Aula 3 - Apuração de Custos
Aula 3 - Apuração de Custos
Aula 3 - Apuração de Custos
GESTÃO ESTRATÉGICA DE
CUSTOS PARA TOMADA
DE DECISÃO
Você sabia?
Para encontrar o valor da matéria-prima aplicada, utilizamos a seguinte
fórmula: MPA = EIMP + CMP – EFMP, onde: MPA = matéria-prima aplicada; EIMP
= estoque inicial de matérias-primas; CMP = compra de matérias-primas; EFMP =
estoque final de matérias-primas.
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1.5 Custo da produção acabada
Ferrari (2015, p. 95) estabelece que o custo dos produtos disponíveis para
venda “[...] corresponde à soma dos produtos que foram terminados em períodos
anteriores, o qual sabemos equivaler ao Estoque Inicial dos Produtos Prontos
(EIPP), com os produtos que foram acabados no período atual, o qual sabemos
que equivale ao Custo da Produção Acabada (CPA) no referido período.”
Por fim, temos o custo dos produtos vendidos, que encontrado se utilizando
da seguinte fórmula: CPV = EIPP + CPA – EFPP. Existem autores que fazem uma
substituição dessa fórmula anterior, desmembrando-a da seguinte forma, para a
obtenção do mesmo resultado: CPV = EIPP + EIPE + MPA + MOD + CIF – EFPE
– EFPP.
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que esteja com o pátio cheio. Seus gestores devem avaliar se é o momento de
lançar um novo veículo ou de vender o que se tem no estoque, ou seja, como se
livrar desse estoque sem ter prejuízo.
Por outro lado, caso a empresa tenha comprado pouca matéria-prima, irá
precisar fazer mais aquisição de matérias-primas cujo preço pode ter variado
desde a compra anterior. Então, faz-se necessário ter um critério para
mensuração desse estoque de matérias-primas.
Os critérios mais relevantes para a avaliação de estoques são:
O autor Osni Moura Ribeiro (2009, p. 91) ainda cita o seguinte critério:
“critério do custo ou preço específico”, segundo o qual se atribui a cada unidade
do estoque o preço que foi efetivamente pago por ela. Ele argumenta que esse
critério deve ser utilizado quando for fácil a identificação física do bem, como no
caso de um veículo.
2.1 Peps
Saiba mais
Quer conhecer um modelo do método Peps? Se sim, então sugerimos que
assista ao vídeo disponível no seguinte endereço:
<https://www.youtube.com/watch?v=I4twN0-ZFvU>. Acesso em: 17 maio 2021
(Aula 5, 2019).
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2.2 Ueps
Pelo critério do Ueps, também conhecido como last in, first out (Lifo), o
último item que entra no estoque é o primeiro a sair. Com esse método, a empresa
atribui aos itens em estoque os custos mais antigos. Com isso, a tributação diminui
e esse critério não é admitido pela legislação fiscal.
No critério Ueps, os estoques são avaliados com base nos itens mais
recentes, como se esses fossem os primeiros itens vendidos. Esse é um dos
métodos de controle de estoque mais eficientes para o planejamento da produção,
pois permite ajustes rápidos nos preços e quantidades de produtos, que passam
a ser fabricados de acordo com o consumo real. Uma vez que os últimos itens
adicionados são os primeiros a serem vendidos pela empresa, tem-se uma média
do consumo de cada período, o que possibilita prever o consumo futuro à medida
que novos produtos vão sendo acrescidos ao estoque. Esse método, porém, como
já dito, não é admitido para fins fiscais – tampouco para fins contábeis. Entretanto,
ele é útil para fins gerenciais.
Saiba mais
Quer conhecer um modelo do método Ueps? Se sim, então sugerimos que
assista ao vídeo disponível no seguinte endereço:
<https://www.youtube.com/watch?v=1R6CMcTbeHA>. Acesso em: 17 maio 2021
(Aula 6, 2019).
Saiba mais
Quer conhecer um modelo do método do custo ou preço médio ponderado?
Se sim, então sugerimos que assista ao vídeo disponível no seguinte endereço:
<https://www.youtube.com/watch?v=TDwW86IJ7Wg>. Acesso em: 17 maio 2021
(Aula 7, 2019).
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2.4 Custo ou preço de venda subtraído da margem de lucro
Para que uma empresa não compre demasiado ou lhe falte estoque, ela
precisa fazer um planejamento para investir corretamente, evitando faltas e
excessos. Devem ser elaboradas previsões, estimativas sobre vendas, também
conhecidas como orçamentos. Esses orçamentos podem ser confeccionados por
meio de médias, arbitramento, tendências, progressão aritmética, entre outras
variáveis.
Segundo Silva (2014, p. 144), “Os desejos de administração devem
respaldar a elaboração dos orçamentos de maneira a permitir com que estes
sejam adequados ao problema da empresa.” Com isso, ele indica que deve ser
elaborado o orçamento da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e
demais orçamentos de custos e produção. Por intermédio da DRE o gestor pode
perceber se a receita está vindo da parte operacional ou de outras receitas da
empresa, bem como controlar os seus custos e despesas, avaliando se são os
custos das mercadorias vendidas ou se são as despesas de cunho administrativo,
comercial ou financeiro que estão onerando mais a empresa.
Muitas vezes, tem-se essas informações contábeis que auxiliam demais
em uma tomada de decisões, mas elas não são valorizadas como deveriam e,
com isso, as empresas acabam perecendo, com dados preciosos que não foram
estudados com a profundidade com que deveriam ter sido, o que poderia evitar
muitas situações desagradáveis e prejuízos para a empresa.
Existem custos que as empresas podem estimar, pois são fixos,
constantes, controláveis. As empresas precisam fazer de tudo para reduzir ao
máximo esses custos fixos, sem, contudo, com isso, perder a qualidade da
produção e de seus produtos. Temos como, com uso das peças contábeis, termos
uma ideia do comportamento de uma empresa e, com isso, projetar valores com
base em estudo de mercado, estudo comparativo e outras análises, não apenas
por opinião ou achismo. Outro ponto é se verificar se a empresa possui
capacidade de produção, levando-se em conta sua disponibilidade de mão de
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obra, matérias-primas, maquinários, infraestrutura, logística, capital para encarar
determinados pedidos ou demandas do mercado.
Numa breve análise: caso ocorram mais custos do que os previstos e a
empresa não tenha caixa para isso, não possua um planejamento estratégico para
lidar com a situação, ela poderá, até mesmo, no limite, falir. Segundo Eliseu
Martins (2018, p. 287): “Pode-se dizer que a empresa tem Controle dos seus
Custos e Despesas quando conhece os que estão sendo incorridos, verifica se
estão dentro do que era esperado, analisa as divergências e toma medidas para
correção de tais desvios.” Ainda para o citado autor, os custos estimados são “[...]
melhorias introduzidas nos custos médios passados em função de determinadas
expectativas quanto ao futuro” (Martins, 2018, p. 294).
Em suma, em relação aos custos controláveis, a empresa possui o controle
sobre os seus custos quando tem uma previsão/estimativa do que eles deveriam
ser e compara os custos reais com essa previsão/estimativa, possibilitando com
isso a identificação de possíveis distorções e a sua imediata correção. Por sua
vez, os custos não controláveis são aqueles que estão fora dessa sistemática.
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O assunto é abordado ainda na alínea c da citada lei.
Já no Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1), que trata da apresentação
das demonstrações contábeis, vemos, em seu item 82, o seguinte:
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conforme Lei n. 6.404/1976, art. 187, com as alterações dadas pelas Leis n.
9.249/1995, 11.638/2007 e 11.941/2009 (Brasil, 1976, 1995, 2007, 2009).
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importação e os gastos com desembaraço aduaneiro, conforme RIR/2018, art.
301, parágrafos 1º a 3º (Brasil, 2018).
Impostos não recuperáveis são aqueles os quais o adquirente dos bens
não pode creditar nos seus livros fiscais, por exemplo:
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a. os produtos acabados serão avaliados em 70% do maior preço de venda
verificado no período-base, sem a inclusão do IPI, quando for o caso;
b. os materiais que se encontrarem em processamento no setor de produção
(produtos em elaboração), na data de encerramento do período-base,
deverão ser avaliados por um dos seguintes critérios:
• uma vez e meia o maior custo de aquisição das matérias-primas adquiridas
no período-base (excluídos o IPI, o ICMS, o Programa de Integração Social
e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/Pasep
e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins,
quando recuperáveis);
• ou 80% do valor-base para avaliação dos produtos acabados.
Vários são os tributos incidentes em uma venda, tais como: ICMS, IPI, PIS,
Cofins, Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e Contribuição
Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). O IPI e o ICMS incidentes sobre
vendas são deduzidos da receita bruta na determinação da receita líquida de
vendas, conforme já visto ao analisarmos a DRE.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 47, item 47, os tributos que
incidem proporcionalmente sobre o faturamento da empresa (vendas de
mercadorias e produtos e prestação de serviços), tais como o ICMS, o ISS, a
Cofins e a contribuição para PIS/Pasep, devem ser registrados em contas próprias
de resultado, cujos saldos, na DRE, aparecem como parcelas redutoras da receita
bruta para a determinação da receita líquida (CPC, 2016).
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REFERÊNCIAS
AULA 5: Peps (primeiro que entra, primeiro que sai). Professor Daniel Santana,
26 abr. 2019. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=I4twN0-ZFvU>.
Acesso em: 3 maio 2021.
AULA 6: Ueps (último que entra, primeiro que sai). Professor Daniel Santana, 6
jun. 2019. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1R6CMcTbeHA>.
Acesso em: 3 maio 2021.
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CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico CPC
16 (R1): estoques. Brasília, 8 set. 2009. Disponível em:
<http://www.cpc.org.br/Arquivos/Documentos/243_CPC_16_R1_rev%2013.pdf>.
Acesso em: 3 maio 2021.
SILVA, R. A. C. da. Controle gerencial dos custos. Curitiba: Juruá Editora, 2014.
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