Imperialismo Na África

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Imperialismo na África, Ásia e Oceania

Como surgiu o imperialismo?

A ideia de expansão dos impérios europeus surge com a Revolução Industrial,


durante o século XIX. Para movimentar as novas fábricas e máquinas, os europeus
precisavam de muito mais matérias-primas e mercados consumidores para seus produtos.
Visto que já possuíam algumas colônias na África, Ásia e Oceania, fazia sentido expandir
seus domínios nesses locais para aumentar seu poderio econômico.
Outro aspecto relevante para o surgimento do neocolonialismo é a ideia de
darwinismo social. Em resumo, trata-se de uma adaptação torta do conceito de seleção
natural para a sociedade, colocando os europeus como superiores. Portanto, era lógico
impor sua sociedade “civilizada” a outros povos menos desenvolvidos.
Além disso, há ainda aspectos práticos que impulsionaram o imperialismo: a
descoberta de diamantes na África do Sul, que despertaram o interesse dos europeus; e a
abertura do Canal de Suez, aumentando o fluxo comercial no continente africano.

O imperialismo na África, Ásia e Oceania

Até 1880, os europeus dominavam em torno de 10% da África — domínio que


passou a mais de 90% nas décadas seguintes. Pode-se dizer que esse continente tenha sido
o mais afetado por esse movimento expansionista europeu. Apenas a Etiópia e a Libéria
não foram colonizadas. É nessa época que ocorre a chamada “Partilha da África”,
notadamente na Conferência de Berlim de 1884. Nessa reunião, as principais potências
europeias demarcaram as fronteiras de suas colônias no continente. Essa divisão
considerou apenas os interesses econômicos das potências, destruindo qualquer
organização política local. Em resumo:

• Portugal expande seus domínios nas regiões de Angola e Moçambique;

• França fica com o norte da África e o Saara;

• Bélgica explora o Congo;

• Reino Unido expande suas possessões na África do Sul e na região do Egito;

• Alemanha, Itália e Espanha também pegam seus “pedaços” do continente;


Nas outras partes do mundo, destaca-se a posse britânica do subcontinente
indiano, com o “Raj Britânico”, explorando milhões de pessoas na região. Os holandeses
dominaram várias ilhas no Oceano Índico, que hoje formam a Indonésia, enquanto os
franceses ficaram com a Indochina (Camboja, Laos e Vietnã). O Japão, inspirando-se nos
impérios ocidentais, buscou estender seus domínios no Extremo Oriente, dominando a
Coreia e partes da China.

As consequências do imperialismo até hoje

Como dito no início, o imperialismo foi um dos movimentos mais importantes da


história moderna e suas consequências são infinitas — rendendo diversas obras. Para
destacar algumas das mais importantes, podemos começar com a pobreza das ex-
colônias. A partir dos anos 1950 e 1960, diversas regiões da África e Ásia começaram a
pleitear suas independências das potências europeias. Mas existiram dois problemas
principais em meio a esse processo:

1) os novos países seguiram fronteiras demarcadas pelos europeus, de acordo com os


interesses deles; e

2) os novos países tinham pouca estrutura para administrar sua política, economia e vida
cotidiana.

As fronteiras geraram inúmeros conflitos étnicos nos novos países — como o dos
tutsis e hutus, em Ruanda. Também houve tensões na divisão entre a Índia e Paquistão
para hindus e islâmicos, gerando ainda a separação de Bangladesh, já nos anos 1970.
Além disso, muitos desses países recém-independentes foram criados com governos
instáveis — causando uma série de guerras civis e ditaduras, especialmente na África.

Por fim, outra consequência do imperialismo é o apagamento da história das


regiões colonizadas e a continuidade do racismo. É reconhecido que a política
expansionista do século XIX foi bastante prejudicial para as regiões exploradas.

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