Relatório de Estágio em Educação Básica

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO BÁSICA

DANIELLY BATISTA DA SILVA

MATRÍCULA: 2022 1141 6036

PAULISTA

2024/03

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO BÁSICA

Este trabalho é pré-requisito para aprovação na disciplina


Estágio em Educação Básica, do Curso de Pedagogia: Educação
Básica (modalidade EAD), da Universidade Estácio de Sá

Paulista

2024/03

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ....................................................................................................................04

1. Estrutura e Funcionamento da Escola ..........................................................................05

1.1. Aspectos físico, humano e material da escola ..........................................................05

1.2. Projeto Político-Pedagógico ......................................................................................05

1.3. A escola como um grupo social .................................................................................06

1.4. Atividades docentes e discentes................................................................................06

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................09

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................................10

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo retratar a realidade de determinado período da escola na
qual foi realizada a vivência do estágio. Neste espaço, junto às informações obtidas pela observação em
sala de aula serão agregados os conceitos adquiridos com leituras adicionais, com o conteúdo formal da
disciplina e das matérias anteriormente cursadas.

Tendo como base a vivência em campo e a pesquisa bibliográfica, este relatório demonstra o
ambiente de aprendizagem do Ensino Fundamental I de um colégio particular chamado Colégio e Curso
real, situado no município do Paulista-PE. O colégio é mais conhecido como CCR e o período de estágio
no local de cerca de um mês.

A carga horária realizada nesta vivência foi de 75 horas com turmas do primeiro segmento do Ensino
Fundamental, ou seja, o 1° ano do ensino fundamental.

Durante o período mencionado, uma professora foi acompanhada em suas atividades. O trabalho em
questão remete à distinção entre prática e teoria, visando à melhor qualificação docente.

O Colégio e Curso Real foi a escola escolhida por Danielly Batista da Silva.

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1. Estrutura e Funcionamento da Escola
1.1. Aspectos físico, humano e material da escola

Situado as margens da PE22, o CCR teve a sua entrada reformada recentemente e conta com uma
modesta portaria para receber os pais e os alunos.

Ao atravessar o portão principal, chega-se ao local utilizado para mostras de trabalhos, ações de
responsabilidade social, refeições dos alunos e momentos de lazer e descanso. Nele também ficam dois
dos laboratórios técnicos, a cantina, a secretaria, três banheiros, ala para funcionários da limpeza e a
coordenação pedagógica com a sala de professores e a sala da diretoria.

A cantina é um espaço amplo, com variedade de lanches e sem opção para refeições mais completas,
como o almoço e o jantar. Simpáticos e educados, os atendentes precisam gerenciar uma demanda muito
grande de alunos. O intervalo dos alunos dura vinte minutos e nem sempre é possível atender a todos.
Muitos trazem lanche de casa ou pedem para descer antes ou depois do horário para lanchar.

A secretaria é multifuncional. Nela funciona a liberação de documentos específicos e solicitações de

uniformes.

A coordenação pedagógica é o local para resolver assuntos acadêmicos: matrículas, transferências,


organização de dependências, calendário acadêmico, horários de aulas, currículo escolar etc. Nesta sala,
as coordenadoras realizam um trabalho em parceria para atender a escola de forma integrada.

Em um anexo, ligada à sala da coordenação pedagógica, está a sala de professores e a sala da diretora.
Munido de simples arquivos, uma mesa larga e grande e cadeiras confortáveis, a sala é usada para
reuniões pedagógicas, debates entre a equipe docente e a equipe da coordenação e para descanso do
professor. Os alunos têm acesso a essa sala quando necessário.

Existem bebedouros suficientes a demanda, a biblioteca tem um acervo que aplaca as necessidades
dos discentes e docentes. Têm estantes com livros, no entanto os mesmos só são utilizados pelos alunos
a pedido de trabalho pelos professores.

A quadra esportiva termina as dependências da escola, sendo esta coberta, cimentada, grande à sua
necessidade e de qualidade boa.

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As cadeiras dos alunos são de bom estado, são aquelas que apresentam um braço só e também estilo.
Todas as salas possuem ar condicionado e ventilador.

1.2. Projeto Político-Pedagógico

Sendo uma instituição fornecedora de ensino fundamental, o maior propósito pedagógico CCR é
educar e formar cidadãos, proporcionando uma educação básica completa.

Tendo como base valores como a ética, o respeito, o compromisso e a responsabilidade social, o
colégio realiza as suas atividades com tradição, inovação e tecnologia.

Baseado no fato de que a escola é uma ferramenta de transformação social, o Colégio E Curso Real
assume um ambiente familiar ao mesmo tempo em que oferece desafios diários aos alunos de forma a
oferecer uma aprendizagem diferenciada.

1.3. A escola como um grupo social

O Colégio e Curso Real tem um papel agregador na vida de seus alunos e da comunidade. Anualmente,
a coordenação pedagógica alia-se aos professores que auxiliam os alunos a elaborarem um projeto que
possa ser apresentado na Mostra Pedagógica.

Os projetos devem ser condizentes com os conteúdos ensinados dentro de sala de aula, mas devem ter
uma missão maior do que comprovar o estudo. Devem oferecer algo de positivo para a comunidade, pais
dos alunos e visitantes.

Nas suas dependências, também são oferecidas aulas de dança, futebol, música para os alunos.

1.4. Atividades docentes e discentes

No Colégio e Curso Real, existe apenas o Ensino Fundamental, contemplando do primeiro ao nono
anos. A média de alunos por sala é de quinze a vinte e cinco estudantes. O currículo base do segmento
inclui as seguintes disciplinas: língua portuguesa, redação, matemática, geografia, história, biologia,
ciências, educação física, inglês, espanhol e informática. Os alunos do nono ano também têm física,
química e robótica.

Eles têm acesso a apostilas especializadas e atividades extracurriculares, como dança e música. A nota
acadêmica dos alunos do Ensino Fundamental é formada por prova com peso dois, trabalho e teste.
Somam-se todas e divide-se por quatro. O resultado é a nota bimestral. A nota final do ano letivo é a
soma das medidas dos quatro bimestres dividida por quatro. Estando acima ou igual a sete, o aluno está
aprovado.

A nota relativa ao trabalho bimestral é composta por exercícios realizados em sala de aula e em casa,
matérias escritas no caderno e outras atividades adicionais (exercícios na apostila, pesquisas etc.). O teste

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pode ser tanto uma prova com conteúdo parcial quanto um trabalho de alto valor pedagógico, como, por
exemplo, a Mostra Pedagógica realizada anualmente.

No final do segundo bimestre, os alunos com média abaixo de sete são direcionados para a recuperação
de meio de ano. No final do quarto bimestre, o mesmo processo é repetido. As chances de reprovação
são, portanto, baixas.

A equipe de professores responsável pelo ensino do fundamental I são composta por cinco professores
polivalentes, ou seja, pedagogos.

Acompanhei uma professora em sua carga horária, logo a análise de sua didática pôde ser igualitária e
imparcial. Nas observações foi possível notar as diferenças pedagógicas e as diferentes reações dos alunos
diante das estratégias.

Os professores elaboram um plano de aula para a sua turma de regência, assim como um diário de
classe para frequência escolar e plano de atividades e um diário de trabalhos, no qual são anotadas as
entregas referentes à composição da nota de trabalho bimestral do aluno.

Para falar sobre a Professora Regente a tratarei como Bruna.

Suas experiências e formações permitem uma vivência positiva no Ensino Fundamental I, pois cria um
ambiente de respeito e de cooperação. Ela incentiva o desenvolvimento dos alunos demonstrando fé de
que conseguem aprender com seus erros e que só o farão se tentarem realizar as coisas.

A matéria-prima do trabalho dos professores é o conhecimento. Não é


conseguir que o aluno faça isto ou aquilo, mas conseguir que ele
compreenda, por reflexão própria, como fez isto ou aquilo. Se uma
criança desmontou e remontou corretamente um brinquedo por
sugestão do professor (...) não significa que ele tenha progredido em
termos de conhecimento. (BECKER,2001, p. 56)

Em suas aulas, os alunos se sentem à vontade para explorar suas habilidades e a tentar participar
ativamente das atividades propostas. Ela investe na criação de um ambiente pautado na amizade e na
confiança, como pude observar entende a importância de tais sentimentos em sala de aula, trazendo
muitos métodos da Educação Infantil para o primeiro ano.

Freire (2002, p. 27) já apontou a importância de que a personalidade de um profissional deixa marcas
não só na vida estudantil da criança, como também em sua formação social e histórica. A prática
pedagógica é capaz de alterar profundamente a percepção de um aluno.

Isto acontece porque a escola é também um espaço social, na qual são transmitidos valores éticos,
morais e postura humanizada. Essa nova maneira de organizar os papéis educativos torna a missão do
professor ainda mais desafiadora, além de criar a necessidade de criar atividades que incentivem a crítica
e a reflexão e ambientes que propiciem ideias que embasem de forma positiva essa geração.

Para entender a tendência majoritária da turma, desenvolvi uma análise específica das ações entre a
professora e a forma que as crianças entendem. O primeiro ano ainda é retrato da Educação Infantil.

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Seus alunos possuem idade variando entre seis e sete anos e, apesar de receber a matéria com bastante
naturalidade, têm bastante dificuldade para se concentrar e em ter um comportamento mais adequado
ao Ensino Fundamental, pois estão ainda amadurecendo nesse sentido. É uma turma que precisa de um
acompanhamento que combina rigidez e afeto maternal por serem ainda muito novos para garantir
progresso e compreensão porque tender apenas para a rigidez criará resistência mais facilmente devido
à personalidade ainda infantil dos alunos. Eles até se mostram dispostos a participar dos projetos, mas
seu gerenciamento é tão complexo que, muitas vezes, se prova mais fácil de aprender quando estão
vinculados a um processo de ensino mais voltado para a Educação Infantil.

Eles não sabem exatamente como se posicionar diante de tantas novidades, tantas mudanças e os
professores devem estar preparados para lidar com estas questões, pois é um momento em que eles
começam a entender que tem gostos e ideias que não são voltadas apenas para o brincar.

Alguns alunos de idades entre o seis e seta anos e sexos diferentes foram convidados para responder
algumas questões sobre o que achavam da escola agora eles são da turma “dos grandes”. Expliquei para
todos que se tratava de coisas que utilizaria para um trabalho na faculdade (“escola de gente grande”,
como eu expliquei a eles). Todos se mostraram animados em poder contribuir de alguma forma para o
trabalho. Conduzi pelos assuntos pertinentes, mas dei o máximo de liberdade para estruturarem suas
respostas. Cada um tinha uma perspectiva diferente que gostariam de comentar. De uma maneira geral,
entendi que esta parte do exercício demonstrou que os alunos se sentiram valorizados, importantes,
quando questionam sua opinião sobre alguma coisa.

Assim como entrevistei os alunos, fiz o mesmo processo com a professora, sobre a sua visão do ensino
no ensino fundamental. Ela respondeu-me que essa turma em questão se difere das demais por ainda não
entender o processo de amadurecimento educacional que ela esta entrando e que é a porta real para o
mundo da leitura e escrita que utilizamos hoje numa sociedade letrada..

Todos demonstram mais interesse pela aula de robótica e educação física.

Tive a oportunidade de realizar uma aula de matemática com os alunos junto com a professora, pois
como disse eles ainda não sabem diferenciar o brincar das atividades sérias do dia a dia e precisei da
ajuda dela para conduzir esse processo.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A qualidade do ensino do primeiro segmento da Educação Fundamental determina, em boa parte, o
desenvolvimento do aluno no restante de sua vida acadêmica e refletirá em sua vida adulta. A formação
destes alunos deve possuir:

(...) planejamento e diretrizes norteadoras para o atendimento integral


da criança em seu aspecto físico, psicológico, intelectual e social, além
de metas para a expansão do atendimento, com garantia de qualidade.
Essa qualidade implica assegurar um processo educativo respeitoso e
construído com base nas múltiplas dimensões e na especificidade do
tempo da infância (MEC, 2004)

Tendo em vista a importância deste momento na vida dos alunos, os professores devem estar prontos
para múltiplos desafios para preparar estes estudantes para se inserirem adequadamente na vida em
sociedade. Em breve, eles estarão responsáveis por si mesmos e precisam começar a trabalhar nesta
situação os primeiros principais conceitos de se viver em comunidade.

Aproveitando sua receptividade e sua criatividade, os professores ainda tem muito espaço para
trabalhar com seus alunos, de maneira simples. Afinal, a interação, o respeito e o cuidado ainda são muito
imprescindíveis para esta faixa e eles prezarão mais este contato do que a multifuncionalidade das
atividades.

Assim como na Educação Infantil, creio que, no Ensino Fundamental, o melhor método de ensino
ainda seria o construtivista e deveria investir massivamente em trabalhos e pesquisas mais flexíveis, mais
autônomas. Os alunos mostram interesse em serem sujeitos do seu desenvolvimento e de mostrar o que
gosta, o que sabe.

Um dos jogos que ministrei com a turma do primeiro ano foi de alto e baixo onde se trabalha a
percepção espacial e a área das posições.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BECKER, F. Educação e construção do conhecimento. São Paulo: Editora Artmed,

2001, p.56.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ensino Fundamental

de nove anos: Diretrizes Gerais. Brasília: MEC, 2004.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São

Paulo: Editora Paz e Terra, 2002, p. 27.

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