Lição 05 - A Promessa de Salvação

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Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE

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LIÇÃO 05 – A PROMESSA DE SALVAÇÃO


4º TRIMESTRE 2024 (Jo 3.14-21)
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a definição das palavras “salvação”; pontuaremos as características da promessa da salvação; notaremos a
natureza da salvação; estudaremos os aspectos da salvação; e por fim, analisaremos a base da promessa da salvação que é Jesus Cristo.

I - DEFINIÇÃO DAS PALAVRAS “SALVAÇÃO” E “PROMESSA”


1.1 Definição do termo salvação. A palavra “salvação” ocorre na Bíblia 167 vezes. No AT ocorre 120; e no NT: aparece 47 (Joshua,
2010, p. 697). No hebraico o verbo “salvar” é “yasha” que significa: “ajudar, libertar, salvar”. No grego o verbo é “sozo” é usado
como se dá acerca de: (a) livramento material e temporal do perigo (mt 8.25; mc 13.20; lc 23.35; jo 12.27; 1 tm 2.15; 2 tm 4.18); (b) a
salvação espiritual e eterna concedida imediatamente por deus aos que creem no senhor jesus cristo (at 2.47; 16.31; rm 8.24; ef 2.5.8; i
tm 2.4; 2 tm 1.9; tt 3.5)” (Vine, 2002, p. 968). Teologicamente esta palavra significa: “livramento do que aceita a Cristo do poder e da
maldição do pecado. Restituição do homem à plena comunhão com Deus” (Andrade, 2006, p. 325). A Bíblia destaca que a
prerrogativa de salvação é exclusivamente divina (Is 43.11; 45.21; Os 13.4; Tt 1.3). Geisler (2010, p. 157), afirma: “Deus é o autor da
salvação, pois apesar de o pecado humano ter a sua origem nos homens, a salvação vem do céu, e tem a sua origem em Deus”.
II – CARACTERÍSTICAS DA PROMESSA DA SALVAÇÃO
A palavra “promessa” deriva do latim “promittere” que significa: “obrigar-se verbalmente ou por escrito a fazer ou dar
alguma coisa; comprometer-se; dar esperanças ou probabilidades; fazer promessa” (Ferreira, 2004, p. 1640). Já no grego é a
palavra “epangelia” que significa: “empreendimento para fazer ou dar algo, presente dado graciosamente” (Vine, 2002, p. 905).
2.1 A salvação é uma promessa. Após a tentação e queda do homem no Éden, Deus pronunciou os castigos consequentes da
desobediência, mas também fez uma promessa para o casal dizendo: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a
sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). Nesse texto, Deus prometeu que da semente da mulher
um dos descendentes nasceria para esmagar a cabeça da serpente. Tanto Adão quanto seus descendentes firmaram-se nessa palavra
profética anunciada pelo próprio Deus. “esta certeza entrou pelos ouvidos das primeiras criaturas de deus como uma bendita promessa
de redenção” (Moody, sd, p. 20 – acréscimo nosso).
2.2 A salvação é uma provisão. O Deus que providenciou as árvores alimentícias para o corpo físico de Adão (Gn 1.29; 2.16); uma
esposa para suprir as suas necessidades emocionais (Gn 2.18); providenciou-lhe também as necessidades espirituais, quando lhe fez a
promessa da vinda do Redentor (Gn 3.15); quando lhe cobriu a nudez (Gn 3.21); quando vedou o acesso a árvore da vida a fim de que
o homem não tivesse a sua situação irremediável (Gn 3.22-24). Na presciência divina, a solução para o pecado foi feita mesmo antes
da Queda, pois o “Cordeiro foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8).
2.3 A salvação é um ato de amor. A Bíblia não somente afirma que a salvação do homem tem origem em Deus, como também nos
mostra que Ele não foi coagido por nada nem por ninguém a tomar essa decisão. Ele resolveu salvar a humanidade motivado
unicamente pelo Seu grande amor. É revelado na Escritura que “Deus amou o mundo que deu Seu Filho Unigênito [...]” (Jo 3.16);
Jesus disse que “ninguém tem maior amor do que este” (Jo 15.13); Paulo afirmou também que Deus provou o seu amor por nós
quando enviou Cristo para morrer em nosso lugar (Rm 5.8); o apóstolo acrescenta ainda que o grande amor de Deus excede todo o
entendimento (Ef 2.4; 3.19); João, por sua vez, diz que “Deus é amor” (1Jo 4.8); e que Ele nos amou primeiro (1Jo 4.10).

III – A NATUREZA DA SALVAÇÃO


A justificação, um ato divino de declarar o pecador justo diante de Deus, inicia o processo de redenção. Em seguida, a
regeneração transforma o coração humano, conferindo uma nova vida em Cristo. Por fim, a santificação representa o crescimento
contínuo em fé e obediência, moldando o crente à imagem de Cristo ao longo da jornada espiritual.
3.1 A justificação. É a mudança de posição externa e legal do pecador diante de Deus: de condenado para justificado. Pela
justificação passamos a pertencer aos justos. Justificação é o tempo passado da nossa salvação, mas sempre presente em nossa vida
espiritual (1 Co 6.11; Rm 3.24; 5.1; G1 2.16) (Gilberto, 2008, p. 340).

3.2 A regeneração. É a mudança de condição do pecador. É o milagre que se dá na vida de quem aceita a Cristo, tornando-o
participante da vida e natureza divinas (1Pd 1.3,23; 2Pd 1.4; 1Jo 3.9; 5.18). Através da regeneração, conhecida também como
conversão e novo nascimento, o homem passa a desfrutar de uma nova realidade espiritual” (Andrade, 2006, p. 317).
3.3 A santificação. É a mudança de caráter. É um processo presente e contínuo por parte dos crentes, a fim de se tornarem
semelhantes a Cristo (1Co 1.2; 6.11; Hb 10.10; 12.14; 1Pd 1.15,16; Ap 22.11). A santificação é o processo pelo qual Deus retira de
nós o pecado de forma real (GEISLER, 2010, pp. 149,211).

IV - ASPECTOS DA PROMESSA DA SALVAÇÃO

4.1. A salvação é segura. É fundamental que estejamos seguros quanto à perfeita obra redentora de Jesus Cristo. Dignas são de
destaque as características de sua obra: a) PERFEITA: “…pode também salvar perfeitamente…” (Hb 7.25-a); b) ETERNA: “…
seu próprio sangue… havendo efetuado eterna redenção” (Hb 9.12-a); e, c) ÚNICA: “… oferecendo-se uma vez, para tirar os
pecados…” (Hb 9.28-a). Fomos salvos por sua morte e salvos por sua vida!
4.2 A salvação é substitutiva. Quando o homem caiu e se afastou de Deus, ficou em débito eterno para com Deus. O homem, por si
só não poderia resolver seu problema ou pagar sua dívida diante de Deus, a não ser que houvesse um “substituto”. A Bíblia ensina
que os sofrimentos e a morte de Cristo foram vicários por todos os homens (Is 53.6,12; Mt 20.28; Mc 10.45; Jo 1.29; 11.50; Rm 5.6-
8; 8.32; 2Co 5.14, 15, 21; Gl 2.20; 3.13; 1Tm 2.6; Hb 9.28; 1Pd 2.24).
4.3 A salvação é redentora. A redenção tem o sentido de pagar essa culpa assumida. Ou seja, a redenção é aplicada no que diz
respeito ao pecado e o débito que ele causa, que pode apenas ser pago com sangue (Hb 9.22 cf. Lv 17.11). Logo, para que o preço de
pecado pudesse ser pago, era necessário derramamento de sangue de um cordeiro sem máculas (Jo 1.29; cf. Is 53.9; 1Pd 2.21-22).
Podemos concluir que essa compra implicou no pagamento de um preço alto (2Pd 2.1; Ap 5.9,10).
4.4 A salvação é propiciatória. Deus demonstra sua justa ira para com o pecador (Jo 3.36; Rm 1.18-32; Ef 2.3; 1Ts 2.16; Ap 6.16;
14.10,19; 15.1,7; 16.1; 19.15). Contudo, em Cristo é providenciada uma oferta “propiciatória” e, assim, a ira de Deus contra o
pecador é apaziguada (Rm 3.25; 1Jo 2.1-2; 4.10 cf. Êx 25.17-22; Lv 16.14.15).

4.5 A salvação é reconciliadora. A reconciliação é necessária pelo fato de que o homem sem salvação vive em uma relação de
inimizade e hostilidade com Deus (Rm 5.9,10; 2Co 5.18-21), e, como inimigo de Deus, está plenamente passível de sofrer a
manifestação de sua Ira. Vemos que Deus propõe uma resolução para esse problema por meio da morte do Senhor Jesus (Rm 11.15;
2Co 5.18-21; Ef 2.16; Cl 1.20-21).

V - A BASE DA PROMESSA DA SALVAÇÃO - JESUS CRISTO


Jesus Cristo é o agente da salvação, a essência da esperança e da redenção para a humanidade. A Bíblia afirma em João
14:6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” . Essa declaração poderosa destaca que
somente através de Cristo encontramos o verdadeiro acesso a Deus e a vida eterna. Assim, é por meio de sua graça e sacrifício que
somos chamados a experimentar a salvação e a transformação espiritual.

5.1 O agente da salvação é Jesus Cristo. Jesus veio ao mundo com uma missão: salvar o homem. Seu nome revela sua missão
(Mt 1.21); suas palavras também: “só tu tens a palavra de vida eterna” (Jo 6.68); como também sua morte: “para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16-b). A palavra “salvar” segundo o Aurélio (2004, p. 1797) significa:
“tirar ou livrar de ruína ou perigo; pôr a salvo”. No AT, Deus apresenta-se a nação de Israel como aquEle que o libertara do
Egito (Êx 20.2). Já no NT, Deus apresenta o Seu Unigênito como aquEle que liberta não mais uma nação, mas o mundo todo do
pecado e da condenação eterna (Rm 6.18; Gl 5.1). A sublime missão do Messias está presente em todas as Escrituras. Ela foi
explicitada: (a) pelos profetas (Is 53.4,5,11-b; Jr 23.6; Ml 4.2); (b) pelos anjos de Deus (Mt 1.21; Lc 2.11); (c) o próprio Jesus (Mt
18.11; Mt 20.28; Lc 19.10; 26.26-28; Jo 3.16,17; 15.13); e, (d) os apóstolos (At 5.31; Ef 5.23; Fp 3.20; 1Tm 1.11; 2Tm 1.10; Tt
1.4; 2.13; 3.4,6; Hb 2.10; 2Pd 1.1,11, 2.20; 3.18; 1Jo 4.14).

CONCLUSÃO
Deus quer que todo o homem se salve e venha ao conhecimento da verdade. Para isto, Ele nos concedeu o Seu Filho Jesus
Cristo, que pagou o preço pelos nossos pecados na cruz do Calvário. No entanto, para que esta salvação seja recebida, faz-se
necessário que o homem se arrependa dos seus pecados e creia em Jesus como seu Salvador

REFERÊNCIAS
 HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
 VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
 WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo do Antigo Testamento. GEOGRÁFICA.
 ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.

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