XXXII OAB - Funções Essenciais + Demais Temas

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Direito Material para Exame de Ordem

Prof. Diego Cerqueira


AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL. PÓS
GRADUADO EM DIREITO TRIBUTÁRIO PELO IBET.

@P R O F D IE G O C E R Q U E IR A
FUNÇÕES ESSENCIAIS

Prof. Diego Cerqueira


Ministério Público

q Instituição autônoma e independente (doutrina)

Art. 127 . O Ministério Público é instituição


permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.

Direito Constitucional
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Ministério Público e Princípios

Princípios Institucionais (art.27 §1º):

q Princípio da unidade impõe que o Ministério Público deve


ser considerado um único órgão (uma única instituição), sob
a direção de uma única pessoa (um único Procurador-Geral).

q Princípio da indivisibilidade permite que os integrantes do


Ministério Público possam ser substituídos uns pelos outros
ao longo do processo, desde que sejam da mesma carreira.

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Ministério Público e
Princípios
Princípios Institucionais (art.27 §1º):

q Princípio da independência funcional se manifesta em duas


acepções - independência externa ou orgânica (instituição
que não está sujeita a qualquer interferência de outro órgão
ou Poder da República) e independência interna (os membro
do MP não estão subordinados a qualquer hierarquia
funcional, apenas administrativa).

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Ministério Público e Princípios

q Princípio do “promotor natural”:

ü Implícito em nosso ordenamento jurídico

ü “ninguém será processado nem sentenciado senão pela


autoridade competente” (art. 5º, LIII, CRFB/88).

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Ministério Público e Princípios

q Princípio do “promotor natural”:


“o postulado do promotor natural consagra uma
garantia de ordem jurídica, destinada tanto a proteger o
membro do Ministério Público, na medida em que lhe
assegura o exercício pleno e independente do seu
ofício, quanto a tutelar a própria coletividade, a quem
se reconhece o direito de ver atuando, em quaisquer
causas, apenas o Promotor cuja intervenção se justifique
a partir de critérios abstratos e predeterminados,
estabelecidos em lei.” (STF)
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Ministério Público

q Autonomia:
Funcional

Autonomia

Orçamentário-
financeira Administrativa

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Ministério Público e Funções
Institucionais

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:


I - promover, privativamente, a ação penal pública, na
forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos
serviços de relevância pública aos direitos assegurados
nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a
sua garantia;

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Ministério Público e Funções
Institucionais
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivos;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação
para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos
previstos nesta Constituição;

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Ministério Público e Funções
Institucionais
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
(...)
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei
complementar mencionada no artigo anterior;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de
inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas
manifestações processuais;

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Ministério Público e
Funções Institucionais

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:


IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde
que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a
representação judicial e a consultoria jurídica de entidades
públicas.

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Ingresso na Carreira

Art. 129. § 3º O ingresso na carreira do Ministério Público


far-se-á mediante concurso público de provas e títulos,
assegurada a participação da Ordem dos Advogados do
Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito,
no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se,
nas nomeações, a ordem de classificação.

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Ingresso na Carreira

q Três anos de atividade jurídica:


ü contados após a obtenção do título de bacharel em Direito.
ü comprovação no momento da inscrição definitiva – (fase de
comprovação documental que ocorre após a segunda fase e
antes da prova oral)

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Garantias Funcionais

q Vitaliciedade
q Inamovibilidade
q Irredutibilidade de subsídio

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Garantias Funcionais

a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo


perder o cargo senão por sentença judicial transitada em
julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público,
mediante decisão do órgão colegiado competente do
Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, assegurada ampla defesa; (EC nº 45, de 2004)
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º,
e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III,
153, § 2º, I;
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Vedação aos
membros do MP
Art. 128, § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja
iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais,
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada
Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
II – as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários,
percentagens ou custas processuais;
b) exercer a advocacia;

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Vedação aos
membros do MP
(....)
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função
pública, salvo uma de magistério;
e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições
de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as
exceções previstas em lei.”

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PGR

q Chefe do Ministério Público da União (MPU)

q Nomeado pelo Presidente da República

q Integrante da carreira do MPU (Ministério Público Federal, do


Trabalho, Militar ou do Distrito Federal e Territórios)

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PGR

q Maior de 35 anos

q Mandato de 02 anos (permitida uma recondução)

q Destituição por iniciativa do Presidente da República com a


autorização do Senado Federal, por maioria absoluta.

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Ministério Público junto à
Corte de Contas
q Não integra o MPU (art. 128, I da CRFB/88 - rol dos órgãos
taxativos)

q Integra a própria estrutura orgânica do TCU

q Não possuem as atribuições do art. 129 da CF/88

q A lei que o regulamenta é de iniciativa do próprio TCU

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ADVOCACIA PÚBLICA

q É responsável pela defesa jurídica dos entes federativos,


integrando o Poder Executivo;

q No âmbito federal - Advocacia-Geral da União;

q Nos estados - Procuradorias estaduais

q Nos municípios – Procuradorias municipais

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Advocacia-Geral da União (AGU)

q Representa a União judicial e extrajudicialmente

q Não precisa juntar de instrumento de mandato nos autos


do processo

q Realiza as atividades de consultoria e assessoramento


jurídico do Poder Executivo (e não aos demais Poderes!)

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Advocacia-Geral da União
(AGU)
q Integra o Poder Executivo Federal

q O ingresso na carreira - concurso público de provas e


títulos.

q A organização e funcionamento - regulada por meio de


lei complementar (art. 131, caput).

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Advocacia-Geral da União
(AGU)

q Tem por chefe o Advogado-Geral da União (art. 131, §1º, CF):

ü de livre nomeação pelo Presidente da República


ü dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos
ü notável saber jurídico e reputação ilibada

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Procuradorias dos
Estados e do DF

q Representam os Estados-membros e o Distrito Federal


judicial e extrajudicialmente

q Os Procuradores são organizados em carreira, na qual o


ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos,
com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em
todas as suas fases (art. 132, “caput”, CF).

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Defensoria Pública

q Criada para dar efetividade ao art. 5º, LXXIV, da CRFB/88:

ü “o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos


que comprovarem insuficiência de recursos”;

q Cabe à União definir as normas gerais e, aos Estados e


Distrito Federal, definir as normas específicas sobre defensoria
pública (competência concorrente)

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Defensoria Pública

q Instituição permanente, essencial à função jurisdicional do


Estado, incumbindo-lhe: “a orientação jurídica, a promoção
dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial
ou extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma
integral e gratuita, aos necessitados”

q Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e


do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas
gerais para sua organização nos Estados (§1º do art. 134 da
CRFB/88).
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Defensoria Pública

q Ingresso nas carreiras:


ü concurso público de provas e títulos

q Os integrantes:
ü São remunerados por meio de subsídio;
ü Farão jus à garantia da inamovibilidade;
ü Não possuem garantia de vitaliciedade;
ü Não podem exercer a advocacia fora das atribuições institucionais

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Defensoria Pública

q Com a EC nº 80/2014:
ü A Defensoria Pública passou a ser considerada
instituição permanente.
ü Ficou explícito que a Defensoria Pública irá defender
os necessitados seja na esfera judicial ou extrajudicial;
ü Constitucionalizou os princípios institucionais da
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.
ü As regras de organização da Magistratura, previstas no
art. 93, CF/88, passaram a ser aplicadas, no que
couber, à Defensoria Pública.

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Defensoria Pública
q A Defensoria Pública passou a ter iniciativa privativa para
apresentar projetos de lei sobre (EC nº 80/2014):
ü a alteração do número dos seus membros;
ü criação e extinção de cargos e a remuneração dos
seus serviços auxiliares, bem como a fixação do
subsídio de seus membros;
ü a criação ou extinção dos seus órgãos; e
ü a alteração de sua organização e divisão. Com essa
medida, reforçou-se a ideia de autonomia da
Defensoria Pública, que não está, portanto,
subordinada a nenhum dos Poderes.
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Defensoria Pública

ü Vale a pena comentar também que, com a EC no


69/2012, a Defensoria Pública do DF passou a ser
organizada e mantida pelo próprio Distrito Federal. Antes,
essa instituição era organizada e mantida pela União.

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Advocacia Privada

q Art. 133 da CRFB/88:

q O advogado é indispensável à administração da justiça,


sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício
da profissão, nos limites da lei.

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Advocacia Privada

q A Constituição consagra:
ü o princípio da indispensabilidade do advogado: não é
absoluto (não é necessária a representação por advogado em
habeas corpus e em Juizados Especiais Cíveis)

ü a imunidade material (relativa às suas manifestações e atos


no exercício da profissão): não é absoluta.

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OR D E M EC O N Ô M IC A

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Ordem Econômica

q Conjunto de normas que regulam o sistema econômico do


País, definindo a forma de intervenção do Estado na
economia.

q A constitucionalização da ordem econômica é resultado do


aparecimento da ideia de Estado de bem-estar social.

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Princípios Gerais da
Ordem Econômica

“Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do


trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a
todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados os seguintes princípios:
I – soberania nacional;
II – propriedade privada;
III – função social da propriedade;

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Princípios Gerais da
Ordem Econômica
IV – livre concorrência;
V – defesa do consumidor;
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e
serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII – redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII – busca do pleno emprego;
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e
administração no País.”
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Princípios Gerais da
Ordem Econômica

q Todos os princípios devem ser interpretados em conjunto e


harmonia, evitando contradições aparentes entre si.

q O constituinte adotou o modelo capitalista, sem esquecer


da finalidade da ordem econômica:
ü assegurar a todos a existência digna, conforme a
justiça social.

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico

q Foram estabelecidas as seguintes formas de intervenção


estatal na economia:

ü Intervenção Direta (por regime de monopólio ou


participação com as empresas do setor privado)
ü Intervenção Indireta

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico
q Intervenção Direta:

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição,


a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só
será permitida quando necessária aos imperativos da
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei.

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico
q Princípio da subsidiariedade – a atuação direta do Estado na
economia só ocorrerá:
1- quando o setor privado não tiver capacidade ou
interesse de atuar em determinado setor econômico;
2- ou por imperativos de segurança nacional ou
relevante interesse coletivo.
3- nos casos previstos na Constituição - as atividades
exploradas sob regime de monopólio (art. 177)

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico

q Essa atuação direta do Estado no domínio econômico é


feita por meio das empresas públicas e das sociedades de
economia mista exploradoras de atividades econômicas.

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico

“Art. 173 § 2º da CRFB/88. As empresas públicas e as


sociedades de economia mista não poderão gozar de
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado”.

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico

q Tal dispositivo restringe-se às empresas públicas e às


sociedades de economia mista que exploram atividades
econômicas;

q Pode haver concessão de benefícios fiscais para empresas


que atuem em regime de monopólio, mesmo quando
atuem na área econômica.

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico
q Intervenção Direta – atividades exploradas em regime de
monopólio:

Art. 177. Constituem monopólio da União:


I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e
outros hidrocarbonetos fluidos;
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III - a importação e exportação dos produtos e derivados
básicos resultantes das atividades previstas nos incisos
anteriores;
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Atuação do Estado no
Domínio Econômico

Art. 177. Constituem monopólio da União:


(...)
IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem
nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos
no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de
petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer
origem;

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico
(...)
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o
reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios e minerais nucleares e seus derivados, com
exceção dos radioisótopos cuja produção, comercialização
e utilização poderão ser autorizadas sob regime de
permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do
caput do art. 21 desta Constituição Federal.

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico

Art. 177. § 1º A União poderá contratar com empresas


estatais ou privadas a realização das atividades previstas nos
incisos I a IV deste artigo observadas as condições
estabelecidas em lei.

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico

q É necessário enfatizar que no regime de monopólio:

1. As atividades descritas nos incisos I a IV do art. 177 podem


ter seu exercício contratado, pela União, com empresas estatais
ou privadas, observadas as condições estabelecidas em lei;

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico
2. As atividades previstas no inciso V, relacionadas aos
radioisótopos, poderão ser autorizadas sob o regime de
permissão, segundo as regras do art. 21, XXIII:
ü sob regime de permissão, são autorizadas a
comercialização e a utilização de radioisótopos para a
pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;
ü sob regime de permissão, são autorizadas a produção,
comercialização e utilização de radioisótopos de meia-
vida igual ou inferior a duas horas.

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico
q Intervenção Indireta:

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade


econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante
para o setor público e indicativo para o setor privado.
§1º - A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do
desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e
compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico
q Intervenção Indireta:

ü O Estado é agente normativo e regulador da atividade


econômica.

ü Com as funções de fiscalização, incentivo e planejamento.

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico

Art. 174 § 2º - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e


outras formas de associativismo.

§ 3º- O Estado favorecerá a organização da atividade


garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção
do meio ambiente e a promoção econômico-social dos
garimpeiros.

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico

q As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão


prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e
lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas
áreas onde estejam atuando

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico

q Intervenção Indireta:

ü A fiscalização é atividade tipicamente estatal de


regulamentar, investigar e aplicar sanções. Ex:

ü Art. 173 § 4º - A lei reprimirá o abuso


do poder econômico que vise à
dominação dos mercados, à
eliminação da concorrência e ao
aumento arbitrário dos lucros.
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Atuação do Estado no
Domínio Econômico

art. 173 § 5º - A lei, sem prejuízo da responsabilidade


individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a
responsabilidade desta, sujeitando-a às punições
compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a
ordem econômica e financeira e contra a economia
popular.

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico
q Incentivo – o Estado estimula determinados setores da
economia:

ü Ex: a atividade de fomento estatal, no art. 174, §§


2º, 3º e 4º (estímulo ao cooperativismo) e art. 179
(estímulo às microempresas e empresas de
pequeno porte).

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Atuação do Estado no
Domínio Econômico

q Planejamento - determinante para o setor público e


indicativo para o setor privado.

Art. 174, § 1º. “A lei estabelecerá as diretrizes e bases do


planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual
incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de
desenvolvimento”.

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Exploração de Recursos
Minerais

q A propriedade do solo não se confunde com a propriedade


dos recursos minerais e dos potenciais de energia hidráulica;

ü A propriedade dos recursos minerais e dos


potenciais de energia hidráulica será sempre da
União (VIII e IX do art. 22 da CRFB/88)

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Exploração de Recursos
Minerais
q A propriedade do solo, por sua vez, pode ser de um
particular ou mesmo do Poder Público;

Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais


e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade
distinta da do solo, para efeito de exploração ou
aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.

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Exploração de Recursos
Minerais
q Pesquisa e a lavra de recursos minerais e o
aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica (§1º
do art. 176):

ü precisam de autorização ou concessão da União


no interesse nacional;
ü apenas por brasileiros ou empresa constituída
sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e
administração no País, na forma da lei;
ü Delegação da União para concessionário (um
particular)
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Exploração de Recursos
Minerais

q O concessionário fica com a propriedade do produto da


lavra, mas deverá recolher uma compensação financeira,
nos termos do art. 20, § 1º da CRFB/88;

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Exploração de Recursos
Minerais
Art. 20. (...)
§1º
É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios a participação no resultado da
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos
para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos
minerais no respectivo território, plataforma continental, mar
territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação
financeira por essa exploração.

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Exploração de Recursos
Minerais
Art. 176 (...)
§ 2º - É assegurada participação ao proprietário do solo nos
resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.
§ 3º A autorização de pesquisa será sempre por prazo
determinado, e as autorizações e concessões previstas neste
artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou
parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente.
§ 4º Não dependerá de autorização ou concessão o
aproveitamento do potencial de energia renovável de
capacidade reduzida.
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OBRIGADO!!!!!
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