Ficha Formativa - 11 - Jan - CC

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Escola Secundária Eng.

Acácio Calazans Duarte

Ficha formativa_CC

11º Ano Data: 24/01/2024

Nome:__________________________________________________________ Nº:______ Turma:_____

GRUPO I

Doença de Chagas – parasita sequestra proteína no núcleo


de célula infetada
Mais de um século após ter sido descrita pelo médico brasileiro Carlos Chagas e com cerca de
7 milhões de pessoas infetadas atualmente no mundo, cientistas conseguem obter resultados
importantes que podem ajudar no controlo da doença de Chagas. A equipa liderada pela
professora Munira, descobriu que o protozoário* causador da doença, Trypanosoma cruzi,
adquire o controlo de uma proteína essencial no núcleo da célula infetada, para assegurar a
continuidade do seu ciclo de vida no hospedeiro.
Os resultados do estudo deixaram evidente que T. cruzi pode alterar funções nucleares
complexas, como a transcrição e o processamento do RNA das células do hospedeiro. Os
investigadores observaram que o parasita sequestra a proteína U2AF35, essencial para o início
do processamento do RNA. Este processo envolve uma complexa maquinaria molecular
chamada spliceossoma, formada por um conjunto de proteínas responsáveis pelo
processamento do RNA. Ao interromper a formação de spliceossomas, o parasita pode
impedir as respostas de defesa da célula hospedeira.
A descoberta da equipa da USP (Universidade de São Paulo) abre caminho para novos
tratamentos de uma doença tropical silenciosa e negligenciada. Atualmente, os poucos
medicamentos que existem causam muitos efeitos colaterais, sendo apenas eficazes na fase
inicial da infeção.
A transmissão de T. cruzi é realizada através de um percevejo hematófago **, que funciona
como vetor da doença e que no Brasil é conhecido como barbeiro ***. O ser humano é
contaminado a partir da ingestão de alimentos crus e contaminados com fezes do inseto, por
picadas do inseto ou por contato direto com este e com outros animais infetados. A doença de
Chagas também pode ser congénita, no caso de mães infetadas que transmitam o parasita aos
filhos durante a gravidez. O ciclo de vida de T. cruzi está representado na figura 1.
*
Eucarionte unicelular heterotrófico.
**
Que se alimenta de sangue.
***
Existe mais do que uma espécie que pode propagar a doença.

Adaptado de https://jornal.usp.br/ciencias/parasita-causador-da-doenca-de-chagas-sequestra-proteina-essencial-no-nucleo
-de-celula-infectada/; www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6544315/ (consultados em 20/05/2022)
Fig. 1 Ciclo de vida de Trypanosoma cruzi.

1. Em Trypanosoma cruzi, as formas proliferativas são _______, enquanto as formas que podem infetar
outros organismos são _______.
(A) tripomastigotas … epimastigotas e amastigotas
(B) epimastigotas e amastigotas … tripomastigotas
(C) tripomastigotas e epimastigotas …. amastigotas
(D) amastigotas … tripomastigotas e epimastigotas

2. Considere as seguintes afirmações, que dizem respeito à doença de Chagas.


I. Nos seres humanos, Trypanosoma cruzi forma clones.
II. T. cruzi condiciona a síntese proteica em células humanas infetadas.
III. A doença de Chagas não é uma doença fatal.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(D) III é verdadeira; I e II são falsas.

3. A doença de Chagas é endémica em 21 países do continente americano, com destaque para


o Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia e México. No Brasil é a quarta causa de morte entre as infeções
parasitárias. Indique duas medidas que podem reduzir o risco de contrair a doença.

A redução do risco de contração da doença pode ser conseguida através do combate à proliferação do inseto
vetor (barbeiro), do aumento dos cuidados de higiene e evitando o consumo de alimentos crus ou mal
cozinhados.
4. Os estudos que apontam para que a reprodução de T. cruzi seja sobretudo assexuada foram apoiados por
dados que terão revelado
(A) uma grande homogeneidade genética a nível regional.
(B) uma grande variabilidade genética a nível regional.
(C) uma ampla distribuição a nível mundial.
(D) uma estrita distribuição ao continente sul-americano.

5. Apesar de ainda não se terem identificado gâmetas, a comunidade científica acredita que este protista
também se reproduz sexuadamente. Selecione as três afirmações que se referem a
características particulares encontradas em T. cruzi e que apoiam essa ideia.
I. Grandes segmentos genéticos são rearranjados entre os cromossomas.
II. Durante a divisão celular, os cromossomas não estão visíveis ao microscópio ótico.
III. O invólucro nuclear nunca se desagrega.
IV. Tem um cariótipo diploide.
V. Estão presentes genes que codificam proteínas meióticas.

6. T. cruzi multiplica-se por fissão binária no interior de células humanas, o que permite um crescimento
_______ do número de indivíduos, pois trata-se de um _______.
(A) linear … ser unicelular
(B) linear … eucarionte
(C) exponencial … ser unicelular
(D) exponencial … eucarionte

7. Faça corresponder a cada uma das descrições de processos de reprodução assexuada, expressas na coluna
A, uma das designações constantes da coluna B.

Coluna A Coluna B

(a) Ocorrem várias mitoses antes de haver citocinese. [ _5__ ] (1) Bipartição
(b) Um organismo unicelular origina duas células de (2) Esporulação
diferente tamanho. [ __4_ ] (3) Fragmentação
(c) Formam-se células reprodutoras desidratadas (4) Gemulação
que podem permanecer em estado latente. [ __2_ ] (5) Fissão múltipla

8. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a F, de modo a reconstituir a sequência correta de


acontecimentos que descreve a forma como a infeção se desenvolve num ser humano e como T. cruzi se
dispersa novamente no meio. Inicie a sequência pela letra A.
A. Tripomastigotas diferenciam-se em amastigotas e ocorre replicação do DNA.
B. Um barbeiro ingere sangue contaminado.
C. Tripomastigotas diferenciam-se em epimastigotas que sofrem divisão celular.
D. Os barbeiros disseminam T. cruzi através dos seus excrementos.
E. Amastigotas sofrem mitose.
F. Tripomastigotas provocam a lise de células onde se diferenciaram e dispersam-se pelos fluidos
circulatórios do hospedeiro.
A-E-F-B-C-D
9. Sabendo que muitas proteínas têm função imunológica, explique como é que o parasita
(T. cruzi), ao sequestrar a proteína U2AF35, pode impedir as respostas de defesa das células hospedeiras
onde se multiplicam os amastigotas.

Como a proteína U2AF35 é essencial para o início do processamento do RNA nos spliceossomas, se esta
proteína não estiver disponível não pode ocorrer o processamento. Este processo é indispensável para a
síntese de proteínas funcionais em eucariontes. Como as respostas de defesa das células hospedeiras são
mediadas por proteínas, s0e estas deixam de ser produzidas, o parasita pode multiplicar-se na forma de
amastigotas.

GRUPO II

Crias de jiboia intrigantes


Um estudo de 2010 reportou um facto desconcertante: uma cobra da espécie Boa constrictor
teve duas ninhadas, uma de 12 crias e outra de 10, sem a intervenção de um macho.
A partenogénese não é incomum em répteis, mas ainda não tinha sido identificada em cobras.
A determinação sexual nestes animais é diferente da dos mamíferos – as células dos machos
possuem dois cromossomas Z (ZZ), enquanto as fêmeas têm um cromossoma Z e um W
(ZW).
Nestes casos, a partenogénese resulta da fusão do núcleo do óvulo não fecundado das fêmeas,
após finalizar a meiose II, com o núcleo da outra «célula-filha» resultante da meiose, o
segundo glóbulo polar. As hipóteses teóricas estão representadas na figura 2. Como a
combinação cromossómica WW é teoricamente inviável, só se esperaria que nascessem
machos por partenogénese, como já tem sido documentado para outras espécies de répteis.
O que torna este caso notável é que as 22 crias geradas por partenogénese são todas fêmeas. A
conclusão óbvia é que afinal a combinação WW é possível e forma fêmeas aparentemente
normais. Mas era necessário explicar por que razão não se formou nenhum macho. Algumas
hipóteses foram formuladas, sendo uma delas que a progenitora tinha uma anomalia nos
cromossomas sexuais, não estando presente o cromossoma Z.
Este estudo permitiu concluir que neste grupo de répteis a reprodução assexuada pode ser
mais comum do que se pensava e que é provável que exitam fêmeas WW na natureza.
Adaptado de http://rsbl.royalsocietypublishing.org/content/early/2010/10/21/rsbl.2010.0793
(consultado em 20/05/2022)

Fig. 2 Situações teóricas para a formação de óvulos e crias partenogénicas numa fêmea de Boa constrictor.
Note-se que, em função dos resultados apresentados, o genótipo da fêmea apresenta uma interrogação.

1. Considerando os dados, indique por que razão, na figura 2A, o genótipo da fêmea progenitora está com
uma interrogação.

Considerando que na figura 2A está representada uma situação que se julgava impossível (a existência de
fêmeas WW), mas que afinal se verificou, então a progenitora também podia ser WW, em vez de ZW.
2. Se em Boa constrictor a partenogénese ocorresse por união das duas células-filhas resultantes da meiose I,
os novos indivíduos seriam portadores de
(A) todas as variantes alélicas presentes na progenitora, apesar de recombinadas nos cromossomas
homólogos.
(B) todas as variantes alélicas presentes na progenitora, pois ainda não teriam ocorrido fenómenos de
recombinação genética.
(C) metade dos genes presentes na progenitora, pois a meiose I é reducional.
(D) metade dos genes presentes na progenitora, pois já teria ocorrido crossing-over.

3. Considere as seguintes afirmações sobre as crias de jiboia geradas por partenogénese.


I. Não resultaram de fecundação.
II. São clones da progenitora.
III. Herdaram apenas cromossomas maternos em que não pôde existir recombinação genética.
(A) I e III são falsas; II é verdadeira.
(B) I e II são falsas; III é verdadeira.
(C) II e III são falsas; I é verdadeira.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

4. Na meiose I, os microtúbulos do fuso estão ligados


(A) aos pontos de quiasma.
(B) aos cinetocoros dos cromatídeos-irmãos.
(C) aos centrómeros dos cromatídeos-irmãos.
(D) ao anel de constrição.

5. No cariótipo da Boa constrictor existem 8 pares de cromossomas. No final da meiose I existem, em cada
célula,
(A) 16 cromossomas e 16 cromatídeos.
(B) 16 cromossomas e 32 cromatídeos.
(C) 8 cromossomas e 8 cromatídeos.
(D) 8 cromossomas e 16 cromatídeos.

6. Cada célula resultante da meiose I origina duas células-filhas geneticamente


(A) diferentes, pois a segregação independente dos cromossomas homólogos ocorreu previamente.
(B) diferentes, pois o crossing-over ocorreu previamente.
(C) iguais, pois a segregação independente dos cromossomas homólogos ocorreu previamente.
(D) iguais, pois o crossing-over ocorreu previamente.
7. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de
acontecimentos na meiose.
A. Separação dos cromossomas homólogos.
B. Troca recíproca de segmentos de cromatídeos.
C. Emparelhamento de cromossomas homólogos.
D. Separação dos cromatídeos-irmãos.
E. Formação de dois núcleos haploides.
C–B–A–E–D

8. Faça corresponder cada uma das afirmações da coluna A à respetiva etapa da meiose que leva à formação
de um óvulo de Boa constrictor, que consta da coluna B.

Coluna A Coluna B

(1) Prófase I
(a) Ascensão polar de cromossomas com um só cromatídeo. [ _6__ ] (2) Prófase II
(3) Metáfase I
(b) Formação de tétradas cromatídicas. [ _1__ ]
(4) Metáfase II
(c) Segregação aleatória dos cromossomas homólogos. [ __5_ ] (5) Anáfase I
(6) Anáfase II

9. As crias de Boa constrictor (WW) geradas por partenogénese eventualmente podem reproduzir-
-se sexuadamente, no entanto, dada a sua constituição cromossómica só se espera que formem fêmeas.
Explique a hipótese formulada.

Os machos (ZZ) só podem gerar gâmetas/esperma-tozoides com o cromossoma Z; já as fêmeas em questão


(WW) só podem gerar gâmetas/oóci-tos/óvulos com o cromossoma W. Dessa forma, a união dos gâmetas
resultaria sempre em animais ZW, que correspondem a fêmeas.

GRUPO III

A orquídea-de-darwin e tendências evolutivas nas plantas


Darwin ficou surpreendido com uma flor exótica de Madagáscar, Angraecum sesquidale
(também chamada de orquídea-de-darwin), cujo tubo de néctar é extremamente longo e só
tem néctar na base. Darwin previu que deveria existir um inseto com probóscide (apêndice de
auxílio à alimentação) extremamente longo para poder chegar ao néctar. Na altura foi
ridicularizado, mas cerca de 20 anos após a sua morte foi descoberta uma borboleta com um
probóscide de 23 cm. O inseto foi batizado de Xanthopan morganii praedicta, como forma de
homenagear a previsão de Darwin. Estas orquídeas são apenas polinizadas por este inseto (Fig.
3).

As diferentes espécies de orquídeas evoluíram para sofisticadas formas florais que atraem os
insetos utilizando estímulos sexuais (por exemplo, ao assemelhar-se a fêmeas de insetos
pousadas sobre uma flor), odoríferos ou nutritivos. Existem mais espécies de orquídeas do que
em qualquer outra família de plantas.
A evolução das plantas resultou em níveis crescentes de complexidade, desde as algas verdes
suas antecessoras, passando pelas plantas sem tecidos condutores, como as briófitas (musgos
e afins), pelas plantas vasculares sem sementes, como os fetos, até às complexas plantas com
flor da atualidade, como as orquídeas. Nesta evolução é possível identificar algumas
tendências evolutivas, nomeadamente uma independência crescente em relação à água e uma
redução progressiva da geração gametófita.
Baseado em A evolução de Darwin, Catálogo Fundação Calouste Gulbenkian, 2009

Fig. 3 Xanthopan morganii praedicta a Fig. 4 Ciclo de vida simplificado de uma planta, onde 1, 2 e 3
alimentar-se do néctar da orquídea-de- representam processos celulares, e n e 2n a ploidia.
darwin e, simultaneamente, a contribuir
para a polinização da planta.

1. A alternância de gerações é uma característica do ciclo de vida


(A) dos seres que se reproduzem sexuadamente.
(B) das plantas, porque têm duas entidades multicelulares independentes e com diferente ploidia.
(C) das plantas, porque só estas apresentam alternância entre a haplófase e a diplófase.
(D) das plantas e dos animais, resultante da ocorrência de meiose e fecundação.

2. O ciclo de vida da orquídea corresponde ao ciclo de vida da figura 4


(A) A, estando a mitose representada pelo número 3.
(B) B, estando a mitose representada pelo número 3.
(C) B, estando a mitose representada pelo número 2.
(D) A, estando a mitose representada pelo número 2.

3. A ocorrência de uma meiose pré-gamética caracteriza os ciclos de vida _______ e corresponderá ao ciclo
de vida _______ da figura 4.
(A) haplodiplontes … A
(B) haplontes … B
(C) diplontes … C
(D) haplodiplontes … B
4. No ciclo de vida da figura 4, a entidade multicelular X corresponde ao
(A) esporófito, que se originou por mitoses do zigoto.
(B) esporófito, que originará os gâmetas.
(C) gametófito, que se originou por mitoses dos esporos.
(D) gametófito, que originará os gâmetas.

5. As afirmações seguintes dizem respeito ao ciclo de vida das orquídeas.


I. A orquídea é a entidade multicelular haploide do seu ciclo de vida.
II. Nas plantas, os gâmetas femininos são designados oosferas.
III. Na orquídea, a fecundação é independente da água.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. (D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

6. Uma orquídea, após a polinização de Xanthopan morganii praedicta, produz sementes, contendo cada uma
um embrião _______ geneticamente _______ à planta-mãe.
(A) diploide … igual (C) diploide … diferente
(B) haploide … igual (D) haploide … diferente

7. A reprodução sexuada permite a dispersão _______ através de _______.


(A) dos fetos … mitósporos (C) dos musgos … zoósporos
(B) da espirogira … zigósporos (D) das plantas … meiósporos

8. Explique como a forma pela qual ocorre a união de gâmetas, tanto em musgos como em fetos, condiciona
a distribuição geográfica destes seres vivos.

Tanto em musgos como em fetos, a fecundação da oosfera, que está encerrada no arquegónio, depende da
movimentação dos anterozoides através de uma película de água. Como a fecundação depende da água,
a distribuição destas plantas está particularmente limitada a zonas húmidas

9. A extinção de uma espécie pode acarretar graves consequências para outras espécies. Explique as possíveis
consequências para a orquídea-de-darwin caso se extinga o inseto Xanthopan
morganii praedicta na ilha de Madagáscar.

O inseto Xanthopan morganii praedicta é o único que se pode alimentar do néctar da orquídea-de-Darwin,
pois tem uma probóscide com um tamanho compatível com o tubo de néctar dessa flor, sendo, assim, o
seu único polinizador. A extinção desse inseto implicaria a impossibilidade de a orquídea- de-darwin se
reproduzir sexuadamente, o que colocaria também em risco a existência desta espécie.
Grupo IV
Texto 1
A pele é um órgão de múltiplas camadas de tecido, muitas vezes apresentando estruturas associadas,
que estabelece uma interface protetora entre o organismo e o meio ambiente. Nos mamíferos, a pele
fornece uma barreira física e imunológica, contribuindo para a termorregulação e o equilíbrio hídrico.
Nos cetáceos, como as baleias, a pele típica dos mamíferos foi modificada, emergindo como uma
característica da sua adaptação a um estilo de vida totalmente aquático. De facto, a sua epiderme é 50
vezes mais espessa do que a dos seus homólogos terrestres, apresentando uma alta taxa de renovação
celular. Além disso, a hipoderme é mais espessa e gordurosa, não possuindo glândulas sebáceas e
sudoríparas, nem pelagem. Estas alterações da pele dos cetáceos resultaram da perda de genes que
afetaram processos, como a queratinização da pele ou a sua lubrificação.
A evolução por perda de genes não corresponde, necessariamente, à remoção completa de um gene de
um genoma, mas a qualquer alteração que leve à perda da sua função, passando pela inativação de RNA,
ou outros processos que interferem na síntese das proteínas.
Themudo, E. et al. (2020). Losing genes: The evolutionary remodeling of cetacea skin. Frontiers in Marine
Science,
912. DOI: 10.3389/fmars.2020.592375

1. De entre as afirmações seguintes, relativas ao processo evolutivo descrito, selecione as duas que
estão corretas.
I. A perda de uma característica pode ser explicada pela não ocorrência da transcrição de um
gene que a codifica.
II. A evolução ocorre sempre no sentido da produção de um maior número de proteínas.
III. Algumas estruturas associadas à pele podem ter-se tornado vestigiais, no processo de
adaptação ao meio marinho de um ancestral terrestre.
IV. A evolução dos cetáceos e dos mamíferos terrestres é um exemplo de evolução
convergente, já que os seres estão sujeitos a diferentes pressões seletivas.
V. Os cetáceos e outros animais marinhos, como os tubarões, tiveram uma evolução
divergente, devendo apresentar estruturas análogas.

2. No processo de evolução dos cetáceos descrito, há alteração do relativamente aos seus


ancestrais e manutenção de estruturas partilhadas com os mamíferos terrestres.
(A) genoma … análogas (C) cariótipo … análogas
(B) cariótipo … homólogas (D) genoma … homólogas
3. As células da epiderme dos cetáceos apresentam ciclos celulares com citocinese
resultante de .
(A) curtos … estrangulamento
(B) longos … fusão de vesículas
(C) curtos … fusão de vesículas
(D) longos … estrangulamento
4. Na perspetiva darwinista, a alteração da espessura da pele dos cetáceos pode ser resultante
(A) da existência, nos cetáceos ancestrais, de genes selecionados pela adaptação ao ambiente
aquático.
(B) do aparecimento de mutações específicas, após a continuada adaptação ao ambiente aquático.
(C) da necessidade de adaptação individual dos cetáceos, em resposta às exigências do ambiente
aquático.
(D) da sobrevivência diferencial dos cetáceos com a espessura de pele mais adaptada ao ambiente
aquático.

5. Ordene as afirmações seguintes de modo a reconstituir a sequência evolutiva que levou à


existência de seres multicelulares, segundo a perspetiva do modelo endossimbiótico.
A. Fagocitose de procariontes por outros de maiores dimensões.
B.Associação de células com reduzida diferenciação celular.
C.Estabelecimento de relações de interdependência entre procariontes.
D. Existência de células procarióticas aeróbias de pequenas dimensões, livremente.
E. Aparecimento de seres com diferenciação celular.

D – A – C – B – E.

6. Explique, numa perspetiva lamarckista, a espessura da pele nos cetáceos atuais.

Explica que, por necessidade de adaptação ao meio, os ancestrais terrestres dos cetáceos utilizaram
continuamente estruturas que, por isso, se desenvolveram (lei do uso e do desuso) (A), e essas
características foram depois transmitidas à descendência (lei da herança de caracteres
adquiridos) (B).
A. Por necessidade de adaptação dos ancestrais terrestres dos cetáceos ao ambiente aquático,
esses animais utilizaram, recorrentemente, estruturas com vista à satisfação dessas
necessidades.
B. Desses esforços resultou o incremento das estruturas ao longo das gerações, devido à herança
dos caracteres que se foram desenvolvendo pelo uso.

Bom trabalho

Prof. Marina Rosa


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