Filosofia

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Filosofia Antiga

A Filosofia Antiga é uma das áreas mais cobradas no ENEM, focando especialmente nos
filósofos Pré-Socráticos, Sócrates, Platão e Aristóteles. Aqui está um resumo com os
principais nomes e suas ideias:

1. Pré-Socráticos (séc. VII a.C. – V a.C.)

Os Pré-Socráticos buscavam compreender a origem de todas as coisas, conhecida como


"arché" (princípio). No ENEM, suas idéias são exploradas por questionarem mitos e
proporem explicações racionais para a natureza:

● Tales de Mileto: Considerado o primeiro filósofo, acreditava que a "arché" era a


água.
● Anaximandro: Propôs o "ápeiron" (infinito) como origem de tudo, destacando-se
pela ideia de uma substância ilimitada e eterna.
● Anaxímenes: Acreditava que o ar era o princípio primordial.
● Heráclito: Defendeu a ideia do devir (mudança constante) e acreditava que o fogo
era a essência do universo.
● Parmênides: Contrapôs Heráclito, afirmando que a verdadeira realidade era
imutável e que o movimento era uma ilusão.
● Pitágoras: Introduziu o conceito de que a essência de tudo são os números,
vinculando filosofia e matemática.
● Demócrito: Criador da teoria atomista, sugeriu que tudo é formado por átomos
indivisíveis.
● Empédocles: Acreditava que a arché era todos os elementos: ar, fogo, água e terra.
● Anaxágoras: Para ele a arché era a semente. O Nols é que organiza a semente. A
semente é organizada por uma inteligência superior que rege o mundo, como por
exemplo, Deus.

Esses filósofos são frequentemente cobrados no ENEM pela importância de suas visões
sobre o universo, o uso da razão e a rejeição ao mito.

2. Sofistas e Sócrates (séc. V a.C.)

● Sofistas: Filósofos itinerantes que focavam na retórica (persuasão pela fala,


focados em ganhar discursos sem se importarem com a verdade) e no ensino da
virtude prática. Protágoras dizia que “o homem é a medida de todas as coisas”,
destacando o relativismo moral.
● Sócrates: Diferentemente dos sofistas, acreditava na busca pelo conhecimento
verdadeiro e na existência de valores universais. Criou o método dialético ou
maiêutica (diálogo investigativo), que estimulava as pessoas a questionarem suas
crenças. No ENEM, Sócrates é valorizado pela ética e pela introdução do
autoconhecimento.

3. Platão (séc. IV a.C.)


Discípulo de Sócrates, desenvolveu a Teoria das Ideias, segundo a qual o mundo sensível é
apenas uma sombra do mundo ideal, onde estariam as "formas" ou "ideias" perfeitas e
imutáveis. Sua obra “A República” explora a política e a ética, propondo uma sociedade
justa governada por filósofos-reis. Platão é muito cobrado no ENEM por suas concepções
sobre a justiça, a virtude e o conhecimento verdadeiro.

4. Aristóteles (séc. IV a.C.)

Aristóteles valorizava o conhecimento empírico e acreditava que o mundo concreto era o


foco para o entendimento da realidade, o que o levou a estudar diversas áreas, como
biologia, lógica, ética e política. Criou a teoria das quatro causas (material, formal, eficiente
e final), explicando que tudo no universo possui uma razão de ser, culminando em uma
"causa final" ou propósito. Sua ética, baseada no conceito de "eudaimonia" (felicidade),
propõe o "justo meio", onde o equilíbrio entre extremos leva à virtude. Aristóteles via a
política como uma extensão da ética, considerando que o homem é um "animal político" que
se realiza na comunidade. Seu pensamento influenciou profundamente a filosofia ocidental
e é um tema comum no ENEM, especialmente suas contribuições para a ética e a política.
O conceito central da filosofia de Aristóteles que explica a essência e natureza de uma
coisa é a SUBSTÂNCIA.

5. Helenismo (séc. III a.C. – séc. V d.C.)

Após Aristóteles, surgiram escolas que focavam em formas práticas de alcançar a


felicidade:

● Estoicismo (Zenão, Sêneca, Marco Aurélio): Defendia a virtude e o autocontrole


como caminho para a felicidade, aceitando o destino de forma racional.
● Epicurismo (Epicuro): O Epicurismo, fundado por Epicuro, é uma corrente filosófica
que busca a felicidade por meio da busca do prazer moderado e da ausência de dor
(ataraxia). Epicuro defendia que a felicidade consistia em evitar excessos e cultivar
prazeres simples, como a amizade e a tranquilidade da mente. Ele também ensinava
que o medo da morte e dos deuses era irracional, e que devemos viver focados no
presente. A escola epicurista valorizava a paz interior e a autossuficiência como
caminho para uma vida plena.
● Ceticismo (Pirro): Questionava a possibilidade do conhecimento verdadeiro,
incentivando a suspensão do juízo.
● Neoplatonismo (Plotino): O Neoplatonismo, desenvolvido por Plotino no século III
d.C., é uma filosofia que interpreta e expande as ideias de Platão, centrando-se na
ideia de um princípio supremo e transcendente, chamado "Um" ou "Bem". Para os
neoplatônicos, tudo no universo emana desse princípio divino em uma hierarquia de
níveis de realidade, que incluem o Intelecto (mundo das ideias) e a Alma. O objetivo
do ser humano é elevar sua alma e alcançar a união mística com o "Um" através da
contemplação e da virtude. O Neoplatonismo influenciou fortemente o pensamento
cristão e místico ocidental.
● O cinismo é uma escola filosófica que surgiu na Grécia Antiga, associada a figuras
como Diógenes de Sinope (c. 412-323 a.C.). Os cínicos defendiam a vida em
conformidade com a natureza e a rejeição das convenções sociais, valorizando a
autossuficiência e a simplicidade. Diógenes, em particular, é famoso por seu estilo
de vida austero e suas críticas à hipocrisia da sociedade, vivendo em um barril e
desprezando bens materiais. A filosofia cínica enfatiza a liberdade individual, a
busca pela virtude e a crítica às normas e valores sociais. No contexto do ENEM, o
cinismo pode ser abordado em discussões sobre ética, liberdade e a relação entre
indivíduo e sociedade.

Essas escolas helenísticas são abordadas no ENEM pela reflexão sobre a ética, a busca
pela felicidade e a importância da racionalidade no enfrentamento das adversidades.

Este resumo cobre os principais pontos que o ENEM costuma explorar sobre a Filosofia
Antiga, principalmente a ética, a busca pela verdade, a felicidade e a política.

Filosofia Medieval (séc. V – XV)


A Filosofia Medieval é marcada pela fusão do pensamento grego, especialmente de Platão
e Aristóteles, com a teologia cristã. Essa fase se divide em Patrística e Escolástica:

1. Patrística (séc. II – VIII):


○ Santo Agostinho (354-430 d.C.): Integra o platonismo ao cristianismo,
enfatizando a importância da fé e da graça divina. Sua obra "Confissões"
explora a busca pela verdade e a relação entre a razão e a fé.
2. Escolástica (séc. IX – XV):
○ Santo Anselmo (1033-1109): Propõe a famosa frase "creio para entender",
defendendo que a fé é prévia ao conhecimento. Desenvolve a prova
ontológica da existência de Deus.
○ São Tomás de Aquino (1225-1274): Abarca a filosofia aristotélica,
defendendo que a razão e a fé podem coexistir. Em sua obra "Summa
Theologica", apresenta cinco vias para provar a existência de Deus e discute
a ética baseada na lei natural.
○ Duns Scotus (1266-1308): Valoriza a singularidade do indivíduo e defende a
ideia de que a vontade divina é fundamental para a compreensão moral.
○ Guilherme de Ockham (1287-1347): Conhecido pelo princípio da
parcimônia (Navalha de Ockham), sugere que não se deve multiplicar
entidades sem necessidade, priorizando a simplicidade nas explicações.

Filosofia Renascentista (séc. XV – XVII)


A Filosofia Renascentista surge como uma reação ao medievalismo, enfatizando o
humanismo, a razão e a investigação científica. Destaca-se pelo retorno às fontes clássicas
e pela valorização do ser humano.

1. Humanismo:
○ Erasmo de Roterdã (1466-1536): Crítico da Igreja, promove a educação e a
reforma moral, enfatizando a importância do conhecimento clássico. Sua
obra "Elogio da Loucura" critica a hipocrisia religiosa.
2. Nicolau Maquiavel (1469-1527): Considerado o pai da ciência política moderna, em
"O Príncipe", analisa o poder e a moralidade, defendendo que os governantes
devem agir pragmática e estrategicamente.
3. Giordano Bruno (1548-1600): Propõe um universo infinito e pluriverso, desafiando
as visões aristotélicas e teológicas da época, defendendo a ideia de que a razão
deve prevalecer sobre a tradição.
4. Francis Bacon (1561-1626): Pioneiro do empirismo, enfatiza a observação e a
experimentação como métodos de aquisição do conhecimento, lançando as bases
do método científico.
5. René Descartes (1596-1650): Fundador do racionalismo moderno, propõe a dúvida
metódica e a frase "Penso, logo existo" como base da certeza e do conhecimento.

Essas fases da filosofia são importantes para o ENEM, pois abordam a transição do
pensamento medieval para o pensamento moderno, refletindo sobre questões de ética,
política, conhecimento e a relação entre fé e razão.

Filosofia Moderna (séc. XVII – XIX)

Racionalismo (séc. XVII)

1. René Descartes (1596-1650):


○ Descartes é conhecido como o pai do racionalismo moderno. Ele propôs a
dúvida metódica como um método para alcançar a certeza. Sua famosa
máxima "Penso, logo existo" estabelece a consciência e o pensamento como
indubitáveis. Ele acreditava que o conhecimento verdadeiro poderia ser
alcançado através da razão, independentemente da experiência sensorial, e
enfatizou a separação entre mente e corpo (dualismo).
2. Baruch Spinoza (1632-1677):
○ Spinoza desenvolveu uma filosofia monista, defendendo que Deus e a
natureza são a mesma substância, o que significa que tudo que existe é
parte de uma única realidade. Em sua obra "Ética", ele propõe que a
felicidade se alcança através do conhecimento e da compreensão da
natureza, enfatizando a razão como meio de libertação da paixão e do medo.
3. Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716):
○ Leibniz introduziu o conceito de monadas, que são unidades indivisíveis que
compõem a realidade. Ele acreditava na harmonia pré-estabelecida entre as
monadas e que a razão é a chave para entender o mundo. Leibniz também
defendeu a ideia de que este é "o melhor dos mundos possíveis", afirmando
que, embora haja maldade, isso faz parte de um plano maior que resulta em
um bem maior.

Empirismo (séc. XVII – XVIII)

1. John Locke (1632-1704):


○ Locke é considerado o pai do empirismo. Em sua obra "Ensaio sobre o
Entendimento Humano", argumenta que a mente é uma "tábula rasa" ao
nascer, adquirindo conhecimento através da experiência. Ele defendeu os
direitos naturais do ser humano à vida, liberdade e propriedade,
influenciando a filosofia política moderna.
2. George Berkeley (1685-1753):
○ Berkeley questionou a existência da matéria, propondo que só podemos
conhecer as ideias e percepções. Em sua famosa frase "ser é ser percebido",
ele argumentava que a existência das coisas depende de serem percebidas
por um sujeito. Berkeley enfatizava a importância da percepção e da
experiência na formação do conhecimento.
3. David Hume (1711-1776):
○ Hume, um dos mais influentes empiristas, desafiou as noções de causalidade
e identidade pessoal. Ele argumentava que nossas crenças são formadas
por hábitos mentais, não por raciocínio lógico. Em "Tratado da Natureza
Humana", Hume explorou a natureza humana e a epistemologia, defendendo
que o conhecimento é limitado à experiência e que o ceticismo é uma
postura válida.

Iluminismo (séc. XVIII)

1. Voltaire (1694-1778):
○ Voltaire foi um crítico da intolerância religiosa e defensor da liberdade de
expressão. Em suas obras, ele utilizou a sátira para criticar dogmas e
defender a razão. Ele enfatizava a importância do conhecimento e da
educação na promoção do progresso humano.
2. Montesquieu (1689-1755):
○ Montesquieu é conhecido por sua análise das estruturas políticas. Em "O
Espírito das Leis", ele introduziu a teoria da separação dos poderes,
defendendo que um governo deveria ser dividido em diferentes ramos para
evitar abusos de poder, influenciando a organização política moderna.
3. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778):
○ Rousseau desafiou a ideia de progresso da civilização, argumentando que a
sociedade corrompe o homem. Em "O Contrato Social", ele propôs que a
verdadeira liberdade é alcançada através da participação direta na política,
defendendo a ideia da soberania popular e a educação como forma de
formar cidadãos virtuosos.
4. Denis Diderot (1713-1784):
○ Diderot foi o principal editor da "Enciclopédia", que visava compilar e
disseminar o conhecimento da época. Ele defendia a liberdade de
pensamento e a importância da razão e do conhecimento científico como
ferramentas para a reforma social.
5. Adam Smith (1723-1790):
○ Considerado o pai da economia moderna, Smith, em sua obra "A Riqueza
das Nações", argumentou a favor do liberalismo econômico e da mão
invisível do mercado, onde a busca individual por lucro resulta no bem-estar
geral da sociedade.

Idealismo Alemão (séc. XVIII – XIX)

1. Immanuel Kant (1724-1804):


○ Kant buscou reconciliar o racionalismo e o empirismo, propondo que o
conhecimento surge da interação entre a experiência sensorial e as
estruturas mentais. Em "Crítica da Razão Pura", ele analisou os limites do
conhecimento humano e introduziu a ideia de que a moralidade é baseada
em princípios universais, expressos em seu imperativo categórico.
2. Johann Gottlieb Fichte (1762-1814):
○ Fichte enfatizou a subjetividade e o papel do eu na construção da realidade.
Ele argumentava que a consciência do eu é fundamental para o
conhecimento e a moralidade, propondo uma filosofia idealista que focava na
liberdade e na autodeterminação.
3. Friedrich Schelling (1775-1854):
○ Schelling propôs uma filosofia que integrava natureza e espírito, afirmando
que a natureza é uma manifestação do Absoluto. Ele buscava entender a
relação entre o indivíduo e o todo, enfatizando a criatividade e a liberdade.
4. Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831):
○ Hegel desenvolveu a dialética como método filosófico, onde a evolução do
pensamento e da realidade ocorre através de contradições e superações. Em
"Fenomenologia do Espírito", ele explora o desenvolvimento da consciência
em direção à liberdade e à realização do espírito absoluto.

Materialismo e Positivismo (séc. XIX)

1. Karl Marx (1818-1883):


○ Marx é conhecido por sua crítica ao capitalismo e à análise das relações de
classe. Em "O Capital", ele desenvolveu a teoria do materialismo histórico,
argumentando que a base econômica de uma sociedade determina sua
estrutura social e política. Sua filosofia enfatiza a luta de classes e a
necessidade de transformação social.
2. Auguste Comte (1798-1857):
○ Comte é considerado o fundador do positivismo, que propõe que o
conhecimento deve ser baseado na observação empírica e na ciência. Ele
formulou a lei dos três estados, sugerindo que a humanidade passa por um
desenvolvimento intelectual que vai do teológico ao metafísico e, finalmente,
ao científico, promovendo a ideia de uma "ciência da sociedade" (sociologia).

Essas correntes e pensadores são essenciais no ENEM, pois abordam questões de


conhecimento, política, ética e as transformações sociais que moldaram a modernidade.

Filosofia Contemporânea (séc. XIX – XXI)


1. Fenomenologia e Existencialismo

● Søren Kierkegaard (1813-1855): Considerado o pai do existencialismo, Kierkegaard


enfatizou a importância da subjetividade e da escolha individual, defendendo que a
verdade é pessoal e deve ser vivida, não apenas conhecida.
● Friedrich Nietzsche (1844-1900): Crítico da moral tradicional, Nietzsche introduziu
conceitos como a "morte de Deus" e o "super-homem", desafiando valores e
propondo a criação de novos, focados na afirmação da vida e na individualidade.
● Edmund Husserl (1859-1938): Fundador da fenomenologia, Husserl propôs um
método de investigação filosófica que buscava descrever as experiências
conscientes, levando em conta a intencionalidade da consciência.
● Martin Heidegger (1889-1976): Aluno de Husserl, Heidegger explorou a questão do
ser em sua obra "Ser e Tempo", enfatizando a existência humana como
"ser-no-mundo" e a importância da autenticidade.
● Jean-Paul Sartre (1905-1980): Um dos principais representantes do
existencialismo, Sartre afirmou que "a existência precede a essência", defendendo
que os indivíduos são responsáveis por criar seu próprio significado em um mundo
sem sentido.
● Simone de Beauvoir (1908-1986): Filósofa e feminista, Beauvoir, em "O Segundo
Sexo", explorou a opressão das mulheres e a construção social do gênero,
defendendo a liberdade e a igualdade.

2. Pragmatismo (séc. XIX – XX)

● Charles Sanders Peirce (1839-1914): Considerado o fundador do pragmatismo,


Peirce propôs que o significado de uma ideia está ligado às suas consequências
práticas e ao seu uso na experiência.
● William James (1842-1910): Popularizou o pragmatismo, enfatizando a verdade
como algo dinâmico e dependente de sua utilidade nas experiências humanas.
● John Dewey (1859-1952): Defensor da filosofia pragmática aplicada à educação e à
democracia, Dewey acreditava que a experiência e a ação são centrais para o
aprendizado e a resolução de problemas sociais.

3. Psicanálise e Filosofia da Mente

● Sigmund Freud (1856-1939): Fundador da psicanálise, Freud desenvolveu teorias


sobre o inconsciente, a repressão e os mecanismos de defesa, influenciando a
compreensão da mente humana.
● Carl Jung (1875-1961): Discípulo de Freud, Jung introduziu conceitos como o
inconsciente coletivo e arquétipos, enfatizando a busca pela individuação e pelo
autoconhecimento.
● Jacques Lacan (1901-1981): Reformulou as ideias freudianas, enfatizando a
linguagem e a estrutura simbólica na formação do sujeito, propondo que "o
inconsciente é estruturado como uma linguagem".

4. Filosofia Analítica (séc. XX)

● Ludwig Wittgenstein (1889-1951): Em sua obra "Tractatus Logico-Philosophicus",


Wittgenstein abordou a relação entre linguagem e realidade, defendendo que os
limites da minha linguagem significam os limites do meu mundo. Em "Investigações
Filosóficas", criticou a ideia de uma linguagem fixa.
● Bertrand Russell (1872-1970): Contribuiu para a lógica, a filosofia da linguagem e a
filosofia da matemática, defendendo uma análise crítica das proposições e a
importância da clareza na expressão.
● Willard Van Orman Quine (1908-2000): Questionou a distinção entre verdades
analíticas e sintéticas, propondo que o conhecimento é uma rede interconectada e
que a observação deve guiar a epistemologia.
● John Searle (1932-): Famoso por suas contribuições à filosofia da linguagem e da
mente, Searle defendeu que a consciência é um fenômeno biológico e que a
linguagem desempenha um papel crucial na construção da realidade social.

5. Estruturalismo e Pós-Estruturalismo

● Ferdinand de Saussure (1857-1913): Linguista que fundou o estruturalismo,


enfatizando a importância das relações entre os signos em uma língua e a
arbitrariedade do signo linguístico.
● Claude Lévi-Strauss (1908-2009): Aplicou princípios estruturalistas à antropologia,
defendendo que as culturas humanas são construídas sobre estruturas universais de
pensamento.
● Michel Foucault (1926-1984): Crítico das estruturas de poder e conhecimento,
Foucault explorou como a verdade é construída socialmente, analisando instituições,
discursos e práticas que moldam a subjetividade. Em obras como "Vigiar e Punir" e
"A História da Sexualidade", Foucault explorou como as instituições sociais, como
prisões e hospitais, moldam a vida das pessoas e controlam comportamentos. Ele
desafiou a ideia de que o poder é apenas repressivo, argumentando que ele também
é produtivo e se manifesta em relações sociais cotidianas. Sua abordagem crítica
revelou como o conhecimento é construído socialmente e está intimamente ligado a
estruturas de poder. Foucault influenciou diversas áreas, incluindo sociologia,
história, estudos culturais e filosofia contemporânea.
● Jacques Derrida (1930-2004): Fundador da desconstrução, Derrida questionou a
ideia de significado fixo e desafiou as dicotomias tradicionais, enfatizando a
instabilidade da linguagem.

6. Filosofia da Linguagem e Hermenêutica

● Hans-Georg Gadamer (1900-2002): Desenvolveu a hermenêutica filosófica,


enfatizando a importância do diálogo e da compreensão contextual na interpretação
de textos e na experiência humana.
● Paul Ricoeur (1913-2005): Integrou a hermenêutica e a fenomenologia, abordando
a relação entre narrativa, identidade e interpretação, defendendo que a
compreensão é um processo dinâmico e dialógico.

7. Filosofia da Ciência e Epistemologia

● Karl Popper (1902-1994): Famoso por sua crítica ao inducionismo, Popper propôs o
falsificacionismo como critério de demarcação científica, defendendo que teorias
científicas devem ser testáveis e passíveis de refutação.
● Thomas Kuhn (1922-1996): Introduziu o conceito de "paradigma" em "A Estrutura
das Revoluções Científicas", argumentando que a ciência avança através de
mudanças de paradigma em vez de um processo linear de acumulação de
conhecimento.
Essas correntes e pensadores são frequentemente abordados nas provas do ENEM,
refletindo a diversidade de pensamentos que moldaram a filosofia contemporânea e suas
implicações nas áreas da ética, política, linguagem e ciência.

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