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1

COMO A CARACTERIZAÇÃO DO SOLO INFLUENCIA NA


ESCOLHA DA FUNDAÇÃO

Luan Rogério de Souza 1


Gerson de Marco 2
Fabiana Florian 3

RESUMO:

Este estudo aborda a importância da escolha adequada do tipo de fundação no projeto


e construção de estruturas, destacando como as características regionais e os dados obtidos
através dos estudos de solo são fundamentais para essa decisão. As variações regionais em
clima, geologia e topografia influenciam diretamente o comportamento do solo, afetando a
escolha da fundação mais apropriada para uma obra. Os estudos de solo fornecem informações
cruciais sobre a capacidade de suporte do terreno, compressibilidade e presença de lençóis
freáticos, elementos que são essenciais para a engenharia geotécnica. A pesquisa tem como
objetivo investigar como a interação entre as características regionais e os dados dos estudos
de solo influencia a escolha da fundação ideal para projetos de engenharia civil.

Para atingir esse objetivo, serão analisados aspectos como o clima, a geologia, a
topografia e outros fatores regionais que impactam o comportamento do solo. A investigação
buscará confirmar a hipótese de que há uma relação direta entre as características regionais e a
escolha da fundação, contribuindo para uma tomada de decisão mais precisa e eficiente. A
metodologia adotada incluirá uma abordagem qualitativa, começando pela revisão da literatura
acadêmica para definir o problema de pesquisa e o escopo temático. Serão selecionados casos
relevantes e analisados estudos com dados acessíveis e completos, priorizando publicações
recentes.
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1 INTRODUÇÃO

A seleção adequada do tipo de fundação é um aspecto crucial no projeto e construção


de estruturas, influenciando diretamente na estabilidade e durabilidade das edificações. Tanto
as características regionais quanto os estudos de solo desempenham papéis fundamentais na
determinação da fundação mais adequada para uma determinada obra. A região onde a
construção será realizada pode apresentar variações significativas em termos de clima,
geologia,
topografia e outros fatores ambientais, os quais exercem influência direta sobre o
comportamento do solo e, consequentemente, sobre a escolha da fundação mais apropriada.
Os estudos de solo fornecem informações essenciais sobre a capacidade de suporte do
terreno, sua compressibilidade, presença de lençóis freáticos, entre outros aspectos relevantes
para a engenharia geotécnica. Assim, a combinação entre a análise das características regionais
e a avaliação detalhada do solo é essencial para garantir a eficiência e segurança das fundações
em qualquer empreendimento construtivo.
O objetivo geral deste trabalho é investigar de que forma a interação entre as
características específicas da região onde será realizada a construção e os dados obtidos por
meio dos estudos de solo podem influenciar na escolha da fundação mais adequada para uma
determinada obra. Para alcançar esse objetivo, serão analisados diversos aspectos, tais como o
clima, geologia, topografia e outros fatores regionais que possam impactar no
comportamento do solo.
O estudo ressalta a importância da correta investigação do solo e do dimensionamento
adequado das fundações para garantir a segurança e estabilidade da estrutura (SALINAS et al.,
2020). A supervisão de um profissional qualificado é fundamental na fase de
dimensionamento, visto que erros nesse processo podem resultar em atrasos e custos
adicionais, devido à necessidade de refazer a fundação (PELACANI, 2010). Além disso, a
escolha apropriada do tipo de fundação, a verificação dos estados limites e o uso de software
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de dimensionamento, juntamente com a supervisão de um profissional experiente, são


destacados como elementos essenciais para o sucesso do projeto (RODRIGUES et al., 2021).
O dimensionamento de fundações é uma etapa crítica na construção de edifícios, pois
influencia diretamente a estabilidade e a segurança da estrutura. Além de evitar prejuízos
financeiros e atrasos na construção, técnicas adequadas de dimensionamento são essenciais
para assegurar a segurança da edificação. Além disso, a pesquisa nesta área contribui para
avanços tecnológicos, levando a métodos mais eficientes e econômicos. O estudo do
dimensionamento de fundações desempenha um papel crucial no desenvolvimento de edifícios
seguros, sustentáveis e economicamente viáveis na engenharia civil.
Parte do pressuposto de se elucidar a seguinte questão: Como as características
regionais e os estudos de solo influenciam na escolha da fundação em projetos de engenharia
civil? A hipótese é a de que tanto as características regionais quanto os dados obtidos por meio
dos estudos de solo são elementos determinantes na seleção do tipo de fundação mais
adequado, é que existe uma relação direta entre esses dois fatores. Supõe-se que regiões com
diferentes climas, geologias e topografias demandarão abordagens distintas no que diz respeito
à escolha da fundação, devido às variações significativas no comportamento do solo. Além
disso,
presume-se que a análise combinada das características regionais e dos estudos de solo
permitirá uma tomada de decisão mais precisa e eficiente na seleção da fundação, contribuindo
para a segurança e estabilidade das estruturas construídas. Esta pesquisa buscará confirmar ou
refutar

essa hipótese por meio de uma análise das influências desses dois aspectos na prática.
O estudo foi conduzido por meio de um levantamento bibliográfico em repositórios
acadêmicos, com foco na utilização do Google Acadêmico como ferramenta principal de
busca. A busca foi realizada por estudos publicados após o ano de 2015, utilizando palavras-
chave relacionadas ao tema. O Google Acadêmico foi utilizado para acessar uma vasta
quantidade de material acadêmico atualizado e relevante. A análise dos documentos obtidos foi
realizada utilizando uma abordagem qualitativa, permitindo a interpretação dos dados para
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identificar padrões e tendências relevantes. Essa metodologia proporcionou uma compreensão


abrangente sobre como as características regionais e os estudos de solo influenciam na escolha
da fundação em projetos de engenharia civil, contribuindo para o avanço do conhecimento na
área.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

As fundações são elementos estruturais que transferem as cargas das edificações para o
solo de apoio. Elas são responsáveis por garantir a estabilidade e segurança da estrutura,
distribuindo as cargas uniformemente no solo e evitando o afundamento ou deslocamento da
edificação. Existem diversos tipos de fundações, que são selecionados de acordo com as
características do solo e as cargas a serem suportadas. As fundações desempenham um papel
crucial na sustentação das edificações, transferindo suas cargas para o solo de apoio. Isso é
essencial para manter a estabilidade e segurança da estrutura, impedindo o afundamento ou
deslocamento da edificação. Diversos tipos de fundações estão disponíveis e a escolha
depende das características do solo e das cargas que a estrutura suportará (MARCELLI,
2007).
Antes de decidir qual tipo de fundação utilizar, é fundamental levar em consideração
tanto as propriedades do solo como as cargas que a estrutura receberá. As cargas consistem em
forças que agem sobre a edificação, sejam elas verticais, como o próprio peso da construção,
dos materiais de construção e do conteúdo da edificação, ou horizontais, como vento,
movimentos sísmicos, pressão do solo e pressão da água. É primordial que tanto as fundações
como os elementos estruturais sejam projetados para suportar essas cargas, abrangendo tanto
as verticais quanto as horizontais. O entendimento preciso das cargas que incidem sobre uma
estrutura é fundamental para assegurar a sua segurança e estabilidade, de acordo com as
informações fornecidas por (MARCELLI, 2007).
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Já a capacidade de carga de um solo é definida como sua capacidade de suportar cargas


de uma edificação ou estrutura sem sofrer deformações excessivas ou falhas. Essa capacidade
depende das propriedades do solo, como sua resistência à compressão e sua compressibilidade.
Além disso, a profundidade e a distribuição das camadas de solo também podem afetar a
capacidade de carga do solo. A determinação da capacidade de carga do solo é importante para
garantir a segurança e estabilidade da estrutura construída sobre ele. Diferentes tipos de solo
possuem diferentes capacidades de carga, e as técnicas de construção devem ser adaptadas
para cada tipo de solo (SOUSA et al., 2017).
A carga suportada por uma fundação é extremamente importante para a segurança e
estabilidade de uma estrutura construída sobre ela. Se a fundação não for capaz de suportar as
cargas verticais e horizontais impostas pela estrutura, podem ocorrer deformações excessivas,
fissuras ou mesmo colapso total da edificação (SILVA et al., 2018).
Além disso, as cargas que atuam sobre a fundação também podem afetar a durabilidade
da estrutura, uma vez que podem causar fadiga nos materiais da construção. Se a carga for
excessiva para a fundação, podem ocorrer rachaduras no concreto, corrosão nas armaduras, e
outros problemas que podem levar à deterioração precoce da construção (THOMAZ, 2020).
Por isso, é importante que a fundação seja projetada e dimensionada adequadamente
para suportar as cargas impostas pela estrutura, levando em consideração as características do
solo e as condições ambientais. Isso garantirá que a estrutura seja segura e durável, evitando
problemas futuros de manutenção e reparo (THOMAS, 2020).
Segundo Ritter et al.(2020) A pesquisa da Interação Solo-Estrutura (ISE) teve um
avanço lento nas primeiras décadas do século XX, mas acelerou-se na segunda metade do
mesmo século, principalmente devido ao progresso nas obras offshore e nucleares. O avanço
também foi marcado pela crescente adoção do método dos elementos finitos e pelo
aperfeiçoamento dos computadores, ambos com o objetivo de aprimorar a segurança sísmica
das estruturas. No cenário do Brasil, os estudos sobre Índice de Suporte Embarcado em estacas
rasas têm sido mais destacados e antecederam as pesquisas sobre estacas profundas, que só
começaram a ganhar relevância nos últimos 15 anos. Este novo formato de fundação traz
dificuldades extras de
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modelagem numérica e computacional, levando a um aumento de interesse no campo de


estudo.
A prática das fundações abrange uma variedade de atividades, realizadas por
profissionais com diferentes formações e experiências. O sucesso ou fracasso de uma fundação
e a possibilidade de problemas estão relacionados a diversos aspectos. Uma fundação eficaz é
aquela que oferece um fator de segurança adequado contra ruptura e recalques compatíveis
com o funcionamento da estrutura suportada. Para tomar decisões, é crucial considerar a
capacidade de carga, os princípios básicos da mecânica dos solos, os efeitos de recalques e os
valores admissíveis. Não há uma solução pré-estabelecida para determinar rigorosamente o
recalque admissível para uma estrutura, pois este é um problema complexo devido ao
comportamento tanto do solo quanto da estrutura. Portanto, não existe uma solução
universalmente reconhecida, seja teórica ou empírica, para esse desafio (GADOTTI, 2021).
Devido à sua localização subterrânea e à falta de inspeções periódicas acessíveis, os
problemas nas fundações geralmente só são detectados por meio das consequências
observadas na obra como um todo. Esses defeitos podem surgir de várias causas e nem sempre
são fáceis de diagnosticar e corrigir. O solo é um material complexo, com características
variáveis, o que torna o comportamento das fundações sujeito a uma ampla gama de
influências. De acordo com Milititsky et al. (2015), as fundações surgem da necessidade de
transmitir as cargas da estrutura para o solo. Seu desempenho a longo prazo pode ser afetado
por diversos fatores, desde o projeto inicial, que requer conhecimento do solo, até os
procedimentos construtivos e os eventos que ocorrem após a implantação, incluindo possíveis
processos de deterioração (GADOTTI, 2021).
A sondagem do solo é um procedimento essencial para entender as condições naturais
do solo, incluindo seu tipo, características físicas e resistência, conforme destacado por
Rebello (2011, p. 27). No entanto, em obras residenciais, é comum iniciar a fundação sem esse
processo, visto por muitos como desnecessário e um custo adicional.
De acordo com Schnaid Odebrecht (2012, p. 07), o custo das sondagens varia entre
0,2% e 0,5% do total da obra, podendo ser maior em projetos especiais. A investigação do solo
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é crucial, pois problemas de fundações frequentemente resultam de sua inadequada


compreensão e caracterização, como destacado por Milititsky, Consoli e Schnaid (2005, p. 27).
Conforme a Norma Brasileira NBR 6122/2010, todas as edificações devem passar por
uma investigação geotécnica preliminar, que inclui pelo menos sondagens à percussão. No
Brasil, a sondagem de simples reconhecimento a percussão, ou ensaio SPT, é a mais utilizada,
regulamentada pela NBR 6484/2001. Esse ensaio tem como objetivo determinar os tipos de
solo, a posição do lençol freático e os índices de resistência à penetração em cada metro de
profundidade. O procedimento consiste em deixar cair um peso de 65 kgf de uma altura de 75
cm, realizado a cada metro (RIBEIRO, 2021).

2.1 CARACTERÍSTICAS E TIPOS DE SOLOS


Os solos podem ser classificados em diferentes tipos, cada um com características
distintas que influenciam diretamente no comportamento das fundações. Os solos argilosos,
conforme descritos por Caputo (2013), são coesivos e compostos por grãos minerais de
dimensões inferiores a 0,005mm, apresentando alta plasticidade e baixa permeabilidade.
Quanto à consistência, podem variar de muito moles a duras.
Já os solos de areia, também mencionados por Caputo, possuem partículas com
dimensões entre 4,8mm e 0,05mm e podem ser classificados em grossos, médios e finos, de
acordo com a granulometria, e em fofos, medianamente compactos e compactos, de acordo
com a compacidade. Apresentam alto ângulo de atrito interno.
Há ainda os solos de areia-siltosa, compostos por partículas de areia e silte, sem coesão
apreciável, e os solos de areia-argilosa, predominantemente arenosos com uma porcentagem
de argila.
Outro tipo relevante são os solos colapsíveis, mencionados por Caputo (2013), que
apresentam rápida compressão quando expostos a aumento de umidade, podendo causar
recalques consideráveis nas fundações, como apontado por Cintra (1998). Este autor ainda
destaca que fundações assentadas em solos colapsíveis podem ter um comportamento
satisfatório por um tempo, mas são suscetíveis a recalques adicionais em condições como
chuvas intensas.
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Cintra e Aoki (2011) complementam que, em condições de baixa umidade, os solos


colapsíveis apresentam uma resistência aparente devido à pressão de sucção em seus vazios, o
que influencia diretamente na capacidade de carga das fundações. Essa variedade de tipos de
solo ressalta a importância da caracterização física do solo por meio de ensaios específicos
para garantir a segurança e eficiência das fundações.
A caracterização física do solo é fundamental para compreender suas propriedades e
comportamento, especialmente no contexto da engenharia civil. Os ensaios realizados visam
determinar as propriedades-índice das amostras de solo, seguindo os procedimentos
estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Entre as normas
citadas, estão a NBR 6457/1986, que trata da preparação para ensaios de compactação e
caracterização, e a NBR 7181/1984, que define os procedimentos para análise granulométrica
do solo. Este último ensaio é essencial para compreender a distribuição das partículas no solo,
sendo realizado por meio de peneiramento e sedimentação. A análise granulométrica permite
distinguir entre a fração grossa e fina do solo, sendo conduzida tanto com defloculante
(hexametafosfato de sódio) quanto sem defloculante (água destilada), conforme especificado
pelas normas. Esses ensaios são fundamentais para fornecer informações precisas sobre as
características físicas do solo, auxiliando na seleção e dimensionamento adequados das
fundações e estruturas civis.

2.2 DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA

A determinação da capacidade de carga do solo é um dos aspectos mais críticos e


significativos para os profissionais de Engenharia Civil, pois indica a capacidade do solo em
suportar e se comportar sob o carregamento das fundações. Conforme observado por Pinto
(2002), quando uma carga proveniente de uma fundação é aplicada ao solo, este se deforma e a
fundação recalca, ou seja, afunda no solo.
É importante ressaltar que quanto maior a carga aplicada, maiores são os recalques,
como ilustrado na Figura 01. De acordo com as diretrizes da NBR 6122/1996, existem
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diversos métodos para calcular a capacidade de carga do solo. Entre eles, destacam-se as
provas de carga sobre placas, métodos teóricos baseados em formulações clássicas
desenvolvidas por pioneiros como Karl Terzaghi, Meyerhof e Vesic, além de métodos
empíricos e semi-empíricos.

Figura 1- Curvas pressões x recalques.

Fonte: Pinto, 2002)

Cada método possui suas vantagens e limitações, sendo crucial para o engenheiro civil
selecionar o mais adequado com base nas características do solo, na complexidade do projeto e
nas condições específicas do local de construção. Uma abordagem cuidadosa e precisa na
determinação da capacidade de carga do solo é essencial para garantir a segurança e a
estabilidade das estruturas construídas sobre ele.
Uma fundação eficaz depende da qualidade do projeto, da execução e do controle
durante a construção. Para tomar decisões adequadas sobre o tipo e dimensionamento da
fundação, é essencial realizar uma investigação geotécnica precisa e avaliar cuidadosamente as
condições do solo, como destacado por Minozzo et al. (2016). Antes e após a construção da
estrutura, é fundamental prever e compreender o comportamento do solo para garantir sua
segurança, funcionalidade e eficiência econômica. No entanto, como observado por Velloso e
Lopes (2004), fazer previsões não é suficiente; é necessário avaliá-las de maneira adequada,
comparando-as com os resultados reais. De acordo com a NBR 6122 (2010), a profundidade
de assentamento das fundações superficiais em relação ao terreno não deve exceder duas vezes
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a menor dimensão da fundação. A distribuição da carga para o solo ocorre através de tensões
na base da fundação, e a profundidade de assentamento é determinada por fatores naturais que
podem influenciar o
desempenho da fundação (ARAÚJO; GOMES; COSTA AYRES, 2020). 3

3 DESENVOLVIMENTO:

O projeto da fundação é desenvolvido levando em conta apenas as cargas aplicadas


sobre ela e as características do solo, de modo a garantir que os deslocamentos permaneçam
dentro dos limites aceitáveis, considerando cada elemento como isolado e capaz de se deslocar
independentemente dos demais. Para ilustrar essa abordagem, este estudo propõe uma análise
comparativa entre dois modelos estruturais: um que considera a interação solo-estrutura e
outro com apoios fixos. A análise se concentra nos esforços sobre um bloco apoiado por seis
estacas, recebendo o carregamento de um pilar retangular que faz parte da fundação. O
objetivo é examinar e comparar os efeitos da interação solo-estrutura em relação aos modelos
com apoios fixos comumente utilizados em fundações de edifícios, bem como os efeitos da
variação da rigidez do bloco de estacas nas reações dos apoios e nos recalques (RASI et al.,
2020).
É essencial que a fundação seja adequadamente dimensionada para suportar todas as
cargas verticais e horizontais a que estará exposta, levando em consideração os fatores de
segurança estipulados pelas normas técnicas. É crucial verificar a estabilidade da fundação
tanto durante a construção quanto após a conclusão da obra, a fim de evitar deformações
excessivas ou problemas de estabilidade (ABRANTES, 2017).
Nos últimos anos, houve um avanço notável no dimensionamento e nas tecnologias
empregadas nas fundações, permitindo a construção de estruturas de forma mais eficiente e
segura. Algumas das principais melhorias incluem estudos geotécnicos mais precisos, com o
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uso de tecnologias avançadas, como ensaios de penetração e ensaios sísmicos, o que


possibilita uma escolha mais apropriada do tipo de fundação e um dimensionamento mais
preciso. Além disso, o emprego de software de simulação permite modelar o comportamento
da fundação em
diferentes condições de carga, resultando em análises mais precisas e seleção mais adequada
do tipo de fundação (SILVA et al., 2019).
O desenvolvimento de novos materiais, como concretos de alta resistência e aço de alta
resistência, contribui para a construção de fundações mais robustas e duráveis. Da mesma
forma, a utilização de equipamentos mais avançados, como perfuratrizes hidráulicas e
martelos vibratórios, possibilita a construção de fundações de forma mais rápida e eficiente
(REBMANN, 2011).
As técnicas de execução também são importantes para alcançar eficiência e qualidade

nas fundações. Por exemplo, a cravação de estacas pré-moldadas e a injeção de calda de

cimento permitem a construção de fundações de maneira mais rápida e com menor impacto

ambiental.

O desenvolvimento de fundações especiais, como estacas hélice contínua e estacas raiz,


viabiliza a construção de fundações em terrenos mais desafiadores ou em locais com acesso
limitado (MARCELLI, 2007). Essas evoluções tecnológicas permitem que as fundações sejam
dimensionadas de maneira mais precisa e eficiente, contribuindo para a construção de
estruturas mais seguras e duráveis (SILVA et al., 2018).
Em relação à profundidade das fundações, Alonso (2012) conclui que o processo de
dimensionamento de fundações profundas é um assunto intricado e multidisciplinar, que
requer a análise de diversos elementos, como as características do solo, as cargas atuantes na
estrutura e as condições ambientais, entre outros. O autor enfatiza a importância de conduzir
uma avaliação minuciosa do solo para identificar suas propriedades geotécnicas e determinar o
tipo de fundação mais apropriado. Ele também destaca a necessidade de empregar métodos de
análise e dimensionamento confiáveis, levando em consideração os fatores de segurança e as
incertezas relacionadas às variáveis envolvidas. Por fim, Alonso ressalta que o
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dimensionamento de fundações profundas deve ser realizado por profissionais capacitados e


experientes, que possuam conhecimento técnico e prático para garantir a segurança e a eficácia
da estrutura.
Moura (2015) propõe diversas medidas de mitigação, como a inclusão de camadas de
reforço no solo, o uso de geotêxteis, a injeção de cimento no solo e a adoção de fundações
profundas. O estudo conclui que a escolha da medida de mitigação mais adequada depende das
características do solo, das cargas atuantes na estrutura e das condições ambientais.
O estudo destaca ainda a importância de considerar as possíveis consequências da
liquefação do solo no dimensionamento das fundações superficiais e ressalta a necessidade de
realizar análises geotécnicas detalhadas, levando em conta as incertezas associadas às
variáveis
envolvidas. Moura também destaca a importância da colaboração entre profissionais de
diferentes áreas para garantir que as medidas de mitigação sejam eficazes e seguras. Em suma,
o estudo de Moura evidencia a relevância das medidas de mitigação da liquefação do solo no
dimensionamento das fundações superficiais e a necessidade de uma abordagem
multidisciplinar para garantir a segurança e a eficácia da estrutura (MOURA, 2015).
Alonso (2019) ressalta a relevância do dimensionamento apropriado das fundações em
projetos de engenharia civil. O autor salienta a necessidade de uma minuciosa análise das
condições geotécnicas do solo para determinar a carga que a fundação deve suportar, além de
enfatizar a importância de considerar os efeitos da interação solo-estrutura na definição das
dimensões da fundação. Ele aborda também a essencialidade do controle durante a execução
das fundações para assegurar que as dimensões e a capacidade de carga especificadas no
projeto sejam alcançadas, apresentando diversas técnicas de monitoramento da construção das
fundações, como ensaios de carga, ensaios de integridade e instrumentação geotécnica.
Alonso (2019) destaca ainda a necessidade de uma abordagem integrada entre as
diferentes disciplinas da engenharia civil, como geotecnia, estruturas e materiais, para garantir
que as fundações sejam projetadas e construídas com segurança e eficiência. Ele ressalta que o
dimensionamento adequado das fundações é crucial para a segurança e a durabilidade das
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estruturas de engenharia civil, e que equívocos no dimensionamento podem resultar em falhas


estruturais e prejuízos financeiros substanciais.
Por sua vez, Nascimento Filho (2019) desenvolveu um software para a programação e
otimização do cálculo da capacidade de carga e da tensão admissível do solo para o
dimensionamento de fundações superficiais em sapatas isoladas. O autor partiu da premissa de
que o cálculo manual desses parâmetros pode ser complexo e trabalhoso, e que a
automatização do processo pode trazer mais precisão e agilidade ao projeto. Para isso, abordou
os principais conceitos relacionados ao dimensionamento de fundações superficiais, como a
análise de tensões no solo, a determinação da capacidade de carga do solo e a definição da
tensão admissível do solo. Com base nessas informações, foi desenvolvido um programa de
computador em linguagem Python que permite a entrada de dados como as características do
solo e da estrutura, e realiza os cálculos necessários para o dimensionamento da sapata isolada.
A importância da sondagem do solo para conhecer suas características e resistência é
destacada por Rebello (2011). Embora em obras residenciais o processo de sondagem seja
muitas vezes negligenciado devido ao custo adicional percebido, sua realização é crucial para
evitar problemas de fundações, conforme ressaltado por Schnaid Odebrecht (2012). A
identificação e caracterização do solo são essenciais para garantir que ele suporte as cargas da
construção de maneira adequada, sendo a investigação do solo uma causa comum de
problemas nas fundações .

4 RESULTADOS

Lopes e Oliveira (2020) identificam quatro critérios fundamentais para garantir o


desempenho adequado de uma fundação: manter a integridade do terreno e dos materiais da
fundação, controlar as deformações dentro dos limites estabelecidos, evitar interferências
negativas em fundações vizinhas, e assegurar que aspectos econômicos sejam atendidos sem
comprometer a qualidade técnica. As fundações se dividem em rasas e profundas, e este
estudo concentra-se nas fundações rasas, com foco no radier plano.
A escolha do tipo de fundação é crucial para a estabilidade e segurança da edificação.
Inicialmente, é essencial analisar o tipo de solo na área de construção, pois diferentes solos
requerem diferentes fundações para garantir a estabilidade. Por exemplo, solos argilosos
podem demandar fundações mais profundas para distribuir as cargas adequadamente,
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enquanto solos arenosos podem ser mais adequados para fundações rasas. Assim, o
dimensionamento da fundação deve ser baseado no estudo geotécnico da área, que fornece
dados sobre as propriedades do solo, como capacidade de suporte, resistência e
compressibilidade. Com essas informações, os engenheiros podem projetar fundações que
suportem as cargas estruturais sem apresentar deformações excessivas.
Outro aspecto importante é considerar as condições específicas da região onde a
edificação será construída. Fatores como o clima, o nível freático e a presença de árvores ou
outras estruturas próximas podem influenciar na escolha e no dimensionamento das
fundações. Por exemplo, em regiões sujeitas a inundações, pode ser necessário elevar as
fundações para proteger a estrutura contra danos causados pela água.
A escolha criteriosa do tipo de fundação e seu dimensionamento com base em estudos
geotécnicos são fundamentais para a segurança e estabilidade das edificações, evitando
futuros problemas estruturais. O radier plano, conforme Velloso e Lopes (2012), é ideal para
suportar todos os pilares de uma estrutura ou quase todos, inclusive em sistemas com paredes
de concreto moldadas in loco. De acordo com a NBR6122:2010, fundações profundas e rasas
diferem na profundidade e no mecanismo de ruptura. A eficácia das fundações também
depende de fatores como as características do solo e os procedimentos de construção, que
podem afetar seu desempenho ao longo do tempo (Ribeiro, 2021).
A escolha do solo para fundações de edificações é crucial, pois sua capacidade de carga
e comportamento sob pressão influenciam diretamente a segurança e estabilidade da estrutura.
Moreira (2020) destaca a importância de ensaios diretos sobre o solo para determinar sua
capacidade de suporte, com resultados que variam conforme o diâmetro das placas de ensaio e
o tipo de reforço utilizado. A análise de solos naturais e reforçados revelou que, embora o
reforço possa aumentar a resistência, fissuras na superfície podem comprometer a integridade
do solo. O recalque, um fenômeno comum causado pelo carregamento do solo, pode levar a
deformações que, ao longo do tempo, resultam em problemas estruturais significativos,
conforme observado por Frias et al. (2020), destacando a importância de uma avaliação
geotécnica rigorosa no dimensionamento das fundações.
O estudo de Pessin (2021) sobre o desempenho de fundações por estacas hélice
contínua em solo arenoso saturado revelou insights valiosos sobre a interação entre essas
estacas e o solo, especialmente em contextos de troca de calor. A pesquisa mostrou que as
estacas hélice contínua têm uma capacidade significativa de transferir calor para o solo, o que
é essencial em aplicações geotérmicas e de troca de energia térmica. Além disso, os dados
experimentais contribuíram para aprimorar a compreensão dos processos de transferência de
calor no solo arenoso saturado, permitindo o desenvolvimento de modelos mais precisos para
projetos futuros.
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As conclusões de Pessin (2021) enfatizam a importância de considerar as


características específicas do solo ao escolher o tipo de fundação, especialmente em regiões
com solo arenoso saturado. O comportamento do solo sob as condições de troca de calor deve
ser cuidadosamente avaliado para garantir a eficácia das fundações e a segurança estrutural.
Esse estudo destaca o potencial das estacas hélice contínua como uma solução eficaz em solos
arenosos, oferecendo uma base sólida para avanços na engenharia civil e na aplicação de
tecnologias de troca de calor em fundações.
O estudo de Rasi et al. (2020) destacou como o tipo de solo afeta significativamente o
comportamento estrutural de fundações com estacas, observando que as reações nas estacas
centrais variam conforme a deformabilidade do solo. Em solos indeformáveis, as estacas
centrais próximas ao pilar suportaram reações muito maiores, com uma discrepância de até
83,7% entre modelos numéricos e analíticos. Já em solos deformáveis, como areia argilosa e
argila siltosa, houve uma distribuição mais uniforme das reações, com diferenças mínimas em
comparação aos modelos analíticos.
Moreira (2020) também explorou a importância do solo na capacidade de carga para
fundações superficiais, comparando métodos teóricos e semi-empíricos. O método teórico,
baseado em Terzaghi, mostrou-se eficaz, mas com limitações em certos solos, sugerindo a
necessidade de ensaios adicionais para maior precisão. O método semi-empírico, ao limitar o
índice NSPT a 20 golpes, apresentou restrições na estimativa da resistência do solo, resultando
em variações significativas entre os métodos analisados. Essas análises reforçam a
importância de considerar as características do solo ao projetar fundações, para garantir a
segurança e eficácia estrutural.

5 CONCLUSÃO

A conclusão deste estudo reforça a importância crítica de considerar as características


regionais e os dados geotécnicos ao selecionar o tipo de fundação para uma construção. Os
resultados evidenciam que fatores como clima, geologia e topografia desempenham papéis
significativos na determinação da fundação mais adequada, impactando diretamente a
estabilidade e a durabilidade da estrutura. O estudo demonstra que a integração cuidadosa
desses fatores pode otimizar a escolha da fundação, proporcionando soluções mais seguras e
eficazes para diferentes condições regionais.
A análise revelou que variações climáticas afetam substancialmente a capacidade de
carga do solo, influenciando a escolha entre fundações rasas ou profundas. Em regiões com
alta umidade, por exemplo, a saturação do solo pode exigir fundações mais robustas para
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garantir a estabilidade, enquanto climas áridos podem exigir ajustes específicos para lidar com
o ressecamento do solo. Assim, adaptar o tipo de fundação às condições climáticas específicas
é essencial para assegurar o desempenho adequado da construção.
A investigação também ressaltou a relevância da geologia local na escolha da
fundação. A presença de diferentes tipos de solo e formações geológicas pode exigir
abordagens diferentes para garantir a estabilidade da estrutura. Solos com alta
compressibilidade ou variações na capacidade de suporte podem demandar fundações mais
profundas ou tratamento adicional, enquanto solos rochosos podem oferecer uma base mais
estável. Compreender essas condições geológicas permite um dimensionamento mais preciso
e eficaz das fundações.
Por fim, o estudo enfatiza a necessidade de uma abordagem integrada que considere
todos os aspectos regionais e geotécnicos. A análise da topografia e de outros fatores
regionais, como a presença de água subterrânea, contribui para uma compreensão mais
completa das condições do solo e sua interação com a fundação. A escolha adequada e o
dimensionamento correto das fundações são cruciais para a segurança e a durabilidade das
edificações, e este estudo fornece um framework valioso para a tomada de decisões
informadas no planejamento de construções.

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