Stock Ou Stocks

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Stock ou stocks: é o conjunto de materiais consumíveis ou de produtos ou

de mercadorias acumulados, à espera de uma utilização posterior, mais ou


menos próxima, e que permite assegurar o fornecimento aos utilizadores
quando necessário. São os elementos patrimoniais classificados e
valorizados em existências.

Factores a Considerar na Gestão de Stocks:


Na gestão de stocks há três importantes factores a considerar:
• A procura;
• Os custos;
• Os prazo

Conceito de Procura
Do ponto de vista “económico”, a procura de um produto é definida pela
intenção de compra desse produto no mercado, ou Procura é a expressão
dinâmica de um mercado que corresponde a medidas qualitativas e
quantitativas dos consumidores, que desejam e podem adquirir um
produto

Os Custos
Associado à gestão de stocks consideram-se vários tipos de custos:
• O custo de posse (Cp) que é o custo associado à manutenção do stock;
• O custo de efectivação de encomenda (Ce)que é o custo administrativo
da emissão de uma encomenda;
• O custo de aquisição do material (Cm) que é o custo do material,
encomendado ao exterior, à entrada da empresa (custo de fornecimento,
de transportes, de seguros, ...);
• O custo de fabricação (Cf) que é o custo do material encomendado
internamente, através de ordem de fabrico;
• O custo de rotura de stock (Cr) que é o custo associado a uma
solicitação ou requisição de material de stock, não atendida totalmente
pelo armazém
Os Prazos
Na gestão de stocks um dos prazos a considerar é o prazo de
aprovisionamento ou prazo de disponibilização do material. No prazo de
aprovisionamento (pa) pode considerar-se quatro parcelas:
• O prazo administrativo de preparação e lançamento da encomenda
(circulação e tratamento de informação na empresa);
• O prazo de recepção pelo fornecedor, que pode desprezar-se se for
usado fax ou EDI (Electronic Data Interchange);
• O prazo de entrega do fornecedor que inclui o prazo de transporte ou
trânsito;
• O prazo de recepção e armazenagem na empresa
A Gestão de stocks é uma área da administração das empresas, pois o
desempenho nesta área tem reflexos imediatos nos resultados comerciais e
financeiros da empresa (Francischini et al., 2002).
O objetivo da gestão de stocks envolve a determinação de três decisões
principais:
 quanto encomendar,
 quando encomendar;
 quantidade de stock de segurança que se deve manter para que cada
artigo assegure um nível de serviço satisfatório para o cliente.
Estas decisões assumem uma dinâmica repetitiva ao longo do tempo, e
tornam-se complexas devido ao enorme leque de fatores envolvidos na
tomada das mesmas (Benchkovsky, 1964, p. 689).
Para resolver este problema utiliza procedimentos matemáticos e
estatísticos entre eles:
 Classificação dos itens estocados, em destaque a classificação ABC
(Análise de Pareto) (Francischini et al., 2002, p. 97-102).
 Estimativas de demandas, classificadas em dependente e independente.
 Estimativas de parâmetros como Stock Máximo, Stock De Segurança
(Francischini et al., 2002, p. 152-157), Ponto De Encomenda (Francischini
et al., 2002, p. 159).
Todas as organizações, seja qual for o sector de actividade em que operem,
partilham a seguinte dificuldade: como efetuar a manutenção e controlo do
stock. Este problema não reside apenas nas empresas mas também em
instituições de carácter social e/ou de índole não lucrativo, visto os stocks
existirem transversalmente na sociedade, sejam em explorações agrícolas,
fabricantes, grossistas, retalhistas, mas também em escolas, igrejas, prisões
e em todo o tipo de estabelecimentos comerciais. Apesar deste problema
existir desde sempre, apenas no século XX se começaram a estudar e a
desenvolver técnicas no sentido de lidar com esta questão, que se tornou
mais relevante depois da Segunda Guerra Mundial, onde a incerteza era
constante e que levou a que se dessem, de uma forma mais ou menos
secreta, os primeiros passos na gestão de stocks. Se teoricamente, a gestão
de stocks é a área das operações organizacionais mais desenvolvida, a
prática mostra precisamente o contrário (Tersine, 1988, p. 3).
Fazer com que um produto em stock esteja constantemente pronto a dar
resposta a uma encomenda de um cliente será uma boa definição para
gestão de stocks. A sua boa gestão passa por satisfazer a exigência,
satisfazendo também a componente económica (Zermati, 1986, p. 18).
Classificacão dos stocks
Classes preconizadas por Plossl (1985, p. 20):
 Matéria-prima - são diversos tipos de materiais usados no processo de
fabrico e que servirão para a obtenção do produto final;
 Componentes - subconjuntos que irão constituir o conjunto final do
produto;
 Produtos em via de fabrico - componentes ou materiais que estão em
espera no processo produtivo;
 Produtos acabados - são os produtos finais que se encontram para
venda, para distribuição ou armazenagem. Baseado na sua utilidade, os
stocks podem ainda ser colocados numa destas categorias (Tersine, 1988,
p. 7).

 Stock em lotes - constitui o stock adquirido no sentido de antecipar as


exigências, nesse sentido, é feita uma encomenda em lotes numa
quantidade maior do que o necessário;
 Stock de segurança - é o stock destinado a fazer face a incertezas tanto
do ponto de vista do fornecimento como das vendas;
 Stock sazonal - trata-se do stock constituído para afrontar picos de
procura sazonais, ou ruturas na capacidade produtiva.
 Stock em trânsito - são artigos armazenados com vista a entrarem no
processo produtivo;
 Stock de desacoplamento - trata-se do stock acumulado entre
actividade da produção ou em fases dependentes. É ainda referido por
Silver et al. (1998, p. 30) outra categoria:
 Stock parado ou congestionado - este é designado desta forma visto os
artigos terem uma produção limitada, entrando por isso numa espécie de
competição. Visto os diferentes artigos partilharem o mesmo
equipamento de produção e os tempos de instalação, os produtos tendem
a acumular enquanto esperam que o equipamento fique disponível.
Custos da gestão de stocks
Custos de aprovisionamento: Corresponde ao custo de processamento da
encomenda, que poderá ser a compra feita a um fornecedor, mas também
aos custos associados à inspeção e transferência do material, assim como os
custos relativos à produção (Plossl, 1985, p. 21).
Custos de posse :São os custos diretamente relacionados com a
manutenção dos artigos em stock, poderão ser de obsolescência, de
deterioração, impostos, seguros, custo do armazém e sua manutenção e
custos do capital (Plossl, 1985, p. 22).
Custos de rutura :Estes custos surgem quando não há material disponível
para fazer face ao(s) pedido(s) do(s) cliente(s). Com isso, não só são gastas
mais horas e trabalho na elaboração de novos pedidos, como em casos
extremos poderá levar à perda do(s) cliente(s) (Plossl, 1985, p. 22).
Embora estes sejam considerados os três principais custos associados à
gestão de stocks, Plossl (1985, p. 22), refere ainda um quarto grupo,
designado por custo associado à capacidade, que são os custos relacionados
com questões laborais como horas extraordinárias, subcontratações,
despedimentos, formações e períodos de inatividade por parte do
trabalhador.
- Medição e avaliação do stock
O stock é constituído por características físicas objetivas, fluxos de bens, e
financeiras, fluxos de capital, onde a vertente é mais subjetiva. Estes
atributos são normalmente analisados separadamente de outras questões no
interior da organização. A vertente financeira da gestão de stocks está
ligada à necessidade de medir o desempenho operacional num determinado
período de tempo, juntamente com a análise da posição financeira da
organização. Os procedimentos contabilísticos para os stocks dividem-se
no método da avaliação e no método fluxo de stock (Tersine, 1988, p. 447).
- Fluxo de custos ou de capital :Os método do fluxo de stock referem-se à
forma como os artigos entram e saem do stock existente, onde a escolha
deste método por parte da gestão irá determinar o fluxo de custos (Tersine,
1988, p. 448).
- FIFO Este método do fluxo de stock, conhecido como FIFO representa
um princípio em que os primeiros artigos a entrar em stock são também
eles os primeiros a sair .(Tersine, 1988, p. 448) 12.2 - LIFO No conceito de
LIFO o último artigo a entrar em stock é o primeiro a sair (Tersine, 1988,
p. 451)

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