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Dedicatória

Dedico este trabalho de final de curso a todas as mulheres que por algum
motivo sofreram ou tiveram de fazer aborto por razões adversas.

Aos meus pais pela educação e valores incutidos, meus irmãos seria injusta
não dedicar a vocês pelo suporte, meu esposo pelo companheirismo conselho
e fortalecimento nas horas difíceis.

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A problemática do Aborto
Epigrafe

"A nossa fé não muda a opinião de Deus a nossa fé na verdade nos faz
descobrir o que Deus quer fazer em nós"

(Desmond Jerónimo)

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A problemática do Aborto
Agradecimentos

Agradeço a Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades e
por permitir que tudo isso acontecesse, ao longo da minha vida, e não somente
nestes anos como universitária, mas que em todos os momentos é o maior
mestre que alguém pode conhecer te agradeço Adonai.

A Universidade pela oportunidade de fazer o curso. Seu corpo docente


direcção e administração, Ao Professor António Binza obrigado pela
orientação, apoio e confiança na elaboração deste trabalho. Prof.Osvaldo
Mboco pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correcções e
incentivos.

Aos meus pais, Junga L. Cambuale e José L. Gonçalves pelo amor incentivo
nas horas difíceis e apoio incondicional de todas dificuldades me fortaleceu e
que para mim foi muito importante. Ao meu Esposo por tudo que fazes e tens
feito em pró da minha vida só Deus para pagar o fizeste e fazes. Não esquecer
ao meu colega Ariel suares obrigado pela paciência e pelo incentivo que me
deste tu também fazes parte desta vitoria.

As mulheres que tiveram coragem e disponibilizaram o vosso precioso tempo


de falarem desta situação, como viveram e porque viveram.

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A problemática do Aborto
Resumo

A presente monografia tem como objecto de estudo, a problemática do aborto


no município do Cazenga. O foco da pesquisa visa conhecer o impacto
psicológico que esta na base da pratica do aborto em adolescentes no Hospital
geral dos cajueiros/Cazenga. Para o desenvolvimento da pesquisa formulou-se
a pergunta de partida: quais as principais causas do aborto no município do
Cazenga, as hipótese sustem que condições socioeconómicas e financeiras, a
estruturação familiar, a influencia das familiares que não aceitam os
relacionamentos de seus filhos com determinados parceiros e a falta de
educação sexual por parte dos pais associado com a falta de dialogo,
influenciam nas causa do aborto em adolescentes. A recolha de dados no
campo de pesquisa teve recurso de técnicas como a de observação direita e
bibliográfica e como instrumentos o questionário. Verificou-se que os
resultados apontam as condições socioeconómicas e financeiras e
estruturação familiar e a falta de educação sexual por parte dos pais
associando-se como a falta de diálogo esta nas causas do aborto em
adolescentes.

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A problemática do Aborto
INTRODUCÃO

O impacto do aborto é um problema que esta presente em muitas


sociedades, e a nossa não foge a regra. Dai a preocupação de se estudar para
o entendimento e compreensão do problema face as consequências que o
mesmo acarreta no seio da família e da sociedade em geral.

Segundo a organização mundial da saúde o aborto é a interrupção de


uma gravidez antes de 28 semanas de gestação, cujo produto da concepção é
um feto morto ou com peso inferior a500g.

No que se refere ao processo histórico, a pratica do aborto nem sempre


foi objectivo descriminalização sendo comum entre as civilizações hebraicas e
gregas, em Roma as leis XII das tábuas e as leis da república não cuidava do
aborto pôs consideravam produto da concepção como parte do corpo da
gestante e não como ser autónomo, de modo que a mulher que abortava nada
mais fazia que dispor do próprio corpo. Em tempos posterior o aborto passou a
ser considerado uma lesão do direito do marido sendo a sua prática castigada.
Foi então com o cristianismo que o aborto passou a ser efectivamente
reprovado no meio social, tendo o imperador Adriano, Constantino, e Teodósio,
reformado direito e assimilado o aborto ao homicídio.

Já o autor Capez (2004, p.108) cita que na idade média o teólogo Santo
Agostinho, com base na doutrina de Aristóteles considerava que o aborto seria
crime, apenas quando o feto tivesse recebido alma, o que se julgava correr 40
ou 80 dias após a concepção segundo se tratasse de varão ou mulher. Já são
Basílio admitia qualquer distinção considerando o aborto sempre criminoso.

Perceba-se que no meio desta civilização o aborto era tido como algo
reprovável.

Assim, a posição da igreja e realçar a hipótese de abordo, sendo um


questão extremamente polémica, pois envolve conceito religioso, ou seja
crença de um povo.

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A problemática do Aborto
Ente os Gauleses o aborto era considerado um direito do pai que era o chefe
incontestável da família, com livre arbítrio sobre a vida a morte de seu filho
nascido ou não nascido. O mesmo ocorria em Roma, onde o aborto era uma
prática comum embora interpretada sob diferentes ópticas, dependendo da
época quando a natalidade era alta como nos primeiros tempos da república,
ela era bem tolerada, mais com o declínio da taxa de natalidade a partir do
império, a legislação se tornou extremamente severa, caracterizando o aborto
provado como delito contra a segurança do Estado.

Problemática

Para melhor percepção do tema em abordagem levantou-se a


seguinte problemática de partida.
Quais as principais causas do aborto no Município do Cazenga?

Objectivos

 Objectivo Geral:

Compreender o fenómeno do aborto no Município do Cazenga, no


hospital dos cajueiros.

 Objectivos Específicos:
Identificar as causas do aborto no município do Cazenga
Explicar os factos que proporcionam do aborto no município do
Cazenga.

Hipóteses:

Hipóteses são afirmações ou resoluções do problema proposto.

Elas servem para orientar o caminho para busca das respostas definitivas uma
vez apresentadas, pode ser falsa quando não levam a solução do problema,
propondo novo em sua conclusão, novos caminhos a serem tomados. Em

6
A problemática do Aborto
outros aspectos quando verdadeiras as hipóteses são validas e tornam-se
caminho seguro para chegada a conclusão de trabalho (Mertens, 2007, p 46).

Tendo em conta os objectivos colocados e o problema proposto foram


formuladas as seguintes hipóteses:

H1- As condições socioeconómicas e financeiras assim como as


desestruturações das famílias.

H2- A influencia dos familiares que não aceitam o relacionamento dos seus
filhos com determinados parceiros.

H3- A falta da educação sexual por parte dos pais associando-se com a falta
de diálogo.

Justificativa: A importância do estudo visa precisamente compreender a


pratica do aborto no município do Cazenga e interessou-nos averiguar quais as
razoes que levam ao tal acto. A fim de propor as autoridades competentes
medida que visa a redução ou eliminação deste fenómeno social que tanto
enferma a nossa sociedade em geral e em particular os nossos adolescentes.

Instituição da Realização da Pesquisa

A pesquisa sobre o tema em abordagem será realizado na Província de


Luanda, no Município do Cazenga (Hospital dos Cajueiros) e a consulta de
pessoas que já fizeram a pratica do aborto.

População: É a totalidade de pessoas do qual pode recolher dados, ou um


grupo de pessoas no qual se deseja tirar conclusões. Tendo como grupo alvo
uma média de idade dos 15 aos 30 anos de idade.

Amostra: É o resultado obtido da população.

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A problemática do Aborto
Metodologia de Investigação

Atendendo a metodologia de estudo realizar-se-á o tipo de pesquisa qualitativa


que são pesquisas abertas feitas por via de entrevistas e discussões com os
nossos entrevistados.

Técnicas de Recolha de Dados

Pesquisa qualitativa e bibliográfica fundamentada, essencialmente na consulta


de livros específicos da área, (Código de família, Código Penal).

Entrevistas por via do qual analisaremos os dados recolhidos através de um


conjunto de questões dirigidas a um grupo de médicos e pessoas que já
fizeram tal pratica.

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A problemática do Aborto
Capitulo – I. Fundamentação Teórica

1.1 Síntese histórica


A história do aborto, segundo a Antropologia, remonta á Antiguidade.

Há evidências que surgem que historicamente, dava-se fim da gestação,


ou seja provocava-se o aborto utilizando diversos métodos, como ervas
abortivas uso de objectos cortantes, a aplicação de pressão abdominal entre
outras técnicas.

A palavra aborto tem sua origem etimológica no latim abortacus, derivado


de aboriri ("perecer") composto de ab ("distanciamento ", a partir de") e oriri
("nascer").

Segundo Hungria (1981 p. 268), no que se refere aos precedentes


históricos, a pratica do aborto nem sempre foi objecto de incriminação, sendo
comum entre as civilizações hebraicas e gregas. Em Roma a lei das XII Tatuas
e as leis da República não cuidavam do aborto, pois consideravam produto da
concepção como parte do corpo da gestante e não como seu autónomo, de
modo que a mulher que abortava nada mais fazia que dispor do próprio corpo.

Em tempos posterior o aborto passou a ser considerado uma lesão do


Direito do marido a prole sendo sua prática castigada. Foi então com o
cristianismo que o aborto passou a ser efectivamente reprovado no meio social,
tendo os imperadores Adriano, Constantino, e Teodósio, reformado o direito e
assimilado o aborto criminoso ao homicídio.

Já o autor Capez (2004 p 108/9) cita que na idade média o teólogo Santo
Agostinho com base na doutrina de Aristóteles considerava que o aborto seria
crime apenas quando o feto tivesse recebido alma, o que se julgava correr
quarenta ou oitenta dias após a concepção segundo se tratasse de varão ou
mulher. Já, São Basílio, não admitia qualquer distinção, considerando o aborto
sempre criminoso.

No Velho Testamento, também se pode considerar que as crianças são


vistas como uma bênção. A primeira bênção sobre o homem foi a partir das
Sagradas Escrituras, em Géneses 1-28“Crescei e multiplicai-vos, povoai e
submetei terra. ”

Percebe-se que no meio desta civilização o aborto era tido como algo
reprovável.

Assim, a posição tradicional da Igreja é rechaçar a hipótese de aborto,


sendo uma questão extremamente polémica, pois envolve conceitos religiosos,
ou seja, crenças de um povo.

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A problemática do Aborto
Esta bênção fio renovada com Noé (Gen 9,7) “Uma esposa como videira
fecunda no interior de sua casa e os seus filhos como rebentos de oliveira ao
redor de sua mesa” sendo que o contexto, de ambas as passagens mostra que
se trata mais de um dom do que um verdadeiro preceito.

Na sociedade do Velho Testamento as crianças eram tidas como um dom


de Deus e como uma recompensa para a fé nele. Para aquele homem que
teme ao Senhor e segue seus caminhos. Assim a posição Tradicional da Igreja
é repelir a pratica do aborto, senso portanto uma questão de grande
repercussão, pois envolve questões religiosas, ou seja crença de um povo.

O aborto, pratica clandestina por excelência carrega a marca da


reprovação, mas não foi assim no decorrer da história da humanidade. Na
antiga Grécia, o aborto era preconizado por Aristóteles como método eficaz
para limitar os nascimentos e manter estáveis as populações das cidades
gregas. A prática do aborto era corrente e encara naturalmente, sendo feita
sobretudo, entre as meretrizes.

Sócrates aconselhava as parteiras (por sinal profissional de sua mãe) que


facilitassem o aborto as mulheres que assim o desejassem. Já Hipócrates, em
seu juramento assumiu o compromisso de não aplicar precário em mulheres
para provocar o aborto.

Entre os Gauleses, o aborto era considerado em direito natural do pai,


que era o chefe incontestável da família, com livre arbítrio sobre a vida ou a
morte dos filhos, nascidos ou não nascidos. O mesmo ocorria em Roma, onde
o aborto era uma prática comum, embora interpretada sob diferentes ópticas,
dependendo da época. Quando a natalidade era alta, como nos primeiros
tempos da República, ela era bem tolerada mas com o declínio da taxa de
natalidade a partir do Império, a legislação se tornou extremamente severa,
caracterizado o aborto provocado com delito contra a segurança do Estado.

O livro de Êxodo cita que dentre os povos hebreus era multado o homem
que ferisse a pagina uma mulher grávida, fazendo-a abortar. Esse acto de
violência obrigava aquela que ferisse apagar uma multa ao marido desta,
diante dos juízes; porem, se a mulher viesse a morrer em consequência dos
ferimentos recebidos aplicava-se a pena de morte.

No séc. XIX, o aborto expandiu-se consideravelmente entre as classes


mais populares, em função do êxodo crescimento do campo para cidade. Na
classe alta o controlo da natalidade era obtido através de uma forte repressão
sexual sobre seus próprios membros e a pratica do aborto embora comum, era
severamente condenada.

Na ex-União Soviética o aborto deixou de ser considerado um crime,


tornando-se um direito da mulher a partir de decreto de 1920. Processo inverso
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A problemática do Aborto
aconteceu em alguns países da Europa Ocidental, sobretudo aqueles que
sofrem grandes baixas durante a Primeira Guerra Mundial, que optaram por
uma política natalista, com o endurecimento na legislação do aborto.

Como por exemplo, pode-se citada a França, que introduzia uma lei
particularmente severa no que diz respeitos não só a questão do aborto, mas
também quanto o método anticoncepcionais. Após a Segunda Guerra Mundial,
as leis continuaram bastante restritivas ate a década de 60,com excepção dos
países socialista, dos países escandinavos e do Japão (pais que apresenta lei
favorável ao aborto desde 1948 ainda na época da ocupação americana.

1.2 Conceitos e Definições


O aborto é a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do
útero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada. Isto pode ocorrer
de forma espontânea ou induzida, provocando-se o fim da gestação e
consequente fim da actividade biológica do embrião ou feto mediante uso de
medicamentos ou realização de cirurgias.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (O.M.S) é a interrupção de


uma gravidez antes de 28 semanas de gestação, cujo produto é um feto morto
ou com peso inferior de 500 gramas. De a acordo um estudo publicado no
British Jornal of Obstetris and Gynecology – 2004-2005 o aborto é a
interrupção voluntaria da gravidez e a remoção ou expulsão prematura de um
embrião ou de um útero resultando na sua morte.

Segundo CAPEZ (2004) conceitua aborto como interrupção da gravidez


com a consequente destruição do produto da concepção consiste na
eliminação da vida intra-uterina.

O abortamento é um período de alteração física e psicológica vivenciada


por mulheres que necessitam de atenção especial onde a equipa de
enfermagem que mas se faz presente ao lado delas nesse momento.

Segundo Manuel Queiroz (2012) o aborto é a morte de uma criança no


ventre de sua mãe produzida durante qualquer momento da etapa que vai
desde a fecundação (união do óvulo com espermatozóides) até o momento
prévio ao nascimento logo a adolescência e a fase de transformação entre a
infância e a idade adulta.

Este período caracteriza-se por importantes transformações anatómicas


alterações na composição corporal estará de crescimento fisiológica maturação
sexual esquelética cardiovascular respiratória que observa nas décadas o que
favorece a gestação em idade também mais precoce, inicio precoce da
actividade sexual favorece aumento da incidência da gestação entre
adolescente e em muitos casos desencadeado em abortamento. As
complicações maternas medicas-obstétricas da gravidez na adolescência

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A problemática do Aborto
frequentemente incluem o aborto espontâneo ou provocado anemia distorcias
de a hipertensão gestacional.

Destas sem dúvida a complicação que mais se associa a danos físicos e


psicológicos e o aborto. Alem disso as complicações da gravidez e aborto tem
causado vários transtornos psicológicos nas adolescentes no Hospital Geral
dos cajueiros, de realçar que de acordo com algumas pesquisas o aborto entre
adolescentes associa-se a factores culturais ao papel social das adolescentes
a classe social aos recursos económico e ao acesso a serviço da saúde.

1.3 Adolescência

O critério psicológico focaliza o período como de extensa reorganização


de estruturais psíquicas (estabelecida na infância) como novas mudanças
naturacionais em vários aspectos e desenvolvimento social e pessoal. As
perturbações e as tensões que o adolescente pode apresentar devem ser
consideradas como indícios de estão em curso as mudanças interiores normais
de sua fase de desenvolvimento.

Entretanto, não podemos afirmar que todos os adolescentes vivenciam


esta fase da mesma forma. A influência da família e das experiências,
formadoras de sua estrutura de personalidade, durante a infância, assim como
a influência culturais históricas vão interferir em uma adolescência de
desenvolvimento gradual e não conflituoso ou em uma adolescência de crises
e tensão.

O estatuto da criança e do Adolescentes – ECA (1990) considera a


adolescência um período de vida entre os doze e dezoito anos de idade, como
pessoas em desenvolvimento, que precisam estar no seios familiar para que
possam receber em desenvolvimento, que precisam estar no seio familiar para
que possam receber assistência necessária para o crescimento para o
crescimento e bem-estar, como pessoa que no futuro possam assumir
plenamente suas responsabilidades dentro da comunidade.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS (2000), a


adolescência e definida cronologicamente, como um período compreendido
entre 10 e 19 anos.

Adolescência é um fenómeno tipicamente humano, ou melhor típico de


certas sociedades (Mesquita e Fernanda, 1997,p.104).

Segundo Justin Pikunas (1997, p 105) a adolescência é normalmente


considerada como uma idade de frustração e de sofrimento durante a qual se

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A problemática do Aborto
intensificam, conflitos e crises de ajustamento, sendo também uma idade de
grandes sonhos, de romances amorosos.

A adolescência e o período de transição entre a infância e a idade adulta.


Os seus limites situam-se entre os 12 e os 18 anos de idade para as raparigas
e entre os 14 e 20 anos para os rapazes. A duração da adolescência e em
função de factores como, clima a raça e o contexto social os quais activam ou
travam as diferentes transformações características desta idade (Idem.105).

Segundo Littre (198,p.11) define a adolescência como a idade que sucede


a infância e que começa com os primeiros sinais da puberdade.

É possível ainda definir a adolescência a partir de diferentes critérios,


conforme mostram as definições a seguir:

Critério Cronológico – a adolescência é um período da vida humana que


se estende dos 10 – 12 anos aos 20 – 21 anos, aproximadamente. Subdivide-
se em pré adolescência (10-12) anos, a adolescência inicial (13-16) anos e
adolescência final (17-21) anos.

Critério Sociológico: Período da vida de uma pessoa durante o qual a


sociedade em que vive deixa de encara-lo como criança e não lhe confere
plenamente os status, papeis e funções adultas. (Hollinshead, 1963).

Assim, a adolescência é um período do qual a pessoa em crescimento


passa da infância para idade adulta. (Artur & Jersild, 1991).

1.4 Comportamento
Na adolescência, a vida afectiva consideravelmente enriquecida, tende a
regularizar o comportamento com o fim de preparar a autonomia da
personalidade e a inserção desta no mundo. O comportamento passa assim
nesta altura por importantes variações. Tais variações são tentativas mais ou
menos hábeis, mais ou menos conscientes, de adaptação. (Aimée Filioud e al.
Dicionário de Psicologia do Adolescente).

1.5 Gravidez
Gravidez, segundo Riquinho (2006) na adolescência, a gravidez pode
ocorrer por desconhecimento do risco de uma gestação precoce, pela baixa
escolaridade ou pela inexperiência para conseguir trabalho, o que pode
favorecer a união precoce, seja por desejo ou por pressão familiar. Estes
factores, juntos ou isolados, culminam na gravidez em fase de desenvolvimento

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A problemática do Aborto
corporal, associada a complicações próprias da primeira gestação, como as
doenças hipertensivas e á menor adesão ao pré-natal.

No extremo da idade fértil, as mulheres com mais de 35 anos na primeira


gestação apresentam maior risco de óbitos, decorrentes de complicações
hipertensivas.

Fernandez e al. (2010) demonstraram que o aumento da gestação em


mulheres com idade avançada ocorre tanto pela opção de engravidar
tardiamente, quanto pela facilidade de acesso as técnicas de fertilização
assistida. Esta realidade tem contribuído para mortalidade materna neste grupo
de mulheres.

Para Dias (1996), a mulher grávida torna-se alvo das mas diversas
medidas preventivas (…) muitas destas medidas, interdições ou prescrições,
subsistem nos nossos dias, umas sob a forma de mitos ou crenças, revestindo-
se de uma linguagem metafórica ou através de simples conselhos com o intuito
de proteger o desenvolvimento do feto.

Delcros e Widlocher (1978, p 281) consideram que as alterações no


decurso da gravidez variam de mulher para mulher, consoante a
personalidade, sua história, o meio humano em que se desenvolveram, as
relações estabelecidas com os seus próprios pais ou com o pai do seu filho.

A gravidez pode ser definida como uma experiencia corporal que ocorre
no interior do corpo da mulher, num período de cerca de 40 semanas e que vai
desde a concepção ate o momento do parto.

A grávida ira desenvolver e integrar diversas adaptações psicológicas, em


simultâneo com o normal desenrolar das adaptações fisiológicas que
acompanham, numa sequência cronológica, o crescimento e desenvolvimento
do ser humano.

Estas adaptações psicológicas integradas num conjunto de tarefas


permitem que a mulher se aceite “como um ser que traz dentro de si outro ser,
que em relação a si é potencialmente diferente autónomo e do qual se vai
separar” incorporando a ideia de um novo elemento na sua esfera pessoal,
familiar e social (Justo, 1986 p. 12).

São estas adaptações psicológicas e respectivas tarefas inseridas num


contexto de normalidade da vivencia da gravidez que, seguidamente, se
descrevem numa sequência de três fases, correspondestes sensivelmente, no
plano cronológico as três trimestres de gravidez:

I Primeiro Trimestre – denominado de fase de integração (Colman, 1994)


fase de aceitação (Brazelton e Cramer, 1993); ou fase de confirmação da
gravidez (Burroughs, 1995);

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A problemática do Aborto
II Segundo Trimestre – denominado de fase de diferenciação (Colman e
Colman, 1994); fase de individualização (Brazelron e Cramer, 1993); ou fase de
incorporação /diferenciação fetal (Burroughs, 1995);

III Terceiro Trimestre – denominado fase da separação (Colman, 1994);


fase de preparação para o nascimento (Brazelton e Cramer, 1993); ou fase de
transição de papel (Burroughs, 1995).

A gravidez representa um período de construção e desenvolvimento


(Canavarro, 2001) que conduz a uma transformação biológica, pessoal e social
que põe o indivíduo em contacto com os seus sentimentos, comportamentos e
significados que residem lá bem no fundo da natureza humana, podendo ser,
simultaneamente uma experiência gratificante e confusa (Colman, 1994).

Durante a gestação a mulher encontra-se vulnerável e expostas as


múltiplas exigências, e vivencia um período de reorganização corporal,
bioquímica, hormonal, familiar e social que a faz ficar propensa a uma
multiplicidade de sentimentos (Falcone e al. cit. In Klein &Guedes, 2008).

A gravidez de ser então compreendida como uma crise que mobiliza


energia e que desperta ansiedades e conflitos latentes. Trata-se, portanto de
uma situação que contem a sua própria capacidade de extinção e que contribui
para o processo de formação de uma nova identidade (Mazet, 2003).

A vivencia da gravidez e da maternidade tem adquirido uma importância


diferente ao longo dos tempos, dependendo do significado que lhe é atribuído,
sendo experienciada de modo diverso consoante o contexto sociocultural,
factores associados á história pessoal (idade, relação com a mãe, profissão,
experiências previas de gravidez e maternidade), personalidade e relações
interpessoais e conjugais (Canavarro, 2001; Conde e Figueiredo, 2003).

A gestação é um evento complexo, onde ocorrem diversas mudanças na


vida da mulher. Trata-se de uma experiência repleta de sentimentos intensos,
variados e ambivalentes que podem dar razão a conteúdos inconscientes da
mãe. A relação da mãe com seu filho se inicia na gestação e será a base da
relação mãe-bebé, a qual se estabelecera depois do nascimento e ao longo do
desenvolvimento da criança (Brazelron & Cramer, 2002).

Desde muito cedo os pais estabelecem um modo costumeiro de


interacção com o feto, através de informações, tais como, sexo maneira de
movimentar-se e determinam a estruturação de um padrão de interacção
precoce, que tende a continuar após o parto.

Conhecer o bebé antes do nascimento, estar com ele, pensar sobre ele,
imaginar suas características, traz implicações para construção da
representação do bebé, da maternidade e para posterior relação mãe bebé.

15
A problemática do Aborto
Para Brazelton e cramer, a gravidez de uma de uma mulher reflecte toda
a sua vida interior a concepção, a sua experiencia com os próprios pais, as
força que levaram adaptar-se com maior ou menor sucesso e esta situação e,
finalmente separar-se dos pais. Tudo isso, para os autores, influi em sua
adaptação ao novo papel.

A gravidez da mãe é uma nova oportunidade de elaborarem velhos


conflitos de separação promovendo uma nova fase no seu processo de
individualização das relações simbióticas originárias. Assim, a gravidez não é
sou um período de ensaios e expectativas, mais constitui uma fase em que o
velho relacionamento podem ser mentalmente retrabalhado, com um período
de constante confrontando entre a satisfação de desejo e reconhecimento de
realidade.

A maior das mulher experimenta uma combinação de desamparo,


ansiedade e agradável expectativa, a energia que e tirada de sua vida diária e
utilizada para seleccionar esses sentimento.

O período de gravidez, segundo maldono (2002) é uma época para que


se a prenda tanto si mesma e sobre o novo papel quando seja possível.
Considerando este aspecto, o mesmo considera que a gravidez implica a
perspectiva de grandes mudanças o que evidentemente envolve perdas e
ganhos, e isso por si só justificaria a existências de sentimento apostos entre
si.

1.6 Aborto
Aborto Segundo a Organização Mundial da Saúde (O.M.S) o aborto é a
interrupção de uma gravidez antes de 28 semanas de gestação cujo produto da
concepção e um feto morto ou com peso inferior de 500g.

De acordo com alguns estudos publicados no British Jornal of Obstetris


and Gynecology 2004-2005 o aborto é a interrupção voluntaria da gravidez e
remoção ou expulsão de um embrião ou de um útero resultado na sua morte.

Capez (2004,p.18) em sua obra, conceitua o aborto, como a interrupção


da gravidez com a consequente destruição do produto da concepção. Consiste
na eliminação da vida intra-uterina. Não faz parte do conceito de aborto, a
posterior expulsão do feto pois pode ocorrer que o embrião seja dissolvido e
depois reabsorvido pelo organismo materno, em virtude de um processo de
autolise então pode suceder que eles sofra processo de mumificação ou
maceração de modo que continua no útero materno. A lei não faz distinção
entre os óvulo fecundado (3 primeiras semana de gestação), embrião (3
primeiros meses), ou feto (partir de 3 meses), pois em qualquer fase da

16
A problemática do Aborto
gravidez estará configurado o delito de aborto, quer dizer desde o inicio da
concepção ate o inicio do parto.

1.7 Família

Segundo Fátima Viegas, citado por Kuandongende, a família pode


ser definida como sendo uma instituição social que une os indivíduos num
grupo, que coopera para prossecução de um objectivo comum e que consiste
nas crianças nascida no seu seio. Do ponto de vista moral a família e formada
pelo pai mãe e filhos, isto e por pessoas unidas pelo laço resultando de
casamento, na perspectiva económica politica a família e constituída por
individuo que sob direcção de um chefe vivem na mesma casa, já na ordem
jurídica, a família e formada por aqueles que se ligam por parentesco quer este
seja resultado do casamento quer da família natural.

As noções da família não podem, contudo adaptar-se em qualquer dos


seus aspectos a família africana que e formada pelo pai pela mãe filhos e
também por todos os parentes da linhagem direita e colaterais, tendo da
linhagem paterna com os da linhagem materna vivos e mortos, e ate parente
por integração.

1.8 Abordagem teórica sobre adolescência


A adolescência é um fenómeno psicológico e social caracterizado das
regiões urbanas, onde varias mudanças de transformações se processam na
pessoa gradualmente ate que passa a ser considerada adulta pela sociedade.
O que podemos observar é que cada vez mais o período que marca a
adolescência esta se ampliando.

Há algumas décadas esse período era delimitado pelos estudiosos entre


13 e 18 anos. Actualmente já se considera dos 11 aos 20 e a pergunta para
questão seria quando termina adolescência.

Zagury (1999,p.19) a firma mesmo chegando a esta idade limite muitas


vezes não esta pronto para assumir as exigência e responsabilidades da vida
adulta quando diz, e muitas vezes, mesmo aos 20 anos os jovem não podem
de forma alguma ser considerado adultos, já que ainda não tem condições de
responder em forma independente por todos os seguimento da sua vida
(profissional, efectiva, e financeira etc.) e um fenómeno e que estamos
assistindo a criança entra mais sedo na puberdade e demora mais a chegar na
idade de adulto. Tanto Levisky (2001) Quanto Zagury (1999) concorda que
adolescência de classes menos favorecidas vive o processo de adolescente
extremamente curta. Isto se deve a contingências basicamente
socioeconómicas.

17
A problemática do Aborto
Esse adolescente tem como preocupação a sobrevivência, levisky (2001)
acentua a diferença entre adolescente mais favorecido do menos favorecido no
que diz respeito assumir a responsabilidade adulta. Elas são pressionadas pela
realidade, não tem tempo de elabora e madure ser os seus conflitos
maturacionais. Esta condição restringe a possibilidade de experiencia
intelectuais e efectivas, não permite errar fracassar, reformular questionar a e
duvidar.

Esta e a situação de desvantagem em relação em relação, a outros


adolescentes da mesma faixa etária, porem em outras condições socioculturais
e socioeconómicas.

O fenómeno adolescência pode assumir conotações diversas a


delimitação etárias tem valor instrumental para estudos como referencia
concretas, porem não há uma homogeneidade nos jovem dependendo da faixa
etária da região onde vive nível social escolaridade nível de renda e género,
encontramos grande diversidade por esta constatação percebemos que as
expectativa dentre as idades alteram social e historicamente. O que pode ser
considerado aceitável e natural em um dado momento histórico e num dado
contexto social e não em outro.

Assim, o tema da gravidez em adolescentes muda a qualidade de


apreciação dependendo da agenda social.

1.9 Sexualidade Adolescente


Uma característica, socialmente preocupante da fase de transição da
puberdade, da adolescência até a fase adulta é sem dúvida a sexualidade.
Podemos constatar que o tema sexo e muito explorado na nossa sociedade
ocidental pelo meio de comunicação, publicidade, filmes, revistas etc.

Até pouco estimularia a pratica sexual. A contactarão, de que a


sexualidade das crianças e adolescentes ansiavam por orientação e
esclarecimento previsto sobre risco liberos assuntos em vários seguimento
sociais segundo o vocabulário de psicanálise (Laplanche e pontalis, 1973)
sexualidade e todo ser de excitações e de actividades presentes desde a
infância e que procura prazer irredutível na satisfação de uma necessidade
fisiológica fundamental.

A fase de desenvolvimento psicosexual que os púberes e adolescentes


atravessam e fundamento para afirmação e consolidação de estrutura básica
da personalidade.

E neste período que ele redefine a sua identidade ou passam o limpo as


etapas evolutivas de sexualidade infantil para atingir a sexualidade adulta.

Entretanto, emocionalmente ainda não estão preparados para assumirem


a complexidade que envolve uma vida sexual adulta. A expressão de
18
A problemática do Aborto
sexualidade varia de acordo com a faixa etária o nível socioeconómico, o
momento histórico e social e a personalidade. Abreu constatou em suas
pesquisas jurídicas que o conceito de liberdade associado a ausência de
virgindade a pareceu repetidamente no processo desfloramento empregado
para caracterizar a educação ou o comportamento de um jovem. Liberdade
implicava uma falta de disciplina ou vigilância normal sobre sua honra pois uma
moça virgem não era livre nem independente.

Por esta condição devia obediência e satisfações aos seus pais parentes
ou patrões. No inicio do século XX, esses valores de honra e virgindade
exerciam pressão sobre as púberes e adolescente da época pois
representavam protecção e aceitação social quando adapta a eles, porem os
impulsos sexuais e amoroso não deixavam de actuar e determinar a vida de
algumas que conforme as regras da época a pois o desfloramento estariam em
desgraça e a única forma de reparar o dano seria a traves do casamento.

Abreu ainda aponta que, por lei os países precisavam consentir com
casamento para menor de 21 anos e acrescentar no saber popular os pais
pareciam perder a autoridade sobre suas filhas após o defloramento… moça
desvirginada, mesmo muito jovem significava uma mulher adulta independente
o podia tomar liberdade não permitida a uma moça virgem.

Logo um ponto interessante na pesquisa de Abreu é o de que as moças


de sectores mais populares usavam a sua virgindade como um instrumento na
luta de poderes em vários níveis como – ter contacto sexual, contacto sexual
significava para elas um acto de desafio aos país forçado – os aceitar um
relacionamento proibido ou forçando o namorado a se casar com ela ou ainda
se liberta do controlo parental.

As adolescentes de baixa renda de hoje não devem ser definido como


cópias mau reproduzido dos adolescentes de renda mais abastada, as
liberadas, no seu comportamento sexual e condutas morais.

Como também estas condutas não devem ser interpretada com o


resultado do despreparo de sua mãe ou de ausência de uma educação sexual
adequada, responsável pela precocidade das relação sexuais e da
consequência maternidade, sempre condenada como sinal de erro e
sofrimento. (Abreu 2000p. 312).

Ainda Abreu sintetizada a realidade dessa faixa da população sugerindo


que qualquer análise sobre o comportamento sexual e amoroso desta
adolescência deve incluir as influência históricas culturais de moralidade
sexualidade trageracionais auferida a elas o título de precursoras de chamada
revolução sexual dos nosso tempo ela diz.

19
A problemática do Aborto
As meninas perdidas de hoje recebem de sua mãe e de seus avos
apesar das desavenças entre elas uma herança de valores regras e
comportamento sempre muito distantes dos padrões que médicos, juristas,
educadores religiosos e patrões tentavam impor sem nunca conseguir a toda
sociedade.

Apesar da deficiência e condições de vida que enfrentam (dificuldade de


empregos e maternidade sem companheiros por exemplo), em qual quer
analise sobre o comportamento amoroso sempre muito distantes dos padrões
que médicos, juristas, educadores, religiosos e patrões tentavam impor sem
nunca conseguir sociedade. Apesar da difícil dificuldade que enfrentam
dificuldades de empregos e maternidade sem campanha por se busca entender
a lógica e significado deste valor e pratica dentro de um contesto social
histórica e mais amplo.

Adolesceste na construção de sua identidade psicossexual, procurar e


conhecer o que e ser mulher, confirmar sua feminilidade tendo com modelo
feminino mais próximo a sua mãe. Se esta mãe é uma mulher que não leda
bem com a própria sexualidade é somado a isto tem como modelo masculino
um pai provedor ausente ou abandono, o risco, de engravidar por não saber da
sua sexualidade ou de como usufruir o corpo de forma madura e responsável
levam o conflito e ambivalência comportamento emocionais (Avila, 1998).

Segundo Avila (1998, p. 100) adolescentes usa o sexo como o meio de


buscar o afecto que lhe falta, para sanar a carência Afectiva que se acentua
neste período pela mudança de atitude que os pais e a sociedade passam ater
para com ela. Não recebe mais os cuidados e protecção que recebiam na
infância. Nem tão pouco recebido orientação adequada quanto ao exercício da
sua sexualidade. O sexo usado também pela adolescentes como forma de
aceitação do seu grupo de amigo ou do se parceiro.

A vontade de conhecer o novo, de se auto-afirmar e se sentir


independente, como busca de um par, como rebeldia contra o mundo ou contra
os pais, a ignorância, a desinformação ou dificuldade de usar métodos
anticoncepcionais, acabam levando a adolescente despreparada a uma
gravidez indesejada.

Ávida (1998), conclui que a adolescente deseja ter relacionamento e fazer


sexo e não ter filho, ainda presente a ilusão de que ”comigo isso não acontece"
ocorre a gravidez indesejada.

20
A problemática do Aborto
1.10 Visão geral do problema da gravidez precoce
A gravidez precoce é uma das consequências mais preocupantes
relacionadas à sexualidade da adolescência, com sérias consequências para a
vida dos adolescentes envolvidos, de seus filhos nascerão e de suas famílias.

Desde 1970, tem aumentado os casos de gravidez na adolescência e


diminuído a idade a idade das adolescentes grávidas no mundo. A gravidez
ocorre geralmente entre a primeira e a quinta relação, sendo o parto normal a
principal causa de internação de adolescentes angolana entre 14 e 17 anos. As
principais causas da gravidez são:

1- Desconhecimento de métodos anticoncepcionais;


2- A educação dada a adolescentes, faz com que elas queiram assumir
que tem uma vida sexual activa e por isso não usa métodos ou usa
métodos de baixa eficiência (Coito interrompido, tabelinha), porque
esses não deixam os outros.

O uso de drogas e bebidas alcoólicas, comprometem a contracepção,


além das que engravidam para casar. A adolescente tem problemas
emocionais devido a mudança rápida para se casar. A adolescente tem
problemas emocionais devido a mudança rápida em seu corpo ou, como ela
esconde a gravidez, o atendimento pré-natal não é adequado. Podem ocorrer
problemas como aborto ou dificuldade na amamentação (E.P, 2003: URL).

A nível mundial, de cada 100 adolescentes entre 15 a 19 anos, 5 se


tornam mães anualmente, o que eleva a 22.473.000 nascidos de mães
adolescentes.

No nosso país, e no estrato social mais pobre onde se encontram os


maiores índices de fecundidade na população adolescente. Assim, no estrato
de renda familiar menor de um salário mínimo, cerca de 26% das adolescentes
entre 15 e 19 anos tiveram filhos, e estrato de renda mais elevado, somente
2,3% eram mães (caderno de estatística de algumas Maternidades). Nas
Zonas rurais, de cada 10 mulheres que são mães, uma é menor de 15 anos,
sendo que 60% das mulheres tem menos de 20 anos de idade (Lima, et all
1990).

Diversas regiões preocupadas por este problema, de tal modo que tem
constituído um assunto de Estado, nalguns casos. No caso de África e
especialmente Angola, as estatísticas são ou duvidosas ou inexistentes, tendo
em conta que os sistemas de saúde são imperfeitos e de muitos limitados
recursos e possibilidades. Deste modo, acontece que amplos sectores da
população não são controlados por falta de ingressos suficientes para assistir
aos Centros de Saúde, razão pela qual escapam ao controlo estatístico oficial.

21
A problemática do Aborto
A gravidez é uma fase da vida que não depende da idade da, pode
ocorrer a qualquer momento desde que haja condições fisiológicas e
ambientais apropriadas para propicia-la mulher (Sarmento, 1990).

Durante anos, em todo o mundo, atribui-se demasiada importância à


fertilidade, evitando-se a esteridade, pois ter filhos era a maneira do casal
prevenir-se da velhice e transmitir o seu nome (Ramos & Cecília, 1998).

Com a gravidez, tanto o homem como a mulher, encontram a maneira


ideal para definirem-se e identificarem-se como tal, através dela é que se
confirma a potencialidade do homem e da mulher, permitindo a continuidade da
família e criação de algo próprio (Kahhale, 1997).

Dessa forma, pode-se dizer que a gravidez representa um período de real


activa importância e muitos significados.

As sociedades indígenas, valorizavam muito a fertilidade feminina e


quando a mulher não podia ter filhos, trazia-se outra tê-los em seu lugar
(Ramos & Cecílio, 1998).

Ao longo dos tempos, a gravidez assumiu diversas características;


antigamente a mulher engravidava varias vezes, tendo um grande número de
filhos; actualmente ainda há famílias que vêem a gravidez com entusiasmo e
alegria, obviamente isso depende de como cada gravidez é vista e vivida no
meio familiar, o qual é fortemente influenciado pelos aspectos socioeconómicos
e culturais (Ramos & Cecilio, 1998).

No entanto, nos dias de hoje, a mulher opta por ter poucos filhos, ou tê-
los em idade mais avançada, ou ainda, não tê-los em alguns casos.

A gravidez continua tendo um papel parental biologicamente determinado,


assim como o parto e a amamentação, podendo servir como um dos eventos
socializadores da mulher, pois estabelece novas relações com figuras
parentais, amigos e familiares (Eiras, 1983; Kahhale, 1997).

Actualmente, a inserção feminina no mercado de trabalho também pode


ser vista como um evento socializado, que há alguns anos atrás ocorria
somente entre o homem, esta transformação da mulher aconteceu em função
do custo de vida elevando actualidade, levando-a trabalhar fora, deixando de
cuidar apenas dos filhos da casa como antes fazia.

Por essa razão entre outra a gravidez na adolescência causa


preocupações a sociedade, pois os jovem muitas vezes em contra
despreparada para enfrentar o mercado de trabalho, o que pode torna-lo
marginalizado agravado o quadro de pobreza do pais.

22
A problemática do Aborto
A gravidez e um período de vida da mulher no qual ocorrem profundas
transformações endócrinas somáticas e psicológicas que repercutem em sua
vida. Esta mudança ocorrem da mesma maneira durante adolescência o que
de acordo com alguns autores favorece o agravamento da crise comum a
ambas as fases do desenvolvido, pois alguém que gravidez e adolescência são
períodos críticos de vida (Galletta et, 1997) o termo crise diz respeito aqueles
período de transmissão inesperado como aqueles aspectos inerentes ao
desenvolvimento as crises são precipitada por mudança internas ou externas ,
tendo como principal características o facto de constituir uma encruzilhada para
saúde mental ( Maldanada,1997)

Gravidez precoce e uma das ocorrências mais preocupantes relacionado


a sexualidade da adolescência com serias consequência para a vida dos
adolescentes envolvidos de seus filhos que nasceram de suas famílias.

A adolescência implica num período de mudança física e emocional


considerado por alguns, um momento conflituoso ou de crise. Não podemos
descrever adolescência como simples adaptação a transformação corporais
mas como um importante período no ciclo existencial da pessoa uma tomada
de posição social familiar sexual e entre grupo.

A puberdade que marca o inicio da vida reprodutiva da mulher é


caracterizada pela mudança fisiológica corporais e psicológica da
adolescência. Uma gravidez na adolescência provocaria mudança maior ainda
na transformação que já vinha ocorrendo de forma natural. Neste caso muitas
vezes a adolescentes precisaria de um importante apoio do adulto para saber
lidar com esta nova situação.

Porque adolescente fica grávida é uma questão muito incomoda aos


pesquisadores. São boas palavras de Vitalle Amancio (idem) segundo as quais
utilizado de método anticoncepcionais não ocorrem de modo eficaz na
adolescência. A adolescente nega a possibilidade de engravidar essa negação
e tanto maior quanto menor a faixa etária

A actividade sexual da adolescente e geralmente eventual, justificando


para falta de uso rotineiro de anticoncepcionais a grande da maior dela também
não assume diante da família a sua sexualidade, nem a posse do
anticoncepcional, e o risco de engravidar na adolescência podem estar
associado a uma menor auto-estima a um funcionamento familiar inadequado.

A grande permissividade falsamente divulgada como desejável a uma


família moderna ou a baixa qualidade de ser tempo livre de qualquer forma o
que parece ser quase consensual entre as pesquisas e a facilidade de acesso
a informação sexual não tem garantido nas adolescentes.

23
A problemática do Aborto
Uma vez constatada a gravidez se a família da adolescente for capaz de
a colher o novo facto com harmonia respeito e colaboração esta gravidez tem
maior probabilidade de ser levada a termo normalmente e sem grandes
transtornos. Porem havendo rejeição e conflitos traumáticos de relacionamento,
punições atrozes e incompreensão, a adolescente poderá sentir-se
profundamente só esta experiencia difícil e desconhecida poderá correr o risco
de procurar aborto sai de casa submeter-se a toda sorte de atitudes que q
credita resolverão seu problema.

O bem-estar efectivo da adolescentes a gravidez é muito importante para


si próprio para o desenvolvimento da gravidez e para vida do bebe. A
adolescentes grávidas principalmente as solteiras e não planejada, precisam
em encarar sua gravidez a partir do valor da vida que nela habita, precisam
sentir segurança e a poio necessário para seu conforto efectiva, precisa dispor
bastante de um dialogo esclarecedor, e finalmente, da presença constante de
amor solidariedade que ajude nos alto baixos emocionais, comuns na gravidez
até o nascimento de seu bebe.

Mesmo diante de casamentos ocorridos na adolescência de forma


planejada e com gravidez também planejada, por mais preparado que esteja o
casal adolescente não deixara de enfrentar a somatória das mudanças físicas e
psíquicas de correntes da gravidez da adolescência é portanto um problema
que deve ser levado muito a serio e não deve ser subestimado, assim como
deve ser levado serio o próprio processo do parto. Este pode ser dificultado por
problema anatómicos e comuns da adolescente, tais como o tamanho e
conformidade da pelve e elasticidade dos músculos uterinos os temores
desinformação e fantasia da mãe ex-criança alem dos importantíssimos
elementos psicológicos e afectivos possivelmente presentes.

1.11 Causas da gravidez precoce na adolescência


Segundo a especialista em saúde reprodutiva da direcção provincial da
saúde pública, Conceição Cango, refere que uma das causas da gravidez na
adolescência tem a ver com facto dos adolescentes nada saberem sobre
desenvolvimento do seus órgão sexual e ter pouca informação sobre a
sexualidade em geral pensam que namorar e apenas ter actos sexuais de
forma protegida.

A gravidez e multicasual e a sua etiologia esta relacionada a uma serie de


aspecto o contesto família tem relacionado directa com a época em que inicia a
actividade sexual. Assim sendo adolescente que iniciam a vida sexual
precocemente ou engravidam este período, geralmente vem de família cuja
mãe também iniciaram a vida sexual precocemente.

De qualquer modo quanto mais jovem e imaturos ao pais maiores as


possibilidade de desajude e desagregação familiares. O relacionamento entre

24
A problemática do Aborto
irmão também esta associado com actividade sexual – experiencia sexuais
mais cedo são observada naqueles adolescente cuja família os irmão mais
velhos tem vida sexuais activas.

As atitudes indivíduas são condicionadas tanto pela família quanto pela


sociedade. A sociedade tem passado por profundas mudanças em suas
estruturas em inclusive aceitado melhor a sexualidade na adolescência. Por
tanto tabus inibições estigmas está diminuído e a actividade sexual e gravidez
aumentando (Hechtman, 1989,Block e t al 1981. Lima et al, 1985,Almeida e
Fernandes 1998, Mc cabe e cummins 1998 Medrado e Lyra, 1999)

Por outro lado, dependendo do contesto social em que esta inserida


adolescente, a gravidez pode ser encarada como evento normal não
problemático aceite dentro de sua normal e costume (Necchi, 1998). A
identificação com a postura da religião adaptada como comportamento sexual
Alguns trabalho mostram que a religião tem participação importante como
predatória de a atitude sexual, adolescente que tem actividade religiosa a
apresenta um sistema de valores que um encoraja a desenvolver
comportamento sexual responsável (Glass, 1972, wern Wilson 1998)

No nosso meio nos últimos anos as novas religiões evangélicas têm


florescido e são de modo geral bastante rígida e no que diz respeito a prática
sexual pré-marital alguns profissional que trabalha com adolescentes tem a
impressão de que as adolescentes que frequentam essa igreja iniciam a pratica
sexual tardiamente.

Porem não há pesquisa comprovada essa impressões (De Sousa e


Silveiro, 2002) numa sociedade massificadora e coercitiva , muitos
adolescentes , influenciados por comportamento sexual mais liberado , são
elevado assumir a sua sexualidade precocemente. A influencia do grupo de
amigos e o bombardeio, de informações e imagens da media produzem uma
aceleração do ingresso no mundo adulto quanto não tem preparação física
nem psíquica para isso.

Instabilidade emocional carência efectiva, invulnerabilidade e fragilidade


de uma menina ainda em formação omissão dos pais falta de informação
fantasias já e adulta, são alguns dos motivos que determinam uma gravidez
precoce (Banks 2000) logo um estudo realizado por young jensen olsen e
Cundick (1991) mostrou que a estrutura familiar da jovem gestante possui
grandes influencia para que tem engravidado

A família e o grupo social no qual o individuo pode se expressar com


intimidade e espontaneidade, sendo um importante elemento para saúde de
seus membro em uma família na qual a falta de a feto agressão indiferencia e
comunicação inadequado imperam promovem-se péssimo resultados a ela
própria assim a comunicação entre seu integrantes possuem fundamento

25
A problemática do Aborto
importância para o bem-estar emocional dos mesmo (Rey, 1993) dessa
maneira o contexto familiar pode influencia grandemente o comportamento dos
adolescentes.

De acordo com Sidman (1995) vários jovens convivem com um ambiente


familiar punitivo promovendo de alguma maneira para que estes deixam seus
lares deixam a sua família punitiva promovendo de alguma maneira para que
estes deixam seus lares deixam a família para estudar longe de casa ou para
trabalhar é visto pela sociedade com algum altamente aceitável; pais
coercitivos colaboram para que seus filhos saiam de suas casas assim que
puderem.

No entanto, são muitos os adolescentes que vêem na gravidez e


consequentemente em um casamento precoce, a possibilidade de esquivarem-
se de um ambiente familiar escasso em reforçamento positivo compensatório
(Sidman, 1995).

Sidman (1995, p. 125) argumentou que a esquiva dos filhos da


convivência dos pais pode ser explicada, muitas vezes pelo modelo oferecido
pelos pais aos próprios filhos, quando estes se afastam da família seja devido a
doenças psiquiátricas incapacitantes, alcoolismo, excesso de trabalho ou de
televisão, ou ainda através do divórcio.

Para ele, podemos fugir do ambiente coercitivo de nossa família, mas a


menos que tenhamos um outro modelo para seguir, criamos nossa própria
cópia. E então nossos filhos mantém a tradição coercitiva viva, mostrando o
quão importante é a estrutura familiar para a instalação do repertório
comportamental dos seus integrantes.

É comum adolescentes engravidam devido as suas próprias mães terem


engravidado durante a adolescência ou iniciado precocemente sua vida sexual.
As jovens gestantes repetem padrões de comportamento de suas mães ou de
alguma parente muito próxima.

De acordo um Barnett, Papini & Gbur (1991), as adolescentes que


engravidam percebem a família como pouco unidas, com baixo nível de
comunicação entre seus membros e normalmente, os pais não vivem juntos,
acarretando baixa renda familiar; enquanto aquelas jovens que não
engravidam, percebem um grande senso de união e força familiar. Enfim
famílias que possuem comunicação e um relacionamento adequados, parece
ser menos provável que a gravidez na adolescência ocorra.

Young et (1991), argumentam que filhas de pais separados ou solteiros


possuem maior probabilidade para engravidarem durante a adolescência,
atribuindo tal facto a ausência do pai da família, embora o mesmo não ocorra
quanto ao intercorro sexual dos garotos.

26
A problemática do Aborto
1.12 Consequências da gravidez
Um dos inconvenientes da gravidez durante a adolescência, diz respeito
as funções fisiológicas, ou seja as adolescentes representam um grupo de alto
risco obstétrico, pois apresentam um elevado nível de complicações quando as
demais, além de favorecer o nascimento de bebés prematuros ou quando a
mãe possui idade inferior a 13 anos, tem duas vezes e meia a mais
possibilidade de gerar um bebé com baixo peso (Goldenberg & Klerman, 1995).

Os efeitos da gravidez na adolescência quanto aos resultados clínicos


apontam riscos para jovens e mulheres entre 20 e 35 anos em desenvolverem
anemia e hipertensão.

Acredita-se, actualmente que os riscos da gravidez durante a


adolescência sejam mais determinado por factores psicológicos relacionados
ao ciclo da pobreza e educação existente, e fundamentalmente, falta de
perspectivas na vida dessas jovens sem escola, saúde, cultura, lazer e
emprego; para elas, a gravidez pode representar a única maneira de
modificarem seu status na vida.

1.13 Consequências físicas psicológicas do aborto


Com factores de risco para o aparecimento de complicações psicológicas
temos o aborto coercivo, aborto associado ambivalências, aborto eugéounico
ou abortos tardios, juventude problemas emocionais, baixa auto-estima má
relação familiar ou com o parceiro e motivos culturais e religiosos (II e Gath,
1993).

1ª) Alivio de que a gravidez tenha sido ultrapassada e que a vida possa
continuar como antes. É uma fase de curta duração onde muito
frequentemente (80%) aparece sentimento de angústia;

2ª) É uma fase que dura semanas ou mesmo meses mas sem qualquer
tipo de intervenção. As mulheres que fazem o aborto por motivo eugenicos
apresentam sentimento de angústia muito mais duradoura.

É também aqui que pode surgir os sentimentos de culpa;

3ª) Corresponde a fase da doença, ou seja, angústia transforma-se em


doença clinicamente é classificada como doença depressiva embora alguns
autores se refiram ao sindroma pós-abortivo, uma vez que o factor precipitante
é o aborto;

4ª) Aparece algum tempo depois do aborto e é descrita como um luto


reactivado.

No que respeita ao tratamento, este depende da fase em que se encontra


a doente e nos tratamentos anteriormente ministrado.

27
A problemática do Aborto
Parece – nos sensato inferior que o apoio e aconselhamento estão
indicados para angústia, mas quando surgi a doença depressiva é necessário
fazer um tratamento farmacológico.

O aconselhamento deve centrar-se sobretudo no trauma e permitir que a


doente reconheça a morte do seu filho. Sabe-se porem que a escassez de
evidência sobre a eficácia duma serie de tratamento assim como dos
prognósticos, tanto a curto como a longo prazo, exige mas investigações. É
fundamental dar informação clara providenciar conhecimento e confiança as
doentes.

O aborto provocado e executado em clínicas clandestinas é feito em geral


sem acompanhamento e cuidados médicos adequados, o que igualmente
poderá ocasionar inúmeras complicações, entre elas destacam-se hemorragia
profusa, perfuração uterina, retenção de resto de placentas, seguida de
infecção peritonite, tétano septicemia.

Apesar de ser uma questão polémica que admite diferentes


posicionamentos, todos os que se manifestam contra ou a favor do aborto
estão de acordo em um ponto:

Os impactos negativos do aborto poderiam ser minorados hoje com os


aperfeiçoamentos desenvolvidos pela medicina, tanto ao nível da técnica
quanto da pesquisa ou da preparação pessoal. Poderia, então constituir uma
cirurgia simples, de pouco risco e de baixo custo, afinal o aborto é uma
realidade.

Alem das possíveis consequências físicas, um aborto costuma provocar


crises de arrependimento e culpa, e reacções psiconeuróticas ou mesmo
psicóticas graves.

Segundo Rolim (1996) basicamente, existem três tipos de fenómenos


psíquicos ocorrem nas mulheres que fazem aborto:

- Sentimentos de retornos e culpa;

- Oscilações de ânimo e depressões;

- Choro motivado, medos e pesadelos.

Quanto ao sentimento de culpa, já tentaram atribui-lo a crenças religiosas.

Certamente, há sentimentos de culpabilidade originados por convicções


religiosas, mas a maior parte destes sentimentos posteriores ao aborto te muito
pouco que ver com a crença religiosas. O aborto viola algo de muito profundo
na natureza da mulher. Ela é naturalmente a origem da vida e é normal que a
mulher grávida esteja consciente de que cresce uma criança dentro dela. A
mulher que aborta voluntariamente sabe que matou o seu filho.

28
A problemática do Aborto
A maioria das mulheres prática o aborta em uma situação desesperadora
de medo ou insegurança. Por mais liberta que a mulher esteja dos padrões
morais e religiosos, por mais consciente da impossibilidade de levar a termo
sua gestação, por mais indesejada que tenha sido a gravidez, abortar é um
decisão que, na grande maioria das vezes, envolve angustia.

Para alguns psiquiatras, cada aborto representa uma experiência


carregada de riscos sérios para a saúde mental, devendo ser proibido.

Por outro lado, há estudiosos que afirmam que a reacção psicológica


adversa acarretada pelo aborto provocado é menos grave frente à reacção ao
nascimento de uma criança indesejada.

Consequências psicológicas para a mãe:

- Queda na auto-estima pessoal pela destruição do próprio filho;

-Frigidez (perda do desejo sexual)

- Aversão ao marido ou ao amante;

-Culpabilidade ou frustração de seu instinto materno

-Desordens nervosas, insónia, neuroses diversas

-Doenças psicossomáticas

-Depressões

-O período da menopausa e um período crucial para a mulher que provocou.

1.14 Consequências sócias do aborto


A problemática do aborto e um exemplo da dificuldade que se tem
estabelecer diálogos sócias, frente a posições morais distintas, assim como em
criar um discurso independentes sobre a questão.

A questão do aborto (voluntario ou não voluntario) e frequentemente


colocada como se a decisão de interromper a gravidez fosse fácil e a mulher
mais ou menos indiferente a esse acto.

Parece-nos que, muitas vezes, se colocar o aborto como uma decisão


egoísta da mulher que desafia uma sociedade cujo códigos legais e morais
procuram fazer com aparecer como uma criminosa, que isoladamente, decidiu
cometer um delito.

29
A problemática do Aborto
Parece-nos que, também socialmente, a polémica incide frequentemente
sobre o inicio da vida humana. De uma forma geral aceita-se que a vida
humana começa aquando da fecundação

Quando começaram a aparecer embriões celulares por fecundações “in


vidro”, levantou-se novamente a questão que ficou definida na década de 70 de
que a vida humana começaria no fim da nidação. Esta solução, evidentemente
de compromisso opera uma separação entre a aceitação jurídico-etica do dever
protecção e a sua aceitação biológico-etica (respeito absoluto pela vida
humana desde a concepção). A restrição do conceito de humanidade nunca
estimula o respeito pela vida humana.

O relacionamento interpessoal, frequentemente, fica comprometido


depois do aborto provocado entre os esposos ou futuros esposos. Antes do
matrimónio: muitos jovens perdem a estima pela jovem que abortou diminuindo
a possibilidade de casamento:

- Depois do casamento: hostilidade do marido contra a mulher, se não foi


consultado sobre o aborto: hostilidade da mulher contra o marido se foi
obrigada a abortar

E evidente que as consequência, em longo prazo, sobre a saúde da mãe


podem complicar seriamente a estabilidade familiar.

Muitas mulher temem a erecção dos filhos por causa do aborto provocado
perigo de filhos prematuros e excepcionais, com todos os problema que isso
representa para família e a sociedade.

Como e regra num trabalho científico para haver sustentabilidade e


preciso recorrer em algumas teorias assim sendo para a fundamentação
teórica do nosso estudo.

1.15 Tipos de Aborto


O aborto geralmente e dividido em dois tipos, aborto espontâneo e
aborto induzido outros também são classificações também são usadas, de
acordo com tempo de gestação por exemplo.

Segundo Nucci (2010) o aborto espontâneo, involuntário ou casual e a


interrupção da gravidez oriunda de causas patológicas, que ocorrem de
maneira espontâneo.

Nas palavras de Diniz (2009,p.30) cabe a acrescentar que o aborto


espontâneo ou natural e geralmente causado por doenças nos curso da
gravidez por péssimas ou precárias condições de saúde da gestante
preexistente a fecundação, alguns exemplo são: sífilis, anemia profunda,

30
A problemática do Aborto
cardiopatia, diabetes, nefrites crónicas entre outras. Ou por defeito estruturais
no ovo, embrião ou feto

O aborto acidental Segundo Teles (2006, p. 130) também pode ser


chamado de ocasional ou circunstancia, acontece quando inexiste qualquer
propósito em interromper o ciclo gravítico, geralmente provocado por um
agente externo, como emoção violenta, susto queda, ocasionais traumatismo,
não existindo acto culposo ou seja negligencia imprudência ou imperícia.

Neste sentimento também discorre a respeito belo (1999,p.21) o aborto


espontâneo e acidental não são punível. No primeiro a interrupção espontânea
da gravidez ocorrendo por exemplo, quando apresenta algumas anormalidade
no crescimento de fato ou uma doença infeccioneis, ou ainda distúrbio
glandular. O segundo aborto acidental, ocorre com interferência externa
involuntária, como por exemplo: a queda.

Segundo Diniz e almeida (1998), existem 4 tipos de aborto:

-Interrupção eugenica de gestação (e uma interrupção da gravidez por


valores racista, sexistas, étnicas, e praticado contra a vontade da gestante).

-Interrupção terapêutica da gestante (ocorre em nome da saúde materna,


ou seja para salvar a vida da gestante).

-Interrupção selectiva da gestante (ocorre em situação de anomalia fetais,


por exemplo anencefalia).

-Interrupção voluntaria da gestação (são os caso que ocorrem pela


autonomia reprodutiva da gestante ou do casal, ou seja a mulher ou o casal
não deseja a gravidez).

Por abortamento terapêutico entende-se uma interrupção de gravidez


numa mulher na qual a continuação da gestação poderia significar um risco de
vida elevado ou um grave atentado a sua saúde. a questão que nos parece
estar a que envolvida relaciona com o sacrifício de um bem que deve ser
protegido e ao qual reconhecida dignidade ( a vida do embrião ou feto ) em
função de outros ou qual e atribuído uma maior relevância jurídica (vida da
mulher )

Por abortamento eugenico em tende-se a eliminação do embrião ou feto


atingido ou com elevada probabilidade de o ser por uma grande deficiência.
Julgamos que se trata de uma questão cada vez mais pertinente devido as
grandes evolução ao nível da descoberta do genoma humano e das técnica de
diagnóstico pré-natal A questão fundamental volta a centrar-se no estatuto do
embrião – feto.

31
A problemática do Aborto
1.16 Consequências físicas do aborto

O aborto causa vários danos a mulher que o pratica. Quando e feito o


abortamento tem que estar ciente de todas consequência física de pendente do
método usado, podem ser muito serio para mulher inclusivo por ela corre risco
de mortes. Assim o aborto quando não determina a morte pode imprimir
marcas indeléveis no corpo físico (Moreira, 2001).

A mulher corre o risco de ter serias hemorragias infecção lesões


intestinais complicações renais e hepáticas pelo uso de produtos tóxico.
Dependente do método utilizado pode, ocorrer perfuração do útero, esterilidade
e aborto espontâneo em próxima tentativa de ter um filho. Porem quando o
aborto e feito com condições boas e decentes, alguns destes riscos podem
diminuir.

A consequência psicológica segundo Juliane e Maria Júlia Pietro, o aborto


alem de prejudicar fisicamente a mãe também pode deixar danos psicológicos
graves nesta.

Sabe-se que muitas das mães que praticam o aborto, acabaram depois
ficando com sentimento de culpa, remorso e arrependimento.

Ainda mas acabam ficando com alto estima baixa perdem o desejo
sexual passam a ter comportamento alto destrutivo e entram em uma profunda
depressão. Alem disso ainda existe bastante preconceito para com a mulher
que pratica o aborto causado assim sérios danos ao relacionamentos sócias
desta mulher.

1.17 Métodos Comparativos


No nosso país segundo o ordenamento jurídico na luz do artigo 358° do Codigo
penal diz o seguinte : Aquele que de propósito, fizer abortar uma mulher
pejada, empregando para este violências ou bebidas, ou medicamentos, ou
qualquer outro meio, se o crime cometido sem o consentimento da mulher, será
condenado na pena de prisão maior de dois a oito anos.

1. Se cometido o crime for cometido com consentimento da mulher será,


punido, com a pena de dois a oito anos de prisão maior.

32
A problemática do Aborto
2. Sera punido com a mesma pena a mulher que consentir e fizer o uso
dos meios subministrados, ou que voluntariamente procurar o aborto a si
mesma, seguindo-se efectivamente o mesmo aborto.
3. Se porem, no caso do parágrafo antecedente a mulher cometer o crime
para ocultar a sua desonra, a pena será a de prisão.
4. O medico ou cirurgião que, abusando da sua profissão, tiver
voluntariamente concorrido para a execução deste crime, indicando ou
subministrando os meios, incorrera respectivamente nas mesmas penas,
agravadas segundo as regras gerais.

Já o futuro código Penal nos apresenta as seguintes mudanças:

Artigo 156.º

(Interrupção de gravidez)

1. Quem interromper a gravidez de uma mulher sem o seu consentimento é


punido com pena de prisão de 4 a 10 anos.
2. Na mesma pena incorre quem, sabendo que a mulher está grávida, exercer
contra ela actos de força ou violência e, desse modo, interromper a gravidez,
mesmo não sendo esse o seu propósito.
3. Quem, com o consentimento da mulher grávida, interromper a gravidez ou
ajudar a interrompê-la fora dos casos previstos no artigo 158.º é punido com
pena de prisão de 2 a 5 anos.
4. A mulher grávida que, por facto próprio, interromper a sua gravidez ou, de
qualquer modo, participar na interrupção ou consentir que terceiro a
interrompa, fora dos casos previstos no artigo 158.º, é punida com pena de
prisão até 5 anos.
5. Para os efeitos do presente artigo, é irrelevante o consentimento da mulher
grávida menor de 16 anos de idade ou da mulher portadora de anomalia
psíquica ou quando o consentimento for obtido por fraude, ameaça, violência
ou coação.

Artigo 157.º

(Interrupção de gravidez agravada)

1. As penas previstas nos números 1 e 2 do artigo anterior são aumentadas de


um terço nos seus limites, se em consequência da interrupção da gravidez
ou dos meios empregados resultar ofensa grave à integridade física ou a
morte da mulher.
2. A agravação aplica-se também ao agente que se dedicar habitualmente à
prática dos factos descritos no n.º 3 do artigo anterior.

Artigo 159.º

33
A problemática do Aborto
(Propaganda favorável à interrupção da gravidez)

1. Quem através de meios publicitários ou em reuniões públicas, com o


objectivo de obter vantagem:
a) Oferecer serviços próprios ou alheios, com vista à interrupção da
gravidez;
b) Fizer propaganda de procedimentos, meios ou objectos adequados à
interrupção da gravidez ou der explicações sobre esses procedimentos,
meios ou objectos,
é punido com pena de prisão até 1 ano ou com a de multa até 120 dias.

2. A proibição do número anterior não abrange as actividades destinadas a dar


a conhecer e a promover os procedimentos, objectos e meios nela referidos,
através de artigos informativos ou científicos ou de outras publicações
médicas ou farmacêuticas, nomeadamente prospectos relativos a
medicamentos ou instrumentos cirúrgicos, nem às explicações, dadas por
quem os quer comercializar, a médicos ou a pessoal qualificado,
nomeadamente enfermeiros de estabelecimentos de saúde autorizados a
interromper a gravidez, nos termos do artigo anterior.

Artigo 160.º

(Circulação de meios para interrupção de gravidez)

Quem receber ou transmitir, por qualquer título, meios destinados à


interrupção da gravidez, com a intenção de promover a prática dos factos
previstos nos artigos 156.º e 157.º, é punido com pena de prisão até 1 ano ou
de multa até 120 dias.

No Brasil, o aborto é considerado crime contra a vida humana em vigor desde


1942, prevendo detenção de um a três anos para a gestante que o provocar ou
consentir que o outro o provoque, de um a quatro anos para quem provoca-lo
em gestantes com seu consentimento e de três a dez anos para quem o
provocar em gestantes sem o seu consentimento. Porem, não é qualificado
como crime quando praticado por médico capacitado em três situações:
quando há risco de morte para a mulher causado pela gravidez, quando a
gravidez é resultante de um estupro ou se o feto for anencefálico (desde
decisão do STF pela ADPF 54, votada em 2012, que descreve a pratica como
parto antecipado para fim terapêutico).

Nesses casos, o governo brasileiro fornece gratuitamente o aborto legal pelo


Sistema Único de Saúde. Essa permissão para abortar não significa uma
exceção para abortar não significa uma exceção ao ato criminoso mas sim uma
escusa absolutória.

34
A problemática do Aborto
Em Portugal, o aborto voluntário (ou interrupção voluntária de gravidez) foi
legalizado por referendo realizado em 2007 e é permitido até a décima semana
de gravidez se assim quiser a mulher independentemente dos motivos.
O aborto é permitido até à 10.ª semana de gestação a pedido da grávida,
podendo ser realizado no Serviço Nacional de Saúde ou em estabelecimentos
de saúde privados autorizados. A Lei nº 16/2007, de 17 de Abril indica que é
obrigatório um período mínimo de reflexão de três dias e que tem de ser
garantido à mulher "a disponibilidade de acompanhamento psicológico durante
o período de reflexão" e "a disponibilidade de acompanhamento por técnico de
serviço social, durante o período de reflexão" quer para estabelecimentos
públicos quer para clínicas particulares.

A mulher tem de ser informada "das condições de efectuação, no caso


concreto, da eventual interrupção voluntária da gravidez e suas consequências
para a saúde da mulher" e das "condições de apoio que o Estado pode dar à
prossecução da gravidez e à maternidade;". Também é obrigatório que seja
providenciado "o encaminhamento para uma consulta de planeamento
familiar."

1.18 Aspecto moral


O aspecto moral do aborto e o principal facto da população do assunto. A
sociedade se divide em duas vertentes. De um lado as pessoas a favor da
pratica do abortamento, alegam que e pior para sociedade ter que conviver
com individuo marginalizado e desamparados pela família, de outra parte que
contra firma que o aborto fere o direito a vida que todos possuem, mesmo do
ventre de outrem moral neste caso e bem a firmado principalmente quando se
reflecte que com a pratica do aborto realizado o mundo o mundo se torna ainda
mais promíscuo.

Outro aspecto moral ligado ao aborto extremamente polémico, é o


argumento utilizado na maioria das vezes por movimentos feministas – que o
corpo pertence à gestante, então esta tem o direito de fazer o que bem entende
com ele. Este argumento limita-se a fugir a questão porque as feministas nunca
chegam a dizer nada a cerca do estatuto moral do feto, nunca dizem se o feto
tem ou não, o direito a vida.

Esta é uma falha grave pelas seguintes razões: Se o argumento das


feministas fosse simplesmente, o de que o corpo é da mulher, a mulher é que
sabe o que há-de fazer com ele, então isso implicaria que seria moralmente
permissível abortar até no nono mês. Afinal, no nono mês a criança ainda esta
no ventre da mãe. As feministas podem agora aceitar esta conclusão, ou
rejeitá-la.

35
A problemática do Aborto
Imaginemos que a aceitam. Nesse caso ficam com a dificuldade de
explicar porque é que não se pode matar uma criança recém-nascida. Afinal,
era possível matá-la dois minutos antes, mas agora já não? Isso parece
extremamente arbitrário. Imaginemos agora que as feministas rejeitam a
conclusão de que é moralmente permissível abortar no nono mês. Nesse caso,
terão de nos dizer a partir de que altura é que o feto, ainda na barriga da mãe,
começa a ter direito á vida.

Aí cabe outra discussão: Quando começa a vida? Uma pergunta difícil ou


até impossível de se responder. Se partíssemos da premissa de que a vida
começa desde quando há metabolismo no corpo, a vida começa desde a
concepção do feto, portanto seria impossível aborta-lo.

1.19 Aspecto religioso

O aborto, visto pelo aspecto religioso moral muitas as vezes se confunde


com o religioso que erroneamente falado. O aspecto religioso do aborto e bem
diferente do amor. Enquanto a moral se refere a que tal que pratica fere a
conduta da sociedade, religioso consiste a firmar que a vida é suprema em
todos os casos.

Em todos e que se Deus deu a vida a este feto, foi porque Ele quis que
existisse, consequentemente, se este foi mal formado ou fruto de estupro,
também aconteceu desta maneira porque foi da vontade de Deus.

A posição oficial da igreja Católica classifica o aborto como um dos


pecados sujeito a excomunhão: A gravidade do aborto provocado aparece em
todas em suas verdades quando se reconhece que se trata de um homicídio
(…) (João Paulo II, Encíclica Evangelium Vitae, 25/03/1995, nº.58).

36
A problemática do Aborto
Capitulo II – Metodologia

2.1. Paradigma de investigação


Baseando-se no tema em questão e a problemática que encontramos
achamos conveniente usar o tipo de pesquisa qualitativa que é um tipo de
metodologia de investigação de base linguistio-semiotia usada praticamente
em ciências sociais. Costuma-se considerar técnicas qualitativas todas aquelas
diferentes de pesquisa e ao experimento científico.

A pesquisa científica costuma generalizar os resultados para determinar a


população através de técnicas estatísticas de amostragem a investigação
qualitativa por outro lado, não faz uso de representação estatística.

2.2. Tipo de pesquisa: Para de dados foi usada a pesquisa descritiva


que por via do qual foi fundamentada essencialmente na consulta de
livros específicos na área.
2.3. População e amostra: População e um grupo de determinadas
pessoas sobre o qual são feitas as pesquisas e as analises de dados. E
enquanto a mostra e uma parcela da população sobre o qual recai a
pesquisa.
2.4. Sujeito de pesquisa: E um ser humano voluntario que depois de
informado sobre os objectivos, a metodologia e os riscos e benefícios do
estudo decide participar.
2.5. Amostragem: São as pecas testadas sobre os dados analisados.
2.6. Unidade de análise: as análises apresentadas foram realizadas no
Hospital Geral dos Cajueiros (Cazenga) visto e lá no distrito do Cazenga
onde tem havido um índice elevado de práticas de aborto.
2.7. Tratamento dos dados: Os dados recolhidos foram tratados e
analisados da seguinte forma: para cada questão apresentar-se-ão as
respostas dos entrevistados, analisando-se posteriormente as
respectivas respostas.
2.8. Limitação da pesquisa: Ao longo da pesquisa feita foi encontrada
varias limitações sob tudo na forma de acesso da matéria em
abordagem, bem como na conversa com os entrevistados.

37
A problemática do Aborto
Capitulo III: Apresentação, analise e discussão dos resultados
da pesquisa

Tabela e Gráfico n° Ocorrências de aborto (Janeiro - Julho)

Meses Faixa etária Total %


Frequências
14 Anos 15 Anos 16 Anos 17 Anos
Janeiro 1 1 2 2 6 25,23
Fev 3 2 2 7 27,30
Março 2 6 8 29,27
Abril 4 2 6 25,23
Maio 1 1 2 09,18
Junho 3 5 1 9 18,18
Julho 2 1 3 14,27
Total 11 9 15 15 50 100

Podemos observar a ocorrência de abortos no período de Janeiro a Julho.


Observa-se que nos meses de Fevereiro e Junho tiveram maior ocorrência na
percentagem 42, 35% para a faixa etária dos 16 aos 17 anos de idade. Verifica-
se ainda que a faixa etária dos 14 anos de idade corresponde a uma
percentagem 38,65%.

120

100

80

60
Series1

40

20

0
1 2 3 4 5 6 7 8

38
A problemática do Aborto
Tabela e gráfico – entrevista segundo o grau académico.
Nível de escolaridade Frequência %
Ensino primário 03 15
Ensino secundário 07 85
Ensino superior 0 0
Total 10 100

A nossa segunda tabela apresenta-nos das 10 adolescente que


constituem a nossa amostra 3 frequentam o ensino primário correspondendo
15% e 7 das mesmas o ensino secundário, correspondendo 85%.

120

100

80 14 Anos
15 Anos
60 16 Anos
17 Anos
40 Series5
Series6
20

0
Jan Fev Far Abr Mai Junh Julh Total

Considerações Finais

39
A problemática do Aborto
Realizado o presente trabalho, é de se concluir, em conciliação com os
objectivos traçados que constitui a problemática do aborto que a adolescência
é um período de turbulência física e psicológicas. Observa-se a dificuldade de
enfrentar a gravidez e a adolescência quando ocorrem ao mesmo tempo.

A partir da análise teórica, são factores potenciais para o aborto, a idade, nível
de escolaridade e padrão socioeconómico a precária condição de vida dos
adolescentes, causando uma ausência de assistência durante a gravidez.
Quanto ao tipo de aborto experimentado pelas adolescentes maior parte
referem ao tipo involuntário ou casual.

Para o caso concreto da pesquisa obteve-se os seguintes resultados:

A Falta de educação sexual por parte dos pais associando-se com nível
académico esta nas causas do aborto em adolescentes, com 85% dos
respondentes;

Face a pergunta de partida, saber se a falta de condições socioeconómicas e


financeiras educacional, assim como a desestruturação familiar, influenciam
nas causas do aborto em adolescente as hipóteses que as condições
socioeconómicas e financeiras a desestruturação familiar o nível académico e a
falta de educação sexual por parte dos pais associando-se com a falta de
dialogo. A ausência dos progenitores, por problemas de desestruturação da
família, a liberdade é mal regrada, resultado na não imposição de limites: Isso
tem dificultado o diálogo entre pais e filhos, sendo este a mola a mola mestra
para a solução das dificuldades encontradas no processo de condução dos
filhos.

Os pais por sua vez, por não entenderem seus filhos e sentirem-se impotentes,
tomam na maioria das vezes atitudes drásticas, usando recurso violentos ou
inadequados, gerando conflito e o afastamento entre pais e filhos. A
incapacidade de lidar com esta nova realidade faz com que o adolescente não
adquira uma base sólida, dificultando suas vivencias, marcadas por sucessivas
conturbações nesta etapa.

É nesse momento que eles perguntam, indagam por uma resposta que permita
estabelecer os riscos e perigos de um aborto, que pode comprometer sua vida,
que podem estar acabando com a vida de um ser humano, é neste momento
que aparecem em toda a real dimensão da problemática do aborto.

40
A problemática do Aborto
Recomendações
1. Que os pais e encarregados de educação rompam o tabu que existe a
volta do tema sexualidade, e passem a conversar com os seus filhos no
que diz respeito a sexualidade e problemática do aborto na adolescência e
as suas consequências.

2. Que as escolas capacitem os professores em matérias relacionadas a


sexualidade na adolescência pois é por falta de conhecimento da parte
dos adolescentes é que temos muitos problemas de gravidez prematura e
consequentemente inúmeros abortos, para que transmitam aos
adolescentes sem preconceitos, com particular incidência aos professores
do I.° Ciclo do Ensino Secundário que leccionam as cadeiras de Biologia,
na abordagem sobre o Tema: Função Reprodutiva – Puberdade e
Maturidade dos Órgãos Sexuais. Geografia – No estudo do Tema sobre a
população Versus Controlo da taxa de Natalidade e Mortalidade, e
Educação Moral e Cívica no estudo do Tema: Adolescência, Problemática
do Aborto.

3. Que os professores tenham a responsabilidade criar debates em torno do


tema sexualidade para que os alunos tomem consciência dos males que
advêm deste assunto quando Mal-entendido.

4. É recomendada, a implementação de acções de sensibilização da


população de adolescentes, quanto á responsabilidade de prevenir a
gestação precoce e não planeada, assim como as suas consequências;

5. Destaca-se como pratica para a prevenção da gravidez na adolescência a


participação desse público-alvo em palestras e a divulgação de
informações sobre a contracepção, visto que as adolescentes na maioria
das vezes, engravidam sem planeamento, por falta de informação e de
educação sexual assim como pelo desconhecimento dos métodos
anticoncepcionais.

Referências bibliográficas

41
A problemática do Aborto
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A problemática do Aborto

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