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Domina Concursos Tornando Você um Vencedor

va, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a


fim de responder às interpretações que a banca considerou como perti-
nentes.

No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele tex-


to com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da
época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momen-
Compreensão e interpretação de textos. tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida.
Ortografia oficial. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência biblio-
Acentuação gráfica. gráfica da fonte e na identificação do autor.
Emprego das classes de palavras: nome pronome,
verbo, preposições e conjunções. A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções
Emprego do sinal indicativo de crase. de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não,
exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha
Sintaxe da oração e do período.
adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do
Pontuação. "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento
Concordância nominal e verbal. proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à
Regência nominal e verbal. pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora
Significação das palavras. por haver uma outra alternativa mais completa.
Formação de palavras.
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmen-
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. to do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar
ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A des-
contextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um
Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finali- recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a
dade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta manei-
compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de ra a resposta será mais consciente e segura.
necessitar de um bom léxico internalizado.

As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
confronto entre todas as partes que compõem o texto.
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá
por trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento até o fim, ininterruptamente;
justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos
autor diante de uma temática qualquer. umas três vezes ou mais;
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
Denotação e Conotação 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (ex- 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
pressão gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor com-
convenção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + preensão;
significado) que se constroem as noções de denotação e conotação. 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto
correspondente;
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicioná- 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
rios, o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, corre-
é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compre- ta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras
ensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determi- que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que
nada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. se perguntou e o que se pediu;
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais
Os textos literários exploram bastante as construções de base conota- exata ou a mais completa;
tiva, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de
diferenciadas em seus leitores. lógica objetiva;
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polis- 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
semia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste resposta;
caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor,
ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e definindo o tema e a mensagem;
esclareçam o sentido. 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importan-
Como Ler e Entender Bem um Texto tíssimos na interpretação do texto.
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa Ex.: Ele morreu de fome.
e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de manei- de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realiza-
ra cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, ção do fato (= morte de "ele").
extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o pró- Ex.: Ele morreu faminto.
ximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontra-
destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma va quando morreu.;
palavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de pro- 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as i-
cedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento. deias estão coordenadas entre si;

Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjeti-

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20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da
de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no
Cunegundes seu espírito.

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS • Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis-


TEXTO NARRATIVO semos, é a personagem que está a contar a história. A posição
• As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, em que se coloca o narrador para contar a história constitui o fo-
forças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desen- co, o aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser ca-
rolar dos fatos. racterizado por :
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito
Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou às personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos
heroína, personagem principal da história. acontecimentos e a narração é feita em 3a pessoa.
- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da nar-
O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do pro- rativa que é feito em 1a pessoa.
tagonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal - visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê,
contracena em primeiro plano. aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per-
sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra-
As personagens secundárias, que são chamadas também de com- dor é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa.
parsas, são os figurantes de influencia menor, indireta, não decisiva na • Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de
narração. apresentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do
qual a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é
O narrador que está a contar a história também é uma personagem, feita em 1a pessoa ou 3a pessoa.
pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor-
tância, ou ainda uma pessoa estranha à história. Formas de apresentação da fala das personagens
Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há
Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso- três maneiras de comunicar as falas das personagens.
nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não
alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e • Discurso Direto: É a representação da fala das personagens a-
tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma di- través do diálogo.
mensão psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas Exemplo:
reações perante os acontecimentos. “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da
verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carna-
• Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, val a cidade é do povo e de ninguém mais”.
a trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo
podemos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou des-
progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, cendi: dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e
o desenlace ou desfecho. etc.; e de travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas
ou rápidas os verbos de locução podem ser omitidos.
Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente,
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, • Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. E-
a história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), xemplo:
ou seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-
interesses entre as personagens. dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade
que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten- menos sombrios por vir”.
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfe-
cho, ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos. • Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem
• Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici- se mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narra-
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o ção. Exemplo:
gênero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento coti- “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando
diano constitui uma crônica, o relato de um drama social é um alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles
romance social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensas-
central, que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundá- sem que estivesse doido. Como poderia andar um homem
rios, relacionados ao principal. àquela hora , sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco
• Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos de pés no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.
lugares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa con- (José Lins do Rego)
ter informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas
vezes, principalmente nos textos literários, essas informações TEXTO DESCRITIVO
são extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais ca-
textos narrativo. racterísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
• Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num
determinado tempo, que consiste na identificação do momento, As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importan-
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade tes, tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude
salienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas rela- que vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos
ções podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos para que o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma
fatos, ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de imagem unificada.
um fato que aconteceu depois.
Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, va-
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tem- riando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
po material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela pouco.
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões

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Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra O TEXTO ARGUMENTATIVO
técnica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas: Baseado em Adilson Citelli
• Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é
transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa men- A linguagem é capaz de criar e representar realidades, sendo caracte-
te através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a rizada pela identificação de um elemento de constituição de sentidos. Os
subjetiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas discursos verbais podem ser formados de várias maneiras, para dissertar
preferências, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e ou argumentar, descrever ou narrar, colocamos em práticas um conjunto
não o que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mun- de referências codificadas há muito tempo e dadas como estruturadoras
do objetivo, fenomênico, ela é exata e dimensional. do tipo de texto solicitado.
• Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das
personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos, Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessá-
pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e tempera- rio que um texto possua um caráter argumentativo/descritivo. A constru-
mento, com a finalidade de situar personagens no contexto cultu- ção de um ponto de vista de alguma pessoa sobre algo, varia de acordo
ral, social e econômico . com a sua análise e esta dar-se-á a partir do momento em que a compre-
• Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o ensão do conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja concretado. A forma-
observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama, ção discursiva é responsável pelo emassamento do conteúdo que se
para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as deseja transmitir, ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de
partes mais típicas desse todo. vista do sujeito, suas análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as
• Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos opiniões o que fazemos é soltar concepções que tendem a ser orientadas
ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma no meio em que o indivíduo viva. Vemos que o sujeito lança suas opiniões
visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos com o simples e decisivo intuito de persuadir e fazer suas explanações
e típicos. renderem o convencimento do ponto de vista de algo/alguém.
• Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada,
que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos entendidos e
um incêndio, de uma briga, de um naufrágio. desejamos estabelecer um contato verbal com os ouvintes e leitores, e
• Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge- todas as frases ou palavras articuladas produzem significações dotadas
rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um voca- de intencionalidade, criando assim unidades textuais ou discursivas.
bulário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormeno- Dentro deste contexto da escrita, temos que levar em conta que a coerên-
res. É predominantemente denotativa tendo como objetivo escla- cia é de relevada importância para a produção textual, pois nela se dará
recer convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou uma sequência das ideias e da progressão de argumentos a serem expla-
mecanismos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. nadas. Sendo a argumentação o procedimento que tornará a tese aceitá-
vel, a apresentação de argumentos atingirá os seus interlocutores em
TEXTO DISSERTATIVO seus objetivos; isto se dará através do convencimento da persuasão. Os
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação mecanismos da coesão e da coerência serão então responsáveis pela
consta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou unidade da formação textual.
questão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai
escrever com clareza, coerência e objetividade. Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos
verbais mais amplos, como por jogos de elipses, por força semântica, por
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persua- recorrências lexicais, por estratégias de substituição de enunciados.
dir o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre as pessoas é
a linguagem, quando ela é em forma da escrita e após a leitura, (o que
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfati- ocorre agora), podemos dizer que há de ter alguém que transmita algo, e
zando o contexto. outro que o receba. Nesta brincadeira é que entra a formação de argu-
mentos com o intuito de persuadir para se qualificar a comunicação; nisto,
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em : estes argumentos explanados serão o germe de futuras tentativas da
• Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda- comunicação ser objetiva e dotada de intencionalidade, (ver Linguagem e
mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e Persuasão).
objetiva da definição do ponto de vista do autor.
Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em
• Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias co-
sua unidade a mono característica da dominação do idioma/língua, e sim
locadas na introdução serão definidas com os dados mais rele-
o propósito de executar a interação do meio e cultura de cada indivíduo.
vantes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de
As relações intertextuais são de grande valia para fazer de um texto uma
ideias articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte
alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os argumentos
num conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e
dão tornem esta produção altamente evocativa.
desencadeia a conclusão.
• Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da i-
A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a
deia central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando
um texto um aspecto dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia,
a introdução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto.
a paráfrase utiliza-se de textos já escritos, por alguém, e que tornam-se
Para haver maior entendimento dos procedimentos que podem
algo espetacularmente incrível. A diferença é que muitas vezes a paráfra-
ocorrer em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos,
se não possui a necessidade de persuadir as pessoas com a repetição de
hipótese e opinião.
argumentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida;
diferentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a
é a obra ou ação que realmente se praticou.
junção de palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou
ter na escolha das palavras e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las,
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so-
bem como para se adotá-las. Um texto não é totalmente auto-explicativo,
bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido.
daí vem a necessidade de que o leitor tenha um emassado em seu histó-
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou
rico uma relação interdiscursiva e intertextual.
desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje-
tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem
As metáforas, metomínias, onomatopeias ou figuras de linguagem,
a respeito de algo.
entram em ação inseridos num texto como um conjunto de estratégias
capazes de contribuir para os efeitos persuasivos dele. A ironia também é

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muito utilizada para causar este efeito, umas de suas características (E) aceito como um processo civilizatório que implique melhor distribui-
salientes, é que a ironia dá ênfase à gozação, além de desvalorizar ideias, ção de renda entre todos os agentes dos setores produtivos.
valores da oposição, tudo isto em forma de piada.
2. Considere as seguintes afirmações:
Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir I. A banalização do uso da palavra progresso é uma consequência
através de argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito, do fato de que a Ecologia deixou de ser um assunto acadêmico.
mais também o não-dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou II. A expressão desenvolvimento sustentável pressupõe que haja
conceitos pré estabelecidos, sem porém com objetivos de forma clara e formas de desenvolvimento nocivas e predatórias.
concisa. O que acontece é a formação de um ambiente poético e sugerí- III. Entende o autor do texto que a magia da palavra progresso advém
vel, capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma sensação... do uso consciente e responsável que a maioria das pessoas vem
fazendo dela.
Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo” São Paulo Em relação ao texto está correto APENAS que se afirma em
SP, Editora ..Scipione, 1994 - 6ª edição. (A) I.
(B)) II.
EXERCÍCIOS – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS (C) III.
(D) I e II.
Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto que (E) II e III.
segue.
3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente uma frase do
No coração do progresso texto em:
Há séculos a civilização ocidental vem correndo atrás de tudo o que (A) Mas quero chegar logo ao ponto = devo me antecipar a qualquer
classifica como progresso. Essa palavra mágica aplica-se tanto à inven- conclusão.
ção do aeroplano ou à descoberta do DNA como à promoção do papai no (B) continuamos a usar indiscriminadamente a palavrinha mágica =
novo emprego. “Estou fazendo progressos”, diz a titia, quando enfim seguimos chamando de mágico tudo o que julgamos sem precon-
acerta a mão numa velha receita. Mas quero chegar logo ao ponto, e ceito.
convidar o leitor a refletir sobre o sentido dessa palavra, que sempre (C) para cercear as iniciativas predatórias = para ir ao encontro das
pareceu abrir todas as portas para uma vida melhor. ações voluntariosas.
Quando, muitos anos atrás, num daqueles documentários de cinema, (D) ações que inflectem sobre qualquer aspecto da qualidade da vida =
via-se uma floresta sendo derrubada para dar lugar a algum empreendi- práticas alheias ao que diz respeito às condições de vida.
mento, ninguém tinha dúvida em dizer ou pensar: é o progresso. Uma (E)) há de adequar-se a um planejamento = deve ir ao encontro do que
represa monumental era progresso. Cada novo produto químico era um está planificado.
progresso. As coisas não mudaram tanto: continuamos a usar indiscrimi-
nadamente a palavrinha mágica. Mas não deixaram de mudar um pouco: 4. Cada intervenção na natureza há de adequar-se a um planejamen-
desde que a Ecologia saiu das academias, divulgou-se, popularizou-se e to pelo qual se garanta que a qualidade da vida seja preservada.
tornou-se, efetivamente, um conjunto de iniciativas em favor da preserva- Os tempos e os modos verbais da frase acima continuarão corre-
ção ambiental e da melhoria das condições da vida em nosso pequenino tamente articulados caso se substituam as formas sublinhadas, na
planeta. ordem em que surgem, por
Para isso, foi preciso determinar muito bem o sentido de progresso. (A) houve - garantiria - é
Do ponto de vista material, considera-se ganho humano apenas aquilo (B) haveria - garantiu - teria sido
que concorre para equilibrar a ação transformadora do homem sobre a (C) haveria - garantisse - fosse
natureza e a integridade da vida natural. Desenvolvimento, sim, mas (D) haverá - garantisse - e
sustentável: o adjetivo exprime uma condição, para cercear as iniciativas (E) havia - garantiu - é
predatórias. Cada novidade tecnológica há de ser investigada quanto a
seus efeitos sobre o homem e o meio em que vive. Cada intervenção na 5. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas
natureza há de adequar-se a um planejamento que considere a qualidade na frase:
e a extensão dos efeitos. (A)) Já faz muitos séculos que se vêm atribuindo à palavra progresso
Em suma: já está ocorrendo, há algum tempo, uma avaliação ética e algumas conotações mágicas.
política de todas as formas de progresso que afetam nossa relação com o (B) Deve-se ao fato de usamos muitas palavras sem conhecer seu
mundo e, portanto, a qualidade da nossa vida. Não é pouco, mas ainda sentido real muitos equívocos ideológicos.
não é suficiente. Aos cientistas, aos administradores, aos empresários, (C) Muitas coisas a que associamos o sentido de progresso não chega
aos industriais e a todos nós – cidadãos comuns – cabe a tarefa cotidiana a representarem, de fato, qualquer avanço significativo.
de zelarmos por nossas ações que inflectem sobre qualquer aspecto da (D) Se muitas novidades tecnológicas houvesse de ser investigadas a
qualidade de vida. A tarefa começa em nossa casa, em nossa cozinha e fundo, veríamos que são irrelevantes para a melhoria da vida.
banheiro, em nosso quintal e jardim – e se estende à preocupação com a (E) Começam pelas preocupações com nossa casa, com nossa rua,
rua, com o bairro, com a cidade. com nossa cidade a tarefa de zelarmos por uma boa qualidade da
“Meu coração não é maior do que o mundo”, dizia o poeta. Mas um vida.
mundo que merece a atenção do nosso coração e da nossa inteligência é,
certamente, melhor do que este em que estamos vivendo. 6. Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na
Não custa interrogar, a cada vez que alguém diz progresso, o senti- frase:
do preciso – talvez oculto - da palavra mágica empregada. (Alaor Adauto (A) De tudo aquilo que classificamos como progresso costumamos
de Mello) atribuir o sentido de um tipo de ganho ao qual não queremos abrir
mão.
1. Centraliza-se, no texto, uma concepção de progresso, segundo a (B) É preferível deixar intacta a mata selvagem do que destruí-la em
qual este deve ser nome de um benefício em que quase ninguém desfrutará.
(A)) equacionado como uma forma de equilíbrio entre as atividades (C) A titia, cuja a mão enfim acertou numa velha receita, não hesitou
humanas e o respeito ao mundo natural. em ver como progresso a operação à qual foi bem sucedida.
(B) identificado como aprimoramento tecnológico que resulte em ativi- (D) A precisão da qual se pretende identificar o sentido de uma palavra
dade economicamente viável. depende muito do valor de contexto a que lhe atribuímos.
(C) caracterizado como uma atividade que redunde em maiores lucros (E)) As inovações tecnológicas de cujo benefício todos se aproveitam
para todos os indivíduos de uma comunidade. representam, efetivamente, o avanço a que se costuma chamar
(D) definido como um atributo da natureza que induz os homens a progresso.
aproveitarem apenas o que é oferecido em sua forma natural.

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7. Considere as seguintes afirmações, relativas a aspectos da cons- por protestos. Os carros enfileirados por conta de manifestações nesses
trução ou da expressividade do texto: três anos praticamente cobririam os 231 km que separam São Paulo de
I. No contexto do segundo parágrafo, a forma plural não mudaram São Carlos.
tanto atende à concordância com academias. A Justiça é o meio mais promissor, em longo prazo, para desestimular
II. No contexto do terceiro parágrafo, a expressão há de adequar-se os protestos abusivos que param o trânsito nos horários mais inconveni-
exprime um dever imperioso, uma necessidade premente. entes e acarretam variados transtornos a milhões de pessoas. É adequa-
III. A expressão Em suma, tal como empregada no quarto parágrafo, da a atitude da CET de enviar sistematicamente ao Ministério Público
anuncia a abertura de uma linha de argumentação ainda inexplora- relatórios com os prejuízos causados em cada manifestação feita fora de
da no texto. horários e locais sugeridos pela agência ou sem comunicação prévia.
Está correto APENAS o que se afirma em Com base num documento da CET, por exemplo, a Procuradoria a-
(A) I. cionou um líder de sindicato, o qual foi condenado em primeira instância a
(B)) II. pagar R$ 3,3 milhões aos cofres públicos, a título de reparação. O direito
(C) III. à livre manifestação está previsto na Constituição. No entanto, tal direito
(D) I e II. não anula a responsabilização civil e criminal em caso de danos provoca-
(E) II e III. dos pelos protestos.
O poder público deveria definir, de preferência em negociação com as
8. A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a categorias que costumam realizar protestos na capital, horários e locais
palavra progresso, todas atribuem a essa palavra sentidos mágicos vedados às passeatas. Práticas corriqueiras, como a paralisia de avenidas
que elevam essa palavra ao patamar dos nomes miraculosos. essenciais para o tráfego na capital nos horários de maior fluxo, deveriam
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os ser abolidas.
elementos sublinhados, na ordem dada, por: (Folha de S.Paulo, 29.09.07. Adaptado)
(A)) a pronunciam - lhe atribuem - a elevam
(B) a pronunciam - atribuem-na - elevam-na 11. De acordo com o texto, é correto afirmar que
(C) lhe pronunciam - lhe atribuem - elevam-lhe (A) a Companhia de Engenharia de Tráfego não sabe mensurar o custo
(D) a ela pronunciam - a ela atribuem - lhe elevam dos protestos ocorridos nos últimos anos.
(E) pronunciam-na - atribuem-na - a elevam (B) os prejuízos da ordem de R$ 3 milhões em razão dos engarrafa-
mentos já foram pagos pelos manifestantes.
9. Está clara e correta a redação da seguinte frase: (C) os protestos de rua fazem parte de uma sociedade democrática e
(A) Caso não se determine bem o sentido da palavra progresso, pois são permitidos pela Carta de 1988.
que é usada indiscriminadamente, ainda assim se faria necessário (D) após a multa, os líderes de sindicato resolveram organizar protestos
que reflitamos sobre seu verdadeiro sentido. de rua em horários e locais predeterminados.
(B) Ao dizer o poeta que seu coração não é maior do que o mundo, (E) o Ministério Público envia com frequência estudos sobre os custos
devemos nos inspirar para que se estabeleça entre este e o nosso das manifestações feitas de forma abusiva.
coração os compromissos que se reflitam numa vida melhor.
(C) Nada é desprezível no espaço do mundo, que não mereça nossa 12. No primeiro parágrafo, afirma-se que não há fórmula perfeita para
atenção quanto ao fato de que sejamos responsáveis por sua me- solucionar o conflito entre manifestantes e os prejuízos causados
lhoria, seja o nosso quintal, nossa rua, enfim, onde se esteja. ao restante da população. A saída estaria principalmente na
(D)) Todo desenvolvimento definido como sustentável exige, para fazer (A) sensatez.
jus a esse adjetivo, cuidados especiais com o meio ambiente, para (B) Carta de 1998.
que não venham a ser nocivos seus efeitos imediatos ou futuros. (C) Justiça.
(E) Tem muita ciência que, se saísse das limitações acadêmicas, (D) Companhia de Engenharia de Tráfego.
acabariam por se revelarem mais úteis e mais populares, em vista (E) na adoção de medidas amplas e profundas.
da Ecologia, cujas consequências se sente mesmo no âmbito da vi-
da prática. 13. De acordo com o segundo parágrafo do texto, os protestos que
param as ruas de São Paulo representam um custo para a popula-
10. Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período: ção da cidade. O cálculo desses custos é feito a partir
(A) Toda vez que é pronunciada, a palavra progresso, parece abrir a (A) das multas aplicadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego
porta para um mundo, mágico de prosperidade garantida. (CET).
(B)) Por mínimas que pareçam, há providências inadiáveis, ações (B) dos gastos de combustível e das horas de trabalho desperdiçadas
aparentemente irrisórias, cuja execução cotidiana é, no entanto, im- em engarrafamentos.
portantíssima. (C) da distância a ser percorrida entre as cidades de São Paulo e São
(C) O prestígio da palavra progresso, deve-se em grande parte ao Carlos.
modo irrefletido, com que usamos e abusamos, dessa palavrinha (D) da quantidade de carros existentes entre a capital de São Paulo e
mágica. São Carlos.
(D) Ainda que traga muitos benefícios, a construção de enormes repre- (E) do número de usuários de automóveis particulares da cidade de
sas, costuma trazer também uma série de consequências ambien- São Paulo.
tais que, nem sempre, foram avaliadas.
(E) Não há dúvida, de que o autor do texto aderiu a teses ambientalis- 14. A quantidade de carros parados nos engarrafamentos, em razão
tas segundo as quais, o conceito de progresso está sujeito a uma das manifestações na cidade de São Paulo nos últimos três anos, é
permanente avaliação. equiparada, no texto,
(A) a R$ 3,3 milhões.
Leia o texto a seguir para responder às questões de números 11 a 24. (B) ao total de usuários da cidade de São Carlos.
(C) ao total de usuários da cidade de São Paulo.
De um lado estão os prejuízos e a restrição de direitos causados pe- (D) ao total de combustível economizado.
los protestos que param as ruas de São Paulo. De outro está o direito à (E) a uma distância de 231 km.
livre manifestação, assegurado pela Carta de 1988. Como não há fórmula
perfeita de arbitrar esse choque entre garantias democráticas fundamen- 15. No terceiro parágrafo, a respeito do poder da Justiça em coibir os
tais, cabe lançar mão de medidas pontuais – e sobretudo de bom senso. protestos abusivos, o texto assume um posicionamento de
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estima em R$ 3 mi- (A) indiferença, porque diz que a decisão não cabe à Justiça.
lhões o custo para a população dos protestos ocorridos nos últimos três (B) entusiasmo, porque acredita que o órgão já tem poder para impedir
anos na capital paulista. O cálculo leva em conta o combustível consumi- protestos abusivos.
do e as horas perdidas de trabalho durante os engarrafamentos causados (C) decepção, porque não vê nenhum exemplo concreto do órgão para

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impedir protestos em horários de pico. 23. Na frase – O poder público deveria definir horários e locais –,
(D) confiança, porque acredita que, no futuro, será uma forma bem- substituindo-se o verbo definir por obedecer, obtém-se, segundo as
sucedida de desestimular protestos abusivos. regras de regência verbal, a seguinte frase:
(E) satisfação, porque cita casos em que a Justiça já teve êxito em (A) O poder público deveria obedecer para horários e locais.
impedir protestos em horários inconvenientes e em avenidas movi- (B) O poder público deveria obedecer a horários e locais.
mentadas. (C) O poder público deveria obedecer horários e locais.
(D) O poder público deveria obedecer com horários e locais.
16. De acordo com o texto, a atitude da Companhia de Engenharia de (E) O poder público deveria obedecer os horários e locais.
Tráfego de enviar periodicamente relatórios sobre os prejuízos cau-
sados em cada manifestação é 24. Transpondo para a voz passiva a frase – A Procuradoria acionou
(A) pertinente. um líder de sindicato – obtém-se:
(B) indiferente. (A) Um líder de sindicato foi acionado pela Procuradoria.
(C) irrelevante. (B) Acionaram um líder de sindicato pela Procuradoria.
(D) onerosa. (C) Acionaram-se um líder de sindicato pela Procuradoria.
(E) inofensiva. (D) Um líder de sindicato será acionado pela Procuradoria.
(E) A Procuradoria foi acionada por um líder de sindicato.
17. No quarto parágrafo, o fato de a Procuradoria condenar um líder
sindical Leia o texto para responder às questões de números 25 a 34.
(A) é ilegal e fere os preceitos da Carta de 1998.
(B) deve ser comemorada, ainda que viole a Constituição. DIPLOMA E MONOPÓLIO
(C) é legal, porque o direito à livre manifestação não isenta o manifes-
Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direito e me-
tante da responsabilidade pelos danos causados.
dicina no Brasil. É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos os
(D) é nula, porque, segundo o direito à livre manifestação, o acusado
enguiços entre diplomas e carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrên-
poderá entrar com recurso.
cia (sob um bom marco regulatório) promove o interesse da sociedade e
(E) é inédita, porque, pela primeira vez, apesar dos direitos assegura-
que o monopólio só é bom para quem o detém. Não fora essa ignorância,
dos, um manifestante será punido.
como explicar a avalanche de leis que protegem monopólios espúrios para
o exercício profissional?
18. Dentre as soluções apontadas, no último parágrafo, para resolver o
conflito, destaca-se
Desde a criação dos primeiros cursos de direito, os graduados ape-
(A) multa a líderes sindicais.
nas ocasionalmente exercem a profissão. Em sua maioria, sempre ocupa-
(B) fiscalização mais rígida por parte da Companhia de Engenharia de
ram postos de destaque na política e no mundo dos negócios. Nos dias de
Tráfego.
hoje, nem 20% advogam.
(C) o fim dos protestos em qualquer via pública.
(D) fixar horários e locais proibidos para os protestos de rua.
Mas continua havendo boas razões para estudar direito, pois esse é
(E) negociar com diferentes categorias para que não façam mais mani-
um curso no qual se exercita lógica rigorosa, se lê e se escreve bastante.
festações.
Torna os graduados mais cultos e socialmente mais produtivos do que se
não houvessem feito o curso. Se aprendem pouco, paciência, a culpa é
19. No trecho – É adequada a atitude da CET de enviar relatórios –,
mais da fragilidade do ensino básico do que das faculdades. Diante dessa
substituindo-se o termo atitude por comportamentos, obtém-se, de
polivalência do curso de direito, os exames da OAB são uma solução
acordo com as regras gramaticais, a seguinte frase:
brilhante. Aqueles que defenderão clientes nos tribunais devem demons-
(A) É adequada comportamentos da CET de enviar relatórios.
trar nessa prova um mínimo de conhecimento. Mas, como os cursos são
(B) É adequado comportamentos da CET de enviar relatórios.
também úteis para quem não fez o exame da Ordem ou não foi bem
(C) São adequado os comportamentos da CET de enviar relatórios.
sucedido na prova, abrir ou fechar cursos de “formação geral” é assunto
(D) São adequadas os comportamentos da CET de enviar relatórios.
do MEC, não da OAB. A interferência das corporações não passa de uma
(E) São adequados os comportamentos da CET de enviar relatórios.
prática monopolista e ilegal em outros ramos da economia. Questionamos
também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para de-
20. No trecho – No entanto, tal direito não anula a responsabilização
terminar a dificuldade das provas, pois essa é também uma forma de
civil e criminal em caso de danos provocados pelos protestos –, a
limitar a concorrência – mas trata-se aí de uma questão secundária. (...)
locução conjuntiva no entanto indica uma relação de
(Veja, 07.03.2007. Adaptado)
(A) causa e efeito.
(B) oposição.
25. Assinale a alternativa que reescreve, com correção gramatical, as
(C) comparação.
frases: Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de di-
(D) condição.
reito e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não
(E) explicação.
foram resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras.
(A) Faz quase dois séculos que se fundou escolas de direito e medicina
21. “Não há fórmula perfeita de arbitrar esse choque.” Nessa frase, a
no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os
palavra arbitrar é um sinônimo de
enguiços entre diplomas e carreiras.
(A) julgar.
(B) Faz quase dois séculos que se fundava escolas de direito e medici-
(B) almejar.
na no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveram
(C) condenar.
os enguiços entre diplomas e carreiras.
(D) corroborar.
(C) Faz quase dois séculos que se fundaria escolas de direito e medici-
(E) descriminar.
na no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os
enguiços entre diplomas e carreiras.
22. No trecho – A Justiça é o meio mais promissor para desestimular os
(D) Faz quase dois séculos que se fundara escolas de direito e medici-
protestos abusivos – a preposição para estabelece entre os termos
na no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolvera os
uma relação de
enguiços entre diplomas e carreiras.
(A) tempo.
(E) Faz quase dois séculos que se fundaram escolas de direito e medi-
(B) posse.
cina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolve-
(C) causa.
ram os enguiços entre diplomas e carreiras.
(D) origem.
(E) finalidade.
26. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, de
acordo com a norma culta, as frases: O monopólio só é bom para

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aqueles que ____________. / Nos dias de hoje, nem 20% advo- das em: Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão.
gam, e apenas 1% ____________. / Em sua maioria, os advogados (A) Se aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do ensino básico.
sempre ____________. (B) A interferência das corporações não passa de uma prática monopolis-
(A) o retêem / obtem sucesso / se apropriaram os postos de destaque ta.
na política e no mundo dos negócios (C) Abrir e fechar cursos de “formação geral” é assunto do MEC.
(B) o retém / obtém sucesso / se apropriaram aos postos de destaque (D) O estudante de direito exercita preferencialmente uma lógica rigorosa.
na política e no mundo dos negócios (E) Boas razões existirão sempre para o advogado buscar conhecimento.
(C) o retém / obtêem sucesso / se apropriaram os postos de destaque
na política e no mundo dos negócios 32. Assinale a alternativa que reescreve a frase de acordo com a norma
(D) o retêm / obtém sucesso / sempre se apropriaram de postos de culta.
destaque na política e no mundo dos negócios (A) Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. / Os
(E) o retem / obtêem sucesso / se apropriaram de postos de destaque graduados apenas ocasionalmente se dedicam a profissão.
na política e no mundo dos negócios (B) Os advogados devem demonstrar nessa prova um mínimo de
conhecimento. / Os advogados devem primar nessa prova por um
27. Assinale a alternativa em que se repete o tipo de oração introduzida mínimo de conhecimento.
pela conjunção se, empregado na frase – Questionamos também (C) Ele não fez o exame da OAB. / Ele não procedeu o exame da OAB.
se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determi- (D) As corporações deviam promover o interesse da sociedade. / As
nar a dificuldade das provas, ... corporações deviam almejar do interesse da sociedade.
(A) A sociedade não chega a saber se os advogados são muito corpo- (E) Essa é uma forma de limitar a concorrência. / Essa é uma forma de
rativos. restringir à concorrência.
(B) Se os advogados aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do
ensino básico. 33. Assinale a alternativa em que o período formado com as frases I, II
(C) O advogado afirma que se trata de uma questão secundária. e III estabelece as relações de condição entre I e II e de adição en-
(D) É um curso no qual se exercita lógica rigorosa. tre I e III.
(E) No curso de direito, lê-se bastante. I. O advogado é aprovado na OAB.
II. O advogado raciocina com lógica.
28. Assinale a alternativa em que se admite a concordância verbal tanto III. O advogado defende o cliente no tribunal.
no singular como no plural como em: A maioria dos advogados o- (A) Se o advogado raciocinar com lógica, ele será aprovado na OAB e
cupam postos de destaque na política e no mundo dos negócios. defenderá o cliente no tribunal com sucesso.
(A) Como o direito, a medicina é uma carreira estritamente profissional. (B) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso, mas terá
(B) Os Estados Unidos e a Alemanha não oferecem cursos de adminis- de raciocinar com lógica e ser aprovado na OAB.
tração em nível de bacharelado. (C) Como raciocinou com lógica, o advogado será aprovado na OAB e
(C) Metade dos cursos superiores carecem de boa qualificação. defenderá o cliente no tribunal com sucesso.
(D) As melhores universidades do país abastecem o mercado de traba- (D) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso porque
lho com bons profissionais. raciocinou com lógica e foi aprovado na OAB.
(E) A abertura de novos cursos tem de ser controlada por órgãos (E) Uma vez que o advogado raciocinou com lógica e foi aprovado na
oficiais. OAB, ele poderá defender o cliente no tribunal com sucesso.

29. Assinale a alternativa que apresenta correta correlação de tempo 34. Na frase – Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da fragili-
verbal entre as orações. dade do ensino básico do que das faculdades. – a palavra paciên-
(A) Se os advogados demonstrarem um mínimo de conhecimento, cia vem entre vírgulas para, no contexto,
poderiam defender bem seus clientes. (A) garantir a atenção do leitor.
(B) Embora tivessem cursado uma faculdade, não se desenvolveram (B) separar o sujeito do predicado.
intelectualmente. (C) intercalar uma reflexão do autor.
(C) É possível que os novos cursos passam a ter fiscalização mais (D) corrigir uma afirmação indevida.
severa. (E) retificar a ordem dos termos.
(D) Se não fosse tanto desconhecimento, o desempenho poderá ser
melhor. Atenção: As questões de números 35 a 42 referem-se ao texto abai-
(E) Seria desejável que os enguiços entre diplomas e carreiras se xo.
resolvem brevemente.
SOBRE ÉTICA
30. A substituição das expressões em destaque por um pronome A palavra Ética é empregada nos meios acadêmicos em três acep-
pessoal está correta, nas duas frases, de acordo com a norma cul- ções. Numa, faz-se referência a teorias que têm como objeto de estudo o
ta, em: comportamento moral, ou seja, como entende Adolfo Sanchez Vasquez,
(A) I. A concorrência promove o interesse da sociedade. / A concorrên- “a teoria que pretende explicar a natureza, fundamentos e condições da
cia promove-o. II. Aqueles que defenderão clientes. / Aqueles que moral, relacionando-a com necessidades sociais humanas.” Teríamos,
lhes defenderão. assim, nessa acepção, o entendimento de que o fenômeno moral pode ser
(B) I. O governo fundou escolas de direito e de medicina. / O governo estudado racional e cientificamente por uma disciplina que se propõe a
fundou elas. II. Os graduados apenas ocasionalmente exercem a descrever as normas morais ou mesmo, com o auxílio de outras ciências,
profissão. / Os graduados apenas ocasionalmente exercem-la. ser capaz de explicar valorações comportamentais.
(C) I. Torna os graduados mais cultos. / Torna-os mais cultos. II. É
preciso mencionar os cursos de administração. / É preciso mencio- Um segundo emprego dessa palavra é considerá-la uma categoria fi-
nar-lhes. losófica e mesmo parte da Filosofia, da qual se constituiria em núcleo
(D) I. Os advogados devem demonstrar muitos conhecimentos. Os especulativo e reflexivo sobre a complexa fenomenologia da moral na
advogados devem demonstrá-los. II. As associações mostram à so- convivência humana. A Ética, como parte da Filosofia, teria por objeto
ciedade o seu papel. / As associações mostram-lhe o seu papel. refletir sobre os fundamentos da moral na busca de explicação dos fatos
(E) I. As leis protegem os monopólios espúrios. / As leis protegem-os. morais.
II. As corporações deviam fiscalizar a prática profissional. / As cor-
porações deviam fiscalizá-la. Numa terceira acepção, a Ética já não é entendida como objeto des-
critível de uma Ciência, tampouco como fenômeno especulativo. Trata-se
31. Assinale a alternativa em que as palavras em destaque exercem, agora da conduta esperada pela aplicação de regras morais no compor-
respectivamente, a mesma função sintática das expressões assinala- tamento social, o que se pode resumir como qualificação do comporta-

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mento do homem como ser em situação. É esse caráter normativo de (C) Costuma ocorrer muitas vezes não ser fácil distinguir Ética ou
Ética que a colocará em íntima conexão com o Direito. Nesta visão, os Moral, haja vista que tanto uma quanto outra pretendem ajuizar à si-
valores morais dariam o balizamento do agir e a Ética seria assim a moral tuação do homem.
em realização, pelo reconhecimento do outro como ser de direito, especi- (D) Ainda que se torne por consenso um valor do comportamento
almente de dignidade. Como se vê, a compreensão do fenômeno Ética humano, a Ética varia conforme a perspectiva de atribuição do
não mais surgiria metodologicamente dos resultados de uma descrição ou mesmo.
reflexão, mas sim, objetivamente, de um agir, de um comportamento (E) Os saberes humanos aplicados, do conhecimento da Ética, costu-
consequencial, capaz de tornar possível e correta a convivência. (Adapta- mam apresentar divergências de enfoques, em que pese a metodo-
do do site Doutrina Jus Navigandi) logia usada.

35. As diferentes acepções de Ética devem-se, conforme se depreende 42. Transpondo-se para a voz passiva a frase Nesta visão, os valores
da leitura do texto, morais dariam o balizamento do agir, a forma verbal resultante de-
(A) aos usos informais que o senso comum faz desse termo. verá ser:
(B) às considerações sobre a etimologia dessa palavra. (A) seria dado.
(C) aos métodos com que as ciências sociais a analisam. (B) teriam dado.
(D) às íntimas conexões que ela mantém com o Direito. (C) seriam dados.
(E) às perspectivas em que é considerada pelos acadêmicos. (D) teriam sido dados.
(E) fora dado.
36. A concepção de ética atribuída a Adolfo Sanchez Vasquez é reto-
mada na seguinte expressão do texto: Atenção: As questões de números 43 a 48 referem-se ao texto abai-
(A) núcleo especulativo e reflexivo. xo.
(B) objeto descritível de uma Ciência.
(C) explicação dos fatos morais. O HOMEM MORAL E O MORALIZADOR
(D) parte da Filosofia. Depois de um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas, es-
(E) comportamento consequencial. tamos certos disto: o moralizador e o homem moral são figuras diferentes,
se não opostas. O homem moral se impõe padrões de conduta e tenta
37. No texto, a terceira acepção da palavra ética deve ser entendida respeitá-los; o moralizador quer impor ferozmente aos outros os padrões
como aquela em que se considera, sobretudo, que ele não consegue respeitar.
(A) o valor desejável da ação humana. A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes.
(B) o fundamento filosófico da moral. Primeiro, o moralizador é um homem moral falido: se soubesse res-
(C) o rigor do método de análise. peitar o padrão moral que ele impõe, ele não precisaria punir suas imper-
(D) a lucidez de quem investiga o fato moral. feições nos outros. Segundo, é possível e compreensível que um homem
(E) o rigoroso legado da jurisprudência. moral tenha um espírito missionário: ele pode agir para levar os outros a
adotar um padrão parecido com o seu. Mas a imposição forçada de um
38. Dá-se uma íntima conexão entre a Ética e o Direito quando ambos padrão moral não é nunca o ato de um homem moral, é sempre o ato de
revelam, em relação aos valores morais da conduta, uma preocu- um moralizador. Em geral, as sociedades em que as normas morais
pação ganham força de lei (os Estados confessionais, por exemplo) não são
(A) filosófica. regradas por uma moral comum, nem pelas aspirações de poucos e
(B) descritiva. escolhidos homens exemplares,mas por moralizadores que tentam remir
(C) prescritiva. suas próprias falhas morais pela brutalidade do controle que eles exercem
(D) contestatária. sobre os outros. A pior barbárie do mundo é isto: um mundo em que todos
(E) tradicionalista. pagam pelos pecados de hipócritas que não se aguentam. (Contardo
Calligaris, Folha de S. Paulo, 20/03/2008)
39. Considerando-se o contexto do último parágrafo, o elemento subli-
nhado pode ser corretamente substituído pelo que está entre parên- 43. Atente para as afirmações abaixo.
teses, sem prejuízo para o sentido, no seguinte caso: I. Diferentemente do homem moral, o homem moralizador não se
(A) (...) a colocará em íntima conexão com o Direito. (inclusão) preocupa com os padrões morais de conduta.
(B) (...) os valores morais dariam o balizamento do agir (...) (arremate) II. Pelo fato de impor a si mesmo um rígido padrão de conduta, o
(C) (...) qualificação do comportamento do homem como ser em situa- homem moral acaba por impô-lo à conduta alheia.
ção. (provisório) III. O moralizador, hipocritamente, age como se de fato respeitasse os
(D) (...) nem tampouco como fenômeno especulativo. (nem, ainda) padrões de conduta que ele cobra dos outros.
(E) (...) de um agir, de um comportamento consequencial... (conces- Em relação ao texto, é correto o que se afirma APENAS em
sivo) (A) I.
(B) II.
40. As normas de concordância estão plenamente observadas na frase: (C) III.
(A) Costumam-se especular, nos meios acadêmicos, em torno de três (D) I e II.
acepções de Ética. (E) II e III.
(B) As referências que se faz à natureza da ética consideram-na, com
muita frequência, associada aos valores morais. 44. No contexto do primeiro parágrafo, a afirmação de que já decorreu
(C) Não coubessem aos juristas aproximar-se da ética, as leis deixari- um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas indica um fator
am de ter a dignidade humana como balizamento. determinante para que
(D) Não derivam das teorias, mas das práticas humanas, o efetivo valor (A) concluamos que o homem moderno já não dispõe de rigorosos
de que se impregna a conduta dos indivíduos. padrões morais para avaliar sua conduta.
(E) Convém aos filósofos e juristas, quaisquer que sejam as circuns- (B) consideremos cada vez mais difícil a discriminação entre o homem
tâncias, atentar para a observância dos valores éticos. moral e o homem moralizador.
(C) reconheçamos como bastante remota a possibilidade de se caracte-
41. Está clara, correta e coerente a redação do seguinte comentário rizar um homem moralizador.
sobre o texto: (D) identifiquemos divergências profundas entre o comportamento de
(A) Dentre as três acepções de Ética que se menciona no texto, uma um homem moral e o de um moralizador.
apenas diz respeito à uma área em que conflui com o Direito. (E) divisemos as contradições internas que costumam ocorrer nas
(B) O balizamento da conduta humana é uma atividade em que, cada atitudes tomadas pelo homem moral.
um em seu campo, se empenham o jurista e o filósofo.

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45. O autor do texto refere-se aos Estados confessionais para exempli- por tão diversas espécies de seres humanos. (Joel Rubinato, inédito)
ficar uma sociedade na qual
(A) normas morais não têm qualquer peso na conduta dos cidadãos. 49. Nas frases parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos
(B) hipócritas exercem rigoroso controle sobre a conduta de todos. refugos e não admitem ser acusados de egoístas, o narrador do
(C) a fé religiosa é decisiva para o respeito aos valores de uma moral texto
comum. (A) mostra-se imparcial diante de atitudes opostas dos feirantes.
(D) a situação de barbárie impede a formulação de qualquer regra (B) revela uma perspectiva crítica diante da atitude de certos feirantes.
moral. (C) demonstra não reconhecer qualquer proveito nesse tipo de coleta.
(E) eventuais falhas de conduta são atribuídas à fraqueza das leis. (D) assume-se como um cronista a quem não cabe emitir julgamentos.
46. Na frase A distinção entre ambos tem alguns corolários relevan- (E) insinua sua indignação contra o lucro excessivo dos feirantes.
tes, o sentido da expressão sublinhada está corretamente traduzido
em: 50. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de
(A) significativos desdobramentos dela. um segmento do texto em:
(B) determinados antecedentes dela. (A) serviu de chamariz respondeu ao chamado.
(C) reconhecidos fatores que a causam. (B) alguma suspeita sardinha possivelmente uma sardinha.
(D) consequentes aspectos que a relativizam. (C) teimoso aproveitamento = persistente utilização.
(E) valores comuns que ela propicia. (D) o princípio mesmo do comércio = preâmbulo da operação comerci-
al.
47. Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na (E) Agem para salvaguardar = relutam em admitir.
frase:
(A) Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impusera, 51. Atente para as afirmações abaixo.
já não podia ser considerado um hipócrita. I. Os riscos do consumo de uma sardinha suspeita ou da ponta de um
(B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores cação que foi desprezada justificam o emprego de se aventuram,
morais que eles imporão aos outros. no primeiro parágrafo.
(C) A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos hipócritas ser- II. O emprego de alegam, no segundo parágrafo, deixa entrever que o
visse de controle dos demais cidadãos. autor não compactua com a justificativa dos feirantes.
(D) Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral, caracte- III. No último parágrafo, o autor faz ver que o fim da feira traz a supe-
rizava-se um ato típico do moralizador. ração de tudo o que determina a existência de diversas espécies de
(E) Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor padrões seres humanos.
morais que eles próprios não respeitam. Em relação ao texto, é correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
48. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na (B) II.
frase: (C) III.
(A) O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não (D) I e II.
costuma acusar em si mesmo. (E) II e III.
(B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padrão moral
ele não costuma impingir na dos outros. 52. Está INCORRETA a seguinte afirmação sobre um recurso de
(C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador são os mes- construção do texto: no contexto do
mos em que ele acusa seus semelhantes. (A) primeiro parágrafo, a forma ou mesmo nada faz subentender a
(D) Respeitar um padrão moral das ações é uma qualidade da qual expressão verbal querem pagar.
não abrem mão os homens a quem não se pode acusar de hipócri- (B) primeiro parágrafo, a expressão fregueses compradores faz suben-
tas. tender a existência de “fregueses” que não compram nada.
(E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral (C) segundo parágrafo, a expressão de qualquer modo está empregada
de cujo ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia em com o sentido de de toda maneira.
que é capaz. (D) segundo parágrafo, a expressão para salvaguardar está empregada
com o sentido de a fim de resguardar.
Atenção: As questões de números 49 a 54 referem-se ao texto abai- (E) terceiro parágrafo, a expressão não fosse tem sentido equivalente
xo. ao de mesmo não sendo.

FIM DE FEIRA 53. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no plural
Quando os feirantes já se dispõem a desarmar as barracas, começam para preencher de modo correto a lacuna da frase:
a chegar os que querem pagar pouco pelo que restou nas bancadas, ou (A) Frutas e verduras, mesmo quando desprezadas, não ...... (deixar)
mesmo nada, pelo que ameaça estragar. Chegam com suas sacolas de as recolher quem não pode pagar pelas boas e bonitas.
cheias de esperança. Alguns não perdem tempo e passam a recolher o (B) ......-se (dever) aos ruidosos funcionários da limpeza pública a
que está pelo chão: um mamãozinho amolecido, umas folhas de couve providência que fará esquecer que ali funcionou uma feira.
amarelas, a metade de um abacaxi, que serviu de chamariz para os (C) Não ...... (aludir) aos feirantes mais generosos, que oferecem as
fregueses compradores. Há uns que se aventuram até mesmo nas cerca- sobras de seus produtos, a observação do autor sobre o egoísmo
nias da barraca de pescados, onde pode haver alguma suspeita sardinha humano.
oculta entre jornais, ou uma ponta de cação obviamente desprezada. (D) A pouca gente ...... (deixar) de sensibilizar os penosos detalhes da
Há feirantes que facilitam o trabalho dessas pessoas: oferecem-lhes o coleta, a que o narrador deu ênfase em seu texto.
que, de qualquer modo, eles iriam jogar fora. (E) Não ...... (caber) aos leitores, por força do texto, criticar o lucro
Mas outros parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos refu- razoável de alguns feirantes, mas sim, a inaceitável impiedade de
gos, e chegam a recolhê-los para não os verem coletados. Agem para outros.
salvaguardar não o lucro possível, mas o princípio mesmo do comércio.
Parecem temer que a fome seja debelada sem que alguém pague por 54. A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte frase:
isso. E não admitem ser acusados de egoístas: somos comerciantes, não (A) Fica-se indignado com os feirantes, que não compreendem a
assistentes sociais, alegam. carência dos mais pobres.
(B) No texto, ocorre uma descrição o mais fiel possível da tradicional
Finda a feira, esvaziada a rua, chega o caminhão da limpeza e os coleta de um fim de feira.
funcionários da prefeitura varrem e lavam tudo, entre risos e gritos. O (C) A todo momento, dá-se o triste espetáculo de pobreza centralizado
trânsito é liberado, os carros atravancam a rua e, não fosse o persistente nessa narrativa.
cheiro de peixe, a ninguém ocorreria que ali houve uma feira, frequentada (D) Certamente, o leitor não deixará de observar a preocupação do

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autor em distinguir os diferentes caracteres humanos.


(E) Em qualquer lugar onde ocorra uma feira, ocorrerá também a
DISTINÇÃO ENTRE X E CH:
humilde coleta de que trata a crônica.
1. Escrevem-se com X
a) Os vocábulos em que o X é o precedido de ditongo: faixa, caixote,
RESPOSTAS
feixe, etc.
01. A 11. C 21. A 31. E 41. B 51. D c) Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica,
02. B 12. A 22. E 32. B 42. A 52. E etc.
03. E 13. B 23. B 33. A 43. C 53. D d) EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de
04. C 14. E 24. A 34. C 44. D 54. A árvore que produz o látex).
05. A 15. D 25. E 35. E 45. B e) Observação: palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar,
06. E 16. A 26. D 36. B 46. A enchapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são
07. B 17. C 27. A 37. A 47. E grafadas com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou
08. A 18. D 28. C 38. C 48. D seja, pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchen-
09. D 19. E 29. B 39. D 49. B te, encher e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; encharcar:
10. B 20. B 30. D 40. E 50. C en + radical de charco; enchiqueirar: en + radical de chiqueiro; encha-
pelar: en + radical de chapéu; enchumaçar: en + radical de chumaço).
ORTOGRAFIA OFICIAL
2. Escrevem-se com CH:
As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que há fonemas a) charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estre-
que podem ser representados por mais de uma letra, o que não é feito de buchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, sal-
modo arbitrário, mas fundamentado na história da língua. sicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, ca-
chimbo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar,
Eis algumas observações úteis: mochila, piche, pichar, tchau.
b) Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que
possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas, a grafia
DISTINÇÃO ENTRE J E G se distingue pelo contraste entre o x e o ch.
1. Escrevem-se com J:
a) As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia: canjica. cafajes- Exemplos:
te, canjerê, pajé, etc. • brocha (pequeno prego)
b) As palavras derivadas de outras que já têm j: laranjal (laranja), enrije- • broxa (pincel para caiação de paredes)
cer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc. • chá (planta para preparo de bebida)
c) As formas dos verbos que têm o infinitivo em JAR. despejar: despejei, • xá (título do antigo soberano do Irã)
despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis. • chalé (casa campestre de estilo suíço)
d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc. • xale (cobertura para os ombros)
e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais • chácara (propriedade rural)
mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija. • xácara (narrativa popular em versos)
• cheque (ordem de pagamento)
2. Escrevem-se com G: • xeque (jogada do xadrez)
a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem, • cocho (vasilha para alimentar animais)
ferrugem, etc. • coxo (capenga, imperfeito)
b) Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO:
estágio, egrégio, relógio refúgio, prodígio, etc. DISTINÇÃO ENTRE S, SS, Ç E C
c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir. Observe o quadro das correlações:
Correlações Exemplos
DISTINÇÃO ENTRE S E Z t-c ato - ação; infrator - infração; Marte - marcial
ter-tenção abster - abstenção; ater - atenção; conter - contenção, deter -
1. Escrevem-se com S: detenção; reter - retenção
a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc. rg - rs aspergir - aspersão; imergir - imersão; submergir - submersão;
b) O sufixo ÊS e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos pátrios rt - rs inverter - inversão; divertir - diversão
pel - puls impelir - impulsão; expelir - expulsão; repelir - repulsão
ou que indicam profissão, título honorífico, posição social, etc.: portu- corr - curs correr - curso - cursivo - discurso; excursão - incursão
guês – portuguesa, camponês – camponesa, marquês – marquesa, sent - sens sentir - senso, sensível, consenso
burguês – burguesa, montês, pedrês, princesa, etc. ced - cess ceder - cessão - conceder - concessão; interceder - intercessão.
c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc. exceder - excessivo (exceto exceção)
gred - gress agredir - agressão - agressivo; progredir - progressão - progresso -
d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocábulo for progressivo
erudito ou de aplicação científica, não haverá dúvida, hipótese, exe- prim - press imprimir - impressão; oprimir - opressão; reprimir - repressão.
gese análise, trombose, etc. tir - ssão admitir - admissão; discutir - discussão, permitir - permissão.
(re)percutir - (re)percussão
e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa,
causa.
f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES
termina em S: pesquisar (pesquisa), analisar (análise), avisar (aviso),
etc.
ONDE-AONDE
g) Quando for possível a correlação ND - NS: escandir: escansão;
Emprega-se AONDE com os verbos que dão ideia de movimento. Equi-
pretender: pretensão; repreender: repreensão, etc.
vale sempre a PARA ONDE.
AONDE você vai?
2. Escrevem-se em Z.
AONDE nos leva com tal rapidez?
a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas palavras que têm o
mesmo radical. Civilizar: civilização, civilizado; organizar: organiza-
Naturalmente, com os verbos que não dão ideia de “movimento” empre-
ção, organizado; realizar: realização, realizado, etc.
ga-se ONDE
b) Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstratos derivados
ONDE estão os livros?
de adjetivos limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc.
Não sei ONDE te encontrar.
c) Os derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e –ZITO: cafezal, cinzeiro,
chapeuzinho, cãozito, etc.
MAU - MAL

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MAU é adjetivo (seu antônimo é bom). 5) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação,
Escolheu um MAU momento. Estado, Pátria, União, República, etc.
Era um MAU aluno. 6) nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações,
órgãos públicos, etc.:
MAL pode ser: Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras,
a) advérbio de modo (antônimo de bem). Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.
Ele se comportou MAL. 7) nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e
Seu argumento está MAL estruturado científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os
b) conjunção temporal (equivale a assim que). Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da
MAL chegou, saiu Manhã, Manchete, etc.
c) substantivo: 8) expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente,
O MAL não tem remédio, Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
Ela foi atacada por um MAL incurável. 9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos
do Oriente, o falar do Norte.
CESÃO/SESSÃO/SECÇÃO/SEÇÃO Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.
CESSÃO significa o ato de ceder. 10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o
Ele fez a CESSÃO dos seus direitos autorais. Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
A CESSÃO do terreno para a construção do estádio agradou a todos
os torcedores. Escrevem-se com letra inicial minúscula:
1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos,
SESSÃO é o intervalo de tempo que dura uma reunião: nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval,
Assistimos a uma SESSÃO de cinema. ingleses, ave-maria, um havana, etc.
Reuniram-se em SESSÃO extraordinária. 2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando
empregados em sentido geral:
SECÇÃO (ou SEÇÃO) significa parte de um todo, subdivisão: São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.
Lemos a noticia na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de esportes. 3) nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio
Compramos os presentes na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de brinquedos. Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta:
HÁ / A "Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de Assis)
Na indicação de tempo, emprega-se: "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso,
HÁ para indicar tempo passado (equivale a faz): mirra." (Manuel Bandeira)
HÁ dois meses que ele não aparece.
Ele chegou da Europa HÁ um ano. USO DO HÍFEN
A para indicar tempo futuro:
Daqui A dois meses ele aparecerá. Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo.
Ela voltará daqui A um ano. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos,
para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das
FORMAS VARIANTES regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim
Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
uma delas é considerada correta. Eis alguns exemplos.
aluguel ou aluguer hem? ou hein? As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras for-
alpartaca, alpercata ou alpargata imundície ou imundícia madas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos,
amídala ou amígdala infarto ou enfarte como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra,
assobiar ou assoviar laje ou lajem eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro,
assobio ou assovio lantejoula ou lentejoula mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre,
azaléa ou azaleia nenê ou nenen sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
bêbado ou bêbedo nhambu, inhambu ou nambu
bílis ou bile quatorze ou catorze 1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por
cãibra ou cãimbra surripiar ou surrupiar h.
carroçaria ou carroceria taramela ou tramela Exemplos:
chimpanzé ou chipanzé relampejar, relampear, relampeguear anti-higiênico
debulhar ou desbulhar ou relampar anti-histórico
fleugma ou fleuma porcentagem ou percentagem co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS proto-história
sobre-humano
Escrevem-se com letra inicial maiúscula: super-homem
1) a primeira palavra de período ou citação. ultra-humano
Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua." Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da
letra maiúscula. 2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da
2) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes vogal com que se inicia o segundo elemento.
sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil, Exemplos:
Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via- aeroespacial
Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc. agroindustrial
O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno. anteontem
3) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas antiaéreo
religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência antieducativo
do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc. autoaprendizagem
4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da autoescola
República, etc. autoestrada

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autoinstrução hiper-requintado
coautor inter-racial
coedição inter-regional
extraescolar sub-bibliotecário
infraestrutura super-racista
plurianual super-reacionário
semiaberto super-resistente
semianalfabeto super-romântico
semiesférico
semiopaco Atenção:
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, • Nos demais casos não se usa o hífen.
mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, su-
cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. perproteção.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra ini-
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo ciada por r: sub-região, sub-raça etc.
elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: • Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra
anteprojeto iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
antipedagógico
autopeça 7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o
autoproteção segundo elemento começar por vogal. Exemplos:
coprodução hiperacidez
geopolítica hiperativo
microcomputador interescolar
pseudoprofessor interestadual
semicírculo interestelar
semideus interestudantil
seminovo superamigo
ultramoderno superaquecimento
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice- supereconômico
rei, vice-almirante etc. superexigente
superinteressante
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo superotimismo
elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.
Exemplos: 8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-
antirrábico se sempre o hífen. Exemplos:
antirracismo além-mar
antirreligioso além-túmulo
antirrugas aquém-mar
antissocial ex-aluno
biorritmo ex-diretor
contrarregra ex-hospedeiro
contrassenso ex-prefeito
cosseno ex-presidente
infrassom pós-graduação
microssistema pré-história
minissaia pré-vestibular
multissecular pró-europeu
neorrealismo recém-casado
neossimbolista recém-nascido
semirreta sem-terra
ultrarresistente.
ultrassom 9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu,
guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
5. Quando o prefi xo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo
elemento começar pela mesma vogal. 10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasi-
Exemplos: onalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas
anti-ibérico encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São
anti-imperialista Paulo.
anti-infl acionário
anti-infl amatório 11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a no-
auto-observação ção de composição. Exemplos:
contra-almirante girassol
contra-atacar madressilva
contra-ataque mandachuva
micro-ondas paraquedas
micro-ônibus paraquedista
semi-internato pontapé
semi-interno
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma pala-
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o se- vra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repeti-
gundo elemento começar pela mesma consoante. do na linha seguinte. Exemplos:
Exemplos: Na cidade, conta-se que ele foi viajar.

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O diretor recebeu os ex-alunos. dá-lo vê-lo avó


recuperá-los Conhecê-los pô-los
ACENTUAÇÃO GRÁFICA guardá-la Fé compô-los
réis (moeda) Véu dói
ORTOGRAFIA OFICIAL
Por Paula Perin dos Santos méis céu mói
pastéis Chapéus anzóis
O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas da ninguém parabéns Jerusalém
Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social da língua no cenário
internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâme-
tros: 2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação Resumindo:
completa dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 – vigên-
cia obrigatória em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que
Acordo Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e
que falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que “atraí-lo” são acentuadas porque as semivogais “i” e “u” estão tônicas
teve sua implementação. nestas palavras.

É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que 2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:
uma língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar
que a ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e
que as diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos • L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.
subsistirão em questões referentes à pronúncia, vocabulário e gramática. • N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.
Uma língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio • R – câncer, caráter, néctar, repórter.
de Leis ou Acordos. • X – tórax, látex, ônix, fênix.
• PS – fórceps, Quéops, bíceps.
A queixa de muitos estudantes e usuários da língua escrita é que, de- • Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.
pois de internalizada uma regra, é difícil “desaprendê-la”. Então, cabe aqui • ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
uma dica: quando se tiver uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra,
• I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
o ideal é consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso) ou,
na melhor das hipóteses, use um sinônimo para referir-se a tal palavra. • ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.
• UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.
Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de uma maneira • US – ânus, bônus, vírus, Vênus.
descomplicada, apontando como é que fica estabelecido de hoje em
diante a Ortografia Oficial do Português falado no Brasil. Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos cres-
centes (semivogal+vogal):
Alfabeto Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.
A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há muito tempo
as letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhuma 3. Todas as proparoxítonas são acentuadas.
novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios e Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisân-
palavras importadas do idioma inglês, como: temo, público, pároco, proparoxítona.
km – quilômetro,
kg – quilograma QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS
Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:
Trema
Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita mui- • Formarem sílabas sozinhos ou com “S”
to textos científicos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever
linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai
deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste IMPORTANTE
caso, o “ü” lê-se “i”) Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”,
se todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos?
QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tôni-
1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas cos de “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectiva-
ou não de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” mente. Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando natural-
ou “LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas em diton- mente a sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso.
gos abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”
5. Trema
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só
Ex. vai permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estran-
geira, como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”)
Chá Mês nós
Gás Sapé cipó 6. Acento Diferencial
Dará Café avós O acento diferencial permanece nas palavras:
Pará Vocês compôs pôde (passado), pode (presente)
vatapá pontapés só pôr (verbo), por (preposição)
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do
Aliás português robô
verbo está no singular ou plural:

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des-mai-a-do im-bui-a
SIN- ra-diou-vin-te ca-o-lho
PLURAL te-a-tro co-e-lho
GULAR
du-e-lo ví-a-mos
Ele a-mné-sia gno-mo
Eles têm
tem co-lhei-ta quei-jo
Ele pneu-mo-ni-a fe-é-ri-co
Eles vêm dig-no e-nig-ma
vem
e-clip-se Is-ra-el
mag-nó-lia
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, co-
mo: conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc.
SINAIS DE PONTUAÇÃO
DIVISÃO SILÁBICA
Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita
as pausas da linguagem oral.
Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, NH, LH, QU,
GU.
1- chave: cha-ve PONTO
aquele: a-que-le O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase de-
palha: pa-lha clarativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos
manhã: ma-nhã casos comuns ele é chamado de simples.
guizo: gui-zo
Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cris-
Não se separam as letras dos encontros consonantais que apresen- to), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo).
tam a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R
2- emblema: em-ble-ma abraço: a-bra-ço PONTO DE INTERROGAÇÃO
reclamar: re-cla-mar recrutar: re-cru-tar É usado para indicar pergunta direta.
flagelo: fla-ge-lo drama: dra-ma Onde está seu irmão?
globo: glo-bo fraco: fra-co
implicar: im-pli-car agrado: a-gra-do Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação.
atleta: a-tle-ta atraso: a-tra-so A mim ?! Que ideia!
prato: pra-to

Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC. PONTO DE EXCLAMAÇÃO
3- correr: cor-rer desçam: des-çam É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas.
passar: pas-sar exceto: ex-ce-to Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória!
fascinar: fas-ci-nar Ó jovens! Lutemos!

Não se separam as letras que representam um ditongo. VÍRGULA


4- mistério: mis-té-rio herdeiro: her-dei-ro A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena
cárie: cá-rie pausa na fala. Emprega-se a vírgula:
• Nas datas e nos endereços:
Separam-se as letras que representam um hiato. São Paulo, 17 de setembro de 1989.
5- saúde: sa-ú-de cruel: cru-el Largo do Paissandu, 128.
rainha: ra-i-nha enjoo: en-jo-o • No vocativo e no aposto:
Meninos, prestem atenção!
Não se separam as letras que representam um tritongo. Termópilas, o meu amigo, é escritor.
6- Paraguai: Pa-ra-guai • Nos termos independentes entre si:
saguão: sa-guão O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões.
• Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste
Consoante não seguida de vogal, no interior da palavra, fica na sílaba caso é usado o duplo emprego da vírgula:
que a antecede. Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da
7- torna: tor-na núpcias: núp-cias padroeira.
técnica: téc-ni-ca submeter: sub-me-ter • Após alguns adjuntos adverbiais:
absoluto: ab-so-lu-to perspicaz: pers-pi-caz No dia seguinte, viajamos para o litoral.
• Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo empre-
Consoante não seguida de vogal, no início da palavra, junta-se à síla- go da vírgula:
ba que a segue Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor.
8- pneumático: pneu-má-ti-co • Após a primeira parte de um provérbio.
gnomo: gno-mo O que os olhos não vêem, o coração não sente.
psicologia: psi-co-lo-gia • Em alguns casos de termos oclusos:
Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate.
No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada separadamen-
te, mantendo sua autonomia fonética. Nesse caso, tais consoantes ficam
em sílabas separadas.
RETICÊNCIAS
• São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
9- sublingual: sub-lin-gual
Não me disseste que era teu pai que ...
sublinhar: sub-li-nhar
• Para realçar uma palavra ou expressão.
sublocar: sub-lo-car
Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome...
• Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento.
Preste atenção nas seguintes palavras:
Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também...
trei-no so-cie-da-de
gai-o-la ba-lei-a

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PONTO E VÍRGULA fome."


• Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém (C. Lispector)
alguma simetria entre si. • Para isolar orações intercaladas:
"Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desco- "Estou certo que eu (se lhe ponho
nhecido, guardando consigo a ponta farpada. " Minha mão na testa alçada)
• Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu Sou eu para ela."
interior. (M. Bandeira)
Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém,
mais calmo, resolveu o problema sozinho. COLCHETES [ ]
Os colchetes são muito empregados na linguagem científica.
DOIS PONTOS
• Enunciar a fala dos personagens:
Ele retrucou: Não vês por onde pisas?
ASTERISCO
O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para
• Para indicar uma citação alheia:
alguma nota (observação).
Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de
passageiros do voo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embar-
que". BARRA
• Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas
anterior: abreviaturas.
Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente.
• Enumeração após os apostos:
CRASE
Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.

Crase é a fusão da preposição A com outro A.


TRAVESSÃO
Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem.
Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar
palavras ou frases
EMPREGO DA CRASE
– "Quais são os símbolos da pátria?
• em locuções adverbiais:
– Que pátria?
à vezes, às pressas, à toa...
– Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos).
• em locuções prepositivas:
– "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra
em frente à, à procura de...
vez.
• em locuções conjuntivas:
– a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma
à medida que, à proporção que...
coisa". (M. Palmério).
• pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo,
• Usa-se para separar orações do tipo:
a, as
– Avante!- Gritou o general.
Fui ontem àquele restaurante.
– A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta.
Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão:
Refiro-me àquilo e não a isto.
Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam
uma cadeia de frase:
• A estrada de ferro Santos – Jundiaí. A CRASE É FACULTATIVA
• A ponte Rio – Niterói. • diante de pronomes possessivos femininos:
• A linha aérea São Paulo – Porto Alegre. Entreguei o livro a(à) sua secretária .
• diante de substantivos próprios femininos:
Dei o livro à(a) Sônia.
ASPAS
São usadas para:
• Indicar citações textuais de outra autoria. CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE
"A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles) • Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o
• Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se artigo A:
expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaismo, formas populares: Viajaremos à Colômbia.
Há quem goste de “jazz-band”. (Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia)
Não achei nada "legal" aquela aula de inglês. • Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Brasí-
• Para enfatizar palavras ou expressões: lia, Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto Alegre, São Paulo, Madri,
Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível" naquela noite. Veneza, etc.
• Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc. Viajaremos a Curitiba.
"Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro. (Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curitiba).
• Em casos de ironia: • Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o
A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente. modifique.
Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão. Ela se referiu à saudosa Lisboa.
Vou à Curitiba dos meus sonhos.
• Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida:
PARÊNTESES Às 8 e 15 o despertador soou.
Empregamos os parênteses: • Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras
• Nas indicações bibliográficas. “moda” ou "maneira":
"Sede assim qualquer coisa. Aos domingos, trajava-se à inglesa.
serena, isenta, fiel". Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo.
(Meireles, Cecília, "Flor de Poemas"). • Antes da palavra casa, se estiver determinada:
• Nas indicações cênicas dos textos teatrais: Referia-se à Casa Gebara.
"Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos • Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar.
fora das órbitas. Amália se volta)". Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa).
(G. Figueiredo) • Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo.
• Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação acessória: Voltou à terra onde nascera.
"E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io, morrendo de

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Chegamos à terra dos nossos ancestrais. • mangueira: tudo de borracha ou de plástico para regar as plantas
Mas: ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de gado.
Os marinheiros vieram a terra.
O comandante desceu a terra. • pena: pluma; peça de metal para escrever; punição; dó.
• Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o
artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente: • velar: cobrir com véu; ocultar; vigiar; cuidar; relativo ao véu do pa-
Vou até a (á ) chácara. ladar.
Cheguei até a(à) muralha • pregar: (um sermão) - pregar: (pregar uma bainha da roupa) -
• A QUE - À QUE pregar: (um prego)
Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino
ocorrerá crase: • manga: (de camisa ou de candeeiro) - manga: (fruto) - manga:
Houve um palpite anterior ao que você deu. (bando, ajuntamento)
Houve uma sugestão anterior à que você deu.
Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não • cabo: (cabeça, extremidade, posto na hierarquia militar) - cabo:
ocorrerá crase. (parte de instrumento por onde esse se impunha ou utiliza: cabo da faca).
Não gostei do filme a que você se referia. Ambiguidade ou anfibologia - defeito da frase que apresenta duplo
Não gostei da peça a que você se referia. sentido. Exemplos: Convence, enfim, o pai o filho amado, [quem conven-
O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrati- ce?]
vo A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes - Jacinto, vi a Célia passeando com sua irmã. [sua: de quem?
do de:
Meu palpite é igual ao de todos
Minha opinião é igual à de todos.
DENOTAÇAO E CONOTAÇAO
A denotação é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a
seu próprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original.
NÃO OCORRE CRASE
• antes de nomes masculinos: A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se
Andei a pé. no seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias
Andamos a cavalo. interpretações.
• antes de verbos:
Ela começa a chorar. Observe os exemplos:
Cheguei a escrever um poema. Denotação
• em expressões formadas por palavras repetidas: As estrelas do céu.
Estamos cara a cara. Vesti-me de verde.
• antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona: O fogo do isqueiro.
Dirigiu-se a V. Sa com aspereza.
Escrevi a Vossa Excelência. Conotação
Dirigiu-se gentilmente à senhora. As estrelas do cinema.
• quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural: O jardim vestiu-se de flores.
Não falo a pessoas estranhas. O fogo da paixão.
Jamais vamos a festas.
SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido
figurado:
Quanto à significação, as palavras podem ser: Construí um muro de pedra - sentido próprio
Maria tem um coração de pedra – sentido figurado.
Sinônimas - quando apresentam sentidos semelhantes: falecer e A água pingava lentamente – sentido próprio.
morrer, belo e bonito; longe e distante, etc.
SEMÂNTICA
Antônimas - quando têm significação oposta: triste e alegre, (do grego semantiké, i. é, téchne semantiké ‘arte da significação’)
bondade e maldade, riqueza e pobreza.
A semântica estudo o sentido das palavras, expressões, frases e uni-
Homônimas - quando são escritas ou pronunciadas de modo idêntico dades maiores da comunicação verbal, os significados que lhe são atribu-
mas são diferentes quanto ao significado. ídos. Ao considerarmos o significado de determinada palavra, levamos em
Os homônimos podem ser: conta sua história, sua estrutura (radical, prefixos, sufixos que participam
a) perfeitos - quando possuem a mesma grafia (homógrafos) e a da sua forma) e, por fim, do contexto em que se apresenta.
mesma pronúncia (homófonos):
cura (padre) - cura (do v. curar) Quando analisamos o sentido das palavras na redação oficial, ressal-
verão (estação) - verão (verbo ver) tam como fundamentais a história da palavra e, obviamente, os contextos
são (sadio) - são (verbo ser) em que elas ocorrem.
b) imperfeitos - quando têm a mesma grafia mas pronúncia dife-
rente (homógrafos) ou a mesma pronúncia mas grafia diferente (homófo- A história da palavra, em sentido amplo, vem a ser a respectiva ori-
nos). Exemplos: selo (substantivo) - selo (verbo selar) / ele (pronome) - ele gem e as alterações sofridas no correr do tempo, ou seja, a maneira como
(letra) evoluiu desde um sentido original para um sentido mais abrangente ou
mais específico. Em sentido restrito, diz respeito à tradição no uso de
Parônimas - quando se assemelham na forma mas têm significados determinado vocábulo ou expressão.
diferentes.
Exemplos: descriminar (inocentar) - discriminar (distinguir) / São esses dois aspectos que devem ser considerados na escolha
discente (relativo a alunos) - docente (relativo a professores) deste ou daquele vocábulo.

Polissemia é o nome que se dá quando uma palavra pode ter mais Sendo a clareza um dos requisitos fundamentais de todo texto oficial,
de uma significação: deve-se atentar para a tradição no emprego de determinada expressão
com determinado sentido. O emprego de expressões ditas "de uso consa-

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grado" confere uniformidade e transparência ao sentido do texto. Mas isto o problema, pois sabemos o sentido, a dúvida é de letra(s). sempre que
não quer dizer que os textos oficiais devam limitar-se à repetição de houver incerteza, consulte a lista adiante, algum dicionário ou manual de
chavões e clichês. ortografia.

Verifique sempre o contexto em que as palavras estão sendo utiliza- Já o termo paronímia designa o fenômeno que ocorre com palavras
das. Certifique-se de que não há repetições desnecessárias ou redundân- semelhantes (mas não idênticas) quanto à grafia ou à pronúncia. É fonte
cias. Procure sinônimos ou termos mais precisos para as palavras repeti- de muitas dúvidas, como entre descrição (‘ato de descrever’) e discrição
das; mas se sua substituição for comprometer o sentido do texto, tornan- (‘qualidade do que é discreto’), retificar (‘corrigir’) e ratificar (confirmar).
do-o ambíguo ou menos claro, não hesite em deixar o texto como está.
Como não interessa aqui aprofundar a discussão teórica da matéria,
É importante lembrar que o idioma está em constante mutação. A restringimo-nos a uma lista de palavras que costumam suscitar dúvidas de
própria evolução dos costumes, das ideias, das ciências, da política, enfim grafia ou sentido. Procuramos incluir palavras que com mais frequência
da vida social em geral, impõe a criação de novas palavras e formas de provocam dúvidas na elaboração de textos oficiais, com o cuidado de
dizer. Na definição de Serafim da Silva Neto, a língua: agregá-las em pares ou pequenos grupos formais.
"(...) é um produto social, é uma atividade do espírito humano. Não é, • Absolver: inocentar, relevar da culpa imputada: O júri absolveu o
assim, independente da vontade do homem, porque o homem não é uma réu.
folha seca ao sabor dos ventos veementes de uma fatalidade desconheci- • Absorver: embeber em si, esgotar: O solo absorveu lentamente a
da e cega. Não está obrigada a prosseguir na sua trajetória, de acordo água da chuva.
com leis determinadas, porque as línguas seguem o destino dos que as • Acender: atear (fogo), inflamar.
falam, são o que delas fazem as sociedades que as empregam." • Ascender: subir, elevar-se.
• Acento: sinal gráfico; inflexão vocal: Vocábulo sem acento.
Assim, continuamente, novas palavras são criadas (os neologismos) • Assento: banco, cadeira: Tomar assento num cargo.
como produto da dinâmica social, e incorporados ao idioma inúmeros • Acerca de: sobre, a respeito de: No discurso, o Presidente falou
vocábulos de origem estrangeira (os estrangeirismos), que vêm para acerca de seus planos.
designar ou exprimir realidades não contempladas no repertório anterior
• A cerca de: a uma distância aproximada de: O anexo fica a cerca
da língua portuguesa.
de trinta metros do prédio principal. Estamos a cerca de um mês
ou (ano) das eleições.
A redação oficial não pode alhear-se dessas transformações, nem in-
• Há cerca de: faz aproximadamente (tanto tempo): Há cerca de
corporá-las acriticamente. Quanto às novidades vocabulares, elas devem
um ano, tratamos de caso idêntico; existem aproximadamente:
sempre ser usadas com critério, evitando-se aquelas que podem ser
Há cerca de mil títulos no catálogo.
substituídas por vocábulos já de uso consolidado sem prejuízo do sentido
que se lhes quer dar. • Acidente: acontecimento casual; desastre: A derrota foi um aci-
dente na sua vida profissional. O súbito temporal provocou terrí-
De outro lado, não se concebe que, em nome de suposto purismo, a vel acidente no parque.
linguagem das comunicações oficiais fique imune às criações vocabulares • Incidente: episódio; que incide, que ocorre: O incidente da de-
ou a empréstimos de outras línguas. A rapidez do desenvolvimento tecno- missão já foi superado.
lógico, por exemplo, impõe a criação de inúmeros novos conceitos e • Adotar: escolher, preferir; assumir; pôr em prática.
termos, ditando de certa forma a velocidade com que a língua deve incor- • Dotar: dar em doação, beneficiar.
porá-los. O importante é usar o estrangeirismo de forma consciente, • Afim: que apresenta afinidade, semelhança, relação (de paren-
buscar o equivalente português quando houver, ou conformar a palavra tesco): Se o assunto era afim, por que não foi tratado no mesmo
estrangeira ao espírito da língua portuguesa. parágrafo?
• A fim de: para, com a finalidade de, com o fito de: O projeto foi
O problema do abuso de estrangeirismos inúteis ou empregados em encaminhado com quinze dias de antecedência a fim de permitir
contextos em que não cabem, é em geral causado ou pelo desconheci- a necessária reflexão sobre sua pertinência.
mento da riqueza vocabular de nossa língua, ou pela incorporação acrítica • Alto: de grande extensão vertical; elevado, grande.
do estrangeirismo. • Auto: ato público, registro escrito de um ato, peça processual.
• Aleatório: casual, fortuito, acidental.
Homônimos e Parônimos • Alheatório: que alheia, alienante, que desvia ou perturba.
Muitas vezes temos dúvidas no uso de vocábulos distintos provoca- • Amoral: desprovido de moral, sem senso de moral.
das pela semelhança ou mesmo pela igualdade de pronúncia ou de grafia • Imoral: contrário à moral, aos bons costumes, devasso, indecen-
entre eles. É o caso dos fenômenos designados como homonímia e te.
paronímia. • Ante (preposição): diante de, perante: Ante tal situação, não teve
alternativa.
A homonímia é a designação geral para os casos em que palavras de • Ante- (prefixo): expressa anterioridade: antepor, antever, antepro-
sentidos diferentes têm a mesma grafia (os homônimos homógrafos) ou a jeto ante-diluviano.
mesma pronúncia (os homônimos homófonos). • Anti- (prefixo): expressa contrariedade; contra: anticientífico, an-
tibiótico, anti-higiênico, anti-Marx.
Os homógrafos podem coincidir ou não na pronúncia, como nos e-
• Ao encontro de: para junto de; favorável a: Foi ao encontro dos
xemplos: quarto (aposento) e quarto (ordinal), manga (fruta) e manga (de
colegas. O projeto salarial veio ao encontro dos anseios dos tra-
camisa), em que temos pronúncia idêntica; e apelo (pedido) e apelo (com
balhadores.
e aberto, 1a pess. do sing do pres. do ind. do verbo apelar), consolo
• De encontro a: contra; em prejuízo de: O carro foi de encontro a
(alívio) e consolo (com o aberto, 1a pess. do sing. do pres. do ind. do
um muro. O governo não apoiou a medida, pois vinha de encon-
verbo consolar), com pronúncia diferente.
tro aos interesses dos menores.
Os homógrafos de idêntica pronúncia diferenciam-se pelo contexto • Ao invés de: ao contrário de: Ao invés de demitir dez funcioná-
em que são empregados. Não há dúvida, por exemplo, quanto ao empre- rios, a empresa contratou mais vinte. (Inaceitável o cruzamento
go da palavra são nos três sentidos: a) verbo ser, 3a pess. do pl. do pres., *ao em vez de.)
b) saudável e c) santo. • Em vez de: em lugar de: Em vez de demitir dez funcionário, a
empresa demitiu vinte.
Palavras de grafia diferente e de pronúncia igual (homófonos) geram • A par: informado, ao corrente, ciente: O Ministro está a par (var.:
dúvidas ortográficas. Caso, por exemplo, de acento/assento, coser/cozer, ao par) do assunto; ao lado, junto; além de.
dos prefixos ante-/anti-, etc. Aqui o contexto não é suficiente para resolver • Ao par: de acordo com a convenção legal: Fez a troca de mil dó-

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lares ao par. • Concelho: circunscrição administrativa ou município (em Portu-


• Aparte: interrupção, comentário à margem: O deputado conce- gal).
deu ao colega um aparte em seu pronunciamento. • Conselho: aviso, parecer, órgão colegiado.
• À parte: em separado, isoladamente, de lado: O anexo ao projeto • Concerto: acerto, combinação, composição, harmonização (cp.
foi encaminhado por expediente à parte. concertar): O concerto das nações... O concerto de Guarnieri...
• Apreçar: avaliar, pôr preço: O perito apreçou irrisoriamente o i- • Conserto: reparo, remendo, restauração (cp. consertar): Certos
móvel. problemas crônicos aparentemente não têm conserto.
• Apressar: dar pressa a, acelerar: Se o andamento das obras não • Conje(c)tura: suspeita, hipótese, opinião.
for apressado, não será cumprido o cronograma. • Conjuntura: acontecimento, situação, ocasião, circunstância.
• Área: superfície delimitada, região. • Contravenção: transgressão ou infração a normas estabeleci-
• Ária: canto, melodia. das.
• Aresto: acórdão, caso jurídico julgado: Neste caso, o aresto é ir- • Contraversão: versão contrária, inversão.
recorrível. • Coser: costurar, ligar, unir.
• Arresto: apreensão judicial, embargo: Os bens do traficante pre- • Cozer: cozinhar, preparar.
so foram todos arrestados. • Costear: navegar junto à costa, contornar. A fragata costeou i-
• Arrochar: apertar com arrocho, apertar muito. númeras praias do litoral baiano antes de partir para alto-mar.
• Arroxar: ou arroxear, roxear: tornar roxo. • Custear: pagar o custo de, prover, subsidiar. Qual a empresa
• Ás: exímio em sua atividade; carta do baralho. disposta a custear tal projeto?
• Az (p. us.): esquadrão, ala do exército. • Custar: valer, necessitar, ser penoso. Quanto custa o projeto?
• Atuar: agir, pôr em ação; pressionar. Custa-me crer que funcionará.
• Autuar: lavrar um auto; processar. • Deferir: consentir, atender, despachar favoravelmente, conceder.
• Auferir: obter, receber: Auferir lucros, vantagens. • Diferir: ser diferente, discordar; adiar, retardar, dilatar.
• Aferir: avaliar, cotejar, medir, conferir: Aferir valores, resultados. • Degradar: deteriorar, desgastar, diminuir, rebaixar.
• Augurar: prognosticar, prever, auspiciar: O Presidente augurou • Degredar: impor pena de degredo, desterrar, banir.
sucesso ao seu par americano. • Delatar (delação): denunciar, revelar crime ou delito, acusar: Os
• Agourar: pressagiar, predizer (geralmente no mau sentido): Os traficantes foram delatados por membro de quadrilha rival.
técnicos agouram desastre na colheita. • Dilatar (dilação): alargar, estender; adiar, diferir: A dilação do
• Avocar: atribuir-se, chamar: Avocou a si competências de ou- prazo de entrega das declarações depende de decisão do Diretor
trem. da Receita Federal.
• Evocar: lembrar, invocar: Evocou no discurso o começo de sua • Derrogar: revogar parcialmente (uma lei), anular.
carreira. • Derrocar: destruir, arrasar, desmoronar.
• Invocar: pedir (a ajuda de); chamar; proferir: Ao final do discurso, • Descrição: ato de descrever, representação, definição.
invocou a ajuda de Deus. • Discrição: discernimento, reserva, prudência, recato.
• Caçar: perseguir, procurar, apanhar (geralmente animais). • Descriminar: absolver de crime, tirar a culpa de.
• Cassar: tornar nulo ou sem efeito, suspender, invalidar. • Discriminar: diferençar, separar, discernir.
• Carear: atrair, ganhar, granjear. • Despensa: local em que se guardam mantimentos, depósito de
• Cariar: criar cárie. provisões.
• Carrear: conduzir em carro, carregar. • Dispensa: licença ou permissão para deixar de fazer algo a que
• Casual: fortuito, aleatório, ocasional. se estava obrigado; demissão.
• Causal: causativo, relativo a causa. • Despercebido: que não se notou, para o que não se atentou:
• Cavaleiro: que anda a cavalo, cavalariano. Apesar de sua importância, o projeto passou despercebido.
• Cavalheiro: indivíduo distinto, gentil, nobre. • Desapercebido: desprevenido, desacautelado: Embarcou para a
• Censo: alistamento, recenseamento, contagem. missão na Amazônia totalmente desapercebido dos desafios que
• Senso: entendimento, juízo, tino. lhe aguardavam.
• Cerrar: fechar, encerrar, unir, juntar. • Dessecar: secar bem, enxugar, tornar seco.
• Serrar: cortar com serra, separar, dividir. • Dissecar: analisar minuciosamente, dividir anatomicamente.
• Cessão: ato de ceder: A cessão do local pelo município tornou • Destratar: insultar, maltratar com palavras.
possível a realização da obra. • Distratar: desfazer um trato, anular.
• Seção: setor, subdivisão de um todo, repartição, divisão: Em qual • Distensão: ato ou efeito de distender, torção violenta dos liga-
seção do ministério ele trabalha? mentos de uma articulação.
• Sessão: espaço de tempo que dura uma reunião, um congresso; • Distinção: elegância, nobreza, boa educação: Todos devem por-
reunião; espaço de tempo durante o qual se realiza uma tarefa: A tar-se com distinção.
próxima sessão legislativa será iniciada em 1o de agosto. • Dissensão: desavença, diferença de opiniões ou interesses: A
• Chá: planta, infusão. dissensão sobre a matéria impossibilitou o acordo.
• Xá: antigo soberano persa. • Elidir: suprimir, eliminar.
• Cheque: ordem de pagamento à vista. • Ilidir: contestar, refutar, desmentir.
• Xeque: dirigente árabe; lance de xadrez; (fig.) perigo (pôr em xe- • Emenda: correção de falta ou defeito, regeneração, remendo: ao
que). torná-lo mais claro e objetivo, a emenda melhorou o projeto.
• Círio: vela de cera. • Ementa: apontamento, súmula de decisão judicial ou do objeto
• Sírio: da Síria. de uma lei. Procuro uma lei cuja ementa é "dispõe sobre a propri-
• Cível: relativo à jurisdição dos tribunais civis. edade industrial".
• Civil: relativo ao cidadão; cortês, polido (daí civilidade); não mili- • Emergir: vir à tona, manifestar-se.
tar nem, eclesiástico. • Imergir: mergulhar, afundar submergir), entrar.
• Colidir: trombar, chocar; contrariar: A nova proposta colide fron- • Emigrar: deixar o país para residir em outro.
talmente com o entendimento havido. • Imigrar: entrar em país estrangeiro para nele viver.
• Coligir: colecionar, reunir, juntar: As leis foram coligidas pelo Mi- • Eminente (eminência): alto, elevado, sublime.
nistério da Justiça. • Iminente (iminência): que está prestes a acontecer, pendente,
• Comprimento: medida, tamanho, extensão, altura. próximo.
• Cumprimento: ato de cumprir, execução completa; saudação. • Emitir (emissão): produzir, expedir, publicar.

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• Imitir (imissão): fazer entrar, introduzir, investir. • Locatário: alugador, inquilino: O locador reajustou o aluguel sem
• Empoçar: reter em poço ou poça, formar poça. a concordância do locatário.
• Empossar: dar posse a, tomar posse, apoderar-se. • Lustre: brilho, glória, fama; abajur.
• Encrostar: criar crosta. • Lustro: quinquênio; polimento.
• Incrustar: cobrir de crosta, adornar, revestir, prender-se, arraigar- • Magistrado: juiz, desembargador, ministro.
se. • Magistral: relativo a mestre (latim: magister); perfeito, completo;
• Entender: compreender, perceber, deduzir. exemplar.
• Intender: (p. us): exercer vigilância, superintender. • Mandado: garantia constitucional para proteger direito individual
• Enumerar: numerar, enunciar, narrar, arrolar. líquido e certo; ato de mandar; ordem escrita expedida por autori-
• Inúmero: inumerável, sem conta, sem número. dade judicial ou administrativa: um mandado de segurança, man-
• Espectador: aquele que assiste qualquer ato ou espetáculo, tes- dado de prisão.
temunha. • Mandato: autorização que alguém confere a outrem para praticar
• Expectador: que tem expectativa, que espera. atos em seu nome; procuração; delegação: o mandato de um de-
• Esperto: inteligente, vivo, ativo. putado, senador, do Presidente.
• Experto: perito, especialista. • Mandante: que manda; aquele que outorga um mandato.
• Espiar: espreitar, observar secretamente, olhar. • Mandatário: aquele que recebe um mandato, executor de man-
• Expiar: cumprir pena, pagar, purgar. dato, representante, procurador.
• Estada: ato de estar, permanência: Nossa estada em São Paulo • Mandatório: obrigatório.
foi muito agradável. • Obcecação: ato ou efeito de obcecar, teimosia, cegueira.
• Estadia: prazo para carga e descarga de navio ancorado em por- • Obsessão: impertinência, perseguição, ideia fixa.
to: O "Rio de Janeiro" foi autorizado a uma estadia de três dias. • Ordinal: numeral que indica ordem ou série (primeiro, segundo,
• Estância: lugar onde se está, morada, recinto. milésimo, etc.).
• Instância: solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo. • Ordinário: comum, frequente, trivial, vulgar.
• Estrato: cada camada das rochas estratificadas. • Original: com caráter próprio; inicial, primordial.
• Extrato: coisa que se extraiu de outra; pagamento, resumo, có- • Originário: que provém de, oriundo; inicial, primitivo.
pia; perfume. • Paço: palácio real ou imperial; a corte.
• Flagrante: ardente, acalorado; diz-se do ato que a pessoa é sur- • Passo: ato de avançar ou recuar um pé para andar; caminho, e-
preendida a praticar (flagrante delito). tapa.
• Fragrante: que tem fragrância ou perfume; cheiroso. • Pleito: questão em juízo, demanda, litígio, discussão: O pleito por
• Florescente: que floresce, próspero, viçoso. mais escolas na região foi muito bem formulado.
• Fluorescente: que tem a propriedade da fluorescência. • Preito: sujeição, respeito, homenagem: Os alunos renderam prei-
• Folhar: produzir folhas, ornar com folhagem, revestir lâminas. to ao antigo reitor.
• Folhear: percorrer as folhas de um livro, compulsar, consultar. • Preceder: ir ou estar adiante de, anteceder, adiantar-se.
• Incerto: não certo, indeterminado, duvidoso, variável. • Proceder: originar-se, derivar, provir; levar a efeito, executar.
• Inserto: introduzido, incluído, inserido. • Pós- (prefixo): posterior a, que sucede, atrás de, após: pós-
• Incipiente: iniciante, principiante. moderno, pós-operatório.
• Insipiente: ignorante, insensato. • Pré- (prefixo): anterior a, que precede, à frente de, antes de: pré-
modernista, pré-primário.
• Incontinente: imoderado, que não se contém, descontrolado.
• Pró (advérbio): em favor de, em defesa de. A maioria manifestou-
• Incontinenti: imediatamente, sem demora, logo, sem interrup-
se contra, mas dei meu parecer pró.
ção.
• Preeminente: que ocupa lugar elevado, nobre, distinto.
• Induzir: causar, sugerir, aconselhar, levar a: O réu declarou que
havia sido induzido a cometer o delito. • Proeminente: alto, saliente, que se alteia acima do que o circun-
da.
• Aduzir: expor, apresentar: A defesa, então, aduziu novas provas.
• Preposição: ato de prepor, preferência; palavra invariável que li-
• Inflação: ato ou efeito de inflar; emissão exagerada de moeda,
ga constituintes da frase.
aumento persistente de preços.
• Proposição: ato de propor, proposta; máxima, sentença; afirma-
• Infração: ato ou efeito de infringir ou violar uma norma.
tiva, asserção.
• Infligir: cominar, aplicar (pena, castigo, repreensão, derrota): O
• Presar: capturar, agarrar, apresar.
juiz infligiu pesada pena ao réu.
• Prezar: respeitar, estimar muito, acatar.
• Infringir: transgredir, violar, desrespeitar (lei, regulamento, etc.)
(cp. infração): A condenação decorreu de ter ele infringido um • Prescrever: fixar limites, ordenar de modo explícito, determinar;
sem número de artigos do Código Penal. ficar sem efeito, anular-se: O prazo para entrada do processo
prescreveu há dois meses.
• Inquerir: apertar (a carga de animais), encilhar.
• Proscrever: abolir, extinguir, proibir, terminar; desterrar. O uso de
• Inquirir: procurar informações sobre, indagar, investigar, interro-
várias substâncias psicotrópicas foi proscrito por recente portaria
gar.
do Ministro.
• Intercessão: ato de interceder.
• Prever: ver antecipadamente, profetizar; calcular: A assessoria
• Interse(c)ção: ação de se(c)cionar, cortar; ponto em que se en-
previu acertadamente o desfecho do caso.
contram duas linhas ou superfícies.
• Prover: providenciar, dotar, abastecer, nomear para cargo: O
• Inter- (prefixo): entre; preposição latina usada em locuções: inter
chefe do departamento de pessoal proveu os cargos vacantes.
alia (entre outros), inter pares (entre iguais).
• Provir: originar-se, proceder; resultar: A dúvida provém (Os erros
• Intra- (prefixo): interior, dentro de.
provêm) da falta de leitura.
• Judicial: que tem origem no Poder Judiciário ou que perante ele
• Prolatar: proferir sentença, promulgar.
se realiza.
• Protelar: adiar, prorrogar.
• Judiciário: relativo ao direito processual ou à organização da
• Ratificar: validar, confirmar, comprovar.
Justiça.
• Retificar: corrigir, emendar, alterar: A diretoria ratificou a decisão
• Liberação: ato de liberar, quitação de dívida ou obrigação.
após o texto ter sido retificado em suas passagens ambíguas.
• Libertação: ato de libertar ou libertar-se.
• Recrear: proporcionar recreio, divertir, alegrar.
• Lista: relação, catálogo; var. pop. de listra.
• Recriar: criar de novo.
• Listra: risca de cor diferente num tecido (var. pop. de lista).
• Reincidir: tornar a incidir, recair, repetir.
• Locador: que dá de aluguel, senhorio, arrendador.
• Rescindir: dissolver, invalidar, romper, desfazer: Como ele rein-

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cidiu no erro, o contrato de trabalho foi rescindido. SUFIXO


• Remição: ato de remir, resgate, quitação. É o elemento mórfico que vem depois do radical.
• Remissão: ato de remitir, intermissão, intervalo; perdão, expia- Exs.: med - onho cear – ense
ção.
• Repressão: ato de reprimir, contenção, impedimento, proibição.
• Repreensão: ato de repreender, enérgica admoestação, censura,
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
advertência.
• Ruço: grisalho, desbotado. A Língua Portuguesa, como qualquer língua viva, está sempre criando
• Russo: referente à Rússia, nascido naquele país; língua falada novas palavras. Para criar suas novas palavras, a língua recorre a vários
na Rússia. meios chamados processos de formação de palavras.
• Sanção: confirmação, aprovação; pena imposta pela lei ou por
contrato para punir sua infração. Os principais processos de formação das palavras são:
• Sansão: nome de personagem bíblico; certo tipo de guindaste.
• Sedento: que tem sede; sequioso (var. p. us.: sedente). DERIVAÇÃO
• Cedente: que cede, que dá. É a formação de uma nova palavra mediante o acréscimo de elementos
• Sobrescritar: endereçar, destinar, dirigir. à palavra já existente:
• Subscritar: assinar, subscrever. a) Por sufixação:
Acréscimo de um sufixo. Exs.: dent - ista , bel - íssimo.
• Sortir: variar, combinar, misturar.
b) Por prefixação :
• Surtir: causar, originar, produzir (efeito).
Acréscimo de um prefixo. Exs.: ab - jurar, ex - diretor.
• Subentender: perceber o que não estava claramente exposto; c) Por parassíntese:
supor. Acréscimo de um prefixo e um sufixo. Exs.: en-fur-ecer, en-tard-
• Subintender: exercer função de subintendente, dirigir. ecer.
• Subtender: estender por baixo. d) Derivação imprópria:
• Sustar: interromper, suspender; parar, interromper-se (sustar-se). Mudança das classes gramaticais das palavras.
• Suster: sustentar, manter; fazer parar, deter. Exs.: andar (verbo) - o andar (substantivo).
• Tacha: pequeno prego; mancha, defeito, pecha. contra (preposição) - o contra (substantivo).
• Taxa: espécie de tributo, tarifa. fantasma (substantivo) - o homem fantasma (adjetivo).
• Tachar: censurar, qualificar, acoimar: tachar alguém (tachá-lo) de oliveira (subst. comum) - Maria de Oliveira (subst. próprio).
subversivo.
• Taxar: fixar a taxa de; regular, regrar: taxar mercadorias. COMPOSIÇÃO
• Tapar: fechar, cobrir, abafar. É a formação de uma nova palavra, unindo-se palavras que já existem
• Tampar: pôr tampa em. na língua:
• Tenção: intenção, plano (deriv.: tencionar); assunto, tema. a) Por justaposição :
• Tensão: estado de tenso, rigidez (deriv.: tensionar); diferencial Nenhuma das palavras formadoras perde letra.
elétrico. Exs.: passatempo (= passa + tempo); tenente-coronel = tenente +
• Tráfego: trânsito de veículos, percurso, transporte. coronel).
• Tráfico: negócio ilícito, comércio, negociação. b) Por aglutinação:
• Trás: atrás, detrás, em seguida, após (cf. em locuções: de trás, Pelo menos uma das palavras perde letra.
por trás). Exs.: fidalgo (= filho + de + algo); embora (= em + boa + hora).
• Traz: 3a pessoa do singular do presente do indicativo do verbo
trazer. HIBRIDISMO
• Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam roupas. É a criação de uma nova palavra mediante a união de palavras de
• Vestuário: as roupas que se vestem, traje. origens diferentes.
• Vultoso: de grande vulto, volumoso.
• Vultuoso (p. us.): atacado de vultuosidade (congestão da face). Exs.: abreugrafia (português e grego), televisão (grego e latim),
zincografia (alemão e grego).
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS.
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: NOME
As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários PRONOME, VERBO, PREPOSIÇÕES E CONJUN-
elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das ÇÕES.
palavras.

Exs.: SUBSTANTIVOS
cinzeiro = cinza + eiro
endoidecer = en + doido + ecer
predizer = pre + dizer Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá
nome aos seres em geral.
Os principais elementos móficos são :
São, portanto, substantivos.
RADICAL a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra,
É o elemento mórfico em que está a ideia principal da palavra. Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado.
Exs.: amarelecer = amarelo + ecer b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres:
enterrar = en + terra + ar trabalho, corrida, tristeza beleza altura.
pronome = pro + nome
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espé-
PREFIXO cie: rio, cidade, pais, menino, aluno
É o elemento mórfico que vem antes do radical. b) PRÓPRIO - quando designa especificamente um determinado elemen-
Exs.: anti - herói in - feliz to. Os substantivos próprios são sempre grafados com inicial maiúscula:
Tocantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair.

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c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real ou não, flora - de vegetais de uma região
propriamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus
Verifique que é sempre possível visualizar em nossa mente o substanti- girândola - de fogos de artifício
vo concreto, mesmo que ele não possua existência real: casa, cadeira, horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros
caneta, fada, bruxa, saci. junta - de bois, médicos, de examinadores
d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, júri - de jurados
só existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo, legião - de anjos, de soldados, de demônios
pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos malta - de desordeiros
vão, portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como manada - de bois, de elefantes
seres: trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza. matilha - de cães de caça
Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou ad- ninhada - de pintos
jetivos nuvem - de gafanhotos, de fumaça
trabalhar - trabalho panapaná - de borboletas
correr - corrida pelotão - de soldados
alto - altura penca - de bananas, de chaves
belo - beleza pinacoteca - de pinturas
plantel - de animais de raça, de atletas
FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS quadrilha - de ladrões, de bandidos
a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua ramalhete - de flores
portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal. réstia - de alhos, de cebolas
b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa: récua - de animais de carga
florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro. romanceiro - de poesias populares
c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, resma - de papel
ódio, tempo, sol. revoada - de pássaros
d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de- súcia - de pessoas desonestas
colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol. vara - de porcos
vocabulário - de palavras
COLETIVOS
Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um gru-
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e
po de seres da mesma espécie.
grau.
Veja alguns coletivos que merecem destaque:
alavão - de ovelhas leiteiras Gênero
alcateia - de lobos Em Português, o substantivo pode ser do gênero masculino ou femi-
álbum - de fotografias, de selos nino: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta.
antologia - de trechos literários escolhidos
armada - de navios de guerra Podemos classificar os substantivos em:
armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc) a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas,
arquipélago - de ilhas uma para o masculino, outra para o feminino:
assembleia - de parlamentares, de membros de associações aluno/aluna homem/mulher
atilho - de espigas de milho menino /menina carneiro/ovelha
atlas - de cartas geográficas, de mapas Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas
banca - de examinadores pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo:
bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios
bando - de aves, de pessoal em geral padrinho/madrinha bode/cabra
cabido - de cônegos cavaleiro/amazona pai/mãe
cacho - de uvas, de bananas
cáfila - de camelos b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única
cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se
cancioneiro - de poemas, de canções em:
caravana - de viajantes 1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam
cardume - de peixes animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca.
clero - de sacerdotes Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, de-
colmeia - de abelhas vemos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré
concílio - de bispos fêmea
conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa 2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes
congregação - de professores, de religiosos que designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pe-
congresso - de parlamentares, de cientistas lo artigo, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estu-
conselho - de ministros dante, a estudante, este dentista.
consistório - de cardeais sob a presidência do papa 3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam
constelação - de estrelas pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por
corja - de vadios artigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o
elenco - de artistas cônjuge, a pessoa, a criatura.
enxame - de abelhas Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim:
enxoval - de roupas uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino.
esquadra - de navios de guerra
esquadrilha - de aviões AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero:
falange - de soldados, de anjos São masculinos São femininos
o anátema o grama (unidade de peso) a abusão a derme
farândola - de maltrapilhos o telefonema o dó (pena, compaixão) a aluvião a omoplata
fato - de cabras o teorema o ágape a análise a usucapião
fauna - de animais de uma região o trema o caudal a cal a bacanal
feixe - de lenha, de raios luminosos o edema o champanha a cataplasma a líbido

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o eclipse o alvará a dinamite a sentinela mestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres;


o lança-perfume o formicida a comichão a hélice
o fibroma o guaraná a aguardente
c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida de substan-
o estratagema o plasma tivo ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sóis;
o proclama o clã guarda-comida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-
viva, sempre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-
Mudança de Gênero com mudança de sentido mela, mela-melas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques)
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido.
2. Somente o primeiro elemento é flexionado:
Veja alguns exemplos: a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite, copos-de-
o cabeça (o chefe, o líder) a cabeça (parte do corpo) leite; pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-meia, pés-de-meia; burro-
o capital (dinheiro, bens) a capital (cidade principal) sem-rabo, burros-sem-rabo;
o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação transmissora) b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalida-
o moral (ânimo) a moral (parte da Filosofia, conclusão) de ou limitando a significação do primeiro: pombo-correio, pombos-
o lotação (veículo) a lotação (capacidade)
correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada;
o lente (o professor) a lente (vidro de aumento)
banana-maçã, bananas-maçã.
A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos: pombos-
Plural dos Nomes Simples correios, homens-rãs, navios-escolas, etc.
1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S:
casa, casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães. 3. Ambos os elementos são flexionados:
2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em: a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couves-
a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; cora- flores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartas-
ção, corações; grandalhão, grandalhões. compromissos.
b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião, b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amor-
guardiães. perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-
c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão, pálida, caras-pálidas.
cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos.
São invariáveis:
Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma for- a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o
ma de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charla- pisa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo;
tães; ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc. b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-não-
molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nem-
3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém, desocupa-o-copo;
armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns. c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o
4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar, perde-ganha, os perde-ganha.
lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso
hífens (ou hífenes). por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guarda-
Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones. marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, pa-
5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, dres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou
animais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis. salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate.
Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules.
6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil, Adjetivos Compostos
fósseis; réptil, répteis.
Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona.
Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril,
Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latino-
barris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis.
americanos; cívico-militar, cívico-militares.
7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos:
1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando
o pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tô-
o segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos
nicos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugue-
amarelo-ouro, paredes azul-piscina.
ses; burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases.
2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: sur-
São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também,
dos-mudos > surdas-mudas.
os substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o
3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-marinho.
ônix, os ônix.
8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o
substantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substanti- Graus do substantivo
vo primitivo: coração, coraçõezinhos; papelzinho, papeizinhos; cãozi- Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os
nho, cãezitos. quais podem ser: sintéticos ou analíticos.

Substantivos só usados no plural Analítico


afazeres anais Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuição do tama-
arredores belas-artes nho: boca pequena, prédio imenso, livro grande.
cãs condolências
confins exéquias
férias fezes
Sintético
Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apresentados.
núpcias óculos
olheiras pêsames
viveres copas, espadas, ouros e paus (naipes) Principais sufixos aumentativos
AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, ASTRO, ÁZIO,
Plural dos Nomes Compostos ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, grandalhão, corpanzil, caldeirão,
povaréu, bocarra, homenzarrão, poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, den-
tuça.
1. Somente o último elemento varia:
a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, aguardentes; cla-
Principais Sufixos Diminutivos
raboia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivém, vaivéns;
ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO,
b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-mestre, grão-

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ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho, sapatos marrom-escuros
montículo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flau- Observações:
tim, pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, 1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável:
camisa verde-abacate camisas verde-abacate
glóbulo, homúncula, apícula, velhusco.
sapato marrom-café sapatos marrom-café
blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro
Observações: 2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis:
• Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, ad- blusa azul-marinho blusas azul-marinho
camisa azul-celeste camisas azul-celeste
quirem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha,
3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos os elementos
etc. Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaréu, foga- variam:
réu, etc. menino surdo-mudo meninos surdos-mudos
• É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às palavras valor menina surda-muda meninas surdas-mudas
afetivo: Joãozinho, amorzinho, etc.
• Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é meramente Graus do Adjetivo
formal, pois não dão à palavra nenhum daqueles dois sentidos: car- As variações de intensidade significativa dos adjetivos podem ser ex-
taz, ferrão, papelão, cartão, folhinha, etc. pressas em dois graus:
• Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e di- - o comparativo
minutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, - o superlativo
bonzinho, pequenito.

Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desconexos. Em lu- Comparativo


gar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo artigo, apresentam radicais Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma
diferentes para designar o sexo: outra qualidade que o próprio ser possui, podemos concluir que ela é
bode - cabra genro - nora igual, superior ou inferior. Daí os três tipos de comparativo:
burro - besta padre - madre - Comparativo de igualdade:
carneiro - ovelha padrasto - madrasta O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral.
cão - cadela padrinho - madrinha Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente.
cavalheiro - dama pai - mãe - Comparativo de superioridade:
compadre - comadre veado - cerva O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro.
frade - freira zangão - abelha Este automóvel é mais confortável que (ou do que) econômico.
frei – soror etc. - Comparativo de inferioridade:
A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro.
Este automóvel é menos econômico que (ou do que) confortável.
ADJETIVOS
Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de inten-
FLEXÃO DOS ADJETIVOS sidade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo:
- Superlativo absoluto
Gênero Neste caso não comparamos a qualidade com a de outro ser:
Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser: Esta cidade é poluidíssima.
a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêne- Esta cidade é muito poluída.
ros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mu- - Superlativo relativo
lher simples; aluno feliz - aluna feliz. Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a
b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, a outros seres:
outra para o feminino: homem simpático / mulher simpática / ho- Este rio é o mais poluído de todos.
mem alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa Este rio é o menos poluído de todos.

Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é se- Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico:
melhante a dos substantivos. - Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade -
muito trabalhador, excessivamente frágil, etc.
Número - Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo) – anti-
a) Adjetivo simples quíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc.
Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os
substantivos simples: Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o compa-
pessoa honesta pessoas honestas rativo e o superlativo, as seguintes formas especiais:
regra fácil regras fáceis NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO
homem feliz homens felizes ABSOLUTO
Observação: os substantivos empregados como adjetivos ficam RELATIVO
invariáveis: bom melhor ótimo
blusa vinho blusas vinho melhor
camisa rosa camisas rosa mau pior péssimo
b) Adjetivos compostos pior
Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último e- grande maior máximo
lemento varia, tanto em gênero quanto em número: maior
acordos sócio-político-econômico pequeno menor mínimo
acordos sócio-político-econômicos menor
causa sócio-político-econômica
causas sócio-político-econômicas Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéticos:
acordo luso-franco-brasileiro
acordo luso-franco-brasileiros
acre - acérrimo ágil - agílimo
lente côncavo-convexa agradável - agradabilíssimo agudo - acutíssimo
lentes côncavo-convexas amargo - amaríssimo amável - amabilíssimo
camisa verde-clara amigo - amicíssimo antigo - antiquíssimo
camisas verde-claras áspero - aspérrimo atroz - atrocíssimo
sapato marrom-escuro audaz - audacíssimo benéfico - beneficentíssimo

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benévolo - benevolentíssimo capaz - capacíssimo As expressões de valor adjetivo, formadas de preposições mais subs-
célebre - celebérrimo cristão - cristianíssimo tantivos, chamam-se LOCUÇÕES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem
cruel - crudelíssimo doce - dulcíssimo ser substituídas por um adjetivo correspondente.
eficaz - eficacíssimo feroz - ferocíssimo
fiel - fidelíssimo frágil - fragilíssimo PRONOMES
frio - frigidíssimo humilde - humílimo (humildíssimo)
incrível - incredibilíssimo inimigo - inimicíssimo
íntegro - integérrimo jovem - juveníssimo Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa, que re-
livre - libérrimo magnífico - magnificentíssimo presenta ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do
magro - macérrimo maléfico - maleficentíssimo discurso. Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se
manso - mansuetíssimo miúdo - minutíssimo de pronome substantivo.
negro - nigérrimo (negríssimo) nobre - nobilíssimo • Ele chegou. (ele)
pessoal - personalíssimo pobre - paupérrimo (pobríssimo) • Convidei-o. (o)
possível - possibilíssimo preguiçoso - pigérrimo
próspero - prospérrimo provável - probabilíssimo Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a
público - publicíssimo pudico - pudicíssimo extensão de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo.
sábio - sapientíssimo sagrado - sacratíssimo • Esta casa é antiga. (esta)
salubre - salubérrimo sensível - sensibilíssimo • Meu livro é antigo. (meu)
simples – simplicíssimo tenro - tenerissimo
terrível - terribilíssimo tétrico - tetérrimo Classificação dos Pronomes
velho - vetérrimo visível - visibilíssimo Há, em Português, seis espécies de pronomes:
voraz - voracíssimo vulnerável - vuInerabilíssimo • pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas
de tratamento:
Adjetivos Gentílicos e Pátrios • possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões;
Argélia – argelino Bagdá - bagdali • demonstrativos: este, esse, aquele e flexões; isto, isso, aquilo;
Bizâncio - bizantino Bogotá - bogotano • relativos: o qual, cujo, quanto e flexões; que, quem, onde;
Bóston - bostoniano Braga - bracarense • indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vá-
Bragança - bragantino Brasília - brasiliense rios, tanto quanto, qualquer e flexões; alguém, ninguém, tudo, ou-
Bucareste - bucarestino, - Buenos Aires - portenho, buenairense trem, nada, cada, algo.
bucarestense Campos - campista • interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases
Cairo - cairota Caracas - caraquenho interrogativas.
Canaã - cananeu Ceilão - cingalês
Catalunha - catalão Chipre - cipriota PRONOMES PESSOAIS
Chicago - chicaguense Córdova - cordovês Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do dis-
Coimbra - coimbrão, conim- Creta - cretense curso:
bricense Cuiabá - cuiabano 1ª pessoa: quem fala, o emissor.
Córsega - corso EI Salvador - salvadorenho Eu sai (eu)
Croácia - croata Espírito Santo - espírito-santense, Nós saímos (nós)
Egito - egípcio capixaba Convidaram-me (me)
Equador - equatoriano Évora - eborense Convidaram-nos (nós)
Filipinas - filipino Finlândia - finlandês 2ª pessoa: com quem se fala, o receptor.
Florianópolis - florianopolitano Formosa - formosano Tu saíste (tu)
Fortaleza - fortalezense Foz do lguaçu - iguaçuense Vós saístes (vós)
Gabão - gabonês Galiza - galego Convidaram-te (te)
Genebra - genebrino Gibraltar - gibraltarino Convidaram-vos (vós)
Goiânia - goianense Granada - granadino 3ª pessoa: de que ou de quem se fala, o referente.
Groenlândia - groenlandês Guatemala - guatemalteco Ele saiu (ele)
Guiné - guinéu, guineense Haiti - haitiano Eles sairam (eles)
Himalaia - himalaico Honduras - hondurenho Convidei-o (o)
Hungria - húngaro, magiar Ilhéus - ilheense Convidei-os (os)
Iraque - iraquiano Jerusalém - hierosolimita
João Pessoa - pessoense Juiz de Fora - juiz-forense Os pronomes pessoais são os seguintes:
La Paz - pacense, pacenho Lima - limenho
Macapá - macapaense Macau - macaense NÚMERO PESSOA CASO RETO CASO OBLÍQUO
Maceió - maceioense Madagáscar - malgaxe singular 1ª eu me, mim, comigo
Madri - madrileno Manaus - manauense 2ª tu te, ti, contigo
Marajó - marajoara Minho - minhoto 3ª ele, ela se, si, consigo, o, a, lhe
Moçambique - moçambicano Mônaco - monegasco plural 1ª nós nós, conosco
2ª vós vós, convosco
Montevidéu - montevideano Natal - natalense 3ª eles, elas se, si, consigo, os, as, lhes
Normândia - normando Nova lguaçu - iguaçuano
Pequim - pequinês Pisa - pisano
Porto - portuense Póvoa do Varzim - poveiro PRONOMES DE TRATAMENTO
Quito - quitenho Rio de Janeiro (Est.) - fluminense Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tra-
Santiago - santiaguense Rio de Janeiro (cid.) - carioca tamento. Referem-se à pessoa a quem se fala, embora a concordância
São Paulo (Est.) - paulista Rio Grande do Norte - potiguar deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que, exceção feita a
São Paulo (cid.) - paulistano Salvador – salvadorenho, soteropolitano você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso.
Terra do Fogo - fueguino Toledo - toledano
Três Corações - tricordiano Rio Grande do Sul - gaúcho Veja, a seguir, alguns desses pronomes:
Tripoli - tripolitano Varsóvia - varsoviano PRONOME ABREV. EMPREGO
Veneza - veneziano Vitória - vitoriense Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Vossa Eminência V .Ema cardeais
Vossa Excelência V.Exa altas autoridades em geral
Locuções Adjetivas Vossa Magnificência V. Mag a reitores de universidades

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Vossa Reverendíssima V. Revma sacerdotes em geral me+o=mo me + os = mos


Vossa Santidade V.S. papas te+o=to te + os = tos
Vossa Senhoria V.Sa funcionários graduados lhe+o=lho lhe + os = lhos
Vossa Majestade V.M. reis, imperadores
nos + o = no-lo nos + os = no-los
vos + o = vo-lo vos + os = vo-los
São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vo-
lhes + o = lho lhes + os = lhos
cês.
A combinação também é possível com os pronomes oblíquos femini-
EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS nos a, as.
1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NÓS, VÓS, me+a=ma me + as = mas
ELES/ELAS) devem ser empregados na função sintática de sujeito. te+a=ta te + as = tas
Considera-se errado seu emprego como complemento: - Você pagou o livro ao livreiro?
Convidaram ELE para a festa (errado) - Sim, paguei-LHO.
Receberam NÓS com atenção (errado)
EU cheguei atrasado (certo) Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que
ELE compareceu à festa (certo) representa o livreiro) com O (que representa o livro).
2. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os
pronomes retos: 8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como
Convidei ELE (errado) complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas
Chamaram NÓS (errado) LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transiti-
Convidei-o. (certo) vos indiretos:
Chamaram-NOS. (certo) O menino convidou-a. (V.T.D )
3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de prepo- O filho obedece-lhe. (V.T. l )
sição, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se
correto seu emprego como complemento: Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões)
Informaram a ELE os reais motivos. aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como
Emprestaram a NÓS os livros. as construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento
Eles gostam muito de NÓS. de verbos transitivos diretos:
4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito. Considera-se Eu lhe vi ontem. (errado)
errado seu emprego como complemento: Nunca o obedeci. (errado)
Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado) Eu o vi ontem. (certo)
Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo) Nunca lhe obedeci. (certo)

Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas 9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar
de preposição, não se usam as formas retas EU e TU, mas as formas como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar,
oblíquas MIM e TI: sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse
Ninguém irá sem EU. (errado) infinitivo:
Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado) Deixei-o sair.
Ninguém irá sem MIM. (certo) Vi-o chegar.
Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo) Sofia deixou-se estar à janela.

Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desen-
TU mesmo precedidas por preposição: quando essas formas funcionam volvendo as orações reduzidas de infinitivo:
como sujeito de um verbo no infinitivo. Deixei-o sair = Deixei que ele saísse.
Deram o livro para EU ler (ler: sujeito) 10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos:
Deram o livro para TU leres (leres: sujeito) A mim, ninguém me engana.
A ti tocou-te a máquina mercante.
Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é o-
brigatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleo-
sujeito. nasmo vicioso e sim ênfase.
5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados
somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção 11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessi-
em que os referidos pronomes não sejam reflexivos: vo, exercendo função sintática de adjunto adnominal:
Querida, gosto muito de SI. (errado) Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro.
Preciso muito falar CONSIGO. (errado) Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos.
Querida, gosto muito de você. (certo)
Preciso muito falar com você. (certo) 12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para represen-
tar uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de
Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os modéstia:
pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos: Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchen-
Ele feriu-se tes.
Cada um faça por si mesmo a redação Vós sois minha salvação, meu Deus!
O professor trouxe as provas consigo
13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando
6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são utilizados nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA,
normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, quando falamos dessa pessoa:
tais pronomes devem ser substituídos pela forma analítica: Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois Vossa Excelência já aprovou os projetos?
Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vós próprios. Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração.

7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As 14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE,
combinações possíveis são as seguintes: VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (2ª

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pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como Diria-se (!?)


pronomes de terceira pessoa:
Você trouxe seus documentos?
O Pronome Átono nas Locuções Verbais
Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas.
1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir proclítico ou
enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo principal.
COLOCAÇÃO DE PRONOMES Podemos contar-lhe o ocorrido.
Em relação ao verbo, os pronomes átonos (ME, TE, SE, LHE, O, A, Podemos-lhe contar o ocorrido.
NÓS, VÓS, LHES, OS, AS) podem ocupar três posições: Não lhes podemos contar o ocorrido.
1. Antes do verbo - próclise O menino foi-se descontraindo.
Eu te observo há dias. O menino foi descontraindo-se.
2. Depois do verbo - ênclise O menino não se foi descontraindo.
Observo-te há dias. 2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclíti-
3. No interior do verbo - mesóclise co ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio.
Observar-te-ei sempre. "Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a
Descartes ."
Ênclise Tenho-me levantado cedo.
Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é Não me tenho levantado cedo.
a ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemen-
to direto ou indireto. O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o
O pai esperava-o na estação agitada. auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta.
Expliquei-lhe o motivo das férias. Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o
da colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na
Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a linguagem escrita.
ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos:
1. Quando o verbo iniciar a oração: PRONOMES POSSESSIVOS
Voltei-me em seguida para o céu límpido.
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribu-
2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa:
indo-lhes a posse de alguma coisa.
Como eu achasse muito breve, explicou-se.
3. Com o imperativo afirmativo:
Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” informa que o
Companheiros, escutai-me.
livro pertence a 1ª pessoa (eu)
4. Com o infinitivo impessoal:
A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um
Eis as formas dos pronomes possessivos:
destino na mesa.
1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS.
5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM:
2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS.
E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo.
3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS.
6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética.
1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS.
A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de
2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS.
meio franco.
3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS.
Próclise
Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à 3ª pessoa
Na linguagem culta, a próclise é recomendada:
(seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa do discurso (seu pai = o pai de
1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos,
você).
interrogativos e conjunções.
As crianças que me serviram durante anos eram bichos.
Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambi-
Tudo me parecia que ia ser comida de avião.
guidade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s).
Quem lhe ensinou esses modos?
Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele.
Quem os ouvia, não os amou.
A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles.
Que lhes importa a eles a recompensa?
Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio.
Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.
2. Nas orações optativas (que exprimem desejo):
Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos
Papai do céu o abençoe.
pronomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância.
A terra lhes seja leve.
Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as
3. Com o gerúndio precedido da preposição EM:
suas mãos).
Em se animando, começa a contagiar-nos.
Não me respeitava a adolescência.
Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse.
A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face.
4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja
O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos.
pausa entre eles.
Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova.
Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir:
Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra.
1. Cálculo aproximado, estimativa:
Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos
Mesóclise 2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma histó-
Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presen- ria
te e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não O nosso homem não se deu por vencido.
estejam precedidos de palavras que reclamem a próclise. Chama-se Falcão o meu homem
Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. 3. O mesmo que os indefinidos certo, algum
Dir-se-ia vir do oco da terra. Eu cá tenho minhas dúvidas
Cornélio teve suas horas amargas
Mas: 4. Afetividade, cortesia
Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris. Como vai, meu menino?
Jamais se diria vir do oco da terra. Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo
Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível:
Lembrarei-me (!?)

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No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de pa- falamos:


rentes de família. Um dia desses estive em Porto Alegre.
É assim que um moço deve zelar o nome dos seus? Comi naquele restaurante dia desses.
Podem os possessivos ser modificados por um advérbio de intensida- f) Para indicar aquilo que já mencionamos:
de. Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio.
Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está muito
não sabia o que dizer. distante.
3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se:
a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
á 3ª.
São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da
Aquele documento que lá está é teu?
coisa designada em relação à pessoa gramatical.
Aquilo que eles carregam pesa 5 kg.
b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante.
Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se encontra per-
Naquele instante estava preocupado.
to de mim a pessoa que fala. Por outro lado, “esse livro” indica que o livro
Daquele instante em diante modifiquei-me.
está longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; “aquele livro” indica
Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano, aquele
que o livro está longe de ambas as pessoas.
século, para exprimir que o tempo já decorreu.
4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas,
Os pronomes demonstrativos são estes: usa-se este (ou variações) para a última pessoa ou coisa e aquele (ou
ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa variações) para a primeira:
ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encontrava nervoso
AQUELE (e variações), próprio (e variações) e aquela tranquila.
MESMO (e variações), próprio (e variações) 5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposição DE,
SEMELHANTE (e variação), tal (e variação) pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural:
Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Rose?
Emprego dos Demonstrativos Com um frio destes não se pode sair de casa.
1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se: Nunca vi uma coisa daquelas.
a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que 6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quando têm cará-
fala). ter reforçativo:
Este documento que tenho nas mãos não é meu. Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos.
Isto que carregamos pesa 5 kg. Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas.
b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente: 7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO,
Este coração não pode me trair. ISSO ou AQUELE (e variações).
Esta alma não traz pecados. Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro.
Tudo se fez por este país.. O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres.
c) Para indicar o momento em que falamos: Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames.
Neste instante estou tranquilo. A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela não ama os
Deste minuto em diante vou modificar-me. homens superiores.
d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas próximo do 8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo instante:
momento em que falamos: A menina ia cair, nisto, o pai a segurou
Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile. 9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção DE ESTE,
Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem. ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO.
Um dia destes estive em Porto Alegre. Tal era a situação do país.
e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos extenso e no Não disse tal.
qual se inclui o momento em que falamos: Tal não pôde comparecer.
Nesta semana não choveu.
Neste mês a inflação foi maior. Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitu-
Este ano será bom para nós. des tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompa-
Este século terminará breve. nha QUE, formando a expressão que tal? (? que lhe parece?) em frases
f) Para indicar aquilo de que estamos tratando: como Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo
Este assunto já foi discutido ontem. DE QUAL ou OUTRO TAL:
Tudo isto que estou dizendo já é velho. Suas manias eram tais quais as minhas.
g) Para indicar aquilo que vamos mencionar: A mãe era tal quais as filhas.
Só posso lhe dizer isto: nada somos. Os filhos são tais qual o pai.
Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos. Tal pai, tal filho.
2. ESSE (e variações) e ISSO usam-se: É pronome substantivo em frases como:
a) Para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa (aquela com Não encontrarei tal (= tal coisa).
quem se fala): Não creio em tal (= tal coisa)
Esse documento que tens na mão é teu?
Isso que carregas pesa 5 kg. PRONOMES RELATIVOS
b) Para indicar o que está na 2ª pessoa ou que a abrange fisicamente: Veja este exemplo:
Esse teu coração me traiu. Armando comprou a casa QUE lhe convinha.
Essa alma traz inúmeros pecados.
Quantos vivem nesse pais? A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo
c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo de que casa é um pronome relativo.
desejamos distância:
O povo já não confia nesses políticos. PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam nomes já
Não quero mais pensar nisso. referidos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se relativos.
d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela 2ª pessoa: A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente.
Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde. No exemplo dado, o antecedente é casa.
O que você quer dizer com isso? Outros exemplos de pronomes relativos:
e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do momento em que Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos.

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O lugar onde paramos era deserto. nha e gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro
Traga tudo quanto lhe pertence. elas. Assim fiz. Morreram.”
Leve tantos ingressos quantos quiser. (Clarice Lispector)
Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso?
Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir:
Eis o quadro dos pronomes relativos: a) Estado:
Não sou alegre nem sou triste.
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS Sou poeta.
Masculino Feminino b) Mudança de estado:
o qual a qual quem Meu avô foi buscar ouro.
os quais as quais Mas o ouro virou terra.
cujo cujos cuja cujas que c) Fenômeno:
quanto quanta quantas onde Chove. O céu dorme.
quantos
VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de
Observações: estado e fenômeno, situando-se no tempo.
1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente,
vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL. FLEXÕES
O médico de quem falo é meu conterrâneo. O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de fle-
2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem xões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer
sempre um substantivo sem artigo. em si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica:
Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar? • a ação de cantar.
3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedi- • a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós).
dos de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, • o número gramatical (plural).
todas. • o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito).
Tenho tudo quanto quero. • o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido
Leve tantos quantos precisar. no passado (indicativo).
Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou. • que o sujeito pratica a ação (voz ativa).
4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a
EM QUE. Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz.
A casa onde (= em que) moro foi de meu avô. 1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural:
O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular).
Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural).
PRONOMES INDEFINIDOS 2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais:
Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de 1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser
modo vago, impreciso, indeterminado. a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço.
1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO, b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adorme-
SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO cemos.
Exemplos: 2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser
Algo o incomoda? a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces.
Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adorme-
Não faças a outrem o que não queres que te façam. ceis.
Quem avisa amigo é. 3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser
Encontrei quem me pode ajudar. a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela
Ele gosta de quem o elogia. adormece.
2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.:
CERTA CERTAS. Eles adormecem.
Cada povo tem seus costumes. 3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do
Certas pessoas exercem várias profissões. falante em relação ao fato que comunica. Há três modos em portu-
Certo dia apareceu em casa um repórter famoso. guês.
a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato.
PRONOMES INTERROGATIVOS A cachorra Baleia corria na frente.
Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato.
de modo impreciso à 3ª pessoa do discurso. Talvez a cachorra Baleia corra na frente .
Exemplos: c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um
Que há? pedido
Que dia é hoje? Corra na frente, Baleia.
Reagir contra quê? 4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no
Por que motivo não veio? tempo, em relação ao momento em que se fala. Os três tempos bási-
Quem foi? cos são:
Qual será? a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala:
Quantos vêm? Fecho os olhos, agito a cabeça.
Quantas irmãs tens? b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele
em que se fala:
Fechei os olhos, agitei a cabeça.
VERBO c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala:
Fecharei os olhos, agitarei a cabeça.
CONCEITO O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o
“As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situando- presente.
as no tempo.
Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a Veja o esquema dos tempos simples em português:
receita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, fari- Presente (falo)

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INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei) O VERBO HAVER (empregado impessoalmente)


Imperfeito (falava) O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente
Mais- que-perfeito (falara) na 3ª pessoa do singular - quando significa:
Futuro do presente (falarei) 1) EXISTIR
do pretérito (falaria) Há pessoas que nos querem bem.
Presente (fale) Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá.
SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse) Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios.
Futuro (falar) Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.
2) ACONTECER, SUCEDER
Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que Houve casos difíceis na minha profissão de médico.
se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esque- Não haja desavenças entre vós.
ma dos tempos simples. Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos.
Infinitivo impessoal (falar) 3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado:
Pessoal (falar eu, falares tu, etc.) Há meses que não o vejo.
FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando) Haverá nove dias que ele nos visitou.
Particípio (falado) Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava.
5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser: O fato aconteceu há cerca de oito meses.
a) agente do fato expresso. Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no
O carroceiro disse um palavrão. pretérito imperfeito, e não no presente:
(sujeito agente) Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada.
O verbo está na voz ativa. Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos.
b) paciente do fato expresso: Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo.
Um palavrão foi dito pelo carroceiro. Havia (e não HÁ) muito tempo que a policia o procurava.
(sujeito paciente) 4) REALIZAR-SE
O verbo está na voz passiva. Houve festas e jogos.
c) agente e paciente do fato expresso: Se não chovesse, teria havido outros espetáculos.
O carroceiro machucou-se. Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.
(sujeito agente e paciente) 5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e
O verbo está na voz reflexiva. seguido de infinitivo):
6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de Em pontos de ciência não há transigir.
rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical. Não há contê-lo, então, no ímpeto.
Falo - Estudam. Não havia descrer na sinceridade de ambos.
Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas.
fora do radical. E não houve convencê-lo do contrário.
Falamos - Estudarei. Não havia por que ficar ali a recriminar-se.
7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em:
a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de
conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto - há muito (= desde muito tempo, há muito tempo):
cantei - cantarei – cantava - cantasse. De há muito que esta árvore não dá frutos.
b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou De há muito não o vejo.
nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse.
c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa, O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com
como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fe- ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª
nômenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc. pessoa do singular:
d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o Vai haver eleições em outubro.
mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no particípio: Começou a haver reclamações.
matado - morto - enxugado - enxuto. Não pode haver umas sem as outras.
e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua Parecia haver mais curiosos do que interessados.
conjugação. Mas haveria outros defeitos, devia haver outros.
verbo ser: sou - fui
verbo ir: vou - ia A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser
construída de três modos:
QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO Hajam vista os livros desse autor.
1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou Haja vista os livros desse autor.
explícito. Quase todos os verbos são pessoais. Haja vista aos livros desse autor.
O Nino apareceu na porta.
2. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer sujeito CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA
implícito ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impes- Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o
soais: sentido da frase.
a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar, Exemplo:
etc. Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa)
Garoava na madrugada roxa. A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva)
b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer:
Houve um espetáculo ontem. Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ati-
Há alunos na sala. va passará a agente da passiva e o verbo assumirá a forma passiva,
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos conservando o mesmo tempo.
claros.
c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico. Outros exemplos:
Fazia dois anos que eu estava casado. Os calores intensos provocam as chuvas.
Faz muito frio nesta região? As chuvas são provocadas pelos calores intensos.
Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.

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Todos te louvariam. e) Pretérito Perfeito


Serias louvado por todos. Emprega-se o pretérito perfeito composto do subjuntivo para apontar
Prejudicaram-me. um fato passado, mas incerto, hipotético, duvidoso (que são, afinal, as
Fui prejudicado. características do modo subjuntivo).
Condenar-te-iam. Que tenha estudado bastante é o que espero.
Serias condenado. d) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretérito mais-que-
perfeito do subjuntivo para indicar um fato passado em relação a ou-
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS tro fato passado, sempre de acordo com as regras típicas do modo
a) Presente subjuntivo:
Emprega-se o presente do indicativo para assinalar: Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a prova tranqui-
- um fato que ocorre no momento em que se fala. lamente.
Eles estudam silenciosamente. e) Futuro
Eles estão estudando silenciosamente. Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro já
- uma ação habitual. concluído em relação a outro fato futuro.
Corra todas as manhãs. Quando eu voltar, saberei o que fazer.
- uma verdade universal (ou tida como tal):
O homem é mortal.
VERBOS AUXILIARES
A mulher ama ou odeia, não há outra alternativa.
- fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretérito para dar
INDICATIVO
maior realce à narrativa.
Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Espírito das Leis". SER ESTAR TER HAVER
PRESENTE
É o chamado presente histórico ou narrativo. sou estou tenho hei
- fatos futuros não muito distantes, ou mesmo incertos: és estás tens hás
Amanhã vou à escola. é está tem há
Qualquer dia eu te telefono. somos estamos temos havemos
b) Pretérito Imperfeito sois estais tendes haveis
são estão têm hão
Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para designar: PRETÉRITO PERFEITO
- um fato passado contínuo, habitual, permanente: era estava tinha havia
Ele andava à toa. eras estavas tinhas havias
Nós vendíamos sempre fiado. era estava tinha havia
- um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É o que éramos estávamos tínhamos havíamos
éreis estáveis tínheis havíes
ocorre por exemplo, no inicio das fábulas, lendas, histórias infantis. eram estavam tinham haviam
Era uma vez... PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES
- um fato presente em relação a outro fato passado. fui estive tive houve
Eu lia quando ele chegou. foste estiveste tiveste houveste
foi esteve teve houve
c) Pretérito Perfeito
fomos estivemos tivemos houvemos
Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir um fato já fostes estivestes tivestes houvestes
ocorrido, concluído. foram estiveram tiveram houveram
Estudei a noite inteira. PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se prolonga até tenho sido tenho estado tenho tido tenho havido
tens sido tens estado tens tido tens havido
o momento presente.
tem sido tem estado tem tido tem havido
Tenho estudado todas as noites. temos sido temos estado temos tido temos havido
d) Pretérito mais-que-perfeito tendes sido tendes estado tendes tido tendes havido
Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação passada em têm sido têm estado têm tido têm havido
relação a outro fato passado (ou seja, é o passado do passado): PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES
fora estivera tivera houvera
A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou. foras estiveras tiveras houveras
e) Futuro do Presente fora estivera tivera houvera
Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato fôramos estivéramos tivéramos houvéramos
futuro em relação ao momento em que se fala. fôreis estivéreis tivéreis houvéreis
Irei à escola. foram estiveram tiveram houveram
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO
f) Futuro do Pretérito tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham (+sido, estado, tido , havido)
Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar: FUTURO DO PRESENTE SIMPLES
- um fato futuro, em relação a outro fato passado. serei estarei terei haverei
- Eu jogaria se não tivesse chovido. serás estarás terás haverá
- um fato futuro, mas duvidoso, incerto. será estará terá haverá
seremos estaremos teremos haveremos
- Seria realmente agradável ter de sair? sereis estareis tereis havereis
Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica polidez e às serão estarão terão haverão
vezes, ironia. FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO
- Daria para fazer silêncio?! terei, terás, terá, teremos, tereis, terão, (+sido, estado, tido, havido)
FUTURO DO
PRETÉRITO
Modo Subjuntivo SIMPLES
a) Presente seria estaria teria haveria
Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar: serias estarias terias haverias
- um fato presente, mas duvidoso, incerto. seria estaria teria haveria
seríamos estaríamos teríamos haveríamos
Talvez eles estudem... não sei. serieis estaríeis teríeis haveríeis
- um desejo, uma vontade: seriam estariam teriam haveriam
Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos professores. FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO
b) Pretérito Imperfeito teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam (+ sido, estado, tido, havido)
Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma PRESENTE SUBJUNTIVO
seja esteja tenha haja
hipótese, uma condição. sejas estejas tenhas hajas
Se eu estudasse, a história seria outra. seja esteja tenha haja
Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo. sejamos estejamos tenhamos hajamos

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sejais estejais tenhais hajais tenho, tens, tem, temos, tendes, têm (+ cantado, vendido, partido)
sejam estejam tenham hajam PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO SIMPLES
PRETÉRITO IMPERFEITO SIMPLES cantara vendera partira
fosse estivesse tivesse houvesse cantaras venderas partiras
fosses estivesses tivesses houvesses cantara vendera partira
fosse estivesse tivesse houvesse cantáramos vendêramos partíramos
fôssemos estivéssemos tivéssemos houvéssemos cantáreis vendêreis partíreis
fôsseis estivésseis tivésseis houvésseis cantaram venderam partiram
fossem estivessem tivessem houvessem PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham (+ cantando, vendido, partido)
tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham (+ sido, estado, tido, Obs.: Também se conjugam com o auxiliar haver.
havido) FUTURO DO PRESENTE SIMPLES
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO cantarei venderei partirei
tivesse, tivesses, tivesses, tivéssemos, tivésseis, tivessem ( + sido, cantarás venderás partirás
estado, tido, havido) cantará venderá partirá
FUTURO SIM- cantaremos venderemos partiremos
PLES cantareis vendereis partireis
se eu for se eu estiver se eu tiver se eu houver cantarão venderão partirão
se tu fores se tu estiveres se tu tiveres se tu houveres FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO
se ele for se ele estiver se ele tiver se ele houver terei, terás, terá, teremos, tereis, terão (+ cantado, vendido, partido)
se nós formos se nós estiver- se nós tivermos se nós hou- Obs.: Também se conjugam com o auxiliar haver.
mos vermos FUTURO DO PRETÉRITO SIMPLES
se vós fordes se vós estiver- se vós tiverdes se vós houver- cantaria venderia partiria
des des cantarias venderias partirias
se eles forem se eles estive- se eles tiverem se eles houve- cantaria venderia partiria
rem rem cantaríamos venderíamos partiríamos
FUTURO COMPOSTO cantaríeis venderíeis partiríeis
tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem (+sido, estado, tido, havido) cantariam venderiam partiriam
AFIRMATIVO IMPERATIVO FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO
sê tu está tu tem tu há tu teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam (+ cantado, vendido, partido)
seja você esteja você tenha você haja você FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO
sejamos nós estejamos nós tenhamos nós hajamos nós teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam, (+ cantado, vendido, partido)
sede vós estai vós tende vós havei vós Obs.: também se conjugam com o auxiliar haver.
sejam vocês estejam vocês tenham vocês hajam vocês PRESENTE SUBJUNTIVO
NEGATIVO cante venda parta
não sejas tu não estejas tu não tenhas tu não hajas tu cantes vendas partas
não seja você não esteja você não tenha você não haja você cante venda parta
não sejamos nós não estejamos não tenhamos não hajamos cantemos vendamos partamos
nós nós nós canteis vendais partais
não sejais vós não estejais não tenhais vós não hajais vós cantem vendam partam
vós PRETÉRITO IMPERFEITO
não sejam vocês não estejam não tenham não hajam cantasse vendesse partisse
vocês vocês vocês cantasses vendesses partisses
IMPESSOAL INFINITIVO cantasse vendesse partisse
ser estar ter haver cantássemos vendêssemos partíssemos
IMPESSOAL COMPOSTO cantásseis vendêsseis partísseis
Ter sido ter estado ter tido ter havido cantassem vendessem partissem
PESSOAL PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
ser estar ter haver tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham (+ cantado, vendido, partido)
seres estares teres haveres Obs.: também se conjugam com o auxiliar haver.
ser estar ter haver FUTURO SIMPLES
sermos estarmos termos havermos cantar vender partir
serdes estardes terdes haverdes cantares venderes partires
serem estarem terem haverem cantar vender partir
SIMPLES GERÚNDIO cantarmos vendermos partimos
sendo estando tendo havendo cantardes venderdes partirdes
COMPOSTO cantarem venderem partirem
tendo sido tendo estado tendo tido tendo havido FUTURO COMPOSTO
PARTICÍPIO tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem (+ cantado, vendido, partido)
sido estado tido havido AFIRMATIVO IMPERATIVO
canta vende parte
CONJUGAÇÕES VERBAIS cante venda parta
cantemos vendamos partamos
cantai vendei parti
INDICATIVO cantem vendam partam
PRESENTE NEGATIVO
canto vendo parto não cantes não vendas não partas
cantas vendes partes não cante não venda não parta
canta vende parte não cantemos não vendamos não partamos
cantamos vendemos partimos não canteis não vendais não partais
cantais vendeis partis não cantem não vendam não partam
cantam vendem partem
PRETÉRITO IMPERFEITO
cantava vendia partia INFINITIVO IMPESSOAL SIMPLES
cantavas vendias partias
cantava vendia partia PRESENTE
cantávamos vendíamos partíamos cantar vender partir
cantáveis vendíeis partíeis INFINITIVO PESSOAL SIMPLES - PRESENTE FLEXIONADO
cantavam vendiam partiam cantar vender partir
PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES cantares venderes partires
cantei vendi parti cantar vender partir
cantaste vendeste partiste cantarmos vendermos partirmos
cantou vendeu partiu cantardes venderdes partirdes
cantamos vendemos partimos cantarem venderem partirem
cantastes vendestes partistes INFINITIVO IMPESSOAL COMPOSTO - PRETÉRITO IMPESSOAL
cantaram venderam partiram ter (ou haver), cantado, vendido, partido
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO INFINITIVO PESSOAL COMPOSTO - PRETÉRITO PESSOAL

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ter, teres, ter, termos, terdes, terem (+ cantado, vendido, partido)


GERÚNDIO SIMPLES - PRESENTE DIZER
cantando vendendo partindo Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem
GERÚNDIO COMPOSTO - PRETÉRITO Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram
tendo (ou havendo), cantado, vendido, partido Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, disseram
PARTICÍPIO Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão
Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam
cantado vendido partido
Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam
Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, dissesse
Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem
VERBOS IRREGULARES Particípio dito
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer
DAR
Presente do indicativo dou, dás, dá, damos, dais, dão FAZER
Pretérito perfeito dei, deste, deu, demos, destes, deram Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem
Pretérito mais-que-perfeito dera, deras, dera, déramos, déreis, deram Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram
Presente do subjuntivo dê, dês, dê, demos, deis, dêem Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram
Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão
Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam
Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam
MOBILIAR Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam
Presente do indicativo mobilio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobiliam Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem
Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobiliem Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem
Imperativo mobília, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer
AGUAR PERDER
Presente do indicativo águo, águas, água, aguamos, aguais, águam Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem
Pretérito perfeito aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam
Presente do subjuntivo águe, agues, ague, aguemos, agueis, águem Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam
MAGOAR PODER
Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem
Pretérito perfeito magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoaram Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam
Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam
Conjugam-se como magoar, abençoar, abotoar, caçoar, voar e perdoar Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, puderam
Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam
APIEDAR-SE Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, pudessem
Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiada-se, apiedamo-nos, apiedais-vos, Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem
apiadam-se Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem
Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiade-se, apiedemo-nos, apiedei-vos, Gerúndio podendo
apiedem-se Particípio podido
Nas formas rizotônicas, o E do radical é substituído por A O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperativo
negativo
MOSCAR
Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam PROVER
Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, musquem Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem
Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam
Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram
RESFOLEGAR Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram
Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais, resfolgam Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão
Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis, resfolguem Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam
Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam
Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam
NOMEAR Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, proves-
Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam sem
Pretérito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis, nomea- Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem
vam Gerúndio provendo
Pretérito perfeito nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomearam Particípio provido
Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem
Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem QUERER
Conjugam-se como nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem
Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram
COPIAR Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram
Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram
Pretérito imperfeito copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis, quisessem
Pretérito mais-que-perfeito copiara, copiaras, copiara, copiáramos, copiáreis, copiaram Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem
Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem
Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem REQUERER
Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem
ODIAR Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste, requereram
Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos, requerereis,
Pretérito imperfeito odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam requereram
Pretérito perfeito odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis,
Pretérito mais-que-perfeito odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, odiaram requererão
Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requereríeis,
Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar requereriam
Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram
CABER Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram
Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerês-
Pretérito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam seis, requeressem,
Pretérito mais-que-perfeito
coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis, couberam Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, reque-
Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam rem
Imperfeito do subjuntivo
coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, Gerúndio requerendo
coubessem Particípio requerido
Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem O verbo REQUERER não se conjuga como querer.
O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperativo
negativo REAVER
Presente do indicativo reavemos, reaveis
CRER Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram
Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouve-
Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam ram
Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis,
Conjugam-se como crer, ler e descrer reouvessem

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Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados.
O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresenta a letra v
MENTIR
SABER Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem
Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam
Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam
Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis, souberam Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir.
Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam
Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, FUGIR
soubessem Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam
Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam
VALER
Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem IR
Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão
Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam
Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram
TRAZER Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram
Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão
Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam
Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão
Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, trouxéreis, trouxeram Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão
Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão
Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem
Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem
Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem
Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, Gerúndio indo
trouxessem Particípio ido
Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem
Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem OUVIR
Gerúndio trazendo Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem
Particípio trazido Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam
Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
VER Particípio ouvido
Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem
Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram PEDIR
Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem
Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram
Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam
Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam
Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir
Particípio visto
POLIR
ABOLIR Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem
Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam
Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam
Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram
Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis, aboliram REMIR
Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem
Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam
Presente do subjuntivo não há
Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis, abolissem RIR
Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem
Imperativo afirmativo abole, aboli Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam
Imperativo negativo não há Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram
Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
Infinitivo impessoal abolir Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão
Gerúndio abolindo Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam
Particípio abolido Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam
O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I. Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam
Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem
AGREDIR Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam Gerúndio rindo
Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam Particípio rido
Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I. Conjuga-se como rir: sorrir

COBRIR VIR
Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm
Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham
Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram
Particípio coberto Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram
Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão
Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam
FALIR Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham
Presente do indicativo falimos, falis Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham
Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem
Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem
Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão Gerúndio vindo
Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam Particípio vindo
Presente do subjuntivo não há Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir
Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem
Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem SUMIR
Imperativo afirmativo fali (vós) Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Imperativo negativo não há Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam
Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam
Gerúndio falindo Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir
Particípio falido

FERIR ADVÉRBIO
Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem
Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam

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Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad-


vérbio, exprimindo uma circunstância. Algarismos Numerais
Romanos Arábicos Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
Os advérbios dividem-se em: I 1 um primeiro simples -
II 2 dois segundo duplo meio
1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures, dobro
nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, a- III 3 três terceiro tríplice terço
vante, através, defronte, aonde, etc. IV 4 quatro quarto quádruplo quarto
V 5 cinco quinto quíntuplo quinto
2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre, VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto
nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve, VII 7 sete sétimo sétuplo sétimo
brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc. VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo
3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior, IX 9 nove nono nônuplo nono
X 10 dez décimo décuplo décimo
melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc. XI 11 onze décimo primeiro onze avos
4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, XII 12 doze décimo segundo doze avos
demasiado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tan- XIII 13 treze décimo terceiro treze avos
to, bem, mal, quase, apenas, etc. XIV 14 quatorze décimo quarto quatorze avos
XV 15 quinze décimo quinto quinze avos
5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efefivamente, etc. XVI 16 dezesseis décimo sexto dezesseis avos
6) NEGAÇÃO: não. XVII 17 dezessete décimo sétimo dezessete avos
7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto, XVIII 18 dezoito décimo oitavo dezoito avos
XIX 19 dezenove décimo nono dezenove avos
provavelmente, etc. XX 20 vinte vigésimo vinte avos
XXX 30 trinta trigésimo trinta avos
Há Muitas Locuções Adverbiais XL 40 quarenta quadragésimo quarenta avos
L 50 cinquenta quinquagésimo cinquenta avos
1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à LX 60 sessenta sexagésimo sessenta avos
entrada, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc. LXX 70 setenta septuagésimo setenta avos
2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos
noite, às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por XC 90 noventa nonagésimo noventa avos
C 100 cem centésimo centésimo
fim, de repente, de vez em quando, de longe em longe, etc. CC 200 duzentos ducentésimo ducentésimo
3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo
bom grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, CD 400 quatrocentos quadringentésimo quadringentésimo
D 500 quinhentos quingentésimo quingentésimo
em geral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a DC 600 seiscentos sexcentésimo sexcentésimo
olhos vistos, de propósito, de súbito, por um triz, etc. DCC 700 setecentos septingentésimo septingentésimo
4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máqui- DCCC 800 oitocentos octingentésimo octingentésimo
CM 900 novecentos nongentésimo nongentésimo
na, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc. M 1000 mil milésimo milésimo
5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc.
6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma, Emprego do Numeral
etc. Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc.
7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc. empregam-se de 1 a 10 os ordinais.
João Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro)
Advérbios Interrogativos Luis X (décimo) ano I (primeiro)
Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como? Pio lX (nono) século lV (quarto)
Palavras Denotativas De 11 em diante, empregam-se os cardinais:
Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, Leão Xlll (treze) ano Xl (onze)
terão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão, Pio Xll (doze) século XVI (dezesseis)
situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc. Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte)
1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc.
2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc. Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal.
3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc. XX Salão do Automóvel (vigésimo)
4) DE DESIGNAÇÃO - eis. VI Festival da Canção (sexto)
5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc. lV Bienal do Livro (quarta)
6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc. XVI capítulo da telenovela (décimo sexto)
Você lá sabe o que está dizendo, homem...
Mas que olhos lindos! Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao
Veja só que maravilha! emprego do ordinal.
Hoje é primeiro de setembro
NUMERAL Não é aconselhável iniciar período com algarismos
16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia
Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração.
A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos or-
O numeral classifica-se em: dinais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e
- cardinal - quando indica quantidade. dois (= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam
- ordinal - quando indica ordem. nesse caso porque está subentendida a palavra número. Casa número
- multiplicativo - quando indica multiplicação. vinte e um, página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever
- fracionário - quando indica fracionamento. também: a folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense,
vemos o numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.
Exemplos:
Silvia comprou dois livros. ARTIGO
Antônio marcou o primeiro gol.
Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço.
Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determi-
O galinheiro ocupava um quarto da quintal.
ná-los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número.
QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS Dividem-se em

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• definidos: O, A, OS, AS Os livros não só instruem mas também divertem.


• indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS. As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polini-
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular. zam as flores.
Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado). 2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, com-
pensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, a-
geral. pesar disso, em todo caso.
Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, inde- Querem ter dinheiro, mas não trabalham.
terminado). Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia.
Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce.
lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido. A culpa não a atribuo a vós, senão a ele.
O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula.
O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado.
CONJUNÇÃO Você já sabe bastante, porém deve estudar mais.
Eu sou pobre, ao passo que ele é rico.
Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações. Hoje não atendo, em todo caso, entre.
3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou ... ou,
Coniunções Coordenativas ora ... ora, já ... já, quer ... quer, etc.
1) ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc. Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos.
2) ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no Ou você estuda ou arruma um emprego.
entanto, etc. Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo.
3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer, etc. Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando.
4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por consequência. "Já chora, já se ri, já se enfurece."
5) EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque, pois, etc. (Luís de Camões)
4) Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, portanto, por
Conjunções Subordinativas conseguinte, pois (posposto ao verbo), por isso.
1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc. As árvores balançam, logo está ventando.
2) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc. Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável.
3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc. O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te.
4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc. 5) Explicativas, que precedem uma explicação, um motivo: que,
5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, porque, porquanto, pois (anteposto ao verbo).
etc. Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem
6) INTEGRANTES: que, se, etc. causar incêndios.
7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc. Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas.
8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, de
forma que, de modo que, etc. Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adver-
9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto mais, sativo:
etc. Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam.
10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc. "Quis dizer mais alguma coisa a não pôde."
(Jorge Amado)
VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES
Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma
Examinemos estes exemplos: à outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações
1º) Tristeza e alegria não moram juntas. que traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição
2º) Os livros ensinam e divertem. ou hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo).
3º) Saímos de casa quando amanhecia. Abrangem as seguintes classes:
1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como,
No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração: já que, uma vez que, desde que.
é uma conjunção. O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa:
efeito).
No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão ligan- Como estivesse de luto, não nos recebeu.
do orações: são também conjunções. Desde que é impossível, não insistirei.
2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como,
Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que,
mesma oração. (tanto) quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o
mesmo que (= como).
No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma depen- Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento.
da da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por isso, a O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa.
conjunção E é coordenativa. "Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias."
(Paulo Mendes Campos)
No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma à "Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa."
outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjunção (Antônio Olavo Pereira)
QUANDO é subordinativa. "E pia tal a qual a caça procurada."
(Amadeu de Queirós)
As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinativas. "Por que ficou me olhando assim feito boba?"
(Carlos Drummond de Andrade)
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas.
As conjunções coordenativas podem ser: Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero.
1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas Os governantes realizam menos do que prometem.
também, mas ainda, senão também, como também, bem como. 3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que,
O agricultor colheu o trigo e o vendeu. ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito
Não aprovo nem permitirei essas coisas.
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que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, portanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no
sem que (= embora não). contexto. Assim, a conjunção que pode ser:
Célia vestia-se bem, embora fosse pobre. 1) Aditiva (= e):
A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer. Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai.
Beba, nem que seja um pouco. A nós que não a eles, compete fazê-lo.
Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo. 2) Explicativa (= pois, porque):
Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse. Apressemo-nos, que chove.
Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas 3) Integrante:
afirmações. Diga-lhe que não irei.
Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite. 4) Consecutiva:
4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que Tanto se esforçou que conseguiu vencer.
(= se não), a não ser que, a menos que, dado que. Não vão a uma festa que não voltem cansados.
Ficaremos sentidos, se você não vier. Onde estavas, que não te vi?
Comprarei o quadro, desde que não seja caro. 5) Comparativa (= do que, como):
Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo. A luz é mais veloz que o som.
"Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a me- Ficou vermelho que nem brasa.
nos que os mosquitos se opusessem." 6) Concessiva (= embora, ainda que):
(Ferreira de Castro) Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito tempo.
5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas Beba, um pouco que seja.
não são como (ou conforme) dizem. 7) Temporal (= depois que, logo que):
"Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar." Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel.
(Machado de Assis) 8) Final (= pare que):
6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, Vendo-me à janela, fez sinal que descesse.
tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de 9) Causal (= porque, visto que):
forma que, de maneira que, sem que, que (não). "Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (Vival-
Minha mão tremia tanto que mal podia escrever. do Coaraci)
Falou com uma calma que todos ficaram atônitos. A locução conjuntiva sem que, pode ser, conforme a frase:
Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) não saí. 1) Concessiva: Nós lhe dávamos roupa a comida, sem que ele pe-
Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam. disse. (sem que = embora não)
Não podem ver um brinquedo que não o queiram comprar. 2) Condicional: Ninguém será bom cientista, sem que estude mui-
7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que). to. (sem que = se não,caso não)
Afastou-se depressa para que não o víssemos. 3) Consecutiva: Não vão a uma festa sem que voltem cansados.
Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendesse. (sem que = que não)
Fiz-lhe sinal que se calasse. 4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de modo que não)
8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quan-
to mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
(tanto mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto.
À medida que se vive, mais se aprende. PREPOSIÇÃO
À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve.
Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo.
Os soldados respondiam, à medida que eram chamados. Preposições são palavras que estabelecem um vínculo entre dois
termos de uma oração. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o
Observação: segundo, um subordinado ou consequente.
São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medi-
da que e na medida em que. A forma correta é à medida que: Exemplos:
"À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem." Chegaram a Porto Alegre.
(Maria José de Queirós) Discorda de você.
Fui até a esquina.
9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre Casa de Paulo.
que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora
que, etc. Preposições Essenciais e Acidentais
Venha quando você quiser. As preposições essenciais são: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CON-
Não fale enquanto come. TRA, DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB,
Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra. SOBRE e ATRÁS.
Desde que o mundo existe, sempre houve guerras.
Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia. Certas palavras ora aparecem como preposições, ora pertencem a
"Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos Povina Caval- outras classes, sendo chamadas, por isso, de preposições acidentais:
cânti) afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante,
10) Integrantes: que, se. salvo, segundo, senão, tirante, visto, etc.
Sabemos que a vida é breve.
Veja se falta alguma coisa. INTERJEIÇÃO

Observação: Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjeições podem


Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém ser:
o chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A - alegria: ahl oh! oba! eh!
NGB, porém, não consigna esta espécie de conjunção. - animação: coragem! avante! eia!
- admiração: puxa! ih! oh! nossa!
Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem - aplauso: bravo! viva! bis!
que, por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, - desejo: tomara! oxalá!
etc. - dor: aí! ui!
- silêncio: psiu! silêncio!
Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, - suspensão: alto! basta!
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• Transitivo indireto: é o verbo que necessita de complemento com


LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que têm o mes- auxílio de preposição.
mo valor de uma interjeição. Ele precisa de um esparadrapo.
Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam! • Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao
Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim! mesmo tempo de complemento sem auxílio de preposição e de
complemento com auxilio de preposição.
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PÇERÍOO Damos uma simples colaboração a vocês.
3. Predicado verbo nominal: é aquele que se constitui de verbo
intransitivo mais predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais
FRASE
predicativo do sujeito.
Frase é um conjunto de palavras que têm sentido completo.
Os rapazes voltaram vitoriosos.
O tempo está nublado.
• Predicativo do sujeito: é o termo que, no predicado verbo-nominal,
Socorro!
ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito.
Que calor!
Ele morreu rico.
• Predicativo do objeto é o termo que, que no predicado verbo-nominal,
ORAÇÃO ajuda o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto
Oração é a frase que apresenta verbo ou locução verbal. direto ou indireto.
A fanfarra desfilou na avenida. Elegemos o nosso candidato vereador.
As festas juninas estão chegando.
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
PERÍODO Chama-se termos integrantes da oração os que completam a
Período é a frase estruturada em oração ou orações. significação transitiva dos verbos e dos nomes. São indispensáveis à
O período pode ser: compreensão do enunciado.
• simples - aquele constituído por uma só oração (oração absoluta).
Fui à livraria ontem. 1. OBJETO DIRETO
• composto - quando constituído por mais de uma oração. Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido do verbo
Fui à livraria ontem e comprei um livro. transitivo direto. Ex.: Mamãe comprou PEIXE.

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 2. OBJETO INDIRETO


São dois os termos essenciais da oração: Objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido do verbo
transitivo indireto.
SUJEITO As crianças precisam de CARINHO.
Sujeito é o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa.
3. COMPLEMENTO NOMINAL
Os bandeirantes capturavam os índios. (sujeito = bandeirantes) Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de
um nome com auxílio de preposição. Esse nome pode ser representado
O sujeito pode ser : por um substantivo, por um adjetivo ou por um advérbio.
- simples: quando tem um só núcleo Toda criança tem amor aos pais. - AMOR (substantivo)
As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas; O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo)
núcleo: rosas) Nós agíamos favoravelmente às discussões. - FAVORAVELMENTE
- composto: quando tem mais de um núcleo (advérbio).
O burro e o cavalo saíram em disparada.
(suj: o burro e o cavalo; núcleo burro, cavalo)
4. AGENTE DA PASSIVA
- oculto: ou elíptico ou implícito na desinência verbal
Agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação do verbo
Chegaste com certo atraso. (suj.: oculto: tu)
na voz passiva.
- indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal
A mãe é amada PELO FILHO.
Come-se bem naquele restaurante.
O cantor foi aplaudido PELA MULTIDÃO.
- Inexistente: quando a oração não tem sujeito
Os melhores alunos foram premiados PELA DIREÇÃO.
Choveu ontem.
Há plantas venenosas.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
PREDICADO TERMOS ACESSÓRIOS são os que desempenham na oração uma
Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito. função secundária, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo
O predicado classifica-se em: alguma circunstância.
1. Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais
predicativo do sujeito. São termos acessórios da oração:
Nosso colega está doente. 1. ADJUNTO ADNOMINAL
Principais verbos de ligação: SER, ESTAR, PARECER, Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina os
PERMANECER, etc. substantivos. Pode ser expresso:
Predicativo do sujeito é o termo que ajuda o verbo de ligação a • pelos adjetivos: água fresca,
comunicar estado ou qualidade do sujeito. • pelos artigos: o mundo, as ruas
Nosso colega está doente. • pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas
A moça permaneceu sentada. • pelos numerais : três garotos; sexto ano
2. Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou • pelas locuções adjetivas: casa do rei; homem sem escrúpulos
transitivo.
O avião sobrevoou a praia. 2. ADJUNTO ADVERBIAL
Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento. Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de
O sabiá voou alto. tempo, lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou
Verbo transitivo é aquele que necessita de complemento. advérbio.
• Transitivo direto: é o verbo que necessita de complemento sem Cheguei cedo.
auxílio de proposição. José reside em São Paulo.
Minha equipe venceu a partida.

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3. APOSTO “OU SE CALÇA A LUVA e não se põe o anel,


Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, OU SE PÕE O ANEL e não se calça a luva!”
desenvolve ou resume outro termo da oração. (C. Meireles)
Dr. João, cirurgião-dentista,
Rapaz impulsivo, Mário não se conteve. 4. CONCLUSIVAS:
O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado. Ligam uma oração a outra que exprime conclusão (LOGO, POIS,
4. VOCATIVO PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE,
Vocativo é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou etc).
interpelar alguém ou alguma coisa. Ele está mal de notas; LOGO, SERÁ REPROVADO.
Tem compaixão de nós, ó Cristo. Vives mentindo; LOGO, NÃO MERECES FÉ.
Professor, o sinal tocou.
Rapazes, a prova é na próxima semana. 5. EXPLICATIVAS:
Ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outro
PERÍODO COMPOSTO - PERÍODO SIMPLES que a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.)
Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. Não mintas, PORQUE É PIOR.
No período simples há apenas uma oração, a qual se diz absoluta. Anda depressa, QUE A PROVA É ÀS 8 HORAS.
Fui ao cinema.
O pássaro voou. ORAÇÃO INTERCALADA OU INTERFERENTE
É aquela que vem entre os termos de uma outra oração.
PERÍODO COMPOSTO O réu, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido.
No período composto há mais de uma oração.
(Não sabem) (que nos calores do verão a terra dorme) (e os homens A oração intercalada ou interferente aparece com os verbos:
folgam.) CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR etc.

Período composto por coordenação ORAÇÃO PRINCIPAL


Apresenta orações independentes. Oração principal é a mais importante do período e não é introduzida
(Fui à cidade), (comprei alguns remédios) (e voltei cedo.) por um conectivo.
ELES DISSERAM que voltarão logo.
Período composto por subordinação ELE AFIRMOU que não virá.
Apresenta orações dependentes. PEDI que tivessem calma. (= Pedi calma)
(É bom) (que você estude.)
ORAÇÃO SUBORDINADA
Período composto por coordenação e subordinação Oração subordinada é a oração dependente que normalmente é
Apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a oração principal
período é também conhecido como misto. nem sempre é a primeira do período.
(Ele disse) (que viria logo,) (mas não pôde.) Quando ele voltar, eu saio de férias.
Oração principal: EU SAIO DE FÉRIAS
Oração subordinada: QUANDO ELE VOLTAR
ORAÇÃO COORDENADA
Oração coordenada é aquela que é independente.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
As orações coordenadas podem ser: Oração subordinada substantiva é aquela que tem o valor e a função
de um substantivo.
- Sindética:
Por terem as funções do substantivo, as orações subordinadas
Aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção
substantivas classificam-se em:
coordenativa.
Viajo amanhã, mas volto logo.
- Assindética: 1) SUBJETIVA (sujeito)
Aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou Convém que você estude mais.
ponto e vírgula. Importa que saibas isso bem. .
Chegou, olhou, partiu. É necessário que você colabore. (SUA COLABORAÇÃO) é
A oração coordenada sindética pode ser: necessária.

1. ADITIVA: 2) OBJETIVA DIRETA (objeto direto)


Expressa adição, sequência de pensamento. (e, nem = e não), mas, Desejo QUE VENHAM TODOS.
também: Pergunto QUEM ESTÁ AI.
Ele falava E EU FICAVA OUVINDO.
Meus atiradores nem fumam NEM BEBEM. 3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto)
A doença vem a cavalo E VOLTA A PÉ. Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS.
Tudo dependerá DE QUE SEJAS CONSTANTE.
Daremos o prêmio A QUEM O MERECER.
2. ADVERSATIVA:
Ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de
contraste (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, 4) COMPLETIVA NOMINAL
etc). Complemento nominal.
A espada vence MAS NÃO CONVENCE. Ser grato A QUEM TE ENSINA.
O tambor faz um grande barulho, MAS É VAZIO POR DENTRO. Sou favorável A QUE O PRENDAM.
Apressou-se, CONTUDO NÃO CHEGOU A TEMPO.
5) PREDICATIVA (predicativo)
3. ALTERNATIVAS: Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA)
Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a Minha esperança era QUE ELE DESISTISSE.
outra (ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc). Não sou QUEM VOCÊ PENSA.
Mudou o natal OU MUDEI EU?

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6) APOSITIVAS (servem de aposto) QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam.


Só desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE)
Só lhe peço isto: HONRE O NOSSO NOME. 10) MODAIS: exprimem modo, maneira:
Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE.
7) AGENTE DA PASSIVA Aqui viverás em paz, SEM QUE NINGUÉM TE INCOMODE.
O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR)
A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM. ORAÇÕES REDUZIDAS
Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas
nominais: gerúndio, infinitivo e particípio.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de
Exemplos:
um adjetivo.
• Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU
Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas:
PREPARADO.
• Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ.
1) EXPLICATIVAS: • FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM,
Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente, conseguirás.
atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe • É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS
uma informação. ATENTOS.
Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará. • AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO,
Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria. entristeceu-se.
• É interesse ESTUDARES MAIS.= É interessante QUE ESTUDES
2) RESTRITIVAS: MAIS.
Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo • SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procure-
indispensáveis ao sentido da frase: me.
Pedra QUE ROLA não cria limo.
As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem.
Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
um advérbio. Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinan-
te se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões.
As orações subordinadas adverbiais classificam-se em:
1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razão: Principais Casos de Concordância Nominal
Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE. 1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em
O tambor soa PORQUE É OCO. gênero e número com o substantivo.
As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico.
2) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de uma 2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão
comparação. normalmente para o plural.
O som é menos veloz QUE A LUZ. Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio.
Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA. 3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai
para o masculino plural.
3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios.
admite: 4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais
POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram. próximo:
Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado. Trouxe livros e revista especializada.
CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava. 5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais pró-
ximo.
4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese: Dedico esta música à querida tia e sobrinhos.
SE O CONHECESSES, não o condenarias. 6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o
Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO? sujeito.
Meus amigos estão atrapalhados.
5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato 7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predi-
com outro: cativo no gênero da pessoa a quem se refere.
Fiz tudo COMO ME DISSERAM. Sua excelência, o Governador, foi compreensivo.
Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI. 8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo
vão para o singular ou para o plural.
6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado: Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros).
A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS. 9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier
Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA! precedido de artigo e o segundo não vão para o plural.
Tenho medo disso QUE ME PÉLO! Já estudei o primeiro e segundo livros.
7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto: 10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural.
Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE. Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro.
Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR. 11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a
que se referem.
8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade: Ela mesma veio até aqui.
À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende. Eles chegaram sós.
QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo. Eles próprios escreveram.
12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere.
9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso Muito obrigado. (masculino singular)
na oração principal: Muito obrigada. (feminino singular).
ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam. 13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e

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fica invariável quando é advérbio. Bateram cinco horas.


Quero meio quilo de café. Naquele relógio já soaram duas horas.
Minha mãe está meio exausta. 12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da
É meio-dia e meia. (hora) frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito.
14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o subs- Ela é que faz as bolas.
tantivo a que se referem. Eu é que escrevo os programas.
Trouxe anexas as fotografias que você me pediu. 13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é
A expressão em anexo é invariável. um pronome relativo.
Trouxe em anexo estas fotos. Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova.
15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substi- Fui eu que fiz a lição
tuem advérbios em MENTE, permanecem invariáveis. Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possí-
Vocês falaram alto demais. veis.
O combustível custava barato. • que: Fui eu que fiz a lição.
Você leu confuso. • quem: Fui eu quem fez a lição.
Ela jura falso. • o que: Fui eu o que fez a lição.

16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjeti- 14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na
vos, sofrem variação normalmente. terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem
Esses pneus custam caro. a este sua impessoalidade.
Conversei bastante com eles. Chove a cântaros. Ventou muito ontem.
Conversei com bastantes pessoas. Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.
Estas crianças moram longe.
Conheci longes terras. CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER
CONCORDÂNCIA VERBAL 1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos
pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e
CASOS GERAIS PARECER concordam com o predicativo.
Tudo são esperanças.
Aquilo parecem ilusões.
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Aquilo é ilusão.
O menino chegou. Os meninos chegaram.
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular. 2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER
O pessoal ainda não chegou. concorda sempre com o nome ou pronome que vier depois.
A turma não gostou disso. Que são florestas equatoriais?
Um bando de pássaros pousou na árvore. Quem eram aqueles homens?
3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá
ao plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural. 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará
Os Estados Unidos são um grande país. com a expressão numérica.
Os Lusíadas imortalizaram Camões. São oito horas.
Os Alpes vivem cobertos de neve. Hoje são 19 de setembro.
Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular. De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
Flores já não leva acento.
O Amazonas deságua no Atlântico. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER
Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica. fica no singular.
4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome Três batalhões é muito pouco.
no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indife- Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
rentemente.
A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios. 5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). Maria era as flores da casa.
5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o O homem é cinzas.
sujeito paciente.
Vende-se um apartamento. 6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER
Vendem-se alguns apartamentos. concorda com o predicativo.
6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o Dançar e cantar é a sua atividade.
verbo para a 3ª pessoa do singular. Estudar e trabalhar são as minhas atividades.
Precisa-se de funcionários.
7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha 7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER
no singular e o verbo no singular ou no plural. concorda com o pronome.
Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) A ciência, mestres, sois vós.
8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural. Em minha turma, o líder sou eu.
Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul.
9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular. 8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infiniti-
Mais de um jurado fez justiça à minha música. vo, apenas um deles deve ser flexionado.
10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando Os meninos parecem gostar dos brinquedos.
empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo Os meninos parece gostarem dos brinquedos.
no singular.
As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o
sujeito. Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati-
Deu uma hora. calmente do outro.
Deram três horas.

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A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos 14. ESQUECER E LEMBRAR
e adjetivos). • quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto:
Esqueci o nome desta aluna.
Exemplos: Lembrei o recado, assim que o vi.
• quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto:
- acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM Esqueceram-se da reunião de hoje.
EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR Lembrei-me da sua fisionomia.
PARA = passagem
15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa.
A regência verbal trata dos complementos do verbo. • perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos.
• pagar - Pago o 13° aos professores.
• dar - Daremos esmolas ao pobre.
ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA • emprestar - Emprestei dinheiro ao colega.
1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto) • ensinar - Ensino a tabuada aos alunos.
• pretender (transitivo indireto) • agradecer - Agradeço as graças a Deus.
No sítio, aspiro o ar puro da montanha. • pedir - Pedi um favor ao colega.
Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
2. OBEDECER - transitivo indireto 16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto:
Devemos obedecer aos sinais de trânsito. O amor implica renúncia.
3. PAGAR - transitivo direto e indireto • no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposi-
Já paguei um jantar a você. ção COM:
4. PERDOAR - transitivo direto e indireto. O professor implicava com os alunos
Já perdoei aos meus inimigos as ofensas. • no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a prepo-
5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto sição EM:
Prefiro Comunicação à Matemática. Implicou-se na briga e saiu ferido

6. INFORMAR - transitivo direto e indireto. 17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição
Informei-lhe o problema. A:
Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
7. ASSISTIR - morar, residir: quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA:
Assisto em Porto Alegre. Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso.
• amparar, socorrer, objeto direto
O médico assistiu o doente. 18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa
• PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto como sujeito:
Assistimos a um belo espetáculo. O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª
• SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente
Assiste-lhe o direito. dificuldade, será objeto indireto.
Custou-me confiar nele novamente.
8. ATENDER - dar atenção Custar-te-á aceitá-la como nora.
Atendi ao pedido do aluno.
• CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto
Atenderam o freguês com simpatia. COLOCAÇÃO PRONOMINAL

9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto


A moça queria um vestido novo. Palavras fora do lugar podem prejudicar e até impedir a compreensão
• GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto de uma ideia. Cada palavra deve ser posta na posição funcionalmente
O professor queria muito a seus alunos. correta em relação às outras, assim como convém dispor com clareza as
orações no período e os períodos no discurso.
10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto
Todos visamos a um futuro melhor. Sintaxe de colocação é o capítulo da gramática em que se cuida da
• APONTAR, MIRAR - objeto direto ordem ou disposição das palavras na construção das frases. Os termos da
O artilheiro visou a meta quando fez o gol. oração, em português, geralmente são colocados na ordem direta (sujeito
• pör o sinal de visto - objeto direto + verbo + objeto direto + objeto indireto, ou sujeito + verbo + predicativo).
O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia. As inversões dessa ordem ou são de natureza estilística (realce do termo
cuja posição natural se altera: Corajoso é ele! Medonho foi o espetáculo),
11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto ou de pura natureza gramatical, sem intenção especial de realce, obede-
Devemos obedecer aos superiores. cendo-se, apenas a hábitos da língua que se fizeram tradicionais.
Desobedeceram às leis do trânsito.
Sujeito posposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes casos:
(1) nas orações intercaladas (Sim, disse ele, voltarei); (2) nas interrogati-
12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE
vas, não sendo o sujeito pronome interrogativo (Que espera você?); (3)
• exigem na sua regência a preposição EM
nas reduzidas de infinitivo, de gerúndio ou de particípio (Por ser ele quem
O armazém está situado na Farrapos.
é... Sendo ele quem é... Resolvido o caso...); (4) nas imperativas (Faze tu
Ele estabeleceu-se na Avenida São João.
o que for possível); (5) nas optativas (Suceda a paz à guerra! Guie-o a
mão da Providência!); (6) nas que têm o verbo na passiva pronominal
13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo.
(Eliminaram-se de vez as esperanças); (7) nas que começam por adjunto
Essas tuas justificativas não procedem.
adverbial (No profundo do céu luzia uma estrela), predicativo (Esta é a
• no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se
vontade de Deus) ou objeto (Aos conselhos sucederam as ameaças); (8)
com a preposição DE.
nas construídas com verbos intransitivos (Desponta o dia). Colocam-se
Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani
normalmente depois do verbo da oração principal as orações subordina-
• no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A.
das substantivas: é claro que ele se arrependeu.
O secretário procedeu à leitura da carta.

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Predicativo anteposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes Figuras de sintaxe. No tocante à colocação dos termos na frase, sali-
casos: (1) nas orações interrogativas (Que espécie de homem é ele?); (2) entem-se as seguintes figuras de sintaxe: (1) hipérbato -- intercalação de
nas exclamativas (Que bonito é esse lugar!). um termo entre dois outros que se relacionam: "O das águas gigante
caudaloso" (= O gigante caudaloso das águas); (2) anástrofe -- inversão
Colocação do adjetivo como adjunto adnominal. A posposição do ad- da ordem normal de termos sintaticamente relacionados: "Do mar lançou-
junto adnominal ao substantivo é a sequência que predomina no enuncia- se na gelada areia" (= Lançou-se na gelada areia do mar); (3) prolepse --
do lógico (livro bom, problema fácil), mas não é rara a inversão dessa transposição, para a oração principal, de termo da oração subordinada: "A
ordem: (Uma simples advertência [anteposição do adjetivo simples, no nossa Corte, não digo que possa competir com Paris ou Londres..." (=
sentido de mero]. O menor descuido porá tudo a perder [anteposição dos Não digo que a nossa Corte possa competir com Paris ou Londres...); (4)
superlativos relativos: o melhor, o pior, o maior, o menor]). A anteposição sínquise -- alteração excessiva da ordem natural das palavras, que dificul-
do adjetivo, em alguns casos, empresta-lhe sentido figurado: meu rico ta a compreensão do sentido: "No tempo que do reino a rédea leve, João,
filho, um grande homem, um pobre rapaz). filho de Pedro, moderava" (= No tempo [em] que João, filho de Pedro,
Colocação dos pronomes átonos. O pronome átono pode vir antes do moderava a rédea leve do reino). ©Encyclopaedia Britannica do Brasil
verbo (próclise, pronome proclítico: Não o vejo), depois do verbo (ênclise, Publicações Ltda.
pronome enclítico: Vejo-o) ou no meio do verbo, o que só ocorre com
formas do futuro do presente (Vê-lo-ei) ou do futuro do pretérito (Vê-lo-ia). PROVA SIMULADA
Verifica-se próclise, normalmente nos seguintes casos: (1) depois de 01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras.
palavras negativas (Ninguém me preveniu), de pronomes interrogativos (A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer.
(Quem me chamou?), de pronomes relativos (O livro que me deram...), de (B) O chefe deferia da opinião dos subordinados.
advérbios interrogativos (Quando me procurarás); (2) em orações optati- (C) O processo foi julgado em segunda estância.
vas (Deus lhe pague!); (3) com verbos no subjuntivo (Espero que te com- (D) O problema passou despercebido na votação.
portes); (4) com gerúndio regido de em (Em se aproximando...); (5) com (E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio.
infinitivo regido da preposição a, sendo o pronome uma das formas lo, la,
los, las (Fiquei a observá-la); (6) com verbo antecedido de advérbio, sem 02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é:
pausa (Logo nos entendemos), do numeral ambos (Ambos o acompanha- (A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz.
ram) ou de pronomes indefinidos (Todos a estimam). (B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido.
Ocorre a ênclise, normalmente, nos seguintes casos: (1) quando o (C) A colega não se contera diante da situação.
verbo inicia a oração (Contaram-me que...), (2) depois de pausa (Sim, (D) Se ele ver você na rua, não ficará contente.
contaram-me que...), (3) com locuções verbais cujo verbo principal esteja (E) Quando você vir estudar, traga seus livros.
no infinitivo (Não quis incomodar-se).
03. O particípio verbal está corretamente empregado em:
Estando o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a (A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos.
mesóclise é de regra, no início da frase (Chama-lo-ei. Chama-lo-ia). Se o (B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas.
verbo estiver antecedido de palavra com força atrativa sobre o pronome, (C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime.
haverá próclise (Não o chamarei. Não o chamaria). Nesses casos, a (D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos.
língua moderna rejeita a ênclise e evita a mesóclise, por ser muito formal. (E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda.
Pronomes com o verbo no particípio. Com o particípio desacompa-
04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em
nhado de auxiliar não se verificará nem próclise nem ênclise: usa-se a
conformidade com a norma culta.
forma oblíqua do pronome, com preposição. (O emprego oferecido a
Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do
mim...). Havendo verbo auxiliar, o pronome virá proclítico ou enclítico a
interior da concha de moluscos reúne outras características interes-
este. (Por que o têm perseguido? A criança tinha-se aproximado.)
santes, como resistência e flexibilidade.
Pronomes átonos com o verbo no gerúndio. O pronome átono costu- (A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
ma vir enclítico ao gerúndio (João, afastando-se um pouco, observou...). componentes para a indústria.
Nas locuções verbais, virá enclítico ao auxiliar (João foi-se afastando), (B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de
salvo quando este estiver antecedido de expressão que, de regra, exerça componentes para a indústria.
força atrativa sobre o pronome (palavras negativas, pronomes relativos, (C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de
conjunções etc.) Exemplo: À medida que se foram afastando. componentes para a indústria.
(D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de
Colocação dos possessivos. Os pronomes adjetivos possessivos pre- componentes para a indústria.
cedem os substantivos por eles determinados (Chegou a minha vez), (E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
salvo quando vêm sem artigo definido (Guardei boas lembranças suas); componentes para a indústria.
quando há ênfase (Não, amigos meus!); quando determinam substantivo
já determinado por artigo indefinido (Receba um abraço meu), por um 05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema
numeral (Recebeu três cartas minhas), por um demonstrativo (Receba para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em
esta lembrança minha) ou por um indefinido (Aceite alguns conselhos que ele está empregado conforme o padrão culto.
meus). (A) Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem.
Colocação dos demonstrativos. Os demonstrativos, quando pronomes (B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje.
adjetivos, precedem normalmente o substantivo (Compreendo esses (C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha.
problemas). A posposição do demonstrativo é obrigatória em algumas (D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro.
formas em que se procura especificar melhor o que se disse anteriormen- (E) Breve, queremos estar entregando as chaves de sua nova casa.
te: "Ouvi tuas razões, razões essas que não chegaram a convencer-me."
06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está
Colocação dos advérbios. Os advérbios que modificam um adjetivo, correta em:
um particípio isolado ou outro advérbio vêm, em regra, antepostos a essas (A) As características do solo são as mais variadas possível.
palavras (mais azedo, mal conservado; muito perto). Quando modificam o (B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente.
verbo, os advérbios de modo costumam vir pospostos a este (Cantou (C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada.
admiravelmente. Discursou bem. Falou claro.). Anteposto ao verbo, o (D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações.
adjunto adverbial fica naturalmente em realce: "Lá longe a gaivota voava (E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo.
rente ao mar."
07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de

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flexão de grau. (A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações.


(A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo. (B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente.
(B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá (C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido.
durante as férias. (D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada.
(C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos. (E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris.
(D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que
ruim. 14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto
(E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualida- direto e indireto em:
de. (A) Apresentou-se agora uma boa ocasião.
(B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo.
Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pa- (C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa.
lavras completam, correta e respectivamente, as frases dadas. (D) A conta, deixamo-la para ser revisada.
(E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder.
08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento
estatal ciência e tecnologia. 15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo.
(A) à ... sobre o ... do ... para Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos
(B) a ... ao ... do ... para respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é:
(C) à ... do ... sobre o ... a (A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção.
(D) à ... ao ... sobre o ... à (B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
(E) a ... do ... sobre o ... à (C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção.
(D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção.
09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a (E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo.
franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois
eles devem estar aptos comercializar seus produtos. 16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação
(A) ao ... a ... à do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inaugura-
(B) àquele ... à ... à ção de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Dignís-
(C) àquele...à ... a simo Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a má-
(D) ao ... à ... à xima urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para
(E) àquele ... a ... a o Excelentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o
Reverendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reito-
10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a res das Universidades Paulistas, para que essas autoridades pos-
norma culta. sam se programar e participar do referido evento.
(A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso Atenciosamente,
trarão grandes benefícios às pesquisas. ZZZ
(B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaboran- Assistente de Gabinete.
do com o meio ambiente. De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas
(C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desen- são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por
volvendo projetos na área médica. (A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos
(D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes (B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos
apresentadas pelos economistas. (C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos
(E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no (D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos
litoral ou aproveitam férias ali. (E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos

11. A frase correta de acordo com o padrão culto é: 17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
(A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido respeitam as regras de pontuação.
às chuvas. (A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, reve-
(B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos lou, que temos uma arrecadação bem maior que a prevista.
reclamações. (B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma
(C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada.
cultura. (C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade
(D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da Policial, confessou sua participação no referido furto.
culpa. (D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste
(E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria. funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia.
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados.
negócios das empresas de franquia pelo contato direto com os pos-
síveis investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e
de seleção não só permite às empresas avaliar os investidores com predicado que formam um período simples, se aplica, adequada-
relação aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos mente, apenas a:
investidores. (A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral.
(Texto adaptado) (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período.
Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substi- (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas.
tuir as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os in- (D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo.
vestidores e dos investidores, no texto, são, respectivamente: (E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.
(A) seus ... lhes ... los ... lhes
(B) delas ... a elas ... lhes ... deles Leia o período para responder às questões de números 19 e 20.
(C) seus ... nas ... los ... deles
(D) delas ... a elas ... lhes ... seu O livro de registro do processo que você procurava era o que esta-
(E) seus ... lhes ... eles ... neles va sobre o balcão.

13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo 19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, reme-
com o padrão culto. tem a

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(A) processo e livro. fato;


(B) livro do processo. IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar;
(C) processos e processo. V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos.
(D) livro de registro. Está correto o contido apenas em
(E) registro e processo. (A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
20. Analise as proposições de números I a IV com base no período (C) I, III e IV.
acima: (D) II, III e IV.
I. há, no período, duas orações; (E) III, IV e V.
II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais; 26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o car-
IV. de registro é um adjunto adnominal de livro. ro..., indicando concessão, é:
Está correto o contido apenas em (A) para poder trabalhar fora.
(A) II e IV. (B) como havia programado.
(B) III e IV. (C) assim que recebeu o prêmio.
(C) I, II e III. (D) porque conseguiu um desconto.
(D) I, II e IV. (E) apesar do preço muito elevado.
(E) I, III e IV.
27. É importante que todos participem da reunião.
21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do O segmento que todos participem da reunião, em relação a
acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho: É importante, é uma oração subordinada
I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas; (A) adjetiva com valor restritivo.
II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura (B) substantiva com a função de sujeito.
pelo Juiz; (C) substantiva com a função de objeto direto.
III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equiva- (D) adverbial com valor condicional.
lente ao da palavra mas; (E) substantiva com a função de predicativo.
IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do
acórdão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar. 28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação esta-
Está correto o contido apenas em belecida pelo termo como é de
(A) II e IV. (A) comparatividade.
(B) III e IV. (B) adição.
(C) I, II e III. (C) conformidade.
(D) I, III e IV. (D) explicação.
(E) II, III e IV. (E) consequência.

22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais. 29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de
Ao transformar os dois períodos simples num único período com- franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão
posto, a alternativa correta é: contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos
(A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis. diversificados de acordo com as possibilidades de investimento dos
(B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis. possíveis franqueados.
(C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais. A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e
(D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais. relaciona corretamente as ideias do texto, é:
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis. (A) digo ... portanto ... mas
(B) como ... pois ... mas
23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraque- (C) ou seja ... embora ... pois
cidos galhos da velha árvore. (D) ou seja ... mas ... portanto
Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, (E) isto é ... mas ... como
sobre o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar.
(A) Quem podou? e Quando podou? 30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos
(B) Qual jardineiro? e Galhos de quê? investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulga-
(C) Que jardineiro? e Podou o quê? dos.
(D) Que vizinho? e Que galhos? A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluí-
(E) Quando podou? e Podou o quê? rem o processo de seleção dos investidores por uma oração redu-
zida, sem alterar o sentido da frase, é:
24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia. (A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ...
Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili- (B) Concluído o processo de seleção dos investidores ...
dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimen- (C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ...
to correto das relações entre seus termos e pela sua adequada (D) Se concluído do processo de seleção dos investidores...
pontuação em: (E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores
(A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas. ...
(B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas.
(C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia. A MISÉRIA É DE TODOS NÓS
(D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas. Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social
(E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas. que remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas
décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo
25. Felizmente, ninguém se machucou. tamanho, todos os indicadores sociais brasileiros melhoraram. Há mais
Lentamente, o navio foi se afastando da costa. crianças em idade escolar frequentando aulas atualmente do que em
Considere: qualquer outro período da nossa história. As taxas de analfabetismo e
I. felizmente completa o sentido do verbo machucar; mortalidade infantil também são as menores desde que se passou a
II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais registrá-las nacionalmente. O Brasil figura entre as dez nações de econo-
de modo; mia mais forte do mundo. No campo diplomático, começa a exercitar seus
III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do músculos. Vem firmando uma inconteste liderança política regional na

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América Latina, ao mesmo tempo que atrai a simpatia do Terceiro Mundo D) pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que já é suficien-
por ter se tornado um forte oponente das injustas políticas de comércio temente forte para tornar-se líder;
dos países ricos. E) ainda é inexperiente no trato com a política exterior.

Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste. 37. Segundo o texto, ''A miséria é onipresente'' embora:
Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona ru- A) apareça algumas vezes nas grandes cidades;
ral, esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais B) se manifeste de formas distintas;
bem posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes C) esteja escondida dos olhos de alguns;
cidades, com aterrorizante frequência, ela atravessa o fosso social pro- D) seja combatida pelas autoridades;
fundo e se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas mani- E) se torne mais disseminada e cruel.
festações é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa,
certamente em razão dela se tornou mais disseminada e cruel. Explicar a 38. ''...não é uma empreitada simples'' equivale a dizer que é uma
resistência da pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada complexa; o item em que essa equivalência é feita de
empreitada simples. forma INCORRETA é:
Veja, ed. 1735 A) não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial;
B) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica;
31. O título dado ao texto se justifica porque: C) não é uma questão vital = é uma questão desimportante;
A) a miséria abrange grande parte de nossa população; D) não é um problema universal = é um problema particular;
B) a miséria é culpa da classe dominante; E) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida.
C) todos os governantes colaboraram para a miséria comum;
D) a miséria deveria ser preocupação de todos nós; 39. ''...enquanto a miséria se mantinha...''; colocando-se o verbo desse
E) um mal tão intenso atinge indistintamente a todos. segmento do texto no futuro do subjuntivo, a forma correta seria:
A) mantiver;
32. A primeira pergunta - ''Como entender a resistência da miséria no B) manter;
Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da coloniza- C) manterá;
ção?'': D) manteria;
A) tem sua resposta dada no último parágrafo; E) mantenha.
B) representa o tema central de todo o texto;
C) é só uma motivação para a leitura do texto; 40. A forma de infinitivo que aparece substantivada nos segmentos
D) é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta; abaixo é:
E) é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta. A) ''Como entender a resistência da miséria...'';
B) ''No decorrer das últimas décadas...'';
33. Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil C) ''...desde que se passou a registrá-las...'';
que ela: D) ''...começa a exercitar seus músculos.'';
A) é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo E) ''...por ter se tornado um forte oponente...''.
em outras áreas;
B) tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes PROTESTO TÍMIDO
cidades; Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e falta-
C) atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam vam dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório, olhei
para a classe dominante; para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu
D) é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com uma trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que
a de outros indicadores sociais; era um menino.
E) tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas
décadas. Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, bra-
ços dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha
34. O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é: os gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia
A) Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros esburacada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo,
indicadores sociais melhoraram; como podia estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar
B) Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se conhecimento de sua existência. Não era um ser humano, era um bicho,
mantém onipresente; um saco de lixo mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um
C) A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por gover- menor abandonado.
nos incompetentes;
D) Embora os indicadores sociais mostrem progresso em muitas Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco passos, na casa de
áreas, a miséria ainda atinge uma pequena parte de nosso povo; sucos de frutas, vários casais de jovens tomavam sucos de frutas, alguns
E) Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o indicador da mastigavam sanduíches. Além, na esquina da praça, o carro da radiopa-
miséria que leva à criminalidade. trulha estacionado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora.
Ninguém tomava conhecimento da existência do menino.
35. As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na
quantidade, exceto: Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos que 25 mi-
A) frequência escolar; lhões no Brasil, que se pode fazer? Qual seria a reação do menino se eu o
B) liderança diplomática; acordasse para lhe dar todo o dinheiro que trazia no bolso? Resolveria o
C) mortalidade infantil; seu problema? O problema do menor abandonado? A injustiça social?
D) analfabetismo; (....)
E) desempenho econômico.
Vinte e cinco milhões de menores - um dado abstrato, que a imagina-
36. ''No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos.''; com ção não alcança. Um menino sem pai nem mãe, sem o que comer nem
essa frase, o jornalista quer dizer que o Brasil: onde dormir - isto é um menor abandonado. Para entender, só mesmo
A) já está suficientemente forte para começar a exercer sua liderança imaginando meu filho largado no mundo aos seis, oito ou dez anos de
na América Latina; idade, sem ter para onde ir nem para quem apelar. Imagino que ele venha
B) já mostra que é mais forte que seus países vizinhos; a ser um desses que se esgueiram como ratos em torno aos botequins e
C) está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar presença no lanchonetes e nos importunam cutucando-nos de leve - gesto que nos
cenário exterior; desperta mal contida irritação - para nos pedir um trocado. Não temos

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disposição sequer para olhá-lo e simplesmente o atendemos (ou não) A) salvo-conduto;


para nos livrarmos depressa de sua incômoda presença. Com o sentimen- B) abaixo-assinado;
to que sufocamos no coração, escreveríamos toda a obra de Dickens. C) salário-família;
Mas estamos em pleno século XX, vivendo a era do progresso para o D) banana-prata;
Brasil, conquistando um futuro melhor para os nossos filhos. Até lá, que o E) alto-falante.
menor abandonado não chateie, isto é problema para o juizado de meno-
res. Mesmo porque são todos delinquentes, pivetes na escola do crime, 47 A descrição do menino abandonado é feita no segundo parágrafo
cedo terminarão na cadeia ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte. do texto; o que NÃO se pode dizer do processo empregado para is-
so é que o autor:
Pode ser. Mas a verdade é que hoje eu vi meu filho dormindo na rua, A) se utiliza de comparações depreciativas;
exposto ao frio da noite, e além de nada ter feito por ele, ainda o confundi B) lança mão de vocábulo animalizador;
com um monte de lixo. C) centraliza sua atenção nos aspectos físicos do menino;
Fernando Sabino D) mostra precisão em todos os dados fornecidos;
E) usa grande número de termos adjetivadores.
41 Uma crônica, como a que você acaba de ler, tem como melhor
definição: 48 ''Estava dormindo, como podia estar morto''; esse segmento do
A) registro de fatos históricos em ordem cronológica; texto significa que:
B) pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos do cotidia- A) a aparência do menino não permitia saber se dormia ou estava
no; morto;
C) seção ou coluna de jornal sobre tema especializado; B) a posição do menino era idêntica à de um morto;
D) texto narrativo de pequena extensão, de conteúdo e estrutura C) para os transeuntes, não fazia diferença estar o menino dormindo
bastante variados; ou morto;
E) pequeno conto com comentários, sobre temas atuais. D) não havia diferença, para a descrição feita, se o menino estava
dormindo ou morto;
42 O texto começa com os tempos verbais no pretérito imperfeito - E) o cronista não sabia sobre a real situação do menino.
vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mudança para o pretérito per-
feito - olhei, vi etc.; essa mudança marca a passagem: 49 Alguns textos, como este, trazem referências de outros momentos
A) do passado para o presente; históricos de nosso país; o segmento do texto em que isso ocorre
B) da descrição para a narração; é:
C) do impessoal para o pessoal; A) ''Perto da Praça General Osório, olhei para o lado e vi...'';
D) do geral para o específico; B) ''...ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte'';
E) do positivo para o negativo. C) ''...escreveríamos toda a obra de Dickens'';
D) ''...isto é problema para o juizado de menores'';
43 ''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, ALGO E) ''Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais''.
que me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado
se deve a que: 50 ''... era um bicho...''; a figura de linguagem presente neste segmento
A) o autor pretende comparar o menino a uma coisa; do texto é uma:
B) o cronista antecipa a visão do menor abandonado como um traste A) metonímia;
inútil; B) comparação ou símile;
C) a situação do fato não permite a perfeita identificação do menino; C) metáfora;
D) esse pronome indefinido tem valor pejorativo; D) prosopopeia;
E) o emprego desse pronome ocorre em relação a coisas ou a pesso- E) personificação.
as.

44 ''Ainda há pouco eu vinha para casa a pé,...''; veja as quatro frases


a seguir: RESPOSTAS
I- Daqui há pouco vou sair.
I- Está no Rio há duas semanas.
01. D 11. B 21. B 31. D 41. D
III - Não almoço há cerca de três dias.
02. A 12. A 22. A 32. B 42. B
IV - Estamos há cerca de três dias de nosso destino.
03. C 13. C 23. C 33. A 43. C
As frases que apresentam corretamente o emprego do verbo haver
04. E 14. E 24. E 34. A 44. E
são:
05. A 15. C 25. D 35. B 45. A
A) I - II
06. B 16. A 26. E 36. C 46. A
B) I - III
07. D 17. B 27. B 37. C 47. D
C) II - IV
08. E 18. E 28. C 38. A 48. C
D) I - IV
09. C 19. D 29. D 39. A 49. B
E) II - III
10. D 20. A 30. B 40. B 50. C
45 O comentário correto sobre os elementos do primeiro parágrafo do
texto é:
A) o cronista situa no tempo e no espaço os acontecimentos aborda-
dos na crônica;
B) o cronista sofre uma limitação psicológica ao ver o menino
C) a semelhança entre o menino abandonado e uma trouxa de roupa é
a sujeira;
D) a localização do fato perto da meia-noite não tem importância para
o texto;
E) os fatos abordados nesse parágrafo já justificam o título da crôni-
ca.

46 Boinas-pretas é um substantivo composto que faz o plural da mes-


ma forma que:

46

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