações especiais ou conjuntos
de equipamentos, como casas de analisadores, invólucros selados, painéis ou invólucros abrigados,
invólucros aquecidos e termicamente isolados, ambientes abrigados entre tubulações e isolamento
térmico ou itens similares em linhas de gás com pressão elevada. É necessário que tais itens sejam
projetados com algum tipo de ventilação ou dispersão de gás, mesmo se somente para períodos
críticos.

Quando são utilizados invólucros firmemente fechados, a efetividade e a disponibilidade da baixa


ventilação natural interna em tais invólucros podem resultar em baixa diluição, e desta forma necessitar
que a área classificada interna possa ser considerada Zona 0 ou Zona 1, de acordo com a Tabela D.1.

C.4.7 Ventilação e exaustão artificial local

A ventilação artificial local é recomendada sempre que possível (ver Figura C.5).

A ventilação artificial local pode melhorar o grau de diluição junto à fonte de liberação. O mais importante
é a recomendação de que a ventilação artificial local limite a concentração de gás ou vapor dentro da

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área de influência do sistema de ventilação local. Quando isto for obtido, o grau de diluição ao redor
da fonte de liberação pode ser considerado “médio”.

É recomendado que a ventilação artificial local esteja localizada próxima à fonte de liberação para ser
efetiva. Esta pode ser muito efetiva, quando a fonte de liberação for de velocidade muito baixa. Como
a ventilação artificial local necessita superar a velocidade de liberação, a aplicabilidade da ventilação
artificial local para a liberação em forma de jato é fortemente reduzida em relação às outras formas
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de liberação.
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Figura C.5 – Ventilação e exaustão artificial local

C.5 Ventilação natural em edificações

C.5.1 Generalidades

Em C.5.2 a C.5.4 são indicadas formas de avaliação da ventilação natural em edificações. Outras
abordagens podem ser adequadas, por exemplo, pela utilização de normas de edificações, como
a BS 5925.

Cuidados precisam ser adotados quando as evidências e as características específicas da edificação


não estiverem disponíveis, de forma a prover a ventilação natural. As dimensões e as formas da
edificação podem não ser adequadas para promover a ventilação, e em tais casos é recomendado
que o grau de eficiência da ventilação natural seja considerado “baixo”.

C.5.2 Ventilação induzida por ventos

O grau de movimentação do ar no interior de uma edificação depende do tamanho e da posição


das aberturas em relação à direção do vento, bem como dos contornos do ambiente ou edificação.
Os fluxos de ventilação podem ser induzidos por portas e janelas não estanques ou fendas e frestas em
partes da estrutura, mesmo que não haja aberturas nas paredes ou nos forros, ou se estas estiverem
bloqueadas. As equações indicadas consideram somente o fluxo pelas aberturas projetadas para
a ventilação. Esta filosofia é também apropriada para definição de classificação de áreas.

A ventilação implica tanto na entrada quanto na saída de ar, e algumas aberturas atuam primariamente
como aberturas de entrada e outras como de saída. As aberturas no sentido do vento são consideradas

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geralmente “aberturas de entrada”, e no sentido oposto e do forro como “aberturas de saída”. Isto
implica que a ventilação induzida pelo vento possa ser estimada pelo “diagrama da rosa dos ventos”
do local específico.

A resultante da atuação da ventilação induzida por ventos é a diferença de pressão entre o sentido de
entrada de vento e o sentido de saída dos lados da edificação.
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O fluxo de ar do vento pode ser expresso como:

=Qa Cd Ae uw ΔCp ( m3 s) (C.2)

A12 A22 (C.3)


Ae =
A12 + A22
( m2 )
É recomendado que os valores para ΔCp sejam obtidos dos códigos de ventilação ou edificação.
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Os valores de A1 e A2 se referem às áreas efetivas das aberturas de entrada e de saída, respectivamente.

A modelagem por CFD (Computational Fluid Dynamics) ou por ensaio no túnel de vento também pode
ser utilizada para uma avaliação mais confiável do coeficiente de pressão para uma edificação.

A direção e a força do vento são variáveis e nem sempre previsíveis. Uma orientação da velocidade do
vento é indicada na Tabela C.1. É recomendado que o vento seja considerado em conjunto com outros
tipos de ventilação, de forma a verificar se o vento complementa ou se opõe a outras ventilações.
O vento pode ter um efeito positivo nas aberturas de entrada e de saída, pela sua ventilação induzida,
como as outras fontes de ventilação; no entanto, um efeito negativo pode ocorrer, se os ventos forem
opostos, por exemplo, vento de qualquer direção pode ter um efeito positivo quando houver uma
ventilação de abertura no topo do forro, mas terá um efeito negativo se as aberturas de saída forem
na direção de saída (sota-vento).

C.5.3 Ventilação induzida por flutuabilidade

A ventilação induzida por flutuabilidade (“efeito chaminé”) é obtida pelo movimento do ar devido à
diferença de temperaturas interna e externa. A resultante da atuação da ventilação é a diferença
da densidade do ar devido às diferentes temperaturas. O gradiente de pressão vertical depende da
densidade do ar e, portanto, não será o mesmo interno e externo, gerando uma diferença de pressão.

Se a temperatura média interna for maior que a externa, o ar interno terá uma densidade menor.
Quando a edificação tiver aberturas em diferentes alturas, o ar vai entrar pelas aberturas inferiores e sair
pelas aberturas superiores. A taxa de fluxo aumentará na medida em que a diferença de temperatura
aumentar. Portanto, a ventilação induzida por flutuabilidade será mais efetiva em temperaturas mais
baixas no ambiente externo. Nas temperaturas mais altas do ambiente externo, a ventilação induzida
por flutuabilidade se torna menos efetiva e, se a temperatura do ambiente externo aumentar acima da
interna, o fluxo pode se reverter.

A temperatura interna pode ser maior devido a causas naturais, aquecimento deliberado ou calor
de processo. Correntes térmicas podem também ser induzidas internamente, variando o efeito da
temperatura média interna. Considerando que os ambientes internos das edificações podem ser
considerados homogêneos, então as temperaturas podem ser consideradas constantes nos ambientes
interno e externo.

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Para um gradiente de temperatura, assumindo que a temperatura interna na abertura inferior seja a
mesma que a temperatura externa, Tout, e a temperatura interna na abertura superior seja Tin, a vazão
volumétrica de ar pode ser calculada pela equação abaixo:
4 ΔT
Qa = Cd Ae g H ( m3 s) (C.4)
(Tin + Tout )
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A12 A22
Ae =
A12 + A22
( m2 ) (C.5)

Os valores para A1 e A2 se referem às áreas efetivas das aberturas inferiores e superiores,


respectivamente.

Estas equações indicam resultados razoáveis para ambientes com aberturas de entrada e saída
posicionadas nas paredes opostas relativamente a elas (ver Figura C.7), e poucas obstruções ou
nenhuma poderiam impedir o livre fluxo de ar. Também, se a distância vertical entre os pontos médios
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das aberturas inferior e superior, H, for pequena e a distância horizontal for grande, então a ventilação
induzida por flutuabilidade será reduzida e o cálculo pode ser menos preciso. Por exemplo, quando
o H for menor que a largura do ambiente, então um fator de segurança relacionado à ineficiência da
ventilação deve ser aplicado (ver C.3.6.2).

O coeficiente de descarga Cd é um valor empírico que é obtido por uma série de experimentos para
casos específicos de liberação e para tipos de aberturas específicas. Qualquer valor acima de 0,75
necessita de referências já estabelecidas para a sua aplicação.

A temperatura interna deve ser maior que a temperatura externa, para obter as condições necessárias
para a ventilação induzida por flutuabilidade. Durante períodos de altas temperaturas em ambientes
externos, a temperatura interna pode se tornar menor do que a externa, a menos que existam algumas
fontes internas de calor. O gradiente de temperatura é também afetado pelo material da edificação
e, para algumas construções, a temperatura interna pode ser menor que a temperatura externa sob
certas condições. Se a temperatura interna for menor que a temperatura externa, a Equação C.4 não
é aplicável.

Quanto maior for a distância entre os pontos médios das aberturas superiores e inferiores, mais efetiva
é a ventilação natural. Para a ventilação induzida por flutuabilidade, a posição mais adequada para
as aberturas de entrada é pelas aberturas inferiores das paredes opostas e, para as aberturas de
saída, pelas do topo do forro. Entretanto, quando não for possível, é recomendado que as aberturas
de entrada e saída sejam posicionadas nas paredes opostas, para proporcionar o movimento do ar
por todo o ambiente.

Em diversos casos, os requisitos de aquecimento na mais baixa temperatura ambiente podem ser
comprometidos pela ventilação natural, impondo a necessidade de reduzir ou fechar as aberturas
de ventilação. Considerações devem ser adotadas na redução das aberturas, na medida em que
possam comprometer a ventilação natural, de forma a prejudicar a diluição da atmosfera explosiva.
Geralmente todas as aberturas poderiam ser fechadas, como portas e janelas, e não é recomendado
que aberturas ajustáveis sejam consideradas aberturas de ventilação.

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Figura C.6 – Vazão volumétrica de entrada de ar da área de abertura efetiva equivalente


O gráfico da Figura C.6 tem base na Equação (C.4). Portanto, também são aplicadas as limitações de
utilização destes cálculos, conforme indicado em C.5.2.

C.5.4 Combinação de ventilação natural induzida por ventos e flutuabilidade

As ventilações induzidas por ventos e flutuabilidade podem ocorrer separadamente, mas é provável
que ocorram ao mesmo tempo. Diferenças de pressão devidas à flutuabilidade térmica serão
geralmente resultantes da atuação da ventilação em um dia calmo e frio, e praticamente sem vento,
enquanto pressões diferenciais criadas pelo vento provavelmente serão resultantes da atuação da
ventilação em um dia quente e turbulento. Estas forças podem se opor ou complementar uma à outra,
dependendo das posições das aberturas de entrada e saída (da ventilação induzida por flutuabilidade)
em relação à direção do vento (ver Figura C.7).

Uma avaliação com base em probabilidade deve ser aplicada considerando o clima, o diagrama das
rosas dos ventos para uma determinada localização e as possíveis temperaturas internas.

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Maior em relação ao meio


externo
A2

p2 = ps-pw
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Pressão da coluna

de Vento
Pressão
de ar (ps)

(pw)
H
Menor em relação ao
meio externo

A1
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Figura C.7 – Exemplo de origem das forças resultantes de ventilação


O fluxo de ventilação causado por diferença de pressão, devido ao vento, ou de diferenças de
temperatura pode também ser calculado. Para aberturas maiores projetadas para ventilação, o fluxo
pode ser obtido pela seguinte equação, utilizando a diferença de pressão em função do vento e a
mudança da densidade do ar pela média da temperatura:
2Δp 3
Qa = Cd A
ρa
( m s) (C.6)

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Anexo D
(informativo)

Estimativa da extensão de zonas na classificação de áreas


[763.650.690-49]

D.1 Generalidades
Este Anexo informativo apresenta um guia para a estimativa do tipo de zona (D.2) e para a extensão
da zona (D.3), relacionadas com fatores relevantes, entre os quais:

● grau de liberação (Anexo B),


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● efetividade da ventilação e grau de diluição (Anexo C), e

● disponibilidade de ventilação (Anexo C).

É recomendado que o valor dos parâmetros nas equações aplicáveis seja selecionado de forma
conservativa, considerando quaisquer incertezas. Com base nesta abordagem, fatores de segurança
não são mais indicados.

D.2 Estimativa do tipo de zona


A Tabela D.1 pode ser utilizada para a estimativa do tipo de zona para áreas internas e áreas abertas.

Tabela D.1 – Zonas em função do grau de liberação e da efetividade da ventilação (continua)


Efetividade da ventilação
Diluição alta Diluição média Diluição baixa
Grau da Disponibilidade da ventilação
liberação
Boa,
Boa Satisfatória Pobre Boa Satisfatória Pobre satisfatória
ou pobre
Não
Zona 1 Zona 0 Zona 0
classificada Zona 2
Contínuo (Zona Zona 0 + + Zona 0
(Zona 0 (Zona 0 ED)a
0 ED)a Zona 2c Zona 1
ED)a
Não
Zona 2 Zona 1 Zona 1
classificada Zona 2 Zona 1 ou
Primário (Zona Zona 1 + +
(Zona 1 (Zona 1 ED)a Zona 0d
1 ED)a Zona 2 Zona 2
ED)a

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Tabela D.1 (conclusão)


Efetividade da ventilação
Diluição alta Diluição média Diluição baixa
Grau da Disponibilidade da ventilação
liberação
[763.650.690-49]

Boa,
Boa Satisfatória Pobre Boa Satisfatória Pobre satisfatória
ou pobre
Não
Não Zona 1 e
classificada
Secundário b classificada Zona 2 Zona 2 Zona 2 Zona 2 mesmo
(Zona 2
(Zona 2 ED)a Zona 0d
ED)a
a Zona 0 ED, Zona 1 ED ou Zona 2 ED indicam uma zona teórica que pode possuir uma extensão desprezível (ED) em
condições normais.
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b Zona 2 gerada por uma liberação de grau secundário pode exceder aquela atribuída pelas liberações de grau primário
ou contínuo. Neste caso, convém que a maior distância seja considerada.
c Zona 1 não é necessária neste caso, ou seja, quando a liberação não for controlada pela ventilação, é necessário
considerar a presença de uma pequena Zona 0 circundada por uma Zona 2 de maior extensão, devido às situações
de falha da ventilação.
d Considera-se Zona 0 caso a ventilação seja tão pobre e a liberação seja de tal magnitude que, na prática, uma
atmosfera explosiva de gás exista de forma contínua, isto é, se aproximando de uma condição de inexistência de
ventilação.

‘+’ significa ‘circundado por’.


A disponibilidade de ventilação em espaços fechados com ventilação natural normalmente não é considerada “boa”.

D.3 Estimativa da extensão da área classificada


A extensão da área classificada ou da região onde um gás inflamável pode ocorrer depende da taxa
de liberação e de vários outros fatores, como as propriedades do gás, a geometria da liberação e o
perfil das áreas circunvizinhas.

A Figura D.1 pode ser utilizada com um guia para a determinação das extensões das áreas classificadas
para os diversos tipos de liberação. Podem também ser utilizadas outras formas de cálculo ou análises,
adotando como base os métodos reconhecidos (ver Anexo K).

As curvas são com base em uma concentração preexistente igual a zero e não são aplicáveis aos
ambientes internos e de média e baixa diluições (ver C.3.6.1).

NOTA As curvas da Figura D.1 são com base em simulações por CFD (computação fluidodinâmica) para
diversas velocidades da ventilação. As extensões obtidas da figura são consideradas razoáveis mesmo nos
piores casos para determinada liberação. Estas extensões podem ser comparadas com simulações por CFD
ou com extensões obtidas a partir de códigos industriais de referência.

O gráfico indica uma aproximação aceitável para algumas situações de níveis elevados de liberação,
porém pode não ser confiável para níveis de menor liberação. A utilização deste gráfico não é aplicável
quando uma zona de extensão desprezível (ED) for esperada.

Não é recomendada a extrapolação das curvas além da área indicada no gráfico, devido a outros
fatores que podem afetar a determinação de fatores além dos limites indicados, mesmo que as

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extensões de área classificada possam ser menores que 1 m, assim como maiores que as indicadas
na Figura D.1.

É recomendado que uma linha adequada seja selecionada com base no tipo de liberação, de acordo
com o seguinte:

a) uma liberação em forma de jato pleno não impedida com alta velocidade, por exemplo, uma
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liberação plena de válvula.

b) uma liberação em forma de jato difuso com baixa velocidade, por exemplo, uma liberação
subsônica, um jato que perde força (momentum) devido à geometria da liberação ou à colisão do
jato com superfícies próximas;

c) gases ou vapores mais pesados que o ar que se dispersam ao longo de superfícies horizontais,
como o solo.

É recomendado que a utilização da curva para “Jato pleno” seja aplicada com critério, pois muitas
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aplicações podem ser melhor representadas pela curva para “Jato difuso”.

Figura D.1 – Gráfico para estimativa das extensões das áreas classificadas
onde
wg
QC = é a característica da liberação volumétrica da fonte (m3/s);
ρg × LII
p M
ρg = a é a densidade do gás ou vapor (kg/m3).
R Ta

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Quando apropriado, outras formas de cálculo e determinações por CFD (Computational Fluid
Dynamics) ou por ensaios podem ser também aplicadas.

A Figura D.1 não identifica diferentes zonas. É recomendado que as zonas sejam determinadas com
base na ventilação ao redor das fontes de liberação (ver Anexo C) e em possíveis alterações nas
condições de liberação.
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Os exemplos do Anexo E indicam o método de utilização do gráfico da Figura D.1.


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Anexo E
(informativo)

Exemplos de classificação de áreas


[763.650.690-49]

E.1 Generalidades
A prática de classificação de áreas envolve o conhecimento e o comportamento dos gases e líquidos
inflamáveis, quando estes são liberados a partir de um compartimento, e sólidos critérios de engenharia,
com base em experiências e no desempenho de partes dos equipamentos de processo da planta, sob
condições especificadas. Por estas razões, não é prática a apresentação de exemplos e de figuras
para todas as variações possíveis da planta e das características dos equipamentos do processo.
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Os exemplos e as figuras apresentadas não se destinam a serem aplicados na prática, e são


indicados somente para ilustrar um modo opcional para avaliação, como indicado nesta Norma.
As características da liberação e outros parâmetros utilizados são somente fornecidos para ilustrar
os meios de determinação e podem não representar condições reais.

E.2 Exemplos
Exemplo 1

Uma bomba industrial com selo mecânico (diafragma), instalada ao nível do solo, em ambiente externo,
para bombeamento de líquidos inflamáveis.

Características da liberação:

Substância inflamável Benzeno (CAS nº 71-43-2)

Massa molar 78,11 kg/kmol

Limite Inferior de Inflamabilidade, LII 1,2 % vol (0,012 v/v)

Temperatura de autoignição (Tig) 498 °C

Densidade do gás, ρg 3,247 kg/m3 (calculada sob condições ambientes).


A densidade do gás indica a curva do gráfico da
Figura D.1 a ser aplicada

Fonte de liberação, FL Selo mecânico

Grau de liberação Secundário (liberação devido à ruptura do selo)

Taxa de liberação do líquido, W 0,192 kg/s, determinada considerando um


coeficiente de descarga Cd = 0,75, uma área
equivalente a um furo S = 5 mm2, densidade do
líquido ρ = 876,5 kg/m3 e diferencial de pressão de
Δp = 15 bar

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Taxa de liberação do gás, Wg 3,85 × 10–3 kg/s, determinada considerando a


fração do líquido vaporizado a partir do ponto
de liberação (2 % de W); o restante do líquido
é drenado para o sistema de águas não tratadas

Características de liberação, QC 0,099 m3/s


[763.650.690-49]

Características do local:

Local externo Área não obstruída

Pressão ambiente, pa 101 325 Pa

Temperatura ambiente, T 20 °C (293 K)

Velocidade da ventilação, uw 0,3 m/s


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Disponibilidade da ventilação Boa (velocidade do vento sob condições


meteorológicas de calmaria)

Efeitos da liberação:

Grau de diluição (ver Figura E.1) Médio

Tipo de zona Zona 2

Grupo do gás e classe de temperatura IIA, T1

Figura E.1 – Grau de diluição (Exemplo n° 1)

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Figura E.2 – Extensão da área classificada (Exemplo n° 1)


Classificação da área:

A extensão da área classificada está indicada na Figura E.2. A Figura E.3 apresenta a vista frontal da
instalação. A figura E.3 é com base em vapores mais pesados que o ar; a distância vertical é menor
do que a horizontal, como indicado na Figura E.3.

Figura E.3 – Definição das zonas (Exemplo n° 1)


Exemplo 2

Uma bomba industrial com selo mecânico (diafragma), instalada ao nível do solo, em ambiente interno,
para bombeamento de líquidos inflamáveis.

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Característica da liberação:

Substância inflamável Produto líquido à base de benzeno

Massa molar 78,11 kg/kmol

Limite inferior de inflamabilidade, LII 1,2 % vol (0,012 v/v)


[763.650.690-49]

Temperatura de autoignição (Tig) 498 °C

Densidade do gás, ρg 3,247 kg/m3 (calculada sob condições ambientes).


A densidade do gás indica a curva do gráfico da
Figura D.1 a ser aplicada

Fonte de liberação, FL Selo mecânico

Grau de liberação Secundário (liberação devido à ruptura do selo)


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Taxa de liberação do líquido, W 0,192 kg/s, determinada considerando um


coeficiente de descarga Cd = 0,75, para uma área
equivalente a um furo S = 5 mm2, densidade do
líquido ρ = 876,5 kg/ m3 e diferencial de pressão de
Δp = 15 bar

Taxa de evaporação de líquido, We 3,85 × 10–3 kg/s, determinada considerando a fração


do líquido vaporizado a partir do ponto de liberação
(2 % de W); o restante do líquido é drenado para o
sistema de águas não tratadas

NOTA Informação obtida de um código industrial.

Taxa de liberação volumétrica do gás, Qg 1,19 × 10–3 m3/s

Características de liberação, Qc 0,099 m3/s

Características do local:

Local interno Edificação com ventilação natural (por vento)

Pressão atmosférica, pa 101 325 Pa

Temperatura ambiente, Ta 20 °C (293 K)

Tamanho do invólucro, C × L × A = V0 6,0 m × 5,0 m × 5,0 m = 150,0 m3

Fluxo de ar, Qa 306 m3/h (0,085 m3/s)

Disponibilidade do fluxo de ar Satisfatória, determinada considerando as piores


condições ambientais (velocidade do vento na
condição meteorológica de calmaria)

Velocidade da ventilação, uw 0,003 m/s, estimada por Qa/(C × A)

Concentração crítica, Xcrit 0,003 v/v, igual a (0,25 × LII)

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Efeitos da liberação:

Fator de (in) eficiência da ventilação, f 5

Concentração preexistente, Xb 0,068 v/v

Comparação de concentrações Xb > Xcrit


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Tempo necessário para atingir Xcrit, td 7,67 h (margem de segurança igual para f)

Grau de diluição (ver Figura E.4) Baixo (também devido a Xb > Xcrit)

Tipo de zona Zona 1

Grupo e subgrupo do gás e classe

de temperatura IIA, T1
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Figura E.4 – Grau de diluição (Exemplo n° 2)


O procedimento para estimar o grau de diluição pela utilização do gráfico não é necessário neste caso,
porque a concentração preexistente dentro do espaço fechado é maior do que a crítica (Xb > Xcrit).
Desta forma, o grau de diluição precisa ser informado como “baixo”. A Figura 4 confirma esta avaliação.

Classificação de área:

O exemplo indicado é com referência a um pequeno espaço interno onde a concentração preexistente
é duas vezes a concentração crítica. Além disto, o tempo necessário para obter uma concentração
preexistente crítica é significativo (em torno de 8 h). Não há razões para estabelecer uma zona vertical

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ou uma Zona 2 em torno de uma Zona 1. A área classificada resultante incorpora o volume do ambiente
interno, considerando as comparações entre as concentrações e o tempo necessário para atingir
os valores críticos após cessar a liberação. É recomendado que as aberturas, se existirem, sejam
consideradas potenciais fontes de liberação

Se o fluxo de ar puder ser aumentado, então o grau de diluição pode ser considerado “médio” e a
extensão da área classificada pode ser Zona 2, ao invés de Zona 1.
[763.650.690-49]

Exemplo 3

Vapores de uma válvula de respiro em ambiente aberto, de um vaso de processo.

Características de liberação:

Substância inflamável Benzeno (CAS no 71-43-2)

Massa molar 78,11 kg/kmol


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Limite inferior de inflamabilidade, LII 1,2 % vol (0,012 v/v)

Temperatura de autoignição, (Tig) 498 °C

Densidade do gás, ρg 3,247 kg/m3 (calculada sob condições


ambientais). A densidade do gás indica a curva
que pode ser aplicada a partir do gráfico da
Figura D.1

Fonte de liberação, FL Válvula de respiro

Grau de liberação Primário (enchimento de vaso de processo)

Taxa de liberação do gás, Wg 4,50 × 10–3 kg/s (dado técnico do fabricante)

Características volumétricas de liberação, Qc 0,115 m3/s

Grau de liberação Secundário (falha do dispositivo de vedação)

Taxa de liberação, Wg 4,95 × 10-2 kg/s (dado técnico do fabricante)

Característica volumétrica de liberação, Qc 1,27 m3/s

Características do local:

Local externo Área não obstruída

Pressão atmosférica, pa 101 325 Pa

Temperatura ambiente, T 20 °C (293 K)

Velocidade da ventilação, uw 1,0 m/s

Disponibilidade da ventilação Boa (velocidade do vento na condição meteorológica


de calmaria)

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Efeitos das liberações:

Grau de diluição (ver Figura E.5) Médio

Tipo de zona Zona 1 + Zona 2

Grupo e subgrupo do gás e classe de temperatura IIA, T1


[763.650.690-49]

Qc (m3/s)
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Figura E.5 – Grau de diluição (Exemplo n° 3)

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Figura E. 6 – Extensão da área classificada (Exemplo n° 3)


Extensão das zonas, r, para grau de liberação primário = 1,5 m; para grau de liberação secundário = 5,0 m

Classificação das áreas:

As extensões das áreas classificadas são baseadas nas indicações da Figura E.6. Considerando os
parâmetros utilizados, a área classificada indicada a seguir é específica para as características desta
válvula de respiro (ver Figura E.7).

Figura E.7– Classificação de áreas (Exemplo n° 3)


Exemplo 4

Válvula de controle em ambiente congestionado, instalada em um sistema de tubulação de processo,


para transporte de gases inflamáveis.

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Características da liberação:

Substância inflamável Mistura de gases com predominância de


propano

Massa molar 44,1 kg/kmol


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Limite inferior de inflamabilidade, LII 1,7 % vol (0,017 v/v)

Temperatura de autoignição, Tig 450 °C

Densidade do gás, ρg 1,833 kg/m3 (calculada sob condições


ambientais). A densidade do gás indica a curva
que pode ser aplicada no gráfico da Figura D.1

Fonte de liberação, FL Haste de válvula com gaxeta


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Grau de liberação Secundário (falha da vedação)

Taxa de liberação do gás, Wg 5,06 × 10–3 kg/s, determinado considerando


uma pressão de operação p = 10 bar,
temperatura T = 15 °C, para uma área
equivalente a um furo S = 2,5 mm2, fator de
compressibilidade Z = 1, índice politrópico
γ = 1,1 e coeficiente de descarga Cd = 0,75

Características volumétricas de liberação, Qc 0,162/m3/s

Características do local:

Local externo Área não obstruída

Pressão atmosférica, pa 101 325 Pa

Temperatura ambiente, Ta 20 °C (293 K)

Velocidade da ventilação, uw 0,3 m/s

Disponibilidade da ventilação Boa (velocidade do vento na condição


meteorológica de calmaria)

Efeitos da liberação:

Grau de diluição (ver Figura E.8) Médio

Tipo de zona Zona 2

Grupo e subgrupo do gás e classe de temperatura IIA T1

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Figura E.8 – Grau de diluição (Exemplo n° 4)

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Figura E.9 – Extensão da área classificada (Exemplo n° 4)


Extensão das zonas, r, de 1,0 m a 2,0 m devido às características circunvizinhas, por exemplo, ser
uma liberação desimpedida de jato.

Como o gráfico não é válido para valores inferiores a 1 m, a zona é considerada com 1 m. Se for
necessária maior precisão da extensão da zona, então outro método de abordagem pode ser utilizado.

Classificação das áreas:

As extensões das áreas classificadas são baseadas nas indicações da Figura E.9. Considerando os
parâmetros utilizados, a área classificada indicada a seguir é específica para as características desta
válvula de controle (ver Figura E.10).

NOTA BRASILEIRA Dependendo do arranjo da instalação e dos equipamentos de processo, a Figura E.10
pode não ser aplicável para o caso de ambiente congestionado.

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Figura E.10 – Classificação de áreas (Exemplo n° 4)


Exemplo 5

Sistema fechado de tubulação de processo, localizado em ambiente interno, para transporte de gases
inflamáveis.

Características das liberações:

Substância inflamável Condensado de gás natural de poços de petróleo

Massa molar 20 kg/kmol

Limite inferior de inflamabilidade, LII 4 % vol (0,04 v/v)

Temperatura de autoignição, Tig 500 °C

Densidade do gás, ρg 0,831 kg/m3 (calculada sob condições ambientais).


A densidade do gás indica a curva que pode ser
aplicada no gráfico da Figura D.1

Múltiplas fontes de liberação, MFL

a) grau de liberação Contínuo (emissões fugitivas)

— Tipo Acessórios de dutos (descontinuidades ao longo


da tubulação)

— taxa de liberação por unidade, Wg 1 × 10–9 kg/s (dados técnicos de laboratório)

— Taxa de liberação volumétrica por unidade, Qg 1,2 x 10-9 m3/s

— Número de fontes de liberações 10

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b) grau de liberação Primário

— tipo Vedação de partes móveis de baixa velocidade


(haste da válvula de controle)

— taxa de liberação por unidade, Wg 1,5 × 10–6 kg/s (dados técnicos do fabricante)
[763.650.690-49]

— taxa de liberação volumétrica por unidade, Qg 1,8 × 10–6 m3/s

— Número de fontes de liberação 3

c) grau de liberação Secundário

— tipo Vedação de partes fixas (flange com junta de fibra)

— taxa de liberação por unidade, Wg 1,7∙ 10–3 kg/s, determinada considerando uma
pressão de operação p = 5 bar, temperatura
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T = 15 °C, área equivalente a um furo S = 2,5 mm2,


fator de compressibilidade Z = 1, índice politrópico
γ = 1,1 e coeficiente de descarga Cd = 0,75

— taxa de liberação volumétrica por unidade, Qg 2,05 x 10–3 m3/s

— número de fontes de liberação 1, a maior delas

Características do local:

Locais internos Edificação com ventilação natural (pelo vento)

Pressão atmosférica, pa 101 325 Pa

Temperatura ambiente, Ta 20 °C (293 K)

Tamanho da edificação, C × L × A (h) = V0 3,0 m × 3,0 m × 3,5 m = 31,5 m3

Fluxo de ar, Qa 189 m3/h (0,053 m3/s)

Disponibilidade da ventilação Satisfatória, determinada considerando as piores


condições ambientais (velocidade do vento na
condição meteorológica de calmaria)

Fator de ineficiência da ventilação, f 3

Velocidade da ventilação uw 0,005 m/s, estimado por Qa/(L x A)

Concentração crítica, Xcrit 0,01 v/v, igual a (0,25 × LII)

Efeitos de múltiplas fontes de liberação:

Grau de liberação Contínuo (liberações fugitivas)

Somatório das taxas de liberação, Σ Wg 1,0 × 10–8 kg/s

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Somatório das taxas de liberação volumétricas, Σ Qg 1,2 × 10–8 m3/s

concentração preexistente, Xb 6,79 × 10–7 v/v

comparação de concentrações Xb << Xcrit

característica de liberação volumétrica, Qc 3,01 x 10 -7 m3/s


[763.650.690-49]

grau de diluição Alto

tipo de zona(s) Zona 0 ED

Graus de liberação primário e contínuo

somatório das taxas de liberação, Σ Wg 4,51 × 10–6 kg/s

somatório das taxas de liberação volumétricas, Σ Qg 5,42 × 10–6 m3/s


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concentração preexistente, Xb 3,1× 10–4 v/v

comparação de concentrações Xb << Xcrit

característica de liberação, Qc 1,36 x 10 -4 m3/s

grau de diluição Alto

tipo de zona (s) Zona 1 ED

Graus de liberação secundário, primário e contínuo

taxa de liberação, Wg 1,7 × 10–3 kg/s

taxa de liberação volumétrica, Qg 2,05 × 10–3 m3/s

concentração preexistente, Xb 0,12 v/v

comparação de concentrações Xb > Xcrit

tempo necessário para atingir Xcrit, td 1,23 h (margem de segurança igual para f)

característica de liberação volumétrica, Qc 0,051 m3/s

Grau de diluição Baixo devido a Xb > Xcrit

Tipo de zona Zona 1

Grupo e subgrupo do gás e classe de temperatura IIA T1

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Figura E.11 – Grau de diluição (Exemplo n° 5)


O procedimento para estimar o grau de diluição pela utilização do gráfico não é necessário neste caso,
porque a concentração preexistente dentro do espaço fechado é maior do que a concentração crítica
(Xb > Xcrit). Então, de qualquer forma, o grau de diluição será considerado “baixo”. A Figura E.11 indica
que o ponto de interseção está dentro da área de “diluição média”, mas próximo da linha divisória.
Admitindo as incertezas do método, isto demonstra que a avaliação acima é adequada.

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Figura E.12 – Extensão da área classificada (Exemplo no 5)


Extensão da zona (ver Figura E.12), (r) extensão da zona é de aproximadamente 1,0 m, devido às
características circunvizinhas (isto é, liberação de jato impedida).

Classificação de áreas:

O resultado da classificação de áreas deve englobar o volume completo do ambiente interno, porque
a concentração preexistente excede a concentração crítica, e o tempo para atingir esta concentração
crítica, após cessar a liberação, é significativo. Também a extensão da zona é significativa em relação
ao tamanho da edificação (ver C.3.6.1)

E.3 Exemplo de estudo de caso de classificação de áreas


O exemplo a seguir tem como objetivo ilustrar o método de classificação de áreas e a forma de
apresentação das zonas. As características das zonas podem variar bastante, dependendo dos
detalhes específicos da instalação ou dos procedimentos aplicáveis. Este exemplo foi adotado
porque inclui uma variedade de formas de liberação, que são frequentemente encontradas na prática,
separadamente ou em várias combinações, ou em diferentes contextos. A unidade de compressão,
neste exemplo, deve ser considerada apenas uma orientação para o método estabelecido nesta
Norma.

O exemplo representa uma unidade de compressão que opera com gás natural (ver Figura E.13). A
unidade de compressão é composta por pacotes de conjuntos montados (SKID) que consistem em um

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motor a gás, compressor, resfriador de ar, tubulações de processo, lavadores de gases de exaustão,
amortecedores de pulsação e equipamentos auxiliares.

Neste exemplo, o motor a gás e o compressor são projetados para serem instalados em um abrigo
com ventilação natural, com o ar entrando através da parte inferior e uma frontal, e saindo por uma
abertura na parte superior (ver Tabela E.1).
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A parte externa da instalação é constituída por resfriadores de ar combinados com água de refrigeração
e trocadores de calor do processo de gás, tubulações, válvulas (fechamento de emergência, bloqueio
e controle), lavadores de gases de exaustão etc.

As substâncias inflamáveis que aparecem neste exemplo são indicadas na Tabela E.2:

1) Gás de processo (gás natural com 80 % vol metano),

2) Condensado do gás de processo coletado nos lavadores e automaticamente drenado em direção


ao reservatório de coleta (principalmente hidrocarbonetos pesados, em quantidades que são
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determinadas pelo respectivo estado de equilíbrio de cada estágio de compressão),

3) O combustível da turbina a gás e o gás de partida (gás natural de qualidade em “tubulação seca”,
mínimo de 96 % volume de metano),

4) Vários produtos químicos aplicados no processo, por exemplo, inibidores de corrosão e aditivos
anticongelantes.

As fontes de liberação que aparecem no exemplo estão indicadas na Tabela E.3:

1) Alívio do gás de partida (uma fonte esperada que gera uma liberação de grau primário; acontece
a cada partida da máquina),

2) Dispositivo de descarga do compressor (fonte esperada que gera uma liberação de grau primário;
acontece a cada despressurização do compressor),

3) Válvula de alívio de desligamento do motor a gás (fonte esperada que gera uma liberação de grau
primário; acontece a cada desligamento do compressor, quando a entrada de gás é bloqueada
e o gás contido é enviado para a atmosfera),

4) Válvula de segurança (fonte não esperada que tipicamente gera uma liberação de grau secundário;
acontece se a pressão a montante aumentar para um valor superior ao ponto de ajuste (set point);
geralmente um dispositivo de segurança de desligamento é instalado no sistema de proteção
do compressor para desligar antes de a válvula de segurança abrir e, portanto, geralmente não
é considerada a fonte que gera uma liberação de grau primário; ver B.2.2 e B.2.3),

5) Vazamento das gaxetas das hastes dos pistões do compressor (fonte que tipicamente gera
uma liberação de grau primário, contudo, em caso de dúvida sobre monitoramento, controle
e qualidade da manutenção, este vazamento pode ser considerado uma fonte que gera liberação
de grau contínuo; ver B.2.2 e B.2.3),

6) Motor a gás, compressor e trocador a ar (fontes que geram uma liberação de grau secundário),

7) Lavadores de gás de processo e drenos (fontes que geram liberação de grau secundário da fase
líquida),

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8) Válvulas internas e externas ao abrigo (fontes que geram liberação de grau secundário),

9) Conexões de tubulações (fontes que geram liberação de grau secundário).

As taxas de liberação deste exemplo são avaliadas conforme a seguir:

1) Para o gás de partida, a vazão de gás é como indicado na folha de dados dos fabricantes das
[763.650.690-49]

partidas pneumáticas,

2) Para válvula de descarga, é o gás pressurizado contido nos cilindros dos compressores, lavadores,
amortecedores de pulsação e tubulação de processo,

3) Para válvulas de alívio de parada do motor a gás, é o gás contido nas linhas de combustíveis e
cilindros do motor,

4) Para válvulas de segurança, é a vazão de gás indicada na folha de dados do seu fabricante para o
respectivo ponto de ajuste de pressão, ou das vazões de gás calculadas de acordo com B.7.2.3.2
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ou B.7.2.3.3, ou estimadas de outra forma,

5) Para todas as outras fontes de liberação, as vazões de gás são calculadas de acordo com
B.7.2.3.2 ou B.7.2.3.3, ou estimadas de outra forma.

Legenda

1 Aberturas de saída do ar de ventilação


2 Alívio do gás de partida
3 Dispositivo de descarga do compressor
4 Válvula de alívio de desligamento do motor a gás
5 e 5a Válvulas de segurança
6 Gaxetas das hastes dos pistões do compressor

Figura E.13 – Instalação abrigada de compressão de gás natural

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Tabela E.1 – Instalação para compressão de gás natural (continua)


Considerações para o procedimento de classificação de áreas em instalação abrigada
Gás de processo, gás condensado coletado dentro dos
Quais são as substâncias
01 lavadores dos estágios intermediários da unidade de
inflamáveis envolvidas?
compressão, combustível do motor a gás e gás de partida.
[763.650.690-49]

É conhecida a composição do gás de processo, do combustível


e do gás de partida, mas não é conhecida a composição do
A composição destas
02 gás condensado de processo. Para este exemplo foi assumido
substâncias é conhecida?
que o condensado é uma mistura de hidrocarbonetos pesados,
principalmente pentano e hexano com água.
São informados, para
este exemplo, os valores ● para o gás de processo: LII = 0,04;
calculados ou assumidos, ● para o combustível e gás de partida: LII = 0,05;
03
para os limites inferiores ● para o gás condensado: LII = 0,013 a 0,08, dependendo do
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de inflamabilidade das estágio da compressão.


substâncias inflamáveis.
Quais são as fontes de Conexões de tubulação do motor a gás, compressor, lavadores
04 liberação internas ao e tubulações, assim como as conexões dos instrumentos
abrigo? locais.
Os graus de liberação são todos os secundários. É esperado
Quais são os graus de
05 que não exista gás na edificação sob condições normais de
liberação?
operação, devido à instalação ser bem monitorada e mantida.
Os compressores alternativos raramente vazam pelos cilindros.
No entanto, eles são máquinas que vibram, submetendo as
tubulações do processo a esforços dinâmicos e térmicos.
Portanto, qualquer conexão de tubulações pode ser uma fonte
de liberação.
Quais são as fontes Outra fonte real de liberação pode ser a válvula de respiro do
de liberação mais cárter do compressor. Quando a gaxeta da haste do pistão
06
significativas nestas desgasta ou quebra, então o gás comprimido pode vazar,
condições? entrar no cárter e, em seguida, liberar pela válvula de respiro
para a área circundante.
Podem existir outras fontes de liberação que têm que ser
analisadas. Algumas podem não ser evidentes e permanecer
ocultas por algum tempo, gerando dúvidas sobre o grau de
liberação.
Aquela que gerar a maior taxa de liberação, por exemplo, no
segundo estágio de compressão que gera a maior pressão,
Como as liberações
considerando o orifício de 2,5 mm2 (ver Tabela B.1).
das fontes de grau
secundárias não são ● M = 21,6 kg/kmol;
07
somadas, qual delas ● γ = 1,2;
seria escolhida para esta ● p = 51 bar;
análise?
● T = 422 K (máxima temperatura absoluta de trabalho
permitida).

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Tabela E.1 (continuação)


Considerações para o procedimento de classificação de áreas em instalação abrigada

Ao assumir que a maior Desde que a pressão de operação indique uma liberação
liberação ocorre em uma sônica, o resultado deve ser:
08 gaxeta defeituosa, qual Wg ≈ 1,54 × 10–2 kg/s; com Cd sendo 0,75 e S sendo 2,5 mm2
[763.650.690-49]

é a taxa de liberação (ver Equação B.4)


correspondente? Qg≈1,85 × 10–2 m3/s
Sim, a ventilação natural induzida será sempre possível,
É possível que a
mesmo durante os dias quentes de verão, porque o calor
ventilação natural do
dissipado pelas máquinas e compressores irá manter
abrigo esteja presente
09 constantemente a temperatura interna acima da temperatura
para todas as condições
do ambiente. A configuração do abrigo também permitirá a
ambientais ao longo do
entrada do vento para melhorar a ventilação, não importando
ano?
a direção em que ele está soprando.
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— Comprimento do abrigo: L = 12 m
— Largura do abrigo: B = 12 m
— Altura total do abrigo: H = 8,0 m
— Volume total sob análise: V ≈ 1 000 m3
— Volume sob consideração: V0 ≈ 0,80 x V = 800 m3; V0 é um
volume menor do que V (volume total sob análise), onde é
Quais são as deduzido o volume dos equipamentos e utilizado como uma
características aproximação.
10
geométricas da — Área total efetiva das aberturas de entrada de ar: A1 = 30 m2
edificação? — Área total efetiva das aberturas de saída de ar: A2= 24 m2
— Distância vertical entre os centros das aberturas de entrada
e saída de ar traseiras: H1 = 7,0 m
— Distância vertical entre os centros das aberturas de entrada
e saída de ar frontais: H2 = 5,4 m
— Distância vertical média entre os centros das aberturas:
Ha = 6,2 m
Qual é a área equivalente
11 efetiva da abertura Ae≈ 26,5 m2 (ver C.5.2)
inferior?
Quais são as temperaturas Temperatura média interna absoluta: T in = 316 K
12 nas condições mais
desfavoráveis? Temperatura externa absoluta: T out = 313 K

Qual é a vazão
13 Qa ≈ 10,7 m3/s; com Cd sendo 0,75 (ver Equação C.4)
volumétrica de ar limpo?

Qa
=
C ≈ 48 h−1
V0
Qual é o número de trocas
14 de ar por hora dentro do O número de 48 trocas de ar por hora foi escolhido para a
volume sob consideração? finalidade deste exemplo, para ilustrar condições com muitas
correntes de ar, e pode não ser aplicável nas condições de
uma situação real.

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Tabela E.1 (continuação)


Considerações para o procedimento de classificação de áreas em instalação abrigada
É recomendado que a velocidade da ventilação seja calculada
pela relação do fluxo de ar com a seção transversal, que é
Qual é a velocidade da
15 horizontal:
ventilação?
[763.650.690-49]

Qa
=
uw ≈ 0, 075 m s
L×B
Qual é a concentração f × Qg
16 inicial dentro do volume Xb = ≈ 0,18% ≈ 4, 5% LFL (Ver Equação C.1)
CV0
sob consideração?
QC ≈ 0,5 m3/s
Qual é a característica da Desde que a condição do fluxo de ar indique o movimento
17
liberação? ascendente do ar, não existe qualquer razão para aplicar um
fator mais restritivo de ineficiência da ventilação do que 1,0.
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Ver o gráfico na Figura C.1 e encontrar a interseção dos


18 Qual é o grau de diluição? valores dos eixos X e Y. O valor encontrado do grau de diluição
é “Médio”.
A concentração Não, ela é 4,5 % do LII.
19 preexistente é maior do Considerando a resposta, o grau de diluição pode ser
que 25 % do LII? considerado “Médio”.
É recomendado que a disponibilidade de ventilação natural
Qual é a disponibilidade em espaços fechados nunca seja considerada boa, devido
20
da ventilação? às incertezas das variações naturais. Então, considerar a
disponibilidade “Satisfatória”.
Considerando os graus de liberação, o grau de diluição
Qual será o tipo de zona
21 e a disponibilidade da ventilação, o interior do abrigo é
dentro do abrigo?
considerado zona 2 (ver Tabela D.1)
Existe alguma abertura
que possa ser Sim, a abertura na cobertura.
22
considerada uma fonte de É uma abertura do tipo A.
liberação?
Wg = u2 A2 ρg Xb = uw L B ρg Xb
Qual é a taxa mássica de
Wg ≈ 1,54 × 10–2 kg/s
23 liberação do gás por esta
abertura? O resultado é o mesmo que o obtido pela Equação (B.4), que
está em conformidade com a Lei de Conservação de Massas.
Novamente, o grau de diluição é obtido pela utilização do
gráfico da Figura C.1, exceto que a velocidade de ventilação
“uw” é agora a velocidade do vento. Assume-se que 1,0 m/s é
24 Qual é o grau de diluição?
uma aproximação realista, considerando a altura da abertura
acima do piso (ver Tabela C.2). O grau de diluição continua
sendo considerado “Médio”.
Qual é a área classificada A área classificada deve, aparentemente, ser zona 2 (ver
25
em torno da abertura? Figura E.14)

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Tabela E.1 (conclusão)


Considerações para o procedimento de classificação de áreas em instalação abrigada
A extensão da área classificada pode ser estimada pela
aplicação do método indicado no Anexo D (ver Figura D.1).
Qual é a extensão da área Considerando a posição da fonte de liberação, não há qualquer
[763.650.690-49]

26 classificada em torno da necessidade para muito conservadorismo e a curva inferior


abertura? pode ser uma escolha lógica. As extensões de risco no gráfico
indicam acima de 1,0 m, desta forma, a zona possuirá uma
extensão de 1,5 m (ver Figura E.14).
Toda a área sob o abrigo é zona 2. Não existe qualquer
necessidade de ampliar a zona na parte superior das
27 Conclusão paredes, exceto na cobertura onde a mistura de ar e gás pode
escapar, como resultado da ventilação natural induzida por
flutuabilidade (ver Figuras E.14 e E.15)
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Considerações similares podem ser aplicadas para outras fontes potenciais de liberação citadas neste
estudo de caso.

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Tabela E.2 – Lista de dados de processo para classificação de áreas – Parte 1 – Lista de substâncias inflamáveis

92
e suas características
Folha 1 de 3
Planta: Instalação de compressão que opera com gás natural (análise de caso) Figuras E.2,
Área: E.2a

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Substâncias inflamáveis Volatilidade a LII Características Ex

Índice
Massa Pressão de Qualquer outra
Densidade politrópico Ponto Temperatura Ponto de
molar vapor vol Grupo e Classe de informação ou
Nome Composição relativa de expansão de fulgor de ignição ebulição (kg/m3)
(kg / 20 °C (%) subgrupo temperatura observação
gás/ar adiabática (°C) (°C) (°C)
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kmol) (kPa) importante


γ

80 % v/v

CH4 +
Gás de Dados de
1 Hidrocarbonetos 21,6 0,8 1,2 – > 400 – – 4,0 0,036 IIA T2
processo laboratório
com peso
molecular leve

Gás Iso e normal 1,3 0,025


Os valores são
2 condensado pentano, hexano 46 >3,0 – <30 < 300 < 50 Desconhecido até até IIA T3
estimados
de processo e heptano 8,0 0,153

96 % v/v

Gás CH4 +
Dados de
3 combustível Hidrocarbonetos 16,8 0,6 1,3 – > 500 – – 5,0 0,035 IIA T1
laboratório
e de partida com peso
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molecular leve
a Geralmente, os valores de pressão de vapor são fornecidos, mas, em sua ausência, o ponto de ebulição também indica a volatilidade.

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[763.650.690-49]
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Tabela E.3 – Lista de dados de processo para classificação de áreas – Parte 2 – Lista das fontes de liberação (continua)
Planta: Instalação de compressão que opera com gás natural (análise de caso) Figuras E.2,
Área: E.2a
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Fonte de liberação Substâncias inflamáveis Ventilação Área classificada
Qualquer
outra
Temperatura Grau de Tipo de
Taxa de Característica Extensão da zona Referência informação
Grau de e pressão de Estado c Tipo d diluição Disponibilidade zona
Descrição Localização liberação de liberação Referência b f ou
e (m)
liberação a operação 0-1-2
(kg/s) (m3/s) observação
importante
(°C) (kPa) Vertical Horizontal
Abertura de 1,54 ×
1 Cobertura S 0,5 1 - 101.325 G N Médio Boa 2 1,5 1,5
ar externo 10-2
Válvula de 9,0 9,0
Acima do Informação
2 alívio do gás P 0,5 16 3 25 1 000 G N Médio Boa 1 da saída da saída do
teto do fabricante
de partida do alívio alívio

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Vent de 8,0 8,0 Liberação
Acima do
3 descarga do P 1,75 52 1 35 5 000 G N Médio Boa 1 da saída da saída do de volume
teto
compressor do alívio alívio limitado
Válvula de 6,0 6,0 Liberação
Acima do
4 alívio do gás P 0,25 7,7 3 25 50 G N Médio Boa 1 da saída da saída do de volume
teto
combustível do alívio alívio limitado
3,0 3,0 Operação
Válvula de Acima do 1,8 ×
5 S 0,54 1 149 2 800 G N Médio Boa 2 da saída da saída do com fluxo
segurança teto 10-2
do alívio alívio reduzido
3,0 3,0 Operação
Válvula de Lavador de 1,8 ×
5a S 0,54 1 50 5 500 G N Médio Boa 2 da saída da saída do com fluxo
segurança gases 10-2
do alívio alívio reduzido
Alívio das
1,5 1,5
hastes dos Acima do 1,0 ×
6 P/C 0,3 1 25 101, 325 G N Médio Boa 0 ou 1 da saída da saída do
pistões do teto 10-2
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do alívio alívio
compressor
Interior
Dentro do 1,54 × Interior do
7 Motor a gás S 0,5 3 25 50 G N Médio Satisfatória 2 do
abrigo 10-2 abrigo
abrigo
Interior
Dentro do 1,54 × 200 até Interior do
7ª Compressor S 0,5 1 149 G N Médio Satisfatória 2 do
abrigo 10-2 5 000 abrigo
abrigo
3,0
2 500 3,0
Ventilador Em frente 1,8 × do
7b S 0,54 1 50 até G N Médio Boa 2 do resfriador
de ar ao abrigo 10-2 resfriador
5 000 de ar
de ar
[763.650.690-49]

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93
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94
Tabela E.3 (conclusão)
Planta: Instalação de compressão que opera com gás natural (análise de caso)
Figuras E2, E.2a
Área:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Fonte de liberação Substâncias inflamáveis Ventilação Área classificada
Temperatura Qualquer
Extensão da zona
e pressão Tipo outra
Taxa de Característica (m)
Grau de de operação Grau de de informação
Descrição Localização l beração de liberação Referênciab Estadoc Tipod Dispon bilidade Referênciaf
l beraçãoa diluiçãoe zona ou
(kg/s) (m3/s)
(°C) (kPa) 0-1-2 Vertical Horizontal observação
importante
Lavador
Interior do 0,93 × Interior do Interior do
8 de gás de S 0,4 1 50 2 500 L N Médio Satisfatória 2
ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

abrigo 10-2 abrigo abrigo


processo
3,0 3,0
Lavador
Exterior ao 0,93 × dos dos
8a de gás de S 0,4 2 50 5 000 L N Médio Boa 2
abrigo 10-2 lavadores lavadores
processo
de gases de gases
2 500
Interior do 1,8 × Interior do Interior do
9 Válvulas S 0,54 1/2/3 50 até G/L N Médio Satisfatória 2
abrigo 10-2 abrigo abrigo
5 000
2 500 3,0 3,0
Exterior ao 1,8 ×
9a Válvulas S 0,54 1/2/3 50 até G/L N Médio Boa 2 das das
abrigo 10-2
5 000 válvulas válvulas
Conexões 2 500
Interior do 1,8 × Interior do Interior do
10 de S 0,54 1/2/3 50 até G/L N Médio Satisfatória 2
abrigo 10-2 abrigo abrigo
tubulação 5 000
3,0 3,0
Conexões 2 500 das das
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Exterior ao 1,8 ×
10a de S 0,54 1/2/3 50 até G/L N Médio Boa 2 conexões conexões
abrigo 10-2
tubulação 5 000 das das
tubulações tubulações
a C – Contínuo; P – Primário; S – Secundário.
b Citar o número constante na lista da Parte 1.
c G – Gás; L – Líquido; GL – Gás liquefeito; S – Sólido.
d N – Natural; A – Artificial.
e Ver Anexo C.
f Indicar a norma de referência u ilizada ou referência de cálculo.

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[763.650.690-49]
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Figura E.14 – Exemplo de classificação de áreas de estação de compressão de gás natural (elevação)
[763.650.690-49]

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Figura E.15 – Exemplo de classificação de áreas de estação de compressão de gás natural (planta)

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[763.650.690-49]
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Anexo F
(informativo)

Fluxograma para elaboração de classificação de áreas


[763.650.690-49]

F.1 Fluxograma geral para elaboração de classificação de áreas


A Figura F.1 apresenta um fluxograma para elaboração de classificação de áreas.
Início

O recipiente contém substâncias inflamáveis


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O recipiente contém uma quantidade de substâncias


inflamáveis que é capaz de produzir um volume Não
significativo de gás na atmosfera sob estudo?

Sim

Existem fontes de liberação? Não

Sim

As fontes de l beração podem ser eliminadas? Sim

Não Área não


classificada
Os graus de liberação de cada fonte de l beração devem ser
determinados

Grau de l beração CONTÍNUO Grau de liberação PRIMÁRIO Grau de liberação SECUNDÁRIO

Ir para F.2 Ir para F.3 Ir para F.4

NOTA Uma fonte de liberação pode gerar mais de um grau de liberação ou uma combinação.

NOTA BRASILEIRA Para que a área seja considerada não classificada, é necessário que as fontes de
liberação tenham sido adequadamente eliminadas.

Figura F.1 – Fluxograma para elaboração da classificação de áreas

F.2 Fluxograma para elaboração de classificação de áreas – Grau de liberação


contínuo
A Figura F.2 apresenta um fluxograma para a elaboração da classificação de áreas (continuação).

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Continuação de F.1

Grau de liberação CONTÍNUO

Esta fonte de liberação pode ser considerada


grau de liberação PRIMÁRIO?
[763.650.690-49]

Não SIM Ir para F.3

Parâmetros que afetam o tipo e a extensão de zonas que necessitam ser


avaliados (por exemplo, taxa de liberação, velocidade etc.)

O grau de diluição deve ser determinado (ambientes internos necessitam de avaliação das concentrações preexistentes)
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Alto Médio Baixo

Pode o grau de diluição ser


Pode o grau de diluição ser
Sim Sim considerado “Diluição
considerado “Diluição alta”?
média”?

Não Não

A dispon bilidade da ventilação deve A disponibilidade da ventilação deve A dispon bilidade da ventilação não é
ser determinada ser determinada considerada

Boa Satisfatória Pobre Boa Satisfatória Pobre

O tipo de zona é determinado O tipo de zona é determinado O tipo de zona é determinado

Área não Zona 1 Zona 0


classificada Zona 0 +
(Zona 0 ED)
(Zona 0 ED) Zona 1

Zona 2 Zona 0
+ Zona 0
(Zona 0 ED)
Zona 2

Utilizar um código apropriado ou Utilizar um código apropriado ou Utilizar um código apropriado ou


cálculos para determinar a extensão cálculos para determinar a extensão cálculos para determinar a extensão
da zona da zona da zona

NOTA Zonas ED indicam zonas teóricas que podem ser de extensão desprezível sob condições normais.
Figura F.2 – Fluxograma para elaboração de classificação de áreas para fontes de liberação
com grau contínuo

F.3 Fluxograma para elaboração de classificação de áreas – Grau de liberação


primário
A Figura F.3 apresenta um fluxograma para elaboração de classificação de áreas (continuação).

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Continuação de F.1 ou F.2

Grau de liberação PRIMÁRIO

Esta fonte de liberação pode ser considerada de


[763.650.690-49]

grau de liberação SECUNDÁRIO?

Não Sim Ir para F.4

Parâmetros que afetam o tipo e a extensão de zonas necessitam ser avaliados


(por exemplo, taxa de l beração, velocidade etc.)

O grau de diluição deve ser determinado (ambientes internos necessitam de avaliação das concentrações preexistentes)
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Alto Médio Baixo

O grau de diluição pode O grau de diluição pode


Sim ser considerado de Sim ser considerado de
“Diluição alta”? “Diluição média”?

Não
Não

A disponibilidade da ventilação deve A disponibilidade da ventilação deve A disponibilidade da ventilação não é


ser determinada ser determinada considerada

Boa Satisfatória Pobre Boa Satisfatória Pobre

O tipo de zona é determinado O tipo de zona é determinado O tipo de zona é determinado

Área não Zona 2 Zona 1


classificada Zona 1 +
(Zona 1 ED) (1
(Zona 1 ED) (1) Zona 2

Zona 2 Zona 1 Zona 1 ou


(Zona 1 ED) (1) + Zona 0 (2)
Zona 2

Utilizar um código apropriado ou Utilizar um código apropriado ou Utilizar um código apropriado ou


cálculos para determinar a extensão cálculos para determinar a extensão cálculos para determinar a extensão
da zona da zona da zona

NOTA 1 Zonas ED indicam zonas teóricas que podem ser de extensão desprezível sob condições normais.

NOTA 2 Será zona 0 se a baixa diluição for tão baixa e a liberação for tal que na prática uma atmosfera
explosiva exista praticamente de forma contínua, isto é, uma condição aproximada de “nenhuma ventilação”.

Figura F.3 – Fluxograma para elaboração de classificação de áreas para fontes de liberação
com grau primário

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F.4 Fluxograma para elaboração de classificação de áreas – Grau de liberação


secundário
A Figura F.4 apresenta um fluxograma para elaboração de classificação de áreas.
Continuação de F.1 ou F.3
[763.650.690-49]

Grau de liberação SECUNDÁRIO

Pode ser eliminado?

Não Sim Área não classificada

Parâmetros que afetam o tipo e a extensão de zonas devem ser avaliados


(por exemplo, taxa de liberação, velocidade etc.)
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O grau de diluição deve ser determinado (ambientes internos necessitam de avaliação das concentrações preexistentes)

Médio Baixo
Alto

O grau de diluição pode O grau de diluição pode


Sim ser considerado de Sim ser considerado de
“Diluição alta”? “Diluição média”?

Não Não

A disponibilidade da ventilação deve A disponibilidade da ventilação deve A disponibilidade da ventilação não é


ser determinada ser determinada considerada

Boa Satisfatória Pobre Boa Satisfatória Pobre

O tipo de zona é determinado O tipo de zona é determinado O tipo de zona é determinado

Área não Zona 2 (3) Zona 2 Zona 2 (3)


classificada

Zona 1 e
Área não classificada eventualmente
Zona 2
(Zona 2 ED) (1) Zona 0 (2)

Utilizar um código apropriado ou Utilizar um código apropriado ou Utilizar um código apropriado ou


cálculos para determinar a extensão cálculos para determinar a extensão cálculos para determinar a extensão
da zona da zona da zona

NOTA 1 Zonas ED indicam zonas teóricas que podem ser de extensão desprezível sob condições normais.

NOTA 2 Será zona 0 se a baixa diluição for tão baixa e a liberação for tal que na prática uma atmosfera
explosiva exista praticamente de forma contínua, isto é, uma condição aproximada de “nenhuma ventilação”.

Figura F.4 – Fluxograma para elaboração de classificação de áreas para fontes de liberação
com grau secundário (continua)

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NOTA 3 A zona 2 gerada por uma fonte de grau de liberação secundário pode exceder aquela atribuível
a graus de liberação primário ou contínuo.

NOTA BRASILEIRA Para que a área seja considerada não classificada, é necessário que as fontes de
liberação tenham sido adequadamente eliminadas.
[763.650.690-49]

Figura F.4 (conclusão)


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Anexo G
(informativo)

Névoas inflamáveis
[763.650.690-49]

G.1 Quando um líquido for manuseado na sua temperatura de ponto de fulgor ou acima, qualquer
liberação deve ser tratada considerando o processo usual de classificação de áreas descrito nesta
Norma. Se a liberação ocorrer abaixo da temperatura do ponto de fulgor, sob certas condições, esta
liberação pode formar uma nuvem de névoa inflamável. Mesmo os líquidos que podem ser considerados
não inflamáveis em sua temperatura de processamento, em algumas situações podem formar uma
névoa inflamável, gerando um risco de explosão. Exemplos de líquidos que geralmente podem ser
considerados nesta condição incluem combustíveis líquidos com elevados pontos de fulgor, fluidos
térmicos e óleos de lubrificação.
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G.2 Na prática, uma liberação de líquido geralmente compreende uma grande faixa de tamanhos
de gotículas, que tendem a cair imediatamente, deixando somente uma pequena fração da liberação
no ar, na forma de um aerossol. A explosividade das névoas depende da sua concentração no ar
(gotículas e vapor), da volatilidade e do tamanho das gotículas no interior da nuvem. O tamanho das
gotículas depende da pressão na qual o líquido for liberado, das propriedades do líquido (densidade
primária, tensão superficial e viscosidade), do tamanho e do formato da abertura da fonte de liberação.
Geralmente, quanto maior for a pressão e menor for a abertura, maior será a contribuição para o grau
de atomização da liberação fugitiva, desta forma elevando o risco de uma explosão. Por outro lado,
quanto menor for a abertura da liberação, menor será a taxa de liberação, desta forma reduzindo
o risco de uma explosão.

G.3 É comprovado que gotículas em forma de aerossol representam a porção que pode mais
facilmente causar a ignição da nuvem da névoa. Geralmente estas gotículas representam apenas uma
pequena porção do total da liberação. Esta porção pode aumentar, se a liberação fugitiva encontrar
uma barreira nas proximidades.

NOTA 1 Aerossóis são partículas pequenas (desde submicron até 50 mícron) em suspensão na atmosfera.

NOTA 2 A massa de gotículas na faixa do aerossol pode ser tão baixa quanto 1 % do total da massa
liberada, dependendo das condições da liberação.

NOTA 3 Nuvens com gotículas de combustível são geralmente difíceis de causar ignição, a menos que haja
a presença de uma massa suficiente de vapor ou partículas muito pequenas.

G.4 É recomendado que a probabilidade de que a liberação de líquidos venha a formar uma névoa
inflamável, durante operação normal ou falhas previstas, seja cuidadosamente avaliada, bem como
a probabilidade dos eventos que possam levar a esta liberação. A avaliação pode indicar se a liberação
da substância possui probabilidade muito baixa ou se a nuvem da névoa pode ser formada somente
durante falhas raras ou catastróficas. É recomendado que as avaliações sejam baseadas em referências
ou experiências operacionais em plantas similares. Entretanto, devido à complexidade termodinâmica
das névoas, da grande quantidade de fatores que influenciam a formação e a explosividade destas,
a referência pode não ser disponível para cada dada situação. Nestes casos, é recomendado que seja
efetuado um julgamento baseado nos dados disponíveis.

G.5 É importante ressaltar que nem toda liberação ocasiona a formação de uma névoa, por exemplo,
as liberações por meio de juntas de vedação desgastadas de flanges ou dispositivos de conexões são
as fontes de risco secundárias mais comuns nos casos de gases ou vapores. As névoas são geralmente

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desprezíveis em casos de líquidos com elevada viscosidade, os quais, na maioria das vezes, causam
gotejamento em vez de névoa. Isto significa que é baixa a possibilidade de névoas serem geradas por
liberações fugitivas em juntas de tubulação, válvulas etc. É recomendado considerar as propriedades
físicas dos líquidos, as condições nas quais os líquidos são manuseados, os detalhes mecânicos do
equipamento por meio do qual os materiais são processados, a condição operacional do equipamento
e as barreiras próximas da fonte de liberação.
[763.650.690-49]

NOTA 1 Para liberações de líquidos que estejam bem abaixo do seu ponto de fulgor, são raras as
ocorrências de explosões nas indústrias de processo. Isto ocorre possivelmente devido à dificuldade na
geração de gotículas com tamanho suficientemente pequeno, a partir de uma liberação acidental, e à
dificuldade associada de ignição.

NOTA 2 Névoas inflamáveis podem sofrer ignição devido a centelhas de energia similar para a ignição
de vapores, porém geralmente requerem temperaturas de superfície muito mais elevadas para a ignição. A
ignição de névoas por contato com superfícies quentes geralmente requer temperaturas mais elevadas do
que para a ignição de vapor.
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G.6 Se a formação de uma névoa inflamável for considerada possível, então é recomendado que a
fonte de liberação, preferencialmente, possua uma contenção ou seja gerenciada de forma a reduzir
o seu risco. Por exemplo, pela utilização de proteções porosas, a fim de promover o coalescimento da
névoa, pela utilização de detectores de névoas ou por sistemas de supressão. Quando a contenção ou
os sistemas de controle similares não puderem ser assegurados, recomenda-se então que o potencial
de existência de uma área classificada seja considerado. Entretanto, em função de os mecanismos
de dispersão e os critérios para a explosividade das névoas serem diferentes daqueles para gases
e vapores, não é permitido que o método de classificação de áreas apresentado no Anexo B seja
aplicado.

NOTA 1 As condições que são requeridas para a formação de uma névoa inflamável são tão complexas
que somente uma abordagem qualitativa pode ser apropriada. Isto pode ser útil para identificar os fatores
referentes ao líquido manuseado que contribuem para a formação e para a explosividade da névoa. Estes
fatores, juntamente com a probabilidade dos eventos que poderiam levar à liberação do líquido, podem ser
suficientes para avaliar o grau de risco e contribuir para a decisão sobre o estabelecimento de uma área
classificada.

NOTA 2 De forma geral, os únicos elementos aplicáveis para a determinação do tipo de zona é o grau da
fonte de liberação. Na maioria das vezes, este será um grau de liberação secundário. Graus de liberação
contínuos ou primários estão geralmente associados a equipamentos que são destinados a gerar material
pulverizado, como em cabines de pintura.

G.7 Considerando que existem diversas incertezas envolvidas na formação de uma nuvem de
névoa inflamável, é recomendado que a avaliação dos riscos de uma névoa seja feita com base em
experiências da indústria específica e em códigos específicos. Por exemplo, os riscos de uma névoa
inflamável reconhecem algumas aplicações de transferência de calor em que o líquido é aquecido para
uma temperatura próxima ou acima do ponto de fulgor e utilizado em temperaturas muito altas. Não é
considerado que os riscos de uma névoa inflamável para redes típicas de distribuição de combustíveis,
projetadas de acordo com códigos de tubulações apropriados, apresentem riscos plausíveis ao longo
de muitos anos de operação destas instalações em todo o mundo.

NOTA 1 Códigos industriais para classificação de áreas contendo líquidos inflamáveis geralmente não
consideram névoas, uma vez que seriam recomendadas as áreas classificadas com maiores extensões para
aplicações gerais. Isto também sugere que não é recomendado que as extensões das névoas resultantes de
líquidos inflamáveis sejam exageradas, quando um líquido inflamável for manipulado a pressões similares
e utilizando integridade de códigos de tubulação comparável.

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Arquivo de impressão gerado em 22/09/2022 07:15:59 de uso exclusivo de ALEX MACIEL GONCALVES [763.650.690-49]

ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

G.8 Se um risco de névoa inflamável tiver sido estabelecido, é recomendado não classificar como
Zona 0, 1 ou 2, uma vez que o tipo de proteção “Ex” aplicado a estas zonas não é aplicável a riscos
de névoas. Ver ABNT NBR IEC 60079-14. É recomendado que o potencial para o risco de névoa
inflamável seja diferenciado na documentação de classificação de áreas das outras associadas
a gases e vapores, por exemplo, por meio de legendas ou hachuras adequadas

G.9 Mesmo que névoas que não sejam capazes de entrar em ignição de acordo com o critério
[763.650.690-49]

de tamanho das gotículas e possam eventualmente se depositar sobre uma superfície quente,
a temperatura de autoignição relativa para o vapor pode gerar um risco de incêndio. É recomendado
que sejam consideradas outras fontes de energia de ignição, como as chamas. É recomendado que
cuidados sejam tomados para conter as liberações potenciais e evitar contato com superfícies quentes
e outras fontes de ignição de alta energia.

G.10 As névoas requerem concentrações mínimas para serem inflamáveis (de forma similar aos
vapores inflamáveis ou poeiras combustíveis). Para líquidos não inflamáveis, isto geralmente está
associado a uma névoa que pode reduzir a visibilidade.
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As névoas são geralmente visíveis e, desta forma, as liberações podem geralmente ser mitigadas.
Considerações devem ser feitas com relação ao tempo antes que o vazamento seja detectado.

NOTA Baixos limites de inflamabilidade para aerossóis combustíveis têm se mostrado similares ou
menores do que aqueles associados a vapores combustíveis.

G.11 Névoas inflamáveis podem ocorrer no interior de equipamentos, devido a sistemas de lubrificação
a óleo, ao banho ou à agitação devida a operações do processo. Desta forma, é recomendado que
as partes internas da planta do processo sejam consideradas áreas classificadas. Sob determinadas
condições, estas misturas podem também ser liberadas para a atmosfera, por exemplo, por meio de
respiros de reservatórios de óleo, “vents” (respiros) de vasos e de caixa de engrenagens, levando
desta forma ao risco de ignição. É recomendado que a liberação destas névoas seja preferencialmente
eliminada por meio de extratores de névoas.

G.12 É recomendado que avaliações adicionais sejam aplicadas às situações em que os


líquidos estejam sendo intencionalmente pulverizados, como, por exemplo, em cabines de pintura.
A classificação de áreas nestes casos é geralmente sujeita às normas técnicas de instalações
industriais específicas.

G.13 A ABNT NBR IEC 60079-14, para a seleção de equipamentos e instalação, não inclui requisitos
para os riscos de névoas, uma vez que líquidos com elevado ponto de fulgor não estão presentes em
vapores inflamáveis.

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Arquivo de impressão gerado em 22/09/2022 07:15:59 de uso exclusivo de ALEX MACIEL GONCALVES [763.650.690-49]

ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

Anexo H
(informativo)

Hidrogênio
[763.650.690-49]

H.1 A faixa de explosividade do hidrogênio no ar está entre 4 % e 77 % em volume. O hidrogênio


é geralmente encontrado em misturas de gases inflamáveis, como em correntes de processo em
refinarias de petróleo. Com relação a misturas de grupo de gás para equipamentos, é recomendado
que os equipamentos sejam especificados como IIC ou IIB+H2, nos casos gerais em que a mistura
de gases inclua 30 % ou mais de hidrogênio em volume, a menos que outros dados específicos
estejam disponíveis. É recomendado que a classe de temperatura seja adotada considerando a menor
temperatura de ignição para qualquer gás que exceda 3 % da mistura.
Arquivo de impressão gerado em 22/09/2022 07:15:59 de uso exclusivo de ALEX MACIEL GONCALVES

NOTA A ABNT NBR ISO/IEC 80079-20-1 apresenta orientações para misturas específicas de gases,
incluindo o hidrogênio, como o gás de coqueria e o metano industrial, para os grupos aplicáveis de gás.

H.2 A temperatura de ignição do hidrogênio é de 560 °C. Embora temperaturas muito altas sejam
necessárias para causar a ignição de uma mistura de hidrogênio/ar, é recomendado que cuidados
especiais sejam adotados para assegurar que liberações de hidrogênio não sejam expostas a qualquer
superfície aquecida acima da sua classe de temperatura.

H.3 A taxa de difusão do gás devido à flutuação é proporcional à sua densidade relativa com o ar.
O hidrogênio é um gás muito mais leve que o ar, que se difunde rapidamente, com tendência de ocupar
espaços elevados. Entretanto, à medida que o hidrogênio se difunde, a densidade bruta de um dado
volume de gás inflamável tende a se aproximar da densidade do ar. À medida que a concentração
do hidrogênio se reduz devido à difusão, bem como a densidade do volume bruto de gás inflamável
se aproxima da densidade do gás, a baixa concentração do hidrogênio tende a se mover com o ar.

H.4 Grandes volumes de liberação de hidrogênio são geralmente acumulados em espaços


superiores. Uma liberação do hidrogênio pode formar bolsões de gás em espaços fechados, vigas do
teto e forros, espaços estes que tendem a ser pouco ventilados. Por outro lado, aberturas relativamente
pequenas nesses espaços permitem que o hidrogênio possa escapar, e podem ser suficientes para
evitar que o hidrogênio se concentre, mesmo devido a liberações de pequenos volumes.

H.5 As liberações de hidrogênio geralmente resultam em uma liberação ascendente a partir do


ponto de liberação. À medida que a liberação se afasta do ponto de liberação, dilui, torna-se mais
ascendente e dispersa sem maiores riscos, em áreas bem ventiladas.

H.6 Uma liberação de hidrogênio líquido, que comumente possui uma pressão de saturação de
4,0 bar, pode rapidamente expor a formação criogênica do tanque recipiente para a pressão ambiente.
Esta condição pode instantaneamente expandir ou evaporar uma parte significativa do líquido em uma
forma de um vapor criogênico, com a liquefação do restante da liberação. A área da seção transversal
equivalente da liberação do hidrogênio líquido afeta a taxa na qual o conteúdo evapora e se aquece.
No ponto de ebulição do hidrogênio, o vapor frio de hidrogênio é mais pesado que o ar antes do seu
aquecimento. Como os vapores frios do hidrogênio se misturam com o ar, o ar pode ser resfriado
abaixo do seu ponto de orvalho, causando condensação e formação de uma nuvem visível. Após
a liquefação próxima ao solo estar suficientemente aquecida, a nuvem de vapor visível pode formar
uma pluma enquanto ela sobe.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

H.7 As frentes de chama observadas com misturas do hidrogênio com o ar queimam menos
facilmente quando contidas em uma queima na direção horizontal, e menos facilmente ainda em
direções para baixo.

A liberação de uma grande quantidade de hidrogênio pode formar uma pluma que apresenta um
aumento de concentração de hidrogênio no sentido ascendente, em relação à linha de centro da
pluma. Regiões de menor concentração de hidrogênio em misturas com o ar requerem uma energia
[763.650.690-49]

de ignição mais elevada, quando comparadas às regiões de maiores concentrações de hidrogênio na


parte superior da pluma. O movimento e o vapor d’água na pluma resultam também em uma maior
energia de ignição, quando comparados à mesma composição da mistura, no caso de a pluma estar
seca e sem movimento.

Desta forma, à medida que a pluma de hidrogênio sobe, é menos provável que as regiões exteriores da
pluma (aquelas regiões que geralmente encontram uma fonte de ignição) entrem em ignição, quando
comparadas às misturas com composições próximas das estequiométricas. Caso uma ignição ocorra
em uma região exterior da pluma, somente o gás imediatamente vizinho da fonte de ignição tende
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a queimar, e o potencial de propagação ou deflagração da chama através da nuvem é reduzido. Desta


forma, a menos que algum processo rapidamente misture a pluma de hidrogênio de forma a formar
uma mistura próxima da estequiométrica com o ar através da nuvem, os fatores que geralmente
influenciam a mistura (difusão, flutuação, vento e turbulência) em uma liberação, não resultam em
uma combustão completa da pluma.

H.8 É recomendado que as estratégias de mitigação para as liberações de hidrogênio considerem


que seja proporcionada a rápida dispersão por ascensão do gás liberado para espaços abertos, livres
de estruturas ou obstruções, de forma a evitar um potencial risco de ignição durante a liberação. Em
espaços fechados, uma ventilação artificial adicional ou um espaço adicional para a diluição ou para
a dispersão da liberação pode ser provido. Quando a detecção de gás é utilizada como uma medida
de controle, é recomendado que os sensores sejam instalados acima dos pontos de liberação, ou
próximos ao teto, nos ventiladores de exaustão ou nos dutos de saída. Os sensores requerem um
programa de calibração de rotina e é recomendado que estes sensores sejam calibrados somente
com a utilização de hidrogênio como gás de calibração.

H.9 O gás hidrogênio possui riscos relacionados a diversos requisitos de segurança pessoal
e de saúde ocupacional, recomendando-se que estes sejam considerados durante a montagem das
plantas industriais.

O gás hidrogênio possui o risco potencial de causar a deficiência de presença de oxigênio. Uma
condição de mistura elevada de hidrogênio com o ar pode estar segura para a respiração somente
durante curtos períodos, embora a atmosfera possa estar acima do limite inferior de inflamabilidade
(LII), originando uma atmosfera explosiva.

As chamas de hidrogênio, a menos que estejam contaminadas com impurezas, são muito difíceis de
serem vistas durante a luz do dia. Esta característica, combinada com sua baixa emissividade, produz
uma radiação infravermelha muito baixa, tornando a combustão do hidrogênio difícil de ser percebida,
até que seja feito um contato físico com a chama. A combustão do hidrogênio em ar também produz
radiação ultravioleta (UV), capaz de provocar efeitos similares aos da queimadura solar. A exposição
direta às chamas de hidrogênio produz queimaduras imediatas.

A ignição do hidrogênio ocorre facilmente quando de sua liberação em locais onde exista a presença
de uma fonte de ignição ou de chama. Pequenas liberações podem ocorrer e inflamar, mas podem
também permanecer despercebidas até que o pessoal da manutenção ou operação esteja presente
na área. Uma pluma do hidrogênio que entre em ignição rapidamente se incendeia até a fonte de

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Arquivo de impressão gerado em 22/09/2022 07:15:59 de uso exclusivo de ALEX MACIEL GONCALVES [763.650.690-49]

ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

liberação do hidrogênio. Do ponto de vista de controle dos riscos, uma chama de hidrogênio localizada
como uma fonte de liberação é muitas vezes preferível, em relação à existência de uma pluma
crescente de hidrogênio.

Nos casos em que a ocorrência de liberação de hidrogênio gere riscos adicionais, por exemplo, em
sistemas de altas temperaturas e altas pressões, é recomendado que medidas adicionais de segurança
para as fontes de liberação sejam adotadas. Estas medidas adicionais podem incluir:
[763.650.690-49]

● Instalação de anteparos de deflexão para limitar a área da liberação e promover a sua dispersão,

● Instalação de pontos de neblina de água ao redor da fonte de liberação para resfriar altas
temperaturas de liberações, umidificar o gás e modificar o comportamento da dispersão.

A combustão de uma nuvem de hidrogênio ocorre de uma forma completa em questão de alguns
segundos. Nestes casos não existe uma deposição de energia térmica suficiente para causar a ignição
dos materiais típicos utilizados na construção das edificações. As pessoas que estiverem próximas
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às áreas de combustão do hidrogênio podem ser seriamente queimadas e aquelas que estiverem
diretamente expostas a líquidos inflamáveis podem também entrar em ignição.

O hidrogênio armazenado em altas pressões geralmente produz uma pluma, quando de sua liberação.
Se houver uma ignição, esta pode criar um jato com chama quase invisível, que pode representar
um elevado risco para as pessoas ou para os equipamentos em seu caminho. Em sistemas de alta
pressão com juntas que sejam suscetíveis a liberações, convém considerar a adoção de controles
complementares.

H.10 O ISO TR 15916 apresenta orientações adicionais sobre a segurança com o hidrogênio, mas
não considera a classificação de áreas ou faz referências adequadas à Série IEC 60079. Neste caso,
as orientações de segurança podem ser úteis, mas é recomendado que sejam seguidos os requisitos
das séries IEC 60079 e ISO/IEC 80079.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

Anexo I
(informativo)

Misturas híbridas
[763.650.690-49]

I.1 Generalidades
Uma mistura híbrida é uma mistura combinada de um gás ou vapor inflamável com uma poeira ou fibra
combustível. Esta mistura híbrida pode apresentar um comportamento diferente do gás ou vapor ou
poeira ou fibra, individualmente. A quantidade de situações que podem ser encontradas na indústria
é muito variável e, desta forma, não é prático apresentar orientações específicas para cada caso.
Entretanto, este Anexo apresenta diretrizes que convém que sejam consideradas quando forem
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encontradas misturas híbridas.

I.2 Utilização da ventilação para a classificação de áreas


A utilização da ventilação como uma medida de controle precisa ser cuidadosamente avaliada, uma
vez que esta ventilação pode reduzir o risco dos gases ou vapores inflamáveis, mas pode também
aumentar o risco das poeiras combustíveis ou possuir outros efeitos sobre os diferentes componentes
da mistura híbrida.

I.3 Limites da concentração


Uma mistura híbrida pode formar uma atmosfera explosiva fora dos limites de explosividade
individualmente do gás ou vapor ou das concentrações explosivas da poeira explosiva. É recomendado,
a menos que dados adicionais estejam disponíveis, que uma mistura híbrida seja considerada explosiva
se a concentração de gás ou vapor exceder 25 % do LII ou se a concentração da poeira combustível
exceder 25 % da sua concentração mínima explosiva (MEC - Minimum Explosive Concentration).

I.4 Reações químicas


É recomendado considerar as reações químicas que podem ocorrer no interior dos materiais ou gás
aprisionados na poeira, que podem resultar na formação do gás no processo.

I.5 Limites de energia e de temperatura


Quando uma mistura híbrida existir, os parâmetros mínimos de ignição, como a energia mínima de
ignição (MIE – Minimum Ignition Energy) e a temperatura de autoignição da mistura gás ou vapor
inflamável, ou a temperatura mínima de ignição da nuvem da poeira combustível, podem ser diferentes,
até mais baixo que as características dos componentes presentes na mistura híbrida. Na ausência de
outras informações, é recomendado que os parâmetros a serem considerados sejam os casos mais
desfavoráveis de qualquer componente da mistura.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

I.6 Requisitos para a determinação das zonas


É recomendado considerar, para ambientes de misturas híbridas de gases e poeiras, que seja
atribuída a classificação de áreas de acordo com o caso de risco mais desfavorável, para qualquer
um dos componentes, por exemplo, para zona 21 com zona 2, é recomendado que seja considerado
zona 21 com zona 1. É recomendado que as consequências para o caso mais desfavorável sejam
consideradas quando da avaliação dos EPL requeridos dos equipamentos “Ex” a serem instalados.
[763.650.690-49]
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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

Anexo J
(informativo)

Equações úteis para auxiliar a classificação de áreas


[763.650.690-49]

J.1 Generalidades
A abordagem para a classificação de áreas requer uma sólida compreensão das propriedades das
substâncias inflamáveis, de forma que seja identificado o seu comportamento, após terem sido
liberadas ou quando estiverem sendo liberadas. As seções a seguir contêm equações úteis que
podem ser utilizadas para calcular alguns parâmetros que influem a dispersão e a diluição de gases
ou vapores inflamáveis no ar, em condições ambientais. Ensaios laboratoriais ou ensaios de campo
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são preferíveis, quando apropriados.

J.2 Diluição com ar de uma liberação de uma substância inflamável


A ventilação teórica mínima de vazão de ar para diluir uma dada liberação de uma substância inflamável
para uma concentração abaixo do seu limite inferior de inflamabilidade (LII), Qa mín, pode ser calculada
pela seguinte equação:
Qg Ta
Q=
a × (J.1)
LII 293
onde

Qa mín é a vazão de ventilação mínima teórica de ar limpo requerida para a diluição, expressa em
metros cúbicos por segundo (m3/s);

Qg é a taxa de liberação volumétrica da substância inflamável, expressa em metros cúbicos


por segundo (m3/s);

LII é o limite inferior de inflamabilidade, expressa em % (vol/vol);

Ta é a temperatura ambiente, expressa em kelvins (K).

É recomendado que margens de segurança sempre sejam consideradas para incorporar outros
fatores, como turbulência e distribuição de ar fresco.

EXEMPLO

Calcular a taxa de liberação de gás teórica mínima de ar limpo necessária para diluir uma taxa de
liberação de Qg = 8,64 × 10–4 m3/s de benzeno, devido à evaporação de uma poça líquida confinada,
a uma temperatura ambiente de 40 °C:
Qg T 8, 64 × 10 −4 313
Qa min = × a = × = 0, 077 m3 s
LFL 293 0, 012 293
Uma margem de segurança pode ser considerada no caso de uma avaliação criteriosa e então um
valor maior pode ser obtido.

NOTA O limite inferior de inflamabilidade (LII) é proveniente da ABNT NBR ISO/IEC 80079-20-1.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

J.3 Estimativa do tempo necessário para a diluição de uma substância


inflamável em uma liberação
O tempo teórico td requerido para diluir a concentração da substância inflamável, a partir de um
determinado estado estacionário com uma concentração preexistente Xb, que pode atingir uma
concentração crítica Xcrit, em um dado volume, pode ser calculado pela seguinte equação:
[763.650.690-49]

f  X 
td = ln  b  (J.2)
C  X crit 
onde

td é o tempo teórico necessário para diluir um valor definido de uma concentração de uma
substância inflamável para uma outra concentração menor que a anterior, expresso em
segundos (s);

f é o fator de ineficiência da ventilação;


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C é o número de trocas de ar por unidade de tempo em um volume específico (s-¹);

Xb é a concentração preexistente da substância inflamável, nas condições de estado


estacionário, expresso em % (vol/vol);

Xcrit é o valor desejado ou valor crítico da concentração da substância inflamável, expresso


em % (vol/vol).

EXEMPLO

Calcular o tempo teórico para reduzir a concentração de uma substância inflamável contida no interior
de um invólucro artificialmente ventilado, com um número de trocas de ar por unidade de tempo de
C = 0,002 s-¹ (≈ 6 h-¹), a partir do valor inicial de concentração de Xb = 0,012 para o valor desejado de
Xcrit = 0,0024, se o fator de ineficiência de ventilação for 3.
f  X  3  0, 012 
td = ln  b  = × ln  2415 s =
= 40, 3min
C  X crit  0, 002  0, 0024

O tempo teórico td calculado da forma indicada acima é referente a uma diluição ideal da substância
inflamável que é liberada no interior do invólucro. É recomendado que margens e fatores de segurança
sempre sejam considerados, como turbulência ou distribuição não uniforme da substância inflamável.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

Anexo K
(informativo)

Códigos industriais e normas estrangeiras


[763.650.690-49]

K.1 Generalidades
Geralmente, os exemplos de classificação de áreas podem ser aceitos de acordo com os requisitos
indicados em códigos industriais específicos ou normas estrangeiras, quando a aplicação destes
códigos ou normas para a aplicação específica puder ser claramente demonstrada. Convém que
os critérios ou limitações de aplicação indicados nos códigos industriais específicos ou nas normas
estrangeiras sejam adotados.
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Nos casos em que é desejada a utilização dos exemplos apresentados como referência nos códigos
industriais na classificação de áreas, devem ser considerados os detalhes específicos de cada caso
individualmente, por exemplo, características do processo industrial e local da instalação da planta.

Em geral, os exemplos apresentados nos códigos industriais e nas normas estrangeiras são baseados
na premissa de que a planta de processo e seus equipamentos são adequadamente mantidos.

Os códigos industriais e as normas estrangeiras podem não ser totalmente aplicáveis a situações
específicas, como, por exemplo, onde:

a) as quantidades das liberações sejam muito grandes ou muito pequenas;

b) o projeto de uma planta de processo específico não esteja de acordo com os requisitos do código
industrial ou da norma nacional apropriada; ou

c) a ventilação, utilização de gases inertes, barreiras de vapor ou outros métodos de proteção sejam
utilizados para reduzir a extensão da área classificada ou da probabilidade da ocorrência de uma
determinada área classificada.

Não é recomendado que as figuras de referência de códigos industriais específicos ou de normas


estrangeiras, quando abordam o mesmo exemplo, sejam referenciadas a partir de diferentes fontes de
consulta. Quando for escolhida uma base de referência para a classificação de áreas de uma planta
de processo ou de uma aplicação específica, não é recomendado que exemplos de outros códigos
industriais ou normas estrangeiras, com menor rigor, sejam escolhidos com o objetivo de reduzir
a classificação de área sem a devida justificativa técnica.

Não suportando este princípio, em alguns casos, os exemplos de classificação de áreas apresentados
nos códigos industriais relevantes ou normas estrangeiras podem, onde apropriado, ser utilizados
para classificar alguns componentes para instalações de maior porte associadas a outras normas
estrangeiras ou códigos industriais.

Quando os exemplos e figuras de códigos industriais ou de normas estrangeiras forem utilizados,


então estes exemplos devem ser citados como sendo a base para a classificação de áreas, e não
a ABNT NBR IEC 60079-10-1. Exemplos de diversos códigos industriais e de normas estrangeiras
incluem, mas não são limitados àqueles indicados na Tabela K.1. Os países de origem são apresentados
em ordem alfabética.

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

Tabela K.1 – Exemplos de códigos industriais e normas estrangeiras aplicáveis (continua)


País ou Código Industrial Organismo
Notas de
região de ou Norma Título responsável pela
aplicação
origem Estrangeira publicação

Detalhes
[763.650.690-49]

adicionais são
Austrália Explosive atmospheres Part 10-1: Normas Australianas
AS/NZS (IEC) incluídos na AS/
e Nova Classification of areas – Explosive e Normas da Nova
60079-10-1 NZS 60079-10-1
Zelândia Gas atmospheres Zelândia
como um Anexo
nacional

Explosionsschutz-Regeln (EX-RL) –
Sammlung technischer Regeln für
das Vermeiden der Gefahren durch
explosionsfähige Atmosphäre mit
Beispielsammlung zur Einteilung
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DGUV-Regel
explosionsgefährdeter Bereiche in DGUV-Deutsche
113-001
Zonen Gesätzliche
“Explosionsschutz
Explosion protection rules (EX-RL) – Unfallversicherung
-Regeln (Rx-RL)”
Collection of technical rules for
avoiding the dangers of explosive
atmospheres with examples
collection for classification of
hazardous areas into zones

Gefährliche explosionsfähige
BauA - Bundesanstalt
TRBS 2152 / Atmosphäre – Allgemeines
für Arbeitsschutz und
TRGS 720 Hazardous explosive atmospheres –
Arbeitsmedizin
General information

Vermeidung von Brand-, Explosions


Alemanha und Druckgefährdungen an
Tankstellen und Gasfüllanlagen zur
BauA -Bundesanstalt
TRBS 3151 / Befüllung von Landfahrzeugen
für Arbeitsschutz und
TRGS 751 Avoidance of fire, explosion and
Arbeitsmedizin
pressure hazards at filling stations
and gas filling systems for filling land
vehicles

Lagern von flüssigen und festen


Gefahrstoffen in ortsfesten Behältern
sowie Füll und Entleerstellen für
BauA -Bundesanstalt
ortsbewegliche Behälter
TRGS 509 für Arbeitsschutz und
Storage of liquid and solid hazardous
Arbeitsmedizin
substances in fixed containers as
well as filling and emptying points for
mobile containers

Lagerung von Gefahrstoffen in


ortsbeweglichen Behältern
TRGS 510
Storage of hazardous substances in
transportable containers

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

Tabela K.1 (conclusão)


País ou Código Industrial Organismo
Notas de
região de ou Norma Título responsável pela
aplicação
origem Estrangeira publicação

Klassning av
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Suécia explosionsfarliga Classification of Hazardous Areas


Elstandard língua sueca
områden

Explosionsschutz Grundsätze -
Schweizerische
SUVA Merkblatt Mindestvorschriften - Zonen
Suíça Unfall - versicher-
Nr. 2153 Explosion protection Basics - Minimal
ungsanstalt
requirements - Zones

Netherlands practical guideline NPR


7910-1, Classification of hazardous
Netherlands
Países areas with respect to explosion
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NPR 79-10-1 Standardization


Baixos hazard – Part 1: gas explosion
Institute, NEN
hazard, based on NEN-EN-
IEC 60079-10-1

O Código IP15
é utilizado como
Model code of safe practice for the
um código de
petroleum industry, Part 15: Area
práticas industriais
EI15 Classification Code for Petroleum Energy Institute (EI)
na indústria
Installations Handling Flammable
Reino Unido do petróleo e
Liquids
petroquímica em
diversos países

Institution of Gas
Hazardous area classification of
IGEM/SR/25 Engineers and
natural gas installations
Managers

Recommended Practice for


Classification of Locations for
American Petroleum
API RP 505 Electrical Installations at Petroleum
Institute (API)
Facilities classified as Class I,
Zone 0, Zone 1, and Zone 2

Standard for the Production, Storage, National Fire


NFPA 59A and Handling of Liquefied Natural Protection Association
Gas. (NFPA)

EUA Aplicável para


Standard for Purged and Pressurized National Fire ambientes
NFPA 496
Enclosures for Electrical Equipment Protection Association de controle
pressurizados

Recommended Practice for the


Classification of Flammable Liquids,
National Fire
Gases, or Vapours and of Hazardous
NFPA 497 Protection Association
(Classified) Locations for Electrical
(NFPA)
Installations in Chemical Process
Areas

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ABNT NBR IEC 60079-10-1:2022

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