Rodrigo Lopes

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RODRIGO ALBERTO JASON LOPES

A IMPORTÂNCIA DA MOBILIDADE ARTICULAR AO


DESEMPENHO FÍSICO

Cidade
Ano

Poços de Caldas
2020
RODRIGO ALBERTO JASON LOPES

A IMPORTÂNCIA DA MOBILIDADE ARTICULAR AO


DESEMPENHO FÍSICO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Instituição Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Educação Física.

Orientador: Renata Christian de Oliveira


Pamplin

Poços de Caldas
2020
RODRIGO ALBERTO JASON LOPES

A IMPORTÂNCIA DA MOBILIDADE ARTICULAR AO


DESEMPENHO FÍSICO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Instituição Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Educação Física.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Poços de Caldas, 16 de setembro de 2020


AGRADECIMENTOS

A Deus, em primeiro lugar.

A minha namorada Simone Cristina dos Santos, por todo amor e o incentivo.

Aos meus amigos Eduardo Araújo da Silva e Leonardo Felix da Silva por sempre
acreditar e estar comigo durante esta jornada.

Aos meus pais Luiz e Neusa que me ajudaram e me apoiaram.

A meus amigos da graduação Micaías e Rodolfo Silveira pela perseverança e


confiança durante todo o caminho.

Aos meus professores da Instituição Pitágoras Marcelo Monteiro, Adriano Serra,


Sidney, Iray, Clareana e Regiane.

Aos demais por todo ajuda e conhecimento nos estágios que me ajudaram a
desenvolver Luiz Gustavo, Vanessa Barros e Flavio Zanetti.
LOPES, Rodrigo Alberto Jason Lopes. A Importância da mobilidade Articular ao
Desempenho Físico: 2020. 33 F. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Educação Física) – Instituição Pitágoras, Poços de Caldas, 2020.

RESUMO

Os exercícios físicos quando bem planejados e desenvolvidos podem trazer grandes


benefícios ao indivíduo. Devido ao aumento de praticantes nos dias atuais é
necessário que o profissional de Educação Física ao elaborar um treinamento, vise
melhorar o desempenho como também evitar lesões. Diante disso, esse trabalho de
conclusão de Curso teve como objetivo geral discutir as estratégias para o
treinamento articular. Para tanto, teve como embasamento teórico pesquisas
bibliográficas com foco em artigos científicos e livros localizados em bibliotecas
físicas e virtuais. Esta pesquisa concluiu que aplicar a mobilidade dentro do contexto
esportivo tanto a praticantes quanto à atletas, pode trazer grandes resultados
positivos, deixando o treinamento mais eficiente, melhorando a qualidade do
movimento e do rendimento durante as práticas realizadas, por isso é extremamente
importante um acompanhamento de um ótimo profissional de educação física que dê
ênfase a todos os princípios de treinamento, avaliando e analisando as limitações do
indivíduo, para alcançar melhores condições físicas, melhorar o bem estar no
treinamento e reduzir a ocorrência de lesões. Por fim conclui-se que a pesquisa
atingiu os objetivos propostos e para uma análise mais detalhada é indica a
realização de mais pesquisa na mesma área desenvolvidas a partir de outros
embasamentos metodológicos.

Palavras-chave: Mobilidade articular. Exercício físico. Desempenho. Prática.


Individuo.
LOPES, Rodrigo Alberto Jason Lopes. A Importância da mobilidade Articular ao
Desempenho Físico: 2020. 33 F. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Educação Física) – Instituição Pitágoras, Poços de Caldas, 2020

ABSTRACT

Physical exercises when well-planned and developed can bring great benefits to the
individual. Due to the increase in practitioners nowadays, it is necessary that the
Physical Education professional when preparing a training, aims to improve
performance as well as avoid injuries. In view of this, this Course conclusion work
had the general objective of discussing strategies for joint training. For that, it was
based on theoretical bibliographic research with a focus on scientific articles and
books located in physical and virtual libraries. This research concluded that applying
mobility within the sports context to both practitioners and athletes, can bring great
positive results, making training more efficient, improving the quality of movement
and performance during the practices performed, which is why monitoring is
extremely important. a great physical education professional who emphasizes all
training principles, evaluating and analyzing the individual's limitations, to achieve
better physical conditions, improve well-being in training and reduce the occurrence
of injuries. Finally, it is concluded that the research achieved the proposed objectives
and for a more detailed analysis it is indicated to carry out more research in the same
area developed from other methodological bases.

Keywords: joint mobility. physical exercise. performance. practice. individual.

(Obs.: Siga as mesmas considerações do Resumo)


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


TCC Trabalho de Conclusão De Curso
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13
2. AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MOBILIDADE ARTICULAR .......... 15
3. DIFERENCA DE MOBILIDADE E FLEXIBILIDADE..........................................20
4. AS ESTRATÉGIAS DOS EDUCADORES FÍSICOS PERANTE A REALIZAÇÃO
DE ATIVIDADES FÍSICAS COM ÊNFASE NA MOBILIDADE.................................25
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................30
REFERÊNCIAS....................................................................................................31
13

1. INTRODUÇÃO

Nos dias atuais a saúde se tornou o fator primordial ao bem-estar, já que a


prática de exercícios físicos, quando bem elaborados e bem desenvolvidos,
podem trazer grandes benefícios tais como a melhora da qualidade de vida, boa
aptidão física e principalmente a saúde mental, evitando e prevenindo dessa
maneira a redução das doenças crônicas degenerativas .
Entende -se que a partir disso, há um grande público em busca de
condicionamento físico, buscando sempre resultados e performance durante o
treinamento, por isso é necessário que o profissional de Educação Física, ao
elaborar o treino conforme o objetivo do indivíduo, evite tanto causar lesões
,quanto melhorar a qualidade do movimento durante o treinamento. Além das
capacidades físicas básicas como força, resistência e velocidade umas das
capacidades fundamentais a se trabalhar durante as práticas é a mobilidade
articular.
Diante desse fato, esta pesquisa procura responder a seguinte questão:
quais são os procedimentos e estratégias que os educadores físicos devem adotar
para melhorar a qualidade do movimento utilizando mobilidade durante a
execução dos exercícios?
Para compreender melhor, este trabalho foi elaborado com o seguinte
objetivo geral: analisar as estratégias para o treinamento da mobilidade articular.
Sendo que nos objetivos específicos são: citar as principais características
relacionadas a mobilidade articular; analisar a diferença entre mobilidade articular
e flexibilidade e discutir as estratégias dos educadores físicos perante a realização
de atividades físicas com ênfase na mobilidade.
O primeiro capítulo apresenta as características da mobilidade, aprofundando
os pontos positivos e relevantes, o segundo capitulo a diferença de mobilidade e
flexibilidade e o terceiro capitulo as estratégias dos educadores físicos perante a
realização de atividades físicas com ênfase na mobilidade.
Para a elaboração desta pesquisa, foi realizada uma revisão de literatura e
utilizados livros da Editora Manole, Phorte. Foi proposto que o material fosse
publicado nos últimos 20 anos, foi mais considerado os autores como Mascarin e
Andrade (2016), Flanagan (2015) e Boyle (2015). A maior parte da pesquisa foi
14

realizada em bases de dados disponíveis na internet, como Google Books e


acadêmico, assim como o site Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e
também livros e artigos disponíveis
15

2. AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MOBILIDADE ARTICULAR

A Disfunção articular é um importante aspecto a ser considerado no vasto


leque de atividades realizadas ao longo dos exercícios físicos. De acordo com
Flanagan (2015), mobilidade articular pode ser definida como liberar as
articulações para a realização de movimentos, seja em alguma atividade física ou
tarefa cotidiana. Porém a deficiência dessa mobilidade gera a hipomobilidade e o
alto grau anormal de mobilidade leva a hipermobilidade, podendo causar limitação
durante o desempenho do indivíduo ou atleta.
Vale ressaltar que para compreender melhor a mobilidade articular,
existem dois pontos a serem entendidos, a Osteocinemática e a Artrocinemática.
Lourbert et al. (2013) cita que a osteocinemática são movimentos de deslocamento
dos ossos nas superfícies articulares. Já a artrocinemática, de acordo com Junior
(2017), são movimentos pequenos e naturais dentro de uma articulação da
superfície articular como deslizamentos, rotação e rolamento. Entender essas
funções das articulações serão importantes na compreensão da mobilidade e a
realização dos exercícios físicos, exercendo em si uma qualidade adequada de
movimento
De acordo com Boyle (2015), as dores articulares acontecem quando
ocorre a diminuição de mobilidade, fazendo que haja uma ação compensatória na
articulação, forçando-as a se tornarem mais móveis e deixando elas instáveis.
Perder a mobilidade nas articulações irá gerar disfunções articulares, gerando um
desconforto maior ao praticar um exercício físico ou atividade, pôr a articulação se
tornar imóvel, este problema pode consequentemente causar dores em outros
lugares do corpo.
A quantidade adequada de mobilidade articular faz com que as
musculaturas envolvidas nas articulações sigam o ciclo natural e deixam o gesto
motor mais limpo e suave durante o movimento (WILLARDSON, 2017). Aplicar a
mobilidade dentro do contexto desportivo de forma correta, deixaria o treinamento
mais eficiente, em busca coerente de melhorar a qualidade da prática e
consequentemente o aumento da performance esportiva.
Silva, et al. (2017), também concluiu em seu trabalho comparando os
efeitos agudos do aquecimento específico com os exercícios de mobilidade
16

articular, que a mesma se mostrou um efetivo método para otimizar uma sessão
de treinamento físico dos membros inferiores, visto que esses resultados
demostram eficiência durante os exercícios feitos, considerando a mobilidade
quando aplicada ao pré-treino.
Problemas como dores nos ombros podem estar relacionados a extensão
torácica restrita, ou seja, a mobilidade torácica está pouco desenvolvida deixando
as dores na região maiores. Conhecer as limitações e as dificuldades que o
praticante tem assim como observar a realização dos exercícios de mobilidade
para a melhora do movimento, é o correto.
Assim, é de fundamental importância aplicar nas atividades do dia a dia,
pois ao analisar o praticante, é necessário conhecer o nível de mobilidade, para
que dessa maneira ocorra o progresso e aprimoramento da técnica. Reconhecer
onde há limitação nas articulações é considerado uma forma mais íntegra de
ajudar o praticante de exercício físico, possibilitando uma melhoria na qualidade do
treino e a melhora no desempenho, prevenindo decorrentes desconfortos ou até
mesmo lesões.
Outro fator a ser considerado na mobilidade articular é a estabilidade.
Segundo Flanagan (2015), a estabilidade pode ser considerada como a
capacidade da articulação ser estável, sendo capaz de realizar um movimento
desejado após um atravancamento. Este conceito é importante dentro do contexto,
pois ao realizar um movimento ao entrar em contato, seja com objetos ou um
oponente, é possível sofrer variações inesperadas no local em que se encontra.
Abdallah (2017), também cita que para determinar a quantidade de
mobilidade articular que se possui, é necessário observar se a articulação tem
função primária, seja ela de mobilidade ou estabilidade. Geralmente as articulações
mais simples são voltadas para a estabilidade e as mais complexas são
predominantes de mobilidade.
A estabilidade é dividida entre dinâmica e estática, sendo que a dinâmica
ocorre quando está em movimento, e a estabilidade estática é conseguir realizar a
posição que se tenta adquirir em um movimento estativo. Portanto, a estabilidade
pode ser considerada como a capacidade de um objeto alcançar equilíbrio após ser
deslocado (REEVES, NARENDRA E CHOLEWICKI, 2007).
17

Essa estabilidade pode ser afetada podendo ser menos estável, devido à
altura do centro de gravidade, assim como a base de sustentação e o peso.
Atividades de mobilidade geralmente têm rotações, deixando que as articulações
fiquem mais soltas e lubrificadas ao ponto que o movimento seja suave, tornando-
as mais livres ao realizar atividades com pesos (MCGINNIS, LOSS, 2015)
Edmond (2000), revela que para haver mobilidade articular, o movimento
do líquido sinovial abaixa a sua viscosidade, resultando maior facilidade do mesmo,
havendo melhora significativa do movimento. Este líquido oferece menor
resistência ao movimento, quando a viscosidade diminui.
De fato, a mobilidade e a estabilidade são importantes de se trabalhar, pois
uma é dependente da outra, são dois componentes indispensáveis quando se trata
do movimento humano, assim como para praticar atividades físicas e evitar lesões
durante as práticas. Também é fundamental aprender a morfologia humana e as
articulações que envolvem o movimento.
As articulações podem ser tanto fibrosas, como cartilaginosas e sinoviais,
sendo que o alto grau de mobilidade é nas articulações fibrosas e sinoviais.
Geralmente quando se há maior mobilidade articular, as articulações sinoviais
permitem que os ossos deslizem tendo menor atrito nas superfícies rígidas.
(PALASTANGA, et al., 2000).
Tanto a mobilidade quanto a estabilidade requerem um alto ou baixo grau
para manter a integridade e funcionalidade dos movimentos, deixando-os mais
sutis e naturais. Esses dois fatores são interessantes praticar no dia a dia, para
evitar dessa maneira qualquer restrição nas tarefas diárias e nos exercícios físicos.
É importante lembrar que as principais articulações do corpo humano são
punhos, dedos das mãos e dos pés, cotovelos, tronco, tornozelo, cervical, quadris,
coluna vertebral, costelas e joelhos, existem muitas atividades que envolvem essas
articulações dependendo de qual modalidade de esporte se pratica. (RANCANO,
J., 2007). Essas articulações também podem ser mais imóveis ou menos imóveis,
podendo ser divididas em três partes principais, a sinartrose, diartrose e também a
anfiartrose.
A sinartrose é do tipo imóveis, enquanto a anfiartrose se caracteriza por
movimentos reduzidos e a diartrose por ter articulações com grande
movimentação, sendo uma articulação do tipo sinovial, precisa da cápsula articular
18

contento dois tipos de membrana seja ela interna ou externa e ligamentos etc.
(SOUZA, 2015). Logo, de acordo com Rancano, J. (2007), a diartrose possui uma
ampla mobilidade de cada um dos ossos sendo eles o cotovelo, ombro, quadril,
joelho etc. Entender essa morfologia do corpo humano resulta na ampliação dos
conhecimentos das articulações do corpo.
As articulações são dois ossos que se unem, elas possuem muitas funções,
umas delas é controlar os movimentos que acontecem e também controlar a
transferência da força exercida sobre a mesma (MCGINNIS, LOSS, 2015). No caso
se o movimento estiver restringido a técnica fundamental a ser realizada nesta
articulação, devido a limitação que tem na cápsula articular e os ligamentos
envolventes, seria mais ideal a técnica de mobilização para o aprimoramento de
tratamento (PRENTICE, 2009). Se no caso houver uma lesão nesta articulação, o
tratamento seria efetivo para que esta parte lesionada esteja livre de dor,
melhorando o movimento durante a prática esportiva.
Um movimento realizado sem carga, a perda da gravidade indica um
problema de estabilidade (BOYLE,2015). Segundo o mesmo, quando existe a
perda da mobilidade de tornozelo gera dores no joelho, perder a mobilidade de
quadril causa dores de lombalgia e menos mobilidade da região torácica resulta em
dores na cervical e no ombro causando desconforto na realização de exercícios.
Elaborar exercícios de mobilidade para indivíduos que sofrem uma
limitação no corpo ou alguma dificuldade ao realizar um exercício que se pede, é
uma ótima opção assim como para os praticantes de alto nível na intervenção da
realização de exercícios intensos, principalmente para a prevenção de lesões e
otimização do treino para que assim, os movimentos sejam mais naturais e menos
desconfortáveis.
Exercícios de mobilidade também são importantes principalmente nas
articulações que necessitam ser trabalhadas, pois dependendo de qual movimento
que se faz, pode-se causar prejuízos causando dores em outras partes do corpo
(BOYLE ,2015). Ao praticar a mobilidade auxilia-se na amplitude de movimento,
resultando na facilidade de locomoção, sem atrapalhar na prática do exercício
físico e ainda melhorando o desempenho do atleta, podendo ser praticada antes do
treino ou até mesmo para o alivio de dores articulares.
19

Realizar exercício de mobilidade como forma de aquecimento antes do


treino pode ser uma ótima opção, pois quando o treinamento é intenso pode ser
mais provável sofrer lesões, o aquecimento no pré treino faz a temperatura
corporal se elevar deixando as articulações mais lubrificadas. Praticar exercício
intenso sem essa preparação pode causar problemas futuros como distensão
musculares, arritmias e lesionar as articulações (COTTER STEVE, 2015).
A aplicação de movimentos em posições inadequadas irá sem dúvida, levar
a lesão e disfunção articular. A importância da mobilidade física está no fato de que
ela é necessária para que possa ser executado movimentos totalmente funcionais,
isto significa que as ações sejam realizadas sem dores e desequilíbrios.
Utilizar esta técnica tanto para indivíduos que tem pouca mobilidade ou até
mesmo atletas de alto nível, pode ser mais adequada, elevando a produtividade e
evitando problemas. Existem várias técnicas a fim de melhorar a amplitude de
movimento, utilizá-las e reconhecer o grau de mobilidade que o indivíduo está
proporciona uma melhora adequada de mobilidade e eleva os resultados positivos.
20

3 DIFERENÇA DE MOBILIDADE E FLEXIBILIDADE

A mobilidade articular é a capacidade da articulação ser móvel dentro de


uma amplitude de movimento (FLANAGAN, 2015). Para exercer qualquer atividade
deve haver uma quantidade disponível de mobilidade, pois sem desenvolver este
aspecto o resultado e a proficiência durante a execução das atividades podem ser
inferiores ao que se espera. Já a flexibilidade é uma capacidade definida como um
grau de extensão de uma amplitude de movimento que envolve a musculatura
(fáscia, tendão e osso) e está dentro do contexto da aptidão física (MASCARIN e
ANDRADE, 2016).
A flexibilidade deve ser respeitada com a devida atenção, pois ela é um
fator preventivo no sistema musculoarticular, pois irá evitar o exagero de tensão
nos músculos agonistas e antagonistas durante a realização da amplitude de
movimento e poderá evitar lesões sendo realizada de forma adequada.
Baixa flexibilidade pode resultar em estiramentos ou distensões e excesso
de flexibilidade podem deixar as articulações mais suscetíveis a lesão, podendo
atrapalhar a eficiência do esporte praticado (PRETIECE ,2009).
Entretanto a flexibilidade pode ser dividida em passiva e ativa, Mascarin e
Andrade (2016) afirmam que, na flexibilidade o alongamento passivo pode ser
realizado com a ajuda de outra pessoa ou fatores externos para mensurar qual o
maior grau de amplitude do movimento. Por outro lado, a flexibilidade ativa
depende totalmente do próprio indivíduo, para conseguir atingir o maior grau de
amplitude. Melhorar a flexibilidade também pode auxiliar na qualidade de vida e
melhoria no desempenho em atividades esportivas.
De acordo com Junior, (2017) o alongamento passivo sendo feita
corretamente pode proporcionar a melhora da concentração, favorecendo o
relaxamento, e técnicas de respiração se for usada de forma adequada. Entretanto
este alongamento possibilitará efeitos positivos de for feita de forma suave e sendo
realizadas em ambientes frios.
21

Os estudos realizados concluíram que o alongamento passivo e o


alongamento estático feito antes da pratica esportiva deve ser evitada, pois o
alongamento passivo realizado no tempo acima de 45 segundos pode prejudicar o
desenvolvimento de forca (MASCARIN e ANDRADE, 2016).
De acordo com Pojskic et.al (2015) analisou que o alongamento dinâmico foi
eficiente para jogadores de futebol, pois houve uma melhora na potência muscular
e outras variáveis de habilidade como: velocidade, agilidade e aumento ao
desempenho em saltos. Esse alongamento deve ser feito de forma segura, sendo
realizada com uma execução lenta ser haver agressão ao movimento.
Estudos feitos demonstrou que o alongamento dinâmico quando se trata de ter
menos enrijecimento muscular, ela é mais apropriada, sendo que o alongamento
ativo há um maior nível de relaxamento nos músculos executado entre o tempo de
cinco a vinte segundos (MCNAIR et .al, 2000).
O método de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) está relacionado
com contração e relaxamento muscular. De acordo com Junior (2017), este método
pode ser usado em indivíduos que tem alto desconforto em fazer alongamentos e
deve ser praticado antes de qualquer treino, porém o tempo executado do mesmo
deve ser curto. Alongamento FNP pode ser realizado individualmente ou até
mesmo em duplas.
Os benefícios da flexibilidade está associado com a melhora da coordenação
Inter e intramuscular, que por sua vez estão relacionados com a ativação dos
músculos agonistas, antagonistas e sinergistas, a prevenção e recuperação de
lesões, melhora do desempenho esportivo, postura corporal, economia de energia
e qualidade e bem estar do indivíduo (MAHLER, FROELISHER,MILLER, 2000).
Andrade e Mascarin (2016) citam que exercícios com a finalidade de aumentar
a amplitude de movimento (flexibilidade), podem ser praticados tanto em indivíduos
sedentários, quanto indivíduos que querem melhorar o desempenho. A flexibilidade
pode ser realizada com o propósito de melhorar a performance ou para a
reabilitação de uma disfunção.
A Flexibilidade engloba vários aspectos, porém conforme Riebe, (2014) cita:

“A amplitude de movimento (ADM) ou flexibilidade das articulações


pode ser melhorada por meio da realização de exercícios de
flexibilidade. Nesse sentido, a estabilidade postural e o equilíbrio
também podem melhorar a partir da realização de exercícios
22

de flexibilidade. Portanto, recomenda-se que os participantes de


um programa de condicionamento geral realize exercícios de
flexibilidade tanto após exercícios cardiorrespiratórios quanto após
exercícios de resistência (RIEBE, 2014 ,p.15).”

Ao mensurar a amplitude de movimento existem três formas a se medir,


sendo elas angular, adimensional e linear.
Das medidas, a medida linear é mais citada, cujo o teste mais conhecido e
aplicado é o sentar e alcançar, por ser de fácil aplicação e baixo custo. Esse teste
envolve o músculo posterior das coxas e região lombar, é realizado em uma caixa
que se coloca os pés e mantém as pernas estendidas (HUI, YUEN ,2000).
Entretanto outro fator que interfere na flexibilidade são os biotipos, sendo que
existem três tipos de somatotipos: o ectomorfo, mesomorfo e endomorfo. De
acordo com Carbono e Reis (2014), os ectomorfos possuem ombros e cinturas
estreitas com baixo nível de gordura corporal e metabolismo acelerado, os
mesomorfos possuem grande vantagem de ganhar e perder peso, indivíduos
desse biotipo possuem ombros largos e cintura fina, e por fim o endomorfo tem
uma estrutura forte, porém seu metabolismo é lento. Indivíduos que possuem alto
volume muscular (hipertrofia) podem apresentar limitações articulares, o que leva
a ter dificuldades ao realizar exercício.
Entende-se também que é indispensável notar alguns pontos ao aplicar a
flexibilidade: horários e fatores ambientais, que podem influenciar drasticamente na
avaliação para mensurar a amplitude de movimento do praticante. Pois a
realização de exercício de alongamento durante períodos mais frios, ocasiona
diminuição da elasticidade muscular.
Além desses fatores que influenciam na flexibilidade, outro elemento que
atrapalha no aumento da flexibilidade são indivíduos com altos níveis de gordura
corporal. Pessoas com grande índice de tecido adiposo sofrem dificuldades ao
realizar movimentos como rotação de tronco e flexão (Mascarin e Andrade, 2016).
Entretanto como Pretince, (2009) cita a estrutura óssea pode influenciar na
flexibilidade, já que um membro lesionado ou fraturado pode limitar a capacidade
da articulação se estender. Logo, indivíduos que contém boa extensão do
movimento possuem boa flexibilidade.
Alterações intra musculares, peri articulares, extra articular podem
comprometer a mobilidade e flexibilidade, pois produzem rigidez articular
23

atrapalhando a qualidade do movimento. Quando há deficiência do liquido sinovial


havendo pouca lubrificação nas articulações acontece dificuldade na realização do
movimento das articulações, provocando rigidez e piorando a mobilidade.
(MASCARIN e ANDRADE ,2016).
De acordo com Mascarin e Andrade (2016), existe uma perda maior de
flexibilidade durante o envelhecimento acometido tanto nos gêneros masculinos e
femininos por consequências de alterações fisiológicas no corpo humano.
Estudos evidenciam que a flexibilidade pode contribuir de forma plena e livre
na incapacidade funcional do envelhecimento, já que com o avançar da idade os
níveis de flexibilidade e mobilidade podem ser prejudicados e diminuídos, sendo
necessário manter sempre no treinamento esses dois componentes, uma vez que
as articulações devem ser trabalhadas afim de melhorar a amplitude nesta fase
(FARINATTI, 2008). Portanto a flexibilidade é muito importante para as atividades
do cotidiano do idoso, sendo que a perda desse componente pode levar a quedas
e fraturas resultando em lesões.
A diminuição da flexibilidade causa limitação nos movimentos, dificultando
as tarefas do cotidiano, porém as articulações que devem ser trabalhadas no
envelhecimento são: quadril, tornozelo, joelho e pescoço por serem mais usadas
diariamente no dia a dia (DANTAS et al,2002).
Em um estudo analisando a força máxima em pessoas com diferentes níveis de
flexibilidade, durante um exercício de uma série de seis alongamentos de trinta
segundos, constatou-se que pessoas menos flexíveis possuíram maior diminuição
de força comparado com indivíduos que possuíam maior nível de flexibilidade
(BABAULT et al, 2015).
Realizar o movimento com boa técnica, principalmente se o praticante tiver
restrições, é necessário para evitar lesões, assim como também é indispensável
que o mesmo tenha um bom grau de amplitude de movimento para manter funções
inerentes assim como a integridade postural, protegendo de compressão nas
articulações e tensões musculares, para se obter melhor habilidade no campo
esportivo.
Devido a falta de amplitude de movimento, a função articular pode ser
comprometida, levando a biomecânica dos movimentos serem negativamente
24

atingidas, sendo que os dois hemisférios corporais sofram alterações, devido à


falta deste componente a flexibilidade (JUNIOR, 2017).

Segundo Glesson et al., (2013) observaram que para se obter a


flexibilidade, o tempo prolongado de alongamento exige um maior número de
sarcômeros em série e a baixa necessidade de sarcômero individual para que
ocorra uma amplitude de movimento.
O aquecimento dinâmico realizado nos membros superiores tendo uma alta
sobrecarga mostrou-se eficiente, pois obteve o aumento de força e potência
muscular e este aquecimento mostrou eficiência na área esportiva, uma vez que o
alongamento estático com baixa duração não se mostrou eficiente na melhoria
das capacidades físicas, podendo atrapalhar o desempenho (MCCRARY et al.,
2015).
Achour (2009), descreve que trabalhar flexibilidade desde a fase entre a
infância e a adolescência pode gerar grande evolução de amplitude, pois o fator
genético pode influenciar nesta aptidão. Começar desde cedo praticando de
maneira correta, sempre com um bom profissional irá melhorar o desenvolvimento
na flexibilidade.
Essas duas funções são ferramentas importantes a serem aplicadas na
aptidão física, pois têm uma relação direta com a saúde, porém deve-se estar
ciente que elas devem ser bem avaliadas, havendo total segurança e
confiabilidade. A flexibilidade tem seus efeitos positivos sendo realizada de
maneira adequada respeitando todos os fatores que influenciam na mesma.
25

4 AS ESTRATÉGIAS DOS EDUCADORES FÍSICOS PERANTE A REALIZAÇÃO


DE ATIVIDADES FÍSICAS COM ÊNFASE NA MOBILIDADE

As atividades físicas e os exercícios físicos na sociedade contemporânea


vêm sendo realizados frequentemente, sabendo que contribuem na prevenção de
doenças crônicas não transmissíveis e também fornecem benefícios adicionais a
saúde quando praticados em um nível recomendado pela American College of
Sports Medicine (ACMS,2014). No entanto o profissional de educação física deve
se atentar aos cuidados na prática de exercícios físicos, para contribuir de forma
plena e integral com o bem estar do indivíduo.
Sabendo disso, antes de uma boa prescrição de treino ao praticante de
atividades físicas, um dos conceitos fundamentais a se desenvolver no treinamento
esportivo, além do condicionamento físico, não podemos esquecer o conceito da
saúde.
Guedes Jr (2003), consta que este fundamento, além de promover a
qualidade de vida e bem-estar ao indivíduo promove desempenho no âmbito
esportivo e resistido. É um fator primordial para a prática de atividade física por
obter esses benefícios.
A prescrição de exercício analisa diversos fatores, para que a prática de
exercício físico seja mais eficiente, de acordo Pollock, Wilmore e Simão (2013).

“No momento da prescrição de um programa de exercícios


físicos é muito importante realizar uma avaliação inicial que engloba
anamnese (onde possa se verificar o histórico familiar, condições clínicas
do paciente e/ou cliente, e qual o estágio atual que ele se encontra),
exame físico (avaliação antropométrica, força muscular e flexibilidade) e
eletrocardiograma (ECG), teste ergométrico, teste cardiopulmonar
(médicos deverão ser consultados). Desse modo, será possível determinar
e atender aos objetivos do programa, considerando o tipo de atividade a
ser realizada, duração, frequência e intensidade (POLLOCK; WILMORE,
1993; SIMÃO et al., 2013,p.51).”
26

No entanto, a falta de supervisão de um profissional de educação física e


uma avaliação de triagem pré-participação, deixam o aluno mais suscetível a
correr fatores de risco, deixando de lado uma boa elaboração de prescrição de
treino. De acordo com as ideias de Fontoura, Formentin e Abech (2013) a
avaliação médica antes do início da prática de exercício físico é fundamental para
que essa elaboração da prescrição do treino e a avaliação física sejam mais
seguras. Aplicar estes procedimentos é a forma mais eficaz para um bom
desenvolvimento da aptidão física.
Essas avalições são essenciais a serem realizadas ao indivíduo ou o atleta
antes do treinamento, pois a anamnese e o questionário de prontidão para
atividade física (PARQ) ajudarão a ter as informações necessárias para evitar os
riscos de saúde e alcançar melhores resultados durante desenvolvimento nos
treinos.
Assim como também é necessária, pois saber o histórico e identificar
possíveis riscos relacionados a saúde é primordial, para a garantia e a segurança
do indivíduo que começará uma mudança de estilo de vida de sedentário, para um
estilo de vida saudável, uma vez realizada essas avaliações, os testes de aptidão
física sejam feitos (ACSM ,2014).
Portanto uma ótima elaboração de um treinamento visa detectar disfunções
e limitações, avaliando o estilo de vida do indivíduo, servindo como ferramentas
excepcionais para um ótimo profissional de educação física para proporcionar um
diferencial aos atletas e praticantes. (NATIONAL STHENGHT AND
CONDITIONING ASSOCIATION, 2000).
Além da realização da triagem pré- participação, outro fator importante a
ser avaliado é a composição corporal, que irá mensurar o porcentual de gordura
corporal, o nível de massa muscular, índice de massa corporal, relação de cintura e
quadril e estrutura óssea para obter informações sobre o praticante.
Avaliar a composição corporal, é importante para evitar lesões
musculoesqueléticas, para a melhora do desempenho, deixando tanto o treino e a
alimentação adequada conforme a situação do praticante. Devido a condição de
saúde, é extremamente importante conhecer o indivíduo, e suas limitações.
Realizar a composição corporal também é importante, pois o alto nível de tecido
adiposo pode influenciar negativamente no desempenho, assim como na amplitude
27

de movimento articular, resistência, equilíbrio e a capacidade de se movimentar


(RATAMESS, 2015).
Feita a triagem pré- participação e composição corporal além de outros testes
de aptidão física, um aspecto considerável a se enquadrar no treino são os
princípios básicos do treinamento. De acordo com Peres (2013), os princípios
básicos são individualidade biológica, saúde, adaptação, interdependência
volume/intensidade, princípio da sobrecarga, sistematização, conscientização e
princípio da continuidade. É fundamental aplicar esse conceito no treinamento, pois
um bom profissional aborda todos esses conceitos
A individualidade biológica, revela que cada pessoa é única e diferente de
todos, cada indivíduo possui suas próprias características, assim como diferentes
respostas em um treinamento (PERES ,2013). Portanto mais uma vez se frisa a
importância das avaliações pré-triagens para justamente aplicar diferentes treinos.
Quando se trata de melhorar o desempenho esportivo considera-se as
capacidades funcionais como velocidade, agilidade, potência, equilíbrio e
coordenação motora e também depende do nível de competência do atleta,
independente de qual modalidade esportiva em que se insere (RATAMESS, 2015).
O desempenho esportivo também depende de vários fatores, sendo eles
internos ou externos, os fatores externos estão interligados com a alimentação, o
treino personalizado e adequado ao atleta, o ambiente, motivação, competições
etc. E fatores internos estão associados com a idade cronológica e a genética
(TUCKER, COLLINS ,2012). Sendo que o fator externo pode ser modificado e
treinável e o fator interno inalterável.
Essas capacidades acima dependem da composição corporal que podem
favorecer ou atrapalhar no desempenho do atleta, podemos entender citando um
exemplo de um atleta que possui um alto nível de massa corporal que contribui
positivamente na força máxima e outras capacidades físicas como velocidade,
potência e resistência (RATAMESS,2015).
Para que o aluno praticante saiba a importância de tais fundamentos a serem
compreendidos e feitos no treinamento, um dos aspectos que vão favorecer a
motivação do praticante de exercício físico ou do âmbito esportivo e é um dos
princípios importantes no treinamento físico é a conscientização.
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De acordo com Guedes Jr. e Rocha (2008), esclarecer por qual motivo é
relevante trabalhar a atividade proposta, ajudará o indivíduo a ter mais consciência
na atividade física, levando a entender e estar sempre motivado a conseguir o
resultado tanto desejado.
Com o grande tempo gasto em atividades diárias como o trabalho, existe o
alto indício de desvios posturais, pois horas e horas realizando as mesmas
atividades o indivíduo pode manter a postura inadequada, ocasionando
dependendo da postura, desvios posturais como escoliose, hiper cifose e
Hiperlordose. Manter a postura encurvada para usar dispositivos, pode aumentar
os tônus muscular, provocando encurtamento (BARBIERI et al., 2014).
Analisar a postura corporal, observar se há um desvio postural, assim como
os tipos de arco dos pés, se está normal, cavo ou plano, o alinhamento do joelho
se faz o movimento valgo ou varo e a posição do pé é importante. Analisar se
possuem algum desvio, afim de melhorar o movimento durante a prática de
exercícios físicos.
Na análise do movimento, observar e inserir a mobilidade durante a execução
de alguma atividade é primordial. A baixa quantidade de amplitude de movimento é
devido a diminuição de mobilidade, (BOYLE, 2015). A aplicação da mobilidade
quando realizada de forma apropriada, proporcionará melhores condições durante
a prática de atividade física e a orientação apropriada do profissional de educador
físico durante essas atividades é de extrema relevância.
Portanto, é de suma importância aplicar este conceito, respeitando todos os
procedimentos na elaboração dentro da avaliação física, pois a mobilidade é pouco
falada entre os profissionais da área e como já citado anteriormente o uso
adequado da técnica só traz benefícios.
Boyle (2015), descreve que quando se trata de realizar o exercício com
exatidão primeiramente deve-se executar exercício com o próprio peso corporal
para depois utilizar sobrecarga, por exemplo se um indivíduo não consegue realizar
o agachamento com os braços acima da cabeça e realiza de forma inadequada,
usar sobrecarga só deixaria o exercício mais incorreto. Aplicar e observar essas
disfunções é extremamente importante para melhorar a técnica e o movimento do
individuo seja ele apenas um praticante ou atleta.
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Quando você deixa de aplicar a mobilidade, sabendo que o praticante tem


disfunções isto acarretará mais dores, geralmente quando uma articulação que era
para ser móvel se torna imóvel causa dores em articulações acima, resultando em
lesões (BOYLE,2015).
Conseguir inserir e avaliar amplitude de movimento, principalmente de
dorsiflexão é importante tanto na prática clínica quanto na prática diária, pois isso
pode estar relacionado a indivíduos em risco de padrões de movimento prejudiciais
nos membros inferiores durante a dinâmica das tarefas (RABIN, 2016). A amplitude
de movimento limitada dorsiflexão de tornozelo está ligada ao valgo dinâmico do
joelho. Pois pouca mobilidade de tornozelo leva o indivíduo à realização do
exercício de forma inadequada.
O profissional ao inserir exercícios de mobilidade articular, irá melhorar o
movimento, proporcionando um ajuste para suportar as cargas utilizadas no
treinamento, melhorando o desempenho das funções básicas e fundamentais do
corpo.
De acordo com Boyle, (2015), os exercícios de mobilidade devem ser
realizados nas articulações que possuem pouca mobilidade para melhorar o
movimento. Pois as articulações que necessitam de mais mobilidade são: quadril,
tornozelo, joelho, ombro e punho.
Enfim, colocar os exercícios de mobilidade dentro do contexto esportivo e
resistido, respeitando todos os princípios de treinamento e todas as avaliações
citadas acima, podem trazer grandes melhorias no desempenho e qualidade de
movimento, seja ela feita em atletas que buscam melhorar o condicionamento
físico ou apenas indivíduos que sofrem disfunção articular. Além de todos os
benefícios decorridos neste trabalho, a mobilidade ainda melhora os padrões
motores e a performance durante o treino.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se neste trabalho de conclusão de curso que os objetivos propostos


foram atingidos, mostrando que a mobilidade articular e seus exercícios realizados
de forma coerente, juntamente com uma boa elaboração de um profissional de
educação física podem trazer benefícios, resultando em uma melhor qualidade de
aptidão física inserido no treinamento resistido ou esportivo.
No vasto leque de atividades físicas realizadas na sociedade, o acesso às
mesmas cresceu gradativamente, por isso além do treinamento resistido e a
melhora do condicionamento físico, os exercícios de mobilidade articular podem
trazer resultados significativos quando se trata de melhorar o desempenho
melhorando as disfunções articulares de diferentes tipos de indivíduos.
No entanto, para um conhecimento mais abrangente e completo deste
conteúdo, é necessárias análises de mais estudos e pesquisas científicas na área,
realizadas com diferentes metodologias e indivíduos para um devido
aprofundamento do tema.
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