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Patrimônio Histórico E Cultural

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HISTÓRIA DO TOCANTINS

Patrimônio Histórico e Cultural


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PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

Patrimônio histórico e cultural do Tocantins são características que remetem à forma-


ção de uma identidade do estado. Há uma perspectiva de representatividade na história do
Tocantins.
Tombamento do centro histórico de Natividade, ocorrido no ano de 1987, pelo Insti-
tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN:
Natividade (TO)
O conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico de Natividade foi tombado pelo Iphan,
em 1987, pela vinculação do sítio e da paisagem ao modo de urbanização do século XVIII.
A cidade é dividida em três zonas de usos específicos: Zona de Proteção Histórica, Zona
de Proteção Ambiental e Zona de Expansão, e o conjunto arquitetônico é formado por ruas
estreitas de casarões e igrejas.

Obs.: Isso traz uma perspectiva de identidade à população do estado, pois esta pode olhar
para sua história e saber de onde veio e os fatos que colaboraram para o desenvol-
vimento dessa região.

Natividade apresenta uma estrutura urbana colonial, com ruas irregulares. O conjunto
arquitetônico destaca-se por sua simplicidade, com ausência de monumentalidade nas cons-
truções públicas, resultando em um conjunto harmonioso, com uma estrutura urbana colo-
nial e casario simples. As fachadas das construções remetem a dois períodos econômicos
distintos.

Obs.: Assim, os períodos econômicos distintos que essa região viveu foram impactantes
em sua estrutura urbanística.

As mais despojadas estão relacionadas à mineração do século XVIII e as mais ornamen-


tadas, à pecuária, a partir do século XIX. Conserva, ainda hoje, seu traçado urbano original
assim como as igrejas da Matriz de Natividade e de São Benedito, e as ruínas da Igreja de
Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, considerada um dos símbolos do novo Estado do
Tocantins. .
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 As imagens a seguir ilustram essa história:

A cidade de Natividade, em Tocantins, surgiu em 1734, com o nome de Arraial de São


Luiz, durante a expansão da atividade mineradora do começo do século XVIII, no Centro-
-Oeste. Fundada por Antônio Ferraz de Araújo ao pé da Serra da Natividade, no Sudeste do
Tocantins, recebeu seu nome em homenagem a Dom Luís de Mascarenhas, então governa-
dor da Capitania de São Luís e fundador da Vila Boa (atual cidade de Goiás/GO). Anos mais
tarde, passa a ser chamada Natividade, em homenagem a Nossa Senhora da Natividade.
Natividade nasceu com a exploração do ouro e ainda existem as ruínas dos primeiros
garimpos de ouro da região. Durante muitos anos, a cidade esteve na posição de um dos
maiores arraiais da Capitania de Goiás, perdendo somente para Pirenópolis e ocupou lugar
de destaque na extração de ouro. Em 1831, Natividade foi elevada à categoria de vila e, em
1901, a município, ao ser desmembrada de Porto Nacional.
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O período da mineração, no século XVIII, ficou marcado por edificações simples de


fachadas despojadas, enquanto a economia baseada na pecuária, a partir do século XIX,
deu origem às construções mais elaboradas e fachadas ornamentadas, refletindo a riqueza
trazida por essa nova atividade econômica. Natividade ainda preserva a arte secular da ouri-
vesaria, tradicional desde a época do garimpo de ouro e a produção artesanal faz uso da
técnica rara da filigrana portuguesa, que sobreviveu ao tempo pelas mãos de mestres ourives
nativitanos.

Obs.: Com o passar do tempo, portanto, a pecuária se tornou uma atividade mais próspera
do que a mineração. .
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Porto Nacional (TO)

O centro histórico de Porto Nacional, em Tocantins, foi tombado pelo Iphan, em 2008.
A área delimitada abrange cerca de 250 edificações, conjuntos de ruas, largos e praças,
incluindo a Avenida Beira Lago e o entorno da Catedral Nossa Senhora das Mercês. Na
cidade, destacam-se as edificações construídas pelos freis dominicanos como a Catedral
das Mercês, além de espaços públicos e residências.
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Obs.: No estudo do século XX, percebe-se que Porto Nacional foi uma parte importante na
antiga região norte de Goiás em diversos cenários, revoltas e rebeliões.

A área tombada (que inclui o seu entorno) abrange parte da zona central e compreende
o sítio natural, a malha urbana e as arquiteturas implantadas desde a fundação do município
até a década de 1960. Neste trecho localizam-se, além das edificações vernaculares, os edi-
fícios mais singulares do centro histórico, como a Catedral, o Seminário, a Cúria e a Casa de
Câmara e Cadeia. O local ainda apresenta remanescentes da maior parte do acervo arquite-
tônico representativo do período da mineração do ouro - metade do século XVIII até meados
do século XX.

Dessa catedral, destaca-se que sua arquitetura não pode ser encontrada em qualquer
outro lugar: a quantidade de portas, os arcos nas janelas, a parte superior de torres na frente
da igreja etc. .
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Na imagem acima, nota-se casas com a porta direto para a rua, um dos aspectos repre-
sentativos da vila.

Bonecas Ritxòkò Karajá

Ao se tratar de identidade, é necessário destacar os povos nativos que estavam no territó-


rio antes da chegada dos europeus. Nesse sentido, deve-se falar das bonecas Ritxòkò Karajá:

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Essa parte do patrimônio tem relação com o saber, sob uma perspectiva imaterial. Isto é,
a importância é a forma de se produzir essas bonecas e o que elas representam.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou, nesta quarta-feira, dia 25 de
janeiro, o Ofício e os Modos de Fazer as Bonecas Karajá como Patrimônio Cultural do
Brasil. A proposta foi apresentada ao Iphan pelas lideranças indígenas das aldeias Buridina
e Bdè-Burè, localizadas em Aruanã, Goiás - GO, e das aldeias Santa Isabel do Morro, Watau
e Werebia, localizadas na Ilha do Bananal, Tocantins - TO, com anuência de membros das
aldeias Buridina, Bdè-Burè e Santa Isabel do Morro. Para o presidente do Instituto do Patri-
mônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, comemorou o regis-
tro ressaltando o trabalho do Iphan de ampliar o número de bens protegidos em todo o país
e de alterar a interpretação do que é patrimônio cultural. Para ele, o registro do Ofício e dos
Modos de Fazer as Bonecas Karajá “representa uma dimensão de reconhecimento como
patrimônio a cultura de comunidades indígenas, como o povo Karajá, ainda pouco conhecida,
mas que é fundamental dentro do processo de formação do nós somos, do povo brasileiro”.
A coordenadora da Secretaria de Cultura Indígena, da Secretaria de Cultura do Estado de
Tocantins, Narubia Karajá, acompanhou a reunião em Brasília e, muito emocionada, decla-
rou aos conselheiros que “esta é um momento histórico para nós porque os senhores estão
dizendo que nós (o povo Karajá) somos importantes para o Brasil”. .
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Há, portanto, uma relação com a identidade e com a história do Brasil que traz para todos
os karajás uma representatividade. Isso influencia na constituição do país no sentido de se
perceber o Brasil como uma nação diversa, com raízes fincadas nas contribuições indígenas.

As bonecas Karajá e a expressão de uma identidade

Mais do que objetos meramente lúdicos, as ritxòkò são consideradas representações


culturais que comportam significados sociais profundos, reproduzindo o ordenamento
sociocultural e familiar dos Karajá. Com motivos mitológicos, de rituais, da vida cotidiana e
da fauna, as bonecas karajá são importantes instrumentos de socialização das crianças
que se veem nesses objetos e aprendem a ser Karajá. Enquanto brincam com as bonecas
ou observam a sua feitura, as meninas recebem importantes ensinamentos e aprendem
também as técnicas e saberes associados à sua confecção e usos. Por representa-
rem cenas do cotidiano e dos ciclos rituais, elas portam e articulam sistemas de significa-
ção da cultura Karajá e, dessa forma, são também lócus de produção e comunicação dos
seus valores.
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Obs.: Há, dentro da representação gráfica de cada boneca, um significado diferente.

O processo criativo de produção das ritxòkò ocorre por meio de um jogo de elaboração e
variação de formas e conteúdos determinado por uma série de fatores, como a experiência, a
habilidade técnica e a preferência estética da ceramista pela combinação dos motivos temá-
ticos e dos diversos padrões de grafismo aplicados. Também expressa a função do objeto,
o acesso às matérias-primas e a disponibilidade de recursos financeiros para compra de
materiais. Desta forma, as bonecas Karajá condensam e expressam importantes aspectos
da identidade do grupo, além de simbolizar diversos planos de sua sociocosmologia. .
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Obs.: A sociocosmologia é muito importante para a representatividade dos povos originá-


rios brasileiros. Há, em suas culturas, uma relação com o místico, com a natureza,
com os elementos e com as forças naturais.

Atualmente, as bonecas Karajá integram o acervo de vários museus no país, são pro-
curadas como objetos de decoração e comercializadas junto a turistas e lojas de artesanato
locais, regionais e nacionais. Entretanto, devem ser compreendidas além da sua expres-
são material, visto que, desde a sua confecção, desempenham um papel importante na
reprodução cultural do povo Karajá. Desta forma, o DPI/Iphan pede a inscrição do Ofício
e dos Modos de Fazer as Bonecas Karajá no Livro dos Saberes e, ainda, a inscrição das
Ritxòkò - Bonecas Karajá no Livro das Formas de Expressão, como patrimônio cultural brasi-
leiro. O objetivo é estimular a sua produção entre as mulheres Karajá, possibilitando o cres-
cimento das condições de autonomia das ceramistas frente às demandas externas e, ainda,
fortalecer os mecanismos de reafirmação da identidade Karajá.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Admilson Costa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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